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FACULDADE DE EDUCAÇÃO
A Socialização
Quelimane
2023
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A Socialização
Quelimane
2023
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Índice
1. Introdução .......................................................................................................................... 3
2. Objectivos .......................................................................................................................... 4
4.3.3. Pensamentos............................................................................................................... 12
Conclusão ............................................................................................................................ 16
1. Introdução
No presente trabalho de investigação arrola-se em torno da socialização, trazendo mais
a definição do que é socialização de forma positiva e negativa. Neste trabalho, falar-se-á
também, além dos contextos e influências sociais, a personalidade, esta que é uma
característica do ser humano que organiza os sistemas físicos, fisiológicos, psíquicos e
morais, trazendo mais o seu conceito e como teoria. Ao longo do desenvolvimento, debruçar-
se-á sobre os processos cognitivos: a perturbação, linguagem, pensamentos, memória,
sensação e imaginação. E, por fim, irá se debruçar em torno da teoria de desenvolvimento da
moralidade de Kohlberg e Piaget.
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2. Objectivos
2.1. Geral
De forma resumidas, debruçar-se em torno da sensação.
2.2. Específicos
Conceituar sensação;
Conhecer os contextos e atores sociais;
Descrever a teoria da personalidade;
Falar sobre os processos cognitivos;
Descrever a teoria de desenvolvimento da moralidade.
3. Metodologia do Trabalho
“Metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem percorridos, para se
realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência. Etimologicamente, significa o
estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer uma pesquisa científica”.
(Fonseca, 2002).
Assim sendo, para a elaboração do presente trabalho, foi utilizado o método de cunho
bibliográfico, que consistiu na consulta de materiais electrónicos e também os Manuais de
Introdução à Psicologia e outros estudos científicos e académicos que relatam este tema, para
que, em um primeiro instante fossem identificados os princípios do conhecimento dessas
abordagens sobre a socialização.
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4. Conceito de Socialização
Na sociologia, o processo de socialização é fundamental para a construção das
sociedades em diversos espaços sociais. É através dele que os indivíduos interagem e se
integram por meio da comunicação, ao mesmo tempo que constroem a sociedade.
Assim, para o sociólogo brasileiro Gilberto Freyre (S./d.), citado pela professora
Juliana Bezerra (2021), a socialização pode ser definida da seguinte maneira:
Este período, considerado a partir do final dos anos 60, é marcado pelo desgaste de
valores até então consolidados, quando se modifica o eixo das preocupações que guiavam os
estudos e teorias. Como observa Touraine, assistia-se ao renascimento do social, com a
presença de novos atores na cena política. Movimentos indígenas, de afro-descendentes, de
género, de portadores de deficiência física, dentre outros, trazendo aspirações culturais e
exigências sociais novas, conduzem as lutas e os conflitos no plano social mais amplo para
além da luta de classes. Esses novos atores sociais passam a ser vistos com poder de acção
sobre as estruturas sociais e como sujeitos do processo histórico. (Ibdem).
Neste diapasão, Touraine utiliza o termo atores sociais para se referir aos sujeitos da
acção social, especialmente aos movimentos sociais da contemporaneidade, com suas
apelações aos sujeitos pessoais e reivindicações de direitos culturais, que pressupõem “a
vontade de um indivíduo de agir e de ser reconhecido como actor”. (Touraine, 1994, p. 220).
Como se pode ver, frente à crise dos vínculos sociais gerada pela modernidade, o indivíduo
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ganha força para afirmar-se enquanto sujeito da acção e para reivindicar particularidades e
identidades.
Neste contexto, podemos pensar os atores sociais como sujeitos que desempenham um
papel activo diante da realidade, com capacidade de criação do mundo social e cultural.
Assim, por exemplo, na escola, a ideia de atores sociais leva o foco das análises para o papel
activo dos sujeitos na estruturação dos espaços, tempos e actividades escolares e para as
significações atribuídas por eles ao que lhes acontece na sua relação com a instituição escolar
e com o mundo social. Esses atores são vistos em sua capacidade de produzir e transformar e
não de simplesmente se adaptar e reproduzir. (Silva e Pádua, 2010, p. 4).
Nesse sentido, Para Dubar (2005), refere que os processos de socialização constituem
a identidade de um indivíduo em uma relação de dualidade do 'eu' e do 'outro', articulados
com factores internos e externos ao sujeito. Das realidades, denominadas pelo autor como
objectivas e subjectivas, que se efectuam nas relações entre as pessoas, emerge uma
identidade. Dessa forma, a divisão interna à identidade deve enfim e sobretudo ser esclarecida
pela dualidade de sua própria definição: identidade para si e identidade para o outro são ao
mesmo tempo inseparáveis e ligadas de maneira problemática. Inseparáveis, uma vez que a
identidade para si é correlata ao Outro e a seu reconhecimento: nunca sei quem sou a não ser
no olhar do Outro. (Dubar, 2005, p. 135). Assim, entendemos a identidade como a
interiorização do objectivo e subjectivo nos mundos, pela relação do indivíduo na sociedade e
a sociedade no indivíduo. (Ibdem). De entre os actores sociais destacam-se:
A família;
Os pares;
As amizades;
Os namoros, etc.
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4.2. Personalidade
Segundo Baptista (2008), refere que estudo da personalidade constitui um domínio
particularmente interessante nas áreas Sociais e Humanas. Desde os primórdios, a noção de
personalidade tem sofrido significativas mudanças, o que, desde já, nos deixa a reflectir
acerca do quão complexo é esta temática bem como de todas as componentes intimamente
relacionadas.
Entretanto, segundo Freud (1964) citado por Hansenne (2003), existem 5 fases no
desenvolvimento da personalidade, sendo estas a oral, a anal, a fálica, o período de latência e
a fase genital.
Segundo Jung (1933) citado por Hansenne (2003), considerou duas atitudes distintas, a
introversão e a extroversão e paralelamente a isto, definiu quatro (4) funções psicológicas: o
pensamento, as impressões, as sensações e as intuições. Fomentou também que o
desenvolvimento da personalidade é encarado segundo quatro (4) fases: a infância, a
juventude, a middle age e a fase old age.
c) Perspectiva Humanista – nesta perspectiva, de acordo com Rogers (1961) citado por
Hansenne (2003), considerava o sujeito na sua totalidade, atribuindo grande
importância à criatividade, intencionalidade, livre-arbítrio e espontaneidade.
Rogers concede um lugar importante à noção de “si”, e define o modo como as
experiências são vividas e a forma como se apreende o mundo. Tendo isto como base, criou
um teste intitulando-se Q-sort, e segundo o autor, a personalidade desenvolve-se se no
ambiente constar 3 factores primordiais: a empatia, a visão positiva e as relações congruentes.
e) Perspectiva Cognitiva – nesta perspectiva, o autor Kelly (1955) citado por Hansenne
(2003), considerava que os processos cognitivos representam a característica
dominante da personalidade. Para tal, o indivíduo formula expectativas às quais
chamou de construtos pessoais. Com base nisto criou o REP Test que visa apreendê-
los.
Neste foco, Mischel (199) citado por Hansenne (2003), rejeitou desde logo a noção de
traço de personalidade. Com isto, o autor sugeriu que uma teoria adequada da personalidade
devia ter em conta 5 categorias de variáveis cognitivas: as competências, as estratégias de
codificação, as expectativas, os valores subjectivos e os sistemas de auto-regulação.
4.3.1. Perturbação
Segundo Gleitman (1999), para falar das perturbações da imaginação deve-se abordar
este assunto na psicologia, pois é o capítulo da psicologia que se preocupa dos estudos
correlacionados as perturbações psíquicas. As teorias mais antigas defendiam que a pessoa
perturbada se encontrava possuída por espíritos malignos. Seguia-se logicamente que a cura
para as doenças consistia em expulsar demónios, proporcionando assim aos espíritos um
caminho físico de fuga.
Entretanto, na idade média a perturbação mental era aqui vista como doença. Daí que
fundou-se na Europa vários hospitais para tratar os doentes mentais, o tratamento era bárbaro
e os pacientes viviam acorrentados como cães. (Gleitman, 1999). Assim, do início de
perturbação mental, como doença implicava uma causa orgânica ou física, possivelmente uma
doença do cérebro. Neste sentido, aqui defende-se que a causa das perturbações e a paralisia
geral, que caracterizou-se por declínio das funções físicas e psicológicas culminando numa
acentuada lentidão. (Ibdem).
4.3.2. Linguagem
A linguagem é a capacidade que os seres humanos têm para produzir, desenvolver e
compreender a língua e outras manifestações, como a pintura, a música e a dança. Já a língua
é um conjunto organizado de elementos (sons e gestos) que possibilitam a comunicação.
Linguagem é o sistema através do qual o ser humano comunica suas ideias e sentimentos, seja
através da fala, da escrita ou de outros signos convencionais.
Neste sentido, a linguagem sendo um dos processos cognitivos, ela caracteriza-se pela
associação de palavras a significados e conceitos específicos, de forma organizada e
combinada. Integra a comunicação, embora esta última não se restrinja à primeira. É através
da função cognitiva da linguagem que o ser humano estabelece contacto com os outros,
através de símbolos, sendo um importante mediador no relacionamento social, sem o qual esta
mesma função também ficaria comprometida. Por outras palavras, o desenvolvimento da
linguagem requer estimulação, sendo esta realizada no contexto interpessoal. (Eysenck e
Keane, 2007).
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4.3.3. Pensamentos
Segundo Cardoso (2015, p. 2), em sentido lato o pensamento corresponde a toda a
sucessão de ideias ou actividade ideactiva, iniciada por um problema e destinada à resolução
do mesmo. Através dele orientamos e integramos todos os conteúdos imaginativos e outros
dados do nosso conhecimento em juízos e conceitos significativos, concretos ou abstractos.
Daí que, o autor avança ainda que pensar significa: manter-se aberto às questões e às
informações. Tentar compreender, tornar presente, entender significados, ligá-los entre si e
dotá-los de sentido, adoptar decisões e formular juízos. Entretanto, pensar, significa ordenar
factos relativos a nós próprios e ao nosso mundo e, com a linguagem veiculamos e
exprimimos o pensamento. Através do diálogo exploramo-lo em termos de forma e de
conteúdo.
4.4. Memória
A memória (do latim memorĭa) é a faculdade psíquica através da qual se consegue
reter e (re)lembrar o passado. A palavra também permite referir-se à lembrança/recordação
que se tem de algo que já tenha ocorrido, e à exposição de fatos, dados ou motivos que dizem
respeito a um determinado assunto.
4.5. Sensação
A sensação indica uma experiência simples que é vivida e que é produzida graças a
um estímulo (pode ocorrer dentro ou fora do corpo) que ocorre sobre um órgão sensorial.
Uma sensação é sentida por uma pessoa quando o estímulo envia sinais para o cérebro através
dos nervos. Nesse sentido, vale frisar que, ela (a sensação) é nossa capacidade de detectar
sentidos como toque, dor, visão ou o movimento e o posicionamento do nosso corpo.
Percepção é a maneira pela qual o cérebro processa e comunica esses sentidos com o restante
do corpo; e os tipos das sensações principais do nosso corpo são: visuais, auditivas, tactivas,
gustativas e olfactivas.
4.6. Imaginação
Segundo Mueller (1976), citado por Mafuiane (S./d.) a imaginação é uma faculdade
intermédia entre a sensibilidade e a razão, e está em estreita ligação com a memória.
Petrovsk (1980), define a imaginação como sendo o processo psíquico superior que
permite conceber o resultado do trabalho antes do seu início. Para Saraiva (S./d.), imaginação
é a faculdade de pensar e exprimir-se por imagem.
Entretanto, neta ordem de ideias, pode-se afirmar que a imaginação é a habilidade que
os indivíduos possuem de formar representações ou seja de construir imagens mentais acerca
de mundo real ou mesmo de situações não directamente vivenciada. Ela é a actividade do
pensamento n situação não presente. E os tipos de imaginação podemos destacar: imaginação
reprodutora, criadora, espontânea entre outros. (Mafuiane, S./d.).
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Conclusão
Chegado ao culminar do presente trabalho, importa salientar que tratou-se de vários
aspectos ligados à socialização em um contexto do actor social, que é alguém que, engajado
em relações concretas, profissionais, económicas, mas também igualmente ligado à
nacionalidade ou género, procura aumentar à sua autonomia, controlar o tempo e as suas
condições de trabalho ou de existência. Ao longo do desenvolvimento do presente trabalho da
disciplina de Introdução à Psicologia, focou-se em ponto-chave que é a Socialização, esta que
foi lhe trazida o seu conceito e seus tipos. Ainda no trabalho, além dos contextos e influências
sociais, debruçou-se também em torno da personalidade, esta que é tida como uma
característica do ser humano que organiza os sistemas físicos, fisiológicos, psíquicos e
morais. Falou-se também dos processos cognitivos a perturbação, linguagem, pensamentos,
memória, sensação e imaginação. E, por fim, foi se arrolando em torno da teoria de
desenvolvimento da moralidade dos psicólogos Kohlberg e Piaget.
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Referências Bibliográficas
Allport, G. W. (1937). Personality: a psychological interpretation. New York, Holt.
Davidoff, L. (2001). Introdução à Psicologia. 3ª Edição, São Paulo, Person Makron Books.
Silva, S. A. da. & Pádua, K. C. (2010). Actores sociais da escola. In: Oliveira, D. A.; Duarte,
A. M. C. & Vieira, L. M. F. (2010). Dicionário: trabalho, profissão e condição docente.
Belo Horizonte, UFMG/Faculdade de Educação.
https://psicoativo.com/2016/08/teoria-de-desenvolvimento-moral-de-piaget.html.