Você está na página 1de 10

ESCOLA SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO

LICENCIATURA EM DIREITO
CADEIRA: DIREITO INTERNACIONAL ECONÓMICO
TRABALHO DE PESQUISA CIENTÍFICA INDIVIDUAL

TEMA
Princípios Gerais e Específico do Direito Internacional Económico

O Docente:
 Mestre José de Melo

O Discente:
 Pedro Capitine Pululo

Maputo, Setembro de 2022


ESCOLA SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO
LICENCIATURA EM DIREITO
CADEIRA: DIREITO INTERNACIONAL ECONÓMICO
TRABALHO DE PESQUISA CIENTÍFICA INDIVIDUAL

Princípios Gerais e Específico do Direito Internacional Económico

Trabalho de pesquisa científica da cadeira de


Direito Internacional Económico a ser
apresentado na Escola superior de Economia
e Gestão, para efeito de avaliação parcial,
sob orientação do Mestre José de Melo.

Maputo, Setembro de 2022

2
Índice
1. Introdução ....................................................................................................................................... 4
2. Objectivos ....................................................................................................................................... 5
2.1. Objectivo Geral ....................................................................................................................... 5
2.2. Objectivos Específicos ............................................................................................................ 5
3. Hipóteses ......................................................................................................................................... 5
3.1. Hipótese de Causa: .................................................................................................................. 5
3.2. Hipótese de Solução ................................................................................................................ 5
4. Metodologias................................................................................................................................... 5
5. Enquadramento Teórico dos princípios do Direito Internacional Económico. ............................... 6
6. Princípios do Direito Económico Internacional .............................................................................. 7
7. Conclusão........................................................................................................................................ 9
8. Referências Bibliográficas ............................................................................................................ 10

3
1. Introdução
A constituição de uma ordem pública internacional para o sector económico, com carácter
global, é essencial para que de forma harmónica se imponham aos poderes, públicos e
privados, os valores colectivos conducentes à plena realização da pessoa e da humanidade. É
neste conturbado contexto que o (jovem) Direito Internacional Económico se vem afirmando,
ou seja, a ordem jurídica deve estabelecer limites não económicos à ordem.

Quero através deste trabalho elencar alguns princípios fundamentais que norteiam o
funcionamento desta grande área de saber, este por ser um ramo de direito, e pela sua
interdisciplinaridade de que se manifesta.

4
2. Objectivos

2.1. Objectivo Geral


 Descrever os Princípios quer Gerais, quer Específicos do Direito
Internacional Económico

2.2. Objectivos Específicos


 Buscar na doutrina o enquadramento teórico dos princípios que
fundamentam o Direito Internacional Económico
 Detalhar cada um dos princípios e enquadrar na realidade actual.

3. Hipóteses

3.1. Hipótese de Causa:


Os mecanismos e formas de relacionamento jurídico entre os Estados contratantes
no âmbito da matéria de índole económico, eficácia dos tratados de que os
mesmos se comprometem a quando da sua adesão.

3.2. Hipótese de Solução:


Observar os diversos instrumentos que unificam ou definem as formas de
redireccionamento da aplicação de políticas económica internacionalmente, bem
como os institutos que garantem o seu pleno cumprimento, o que por conseguinte
fazem imergirem os princípios de que esta disciplina se possa orientar.

4. Metodologias
Para a elaboração deste trabalho, aplicaremos como métodos a pesquisa em manuais e
autores que abordam sobre o tema que nos interessa, a verificação em instrumentos legais
de base que nos possam lucidar a respeito de aspectos importantes.

5
5. Enquadramento Teórico dos princípios do Direito Internacional Económico.
Para um enquadramento teórico dos princípios nos seria inconveniente se antes não
tentássemos buscar a essência no que respeita a definição do próprio DIE, por este mostrar-
nos algumas deficiências para a sua conceituação.

E, segundo Coelho, este tópico precisa antes de serem avaliados aspectos que repercorram os
tempos históricos para o surgimento do Direito Internacional Economico enquanto uma
ciência jurídica e passível da sua autonomia e sua natureza, contudo aponta aspectos tais
como: revolução soviética, a segunda guerra mundial e a queda do murro de Berlim.

Segundo ainda o mesmo autor, o desenrolar deste factos supramencionados culminaram no


surgimento de um conjunto de organizações internacionais que remodelaram a comunidade.

Confirma-se a falência das principais estruturas para as relações


internacional anteriores ao deflagrar da segunda guerra mundial, a novação das
organizações internacionais foi total, com reforço em número e peso mundial ou
regional. De todas merecem expressa menção a constituição das Nações Unidas
(ONU), do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Acordo Geral sobre Pautas
Aduaneiras e Comércio (GATT), complementado mais recentemente pela
Organização Mundial do Comércio (OMC), o Grupo do Banco Mundial (BM),
as Comunidades Europeias (CEE), a Organização do Tratado do Atlântico Norte
(NATO) e o Pacto de Varsóvia.
A fluidez dos conceitos económicos que servem o fim da respectiva ciência mas que não
servem a ciência jurídica por não permitirem uma qualificação clara e distintiva de
institutos, sujeitos ou relações jurídicas, logo colocando uma questão de regime legal a
aplicar e a exigência escrupulosa da mutabilidade económica, seja para a compreensão,
seja para a evolução da actividade económica, solicitando e saudando a inovação
como elemento fulcral para o seu desenvolvimento, tendente à criação e circulação
mais rápida da riqueza. São factos apontados pelo autor como barreiras para a definição
da cadeira jurídica bem como do seu objecto de estudo.

6
6. Princípios do Direito Económico Internacional

Os princípios do Direito Internacional Económico são os seguintes:

 O Estado não pode introduzir restrições comerciais discriminatórias;

 O Estado não pode impedir o pagamento de lucros de investimentos estrangeiros


realizados no seu território (este princípio pode sofrer restrições);

 Os Estados devem cooperar na estabilização dos preços das mercadorias;

 Os Estados devem evitar o “dumping” e a criação de estoques que interfiram no


desenvolvimento de países subdesenvolvidos;

 Há uma tendência para se eliminar as restrições quantitativas de importações e


exportações;

 Os Estados subdesenvolvidos têm direito a uma assistência económica.

A Carta de Direitos e Deveres Económicos dos Estados estabelece como princípios das
relações económicas internacionais:

 Soberania, integridade territorial e independência política dos Estados;


 Igualdade soberana de todos os Estados;
 Não-agressão;
 Não-intervenção;
 Benefício mútuo e equitativo;
 Coexistência pacífica;
 Igualdade de direitos e livre determinação dos povos;
 Solução pacífica de controvérsias;
 Reparação das injustiças existentes por império da força, que privem uma nação
dos meios naturais necessários para seu desenvolvimento normal;
 Cumprimento de boa-fé das obrigações internacionais;

7
 Respeito aos Direitos Humanos e às liberdades fundamentais;
 Abstenção de todo intento de buscar hegemonia e esferas de influência;
 Fomento da justiça social internacional;
 Cooperação internacional para o desenvolvimento.

Ensina-nos ainda o Benigno Nunes dizendo que “ A nova ordem surge


como concretamente não igualitária, partindo do fato de que a
desigualdade concreta entre os países exige posturas destinadas a
corrigir os desequilíbrios existentes. Fala-se aqui em “igualdade
preferencial”, ou seja, concede-se tratamento preferencial, sem
reciprocidade e sem discriminação aos países em desenvolvimento.
Outro princípio fundamental é o da cooperação económica entre todos
os Estados, que deve existir independentemente de seus sistemas
económicos ou sociais. A nova ordem baseia-se na interdependência
económica, que significa que todos os Estados devem levar em conta o
interesse comum nas suas relações económicas, evitando, sobretudo,
prejudicar os países em desenvolvimento”

8
7. Conclusão

O Direito Internacional Económico, deve ser tomado como um subsistema normativo,


autónomo, que visa reger a actividade económica, sob os princípios da liberdade e lealdade,
garantidos pela limitação dos poderes públicos e privados, através da organização da
economia global, visando o desenvolvimento da humanidade e a criação de bem-estar geral.

Ademais, os princípios ora estabelecidos, têm como objectivo principal reger aquilo que são
os comportamentos dos Estados contratantes, de tal modo que cada um tem a sua soberania,
poderão existirem factos que possam extraviarem aquilo que são princípios e normas internas
dos Estados.

9
8. Referências Bibliográficas

https://jus.com.br/artigos/62764/o-direito-internacional-economico consultado aos 26 de


Setembro pelas 15:00 horas

https://www.barrocas.pt/publ/Direito_Internacional_Economico.pdf visitado aos 26 de


Setembro pelas 18:00 horas.

10

Você também pode gostar