Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Índice
2
1. Introdução...............................................................................................................................3
2. Objectivos...............................................................................................................................4
2.1. Geral.....................................................................................................................................4
2.2. Específicos...........................................................................................................................4
3. Metodologia do Trabalho........................................................................................................4
4. Intervenção do Estado.............................................................................................................5
Considerações Finais................................................................................................................11
Referências Bibliográficas........................................................................................................12
3
1. Introdução
No presente trabalho de campo referente à disciplina de Direito Económico, visa
abordar aspectos ligados tipologia da intervenção do Estado no contexto moçambicano. Nele,
falar-se-á de forma detalhada do que é intervenção do Estado na economia e relatar os tipos
da intervenção do Estado em Moçambique, entre outras abordagens relacionadas ao tema.
Assim, as abordagens em torno do tema acima foram feitas em volta da intervenção do Estado
na Economia, pretendendo desta feita demonstrar a intervenção do Estado na Economia, na
medida em que se passou, em alguns países, incluindo Moçambique, de uma Economia
planificada para uma Economia de mercado. No entanto, o trabalho mostra até que ponto a
intervenção estatal pode ser uma vantagem ou embaraço ao desenvolvimento das Empresas
públicas nacionais.
Nesse sentido, importa numa primeira fase referir que, a intervenção do Estado assume
um papel regulador no funcionamento da Economia nacional, com o objectivo de combater
desequilíbrios e desigualdades geradas pelos mecanismos de mercado, sempre em busca de
uma maior eficiência, equidade e estabilidade económica local. Daí que, perante intervenções
que se revelaram “ineficazes”, resultando em várias consequências como défices orçamentais,
agravamento das “dívidas públicas” ou não declaradas e perante determinados
constrangimentos, a intervenção por parte do Estado é cada vez mais estreita.
4
2. Objectivos
2.1. Geral
Conhecer os tipos da intervenção do Estado em Moçambique.
2.2. Específicos
Conceituar intervenção do Estado;
Descrever relações entre Estado, Economia, Direito e desenvolvimento
Esclarecer o papel do Estado na economia;
Apontar as tipologias de intervenção do Estado no caso de Moçambique;
Caracterizar as tipologias de intervenção do Estado.
3. Metodologia do Trabalho
Para Fonseca (2002), “methodos” significa organização, e “logos”, estudo sistemático,
pesquisa, investigação; ou seja, metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem
percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência.
Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer
uma pesquisa científica.
Assim sendo, para a elaboração do presente trabalho, foi utilizado o método de cunho
bibliográfico, que consistiu na consulta de vários materiais como livros, estudos científicos e
académicos para que, em um primeiro instante fossem identificados os princípios do
conhecimento da tipologia da intervenção do Estado no caso de Moçambique, e em seguida
explicar como esta tipologia da intervenção do Estado decorre no nosso país.
5
4. Intervenção do Estado
Nesse sentido, o mesmo Manual, relata ainda que, intervenção económica do Estado é
todo o comportamento do Estado (ou de outras entidades públicas equiparáveis), cuja função
e finalidade consiste na modificação concreta do comportamento de outros agentes ou sujeitos
ou das condições concretas da actividade económica. (Ibdem).
Nesse sentido, se formos a ver nos dizeres acima, vale frisar que, a intervenção estatal
não se limita à ordenação abstracta de regras ou instituições jurídicas que orientam,
enquadram ou condicionam o desenvolver da actividade económica: refere-se da ordenação
económica, que não se traduz apenas nos comportamentos em que o próprio Estado (ou
entidade equiparada) desenvolve uma actividade económica própria, dispondo de bens raros
susceptíveis de aplicações alternativas para satisfazer necessidades (próprias do aparelho
estadual ou da sociedade): estado produtor, intervenção directa. (Manual de Direito
Económico, 2016, p. 70).
Como adverte Alexandre Aragão (2011, p. 1034) citado por Chaves e Dalcastel (S./d.,
9), a “relação entre o Estado e a economia é dialéctica, dinâmica e mutável, sempre variando
segundo as contingências políticas, ideológicas e económicas”. No que se refere à
participação do Estado na economia, é possível constatar na doutrina alusões destacadas a
pelo menos três paradigmas gerais distintos – Liberal, Social e Pós-Social – onde cada visão
implicou em uma determinada concepção de intersecções entre economia, direito, sociedade e
o próprio Estado, com o poder público assumindo diferentes posições e estratégias em face do
cenário económico em cada contexto histórico.
Nesse sentido, os autores ressaltam que o espírito capitalista nasce trazendo consigo a
concepção de um sistema económico baseado na propriedade privada dos meios de produção,
do acúmulo de poupanças e a busca de investimentos para a organização de um mercado livre
ou liberal. Daí que, o Estado liberal típico dos países capitalistas centrais caracterizou-se pela
defesa do princípio segundo o qual o desenvolvimento económico far-se-ia de acordo com as
leis naturais do mercado e com um Estado mínimo, que interviesse na vida social e no
mercado para assegurar as condições estritamente necessárias para que a sociedade e a
economia actuassem por si sós. (p. 2).
7
Nas palavras de Jeremy Bentham citado por Barbieri e Ribeiro (S./d., p. 3), refere-se
que “com grande contribuição para a análise da economia clássica, teria sido o primeiro a
mencionar que a ordem jurídica poderia ser um instrumento para governos darem início a
reformas económicas”. Daí que,
Nesse sentido, o Estado passa então a ser o idealizador e realizador das políticas
económicas e sociais, implementando uma grande nacionalização da economia, através da
constituição de monopólios estatais, possibilitando as condições para a recuperação da
economia. (Barbieri e Ribeiro, S./d., p. 4).
Neste tipo de intervenção do Estado, vale salientar que, aqui o Estado intervém na
economia através da realização de uma actividade económica, concorrendo com outros
agentes económicos. Por outro lado, a intervenção directa do Estado tem, de forma crescente,
fins lucrativos, tradicionalmente exclusivos da actividade privada. Sendo que, a estrutura da
empresa privada é a que melhor se adequa a obtenção do lucro, o Estado procura cada vez
mais imitar a empresa privada.
Contudo, importa referir que o Estado, por essência, não devia produzir bens e
serviços transaccionáveis porque tem uma função essencialmente executiva, legislativa e
judicial e, portanto, todos os seus órgãos estão dependentes destas funções estatais no serviço
da administração pública. (Manual de Direito Económico, 2016, p. 71).
2. Intervenção Indirecta: é quando o Estado não é ele próprio sujeito económico, mas
limita-se a condicionar, a partir de fora, a actividade económica privada, sem assumir
o papel de sujeito económico activo – trata-se da “regulação”.
Política económica;
Fomento económico; e
Investimento.
9
Daí que. o artigo 10 da mesma Constituição consagra ainda que “o sector Estatal deve
ser o dominante da economia do país”.
Nesse sentido, pretendia-se então, com isso que a “empresa estatal” fosse um
instrumento essencial através do qual o Estado assumiria a função dirigente e impulsionadora
da economia nacional. Esta constituía, por excelência, a forma jurídico-institucional da
actividade empresarial do Estado. (Manual de Direito Económico, 2016, p. 78).
10
Por isso, é assim que o período que se seguiu a 1975 seja caracterizado pelo
importante peso económico, político e social do sector empresarial do Estado. O mesmo era
constituído, essencialmente, por empresas directa ou indirectamente nacionalizadas após
aquela data, ou empresas criadas ex novo e, nalguns casos, por empresas que foram
intervencionadas e mais tarde revertidas a favor do Estado, que passaram a ser por ele geridas.
Desta feita, é nesse sentido que a criação de sectores públicos empresariais com peso
significativo nas economias nacionais encontra-se historicamente ligada à experiência das
nacionalizações. Assim, em Moçambique a figura de empresa estatal ganhou relevância
política e económica com as nacionalizações. Não obstante tal realidade, não se pode esquecer
a relevância prática da figura da intervenção estatal para o respectivo sector. (Waty, 2011).
11
Considerações Finais
Em gestos de conclusão, após a execução do presente trabalho de campo, importa
referir que, socialmente este trabalho de campo constituiu uma grande ferramenta uma vez,
olhando num contexto moçambicano. Ao epilogar este trabalho importa salientar que, como
vimos, tem-se que a convergência entre a economia e direito é fundamental para a garantia e a
concretização de desenvolvimento humano, e o desenvolvimento de um país está ligado às
oportunidades da população em fazer escolhas e exercer a cidadania. Desta forma, a pessoa
humana, neste contexto, é o objecto central do desenvolvimento (da economia) no nosso país.
Referiu-se que as tipologias de intervenção do Estado na economia são duas (2): a Directa –
em o próprio Estado é o sujeito económico que assume o papel de agente produtivo; e a
Indirecta – onde o Estado não é ele próprio sujeito económico, mas limita-se a condiciona a
economia.
12
Referências Bibliográficas
Aragão, A. S. de. (2011). Regulação da Economia: Conceito e Características
Contemporâneas. In: Cardozo, J. E. M.; Queiroz, J. E. L. & Santos, M. W. dos. (Coord.).
Direito administrativo económico. São Paulo, Atlas.
Assaf Neto, A. (2012). Mercado financeiro. 11ª Edição, São Paulo, Atlas.