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DIREITO

ECONÔMICO
Introdução à Ordem econômica
internacional e à Integração Econômica

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO ECONÔMICO
Introdução à Ordem econômica internacional e à Integração Econômica

Sumário
A Ordem Econômica Internacional............................................................................................... 3
Definição, Objetivo e Origem Histórica....................................................................................... 3
A Nova Ordem Econômica Internacional. . ................................................................................... 4
Principais Características.............................................................................................................. 6
O Acordo de Bretton Woods.. ......................................................................................................... 7
Os Organismos Internacionais...................................................................................................... 9
A Integração Econômica............................................................................................................... 29
Conceito........................................................................................................................................... 29
As Etapas da Integração Econômica.......................................................................................... 30
O Mercosul....................................................................................................................................... 32
Histórico e Aspectos Gerais. . ....................................................................................................... 32
Principais Normas e Protocolos................................................................................................. 33
Composição Atual..........................................................................................................................44
Órgãos.............................................................................................................................................. 45
Sistema de Solução de Controvérsias....................................................................................... 53
A União Europeia............................................................................................................................ 59
Introdução....................................................................................................................................... 59
Tratados Relevantes no Âmbito da União Europeia...............................................................60
Órgãos...............................................................................................................................................61
Síntese das Negociações entre Mercosul e União Europeia................................................ 63
O Acordo Trips. . ............................................................................................................................... 69
A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico – OCDE.................. 69
Resumo.............................................................................................................................................. 71
Questões de Concurso..................................................................................................................90
Gabarito........................................................................................................................................... 115
Bibliografia..................................................................................................................................... 116

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Introdução à Ordem econômica internacional e à Integração Econômica

A Ordem Econômica Internacional


Definição, Objetivo e Origem Histórica
A ordem econômica internacional está relacionada ao contexto histórico e econômico
surgido no pós-segunda guerra mundial.
Nesse período, a preocupação com o surgimento de novas guerras a partir de ações in-
devidas em matérias como moeda e comércio e com o surgimento de novas crises econô-
micas em países menos desenvolvidos, tornou evidente que os dogmas e ideais propostos
pelo liberalismo econômico seriam falhos e insuficientes quando transpostos para o plano
internacional.
Portanto, no pós guerra, além da necessidade de reformulação das ordens econômicas
nacionais, tornou-se urgente e necessário o estabelecimento de princípios, normas e insti-
tuições que orientassem as práticas econômicas internacionais e dispusessem acerca da
resolução de conflitos entre os países.
João Bosco Leopoldino da Fonseca ensina que:

O Direito Econômico Internacional surge com a finalidade precípua de estabelecer o enquadramen-


to para a adoção, por todos os sujeitos internacionais, de políticas econômicas destinadas a um
aprimoramento constante do nível de desenvolvimento.

Nesse contexto, juntamente com a regulação da economia, com a atuação de empresas


e com a instalação de fatores de produção de procedência estrangeira (no âmbito nacional),
surgiram tratados e acordos para regulamentar as relações entre as nações (no âmbito in-
ternacional).
A doutrina aponta outros pontos relevantes para o surgimento da ordem econômica in-
ternacional:
• o aumento vertiginoso das transações econômicas entre estados (comércio, investi-
mentos e empréstimos);
• o aumento de expectativas dos países quanto à responsabilidade de governos nacio-
nais por políticas econômicas adotadas.

A partir dos esclarecimentos acima, podemos concluir que a ordem econômica interna-
cional se fundou na necessidade de uma coexistência pacífica e na interdependência recí-
proca e cooperação econômica entre as nações (fruto do aumento das relações econômicas
interestatais).
Além disso, suas instituições e normas foram criadas inicialmente para atender os se-
guintes objetivos:
• administração do comércio: garantia da liberdade econômica e comercial no plano in-
ternacional;

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• estabelecimento de mecanismos de ajuda e estímulo para as economias necessitadas;


• contribuição para a estabilização das economias.

A Nova Ordem Econômica Internacional


A nova ordem econômica internacional surge a partir do conjunto das seguintes normas
elaboradas pela Assembleia Geral das Nações Unidas na VI Sessão Extraordinária (em 1974):
• Declaração de Estabelecimento de uma Nova Ordem Econômica Mundial (Resolução
3.201, de 1º de Maio de 1974);
• Plano de Ação para o Estabelecimento de uma Nova Ordem Econômica Mundial (Reso-
lução 3.202, de 1º de Maio de 1974);
• Carta de Direitos e Deveres dos Estado (Resolução 3.281, de 12 de Dezembro de 1974).

De acordo com Cançado Trindade:

Esse. desenvolvimento ocorria paralelamente ao agravamento da chamada “crise mundial da ener-


gia”: a busca, no seio da ONU, das diretrizes conducentes a uma nova ordem econômica interna-
cional tinha por objetivo o estabelecimento de normas básicas de regulamentação das relações
econômicas internacionais em vista dos problemas das matérias-primas e do desenvolvimento,
precipitado em parte pelo aumento do preço do petróleo e produtos derivados.1

1
TRINDADE, Antônio Augusto Cançado. R. Inf. legisl. Brasília a. 21 n. 81 jan./mar. 1984 – SUPLEMENTO. Capí-
tulo XII- As Nações Unidas e a Nova Ordem Econômica Internacional (com atenção especial aos Estados lati-
no-americanos)

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O principal objetivo era possibilitar uma maior equalização de poder nas relações econô-
micas entre países industrializados e países em desenvolvimento e por isso as reivindicações
giraram em torno dos seguintes pontos:
• estabilidade de preços para commodities e matéria-prima;
• transferência de recursos de países ricos para pobres;
• industrialização e tecnologia;
• corporações transnacionais;
• acesso a mercados;
• reforma no Sistema Monetário Internacional;
• maior poder nas discussões internacionais.

Importante destacar algumas passagens da Carta de Direitos e Deveres Econômicos


dos Estados:
• Princípios:
− Soberania, integridade territorial e independência política dos Estados;
− Igualdade soberana de todos os Estados;
− Não agressão;
− Não intervenção;
− Benefício mútuo e equitativo;
− Coexistência pacífica;
− Igualdade de direitos e livre determinação dos povos;
− Solução pacífica de controvérsias;
− Reparação das injustiças existentes por império da força, que privem uma nação dos
meios naturais necessários para seu desenvolvimento normal;
− Cumprimento de boa-fé das obrigações internacionais;
− Respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais;
− Abstenção de todo intento de buscar hegemonia e esferas de influência;
− Fomento da justiça social internacional;
− Cooperação internacional para o desenvolvimento;
− Livre acesso ao mar e desde o mar para os países sem litoral.
• Previsão da soberania dos estados

Art. 1º Todo Estado tem o direito soberano e inalienável de escolher seu sistema econômico, assim
como seu sistema político, social e cultural, de acordo com a vontade de seu povo, sem ingerência,
coação nem ameaça externas de qualquer espécie.
Art. 2º Todo Estado tem e exerce livremente soberania plena e permanente, inclusive posse, uso e
disposição, sobre toda a sua riqueza, recursos naturais e atividades econômicas.

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• Necessidade de cooperação

Art. 11. Todos os Estados devem cooperar para robustecer e melhorar continuamente a eficácia
das organizações internacionais na aplicação de medidas que estimulem o progresso econômico
geral de todos os países, em particular dos países em desenvolvimento, e, para isso, devem coo-
perar para adotá-las, quando seja apropriado, às necessidades cambiantes da cooperação econô-
mica internacional. A interdependência econômica é também um princípio fundamental, garantidor
da segurança econômica.
Art. 13.
(…) item 3 “cooperar com os países em desenvolvimento para o estabelecimento, fortalecimen-
to e desenvolvimento de suas infraestruturas científicas e tecnológicas e em suas investigações
científicas e atividades tecnológicas, de modo a ajudar a expandir e transformar as economias dos
países em desenvolvimento”.
• Interdependência e preservação do interesse de todos os países envolvidos

Art. 24. Todos os Estados têm o dever de conduzir suas relações econômicas mútuas de forma
a levar em conta os interesses dos demais países. Em particular, todos os Estados devem evitar
prejudicar os interesses dos países em desenvolvimento.

Principais Características
As principais características da ordem econômica internacional são resumidas na obra de
Leonardo Vizeu Figueiredo2. Vamos conferir:
Aderência à realidade flutuante: busca a manutenção das relações comerciais, adequan-
do-se às dinâmicas mudanças de mercado.
Busca-se evitar uma brusca ruptura e os possíveis prejuízos dela decorrentes por meio
da adoção de instrumentos que possibilitem a continuidade e a manutenção do equilíbrio da
ordem econômica.
Maleabilidade/generalidade: utilização de normas abstratas e de um processo de altera-
ção mais célere para se adequar à realidade flutuante do Mercado.
Vale lembrar que uma das principais fontes de direito econômico internacional são os
acordos entre países, que não possuem caráter cogente e sujeitam-se as constantes mudan-
ças em decorrência da realidade flutuante.
Reciprocidade: busca atender o interesse de todos os entes envolvidos, não há prevalên-
cia de vantagens de uma nação sobre a outra.
Assim, evita-se o enriquecimento demasiado ou o crescimento da desigualdade en-
tre as nações, buscando-se sempre o respeito mútuo e a harmonia e igualdade nas trocas
comerciais.
Sanção/medidas compensatórias: têm caráter compensatório e não punitivo, buscando
garantir a continuidade e harmonia das relações entre os entes soberanos.

2
FIGUEIREDO. Leonardo Vizeu. Lições de direito econômico. Forense, 7 edição.

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Tendo em vista que os conflitos ocorrem entre entes soberanos, as sanções buscam a
composição dos conflitos e a garantia de uma participação igualitária de todos.
Prospectividade: resolução de conflitos por meios alternativos e extrajudiciais de com-
posição de conflitos de interesses, oriundos do acordo de vontade entre os entes envolvidos.
De acordo com Leonardo Vizeu Figueiredo, no âmbito do direito econômico internacional,
não há como submeter a resolução dos conflitos a uma estrutura derivada dos poderes cons-
tituídos do Estado, baseada na estrutura tripartite do poder de Montesquieu. Por essa razão,
devem ser utilizados os mecanismos e instrumentos alternativos, frutos da convergência de
vontades dos entes envolvidos.

Características

manutenção das relações comerciais.


Aderência à realidade flutuante: adequação às dinâmicas mudanças de
mercado.

atende o interesse de todos os entes


Reciprocidade: envolvidos

resolução de conflitos por meios


Prospectividade: alternativos

têm caráter compensatório e não


punitivo.
Sanção/medidas compensatórias: busca garantir a continuidade e
harmonia das relações entre os entes
soberanos.

normas abstratas.
Maleabilidade/generalidade: adequação à realidade flutuante do
mercado.

O Acordo de Bretton Woods


Como já mencionei no início da aula, os efeitos decorrentes da Segunda Guerra Mundial
fizeram com que as principais potências do Ocidente vislumbrassem a necessidade de esta-
belecer uma nova ordem econômica mundial, com o intuito de conter as ameaças totalitaris-
tas e possibilitar sua entrada em mercados que se encontravam fechados.
A base política dessa nova ordem internacional foi a criação da ONU (Organização das
Nações Unidas).
Já os contornos econômicos iniciaram-se com a Carta do Atlântico, documento que
buscou afirmar a igualdade de acesso entre as nações ao comércio e às fontes de maté-
rias-primas.

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A Carta, que resultou do encontro do Presidente dos EUA, Franklin D. Roosevelt, com o Pri-
meiro Ministro britânico, Winston Churchill, em agosto de 1941, tinha como principal garantir
a liberdade de trânsito pelos mares, como meio de se viabilizar o comércio em caráter global.
Além disso, é considerada precursora do Acordo de Bretton Woods, que fundou os três
pilares da nova ordem econômica: o Banco Internacional de Desenvolvimento – BIRD, Fundo
Monetário Internacional-FMI, e a Organização Internacional do Comércio – OIC.
Vale lembrar que a OIC foi rejeitada pelos EUA e outros países e que em 1947 foi celebrado
O Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio-GATT que regeu o sistema multilateral de comércio
até a criação da OMC na rodada do Uruguai em 1994.
O acordo de Breton Woods originou-se da Conferência Monetária Financeira das Nações
Unidas realizada entre delegados das quarenta e quatro nações aliadas, em Bretton Woods
(New Hampshire).
Nessa ocasião, foram discutidas as repercussões econômicas, bem como os rumos das
relações econômicas entre os países no pós-Segunda-Guerra Mundial, buscando-se assegu-
rar a governança prévia nas relações monetárias entre Nações independentes.
De acordo com Krugman e Obstfeld:

Mesmo com a continuidade da guerra, os representantes de Estado dos Aliados preocupavam-


-se com as necessidades econômicas mundiais após o fim do conflito. Escaldados pelo desastre
econômico do período entre guerras, eles queriam planejar um sistema monetário internacional
que levasse ao pleno emprego e à estabilidade dos preços e, ao mesmo tempo, permitisse que os
países obtivessem o equilíbrio externo sem ter de impor restrições ao comércio internacional. O
sistema elaborado pelo acordo de Bretton Woods exigia taxas de câmbio fixas em relação ao dólar
norte-americano e um preço do ouro em dólar invariável (...) Os países membros mantinham suas
reservas internacionais oficiais em grande parte na forma de ativos em ouro ou dólares, e tinham
o direito de vender dólares para o Federal Reserve em troca de ouro ao preço oficial. Tratava-se,
assim, de um padrão câmbio-ouro, tendo o dólar como principal moeda reserva (...)

As principais disposições de Bretton Woods foram:


• a obrigação de cada país adotar uma política monetária que mantivesse a taxa de câm-
bio de suas moedas dentro de um determinado valor indexado ao dólar (que estaria
ligado ao ouro numa base fixa);
• a provisão pelo FMI de financiamento para suportar dificuldades temporárias de paga-
mento.

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Os Organismos Internacionais
Além dos Estados soberanos, os organismos internacionais também são considerados
sujeitos da ordem econômica internacional.
Podemos defini-los como associações voluntárias de sujeitos de direito internacional,
com personalidade jurídica internacional própria, constituídas por meio de tratado ou outro
ato internacional, para consecução de objetivos comuns.
A criação dos organismos internacionais originou-se da necessidade de facilitar o pro-
cesso de negociações e a obtenção de vantagens recíprocas entre os diversos estados que
ingressaram nas comunidades internacionais no pós guerra.
Vejamos suas principais características:
• manifestação multilateral de vontade dos estados
• pluralidade de nações que o compõem
• igualdade de participação entre os membros
• possuem personalidade jurídica internacional

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A Organização das Nações Unidas – ONU

A ONU foi criada em 1945 na Convenção de São Francisco, por meio da carta das Nações
Unidas e teve como principal antecedente foi a Liga das Nações (organização estabelecida
durante a primeira guerra mundial, com base no Tratado de Versalhes, com objetivo de pro-
mover a paz e a cooperação entre as nações).
Ao introduzir seus princípios e objetivos, a Carta das Nações Unidas dispõe que:

Nós, os povos das Nações Unidas, decididos:


A preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra que por duas vezes, no espaço de uma vida
humana, trouxe sofrimentos indizíveis à humanidade;
A reafirmar a nossa fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor da pessoa
humana, na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, assim como das nações, grandes e
pequenas;
A estabelecer as condições necessárias à manutenção da justiça e do respeito das obrigações
decorrentes de tratados e de outras fontes do direito internacional;
A promover o progresso social e melhores condições de vida dentro de um conceito mais amplo de
liberdade; e para tais fins:
A empregar mecanismos internacionais para promover o progresso econômico e social de todos
os povos.
Explicitadas as finalidades pelas quais foi criada a nova sociedade de todas as nações, grandes e
pequenas, a Carta expõe os objetivos e princípios que deverão nortear as ações:

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Seguem abaixo os principais objetivos:


• Manter a paz e a segurança internacional e para esse fim: tomar medidas coletivas efi-
cazes para prevenir e afastar ameaças à paz;
• Desenvolver relações de amizade entre as nações baseadas no respeito do princípio da
igualdade de direitos e da autodeterminação dos povos;
• Realizar a cooperação internacional, resolvendo os problemas internacionais de cará-
ter econômico, social, cultural ou humanitário, promovendo e estimulando o respeito
pelos direitos do homem e pelas liberdades fundamentais para todos, sem distinção de
raça, sexo, língua ou religião;
• Ser um centro destinado a harmonizar a ação das nações para a consecução desses
objetivos comuns.

Outro conteúdo importante da Carta das Nações Unidas são as metas previstas no art. 55:

A elevação dos níveis de vida, o pleno emprego e condições de progresso e desenvolvimento eco-
nômico e social;
A solução dos problemas internacionais econômicos, sociais, de saúde e conexos, bem como a
cooperação internacional, de caráter cultural e educacional;
O respeito universal e efetivo aos direitos do homem e das liberdades fundamentais para todos,
sem distinção de raça, sexo, língua ou religião.

Embora o tema seja abordado de forma mais profunda em direito internacional ou direitos
humanos, vamos tratar dos pontos mais relevantes:
• Estrutura
− Assembleia Geral (art. 9 e 18 da Carta);
− Conselho de Segurança (art. 27);
− Conselho Econômico Social (art. 62);
− Conselho de Tutela (art. 73 e 86);
− Corte Internacional de Justiça (art. 72) e Secretariado.
• Sede: Nova Iorque, com exceção da CIJ que se localiza em Haia (Holanda).
• Atuação: por meio de acordos, tratados, convenções, protocolos, resoluções e estatu-
tos.
• Alguns organismos vinculados à ONU: OIT, UNESCO, OMS, BIRD.
• Idiomas: chinês, árabe, russo, espanhol, francês, inglês.

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ONU

Assembleia Geral (art. 9 e 18 da Carta)


Conselho de Segurança (art.27),
Conselho Econômico Social (art. 62)
Estrutura Conselho de Tutela (art. 73 e 86), Corte
Internacional de Justiça (art. 72) e
Secretariado.

Nova Iorque, com exceção da CIJ que se


Sede localiza em Haia (Holanda).

Por meio de acordos, tratados,


Atuação convenções, protocolos, resoluções e
estatutos.

Alguns organismos vinculados à OIT, UNESCO, OMS, BIRD.


ONU
Chinês, árabe, russo, espanhol, francês,
Idiomas inglês.

O Banco Mundial ou Banco Internacional de Desenvolvimento – BIRD

Trata-se de uma instituição financeira, que busca prestar ajuda financeira aos países
signatários.
Apesar de ter sido criada inicialmente para reconstrução da Europa no pós guerra, (na
Conferência de Bretton Woods) continua atuando para redução da pobreza, reconstrução em
casos de desastres naturais, reabilitação pós conflitos etc.
Principais pontos:
• Objetivo: fornece recursos financeiros, para fomentar o desenvolvimento, visando o sa-
neamento financeiro e fiscal dos países.
• Sede: Washington – EUA.
• Recursos: cobrança de juros de seus empréstimos, captação destes no mercado de
capitais e disponibilidades oferecidas pelos estados que o compõem.
• Estrutura bicameral:
− Conselho de governadores (direção, formado por representantes dos estados-mem-
bros);
− Conselho de administração (executivo, formado por 22 membros: 5 nomeados dire-
tamente pelos países que detém a maior parte do capital e 17 eleitos pelo conselho
de governadores em sistema de rodízio).
• Áreas de atuação: além de fomentar o desenvolvimento, passou a atuar em áreas diver-
sas como: educação e meio ambiente.

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BIRD

Fornecer recursos financeiros, para


fomentar o desenvolvimento, visando
Objetivos o saneamento financeiro e fiscal dos
países.

Sede Washington – EUA

Cobrança de juros de seus empréstimos,


captação destes no mercado de capitais
Recursos e disponibilidades oferecidas pelos
estados que o compõem

Conselho de governadores (direção,


formado por representantes dos
estados-membros).
Conselho de administração (executivo,
Estrutural bicameral formado por 22 membros: 5 nomeados
diretamente pelos países que detém a
maior parte do capital e 17 eleitos pelo
conselho de governadores em sistema
de rodízio.

Fomentar o desenvolvimento, -áreas


Áreas de atuação diversas como: educação e meio
ambiente.

Fundo Monetário Internacional – FMI

É um fundo que busca viabilizar as trocas comerciais internacionais por meio da criação
de um sistema monetário internacional.
• Principais objetivos:
− evitar desequilíbrio no balanço de pagamentos e nos sistemas cambiais de países
membros, que possam prejudicar a expansão comercial;
− oferecer ajuda aos países-membros com dificuldades financeiras;
− promover a cooperação monetária internacional.
• Princípios:
− unidade de caixa de câmbio: cada estado deve utilizar uma única taxa de câmbio
para sua moeda;
− fixidez da taxa de câmbio: impede modificações na paridade monetária dos estados
membros, excetuando-se o dólar americano;
− proibição de desvalorizações competitivas: proíbe alterações cambiais que prejudi-
quem a concorrência das exportações dos outros mercados.

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Introdução à Ordem econômica internacional e à Integração Econômica

• Fontes de recursos: depósitos feitos pelos estados fundadores e o pelos membros que
aderiram posteriormente.
• Estrutura:
− Assembleia de governadores: órgão deliberativo máximo do FMI, composto por mi-
nistros da fazenda ou presidentes dos bancos centrais dos estados membros;
− Conselho de administração: órgão de direção, composto por 5 países com maior
participação no fundo (EUA, Alemanha, Japão, França e Grã-Bretanha), 3 países no-
meados e 19 países eleitos, para mandato de 2 anos;
− Comitê interino: órgão político, que determina as medidas que servirão de auxílio
aos países em desenvolvimento, composto por 5 países com maior participação no
fundo.
• Formas de financiamento:
− acordo stand-by: é o tipo mais comum, abarca financiamento direto de 12 a 18 me-
ses;
− contenção de choques externos: crises ou conflitos temporários que influenciem no
comércio;
− financiamento ampliado: problemas estruturais na balança de pagamentos (médio
prazo);
− financiamento de reserva suplementar: utilizado em problemas de curto prazo e de
difícil resolução.

FMI

evitar desequilíbrio no balanço de


pagamentos e nos sistemas cambiais de
países membros, que possam prejudicar
Finalidades a expansão comercial;
oferecer ajuda aos países-membros com
dificuldades financeiras e promover a
cooperação monetária internacional.

unidade de caixa de câmbio: cada estado


deve utilizar uma única taxa de câmbio
para sua moeda;
fixidez da taxa de câmbio: impede
modificações na paridade monetária
Princípios dos estados membros, excetuando-se o
dólar americano;
proibição de desvalorizações
competitivas: proíbe alterações cambiais
que prejudiquem a concorrência das
exportações dos outros mercados.

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FMI

depósitos feitos pelos estados


Recursos fundadores e o pelos membros que
aderiram posteriormente.

Assembleia de governadores: órgão


deliberativo máximo do FMI, composto
por ministros da fazenda ou presidentes
dos bancos centrais dos estados
membros;
Conselho de administração: órgão de
direção, composto por 5 países com
maior participação no fundo (EUA,
Estrutural Alemanha, Japão, França e Grã-Bretanha),
3 países nomeados e 19 países eleitos,
para mandato de 2 anos;
Comitê interino: órgão político, que
determina as medidas que servirão de
auxílio aos países em desenvolvimento,
composto por 5 países com maior
participação no fundo.

acordo stand-by: é o tipo mais comum,


abarca financiamento direto de 12 a 18
meses;
contenção de choques externos: crises
ou conflitos temporários que influenciem
no comércio;
Formas de financiamento financiamento ampliado: problemas
estruturais na balança de pagamentos
(médio prazo);
financiamento de reserva suplementar:
utilizado em problemas de curto prazo e
de difícil resolução.

O GATT

Em 1947, 23 países iniciaram negociações com o intuito de impulsionar o comércio e res-


tringir determinadas práticas protecionistas nos períodos pós-guerra.
Na primeira rodada de negociações denominada GATT-Acordo Geral sobre Tarifas e Co-
mércio, já foram estabelecidas normas e acordos multilaterais.
Ao estudarmos a Conferência realizada em Breton Woods, mencionei que foram criados o
BIRD e o FMI e discutida a criação da OIC, no âmbito comercial.

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Também vimos que a OIC foi rejeitada pelos EUA e outros países (devido ao fracasso das
negociações em torno do protocolo de Havana) e que o GATT continuou regulando as rela-
ções comerciais por mais algumas décadas.
Somente em 1994, na rodada do Uruguai, foi estabelecido um organismo de comércio in-
ternacional permanente: a OMC.
Seguem abaixo os princípios que nortearam o GATT e que são também adotados pela OMC:
• Cláusula da nação mais favorecida: não deve haver discriminação dentre os estados
que atuam no comércio exterior, de modo que nenhum país pode conceder a outro van-
tagens especiais que não tenha concedido aos demais.
• Cláusula de habilitação: é uma exceção à cláusula anterior.
− Permite a concessão de benefícios a países periféricos ou em desenvolvimento, os
quais não devem ser concedidos indevidamente aos países mais desenvolvidos.
• Proteção transparente: pode haver proteção a setores econômicos nacionais, mas so-
mente poderá ocorrer por meio de tarifa.
• Base estável para o comércio: consolidação das tarifas de importação que cada país
poderá praticar a determinados produtos constam em lista que integram o acordo.
• Reconhecimento de acordos regionais: os estados podem estabelecer redução das bar-
reiras tarifárias entre si, com vistas a integrar a economia de uma determinada região.
− Pode constituir exceção ao cumprimento da cláusula da nação mais favorecida, des-
de que obedeça determinados requisitos.
• Adoção de medidas urgentes: possibilidade de isenção de compromissos ou obriga-
ções por parte do país que sofrer prejuízo grave aos produtos nacionais.
• Concorrência leal: coíbe práticas abusivas, como o dumping e a concessão de subsí-
dios sem qualquer justificativa.
• Cláusula de evolução: determinados benefícios podem ser suprimidos na medida em
que as economias dos países em desenvolvimento forem evoluindo.

GATT – Acordo geral sobre tarifas e comércio: buscou


– impulsionar o comércio e restringir determinadas práticas
protecionistas nos períodos pós-guerra;
– estabeleceu normas e acordos multilaterais.

Princípios
Não deve haver discriminação dentre
Cláusula da nação mais favorecida: os estados que atuam no comércio
exterior.

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GATT – Acordo geral sobre tarifas e comércio: buscou


– impulsionar o comércio e restringir determinadas práticas
protecionistas nos períodos pós-guerra;
– estabeleceu normas e acordos multilaterais.

Exceção à cláusula anterior


permite a concessão de benefícios
a países periféricos ou em
Cláusula de habilitação: desenvolvimento, os quais não devem
ser concedidos indevidamente aos
países mais desenvolvidos.

Pode haver proteção a setores


Proteção transparente: econômicos nacionais, mas somente
poderá ocorrer por meio de tarifa.

Consolidação das
das tarifas de importação que cada
Base estável para o comércio: país poderá praticar a determinados
produtos constam em lista que integram
o acordo.

Os estados podem estabelecer redução


Reconhecimento de acordos das barreiras tarifárias entre si, com
regionais: vistas a integrar a economia de uma
determinada região.

Possibilidade de isenção de
compromissos ou obrigações por parte
Adoção de medidas urgentes: do país que sofrer prejuízo grave aos
produtos nacionais.

Coíbe práticas abusivas, como o


Concorrência leal: dumping e a concessão de subsídios
sem qualquer justificativa.

Determinados benefícios podem


ser suprimidos na medida em
Cláusula de evolução: que as economias dos países em
desenvolvimento forem evoluindo.

A Organização Mundial do Comércio – OMC

A OMC é um fórum permanente de negociação e concessões comerciais, solução de con-


trovérsias e combate a medidas arbitrárias, criada na oitava rodada do GATT, rodada do Uru-
guai, em 1994 (acordo de Marrakech).

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Atualmente, a OMC é a principal instância que administra o sistema multilateral de comér-


cio e conta com 164 membros.
Os princípios do GATT foram herdados pela OMC.
• Acordo constitutivo

ACORDO CONSTITUTIVO DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE COMÉRCIO


As Partes do presente Acordo,
Reconhecendo que as suas relações na esfera da atividade comercial e econômica devem objetivar
a elevação dos níveis de vida, o pleno emprego e um volume considerável e em constante elevação
de receitas reais e demanda efetiva, o aumento da produção e do comércio de bens e de Serviços,
permitindo ao mesmo tempo a utilização ótima dos recursos mundiais em conformidade com o
objetivo de um desenvolvimento sustentável e buscando proteger e preservar o meio ambiente e
incrementar os meios para fazê-lo, de maneira compatível com suas respectivas necessidades e
interesses segundo os diferentes níveis de desenvolvimento econômico,
Reconhecendo ademais que é necessário realizar esforços positivos para que os países em de-
senvolvimento, especialmente os de menor desenvolvimento relativo, obtenham uma parte do in-
cremento do comércio internacional que corresponda às necessidades de seu desenvolvimento
econômico.
Desejosas de contribuir para a consecução desses objetivos mediante a celebração de acordos
destinados a obter, na base da reciprocidade e de vantagens mútuas, a redução substancial das
tarifas aduaneiras e dos demais obstáculos ao comercio assim como a eliminação do tratamento
discriminatório nas relações comerciais internacionais,
Resolvidas, por conseguinte, a desenvolver um sistema multilateral de comércio integrado, mais vi-
ável e duradouro que compreenda o Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio, os resulta-
dos de esforços anteriores de liberalização do comércio e os resultados integrais das Negociações
Comerciais Multilaterais da Rodada Uruguai.
Decididas a preservar os princípios fundamentais e a favorecer a consecução dos objetivos que
informam este sistema multilateral de comércio,
Acordam o seguinte:
Artigo I
Estabelecimento da Organização
Constitui-se pelo presente Acordo a Organização Mundial de Comércio (a seguir denominada
“OMC”).
• Forma de adesão

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 Obs.: A adesão do Brasil ocorreu por meio do Decreto n 1.355/94, que promulgou a ata final
que incorpora os resultados da rodada do Uruguai.
• Estrutura:
− Conferência de ministros: principal órgão deliberativo e instância máxima da orga-
nização, composta pelos ministros das Relações Exteriores ou de Comércio Exterior
dos membros, que se reunirão aos menos uma vez a cada dois anos.
− Conselho geral: órgão que atuará na resolução de disputas e mecanismos de revisão
comercial, composto pelos representantes permanentes dos membros em Genebra,
que se reunirão quando cabível.
◦ É composto pelos seguintes órgãos subsidiários: Conselho para o Comércio de
Bens, Conselho para os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual, Conse-
lho para o Comércio de Serviços, Comitê de Negociações Comerciais.
− Secretariado: dirigida pelo diretor-geral da OMC, que tem por função apoiar as ativi-
dades da organização.
• Outros órgãos:
− Conselho para o Comércio de Bens;

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− Conselho para o Comércio de Serviços;


− Conselho para os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual relacionados ao
Comércio;
− Comitês de Acesso a Mercados, Agrícola e de Subsídios etc.
• Tomada de decisões: baseada no consenso, sendo que cada membro representará um
voto.
• Funções:
− facilitará a aplicação administração e funcionamento do Acordo e dos Acordos co-
merciais multilaterais e promoverá a consecução de seus objetivos, além de consti-
tuir o quadro jurídico para a aplicação, administração e funcionamento dos Acordos
Comerciais Plurilaterais;
− será o foro para as negociações entre seus Membros acerca de suas relações co-
merciais multilaterais em assuntos tratados no quadro dos acordos incluídos nos
Anexos ao presente;
− administrará o entendimento relativo às normas e procedimentos que regem a solu-
ção de controvérsias;
− administrará o mecanismo de Exame das Políticas comerciais;
− com o objetivo de alcançar uma major coerência na formulação das políticas econô-
micas em escala mundial, a OMC cooperará no que couber com o Fundo Monetário
Internacional e com o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento e
com os órgãos a eles afiliados.
• Rodadas da OMC

Singapura (1996); Genebra (1998); Seattle (1999); Doha (2001); Cancun (2003); Hong Kong
(2005); Genebra (2009 e 2011); Bali (2013), Nairóbi (2015) e Buenos Aires (2017).
• Sistema de solução de controvérsias

Foi concebido na rodada do Uruguai.


A controvérsia ocorre quando um estado adote medida que um ou mais membros da OMC
reputem violadores dos acordos celebrados pela organização. Nesse contexto, estará apto a
acionar o sistema de solução de conflitos, os estados que sejam signatários da OMC, poden-
do atuar como parte ou como terceiros interessados.

ANEXO 2
ENTENDIMENTO RELATIVO ÀS NORMAS E PROCEDIMENTOS SOBRE SOLUÇÃO DE CONTROVÉR-
SIAS
Os Membros pelo presente acordam o seguinte:
Artigo 1
Âmbito e Aplicação

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(...) 2. Nas controvérsias relativas a normas e procedimentos de mais de um acordo abrangido,


caso haja conflito entre as regras e procedimentos especiais ou adicionais dos acordos em ques-
tão, e se as partes em controvérsia não chegarem a acordo sobre as normas e procedimentos den-
tro dos 20 dias seguintes ao estabelecimento do grupo especial, o Presidente do Órgão de Solução
de Controvérsias previstos no parágrafo 1 do Artigo 2 (denominado no presente Entendimento
“OSC”), em consulta com as partes envolvidas na controvérsia, determinará, no prazo de 10 dias
contados da solicitação de um dos Membros, as normas e os procedimentos a serem aplicados. O
Presidente seguirá o princípio de que normas e procedimentos especiais ou adicionais devem ser
aplicados quando possível, e de que normas e procedimentos definidos neste Entendimento devem
ser aplicados na medida necessária para evitar conflito de normas.
• Órgão de solução de controvérsias (OSC)

Artigo 2
Administração
1.(...) o OSC tem competência para estabelecer grupos especiais, acatar relatórios dos grupos es-
peciais e do órgão de Apelação, supervisionar a aplicação das decisões e recomendações e auto-
rizar a suspensão de concessões e de outras obrigações determinadas pelos acordos abrangidos.
(...) Quando o OSC aplicar as disposições sobre solução de controvérsias de um Acordo Comer-
cial Plurilateral, somente poderão participar das decisões ou medidas adotadas pelo OSC aqueles
Membros que sejam partes do Acordo em questão.

Procedimentos Previstos no Âmbito da OMC


• Consultas: proposta da parte demandante.
− O ex adverso deverá ter ciência sobre a possibilidade de disputa, devendo responder
em 10 dias. Há o prazo de 30 dias para informações.
• Grupos especiais: primeira instância julgadora no âmbito da OSC.
− Se o membro não responder, não proceder as consultas no prazo ou se o resultado
das consultas não foi satisfatório.
− É composto por 3 ou 5 especialistas. As partes devem indicá-los, de comum acordo,
com base em nomes apresentados pelo secretariado.
• Apelação: quando umas das partes (envolvidas na disputa) discorda do relatório final.
− Grupo formado por 7 pessoas (3 em cada caso).
− O procedimento não pode ultrapassar 60 dias, em regra (máximo 90).
• Implementação: a conduta violadora deve ser modificada imediatamente.
− Caso não seja modificada, o país deverá oferecer compensação ou sofrer retaliação.

1.Os Membros afirmam sua determinação de fortalecer e aperfeiçoar a eficácia dos pro-
cedimentos de consulta utilizados pelos Membros.
(...)
3.Quando a solicitação de consultas for formulada com base em um acordo abrangido, o
Membro ao qual a solicitação for dirigida deverá respondê-la, salvo se mutuamente acordado

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de outro modo, dentro de um prazo de 10 dias contados a partir da data de recebimento da


solicitação, e deverá de boa-fé proceder a consultas dentro de um prazo não superior a 30
dias contados a partir da data de recebimento da solicitação, com o objetivo de chegar a uma
solução mutuamente satisfatória. Se o Membro não responder dentro do prazo de 10 dias
contados a partir da data de recebimento da solicitação, ou não proceder às consultas dentro
de prazo não superior a 30 dias, ou dentro de outro prazo mutuamente acordado contado a
partir da data de recebimento da solicitação, o Membro que houver solicitado as consultas
poderá proceder diretamente a solicitação de estabelecimento de um grupo especial.
4.Todas as solicitações de consultas deverão ser notificadas ao OSC e aos Conselhos e
Comitês pertinentes pelo Membro que as solicite. Todas as solicitações de consultas deve-
rão ser apresentadas por escrito e deverão conter as razões que as fundamentam, incluin-
do indicação das medidas controversas e do embasamento legal em que se fundamenta a
reclamação.
(...)
6.As consultas deverão ser confidenciais e sem prejuízo dos direitos de qualquer Membro
em quaisquer procedimentos posteriores.
7.Se as consultas não produzirem a solução de uma controvérsia no prazo de 60 dias con-
tados a partir da data de recebimento da solicitação, a parte reclamante poderá requerer o es-
tabelecimento de um grupo especial. A parte reclamante poderá requerer o estabelecimento
de um grupo especial dentro do referido prazo de 60 dias se as partes envolvidas na consulta
considerarem conjuntamente que as consultas não produziram solução da controvérsia.
8.Nos casos de urgência, incluindo aqueles que envolvem bens perecíveis, os Membros
iniciarão as consultas dentro de prazo não superior a 10 dias contados da data de recebimen-
to da solicitação. Se as consultas não produzirem solução da controvérsia dentro de prazo
não superior a 20 dias contados da data de recebimento da solicitação, a parte reclamante
poderá requerer o estabelecimento de um grupo especial.
9.Em casos de urgência, incluindo aqueles que envolvem bens perecíveis, as partes em
controvérsia, os grupos especiais e o órgão de Apelação deverão envidar todos os esforços
possíveis para acelerar ao máximo os procedimentos.
10.Durante as consultas os Membros deverão dar atenção especial aos problemas e inte-
resses específicos dos países em desenvolvimento Membros.
Artigo 6
Estabelecimento de Grupos Especiais
1.Se a parte reclamante assim o solicitar, um grupo especial será estabelecido no mais
tardar na reunião do OSC seguinte àquela em que a solicitação aparece pela primeira vez
como item da agenda do OSC, a menos que nessa reunião o OSC decida por consenso não
estabelecer o grupo especial 35
3 5
Se a parte reclamante assim solicitar, uma reunião do OSC será convocada com tal objetivo dentro dos
quinze dias seguintes ao pedido, sempre que se dê aviso com antecedência mínima de 10 dias.

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2.Os pedidos de estabelecimento de grupo especial deverão ser formulados por escrito.
Deverão indicar se foram realizadas consultas, identificar as medidas em controvérsia e for-
necer uma breve exposição do embasamento legal da reclamação, suficiente para apresentar
o problema com clareza(...)
Artigo 17
Apelação
1.O OSC constituirá um órgão Permanente de Apelação, que receberá as apelações das
decisões dos grupos especiais. Será composto por sete pessoas, três das quais atuarão em
cada caso. Os integrantes do órgão de Apelação atuarão em alternância. Tal alternância de-
verá ser determinada pelos procedimentos do órgão de Apelação.
2.O OSC nomeará os integrantes do órgão de Apelação para períodos de quatro anos, e
poderá renovar por uma vez o mandato de cada um dos integrantes. Contudo, os mandatos de
três das sete pessoas nomeadas imediatamente após a entrada em vigor do Acordo Constitu-
tivo da OMC, que serão escolhidas por sorteio, expirará ao final de dois anos. As vagas serão
preenchidas à medida que forem sendo abertas. A pessoa nomeada para substituir outra cujo
mandato não tenha expirado exercerá o cargo durante o período que reste até a conclusão do
referido mandato.
(...)
4.Apenas as partes em controvérsia, excluindo-se terceiros interessados, poderão recor-
rer do relatório do grupo especial. Terceiros interessados que tenham notificado o OSC sobre
interesse substancial consoante o parágrafo 2 do Artigo 10 poderão apresentar comunica-
ções escritas ao órgão de Apelação e poderão ser por ele ouvidos.
5.Como regra geral, o procedimento não deverá exceder 60 dias contados a partir da data
em que uma parte em controvérsia notifique formalmente sua decisão de apelar até a data em
que o órgão de Apelação distribua seu relatório. (...). Quando o órgão de Apelação entender
que não poderá apresentar seu relatório em 60 dias, deverá informar por escrito ao OSC das
razões do atraso, juntamente com uma estimativa do prazo dentro do qual poderá concluir o
relatório. Em caso algum o procedimento poderá exceder a 90 dias.
6.A apelação deverá limitar-se às questões de direito tratadas pelo relatório do grupo es-
pecial e às interpretações jurídicas por ele formuladas.
(...)
10.Os trabalhos do órgão de Apelação serão confidenciais. Os relatórios do órgão de Ape-
lação serão redigidos sem a presença das partes em controvérsia e à luz das informações
recebidas e das declarações apresentadas.
11.As opiniões expressas no relatório do órgão de Apelação por seus integrantes se-
rão anônimas.
(...)
13.O órgão de Apelação poderá confirmar, modificar ou revogar as conclusões e decisões
jurídicas do grupo especial.

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14.Os relatórios do órgão de Apelação serão adotados pelo OSC e aceitos sem restrições
pelas partes em controvérsia a menos que o OSC decida por consenso não adotar o relatório
do órgão de Apelação dentro do prazo de 30 dias contados a partir da sua distribuição aos
Membros 48. Este procedimento de adoção não prejudicará o direito dos Membros de expor
suas opiniões sobre o relatório do órgão de Apelação.
Artigo 20
Calendário das Decisões do OSC
Salvo acordado diferentemente pelas partes em controvérsia, o período compreendido en-
tre a data de estabelecimento do grupo especial pelo OSC e a data em que o OSC examinar a
adoção do relatório do grupo especial ou do órgão de Apelação não deverá, como regra geral,
exceder nove meses quando o relatório do grupo especial não sofrer apelação ou 12 meses
quando houver apelação. (...)
Artigo 21
Supervisão da Aplicação das Recomendações e Decisões
(...)
6.O OSC deverá manter sob vigilância a aplicação das recomendações e decisões. A
questão da implementação das recomendações e decisões poderá ser arguida por qualquer
Membro junto ao OSC em qualquer momento após sua adoção. Salvo decisão em contrário
do OSC, a questão da implementação das recomendações e decisões deverá ser incluída na
agenda da reunião do OSC seis meses após a data da definição do prazo razoável conforme
o parágrafo 3 e deverá permanecer na agenda do OSC até que seja resolvida. Ao menos 10
dias antes de cada reunião, o Membro interessado deverá fornecer ao OSC relatório escrito do
andamento da implementação das recomendações e decisões.
7.Se a questão tiver sido levantada por país em desenvolvimento Membro, o OSC deverá
considerar quais as outras providências que seriam adequadas às circunstâncias.
8.Se o caso tiver sido submetido por país em desenvolvimento Membro, ao considerar a
providência adequada a ser tomada o OSC deverá levar em consideração não apenas o alcan-
ce comercial das medidas em discussão, mas também seu impacto na economia dos países
em desenvolvimento Membros interessados.

Nos últimos três anos os Estados Unidos se negaram aprovar a nomeação de novos juízes
para o Órgão de Apelação. Assim, os magistrados que se aposentaram não tiveram suas
vagas ocupadas e atualmente resta apenas um membro em função, apesar de o mínimo ne-
cessário três.
Essa situação fez com que o órgão deixasse de funcionar desde dezembro de 2019, gerando
dúvidas sobre a credibilidade do sistema.

4 8
Caso não esteja prevista reunião do OSC durante esse período, será realizada uma reunião do OSC para tal
fim.

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Obs.: Principais casos em que o Brasil atuou como demandante na OMCM


 Estados Unidos – Gasolina
 O Brasil questionou as restrições impostas pelos EUA, sobre o pretexto de proteção
do meio ambiente, à importação de gasolina. O Brasil conseguiu demonstrar que a
gasolina importada era submetida a condições de venda menos favoráveis do que as
oferecidas à gasolina doméstica, e que a medida americana não poderia ser justifica-
da por meio das exceções aos acordos da OMC.
 Embraer-Bombardier
 O embate entre Embraer e Bombardier iniciou-se em 1996, quando a empresa cana-
dense questionou junto à OMC os subsídios concedidos à Embraer por meio do “PRO-
EX-Equalização”. Em resposta, o Brasil iniciou disputa contra o Canadá em razão dos
subsídios concedidos pela Província de Quebec à Bombardier. O Brasil logrou, assim,
empatar o jogo: obteve autorização para retaliar o Canadá em montante semelhan-
te àquele que havia sido obtido pelo governo canadense contra o Brasil. Isso levou
ambos os países à mesa de negociação, o que resultou, em 2007, na revisão das
regras de crédito de exportação de aeronaves no âmbito da OCDE.
 Comunidades Europeias – Açúcar
 Em 2002, o Brasil recorreu à OMC contra os subsídios concedidos pelas Comunida-
des Europeias (CE) ao açúcar. Embora as CE fossem o maior exportador mundial de
açúcar, o custo de produção de açúcar na Europa era 4 a 6 vezes maior do que no
Brasil. As CE produziam açúcar a um custo altíssimo e vendiam no mercado interna-
cional a um preço muito mais baixo, o que só era possível em virtude dos vultosos
subsídios pagos aos produtores. Como resultado da vitória brasileira no contencioso,
as exportações europeias de açúcar passaram de quase 7 milhões de toneladas na
safra 2000-2001 para 2,2 milhões de toneladas na safra 2011-2012, e as exportações
brasileiras de açúcar dobram a partir do primeiro ano do contencioso.
 Estados Unidos – Algodão
 Em dos mais longos contenciosos da história da OMC (2002-2014), o Brasil questio-
nou, com êxito, os subsídios concedidos pelos EUA à produção doméstica e à expor-
tação de algodão no período 1999-2002 (US$ 12,9 bilhões). Em 2001, para um valor
total de produção de US$ 3 bilhões, os subsídios chegaram a quase US$ 4,2 bilhões.
Diante da recusa americana em cumprirem as decisões do Órgão de Apelação da
OMC, o Brasil obteve o direito de retaliar os EUA, tanto em bens como em proprieda-
de intelectual, no valor de US$ 829 milhões para o ano de 2009. Com a determina-
ção do governo brasileiro de levar adiante as de retaliação, os EUA viram-se obriga-
dos a negociar com o Brasil uma solução de mutuamente acordada. Disso resultou
Acordo Quadro nos termos do qual, como contrapartida para o fim do contencioso, os

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EUA acordaram em pagar ao Brasil compensação superior a de US$ 800 milhões. Os


recursos são destinados para projetos de desenvolvimento e modernização da coto-
nicultura brasileira empreendidos pelo Instituto Brasileiro do Algodão.
 Indonésia – Carne Bovina
 O Brasil solicitou, em abril de 2016, consultas à Indonésia em função de restrições
impostas pelo país asiático às exportações de carne bovina brasileira. O contencio-
so diz respeito a uma série de medidas legais e administrativas indonésias que dão
ensejo, de fato e de direito, ao banimento da carne brasileira daquele mercado, em
desconformidade com as obrigações assumidas por aquele país asiático no âmbito
dos acordos aplicados na OMC. O Brasil ainda não solicitou o estabelecimento de
painel, pois o caso está em fase de análise e preparação.
 Tailândia – Açúcar
 Em 2016, o Brasil apresentou ao Órgão de Solução de Controvérsias da OMC pedido
de consultas à Tailândia em que questionava prática do governo tailandês de conces-
são de apoio aos produtores de cana e de açúcar, elevando a produção e a exporta-
ção. O Brasil conseguiu identificar problemas relacionados a incentivos concedidos
pela Tailândia para o setor, em particular o esquema tailandês de quotas (avaliado
em US$ 775 milhões anuais), que, ao dividir o lucrativo mercado doméstico entre as
usinas segundo sua produção total, estimula artificialmente a geração de excedentes
exportáveis, mesmo que vendidos no exterior abaixo do preço de custo, em afronta
às obrigações contidas nos Acordos da OMC, notadamente no Acordo de Subsídios e
Medidas Compensatórias.

• Outros meios de solução de controvérsias: bons ofícios (good offices), conciliação, me-
diação e arbitragem.

Artigo 5
Bons Ofícios, Conciliação e Mediação
1.Bons ofícios, conciliação e mediação são procedimentos adotados voluntariamente se as partes
na controvérsia assim acordarem.
2.As diligências relativas aos bons ofícios, à conciliação e à mediação, e em especial as posições
adotadas durante as mesmas pelas partes envolvidas nas controvérsias, deverão ser confidenciais
e sem prejuízo dos direitos de quaisquer das partes em diligências posteriores baseadas nestes
procedimentos.
3.Bons ofícios, conciliação ou mediação poderão ser solicitados a qualquer tempo por qualquer
das partes envolvidas na controvérsia. Poderão iniciar-se ou encerrar-se a qualquer tempo. Uma
vez terminados os procedimentos de bons ofícios, conciliação ou mediação, a parte reclamante
poderá requerer o estabelecimento de um grupo especial.
4.Quando bons ofícios, conciliação ou mediação se iniciarem dentro de 60 dias contados da data
de recebimento da solicitação, a parte reclamante não poderá requerer o estabelecimento de um
grupo especial antes de transcorrido o prazo de 60 dias a partir da data de recebimento da solici-

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tação de consultas. A parte reclamante poderá solicitar o estabelecimento de um grupo especial


no correr do prazo de 60 dias se as partes envolvidas na controvérsia considerarem de comum
acordo que os bons ofícios, a conciliação e a mediação não foram suficientes para solucionar a
controvérsia.

OMC: fórum permanente de negociação e concessões comerciais,


solução de controvérsias e combate à medidas arbitrárias.
criada na rodada do Uruguai em 1994 (acordo de Marrakech).

Conferência de ministros: principal


órgão deliberativo e instância máxima da
organização;
Conselho geral: órgão que atuará na
resolução de disputas e mecanismos
de revisão comercial, composto pelos
Estrutura representantes permanentes dos
membros em Genebra, que se reunirão
quando cabível;
Secretariado: dirigida pelo diretor-geral
da OMC, que tem por função apoiar as
atividades da organização.

Conselho para o Comércio de Bens;


Conselho para o Comércio de Serviços;
Conselho para os Aspectos dos Direitos
Outros órgãos: de Propriedade Intelectual relacionados
ao Comércio;
Comitês de Acesso a Mercados, Agrícola
e de Subsídios etc.

Baseada no consenso, sendo que cada


Tomada de decisões: membro representará um voto.

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Introdução à Ordem econômica internacional e à Integração Econômica

OMC: fórum permanente de negociação e concessões comerciais,


solução de controvérsias e combate à medidas arbitrárias.
criada na rodada do Uruguai em 1994 (acordo de Marrakech).

facilitar a aplicação administração e


funcionamento do Acordo e dos Acordos
comerciais multilaterais;
constituir o quadro jurídico para
a aplicação, administração e
funcionamento dos Acordos Comerciais
Plurilaterais;
será o foro para as negociações entre
seus Membros acerca de suas relações
comerciais multilaterais em assuntos
tratados no quadro dos acordos
incluídos nos Anexos ao presente;
Funções administrar o entendimento relativo às
normas e procedimentos que regem a
solução de controvérsias;
administrar o mecanismo de Exame das
Políticas comerciais;
alcançar uma maior coerência na
formulação das políticas econômicas em
escala mundial;
cooperar, no que couber, com o Fundo
Monetário Internacional e com o
Banco Internacional de Reconstrução e
Desenvolvimento e com os órgãos a eles
afiliados.

concebido na rodada do Uruguai;


a controvérsia ocorre quando um estado
adote medida que um ou mais membros
da OMC reputem violadores dos
Sistema de solução de acordos celebrados pela organização;
controvérsias estará apto a acionar o sistema de
solução de conflitos, os estados que
sejam signatários da OMC, podendo
atuar como parte ou como terceiros
interessados.

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OMC: fórum permanente de negociação e concessões comerciais,


solução de controvérsias e combate à medidas arbitrárias.
criada na rodada do Uruguai em 1994 (acordo de Marrakech).

O OSC tem competência para


estabelecer grupos especiais, acatar
relatórios dos grupos especiais e do
Órgão de solução de controvérsias órgão de Apelação, supervisionar
(OSC) a aplicação das decisões e
recomendações e autorizar a suspensão
de concessões e de outras obrigações
determinadas pelos acordos abrangidos.

Consultas: proposta da parte


demandante.
O ex adverso deverá ter ciência sobre
a possibilidade de disputa, devendo
responder em 10 dias. Há o prazo de 30
dias para informações.
Grupos especiais: primeira instância
julgadora no âmbito da OSC.
Se o membro não responder, não
Procedimentos previstos no âmbito proceder as consultas no prazo ou
da OMC se o resultado das consultas não foi
satisfatório.
Apelação: quando umas das partes
(envolvidas na disputa) discorda do
relatório final.
Implementação: a conduta violadora
deve ser modificada imediatamente.
caso não seja modificada, o país deverá
oferecer compensação ou sofrer
retaliação.

Outros meios de solução de bons ofícios (good offices), conciliação,


controvérsias: mediação e arbitragem.

A Integração Econômica
Conceito
A integração econômica busca promover o livre comércio por meio da celebração de acor-
dos bilaterais e multilaterais que permitem a livre circulação de mercadorias e a diminuição
das taxas alfandegárias.
De acordo com Leonardo Vizeu Figueiredo:

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A integração econômica consiste em um processo de desagravação (redução de tarifas aplicadas)


entre governos nacionais e soberanos, para reduzir as barreiras tarifárias e não tarifárias que limi-
tam o comércio recíproco.

Conforme vimos, o princípio da nação mais favorecida determina que as vantagens con-
cedidas a uma nação também sejam concedidas às demais.
A cláusula de habilitação excepciona o princípio, ao permitir que os membros formem
blocos econômicos.
De acordo com o site da ALADI, a cláusula consiste:

Na Decisão das Partes Contratantes do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), adotada por
ocasião da Rodada Tóquio (1979), através da qual é permitido celebrar acordos regionais ou gerais
entre países em desenvolvimento com a finalidade de reduzir ou eliminar mutuamente as travas a
seu comércio recíproco, excetuando-se da aplicação do princípio consagrado no Artigo I do GATT,
sobre o Tratamento da Nação Mais Favorecida.5

As Etapas da Integração Econômica


Zona de Livre Comércio

Consiste na eliminação das barreiras tarifárias e não tarifárias entre os estados acordantes.
Importante ressaltar que a eliminação não atinge necessariamente todos os produtos co-
mercializados, já que alguns podem constar em uma lista de exceção.

Ex.: NAFTA (North American Free trade Association) formado pelos EUA, Canadá e México.

União Aduaneira

Consiste na adoção de uma tarifa aduaneira comum para importação de produtos oriun-
dos de países que não façam parte da união aduaneira (TEC).
Além de haver a eliminação das exações alfandegárias, ocorre a padronização da política
tarifária.

Ex.: União europeia (até a assinatura do tratado de Maastrich, que a transformou em mercado
comum).

5
disponível em http://www.aladi.org/nsfaladi/vbasico.nsf/vbusquedap/0629BF39832BC04C032568C-
D00447D7E)

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Mercado Comum

Possui todas as características da união aduaneira somadas à livre circulação de fatores


de produção (pessoas e capitais).
As barreiras fundadas na nacionalidade são extintas e existe uma coordenação de políti-
cas macroeconômicas e setoriais.
Em síntese, o mercado comum tem as seguintes características:
• livre circulação de bens e serviços;
• política comercial comum em relação a terceiros países;
• livre circulação dos fatores de produção;
• livre circulação de capitais.

Em outras palavras, estão presentes as “quatro liberdades” do mercado: livre circulação


de bens, serviços, pessoas e capitais.

Ex.: União europeia entre 1992 e 1999.

União Econômica ou Monetária

Possui todas as características do mercado comum somadas à busca da unificação das


políticas sociais comuns, monetária, fiscal e cambial.
Também ocorre uma unificação monetária, por meio de um Banco Central independente
(Banco Central europeu, sediado na Alemanha).

Ex.: União europeia a partir de 1999, com a entrada em vigor do euro.

Integração econômica

Eliminação das barreiras tarifárias e não


tarifárias entre os estados acordantes.
Zona de livre comércio Não atinge necessariamente todos os
produtos comercializados, já que alguns
podem constar em uma lista de exceção.

Adoção de uma tarifa aduaneira comum


para importação de produtos oriundos
de países que não façam parte da união
União aduaneira aduaneira (TEC).
Além de haver a eliminação das exações
alfandegárias, ocorre a padronização da
política tarifária.

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Integração econômica

Livre circulação de bens e serviços.


Política comercial comum em relação a
terceiros países.
Mercado comum Livre circulação dos fatores de
produção.
Livre circulação de capitais.

Possui todas as características do


mercado comum somadas à busca da
unificação das políticas sociais comuns,
monetária, fiscal e cambial.
União econômica ou monetária Também ocorre uma unificação
monetária, por meio de um Banco
Central independente (Banco Central
europeu, sediado na Alemanha).

O Mercosul
Histórico e Aspectos Gerais
A Carta da Jamaica de 1815 foi um importante marco na integração das Américas na me-
dida em que buscava um agrupamento de estados latino-americanos.
Também merece destaque o Congresso do Panamá, influenciado por Simon Bolivar, que
buscou formar uma confederação de estados americanos.
Todos esses eventos decorreram do grande receio das Américas, agora independentes,
serem novamente conquistadas pelos colonizadores.
As ideias defendidas por Simon Bolivar serviram de substrato teórico tanto para o proces-
so de integração política como para o processo de integração econômica que estaria por vir.
Destacam-se a ALALC (Associação latino-americana de livre-comércio)) a ALADI (Associa-
ção latino-americana de desenvolvimento e integração) e a ALCA (Área de livre comércio das
américas).
O movimento de integração econômica preconizado pelo art. 4, parágrafo único, da CF foi
materializado com a criação do Mercosul:

(...)
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social
e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana
de nações.

No que se refere às etapas de integração estudadas anteriormente, o Mercosul é conside-


rado uma união aduaneira imperfeita.

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Isso porque apesar de adotar uma Tarifa Externa Comum, existem várias exceções
a essa TEC.
Vale lembrar que o art. 1 do Tratado de Assunção estabelece, que o objetivo do MERCO-
SUL é constituir, até 31 de dezembro de 1994, um mercado comum, que permita:

A livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países, através, entre outros, da
eliminação dos direitos alfandegários e restrições não tarifárias à circulação de mercadorias e de
qualquer outra medida de efeito equivalente;
O estabelecimento de uma tarifa externa comum e a adoção de uma política comercial comum em
relação a terceiros Estados ou agrupamentos de Estados e a coordenação de posições em foros
econômico-comerciais regionais e internacionais;
A coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre os Estados Partes de comércio
exterior, agrícola, industrial, fiscal, monetária, cambial e de capitais, de serviços, alfandegárias, de
transporte e comunicações e outras que se acordem, a fim de assegurar condições adequadas de
concorrência entre os Estados Partes, e
O compromisso dos Estados Partes de harmonizar suas legislações, nas áreas pertinentes, para
lograr o fortalecimento do processo de integração.

Principais Normas e Protocolos


• 1985: Tratado de Iguaçu
− foi criada uma comissão mista de integração econômica.
• 1990: Ata de Buenos Aires
− fixou prazo para criação de um mercado comum entre Brasil e Argentina.
• 1991: Tratado de Assunção
− instituiu o Mercosul.

CAPÍTULO I
Propósitos, Princípios e Instrumentos

ARTIGO 1
Os Estados Partes decidem constituir um Mercado Comum, que deverá esta estabelecido a 31 de
dezembro de 1994, e que se denominará “Mercado Comum do Sul” (MERCOSUL).
Este Mercado Comum implica:
A livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países, através, entre outros, da
eliminação dos direitos alfandegários e restrições não tarifárias à circulação de mercadorias e de
qualquer outra medida de efeito equivalente;
O estabelecimento de uma tarifa externa comum e a adoção de uma política comercial comum em
relação a terceiros Estados ou agrupamentos de Estados e a coordenação de posições em foros
econômico-comerciais regionais e internacionais;
A coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre os Estados Partes de comércio
exterior, agrícola, industrial, fiscal, monetária, cambial e de capitais, de serviços, alfandegárias, de

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transporte e comunicações e outras que se acordem, a fim de assegurar condições adequadas de


concorrência entre os Estados Partes, e
O compromisso dos Estados Partes de harmonizar suas legislações, nas áreas pertinentes, para
lograr o fortalecimento do processo de integração.
ARTIGO 2
O Mercado Comum estará fundado na reciprocidade de direitos e obrigações entre os Estados
Partes.
(...)
ARTIGO 4
Nas relações com terceiros países, os Estados Partes assegurarão condições equitativas de co-
mércio. Para tal fim, aplicarão suas legislações nacionais para inibir importações cujos preços
estejam influenciados por subsídios, dumping ou qualquer outra prática desleal.
Paralelamente, os Estados Partes coordenação suas respectivas políticas nacionais com o objeti-
vo de elaborar normas comuns sobre concorrência comercial.
ARTIGO 5
Durante o período de transição, os principais instrumentos para a constituição do Mercado Comum
são:
a) Um Programa de Liberação Comercial, que consistirá em reduções tarifárias progressivas, linea-
res e automáticas, acompanhadas da eliminação de restrições não tarifárias ou medidas de efeito
equivalente, assim como de outra restrições ao comércio entre os Estados Partes, para chegar a 31
de dezembro de 1994 com tarifa zero, sem barreiras não tarifárias sobre a totalidade do universo
tarifário (Anexo I);
b) A coordenação de políticas macroeconômicas que se realizará gradualmente e de forma con-
vergente com os programas de desgravação tarifária e eliminação de restrições não tarifárias, in-
dicados na letra anterior;
c) Uma tarifa externa comum, que incentive a competitividade externa dos Estados Partes;
d) A adoção de acordos setoriais, com o fim de otimizar a utilização e mobilidade dos fatores de
produção e alcançar escalas operativas eficientes.
• 1994: Protocolo de Ouro Preto
− promulgado em 10 de maio de 1995: criou definitivamente o Mercosul, conferindo-
-lhe personalidade jurídica de direito internacional, cuidou de sua estrutura orga-
nizacional, consagrou a regra do consenso no processo decisório, listou as fontes
jurídicas do MERCOSUL e instituiu o princípio da vigência simultânea das normas
adotadas. Confira:

A República Argentina, a República Federativa do Brasil, a República do Paraguai e a Re-


pública Oriental do Uruguai, doravante denominadas “ do Estados Partes”, em cumprimento
ao disposto no artigo Tratado de Assunção, de 26 de março de 1991;
(...)
Acordam:

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CAPÍTULO I
Estrutura do Mercosul

Artigo 1
A estrutura institucional do Mercosul contará com os seguintes órgãos:
I – O Conselho do Mercado comum (CMC);
II – O Grupo Mercado Comum (GMC);
III – A Comissão de Comércio do Mercosul (CCM);
IV – A Comissão Parlamentar Conjunta (CPC);
V – O Foro Consultivo Econômico-Social (FCES);
VI – A Secretaria Administrativa do Mercosul (SAM).
Parágrafo único. Poderão ser criados, nos termos do presente Protocolo, os órgãos au-
xiliares que se fizerem necessários à consecução dos objetivos do processo de integração.
Artigo 2
São órgãos com capacidade decisória, de natureza intergovernamental, o Conselho do
Mercado Comum, o Grupo Mercado Comum e a Comissão de Comércio do Mercosul.

CAPÍTULO II
Personalidade Jurídica

Artigo 34
O Mercosul terá personalidade jurídica de Direito Internacional.
Artigo 35
O Mercosul poderá, no uso de suas atribuições, praticar todos os atos necessários à re-
alização de seus objetivos, em especial contratar, adquirir ou alienar bens móveis e imóveis,
comparecer em juízo conservar fundos e fazer transferências.
Artigo 36
O Mercosul celebrará acordos de sede.

CAPÍTULO III
Sistema de Tomada de Decisões

Artigo 37
As decisões dos órgãos do Mercosul serão tomadas por consenso e com a presença de
todos os Estados Partes.
(...)

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CAPÍTULO V
Fontes Jurídicas do Mercosul

Artigo 41
As fontes jurídicas do Mercosul são:
I – o Tratado de Assunção, seus protocolos e os instrumentos adicionais ou com-
plementares;
II – os acordos celebrados no âmbito do Tratado de Assunção e seus protocolos;
III – as Decisões do Conselho do Mercado Comum, as Resoluções do Grupo Mercado Co-
mum e as Diretrizes da Comissão do Mercosul, adotadas deste a entrada em vigor do Tratado
de Assunção.
Artigo 42
As normas emanadas dos órgãos do Mercosul previstos no Artigo 2 deste Protocolo terão
caráter obrigatório e deverão, quando necessário, ser incorporadas aos ordenamentos jurídi-
cos nacionais mediante os procedimentos previstos pela legislação de cada país.
(...)

CAPÍTULO VIII
Idiomas

Artigos 46
Os idiomas oficiais do Mercosul são o espanhol e o português. A versão oficial dos docu-
mentos de trabalho será a do idioma do país sede de cada reunião.
• Protocolo de Fortaleza (1996)
− tratou do sistema de defesa concorrencial.
• Protocolo de Las Lenas (1996)
− cooperação e assistência jurisdicional em matéria civil, comercial, trabalhista e ad-
ministrativa.
• Protocolo de Ushuaia (1998)
− compromisso democrático do Mercosul.
• Protocolo de Brasília
− criou o mecanismo de solução de controvérsias, provisoriamente, instituindo o Tri-
bunal provisório arbitral.
− o Tribunal não é dotado de poder coercitivo.
• Protocolo de Olivos (2002)
− Evolução dos mecanismos de solução de controvérsias: permite que haja revisão,
em sede recursal, pelo Tribunal arbitral permanente.
− PERMITE que particulares, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas, possam levar
uma reclamação ao sistema de solução de controvérsias do MERCOSUL.

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Artigo 40
Início do trâmite
1. Os particulares afetados formalizarão as reclamações ante a Seção Nacional do Grupo Mercado
Comum do Estado Parte onde tenham sua residência habitual ou a
sede de seus negócios.
2. Os particulares deverão fornecer elementos que permitam determinar a veracidade da violação e
a existência ou ameaça de um prejuízo, para que a reclamação seja admitida pela Seção Nacional
e para que seja avaliada pelo Grupo Mercado Comum e pelo grupo de especialistas, se for convo-
cado.
• Protocolo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (2017)
− ampliou a segurança jurídica e aprimorou o ambiente para atração de novos inves-
timentos na região.
• Protocolo de Contratações Públicas do MERCOSUL (2017)
− criou oportunidades de negócios para as empresas, amplia o universo de fornecedo-
res dos órgãos públicos e reduz custos para o governo brasileiro.
• Outros acordos relevantes:
− Acordo Multilateral de Seguridade Social do Mercosul (1997) (Decreto n. 5.722/2006)

(...)
1. Os direitos à Seguridade Social serão reconhecidos aos trabalhadores que prestem ou
tenham prestado serviços em quaisquer dos Estados Partes, sendo-lhes reconhecidos, assim
como a seus familiares e assemelhados, os mesmos direitos e estando sujeitos às mesmas
obrigações que os nacionais de tais Estados Partes com respeito aos especificamente men-
cionados no presente Acordo.
2. O presente Acordo também será aplicado aos trabalhadores de qualquer outra nacio-
nalidade residentes no território de um dos Estados Partes, desde que prestem ou tenham
prestado serviços em tais Estados Partes.

TÍTULO III
Âmbito de aplicação material

ARTIGO 3
1. O presente Acordo será aplicado em conformidade com a legislação de seguridade
social referente às prestações contributivas pecuniárias e de saúde existentes nos Estados
Partes, na forma, condições e extensão aqui estabelecidas.
2. Cada Estado Parte concederá as prestações pecuniárias e de saúde de acordo com sua
própria legislação.
3. As normas sobre prescrição e caducidade vigentes em cada Estado Parte serão aplica-
das ao disposto neste Artigo.

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TÍTULO I
V

Determinação da legislação aplicável


ARTIGO 4
O trabalhador estará submetido à legislação do Estado Parte em cujo território exerça a
atividade laboral.
ARTIGO 5
O princípio estabelecido no Artigo 4 tem as seguintes exceções:
a) o trabalhador de uma empresa com sede em um dos Estados Partes que desempenhe
tarefas profissionais, de pesquisa, científicas, técnicas ou de direção, ou atividades similares,
e outras que poderão ser definidas pela Comissão Multilateral Permanente prevista no Artigo
16, Parágrafo 2, e que seja deslocado para prestar serviços no território de outro Estado, por
um período limitado, continuará sujeito à legislação do Estado Parte de origem até um prazo
de doze meses, suscetível de ser prorrogado, em caráter excepcional, mediante prévio e ex-
presso consentimento da Autoridade Competente do outro Estado Parte;
b) o pessoal de voo das empresas de transporte aéreo e o pessoal de trânsito das empre-
sas de transporte terrestre continuarão exclusivamente sujeitos à legislação do Estado Parte
em cujo território a respectiva empresa tenha sua sede;
c) os membros da tripulação de navio de bandeira de um dos Estados Partes continuarão
sujeitos à legislação do mesmo Estado. Qualquer outro trabalhador empregado em tarefas de
carga e descarga, conserto e vigilância de navio, quando no porto, estará sujeito à legislação
do Estado Parte sob cuja jurisdição se encontre o navio;
2. Os membros das representações diplomáticas e consulares, organismos internacionais
e demais funcionários ou empregados dessas representações serão regidos pelas legisla-
ções, tratados e convenções que lhes sejam aplicáveis.

TÍTULO V
Disposições sobre prestações de saúde

ARTIGO 6
1. As prestações de saúde serão outorgadas ao trabalhador deslocado temporariamente
para o território de outro Estado, assim como para seus familiares e assemelhados, desde que
a Entidade Gestora do Estado de origem autorize a sua outorga.
2. Os custos que se originem de acordo com o previsto no parágrafo anterior correrão a
cargo da Entidade Gestora que tenha autorizado a prestação.

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TÍTULO VI
Totalização de períodos de seguro ou contribuição

ARTIGO 7
1. Os períodos de seguro ou contribuição cumpridos nos territórios dos Estados Partes
serão considerados, para a concessão das prestações por velhice, idade avançada, invalidez
ou morte, na forma e nas condições estabelecidas no Regulamento Administrativo. Este Re-
gulamento Administrativo estabelecerá também os mecanismos de pagamento pro-rata das
prestações.
2. O Estado Parte onde o trabalhador tenha contribuído durante um período inferior a doze
meses poderá não reconhecer prestação alguma, independentemente de que tal período seja
computado pelos demais Estados Partes.
3. Caso o trabalhador ou seus familiares e assemelhados não tenham reunido o direito
às prestações de acordo com as disposições do Parágrafo 1, serão também computáveis os
serviços prestados em outro Estado que tenha celebrado acordos bilaterais ou multilaterais
de Seguridade Social com qualquer dos Estados Partes.
4. Se somente um dos Estados Partes tiver concluído um acordo de seguridade com ou-
tro país, para fins da aplicação do Parágrafo 3, será necessário que tal Estado Parte assuma
como próprio o período de seguro ou contribuição cumprido neste terceiro país.
ARTIGO 8
Os períodos de seguro ou contribuição cumpridos antes da vigência do presente Acordo
serão considerados no caso de que o trabalhador tenha períodos de seguro ou contribuição
posteriores a essa data, desde que estes não tenham sido utilizados anteriormente na con-
cessão de prestações pecuniárias em outro país.

TÍTULO VII
Disposições aplicáveis a regimes de aposentadoria e pensões

de capitalização individual
ARTIGO 9
1. O presente Acordo será aplicável também aos trabalhadores filiados a um regime de
aposentadoria e pensões de capitalização individual estabelecido por algum dos Estados
Partes para a obtenção das prestações por velhice, idade avançada, invalidez ou morte.
2. Os Estados Partes e os que venham a aderir, no futuro, ao presente Acordo que pos-
suírem regimes de aposentadoria e pensões de capitalização individual poderão estabelecer
mecanismos de transferências de fundos para os fins de obtenção das prestações por velhi-
ce, idade avançada, invalidez ou morte. Tais transferências efetuar-se-ão na oportunidade em
que o interessado comprovar direito à obtenção das respectivas prestações. A informação

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aos afiliados deverá ser proporcionada de acordo com a legislação de cada um dos Esta-
dos Partes.
3. As administradoras de fundos ou empresas seguradoras deverão dar cumprimento aos
mecanismos previstos neste Acordo.
− Acordo de Residência do Mercosul, de 2002 (Decreto n. 6.975/2009)

Artigo 1
OBJETO
Os nacionais de um Estado Parte que desejem residir no território de outro Estado Par-
te poderão obter residência legal neste último, conforme os termos deste Acordo, median-
te a comprovação de sua nacionalidade e apresentação dos requisitos previsto no artigo 4º
do presente.
(...)
Artigo 3
ÂMBITO DE APLICAÇÃO
O presente Acordo aplica-se a:
1) Nacionais de uma Parte, que desejem estabelecer-se no território de outra e que apre-
sentem perante o consulado respectivo sua solicitação de ingresso no país e a documenta-
ção determinada no artigo seguinte;
2) Nacionais de uma Parte, que se encontrem no território de outra Parte, desejando es-
tabelecer-se no mesmo e apresentem perante aos serviços de migração sua solicitação de
regularização e a documentação determinada no artigo seguinte.
O procedimento previsto no parágrafo 2 aplicar-se-á independente da condição migrató-
ria em que houver ingressado o peticionante no território do país de recepção e implicará a
isenção de multas e outras sanções administrativas mais gravosas.
Artigo 4
TIPO DE RESIDÊNCIA A OUTORGAR E REQUISITOS
1. Aos peticionantes compreendidos nos parágrafos 1 e 2 do Artigo 3º, a representação
consular ou os serviços de migração correspondentes, segundo seja o caso, poderá outorgar
uma residência temporária de até dois anos, mediante prévia apresentação da seguinte do-
cumentação:
a) Passaporte válido e vigente ou carteira de identidade ou certidão de nacionalidade ex-
pedida pelo agente consular do país de origem, credenciado no país de recepção, de modo
que reste provada a identidade e a nacionalidade do peticionante;
b) Certidão de nascimento e comprovação de estado civil da pessoa e certificado de na-
cionalização ou naturalização, quando for o caso;
c) Certidão negativa de antecedentes judiciais e/ou penais e/ou policiais no país de ori-
gem ou nos que houver residido o peticionante nos cinco anos anteriores à sua chegada ao
país de recepção ou seu pedido ao consulado, segundo seja o caso;

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d) Declaração, sob as penas da lei, de ausência de antecedentes internacionais penais ou


policiais;
e) Certificado de antecedentes judiciais e/ou penais e/ou policiais do peticionante no país
de recepção, quando se tratar de nacionais compreendidos no parágrafo 2 do Artigo 3º do
presente Acordo;
f) Se exigido pela legislação interna do Estado Parte de ingresso, certificado médico expe-
dido por autoridade médica migratória ou outra autoridade sanitária oficial do país de origem
ou de recepção, segundo equivalha, no qual conste a aptidão psicofísica do peticionante, em
conformidade com as normas internas do país de recepção;
g) Pagamento de uma taxa de serviço, conforme disposto nas respectivas legisla-
ções internas.
2. Para efeitos de legalização dos documentos, quando a solicitação tramitar no consula-
do, bastará a notificação de sua autenticidade, conforme os procedimentos estabelecidos no
país do qual o documento procede. Quando a solicitação tramitar pelos serviços migratórios,
tais documentos deverão somente ser certificados pelo agente consular do país de origem do
peticionante, credenciado no país de recepção, sem outro cuidado.
Artigo 5
RESIDÊNCIA PERMANENTE
1. A residência temporária poderá ser transformada em permanente, mediante a apresen-
tação do peticionante, perante a autoridade migratória do país de recepção, 90 (noventa) dias
antes do vencimento da mesma, acompanhado da seguinte documentação:
a) Certidão de residência temporária obtida em conformidade com os termos do pre-
sente Acordo;
b) Passaporte válido e vigente ou carteira de identidade ou certificado de nacionalidade
expedida pelo agente consular do país de origem do peticionante, credenciado no país de re-
cepção, de modo que se prove a identidade do peticionante;
c) Certidão negativa de antecedentes judiciais e/ou penais e/ou policiais, no país
de recepção;
d) Comprovação de meios de vida lícitos que permitam a subsistência do peticionante e
de seu grupo familiar de convívio;
e) Pagamento de uma taxa perante o respectivo serviço de migração, conforme disposto
nas respectivas legislações internas.
(...)
NORMAS GERAIS SOBRE ENTRADA E PERMANÊNCIA
1. As pessoas que tenham obtido sua residência conforme o disposto nos artigos 4º e 5º
do presente Acordo têm direito a entrar, sair, circular e permanecer livremente no território do
país de recepção, mediante prévio cumprimento das formalidades previstas neste, e sem pre-
juízo de restrições excepcionais impostas por razões de ordem pública e segurança pública.

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2. Têm ainda, direito a exercer qualquer atividade, tanto por conta própria, como por conta
de terceiros, nas mesmas condições que os nacionais do país de recepção, de acordo com as
normas legais de cada país.
− Acordo sobre o Benefício da Justiça Gratuita e a Assistência Jurídica Gratuita entre
os Estados Partes do MERCOSUL, a República da Bolívia e a República do Chile:
(Decreto 6.679/08 que promulgou o Acordo sobre o Benefício da Justiça Gratuita e
a Assistência Jurídica Gratuita entre os Estados Partes do MERCOSUL, a República
da Bolívia e a República do Chile, assinado em Florianópolis, em 15 de dezembro de
2000)

TRATAMENTO IGUALITÁRIO
Artigo 1º
Os nacionais, cidadãos e residentes habituais de cada um dos Estados Partes gozarão,
no território dos outros Estados Partes, em igualdade de condições, dos benefícios da justiça
gratuita e da assistência jurídica gratuita concedidos a seus nacionais, cidadãos e residentes
habituais.
JURISDIÇÃO INTERNACIONAL PARA APRECIAR
O PEDIDO DE BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA
Artigo 2º
Será competente para conceder o benefício da justiça gratuita a autoridade do Estado
Parte que tenha jurisdição para conhecer do processo no qual é solicitado.
A autoridade competente poderá requerer, de acordo com as circunstâncias do caso, a
cooperação das autoridades dos outros Estados Partes conforme o estabelecido no artigo 12
do presente Acordo.
DIREITO APLICÁVEL AO PEDIDO
Artigo 3º
A oportunidade processual para apresentar o requerimento do benefício da justiça gratui-
ta, os fatos em que se fundamenta, as provas, o caráter da resolução, a assessoria e a defesa
do beneficiário e demais questões processuais reger-se-ão pelo direito do Estado Parte que
tenha jurisdição para conceder o benefício.
A revogação do benefício da justiça gratuita, se for necessária, reger-se-á pelo direito do
Estado Parte que tenha jurisdição para concedê-lo.
EXTRATERRITORIALIDADE DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA
Artigo 4º
O benefício da justiça gratuita concedido no Estado Parte requerente em um processo
onde sejam solicitadas medidas cautelares, recepção de provas no exterior e outras medidas
de cooperação tramitadas por meio de cartas rogatórias, será reconhecido no Estado Parte
requerido.

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Artigo 5º
O benefício da justiça gratuita concedido no Estado Parte de origem da sentença será
mantido naquele de sua apresentação para seu reconhecimento ou execução.
Artigo 6º
Os Estados Partes, dependendo das circunstâncias do caso, adotarão as medidas que
sejam necessárias para conseguir a gratuidade dos procedimentos de restituição do menor
conforme seu direito interno. Informarão às pessoas legitimamente interessadas na resti-
tuição do menor da existência de defensorias públicas, de benefícios da justiça gratuita e
assistência jurídica gratuita a que possam ter direito, conforme as leis e os regulamentos dos
Estados Partes respectivos.
Artigo 7º
O benefício da justiça gratuita concedido ao credor de alimentos no Estado Parte onde te-
nha sido ajuizada a ação respectiva, será reconhecido pelo Estado Parte onde se fizer efetivo
o reconhecimento ou a execução.
Artigo 8º
Se o juiz do Estado Parte que presta a cooperação prevista nos artigos 4º, 5º, 6º e 7º, tiver
a certeza de que as circunstâncias que permitiram a concessão do benefício da justiça gra-
tuita mudaram substancialmente, deverá informar ao juiz que o concedeu.
Artigo 9º
Os Estados Partes comprometem-se a dar assistência jurídica gratuita às pessoas que
gozem do benefício da justiça gratuita, em igualdade de condições com seus nacionais
ou cidadãos.
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
Artigo 10
A cooperação internacional em matéria de benefício da justiça gratuita e assistência jurí-
dica gratuita tramitará conforme o estabelecido nas Convenções e normas vigentes entre os
Estados Partes.
Artigo 11
As cartas rogatórias e os documentos que as acompanham, dentre os quais o documento
que comprova a concessão do benefício da justiça gratuita, deverão estar redigidos no idioma
da autoridade requerente e estar acompanhados de uma tradução para o idioma da autorida-
de requerida. Os gastos de tradução não serão custeados pelo Estado Parte requerido.
Artigo 12
A autoridade competente para a concessão do benefício da justiça gratuita poderá soli-
citar informação sobre a situação econômica do requerente dirigindo-se às autoridades dos
outros Estados Partes contratantes por meio da Autoridade Central, a ser designada no mo-
mento da ratificação, ou por via diplomática ou consular. Tratando-se de informação em zo-
nas fronteiriças, as autoridades poderão, conforme as circunstâncias, efetuá-las de forma
direta e sem necessidade de legalização.

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A autoridade encarregada do reconhecimento do benefício da justiça gratuita mante-


rá, dentro de suas atribuições, o direito de verificar a suficiência dos certificados, declara-
ções e informações que lhe sejam fornecidas e solicitar informação complementar para do-
cumentar-se.
DESPESAS E CUSTAS
Artigo 13
Todos os trâmites e documentos relacionados com a concessão do benefício da justiça
gratuita e da assistência jurídica gratuita estarão isentos de todo tipo de despesas.

Composição Atual
• Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela*.
• Estado Associado em processo de adesão: Bolívia.
• Associados: todos os demais países sul-americanos.

A entrada da Venezuela ocorreu quando o Paraguai foi suspenso do bloco, por violar a cláu-
sula democrática do Protocolo de Ushuaia. Com a suspensão, os estados signatários acaba-
ram aprovando a entrada da Venezuela, cujo processo de adesão encontrava-se pendente de
ratificação pelo legislativo paraguaio.
A Venezuela entrou em 2012, mas está suspensa por descumprimento ao protocolo de adesão.
Em 2017 foi aplicada à Venezuela a cláusula democrática do protocolo de Ushuaia.
Confira a decisão:

Nota 255
A República Argentina, a República Federativa do Brasil, a República do Paraguai e a República
Oriental do Uruguai,
CONSIDERANDO
Que, de acordo com o estabelecido no Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático no
Mercosul, subscrito em 24 de julho de 1998, a plena vigência das instituições democráticas é con-
dição essencial para o desenvolvimento do processo de integração;
Que toda ruptura da ordem democrática constitui obstáculo inaceitável para a continuidade do
processo de integração;
Que, nas consultas realizadas entre os Chanceleres dos Estados Partes do Mercosul, constatou-se
a ruptura da ordem democrática na República Bolivariana da Venezuela, consignada na “Declara-
ção dos Estados Partes do Mercosul sobre a República Bolivariana da Venezuela”, de 1º de abril de
2017, e, desde então, celebraram consultas entre si e solicitaram ao Estado afetado a realização
de consultas;
Que as consultas com a República Bolivariana da Venezuela resultaram infrutíferas devido à recusa
desse Governo de celebrá-las no marco do Protocolo de Ushuaia;
Que não foram registradas medidas eficazes e oportunas para a restauração da ordem democráti-
ca por parte da República Bolivariana da Venezuela;

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Que o espírito do Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático no Mercosul é o restabe-


lecimento da institucionalidade democrática no Estado afetado;
Que a aplicação do Protocolo de Ushuaia não deve interferir no funcionamento do Mercosul e de
seus órgãos, nem produzir qualquer prejuízo ao povo venezuelano;
Que os Estados Partes do Mercosul se comprometem a trabalhar em favor do restabelecimento da
ordem democrática na República Bolivariana da Venezuela e da busca de uma solução negociada
e duradoura em prol do bem-estar e do desenvolvimento do povo venezuelano.
DECIDEM:
1) Suspender a República Bolivariana da Venezuela de todos os direitos e obrigações inerentes à
sua condição de Estado Parte do Mercosul, em conformidade com o disposto no segundo parágra-
fo do artigo 5º do Protocolo de Ushuaia.
A suspensão a que se refere o parágrafo anterior terá efeito a partir da data da comunicação da
presente Decisão à República Bolivariana da Venezuela, de acordo com o disposto no artigo 6º do
Protocolo de Ushuaia.
2) Os Estados Partes definirão medidas com vistas a minimizar os impactos negativos desta sus-
pensão para o povo venezuelano.
3) A suspensão cessará quando, de acordo com o estabelecido no artigo 7º do Protocolo de
Ushuaia, se verifique o pleno restabelecimento da ordem democrática na República Bolivariana da
Venezuela.
4) Enquanto durar a suspensão, o disposto no inciso III do artigo 40 do Protocolo de Ouro Preto
dar-se-á com a incorporação realizada por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, nos termos do
inciso II do referido artigo.
São Paulo, 5 de agosto de 2017. (Fonte: http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/notas-a-imprensa/
17051-decisao-sobre-a-suspensao-da-republica-bolivariana-da-venezuela-do-mercosul-em-
-aplicacao-do-protocolo-de-ushuaia-sobre-compromisso-democratico)

Órgãos
Já vimos que a estrutura do Mercosul foi criada permanentemente com o Protocolo de
Ouro Preto.
É importante ressaltar o caráter intragovernamental de seus órgãos, já que a negociação
é feita dentre os governos (não existem órgãos supranacionais) e precisam ser internalizadas
no ordenamento jurídico de cada um dos membros.
Além disso, as decisões serão tomadas por meio de consenso.

Obs.: O Mercosul produz direito comunitário?


 Não. Como vimos acima, não existe um direito supranacional no Mercosul, pois sua
representação é intragovernamental.
 Desse modo, as normas oriundas dos órgãos que o compõem devem ser internaliza-
das dentro de cada país membro.

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Confira o entendimento do STF acerca do assunto:

MERCOSUL – CARTA ROGATÓRIA PASSIVA – DENEGAÇÃO DE EXEQUATUR – PROTO-


COLO DE MEDIDAS CAUTELARES (OURO PRET0/MG) – INAPLICABILIDADE, POR RAZÕES
DE ORDEM CIRCUNSTANCIAL – ATO INTERNACIONAL CUJO CICLO DE INCORPORAÇÃO,
AO DIREITO INTERNO DO BRASIL, AINDA NÃO SE ACHAVA CONCLUÍDO À DATA DA DECI-
SÃO DENEGATÓRIA DO EXEQUATUR, PROFERIDA PELO PRESIDENTE DO SUPREMO TRI-
BUNAL FEDERAL – RELAÇÕES ENTRE O DIREITO INTERNACIONAL, O DIREITO COMU-
NITÁRIO E O DIREITO NACIONAL DO BRASIL – PRINCÍPIOS DO EFEITO DIRETO E DA
APLICABILIDADE IMEDIATA – AUSÊNCIA DE SUA PREVISÃO NO SISTEMA CONSTITU-
CIONAL BRASILEIRO – INEXISTÊNCIA DE CLÁUSULA GERAL DE RECEPÇÃO PLENA E
AUTOMÁTICA DE ATOS INTERNACIONAIS, MESMO DAQUELES FUNDADOS EM TRATA-
DOS DE INTEGRAÇÃO – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. A RECEPÇÃO DOS TRA-
TADOS OU CONVENÇÕES INTERNACIONAIS EM GERAL E DOS ACORDOS CELEBRADOS
NO ÂMBITO DO MERCOSUL ESTÁ SUJEITA À DISCIPLINA FIXADA NA CONSTITUIÇÃO
DA REPÚBLICA. – A recepção de acordos celebrados pelo Brasil no âmbito do MERCO-
SUL está sujeita à mesma disciplina constitucional que rege o processo de incorpora-
ção, à ordem positiva interna brasileira, dos tratados ou convenções internacionais em
geral. É, pois, na Constituição da República, e não em instrumentos normativos de cará-
ter internacional, que reside a definição do iter procedimental pertinente à transposição,
para o plano do direito positivo interno do Brasil, dos tratados, convenções ou acor-
dos – inclusive daqueles celebrados no contexto regional do MERCOSUL – concluídos
pelo Estado brasileiro. Precedente: ADI 1.480-DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO. – (...) A
recepção dos tratados internacionais em geral e dos acordos celebrados pelo Brasil no
âmbito do MERCOSUL depende, para efeito de sua ulterior execução no plano interno, de
uma sucessão causal e ordenada de atos revestidos de caráter político-jurídico, assim
definidos: (a) aprovação, pelo Congresso Nacional, mediante decreto legislativo, de tais
convenções; (b) ratificação desses atos internacionais, pelo Chefe de Estado, mediante
depósito do respectivo instrumento; (c) promulgação de tais acordos ou tratados,
pelo Presidente da República, mediante decreto, em ordem a viabilizar a produção dos
seguintes efeitos básicos, essenciais à sua vigência doméstica: (1) publicação oficial do
texto do tratado e (2) executoriedade do ato de direito internacional público, que passa,
então – e somente então – a vincular e a obrigar no plano do direito positivo interno.
Precedentes. O SISTEMA CONSTITUCIONAL BRASILEIRO NÃO CONSAGRA O PRINCÍPIO
DO EFEITO DIRETO E NEM O POSTULADO DA APLICABILIDADE IMEDIATA DOS TRATA-
DOS OU CONVENÇÕES INTERNACIONAIS. – (...) Sob a égide do modelo constitucional
brasileiro, mesmo cuidando-se de tratados de integração, ainda subsistem os clássicos
mecanismos institucionais de recepção das convenções internacionais em geral, não
bastando, para afastá-los, a existência da norma inscrita no art. 4º, parágrafo único, da

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Constituição da República, que possui conteúdo meramente programático e cujo sen-


tido não torna dispensável a atuação dos instrumentos constitucionais de transposição,
para a ordem jurídica doméstica, dos acordos, protocolos e convenções celebrados pelo
Brasil no âmbito do MERCOSUL. (STF– CR 8279 AGr/AT, DJ em 17/6/98)

Principais Órgãos do Mercosul


• Com competência decisória, de natureza intragovernamental:
− Conselho do mercado comum (CMC): órgão superior ao qual incumbe a condução
política do processo de integração.

O Conselho do Mercado Comum é o órgão superior do Mercosul ao qual incumbe a condução polí-
tica do processo de integração e a tomada de decisões para assegurar o cumprimento dos objeti-
vos estabelecidos pelo Tratado de Assunção e para lograr a constituição final do mercado comum.
Artigo 4
O Conselho do Mercado Comum será integrado pelos Ministros das Relações Exteriores e pelos
Ministro da Economia, ou seus equivalentes, dos Estados Partes.
Artigo 5
A Presidência do Conselho do Mercado Comum será exercida por rotação dos Estados Partes, em
ordem alfabética, pelo período de seis meses.
(...)
Artigo 8
São funções a atribuições do Conselho do Mercado Comum:
I – vela pelo cumprimento do Tratado de Assunção, de sus Protocolos e dos acordos firmados em
seu âmbito;
II – formular políticas e promover as ações necessárias à conformação do mercado comum;
III – exercer a titularidade da personalidade jurídica do Mercosul.
IV – negociar e firmar acordos em nome do Mercosul com terceiros países, grupos de países e
organizações internacionais. Estas funções podem ser delegadas ao Grupo Mercado Comum por
mandato expresso, nas condições estipuladas no inciso VII do artigo 14;
V – manifestar-se sobre as propostas que lhe sejam elevadas pelo Grupo Mercado Comum;
VI – criar reuniões de ministros e pronunciar-se sobre os acordos que lhe sejam remetidos pela
mesmas;
VII – criar órgãos que estime pertinentes, assim como modificá-los ou extingui-los;
VIII – esclarecer, quando estime necessário, o conteúdo e o alcance de suas Decisões;
IX – designar o Diretor da Secretaria Administrativa do Mercosul;
X – adotar Decisões em matéria financeira e orçamentária;
XI – homologar o Regimento Interno do Grupo Mercado Comum.
Artigo 9
O Conselho do Mercado Comum manifestar-se-á mediante Decisões, as quais serão obrigatórias
para os Estados Partes.
− Grupo do mercado comum (GMC): órgão executivo do Bloco.

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SEÇÃO II
Do Grupo Mercado Comum

Artigo 10
O Grupo Mercado Comum é o órgão executivo do Mercosul.
Artigo 11
O Grupo Mercado Comum será integrado por quatro membros titulares e quatro membros alternos
por país, designados pelos respectivos Governos, dentre os quais constar necessariamente repre-
sentantes do Ministérios das Relações Exteriores, dos Ministérios da Economia (ou equivalentes)
e dos Bancos Centrais. O Grupo Mercado comum será coordenado pelos Ministérios das Relações
Exteriores.
(...)
Artigo 14
São funções e atribuições do Grupo Mercado Comum:
I – velar, nos limites de suas competências, pelo cumprimento do Tratado de Assunção, de seus
Protocolos e dos Acordos firmados em seu âmbito;
II – propor projetos de Decisão ao Conselho do Mercado Comum;
III – tomar as medidas necessárias ao cumprimento das Decisões adotadas pelo Conselho do
Mercado Comum;
IV – fixar programas de trabalho que assegurem avanços para o estabelecimento do mercado
comum;
V – criar, modificar ou extinguir órgãos tais como subgrupos de trabalho e reuniões especializadas,
para o cumprimento de seus objetivo;
VI – manifestar-se sobre as propostas ou recomendações que lhe forem submetidas pelos demais
órgãos do Mercosul no âmbito de suas competências;
VII – negociar com a participação de representantes de todos os Estados Partes, por delegação
expressa do Conselho do Mercado Comum e dentro dos limites estabelecidos em mandatos es-
pecíficos concedidos para este fim, acordos em nome do Mercosul com terceiros países, grupos
de países e organismos internacionais. O Grupo Mercado Comum, quando dispuser de mandato
para tal fim, procederá à assinatura dos mencionados acordos. O Grupo Mercado Comum, quando
autorizado pelo Conselho do Mercado Comum, poderá delegar os referidos poderes à Comissão de
Comércio do Mercosul.
VIII – aprovar o orçamento e a prestação de contas anual apresentada pela Secretaria Administra-
tiva do Mercosul;
IX – adotar resoluções em matéria financeira e orçamentária, com base nas orientação emanadas
do Conselho do Mercado Comum;
X – Submeter ao Conselho do Mercado Comum seu Regimento Interno;
XI – organizar as reuniões do Conselho do Mercado Comum e preparar os relatórios e estudos que
este lhe solicitar;
XII – eleger o Diretor da Secretaria Administrativa do Mercosul;
XIII – supervisionar as atividades da Secretaria Administrativa do Mercosul;
XIV – homologar os Regimentos Internos da Comissão de Comércio e do Foro Consultivo Econô-
mico-Social;
Artigo 15

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O Grupo Mercado Comum manifestar-se-á mediante Resoluções, as quais serão obrigatórias para
os Estados Partes.
− Comissão de Comércio do Mercosul (CCM): órgão técnico que vela pela aplicação
dos instrumentos da política comercial comum.

Da Comissão de Comércio do Mercosul


Artigo 16
À Comissão de Comércio do Mercosul, órgão encarregado de assistir o Grupo Mercado Comum,
compete velar pela aplicação dos instrumentos de política comercial comum acordados pelos Es-
tados Partes para o funcionamento da união aduaneira, bem como acompanhar e revisar os temas
e matérias relacionados com as políticas comerciais comuns, com o comércio infra-Mercosul e
com terceiros países.
Artigo 17
A Comissão de Comércio do Mercosul será integrada por quatro membros titulares e quatro mem-
bros alternos por Estado Parte e será coordenada pelos Ministérios das Relações Exteriores.
(...)
Artigo 19
São funções e atribuições da Comissão de Comércio do Mercosul:
I – velar pela aplicação dos instrumentos comuns de política comercial infra-Mercosul e com ter-
ceiros países, organizações intencionais e acordos de comércio;
II – considerar e pronunciar-se sobre as solicitações apresentadas pelos Estados Partes com res-
peito à aplicação e ao cumprimento da tarifa externa comum e dos demais instrumentos de política
comercial comum;
III – acompanhar a aplicação dos instrumentos de política comercial comum nos Estados Partes;
IV – analisar a evolução dos instrumentos de políticas comercial comum para o funcionamento da
união aduaneira e formular propostas a respeito ao Grupo Mercado Comum;
V – tomar as decisões vinculadas à administração e à aplicação de tarifa externa comum e dos
instrumentos de política comercial comum acordados pelos Estados Partes:
VI – informar ao Grupo Mercado Comum sobre a evolução e a aplicação dos instrumentos de po-
lítica comercial comum, sobre o trâmite das solicitações recebidas e sobre as decisões adotadas
a respeito delas;
VII – propor ao Grupo Mercado Comum novas normas ou modificações às normas existentes refe-
rentes à matéria comercial e aduaneira do Mercosul;
VIII – propor a revisão das alíquotas tarifárias de itens específicos da tarifa comum, inclusive para
contemplar casos referentes a novas atividades produtivas no âmbito do Mercosul.;
IX – estabelecer os comitês técnicos necessários ao adequado cumprimento de suas funções,
bem como dirigir e supervisionar as atividades dos mesmos;
X – desempenhar as tarefas vinculadas à política comercial comum que lhe solicite o Grupo Mer-
cado Comum;
XI – adotar o Regimento Interno, que submeterá ao Grupo Mercado Comum para sua homologação.
Artigo 20
A Comissão de Comércio do Mercosul manifestar-se-á mediante Diretrizes ou Propostas. As Dire-
trizes serão obrigatórias para os Estados Partes.

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• Demais órgãos:
− Comissão Parlamentar Conjunta (CPC)

A Comissão Parlamentar Conjunta é o órgão representativo dos Parlamentos dos Estados Partes
no âmbito do Mercosul.
Artigo 23
A Comissão Parlamentar Conjunta será integrada por igual número de parlamentares representan-
tes dos Estados Partes.
Artigo 24
Os integrantes da Comissão Parlamentar Conjunta serão designados pelos respectivos Parlamen-
tares nacionais, de acordo com seus procedimentos internos.
− Foro consultivo (FCES)

Artigo 28
O Foro Consultivo Econômico-Social é o órgão de representação dos setores econômicos e sociais
e será integrado por igual número de representantes da cada Estado Parte.
Artigo 29
O Foro Consultivo Econômico-Social terá função consultiva e manifestar-se-á mediante recomen-
dações no Grupo Mercado Comum.
Artigo 30
O Foro Consultivo Econômico-Social submeterá seu Regimento Interno ao Grupo Mercado Comum,
para homologação.
− Secretaria Administrativa do Mercosul (SAM)

Da Secretaria Administrativa do Mercosul


Artigo 31
O Mercosul contará com uma Secretaria Administrativa como órgão de apoio operacional. A Secre-
taria Administrativa do Mercosul será responsável pela prestação de serviço aos demais órgãos do
Mercosul e terá sede permanente na cidade de Montevidéu.
Artigo 32
A Secretaria Administrativa do Mercosul desempenhará as seguintes atividades:
I – servir como arquivo oficial da documentação do Mercosul;
II – realizar a publicação e a difusão das decisões adotadas no âmbito do Mercosul. Nesse con-
texto, lhe corresponderá:
i) realizar, em coordenação como os Estados Partes, as traduções autênticas para os idiomas es-
panhol e português de todas as decisões adotadas pelos órgãos da estrutura institucionais do
Mercosul, conforme previsto no Artigo 39;
ii) editar o Boletim Oficial do Mercosul;
(...)
Artigo 33
A Secretaria Administrativa do Mercosul estará a cargo de um Diretor, o qual será nacional de um
dos Estados Partes. Será eleito pelo Grupo Mercado Comum, em bases rotativas prévia consulta

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aos Estados Partes, e designado pelo Conselho do Mercado Comum. Terá mandato de dois anos,
vedada a reeleição.

Segue organograma retirado do site do Ministério das Relações Exteriores:

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Sistema de Solução de Controvérsias


Vimos que o sistema de solução de controvérsias no âmbito do Mercosul é atualmente
regulado pelo protocolo de Olivos (que derrogou as disposições do Protocolo de Brasília).

Âmbito de Aplicação

Controvérsias entre Estados Partes


Artigo 1
Âmbito de Aplicação
1. As controvérsias que surjam entre os Estados Partes sobre a interpretação, a aplicação ou o
não cumprimento do Tratado de Assunção, do Protocolo de Ouro Preto, dos protocolos e acordos
celebrados no marco do Tratado de Assunção, das Decisões do Conselho do Mercado Comum, das
Resoluções do Grupo Mercado Comum e das Diretrizes da Comissão de Comércio do MERCOSUL
serão submetidas aos procedimentos estabelecidos no presente Protocolo.
(...)

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Uma vez iniciado um procedimento de solução de controvérsias de acordo com o parágrafo ante-
rior, nenhuma das partes poderá recorrer a mecanismos de solução de controvérsias estabelecidos
nos outros foros com relação a um mesmo objeto, definido nos termos do artigo 14 deste Protocolo.
(...)

Fases de Negociação
1. Negociações Diretas

Trata-se de uma fase obrigatória do sistema de solução de controvérsias cujo objetivo é


que as partes cheguem a um acordo.
Em regra, as negociações diretas não poderão exceder 15 dias a partir da comunicação
de uma parte à outra sobre a decisão de iniciar a controvérsia. As partes poderão acordar
prazo diverso.
Caso as negociações diretas não resultem em acordo, qualquer um dos litigantes poderá
dar início diretamente ao procedimento arbitral ou submetê-la, de comum acordo, à conside-
ração do Grupo Mercado Comum.

Capítulo IV
Negociações Diretas

Artigo 4
Negociações
Os Estados Partes numa controvérsia procurarão resolvê-la, antes de tudo, mediante negociações
diretas.
Artigo 5
Procedimento e Prazo
1. As negociações diretas não poderão, salvo acordo entre as partes na controvérsia, exceder um
prazo de quinze (15) dias a partir da data em que uma delas comunicou à outra a decisão de iniciar
a controvérsia.
2. Os Estados partes em uma controvérsia informarão ao Grupo Mercado Comum, por intermédio
da Secretaria Administrativa do MERCOSUL, sobre as gestões que se realizarem durante as nego-
ciações e os resultados das mesmas.

2. Intervenção do Grupo Mercado Comum (GMC)

Trata-se de procedimento facultativo por meio do qual o GMC avaliará a controvérsia,


dando oportunidade para que as Partes exponham suas posições e fará recomendações com
o objetivo de colocar um fim à divergência (o prazo máximo é de 30 dias).

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Capítulo V
Intervenção do Grupo Mercado Comum

Artigo 6
Procedimento Opcional ante o GMC
1. Se mediante as negociações diretas não se alcançar um acordo ou se a controvérsia for solucio-
nada apenas parcialmente, qualquer dos Estados partes na controvérsia poderá iniciar diretamente
o procedimento arbitral previsto no Capítulo VI.
2. Sem prejuízo do estabelecido no numeral anterior, os Estados partes na controvérsia poderão,
de comum acordo, submetê-la à consideração do Grupo Mercado Comum.
i) Nesse caso, o Grupo Mercado Comum avaliará a situação, dando oportunidade às partes na
controvérsia para que exponham suas respectivas posições, requerendo, quando considere neces-
sário, o assessoramento de especialistas selecionados da lista referida no artigo 43 do presente
Protocolo.
(...)
3. A controvérsia também poderá ser levada à consideração do Grupo Mercado Comum se outro
Estado, que não seja parte na controvérsia, solicitar, justificadamente, tal procedimento ao término
das negociações diretas. Nesse caso, o procedimento arbitral iniciado pelo Estado Parte deman-
dante não será interrompido, salvo acordo entre os Estados partes na controvérsia.
(...)
Artigo 8
Prazo para Intervenção e Pronunciamento do GMC
O procedimento descrito no presente Capítulo não poderá estender-se por um prazo superior a
trinta (30), dias a partir da data da reunião em que a controvérsia foi submetida à consideração do
Grupo Mercado Comum.

3. Arbitragem (Julgamento pelo Tribunal Ad Hoc)

Ocorre quando não for possível solucionar a controvérsia pelas negociações diretas ou
por meio da intervenção do GMC.
Qualquer um dos litigantes poderá dar início ao procedimento arbitral, comunicando sua
decisão à Secretaria do MERCOSUL.
O prazo máximo é de 30 dias.

Capítulo VI
Procedimento Arbitral Ad Hoc

Artigo 9
Início da Etapa Arbitral
1. Quando não tiver sido possível solucionar a controvérsia mediante a aplicação dos procedimen-
tos referidos nos Capítulos IV e V, qualquer dos Estados partes na controvérsia poderá comunicar
à Secretaria Administrativa do MERCOSUL sua decisão de recorrer ao procedimento arbitral esta-
belecido no presente Capítulo.

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2. A Secretaria Administrativa do MERCOSUL notificará, de imediato, a comunicação ao outro ou


aos outros Estados envolvidos na controvérsia e ao Grupo Mercado Comum.
(...)
Artigo 10
Composição do Tribunal Arbitral Ad Hoc
1. O procedimento arbitral tramitará ante um Tribunal Ad Hoc composto de três (3) árbitros.
(...)
(...)
O Tribunal Arbitral Ad Hoc emitirá o laudo num prazo de sessenta (60) dias, prorrogáveis por deci-
são do Tribunal por um prazo máximo de trinta (30) dias, contado a partir da comunicação efetuada
pela Secretaria Administrativa do MERCOSUL às partes e aos demais árbitros, informando a acei-
tação pelo árbitro Presidente de sua designação.

4. Apreciação pelo Tribunal Permanente de Revisão (TPR)

Trata-se de um órgão permanente com sede em Assunção, composto por 5 árbitros, que
atua como instância recursal ou, ainda, como instância única.
O TPR poderá confirmar, modificar ou revogar a fundamentação jurídica e as decisões do
Tribunal Arbitral Ad Hoc e o laudo emitido será definitivo e prevalecerá sobre o laudo do Tri-
bunal Arbitral Ad Hoc.
Além disso, o tribunal poderá emitir opiniões consultivas nos termos do art. 3 do Proto-
colo de Olivos.

Artigo 17
Recurso de Revisão
1. Qualquer das partes na controvérsia poderá apresenta um recurso de revisão do laudo do Tribu-
nal Arbitral Ad Hoc ao Tribunal Permanente de Revisão, em prazo não superior a quinze (15) dias
a partir da notificação do mesmo.
(...)
Artigo 18
Composição do Tribunal Permanente de Revisão
1. Tribunal Permanente de Revisão será integrado por cinco (5) árbitros.
2. Cada Estado Parte do MERCOSUL designará um (1) árbitro e seu suplente por um período de dois
(2) anos, renovável por no máximo dois períodos consecutivos.
3. O quinto árbitro, que será designado por um período de três (3) anos não renovável, salvo acordo
em contrário dos Estados Partes, será escolhido, por unanimidade dos Estados Partes, da lista re-
ferida neste numeral, pelo menos três (3) meses antes da expiração do mandato do quinto árbitro
em exercício. Este árbitro terá a nacionalidade de algum dos Estados Partes do MERCOSUL, sem
prejuízo do disposto no numeral 4 deste Artigo.
(...)
Artigo 22
Alcance do Pronunciamento

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1. O Tribunal Permanente de Revisão poderá confirmar, modificar ou revogar a fundamentação


jurídica e as decisões do Tribunal Arbitral Ad Hoc.
2. O laudo do Tribunal Permanente de Revisão será definitivo e prevalecerá sobre o laudo do Tribu-
nal Arbitral Ad Hoc.
Artigo 23
Acesso direto ao Tribunal Permanente de Revisão
1. As partes na controvérsia, culminado o procedimento estabelecido nos artigos 4 e 5 deste Pro-
tocolo, poderão acordar expressamente submeter-se diretamente e em única instância ao Tribunal
Permanente de Revisão, caso em que este terá as mesmas competências que um Tribunal Arbitral
Ad Hoc, aplicando-se, no que corresponda, os Artigos 9, 12, 13, 14, 15 e 16 do presente Protocolo.
2. Nessas condições, os laudos do Tribunal Permanente de Revisão serão obrigatórios para os
Estados partes na controvérsia a partir do recebimento da respectiva notificação, não estarão su-
jeitos a recursos de revisão e terão, com relação às partes, força de coisa julgada.

Mercosul

Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e


Venezuela*(suspensa).
Estado Associado em processo de
Composição atual adesão: Bolívia
Associados: todos os demais países sul-
americanos.

Conselho do mercado comum


(CMC): órgão superior ao qual incumbe
a condução política do processo de
integração.
Órgãos com competência decisória Grupo do mercado comum (GMC):
de natureza intragovernamental órgão executivo do Bloco.
Comissão de Comércio do Mercosul
(CCM): órgão técnico que vela pela
aplicação dos instrumentos da política
comercial comum.

Comissão Parlamentar Conjunta (CPC).


Foro consultivo (FCES).
Outros órgãos Secretaria Administrativa do Mercosul
(SAM).

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Mercosul

1. negociações diretas: fase


obrigatória do sistema de solução de
controvérsias cujo objetivo é que as
partes cheguem a um acordo.
2. intervenção do Grupo Mercado
Comum (GMC): procedimento
facultativo por meio do qual o GMC
avaliará a controvérsia, dando
oportunidade para que as Partes
exponham suas posições e fará
recomendações com o objetivo de
colocar um fim à divergência.
3. arbitragem (julgamento pelo
tribunal “ad hoc”): quando não for
possível solucionar a controvérsia pelas
Sistema de solução de negociações diretas ou por meio da
controvérsias intervenção do GMC.
4. apreciação pelo Tribunal
Permanente de Revisão (TPR): órgão
permanente com sede em Assunção,
composto por 5 árbitros, que atua
como instância recursal ou, ainda, como
instância única.
Poderá confirmar, modificar ou revogar
a fundamentação jurídica e as decisões
do Tribunal Arbitral Ad Hoc e o laudo
emitido será definitivo e prevalecerá
sobre o laudo do Tribunal Arbitral Ad
Hoc.
Também poderá emitir opiniões
consultivas.

Principais tratados

Tratado de Assunção (1991): - instituiu o Mercosul

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Principais tratados

- criou definitivamente o Mercosul,


conferindo-lhe personalidade jurídica de
direito internacional
Protocolo de Ouro Preto 1994 - cuidou de sua estrutura organizacional
(promulgado em 10 de maio de - consagrou a regra do consenso no
1995) processo decisório
- listou as fontes jurídicas do MERCOSUL
- instituiu o princípio da vigência
simultânea das normas adotadas

- cooperação e assistência jurisdicional


Protocolo de Las Lenas (1996) em matéria civil, comercial, trabalhista e
administrativa

- compromisso democrático do
Protocolo de Ushuaia (1998) Mercosul

- criou o mecanismo de solução


Protocolo de Brasília de controvérsias, provisoriamente,
instituindo o Tribunal provisório arbitral

- evolução do mecanismos de solução


de controvérsias: permite que haja
revisão, em sede recursal, pelo Tribunal
arbitral permanente
Protocolo de Olivos (2002) - permite que particulares, sejam eles
pessoas físicas ou jurídicas, possam levar
uma reclamação ao sistema de solução
de controvérsias do MERCOSUL

- ampliou a segurança jurídica e


Protocolo de Cooperação e aprimorou o ambiente para atração de
Facilitação de Investimentos (2017) novos investimentos na região

A União Europeia
Introdução
A União Europeia surgiu no contexto de uma nova ordem fundada na coexistência pacífica
e na interdependência recíproca entre os países, conforme vimos no início da aula.
As tentativas de integração na Europa já existiam desde a época dos romanos, sendo que
o principal bloco econômico surgiu em 1950, no pós-guerra, denominado Comunidade Euro-
peia do Carvão e do Aço (CECA).

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Introdução à Ordem econômica internacional e à Integração Econômica

Já em 1957, por meio do Tratado de Roma, foi criada a Comunidade Econômica Europeia
visando a integração comunitária dos mercados dos países que a integravam.
Com o Tratado de Maastricht, em 1992, foi finalmente criada a União Europeia, transferin-
do-se as competências para o âmbito dos tratados comunitários.
Assim, os atos de soberania podiam ser delegados em benefício de órgãos independentes
(Comissão das Comunidades Europeias, Parlamento e Conselho europeu, Tribunal de Contas,
Banco europeu de investimentos etc.).
Vale lembrar que no Mercosul não houve transferência de competências, portanto, elas
continuaram a ser submetidas aos governos.
É importante lembrar que a unificação monetária da União Europeia teve início somente
em 1994, com a criação do Instituto Monetário Europeu buscando reforçar a cooperação entre
os bancos centrais dos diversos estados.
Posteriormente, adotou-se o euro como moeda única e foi criado o Banco Central europeu.

Tratados Relevantes no Âmbito da União Europeia


• Tratado de Amsterdã
− aumentou a atuação da União Europeia na política externa de segurança comum;
− reforçou a garantia dos direitos fundamentais e o poder do Parlamento Europeu.

Ex.: previsão de procedimentos de verificação de graves violações de direitos fundamentais.

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• Tratado de Nice
− consolidou as políticas de unificação;
− tratou de soluções de pendências do Tratado de Amsterdã:
◦ ponderação de votos;
◦ definição da maioria qualificada no Conselho;
◦ repartição de lugares no PE e composição da Comissão.
• Tratado de Lisboa
− reformou o funcionamento estrutural do bloco;
− reforçou a democracia;
− conferiu novos poderes ao parlamento europeu por meio da extensão da codecisão
com o Conselho da União Europeia;
− aumentou as decisões que deveriam ser votadas por maioria qualificada no Conse-
lho da União Europeia;
− incorporou a Carta dos Direitos Fundamentais, tornando-a juridicamente vinculativa;
− previu a atuação em questões globais, como clima, terrorismo, desenvolvimento
sustentável.

Órgãos
• Conselho europeu: órgão de cúpula e de direção política que reúne os chefes de estado
e o presidente da comissão.
− As decisões são tomadas por consenso, por meio de orientações, declarações (valor
indicativo).
• Conselho da União Europeia: principal órgão deliberativo.
− Atua coordenando as políticas dos países signatários.
− Composto por representantes dos governos dos estados membros que são desig-
nados para tratar de assuntos específicos, de acordo com sua competência (justiça,
agricultura, educação, assuntos econômicos etc.).
− Cada representante vincula seu respectivo governo.
• Comissão Europeia: órgão independente dos governos nacionais.
− Executa os programas e políticas planejados no bloco;
− Elabora proposta de novas legislações europeias.
• Parlamento europeu: órgão de natureza consultiva, diretamente eleito pelos cidadãos
para representá-los.
• Banco Central
− Busca manter a estabilidade dos preços e a unidade cambial;
− Executa a política econômica e monetária do bloco.
• Tribunal de Justiça
− Exerce a função jurisdicional, juntamente com o Tribunal de 1 instância;
− Assegura o cumprimento uniforme da legislação;

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− Se pronuncia acerca dos litígios.


• Provedor de Justiça europeu
− Investiga queixas acerca da má administração das instituições da UE.
• Serviço de polícia europeu
− Intercâmbio de informações e cooperação entre os estados para prevenção do crime
organizado na esfera internacional.
• Banco europeu de investimentos
− Concessão de empréstimos a longo prazo para auxiliar em políticas de interesse do
bloco.
• Fundo europeu de investimentos
− Apoio às pequenas empresas.
• Tribunal de Contas
− Examina as contas e receitas dos organismos.
− verifica a execução do orçamento do bloco.

Órgãos da União europeia

Conselho europeu:
– órgão de cúpula e de direção política que reúne os chefes de estado e o
presidente da comissão;
– as decisões são tomadas por consenso, por meio de orientações,
declarações (valor indicativo).
Conselho da União Europeia: principal órgão deliberativo.
– atua coordenando as políticas dos países signatários.
Comissão Europeia: órgão independente dos governos nacionais.
– executa os programas e políticas planejados no bloco;
– elabora proposta de novas legislações europeias.
Parlamento europeu: órgão de natureza consultiva, diretamente eleito
pelos cidadãos para representá-los.
Banco Central: busca manter a estabilidade dos preços e a unidade
cambial.
– executa a política econômica e monetária do bloco.
Tribunal de Justiça: exerce a função jurisdicional, juntamente com o
Tribunal de 1 instância.
– assegura o cumprimento uniforme da legislação,
– se pronuncia acerca dos litígios.
Provedor de Justiça europeu: investiga queixas acerca da má
administração das instituições da UE.
Serviço de polícia europeu: intercâmbio de informações e cooperação
entre os estados para prevenção do crime organizado na esfera
internacional.

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Órgãos da União europeia

Banco europeu de investimentos: concessão de empréstimos a longo


prazo para auxiliar em políticas de interesse do bloco.
Fundo europeu de investimentos: apoio às pequenas empresas.
Tribunal de Contas: examina as contas e receitas dos organismos
– verifica a execução do orçamento do bloco.

Principais tratados

Tratado de Amsterdã
aumentou a atuação da União Europeia na política externa de segurança
comum
reforçou a garantia dos direitos fundamentais e o poder do Parlamento
Europeu
Tratado de Nice
– consolidou as políticas de unificação.
– tratou de soluções de pendências do Tratado de Amsterdã:
ponderação de votos;
definição da maioria qualificada no Conselho;
repartição de lugares no PE e composição da Comissão.
Tratado de Lisboa
– reformou o funcionamento estrutural do bloco;
– reforçou a democracia;
– conferiu novos poderes ao parlamento europeu por meio da extensão
da codecisão com o Conselho da União Europeia;
– aumentou as decisões que deveriam ser votadas por maioria
qualificada no Conselho da União Europeia;
– incorporou a Carta dos Direitos Fundamentais, tornando-a
juridicamente vinculativa;
– previu a atuação em questões globais, como clima, terrorismo,
desenvolvimento sustentável.

Síntese das Negociações entre Mercosul e União Europeia


• 1995: início das negociações com o Acordo Quadro de Cooperação Interregional em
Madri cujas bases foram o diálogo político, cooperação comércio e investimentos.
• 1999: início das negociações na Cúpula Mercosul-UE.
• 2000: reunião do Comitê de Negociações Birregionais (CNB) em Buenos Aires.
• 2010: retomada das negociações na Cúpula Mercosul-UE em Madri.
− O Mercosul se compromete a apresentar oferta de acesso a mercados em bens com
cobertura próxima a 90%, com inclusão do setor automotivo bem como a apresentar
uma oferta de acesso a mercados em compras governamentais.

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− A UE se compromete a melhorar as quotas tarifárias; inclusão de produtos que ante-


riormente possuíam preferências tarifárias etc.
• 2013: aprovação pela CAMEX das ofertas brasileiras em bens, serviços, investimentos
e compras governamentais.
• 2014: o Mercosul se dispõe a realizar troca simultânea de ofertas com o lado europeu.
• 2016: troca de ofertas de acesso a mercados de bens, serviços, investimentos e com-
pras governamentais, impulsionando as negociações.
• 2016 a 2019: existência de acordos de negociação envolvendo acesso a mercados em
bens; serviços; compras governamentais; regras de origem; propriedade intelectual;
medidas sanitárias e fitossanitárias; barreiras técnicas ao comércio; cooperação adu-
aneira; facilitação de comércio; subsídios.
− As principais dificuldades se referiam à agricultura devido ao protecionismo do mer-
cado europeu com relação aos produtores locais.
• 2019: conclusão da negociação da parte comercial do Acordo de Associação entre o
MERCOSUL e a União Europeia (nos dias 27 e 28 de junho na Bélgica).
• Situação atual (2020): pendente de ratificação

O tratado ainda precisa ser ratificado e internalizado por cada um dos Estados integrantes
de ambos os blocos econômicos.
A tramitação será longa e já vem enfrentando algumas resistências, principalmente após
as inúmeras críticas internacionais sofridas pela gestão ambiental do governo Jair Bolsonaro
os episódio mais emblemáticos foram os incêndios ocorridos na Amazônia em 2019.
O Ministério da Economia estima que o acordo MERCOSUL-UE irá possibilitar um aumen-
to no PIB brasileiro de US$ 87,5 bilhões em 15 anos e um aumento de investimentos no Brasil,
no mesmo período, de US$ 113 bilhões. (fonte: www.itamaraty.gov.br)
O acordo é considerado o maior já negociado pelo Mercosul e tem como objetivo formar
uma das maiores áreas de livre comércio do mundo, sendo fundado em três pilares e nos se-
guintes temas:

ESCOPO
O Acordo de Associação entre MERCOSUL e União Europeia inclui três pilares: diálogo político,
cooperação e livre comércio.
O acordo comercial é composto por capítulos e anexos, relativos aos seguintes temas:
1) acesso tarifário ao mercado de bens (compromissos de desgravação tarifária);
2) regras de origem;
3) medidas sanitárias e fitossanitárias;
4) barreiras técnicas ao comércio (anexo automotivo);
5) defesa comercial;
6) salvaguardas bilaterais;
7) defesa da concorrência;

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8) facilitação de comércio e cooperação aduaneira (protocolo de assistência mútua e cláusula


antifraude);
9) serviços e estabelecimento (compromissos em matéria de acesso);
10) compras governamentais (compromissos em matéria de acesso);
11) propriedade intelectual (indicações geográficas);
12) integração regional;
13) diálogos;
14) empresas estatais;
15) subsídios;
16) pequenas e médias empresas;
17) comércio e desenvolvimento sustentável;
18) anexo de vinhos e destilados;
19) transparência;
20) temas institucionais, legais e horizontais; e
21) solução de controvérsias.

Selecionei alguns trechos do acordo para que você consiga ter uma noção exata da sua
importância e dimensão6:
Setor agrícola
A União Europeia é o maior importador agrícola mundial.
Em 2018, o bloco europeu importou US$ 182 bilhões. O Brasil é hoje o segundo maior for-
necedor de produtos agrícolas ao mercado europeu.
(...)
A UE liberalizará 82% do volume de comércio e 77% das linhas tarifárias no setor agrícola
e dará acesso preferencial ao MERCOSUL.
(...)
Com a vigência do acordo, produtos agrícolas de grande interesse do Brasil terão suas
tarifas eliminadas, como café torrado e solúvel (desgravação em 4 anos); fumo manufaturado
(cesta de 7 anos) e não manufaturado (cesta de 4 anos); abacates (cesta de 4 anos); limões
e limas (cesta de 7 anos); melões e melancias (cesta de 7 anos); uvas de mesa (desgravação
imediata); maçãs (cesta de 10 anos); peixes (maioria na entrada em vigor); crustáceos (ca-
marões em cestas de 0 e 4 anos); óleos vegetais (desgravação imediata).
Setor industrial
No comércio industrial, a UE eliminará 100% de suas tarifas em até 10 anos, sendo cerca
de 80% na entrada em vigor do acordo. O MERCOSUL liberalizará 91% do comércio em volume
e linhas tarifárias.
O acordo permitirá o uso de regimes de drawback e outros regimes aduaneiros especiais.
SERVIÇOS
(...)

6
Fonte: http://www.itamaraty.gov.br/images/2019/2019_07_03_-_Resumo_Acordo_Mercosul_UE.pdf

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O acordo reconhece o direito de regulamentar dos Estados para alcançar objetivos legí-
timos de políticas públicas; define categorias de técnicos e pessoas de negócios que podem
exercer temporariamente atividade econômica no território do outro bloco; e estabelece prin-
cípios sobre transparência na adoção de regulamentos.
Serviços financeiros: foram resguardadas as prerrogativas de autoridades monetárias e
reguladores do mercado em adotar medidas prudenciais para manter a estabilidade macroe-
conômica, proteger correntistas e combater fraudes.
Houve entendimento para permitir a transferência de informação financeira para proces-
samento no exterior em condições estabelecidas na jurisdição de origem dos dados.
Telecomunicações: foi assumido compromisso de manter marcos regulatórios compe-
titivos no setor, inclusive para evitar práticas anticoncorrenciais de operadoras dominantes.
Serviços postais: foi reconhecida a legitimidade de diferenciar os serviços de correspon-
dência simples, de utilidade pública, e de entrega expressa, para fins comerciais.
Comércio eletrônico: as partes acordaram promover o reconhecimento de documentos e
assinaturas eletrônicas, além de trabalhar conjuntamente no combate ao spam e na proteção
ao consumidor.
Os sócios do MERCOSUL apresentaram listas nacionais de compromissos de acesso
a mercado.
Nas listas de compromissos, cada parte estabelece em quais atividades econômicas e
em quais condições podem atuar as empresas, investidores e prestadores de serviços da
outra parte.
O Brasil excluiu desses compromissos setores mais sensíveis e estratégicos para o país,
como defesa, saúde, educação, mineração e extração de petróleo. A lista brasileira reflete a
legislação vigente no país em setores representativos (...)
COMPRAS GOVERNAMENTAIS
O acordo aumentará a concorrência em licitações públicas e proporcionará o uso mais
eficiente dos recursos públicos.
Garante padrão internacional de regras de transparência.
Estão salvaguardadas políticas públicas em desenvolvimento tecnológico, saúde pública,
promoção das micro e pequenas empresas e segurança alimentar.
(...)
Limitação de encomendas tecnológicas ao valor de 950 milhões de Direitos Especiais de
Saque (aproximadamente 5 bilhões de reais).
(...)
Necessidade de ampla consulta a estados e municípios, com vistas à inclusão de entes
federativos que somem 65% do PIB.
FACILITAÇÃO DE COMÉRCIO
O acordo permitirá agilizar e reduzir os custos dos trâmites de importação e exportação de
bens, reduzindo a burocracia e aumentando a transparência para os operadores econômicos.

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Introdução à Ordem econômica internacional e à Integração Econômica

Há o compromisso de rever e melhorar regulamentos e práticas de desembaraço de bens,


de forma contínua e em consultas com a comunidade empresarial, bem como fazer uso, na
medida possível, de processos eletrônicos nas operações aduaneiras.
De acordo com a OCDE, somente uma melhora no processo de notificação de requisitos
aduaneiros tem o potencial de gerar redução entre 2,4 e 2,8% dos custos das operações de
comércio exterior (...)
BARREIRAS TÉCNICAS AO COMÉRCIO
O acordo estabelece disciplinas que vão além da OMC e consolidam uma agenda de boas
práticas regulatórias que o Brasil vem implementando nos últimos anos, particularmente no
âmbito do projeto de acessão à OCDE.
O acordo consolida o compromisso de realização de consultas públicas prévia à adoção
de regulamentos, a concessão de prazo para submissão de comentários e a adequação a
padrões internacionais existentes nas matérias reguladas, além de encorajar a realização de
análises de impacto regulatório.
(...)
O reconhecimento de quatro organismos de referência – International Organization on
Standards (ISO), International Electrotechnical Organisation (IEC), International Telecommu-
nications Union (ITU) e Codex Alimentarius– obedece a interesses brasileiros, na medida em
que o país possui voz em todos esses foros e muitos dos regulamentos nacionais já se pau-
tam pelas normas neles elaboradas.
(...)
REGRAS DE ORIGEM
O objetivo principal das regras de origem é garantir que os ganhos do acordo sejam usu-
fruídos pelos operadores econômicos do MERCOSUL e da UE.
O acordo prevê regras de origem modernas para facilitar o comércio entre o MERCO-
SUL e a UE.
MEDIDAS SANITÁRIAS E FITOSSANITÁRIAS
No capítulo SPS (Medidas Sanitárias e Fitossanitárias), MERCOSUL e EU negociaram obri-
gações que promoverão transparência, previsibilidade e uso de princípios científicos no co-
mércio de produtos do agronegócio.
PROPRIEDADE INTELECTUAL
Em geral, o capítulo de Propriedade Intelectual consolida e reafirma padrões internacio-
nais de proteção que orientam a legislação doméstica dos dois blocos. (...)
As partes preservaram os compromissos do Acordo TRIPS em relação a patentes e in-
formações não divulgadas, que trata da proteção dos dados de testes clínicos exigidos para
o lançamento de remédios e defensivos agrícolas. A principal novidade trazida pelo acordo
foram as negociações em relação ao reconhecimento mútuo de indicações geográficas.
(...)

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DEFESA COMERCIAL
O acordo garante o direito dos países do MERCOSUL e da União Europeia de adotar as
medidas de defesa comercial previstas na OMC (medidas antidumping, medidas compensa-
tórias e salvaguardas globais). ∙ O acordo permite o uso de salvaguardas bilaterais, para que
os países possam proteger-se de surtos de importação decorrentes do processo de 13 libera-
lização birregional. Esse mecanismo pode ser utilizado tanto para produtos industrializados
como para produtos agrícolas. (...)
CONCORRÊNCIA: O capítulo de concorrência reafirma o compromisso do MERCOSUL e da
União Europeia de combater práticas anticompetitivas, como a formação de cartéis, sempre
respeitando o devido processo legal. O acordo prevê cooperação entre as autoridades dos dois
blocos, o que contribuirá para fortalecer as instituições dedicadas à defesa da concorrência.
EMPRESAS ESTATAIS: O capítulo busca garantir que as empresas estatais atuem com
base em considerações comerciais. ∙ Ao mesmo tempo, o acordo reconhece a natureza es-
pecial das empresas estatais, ao permitir que elas deixem de atuar nessas bases sempre que
perseguirem um mandato ou objetivo público. O capítulo não cria qualquer impedimento para
que as empresas estatais desempenhem os serviços públicos de sua responsabilidade. ∙ No
caso do Brasil, apenas as empresas estatais do nível federal acima de determinado fatura-
mento estarão cobertas pelo capítulo. Empresas estatais de alguns setores específicos, como
o de defesa, estarão excluídas das regras.
SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS: O capítulo de solução de controvérsias amplia os meca-
nismos à disposição do Brasil para a resolução de disputas comerciais com a União Europeia.
Fica preservado o direito de recurso aos mecanismos da OMC.
A prerrogativa de escolher qual foro utilizar, se o da OMC ou se o mecanismo previsto no
acordo, é da parte que inicia a controvérsia. Uma vez solicitado o estabelecimento de um pai-
nel em um dos dois foros, a escolha se torna definitiva e não é mais possível litigar a mesma
controvérsia em foro alternativo.
COMÉRCIO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ∙ O capítulo de Comércio e Desenvolvi-
mento Sustentável tem por objetivo reiterar o compromisso das partes na proteção das con-
dições de trabalho e do meio ambiente. Consagra o respeito aos princípios fundamentais da
Organização Internacional do Trabalho (OIT) e os objetivos de desenvolvimento sustentável
da agenda 2030, de acordo com as capacidades nacionais das partes. (...)
PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 15 ∙ O acordo inclui benefícios específicos para peque-
nas e médias empresas, com o objetivo de facilitar sua integração nas cadeias globais de
valor: participação em compras governamentais, joint ventures, programas de capacitação,
parcerias, redes empresarias, entre outros.
CAPÍTULOS POLÍTICO E DE COOPERAÇÃO ∙ O capítulo político e de cooperação do acordo
de Associação MERCOSUL-União Europeia, em fase final de negociação, é composto por 49
artigos em diversas áreas estratégicas para o Brasil. São tratados temas como ciência, tec-
nologia e inovação, infraestrutura, educação, direitos do consumidor, energia, defesa, ciberse-
gurança e combate ao terrorismo.

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O Acordo Trips
É um acordo sobre aspectos dos direitos de propriedade intelectual relacionados ao co-
mércio firmado no final da Rodada do GATT no Uruguai em 1994.
O principal objetivo é a proteção de direitos autorais, patentes, informações confidenciais
e a previsão de outras normas procedimentais e de execução.
Existe previsão de que os conflitos serão resolvidos pelo sistema de solução das contro-
vérsias da OMC.
Uma das principais questões discutidas no âmbito do Acordo (e que pode aparecer na sua
prova) diz respeito à saúde pública e à patente de medicamentos.
Vamos resumi-la: em 2017 passou a viger uma emenda ao acordo TRIPS permitindo que
medicamentos genéricos de baixo custo fossem produzidos e exportados sob licença com-
pulsória7 quando objetivassem atender às necessidades de países que não pudessem fabri-
car os próprios produtos.
Antes, a licença compulsória só era permitida pelo acordo TRIPS nos casos de produção
para atender ao mercado interno e para lidar com condutas anticompetitivas, o que prejudi-
cava a aquisição pelos países na situação descrita acima.
Essa emenda foi baseada no Parágrafo 6 da Declaração de DOHA, que reconheceu que
os Membros com capacidade de fabricação insuficiente ou inexistente no setor farmacêutico
poderiam encontrar dificuldades para tornar efetivo o uso de licenciamento compulsório e
instruiu o Conselho de TRIPS a encontrar uma solução para o problema.

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico –


OCDE
Trata-se de organização fundada em 14 de dezembro de 1961 cuja sede fica em Paris.
O principal objetivo é de potencializar o crescimento econômico e colaborar com o desen-
volvimento de todos os países membros, por meio da coordenação de definições, medidas e
conceitos, fomentando padrões para as políticas públicas em várias áreas, tais como: econô-
mica, financeira, comercial, social e ambiental.
O acordo conta atualmente com 37 países membros. O Brasil ainda não faz parte, mas
está negociando sua entrada.
Apesar disso, desde 1990 começamos a cooperação com a OCDE, sendo que houve uma
maior aproximação após o estreitamento de laços da organização com cinco países emer-
gentes selecionados (key partners): África do Sul, Brasil, China, Índia e Indonésia) em 2007.
Além disso, participamos de Comitês da Organização e de inúmeras instâncias de traba-
lho e temos várias atuações em parceria com a OCDE. De acordo com informações extraídas

7
A título de esclarecimento, a licença compulsória possibilita que uma invenção patenteada seja usada em
casos específicos, mesmo sem o consentimento do detentor da patente.

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do site do governo federal8 são exemplos dessa atuação conjunta: as contribuições da OCDE
para a construção do governo digital no Brasil, para que reduzir os custos e os cidadãos pos-
sam acessar os serviços públicos sem saírem de casa; o auxílio da OCDE para que o Brasil
reveja e fortaleça o Sistema Único de Saúde, a educação básica, o sistema de tratamento do
lixo residencial, e o sistema de gestão de nossa água.
Em 2017, o Brasil oficializou o pedido de entrada na OCDE. Na época, o então Ministro da
Fazenda Henrique Meirelles e o Ministro de Relações Exteriores Aloísio Nunes encaminharam
o pedido formal de adesão, que deu início ao processo de acessão do País à Organização.
A adesão depende de aprovação unânime e ainda não foi tomada, entretanto, tudo indica
que estamos próximos de entrar na OCDE.
Em notícia recente, a Casa Civil informou que dentre as nações que pleiteiam uma vaga
na Organização, o Brasil é, atualmente, o país que atende ao maior número de requisitos para
a entrada (tendo cumprido, até o momento, 90 dos 252 instrumentos exigidos para a entrada
na instituição, ou seja, 35% do total dos requisitos).

Acordo Trips OCDE

– organização fundada em 14 de
dezembro de 1961 cuja sede fica em
– acordo sobre aspectos dos Paris.
direitos de propriedade intelectual – principal objetivo: potencializar o
relacionados ao comércio firmado crescimento econômico e colaborar com
no final da Rodada do GATT no o desenvolvimento de todos os países
Uruguai em 1994. membros, por meio da coordenação
– principal objetivo: a proteção de definições, medidas e conceitos,
de direitos autorais, patentes, fomentando padrões para as políticas
informações confidenciais e públicas em várias áreas, tais como:
a previsão de outras normas econômica, financeira, comercial, social e
procedimentais e de execução. ambiental.
– existe previsão de que os conflitos – conta atualmente com 37 países
serão resolvidos pelo sistema de membros.
solução das controvérsias da OMC. – o Brasil ainda não faz parte, mas em
2017 oficializou o pedido de entrada.

8
https://www.gov.br/pt-br/noticias/educacao-e-pesquisa/2020/07/brasil-recebe-aprovacao-da-ocde-de-
-novos-instrumentos-legais-na-area-de-ciencia-e-tecnologia

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RESUMO
Essa seção é destinada à revisão dos principais pontos tratados em aula.
A primeira parte traz a revisão por meio de perguntas e palavras-chave, na segunda parte
temos tabelas e desenhos esquemáticos.
Escolha qual a sua melhor maneira de fixar a matéria e mãos à obra!
1. Quais são os objetivos da ordem econômica internacional?
• administração do comércio: garantia da liberdade econômica e comercial no plano in-
ternacional;
• estabelecimento de mecanismos de ajuda e estímulo para as economias necessitadas;
• contribuição para a estabilização das economias.

2. Quais são as características da ordem econômica internacional?


• Aderência à realidade flutuante:
− manutenção das relações comerciais;
− adequação às dinâmicas mudanças de mercado.
• Reciprocidade:
− atende o interesse de todos os entes envolvidos.
• Prospectividade:
− resolução de conflitos por meios alternativos.
• Sanção/medidas compensatórias:
− têm caráter compensatório e não punitivo;
− busca garantir a continuidade e harmonia das relações entre os entes soberanos.
• Maleabilidade/generalidade:
− normas abstratas;
− adequação à realidade flutuante do mercado.

3. Quais são os pontos relevantes sobre a Conferência de Bretton Woods?


• Origem:
− Conferência Monetária Financeira das Nações Unidas realizada entre delegados das
quarenta e quatro nações aliadas.
• Principais disposições
− obrigação de cada país adotar uma política monetária que mantivesse a taxa de
câmbio de suas moedas dentro de um determinado valor indexado ao dólar;
− provisão pelo FMI de financiamento para suportar dificuldades.
• Fundou os três pilares da ordem econômica internacional:
− BIRD, FMI e OIC (OMC).

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4. Quais são os pontos relevantes acerca dos Organismos Internacionais?


• Conceito: associações voluntárias de sujeitos de direito internacional, com personali-
dade jurídica internacional própria, constituídas por meio de tratado ou outro ato inter-
nacional, para consecução de objetivos comuns.
• Origem: necessidade de facilitar o processo de negociações e a obtenção de vantagens
recíprocas entre os diversos estados que ingressaram nas comunidades internacionais
no pós guerra.
• Características
− manifestação multilateral de vontade dos estados;
− pluralidade de nações que o compõem;
− igualdade de participação entre os membros;
− possuem personalidade jurídica internacional.

5. Quais os pontos relevantes acerca da ONU?


• Estrutura: Assembleia Geral (art. 9 e 18 da Carta) Conselho de Segurança (art.27), Con-
selho Econômico Social (art. 62) Conselho de Tutela (art. 73 e 86), Corte Internacional
de Justiça (art. 72) e Secretariado.
• Sede: Nova Iorque, com exceção da CIJ que se localiza em Haia (Holanda).
• Atuação: por meio de acordos, tratados, convenções, protocolos, resoluções e estatu-
tos.
• Alguns organismos vinculados à ONU: OIT, UNESCO, OMS, BIRD.
• Idiomas: Chinês, árabe, russo, espanhol, francês, inglês.

6. Quais são os pontos relevantes acerca do BIRD?


• Objetivos: fornecer recursos financeiros, para fomentar o desenvolvimento, visando o
saneamento financeiro e fiscal dos países.
• Sede: Washington – EUA.
• Recursos: cobrança de juros de seus empréstimos, captação destes no mercado de
capitais e disponibilidades oferecidas pelos estados que o compõem.
• Estrutura: bicameral
− Conselho de governadores (direção, formado por representantes dos estados-mem-
bros);
− Conselho de administração (executivo, formado por 22 membros: 5 nomeados dire-
tamente pelos países que detém a maior parte do capital e 17 eleitos pelo conselho
de governadores em sistema de rodízio.
• Áreas de atuação:
− fomentar o desenvolvimento, -áreas diversas como: educação e meio ambiente.

7. Quais são os pontos relevantes acerca do FMI?

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• Finalidades
− evitar desequilíbrio no balanço de pagamentos e nos sistemas cambiais de países
membros, que possam prejudicar a expansão comercial;
− oferecer ajuda aos países-membros com dificuldades financeiras e promover a coo-
peração monetária internacional.
• Princípios
− unidade de caixa de câmbio: cada estado deve utilizar uma única taxa de câmbio
para sua moeda;
− fixidez da taxa de câmbio: impede modificações na paridade monetária dos estados
membros, excetuando-se o dólar americano;
− proibição de desvalorizações competitivas: proíbe alterações cambiais que prejudi-
quem a concorrência das exportações dos outros mercados.
• Recursos
− depósitos feitos pelos estados fundadores e o pelos membros que aderiram poste-
riormente.
• Estrutura:
− Assembleia de governadores: órgão deliberativo máximo do FMI, composto por mi-
nistros da fazenda ou presidentes dos bancos centrais dos estados membros;
− Conselho de administração: órgão de direção, composto por 5 países com maior
participação no fundo (EUA, Alemanha, Japão, França e Grã-Bretanha), 3 países no-
meados e 19 países eleitos, para mandato de 2 anos;
− Comitê interino: órgão político, que determina as medidas que servirão de auxílio
aos países em desenvolvimento, composto por 5 países com maior participação no
fundo.
• Formas de financiamento
− acordo stand-by: é o tipo mais comum, abarca financiamento direto de 12 a 18 me-
ses;
− contenção de choques externos: crises ou conflitos temporários que influenciem no
comércio;
− financiamento ampliado: problemas estruturais na balança de pagamentos (médio
prazo);
− financiamento de reserva suplementar: utilizado em problemas de curto prazo e de
difícil resolução.

8. Quais são os pontos relevantes acerca do GATT?


• buscou impulsionar o comércio e restringir determinadas práticas protecionistas nos
períodos pós-guerra e estabeleceu normas e acordos multilaterais.
• Princípios

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− Cláusula da nação mais favorecida: não deve haver discriminação dentre os estados
que atuam no comércio exterior.
− Cláusula de habilitação: exceção à cláusula anterior. Permite a concessão de bene-
fícios a países periféricos ou em desenvolvimento, os quais não devem ser concedi-
dos indevidamente aos países mais desenvolvidos.
− Proteção transparente: pode haver proteção a setores econômicos nacionais, mas
somente poderá ocorrer por meio de tarifa.
− Base estável para o comércio: consolidação das tarifas de importação que cada país
poderá praticar a determinados produtos constam em lista que integram o acordo.
− Reconhecimento de acordos regionais: os estados podem estabelecer redução das
barreiras tarifárias entre si, com vistas a integrar a economia de uma determinada
região.
− Adoção de medidas urgentes: possibilidade de isenção de compromissos ou obriga-
ções por parte do país que sofrer prejuízo grave aos produtos nacionais.
− Concorrência leal: coíbe práticas abusivas, como o dumping e a concessão de sub-
sídios sem qualquer justificativa.
− Cláusula de evolução: determinados benefícios podem ser suprimidos na medida em
que as economias dos países em desenvolvimento forem evoluindo.

9. Quais são os pontos relevantes acerca da OMC?


• fórum permanente de negociação e concessões comerciais, solução de controvérsias
e combate a medidas arbitrárias;
• criada na rodada do Uruguai em 1994 (acordo de Marrakech).
• Estrutura
− Conferência de ministros: principal órgão deliberativo e instância máxima da orga-
nização;
− Conselho geral: órgão que atuará na resolução de disputas e mecanismos de revisão
comercial, composto pelos representantes permanentes dos membros em Genebra,
que se reunirão quando cabível;
− Secretariado: dirigida pelo diretor-geral da OMC, que tem por função apoiar as ativi-
dades da organização.
• Outros órgãos:
− Conselho para o Comércio de Bens;
− Conselho para o Comércio de Serviços;
− Conselho para os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual relacionados ao
Comércio;
− Comitês de Acesso a Mercados, Agrícola e de Subsídios etc.
• Tomada de decisões:
− baseada no consenso, sendo que cada membro representará um voto.

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• Funções
− facilitar a aplicação administração e funcionamento do Acordo e dos Acordos co-
merciais multilaterais;
− constituir o quadro jurídico para a aplicação, administração e funcionamento dos
Acordos Comerciais Plurilaterais;
− será o foro para as negociações entre seus Membros acerca de suas relações co-
merciais multilaterais em assuntos tratados no quadro dos acordos incluídos nos
Anexos ao presente;
− administrar o entendimento relativo às normas e procedimentos que regem a solu-
ção de controvérsias;
− administrar o mecanismo de Exame das Políticas comerciais;
− alcançar uma maior coerência na formulação das políticas econômicas em escala
mundial;
− cooperar, no que couber, com o Fundo Monetário Internacional e com o Banco Inter-
nacional de Reconstrução e Desenvolvimento e com os órgãos a eles afiliados.
• Sistema de solução de controvérsias
− concebido na rodada do Uruguai.
− a controvérsia ocorre quando um estado adote medida que um ou mais membros da
OMC reputem violadores dos acordos celebrados pela organização.
− estará apto a acionar o sistema de solução de conflitos, os estados que sejam signa-
tários da OMC, podendo atuar como parte ou como terceiros interessados.
• Órgão de solução de controvérsias (OSC)
− tem competência para estabelecer grupos especiais, acatar relatórios dos grupos
especiais e do órgão de Apelação, supervisionar a aplicação das decisões e reco-
mendações e autorizar a suspensão de concessões e de outras obrigações determi-
nadas pelos acordos abrangidos.
• Procedimentos previstos no âmbito da OMC
− Consultas: proposta da parte demandante.
◦ o ex-adverso deverá ter ciência sobre a possibilidade de disputa, devendo respon-
der em 10 dias. Há o prazo de 30 dias para informações
− Grupos especiais: primeira instância julgadora no âmbito da OSC.
◦ se o membro não responder, não proceder as consultas no prazo ou se o resultado
das consultas não foi satisfatório.
− Apelação: quando umas das partes (envolvidas na disputa) discorda do relatório
final.
− Implementação: a conduta violadora deve ser modificada imediatamente.
◦ caso não seja modificada, o país deverá oferecer compensação ou sofrer retalia-
ção.

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− Outros meios de solução de controvérsias: bons ofícios (good offices), conciliação,


mediação e arbitragem.

10. Quais são as etapas da integração econômica?


• Zona de livre comércio
− eliminação das barreiras tarifárias e não tarifárias entre os estados acordantes.
− não atinge necessariamente todos os produtos comercializados, já que alguns po-
dem constar em uma lista de exceção.
• União aduaneira
− adoção de uma tarifa aduaneira comum para importação de produtos oriundos de
países que não façam parte da união aduaneira (TEC).
− além de haver a eliminação das exações alfandegárias, ocorre a padronização da
política tarifária.
• Mercado comum
− livre circulação de bens e serviços;
− política comercial comum em relação a terceiros países;
− livre circulação dos fatores de produção;
− livre circulação de capitais.
• União econômica ou monetária
− possui todas as características do mercado comum somadas à busca da unificação
das políticas sociais comuns, monetária, fiscal e cambial.
− também ocorre uma unificação monetária, por meio de um Banco Central indepen-
dente (Banco Central europeu, sediado na Alemanha).

11. Quais são os pontos relevantes acerca do Mercosul?


• Composição atual
− Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela*(suspensa).
− Estado Associado em processo de adesão: Bolívia.
− Associados: todos os demais países sul-americanos.
• Órgãos com competência decisória de natureza intragovernamental
− Conselho do mercado comum (CMC): órgão superior ao qual incumbe a condução
política do processo de integração.
− Grupo do mercado comum (GMC): órgão executivo do Bloco.
− Comissão de Comércio do Mercosul (CCM): órgão técnico que vela pela aplicação
dos instrumentos da política comercial comum.
• Outros órgãos
− Comissão Parlamentar Conjunta (CPC)
− Foro consultivo (FCES)
− Secretaria Administrativa do Mercosul (SAM)

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• Sistema de solução de controvérsias

1. negociações diretas: fase obrigatória do sistema de solução de controvérsias cujo ob-


jetivo é que as partes cheguem a um acordo.
2. intervenção do Grupo Mercado Comum (GMC): procedimento facultativo por meio do
qual o GMC avaliará a controvérsia, dando oportunidade para que as Partes exponham suas
posições e fará recomendações com o objetivo de colocar um fim à divergência
3. arbitragem (julgamento pelo tribunal “ad hoc”): quando não for possível solucionar a
controvérsia pelas negociações diretas ou por meio da intervenção do GMC.
4. apreciação pelo Tribunal Permanente de Revisão (TPR): órgão permanente com sede
em Assunção, composto por 5 árbitros, que atua como instância recursal ou, ainda, como
instância única.
− poderá confirmar, modificar ou revogar a fundamentação jurídica e as decisões do
Tribunal Arbitral Ad Hoc e o laudo emitido será definitivo e prevalecerá sobre o laudo
do Tribunal Arbitral Ad Hoc.
− também poderá emitir opiniões consultivas.

12. Quais são os principais tratados do Mercosul?


• Tratado de Assunção (1991): instituiu o Mercosul.
• Protocolo de Ouro Preto 1994 (promulgado em 10 de maio de 1995): criou definitiva-
mente o Mercosul, conferindo-lhe personalidade jurídica de direito internacional.
− cuidou de sua estrutura organizacional
− consagrou a regra do consenso no processo decisório
− listou as fontes jurídicas do MERCOSUL
− instituiu o princípio da vigência simultânea das normas adotadas.
• Protocolo de Las Lenas (1996)
− cooperação e assistência jurisdicional em matéria civil, comercial, trabalhista e ad-
ministrativa.
• Protocolo de Ushuaia (1998): compromisso democrático do Mercosul.
• Protocolo de Brasília: criou o mecanismo de solução de controvérsias, provisoriamente,
instituindo o Tribunal provisório arbitral.
• Protocolo de Olivos (2002): evolução dos mecanismos de solução de controvérsias:
permite que haja revisão, em sede recursal, pelo Tribunal arbitral permanente.
− permite que particulares, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas, possam levar uma
reclamação ao sistema de solução de controvérsias do MERCOSUL.
• Protocolo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (2017): ampliou a segurança
jurídica e aprimorou o ambiente para atração de novos investimentos na região.

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13. Quais são os órgãos da União europeia?


• Conselho europeu:
− órgão de cúpula e de direção política que reúne os chefes de estado e o presidente
da comissão.
− as decisões são tomadas por consenso, por meio de orientações, declarações (valor
indicativo).
• Conselho da União Europeia: principal órgão deliberativo.
− atua coordenando as políticas dos países signatários.
• Comissão Europeia: órgão independente dos governos nacionais.
− executa os programas e políticas planejados no bloco;
− elabora proposta de novas legislações europeias.
• Parlamento europeu: órgão de natureza consultiva, diretamente eleito pelos cidadãos
para representá-los.
• Banco Central: busca manter a estabilidade dos preços e a unidade cambial.
− executa a política econômica e monetária do bloco.
• Tribunal de Justiça: exerce a função jurisdicional, juntamente com o Tribunal de 1 ins-
tância.
− assegura o cumprimento uniforme da legislação;
− se pronuncia acerca dos litígios.
• Provedor de Justiça europeu: investiga queixas acerca da má administração das insti-
tuições da UE.
• Serviço de polícia europeu: intercâmbio de informações e cooperação entre os estados
para prevenção do crime organizado na esfera internacional.
• Banco europeu de investimentos: concessão de empréstimos a longo prazo para auxi-
liar em políticas de interesse do bloco.
• Fundo europeu de investimentos: apoio às pequenas empresas.
• Tribunal de Contas: examina as contas e receitas dos organismos.
− verifica a execução do orçamento do bloco.

14. Quais são os principais Tratados da União Europeia?


• Tratado de Amsterdã
− aumentou a atuação da União Europeia na política externa de segurança comum;
− reforçou a garantia dos direitos fundamentais e o poder do Parlamento Europeu.
• Tratado de Nice
− consolidou as políticas de unificação;
− tratou de soluções de pendências do Tratado de Amsterdã:
◦ ponderação de votos;
◦ definição da maioria qualificada no Conselho;
◦ repartição de lugares no PE e composição da Comissão.

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• Tratado de Lisboa
− reformou o funcionamento estrutural do bloco;
− reforçou a democracia;
− conferiu novos poderes ao parlamento europeu por meio da extensão da codecisão
com o Conselho da União Europeia;
− aumentou as decisões que deveriam ser votadas por maioria qualificada no Conse-
lho da União Europeia;
− incorporou a Carta dos Direitos Fundamentais, tornando-a juridicamente vinculativa;
− previu a atuação em questões globais, como clima, terrorismo, desenvolvimento
sustentável.

15. Em que consiste o Acordo Trips?


• Aspectos dos direitos de propriedade intelectual relacionados ao comércio firmado no
final da Rodada do GATT no Uruguai em 1994.
• Proteção de direitos autorais, patentes, informações confidenciais e a previsão de ou-
tras normas procedimentais e de execução.

16. Em que consiste a OCDE?


• Organização fundada em 14 de dezembro de 1961 cuja sede fica em Paris.
• Principal objetivo: potencializar o crescimento econômico e colaborar com o desenvol-
vimento de todos os países membros, por meio da coordenação de definições, medidas
e conceitos, fomentando padrões para as políticas públicas em várias áreas, tais como:
econômica, financeira, comercial, social e ambiental.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (MPT/PROCURADOR DO TRABALHO/2020) Sobre o Mercosul, assinale a alternati-
va CORRETA:
a) O Tratado de Assunção foi firmado em 1991 para a Constituição de um “Mercado Comum
do Sul” (MERCOSUL), fundado na reciprocidade de direitos e obrigações entre os Estados-
-Partes, implicando a livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países,
respeitando a soberania de cada país e sem eliminar os direitos alfandegários e restrições
não tarifárias à circulação de mercadorias.
b) Segundo o Acordo de Residência do Mercosul, os nacionais de um Estado-Parte que dese-
jarem residir no território de outro Estado-Parte poderão obter residência legal neste último,
pelo prazo máximo de 6 (seis) meses, mediante a comprovação de sua nacionalidade e pre-
enchimento dos seguintes requisitos: passaporte, ainda que expirada a validade, carteira de
identidade e comprovante de endereço.
c) Segundo o Acordo Multilateral de Seguridade Social do Mercado Comum do Sul, os perío-
dos de seguro ou contribuição cumpridos nos territórios dos Estados-Partes não serão con-
siderados para a concessão de prestações por morte.
d) De acordo com o Protocolo Adicional ao Tratado de Assunção sobre a Estrutura Institu-
cional do MERCOSUL (Protocolo de Ouro Preto) são fontes jurídicas do Mercosul: o Tratado
de Assunção, seus protocolos e os instrumentos adicionais ou complementares; os acordos
celebrados no âmbito do Tratado de Assunção e seus protocolos; as Decisões do Conselho
do Mercado Comum, as Resoluções do Grupo Mercado Comum e as Diretrizes da Comissão
do Mercosul, adotadas desde a entrada em vigor do Tratado de Assunção.

a) Errada. Veja o que dispõe o tratado de Assunção:

Art. 1. Os Estados Partes decidem constituir um Mercado Comum, que deverá esta estabelecido a
31 de dezembro de 1994, e que se denominará “Mercado Comum do Sul” (MERCOSUL). Este Mer-
cado Comum implica: A livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países, atra-
vés, entre outros, da eliminação dos direitos alfandegários e restrições não tarifárias à circulação
de mercadorias e de qualquer outra medida de efeito equivalente; (...). Art. 2. O Mercado Comum
estará fundado na reciprocidade de direitos e obrigações entre os Estados Partes.
b) Errada. Veja o que dispõe o Acordo de Residência do Mercosul:

Art. 4.1. Aos peticionantes compreendidos nos parágrafos 1 e 2 do Artigo 3º, a representação
consular ou os serviços de migração correspondentes, segundo seja o caso, poderá outorgar uma
residência temporária de até dois anos, mediante prévia apresentação da seguinte documentação:
a) Passaporte válido e vigente ou carteira de identidade ou certidão de nacionalidade expedida pelo
agente consular do país de origem, credenciado no país de recepção, de modo que reste provada a

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identidade e a nacionalidade do peticionante; b) Certidão de nascimento e comprovação de estado


civil da pessoa e certificado de nacionalização ou naturalização, quando for o caso; (...).
c) Errada. Veja o que dispõe o Acordo Multilateral de Seguridade Social do Mercosul:

Art. 7.1. Os períodos de seguro ou contribuição cumpridos nos territórios dos Estados Partes serão
considerados, para a concessão das prestações por velhice, idade avançada, invalidez ou morte, na
forma e nas condições estabelecidas no Regulamento Administrativo. Este Regulamento Adminis-
trativo estabelecerá também os mecanismos de pagamento pro-rata das prestações.
d) Certa. Nos termos do art. 41 do Protocolo de Ouro Preto:

Art. 41. As fontes jurídicas do Mercosul são: I – o Tratado de Assunção, seus protocolos e os
instrumentos adicionais ou complementares; II – os acordos celebrados no âmbito do Tratado de
Assunção e seus protocolos; III – as Decisões do Conselho do Mercado Comum, as Resoluções
do Grupo Mercado Comum e as Diretrizes da Comissão do Mercosul, adotadas deste a entrada em
vigor do Tratado de Assunção.
Letra d.

002. (CESPE/CEBRASPE/TCE-RO/PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS/2019)


A Organização Mundial do Comércio (OMC) é uma organização internacional formal
a) com personalidade jurídica própria, constituída por membros e dotada de um órgão de so-
lução de controvérsias.
b) sem personalidade jurídica própria, constituída por contratantes e desprovida de um órgão
de solução de controvérsias.
c) com personalidade jurídica própria, constituída por contratantes e desprovida de um órgão
de solução de controvérsias.
d) sem personalidade jurídica própria, constituída por membros e dotada de um órgão de so-
lução de controvérsias.
e) com personalidade jurídica própria, constituída por contratantes e dotada de um órgão de
solução de controvérsias.

Conforme vimos, trata-se de uma organização internacional com personalidade jurídica pró-
pria, independente da dos seus integrantes.
Também vimos que a OMC é formada por membros (atualmente 164 membros) e possui um
órgão de solução de controvérsias.
Letra a.

003. (TRF 3/JUIZ FEDERAL/2018) Sobre o MERCOSUL e sua disciplina jurídica, reflita sobre
as seguintes assertivas:
I – Derrogando o Protocolo de Brasília, o Protocolo de Olivos, assinado aos 18.02.2002,
aprovado pelo Decreto Legislativo 712, de 2003, e promulgado no Brasil pelo Dec.

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4.982/2004, estabelece mecanismos para solução de controvérsias entre os Estados


Partes; e o procedimento arbitral”ad hoc” será utilizado, caso o conflito não tenha sido
solucionado por negociação direta, nem por intervenção do Grupo Mercado Comum.
II – São órgãos componentes da estrutura institucional do Mercosul: (i) Conselho do Mer-
cado Comum (CMC); (ii) Grupo Mercado Comum (GMC); (iii) Comissão de Comércio do
Mercosul (CMC); (iv) Comissão Parlamentar Conjunta (CPC); (v) Foro Consultivo Eco-
nômico-Social (FCES); (vi) Secretaria Administrativa do Mercosul (SAM); (vii) Conselho
de Segurança (CS).
III – São fontes jurídicas do MERCOSUL: (i) o Tratado de Assunção, seus protocolos e os
instrumentos adicionais ou complementares; (ii) os acordos celebrados no âmbito do
Tratado de Assunção e seus protocolos; (iii) as decisões do Conselho Mercado Co-
mum, as Resoluções do Grupo Mercado Comum e as Diretrizes da Comissão de Co-
mércio do Mercosul, adotadas desde a entrada em vigor do Tratado de Assunção.
IV – As normas produzidas pelo Conselho Mercado Comum, pelo Grupo Mercado Comum
e pela Comissão de Comércio do Mercosul, além de possuírem caráter obrigatório,
deverão, quando necessário, ser incorporadas aos ordenamentos jurídicos nacionais
mediante os procedimentos previstos pela legislação de cada país.

a) Apenas as assertivas I e III são incorretas.


b) A assertiva II é a única incorreta.
c) Apenas as assertivas II e IV são incorretas.
d) A assertiva IV é a única incorreta.

O item I está correto, nos termos do art. 9 do decreto 4982/04 (Protocolo de Olivos). Confira:

Procedimento Arbitral Ad Hoc


Artigo 9
Início da Etapa Arbitral
1. Quando não tiver sido possível solucionar a controvérsia mediante a aplicação dos procedi-
mentos referidos nos Capítulos IV (negociações diretas) e V (Intervenção do Grupo Mercado Co-
mum), qualquer dos Estados partes na controvérsia poderá comunicar à Secretaria Administrativa
do MERCOSUL sua decisão de recorrer ao procedimento arbitral estabelecido no presente Capítulo
(Procedimento Arbitral Ad Hoc).
O item II está incorreto. Nos termos do art. 1 do decreto 1.901/96, os seguintes órgãos com-
põem o Mercosul:

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CAPÍTULO I
Estrutura do Mercosul

Artigo 1
A estrutura institucional do Mercosul contará com os seguintes órgãos:
I – O Conselho do Mercado comum (CMC);
II – O Grupo Mercado Comum (GMC);
III – A Comissão de Comércio do Mercosul (CCM);
IV – A Comissão Parlamentar Conjunta (CPC);
V – O Foro Consultivo Econômico-Social (FCES);
VI – A Secretaria Administrativa do Mercosul (SAM).
O item III está correto. Vimos que nos termos do protocolo de Ouro Preto, são fontes jurídicas
do Mercosul:
a) o Tratado de Assunção, seus protocolos e os instrumentos adicionais ou complementares;
b) os acordos celebrados no âmbito do Tratado de Assunção e seus protocolos;
c) as Decisões do Conselho do Mercado Comum, as Resoluções do Grupo Mercado Comum
e as Diretrizes da Comissão do Mercosul, adotadas deste a entrada em vigor do Tratado
de Assunção.
O item IV está correto, conforme art. 42 do Protocolo de Ouro Preto:

Artigo 42
As normas emanadas dos órgãos do Mercosul previstos no Artigo 2 deste Protocolo terão caráter
obrigatório e deverão, quando necessário, ser incorporadas aos ordenamentos jurídicos nacionais
mediante os procedimentos previstos pela legislação de cada país.
Letra b.

004. (CESPE/TRF 2/JUIZ FEDERAL/2018) Com relação à OMC e ao GATT, assinale a alterna-
tiva correta:
I – O GATT foi o resultado de negociações que surgiram em 1955 e atualmente integra
a estrutura da OMC, cuja finalidade é expandir o comércio internacional, os acordos
preferenciais e evitar as barreiras tarifárias.
II – O GATT adota o princípio da nação mais favorecida, ou seja, um favorecimento alfan-
degário oferecido a uma nação deve ser extensível aos demais países.
III – A cláusula de habilitação, enquanto princípio do GATT, admite uma exceção ao princí-
pio da nação mais favorecida.
IV – A OMC, cuja sede está situada em Zurich, pode adotar medidas compensatórias para
regular a ordem econômica internacional.

a) Estão corretas apenas as assertivas I e II.


b) Estão corretas as assertivas I, II e IV.
c) Estão corretas as assertivas II e III.

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d) Todas as assertivas estão corretas.


e) Estão corretas as assertivas I e IV.

O item I está incorreto.


O GATT não foi criado em 1955 e também não integra a OMC.
Como vimos hoje, em 1947, vários países iniciaram negociações com o intuito de impulsionar
o comércio e restringir determinadas práticas protecionistas. A primeira rodada de negocia-
ções foi denominada GATT-Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio, sendo que nesse primeiro
momento já foram estabelecidas normas e acordos multilaterais.
Lembrem-se que o GATT continuou regulando as relações comerciais por mais algumas dé-
cadas, até que em 1994, quando foi criada a OMC, na rodada do Uruguai, estabelecendo-se
um organismo de comércio internacional permanente.
O item II está correto.
De fato, esse princípio é adotado no preâmbulo do GATT e estabelece que não deve haver
discriminação dentre os estados que atuam no comércio exterior, de modo que nenhum país
pode conceder a outro vantagens especiais que não tenha concedido aos demais.
O item III está correto. Conforme vimos, a cláusula de habilitação realmente constitui exceção
ao princípio da nação mais favorecida, de modo que pode haver concessão de benefícios a
países periféricos ou em desenvolvimento, os quais não devem ser concedidos indevidamen-
te aos países mais desenvolvidos.
O item IV está incorreto. O erro está no início da questão, pois a sede da OMC fica em Gene-
bra, na Suíça.
O final do item está correto, pois os membros da OMC podem, uma vez verificadas as con-
dições jurídicas e econômicas, aplicar medidas antidumping, medidas compensatórias ou
medidas de salvaguardas.
Letra c.

005. (CESPE/INSTITUTO RIO BRANCO/DIPLOMATA/2017) Com relação aos sujeitos de direito


internacional público, julgue (C ou E) o item seguinte.
A escolha do secretário-geral das Nações Unidas, nos termos da Carta das Nações Unidas,
dá-se por indicação da Assembleia-Geral e recomendação do Conselho de Segurança.

O item está correto, nos termos do art. 97 da Carta das Nações Unidas:

O Secretariado será composto de um Secretário-Geral e do pessoal exigido pela Organização. O


Secretário-Geral será indicado pela Assembleia Geral mediante a recomendação do Conselho de
Segurança. Será o principal funcionário administrativo da Organização.
Certo.

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006. (ESAF/PGFN/PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL/2015/ADAPTADA) Julgue os


itens a seguir:
I – A Organização Mundial de Comércio foi constituída na Conferência de Bretton Woods,
em 1994, após negociações formuladas na denominada “Rodada Uruguai”.
II – O MERCOSUL não possui personalidade jurídica de direito internacional e, por essa
razão, suas decisões necessitam do consenso de todos os países membros.
III – A República Federativa do Brasil subscreveu o acordo de compras governamentais
(GPA) proposto pela OMC, o que estabelece que, na contratação pública de bens e
serviços feita por um país signatário, os oriundos dos demais estados celebrantes não
receberão tratamento menos favorável do que os nacionais.

O item I está incorreto. Na verdade, a Conferência de Bretton Woods estabeleceu o famoso


“tripé”: FMI, Banco Mundial (BM) e Organização Internacional do Comércio (OIC), em 1945.
Entretanto, a OIC foi rejeitada pelos EUA e outros países e só veio a ser criada NA rodada do
Uruguai (1994) do GATT (acordo geral de tarifas e comércio provisório).
O item II está incorreto. Conforme o Protocolo de Ouro Preto, o Mercosul possui personalidade
jurídica de Direito Internacional, de modo semelhante às organizações internacionais.
O item III está incorreto. O Brasil não subscreveu o GPA (acordo plurilateral mantido pela Or-
ganização Mundial do Comércio, que estabelece para os países signatários uma série de
compromissos em matéria de transparência e acesso aos mercados nacionais de compras
públicas).
Errado. Errado. Errado.

007. (CESPE/TRF 5/JUIZ FEDERAL/2015/ADAPTADA) Objetivando proteger a indústria auto-


mobilística nacional, o presidente da República editou decreto que aumentou a alíquota geral
do IPI em 30% e concedeu desconto, no mesmo percentual, às empresas nacionais fabri-
cantes de automóveis. Tal medida teve como consequência a redução de 60% no volume de
importação de veículos.
Considerando a situação hipotética acima descrita, assinale a opção correta.
a) O acordo sobre subsídios e medidas compensatórias, caracterizado como um acordo co-
mercial plurilateral, está incorporado ao Acordo Constitutivo da OMC
b) Qualquer membro da OMC pode apresentar demanda ao órgão de solução de controvérsias
da organização, alegando a contrariedade entre as referidas medidas tributárias adotadas
pelo Brasil e os acordos comerciais por este firmados, sujeitando-o à sua jurisdição.
c) O Acordo Constitutivo da OMC incorporou o acordo denominado GATT-1947, mantendo a
voluntariedade no cumprimento de suas regras pelos países em desenvolvimento, a exemplo
do Brasil, até o alcance do seu pleno desenvolvimento econômico.

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a) Errada. Trata-se, na verdade, de acordo caracterizado como multilateral:

O acordo sobre subsídios e medidas compensatórias, caracterizado como um acordo comercial


plurilateral, está incorporado ao Acordo Constitutivo da OMC.
ANEXO 1A: Acordos Multilaterais de Comércio de Bens
Acordo Geral de Tarifas e Comércio de 1994
Acordo sobre Agricultura
Acordo sobre Aplicação de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias
Acordo sobre Têxteis e Vestuário
Acordo sobre Barreiras Técnicas ao Comércio
(...)
Acordo sobre Subsídios e Medidas Compensatórias
Acordo sobre Salvaguardas
b) Certa.

ACORDO CONSTITUTIVO DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE COMÉRCIO


Artigo III
Funções da OMC
2. A OMC será o foro para as negociações entre seus Membros acerca de suas relações comerciais
multilaterais em assuntos tratados no quadro dos acordos incluídos nos Anexos ao presente Acor-
do. A OMC poderá também servir de foro para ulteriores negociações entre seus Membros acerca
de suas relações comercias multilaterais e de quadro Jurídico para a aplicação dos resultados
dessas negociações secundo decida a Conferência Ministerial.
3. A OMC administrará o entendimento relativo às normas e procedimentos que regem a solução de
controvérsias (denominado a seguir ‘Entendimento sobre Solução de controvérsias’ ou ‘ESC’) que
figura no Anexo 2 do presente Acordo.
c) Errada. Confiram:

ACORDO CONSTITUTIVO DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE COMÉRCIO


Artigo XI Membro Originário
1. Tornar-se-ão Membros originários da OMC as partes contratantes do GATT 1947 na data de
entrada em vigor deste Acordo e as Comunidades Europeias que aceitam este Acordo e os Acordos
Comerciais Multilaterais cujas Listas de Concessões e Compromissos estejam anexadas ao GATT
1994 e cujas Listas de Compromissos Específicos estejam anexadas ao GATS.
2. Dos países de menor desenvolvimento relativo assim reconhecidos pelas Nações Unidas serão
requeridos compromissos e concessões apenas na proporção adequada a suas necessidades de
desenvolvimento financeiras e comerciais ou a sua capacidade administrativa e institucional
Letra b.

008. (CESPE/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2015) Com referência aos mecanismos para a so-


lução de controvérsias internacionais, julgue o item que se segue.

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Compete ao Tribunal Permanente de Revisão do MERCOSUL, instituído por meio do Protocolo


de Olivos, julgar, em última instância, os recursos interpostos contra decisões de tribunais ad
hoc prolatadas em procedimentos de arbitragem instaurados para a solução de controvérsias
entre os Estados-partes do MERCOSUL relativas à interpretação, à aplicação ou ao não cum-
primento das normas desse bloco econômico.

Confiram:

Decreto 4982/2004
Protocolo de Olivos para a Solução de Controvérsias no Mercosul
(...)
Considerando
A necessidade de garantir a correta interpretação, aplicação e cumprimento dos instrumentos fun-
damentais do processo de integração e do conjunto normativo do MERCOSUL, de forma consis-
tente e sistemática;
Artigo 17
Recurso de Revisão
1. Qualquer das partes na controvérsia poderá apresentar um recurso de revisão do laudo do Tri-
bunal Arbitral Ad Hoc ao Tribunal Permanente de Revisão, em prazo não superior a quinze (15) dias
a partir da notificação do mesmo.
Certo.

009. (PGR/PROCURADOR DA REPÚBLICA/2015/ADAPTADA) Para ser considerado originário


de um Estado Parte e obter os benefícios aduaneiros do MERCOSUL o produto deve ter a
proporção máxima de 49% de materiais importados de terceiros países em relação ao seu
valor total.

Confiram o que dispõe o tratado de Assunção:

Tratado de Assunção – DECRETO No 350, DE 21 DE NOVEMBRO DE 1991.


Anexo II:
ARTIGO SEGUNDO
Nos casos em que o requisito estabelecido na letra c) do Artigo Primeiro não possa ser cumprido
porque o processo de transformação operado não implica mudança de posição na nomenclatura,
bastará que o valor CIF porto de destino ou CIF porto marítimo dos materiais de terceiros países
não exceda a 50 (cinquenta) por cento do valor FOB de exportação das mercadorias de que se trata.
Errado.

010. (CESPE/BACEN/PROCURADOR/2013) Considere que os Estados-partes do MERCOSUL


e os Estados associados do MERCOSUL (Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru) tenham

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firmado protocolo denominado MOEDASUL como parte complementar dos acordos de inte-
gração celebrados no âmbito do MERCOSUL e se comprometido a constituir e a implemen-
tar moeda oficial comum, denominada SULAMÉRICO, no território dos respectivos Estados a
partir de 2018. Nessa situação hipotética, de acordo com a jurisprudência do STF, o protoco-
lo assinado.
a) é autoaplicável no território nacional, pois os acordos celerados pelo Brasil no âmbito do
MERCOSUL não estão sujeitos à mesma disciplina que rege o processo de incorporação no
direito brasileiro dos tratados e convenções internacionais em geral.
b) só poderá ser executado no plano interno após aprovação e promulgação pelo Congres-
so Nacional.
c) só poderá ser executado no território nacional após aprovação por decreto legislativo do
Congresso Nacional e promulgação por decreto do Poder Executivo.
d) ó poderá ser executado no território nacional mediante o depósito da aprovação de ao me-
nos um Estado-parte.
e) só poderá ser executado no território nacional mediante o depósito da aprovação do núme-
ro de Estados signatários previsto no protocolo.

A questão trata de tema mais relacionado ao direito internacional, mas vale a pena revisar o
entendimento do STF sobre o tema.

A recepção de acordos celebrados pelo Brasil no âmbito do MERCOSUL está sujeita à


mesma disciplina constitucional que rege o processo de incorporação, à ordem posi-
tiva interna brasileira, dos tratados ou convenções internacionais em geral. É, pois, na
Constituição da República, e não em instrumentos normativos de caráter internacio-
nal, que reside a definição do iter procedimental pertinente à transposição, para o plano
do direito positivo interno do Brasil, dos tratados, convenções ou acordos – inclusive
daqueles celebrados no contexto regional do MERCOSUL – concluídos pelo Estado bra-
sileiro. (STF-ADI1480-MC-DJ em 18-5-2001)

Letra c.

011. (CESPE/TRF1/JUIZ FEDERAL/2013) Quanto ao MERCOSUL, ao acordo geral de tarifas e


comércio (GATT) e à Organização Mundial do Comércio (OMC), assinale a opção correta.
a) Em seu sistema de defesa comercial, o MERCOSUL dispõe do marco normativo, espécie de
regulamento que contempla procedimentos comuns de investigação e tomada de decisão a
serem adotados por seus signatários na defesa de seus interesses.
b) Os particulares, sejam pessoas físicas ou jurídicas, que se sintam prejudicados em de-
corrência da aplicação, por qualquer dos Estados-partes do MERCOSUL, de medidas admi-
nistrativas de efeito restritivo, em infração ao Tratado de Assunção, deverão formalizar suas

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reclamações ante a seção nacional do Grupo Mercado Comum do país sede de seus negócios
ou onde tenham sua residência habitual.
c) Conforme o princípio da proteção transparente, os bens importados devem receber o mes-
mo tratamento concedido a produto equivalente de origem nacional, visando-se coibir, no
âmbito da OMC, que os países estabeleçam tratamento privilegiado e protecionista não evi-
denciado para sua indústria nacional, em detrimento dos concorrentes estrangeiros.
d) As restrições quantitativas à importação são muito utilizadas, atualmente, pelos países
desenvolvidos como medida de caráter protecionista, principalmente no que se refere a pro-
dutos de informática.
e) No sistema de solução de controvérsias adotado pela OMC, as decisões proferidas são vin-
culantes, tendo o ESC (Dispute Settlement Undestanding), que representa grande avanço em
face do antigo procedimento adotado pelo GATT, introduzido um modelo mais claro, razoável
e organizado de solução de controvérsias.

a) Errada. Na verdade, o chamado marco normativo é um referencial de harmonização da in-


terpretação do Acordo Antidumping, bem como de Subsídios e Medidas Compensatórias da
OMC, e, ainda, dos procedimentos de investigação a serem adotados pelos Estados-partes.
Desse modo, não contempla procedimentos comuns de investigação ou processos decisó-
rios comuns, não havendo que se falar em regulamento.
b) Certa. Nos termos do Protocolo de Olivos.

Artigo 25
O procedimento estabelecido no presente capítulo aplicar-se-á às reclamações efetuadas por par-
ticulares (pessoas físicas ou jurídicas) em razão da sanção ou aplicação, por qualquer dos Estados
Partes, de medidas legais ou administrativas de efeito restritivo, discriminatórias ou de concorrên-
cia desleal, em violação do Tratado de Assunção, dos acordos celebrados no âmbito do mesmo,
das decisões do Conselho do Mercado Comum ou das Resoluções do Grupo Mercado Comum.
Artigo 26
1.Os particulares afetados formalizarão as reclamações ante a Seção Nacional do Grupo Mercado
Comum do Estado Parte onde tenham sua residência habitual ou a sede de seus negócios. 2. Os
particulares deverão fornecer elementos que permitam à referida Seção Nacional determinar a ve-
racidade da violação e a existência ou ameaça de um prejuízo.
c) Errada. Conforme vimos, o princípio da proteção transparente se refere a uma permissão a
regime de proteção por meio de tarifa. Inexistindo proibição à proteção de setores econômicos
nacionais. Leonardo Vizeu ensina que esse protecionismo deve ser efetuado essencialmente
por meio de tarifa, tida como uma forma transparente de divulgação do grau de proteção que
determinado país dispensa a seus produtos e, também, é considerado como o que provoca o
menor grau de distorção no comércio internacional.

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d) Errada. Na verdade, o uso de restrições quantitativas como meio de proteção é proibido


pelo art. XI do GATT 1994, admitindo-se apenas a tarifa.
e) Errada. Apenas quando afirma que as decisões são vinculantes.
Letra b.

012. (CESPE/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2012) Julgue os itens a seguir:


I – O MERCOSUL não é uma organização supranacional, razão pela qual as normas ema-
nadas dos seus órgãos não têm caráter obrigatório nem aplicação direta; para ter efi-
cácia, elas devem ser incorporadas formalmente no ordenamento jurídico dos Esta-
dos-membros.
II – Cabe ao Conselho do MERCOSUL, órgão superior composto pelos ministros das Rela-
ções Exteriores e os da Economia dos Estados-partes, conduzir a política do processo
de integração e tomar decisões destinadas a assegurar o cumprimento dos objetivos
e prazos estabelecidos para a constituição definitiva do MERCOSUL.

O item I está correto.


A justificativa da banca CESPE para a questão ser considerada correta foi a seguinte:

O Protocolo de Ouro Preto, de 1994, no art. 34, confere personalidade jurídica de direito internacio-
nal ao Mercosul, que não chega, todavia, a ser uma organização supranacional, pois as suas nor-
mas não têm aplicação direta em seus países-membros. Os artigos 38 a 40 do Protocolo de Ouro
Preto tratam das medidas que os Estados-Partes devem tomar para que as normas emanadas dos
órgãos do Mercosul sejam formalmente incorporadas ao ordenamento jurídico nacional”.
Ademais, confira o que dispõe o Protocolo de Ouro Preto:

Artigo 40 – A fim de garantir a vigência simultânea nos Estados Partes das normas emanadas
dos órgãos do Mercosul previstos no Artigo 2 deste Protocolo, deverá ser observado o seguinte
procedimento: i) Uma vez aprovada a norma, os Estados Partes adotarão as medidas necessárias
para a sua incorporação ao ordenamento jurídico nacional e comunicarão as mesmas à Secretaria
Administrativa do Mercosul
O item II está correto.
Conforme dispõe o art. 10 do Tratado de Assunção: o Conselho do Mercado Comum:

é o órgão superior do Mercado Comum, correspondendo-lhe a condução política do mesmo e a


tomada de decisões para assegurar o cumprimento dos objetivos e prazos estabelecidos para
a constituição definitiva do Mercado Comum”. O art. 11, por sua vez, determina que “O Conselho
estará integrado pelos Ministros de Relações Exteriores e os Ministros de Economia dos Estados-
-Partes.
Certo. Certo.

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013. (CESPE/TRF 3/JUIZ FEDERAL/2013/ADAPTADA) As “rodadas” ministeriais não debatem


temas relacionados com propriedade intelectual, pois se trata de tema sensível que sobre-
passa o comércio de bens.

O tema já foi objeto de debate. Ressalta-se que durante a Rodada Uruguai, a maior parte dos
países em desenvolvimento manifestaram sua intenção de não assinar os acordos em pro-
priedade intelectual, medidas de investimentos ou serviços, entretanto, os negociadores nor-
te-americanos, considerando a relevância da participação dos países em desenvolvimento,
propuseram um documento denominado single-undertaking (entendimento único) que conti-
nha todos os acordos e vinculava todos os membros.
Lembre-se também do acordo Trips que falamos na aula.
Errado.

014. (CESPE/PGR/PROCURADOR DA REPÚBLICA/2013/ADAPTADA) O Tratado de Assunção,


que começou a vigorar em 2004 e atualmente regula o mecanismo de solução de controvér-
sias entre os países membros, prevê que os litígios sejam examinados pelo Tribunal Arbitral
Permanente de Revisão do MERCOSUL, que é formado pelos Ministros das Relações Exterio-
res dos cinco países-membros com direito a voto.

Na verdade, o Tribunal Arbitral Permanente de Revisão do MERCOSUL, é formado por cin-


co árbitros.
Confira o art. 18 do Protocolo de Olivos:

1. O Tribunal Permanente de Revisão será integrado por cinco (5) árbitros.


2. Cada Estado Parte do Mercosul designará um (1) árbitro e seu suplente por um período de dois
(2) anos, renovável por no máximo dois períodos consecutivos.
3. O quinto árbitro, que será designado por um período de três (3) anos não renovável, salvo acordo
em contrário dos Estados Partes, será escolhido, por unanimidade dos Estados Partes, da lista
referida neste numeral, pelo menos três (3) meses antes da expiração do mandato do quinto árbi-
tro em exercício. Este árbitro terá a nacionalidade de algum dos Estados Partes do Mercosul, sem
prejuízo do disposto no numeral 4 deste Artigo.
Não havendo unanimidade, a designação se fará por sorteio que realizará a Secretaria Adminis-
trativa do Mercosul, dentre os integrantes dessa lista, dentro dos dois (2) dias seguintes ao venci-
mento do referido prazo.
A lista para a designação do quinto árbitro conformar-se-á com oito (8) integrantes. Cada Estado
Parte proporá dois (2) integrantes que deverão ser nacionais dos países do Mercosul.
4. Os Estados Partes, de comum acordo, poderão definir outros critérios para a designação do
quinto árbitro.
Errado.

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015. (CESPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL/2010) O Órgão de Apelação da OMC é composto


de juízes eleitos por tempo determinado.

O corpo de apelação deve ser estabelecido pelo Órgão de Solução de Controvérsias – OSC
(Dispute Settlement Body – DSB) e tem a função de ouvir apelações das decisões dos painéis.
Este corpo é composto por sete membros, dos quais três são escolhidos para analisar um
caso individual. A escolha dos membros é feita em um sistema de rotação estabelecido nos
procedimentos do corpo de apelação.
Não há menção de eleição de juízes, embora eles apresentem tempo determinado.
Errado.

016. (ESAF/PGFN/PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL/2012/ADAPTADA) O Brasil é sig-


natário do Tratado de Assunção, cujo objetivo é a formação do Mercado Comum do Sul –
MERCOSUL. Sobre as regras de direito econômico regional do MERCOSUL:
I – O MERCOSUL não tem personalidade jurídica própria, mas somente os seus Estados
membros.
II – As decisões dos órgãos do MERCOSUL são tomadas por maioria e com a presença de
todos os Estados partes.
III – O MERCOSUL é formado pelo Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela.
IV – A constituição do MERCOSUL implica no estabelecimento de uma tarifa externa co-
mum (TEC), que incide sobre os produtos comercializados entre os países integrantes
do bloco.
V – As normas emanadas do MERCOSUL têm caráter obrigatório.

O item I está incorreto, pois o MERCOSUL tem personalidade jurídica de


direito internacional, prevista no art. 34 do Protocolo de Ouro Preto.
O item II está incorreto. Na verdade, as decisões dos órgãos do Mercosul serão tomadas por
consenso e não por maioria (art. 37).
O item III está correto. Como vimos, após a suspensão do Paraguai, a Venezuela foi admiti-
da no Bloco.
O item IV está incorreto. A tarifa externa comum ocorre quando os países membros adotam
uma “mesma tarifa para as importações provenientes de mercados externos”.
O item V está correto, nos termos do art. 42 do Protocolo de Ouro Preto:

As normas emanadas dos órgãos do Mercosul previstos no Artigo 2 deste Protocolo terão caráter
obrigatório e deverão, quando necessário, ser incorporadas aos ordenamentos jurídicos nacionais
mediante os procedimentos previstos pela legislação de cada país.
Errado. Errado. Certo. Errado. Certo.

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017. (CESPE/TRF 3/JUIZ FEDERAL/2011/ADAPTADA) No que se refere ao comércio interna-


cional e suas instituições, assinale a opção correta.
a) O GATT não reconhece acordos regionais, sob o fundamento de que eles são utilizados
para impor barreiras ao restante das partes contratantes.
b) A atuação da OMC estende-se a mercadorias, serviços e direitos de propriedade intelectual,
com o objetivo de reduzir barreiras comerciais e tratamentos discriminatórios.
c) No MERCOSUL, há direito comunitário, sendo as normas oriundas de órgãos comuns e dis-
pensada a internalização, conforme as regras de direito internacional.
d) O GATT e a OMC foram concebidos em 1948 para expandir o comércio internacional.

a) Errada. O GATT reconhece acordos regionais.

ARTIGO XXIV
As Partes Contratantes reconhecem que é recomendável aumentar a liberdade do comércio desen-
volvendo, através de acordos livremente concluídos, uma integração mais estreita das economias
dos países participantes de tais acordos. Reconhecem igualmente que o estabelecimento de uma
união aduaneira ou de uma zona de livre comércio deve ter por finalidade facilitar o comércio entre
os territórios constitutivos e não opor obstáculos ao comércio de outras Partes Contratantes com
esses territórios. 5. Em consequência, as disposições do presente Acordo não se oporão à forma-
ção de uma união aduaneira entre os territórios das Partes Contratantes ou ao estabelecimento
de uma zona de livre troca ou à adoção de Acordo provisório necessário para a formação de uma
união aduaneira ou de uma zona de livre troca(...)
b) Certa. Nos termos do Acordo Constitutivo da OMC:

1. A OMC constituirá o quadro Institucional comum para a condução das relações comerciais entre
seus Membros nos assuntos relacionados com os acordos e instrumentos legais conexos incluí-
dos nos anexos ao presente acordo.
ANEXO 1A Acordos Multilaterais de Comércio de Bens
ANEXO 1B: Acordo Geral sobre Comércio de Serviços e Anexos ANEXO 1C: Acordo sobre Aspectos
dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio
Desejosas de contribuir para a consecução desses objetivos mediante a celebração de acordos
destinados a obter, na base da reciprocidade e de vantagens mútuas, a redução substancial das
tarifas aduaneiras e dos demais obstáculos ao comercio assim como a eliminação do tratamento
discriminatório nas relações comerciais internacionais.
c) Errada. As normas deve ser internalizadas, conforme art. 42 do Protocolo de Ouro Preto:
as normas emanadas do Conselho do Mercado Comum, do Grupo Mercado Comum e da Co-
missão de Comércio do Mercosul terão caráter obrigatório e deverão, quando necessário, ser
incorporadas aos ordenamentos jurídicos nacionais mediante procedimentos previstos pela
legislação de cada país.
d) Errada. O GATT foi estabelecido em 1947.Por sua vez, a OMC foi criada com o objetivo de
supervisionar e liberalizar o comércio internacional, em 1995.
Letra b.

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018. (CESPE/TRF 5/JUIZ FEDERAL/2009) Assinale a opção correta, acerca do MERCOSUL.


a) O MERCOSUL, criado pelo Protocolo de Recife como ente dotado de personalidade jurídica
de direito público, apresenta estrutura orgânica intergovernamental, sendo suas decisões to-
madas por votação, respeitando-se a maioria dos votos.
b) Ao Conselho do Mercado Comum, órgão superior do MERCOSUL, cabem a condução po-
lítica do processo de integração e a tomada de decisões para assegurar o cumprimento dos
objetivos estabelecidos pelo Tratado de Assunção, devendo esse conselho reunir-se, pelo
menos, uma vez por bimestre, com a participação dos presidentes dos Estados-partes.
c) Constituem órgãos do MERCOSUL, de capacidade decisória e natureza intergovernamen-
tal, o Conselho do Mercado Comum, o Grupo Mercado Comum e a Comissão de Comércio do
MERCOSUL, bem como o Tribunal Permanente de Revisão e o Parlamento do MERCOSUL.
d) São funções e atribuições do Grupo Mercado Comum a propositura de projetos de deci-
sões ao Conselho do Mercado Comum e o exercício da titularidade da personalidade jurídica
do MERCOSUL.
e) Quaisquer controvérsias entre os Estados-partes a respeito da interpretação, da aplicação
ou do descumprimento das disposições contidas no Tratado de Assunção e dos acordos ce-
lebrados no âmbito desse tratado devem ser submetidas exclusivamente aos procedimentos
de solução estabelecidos no Protocolo de Ouro Preto.

a) Errada. Como vimos, o Mercosul foi criado pelo Tratado de Assunção de 1991.
b) Errada. Nos termos do art. 6 do protocolo de ouro preto, as reuniões ocorrerão, no mínimo,
uma vez por semestre.
d) Errada. Conforme art. 8 do protocolo de Ouro Preto, o exercício da titularidade da persona-
lidade jurídica do MERCOSUL é feito pelo Conselho do Mercado Comum.
e) Errada. O Protocolo de Olivos trouxe novas regras e novos órgãos, como o Tribunal Perma-
nente de Revisão.
Letra c.

019. (CESPE/TRF 5/JUIZ FEDERAL/2009) Assinale a opção correta no que concerne ao


GATT e à OMC.
a) O GATT foi promulgado em 1970 com a finalidade de expandir o comércio internacional e
reduzir os direitos alfandegários, por intermédio de contingenciamentos, acordos preferen-
ciais e barreiras pecuniárias.
b) A cláusula de habilitação, um dos princípios do GATT, estabelece que todo e qualquer favo-
recimento alfandegário oferecido a uma nação deve ser extensível às demais.
c) A OMC, fórum permanente de negociação para a solução de controvérsias quanto às práti-
cas desleais e de combate a medidas arbitrárias de comércio exterior, foi criado pelo Acordo
de Tóquio, de 1985, e está vinculado ao Fundo Monetário Internacional.

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d) O Conselho Geral é o órgão da OMC incumbido da resolução de disputas e mecanismos de


revisão de política comercial. Dotado de função análoga à judiciária, esse conselho vale-se,
via de regra, de mecanismos de composição extrajudicial, como a arbitragem.
e) O sistema de solução de controvérsias da OMC conta com apenas três fases: formulação
de consultas pelos Estados envolvidos, constituição de grupo especial e prolação de decisão.

a) Errada. O GATT é um tratado multilateral de comércio internacional, firmado em Genebra


em 1947, e que tem por princípio o livre comércio.
b) Errada. Trata-se da cláusula da nação mais favorecida, segundo a qual todas as vantagens,
favores, privilégios ou imunidades concedidos por uma parte contratante a um produto ori-
ginário ou destinado a qualquer outro país são, imediata a incondicionalmente, concedidos
a todos produto similar originário ou destinado aos territórios de todas as demais partes
contratantes.
c) Errada. A OMC foi criada com a conclusão da Rodada Uruguai, em 1993 e sua ata foi assi-
nada em 1944, em Marrakesh.
d) Certa. Conforme previsão contida no artigo IV do Acordo Constitutivo da OMC:

3 – O Conselho Geral se reunirá quando couber para desempenhar as funções do órgão de Solução
de Controvérsias estabelecido no Entendimento sobre Solução de Controvérsias. O órgão de Solu-
ção de Controvérsias poderá ter seu próprio presidente, e estabelecerá as regras de procedimento
que considere necessárias para o cumprimento de tais funções.
4 – O Conselho Geral se reunirá quando couber para desempenhar as funções do órgão de Exame
das Políticas Comerciais estabelecido no TPRM. O órgão de Exame das Políticas Comerciais pode-
rá ter seu próprio presidente, e estabelecerá as regras de procedimento que considere necessárias
para o cumprimento de tais funções.
e) Errada. As fases do sistema de solução de controvérsias da OMC são as seguintes: Con-
sulta, Painel e Apelação.
Letra d.

020. (ESAF/PGFN/PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL/ADAPTADA) Sobre o Mercado Co-


mum do Sul – MERCOSUL, é correto afirmar que:
a) o Grupo Mercado Comum constitui o seu órgão político superior.
b) compete à Comissão Parlamentar Conjunta aprovar o orçamento e a prestação de contas
anual apresentada pela Secretaria Administrativa.
c) não foi originariamente dotado de personalidade jurídica própria, tornando-se organização
internacional com o Protocolo de Ouro Preto, vigente desde 1995.

a) Errada. Na verdade, é o Conselho do Mercado Comum o órgão político superior do Mercosul.

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b) Errada. A função da Comissão Parlamentar Conjunta é acelerar os procedimentos internos


para a entrada em vigor das normas emanadas dos órgãos do MERCOSUL, além de informar
a população sobre o andamento do bloco.
c) Certa. De fato, o MERCOSUL foi criado pelo tratado de Assunção em 1991 e somente com a
assinatura do Protocolo de Ouro Preto, em 1994, é que o MERCOSUL adquiriu personalidade
jurídica própria.
Letra c.

021. (VUNESP/DPE-MS/DEFENSOR PÚBLICO/2014) “Os Estados membros têm a obrigação


de respeitar e garantir o exercício dos direitos reconhecidos nos tratados internacionais em
que são partes e em suas legislações internas, eliminando os obstáculos que afetem ou li-
mitem o acesso à Defensoria Pública, de maneira que se assegure o livre e pleno acesso à
justiça”. Esta é uma afirmação estabelecida em Resolução da
a) Organização dos Estados Americanos – OEA.
b) Secretaria Especial de Direitos Humanos.
c) Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
d) Organização das Nações Unidas – ONU.

A afirmação consta na resolução da OEA (XLIV-O/14):

(...) os Estados membros têm a obrigação de respeitar e garantir o exercício dos direitos reconhe-
cidos nos tratados internacionais em que são Partes e em suas legislações internas, eliminando
os obstáculos que afetem ou limitem o acesso à defensoria pública, de maneira que se assegure o
livre e pleno acesso à justiça
Letra a.

022. (DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO/2013) Julgue o item abaixo com base no que dispõe a
Carta das Nações Unidas.
Os membros não permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Uni-
das, em número de dez, devem ser eleitos pela Assembleia Geral com base, entre outros cri-
térios, na distribuição geográfica equitativa.

Confiram:

Carta da ONU
ARTIGO 23 – 1. O Conselho de Segurança será composto de quinze Membros das Nações Unidas.
A República da China, a França, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, o Reino Unido da
Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e os Estados Unidos da América serão membros permanentes do
Conselho de Segurança. A Assembleia Geral elegerá dez outros Membros das Nações Unidas para

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Membros não permanentes do Conselho de Segurança, tendo especialmente em vista, em primeiro


lugar, a contribuição dos Membros das Nações Unidas para a manutenção da paz e da segurança
internacionais e para os outros propósitos da Organização e também a distribuição geográfica
equitativa.
Certo.

023. (TRF 3/JUIZ FEDERAL/2016) Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa correta.
Considerando as regras jurídicas do Mercosul:
I – O Grupo Mercado Comum é órgão consultivo do Mercosul, integrado por 3 membros
representantes dos Ministérios de Relações Exteriores e dos Ministérios da Defesa.
II – Para a solução de controvérsias no âmbito do Mercosul, qualquer dos Estados-parte
pode recorrer ao procedimento arbitral perante o Tribunal ad hoc independentemente
de qualquer procedimento anterior, vedada a participação de árbitros de nacionalidade
dos Estados que controvertem.
III – A concessão do benefício da justiça gratuita em processo judicial em um dos países
do Mercosul estende-se aos demais quando em algum deles se tiver de homologar ou
executar a sentença, ou ainda se em outro dos Estados-parte do Mercosul tiver de ser
cumprida medida cautelar ou obtidas provas.
IV – A autoridade jurisdicional do Estado requerido poderá recusar o cumprimento de uma
carta rogatória referente a medidas cautelares quando estas forem manifestamente
contrárias à sua ordem pública.

a) Está correta apenas a assertiva III.


b) Estão corretas apenas as assertivas I e II.
c) Estão corretas apenas as assertivas III e IV.
d) Estão corretas apenas as assertivas I, III e IV.
e) Estão corretas todas as assertivas.

O item I está incorreto. De acordo com o Protocolo de Ouro Preto:

Artigo 10. O Grupo Mercado Comum é o órgão executivo do Mercosul.


Artigo 11. O Grupo Mercado Comum será integrado por quatro membros titulares e quatro
membros alternos por país, designados pelos respectivos Governos, dentre os quais constar ne-
cessariamente representantes do Ministérios das Relações Exteriores, dos
Ministérios da Economia (ou equivalentes) e dos Bancos Centrais. O Grupo Mercado comum será
coordenado pelos Ministérios das Relações Exteriores.
O item II está incorreto. De acordo com o Protocolo de Olivos:

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Introdução à Ordem econômica internacional e à Integração Econômica

Artigo 9
1. Quando não tiver sido possível solucionar a controvérsia mediante a aplicação dos procedimen-
tos referidos nos Capítulos IV e V, qualquer dos Estados partes na controvérsia poderá comunicar
à Secretaria Administrativa do MERCOSUL sua decisão de recorrer ao procedimento arbitral esta-
belecido no presente Capítulo.
Artigo 10
3. O árbitro Presidente será designado da seguinte forma:
i) Os Estados partes na controvérsia
designarão, de comum acordo, o terceiro árbitro, que presidirá o Tribunal Arbitral Ad Hoc, da lista
prevista no artigo 11.2 (iii), em um prazo de quinze (15) dias, contado a partir da data em que a
Secretaria Administrativa do MERCOSUL tenha comunicado aos Estados partes na controvérsia a
decisão de um deles de recorrer à arbitragem.
Os itens III e IV estão corretos, nos termos do Acordo sobre o Benefício da Justiça Gratuita e
a Assistência Jurídica Gratuita entre os Estados Partes do MERCOSUL, a República da Bolívia
e a República do Chile:

Artigo 4º
O benefício da justiça gratuita concedido no Estado Parte requerente em um processo onde sejam
solicitadas medidas cautelares, recepção de provas no exterior e outras medidas de cooperação
tramitadas por meio de cartas rogatórias, será reconhecido no Estado Parte requerido.
Artigo 5º
O benefício da justiça gratuita concedido no Estado Parte de origem da sentença será mantido
naquele de sua apresentação para seu reconhecimento ou execução.
Letra c.

024. (CESPE/TRF 1/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO/2015) O instrumento que regula atualmente


a solução de controvérsias no âmbito do MERCOSUL é o
a) Protocolo de Ouro Preto.
b) Protocolo de Brasília.
c) Protocolo de Assunção.
d) Protocolo de las Leñas.
e) Protocolo de Olivos.

Vimos que o Protocolo de Olivos (2002) revogou o Protocolo de Brasília e é atualmente o ins-
trumento que regula a solução de controvérsias no âmbito do Mercosul.
Letra e.

025. (TRF 3/JUIZ FEDERAL/2013) Os Estados-Parte do MERCOSUL, no âmbito do Conselho


Mercado Comum, deliberam:
a) Por maioria absoluta;
b) Por maioria simples, cabendo ao Secretário do Mercosul dar voto de minerva, ha-
vendo empate;

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c) Por unanimidade;
d) Por unanimidade, sendo essa a explicação para a natureza supranacional do Mercosul;
e) Por maioria simples, não passando a proposição em caso de empate.


Nos termos do art. 37 do Decreto 1901/96 (Protocolo de Ouro Preto): “As decisões dos órgãos
do Mercosul serão tomadas por consenso e com a presença de todos os Estados Partes.”
Letra c.

026. (CESPE/INSTITUTO RIO BRANCO/DIPLOMATA/2015) A par de constantes mudanças ve-


rificadas na sociedade internacional, com o surgimento de novos atores e de renovadas de-
mandas, também o direito das gentes se atualiza em terminologias e em conceitos, de modo a
abranger novas fronteiras, como o comércio, o meio ambiente e os direitos humanos. No que
concerne a esse fenômeno, julgue (C ou E) o item a seguir.
O princípio da não discriminação, adotado como base do direito do comércio internacional,
possui duas vertentes que não comportam exceções: a cláusula da nação mais favorecida e
a regra do tratamento nacional.

Apesar de o princípio da não discriminação possuir duas vertentes, vimos que elas compor-
tam exceções:
• Reconhecimento de acordos regionais: os estados podem estabelecer redução das bar-
reiras tarifárias entre si, com vistas a integrar a economia de uma determinada região.
− Pode constituir exceção ao cumprimento da cláusula da nação mais favorecida, des-
de que obedeça determinados requisitos.
− Cláusula de habilitação: é uma exceção à cláusula anterior.
− permite a concessão de benefícios a países periféricos ou em desenvolvimento, os
quais não devem ser concedidos indevidamente aos países mais desenvolvidos.
Errado.

027. (TRF 4/JUIZ FEDERAL/2016) A respeito da estrutura institucional do MERCOSUL, assi-


nale a opção correta.
a) As normas da Comissão de Comércio do MERCOSUL possuem caráter meramente reco-
mendatório.
b) Compõe a estrutura institucional do MERCOSUL a Comissão de Tribunais Constitucionais.
c) É atribuição do Conselho do Mercado Comum supervisionar as atividades da Secretaria
Administrativa do MERCOSUL.
d) Cabe ao Conselho do Mercado Comum exercer a titularidade da personalidade jurídica
do MERCOSUL.
e) Ao MERCOSUL é vedado estabelecer acordos de sede.

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a) Errada.

Artigo 2.
São órgãos com capacidade decisória, de natureza intergovernamental, o Conselho do Mercado
Comum, o Grupo Mercado Comum e a Comissão de Comércio do Mercosul.
Artigo 38.
Os Estados Partes comprometem-se a adotar todas as medidas necessárias para assegurar, em
seus respectivos territórios, o cumprimento das normas emanadas dos órgãos do Mercosul pre-
vistos no artigo 2 deste Protocolo.
b) Errada.

Artigo 1.
A estrutura institucional do Mercosul contará com os seguintes órgãos:
I – O Conselho do Mercado Comum (CMC);
II – O Grupo Mercado Comum (GMC);
III – A Comissão de Comércio do Mercosul (CCM);
IV – A Comissão Parlamentar Conjunta (CPC);
V – O Foro Consultivo Econômico-Social (FCES);
VI – A Secretaria Administrativa do Mercosul (SAM).
c) Errada.

Artigo 14. São funções e atribuições do Grupo Mercado Comum: [...] XIII. Supervisionar as ativida-
des da Secretaria Administrativa do Mercosul.
d) Certa.

Artigo 8.
São funções e atribuições do Conselho do Mercado Comum:
(…)
III – Exercer a titularidade da personalidade jurídica do Mercosul.
e) Errada. O artigo 36 determina que o Mercosul celebrará acordos de sede.
Letra d.

028. (TRF4/JUIZ FEDERAL/2012) Relativamente ao Mercosul, assinale a alternativa correta.


a) O laudo do Tribunal Arbitral Ad Hoc poderá ser revisto pelo Tribunal Permanente de Revi-
são, exclusivamente em questões de direito objeto da controvérsia e interpretações jurídicas,
exceto se for emitido com base nos princípios ex aequo et bono.
b) O Tratado de Assunção conferiu ao Mercosul personalidade jurídica de Direito Internacional.
c) As controvérsias que surjam entre os Estados-partes sobre a interpretação, a aplicação ou
o não cumprimento de atos normativos do Mercosul deverão ser solucionadas segundo os

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procedimentos estabelecidos no Protocolo de Olivos, não podendo ser submetidas a outro


sistema de solução de controvérsias.
d) De acordo com o Tratado de Assunção, o Grupo Mercado Comum é integrado por membros
dos Estados-partes que representam os seguintes órgãos: Ministério das Relações Exterio-
res, Ministério da Economia ou seus equivalentes e Casa Civil.
e) A Comissão Parlamentar Conjunta é o órgão encarregado de assistir o Grupo Mercado
Comum, assegurando a aplicação dos instrumentos de política comercial comum acordados
pelos Estados-partes.

a) Certa. Vale lembrar que o TPR é um órgão permanente com sede em Assunção, composto
por 5 árbitros, que atua como instância recursal ou, ainda, como instância única.
O TPR poderá confirmar, modificar ou revogar a fundamentação jurídica e as decisões do Tri-
bunal Arbitral Ad Hoc e o laudo emitido será definitivo e prevalecerá sobre o laudo do Tribunal
Arbitral Ad Hoc.
b) Errada. Trata-se de conteúdo do Protocolo de Ouro Preto:

CAPÍTULO II
Personalidade Jurídica

Artigo 34
O Mercosul terá personalidade jurídica de Direito Internacional.
c) Errada. O protocolo de Olivos dispõe que:

Protocolo de Olivos para a Solução de Controvérsias no


Mercosul

Capítulo I
Controvérsias entre Estados Partes

Artigo 1
Âmbito de Aplicação
1. As controvérsias que surjam entre os Estados Partes sobre a interpretação, a aplicação ou o
não cumprimento do Tratado de Assunção, do Protocolo de Ouro Preto, dos protocolos e acordos
celebrados no marco do Tratado de Assunção, das Decisões do Conselho do Mercado Comum, das
Resoluções do Grupo Mercado Comum e das Diretrizes da Comissão de Comércio do MERCOSUL
serão submetidas aos procedimentos estabelecidos no presente Protocolo.
2. As controvérsias compreendidas no âmbito de aplicação do presente Protocolo que possam
também ser submetidas ao sistema de solução de controvérsias da Organização Mundial do Co-
mércio ou de outros esquemas preferenciais de comércio de que sejam parte individualmente os

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Estados Partes do MERCOSUL poderão submeter-se a um ou outro foro, à escolha da parte de-
mandante. Sem prejuízo disso, as partes na controvérsia poderão, de comum acordo, definir o foro.
d) Errada. Veja o que dispõe o Tratado de Assunção:

ARTIGO 14
O Grupo Mercado Comum estará integrado por quatro membros
titulares e quatro membros alternos por país, que representem os seguintes órgãos públicos:
– Ministério das Relações Exteriores;
– Ministério da Economia seus equivalentes (áreas de indústria, comércio exterior e ou coordena-
ção econômica);
– Banco Central.
e) Errada. Nos termos do art. 24, a CPC tem função de facilitar a implementação do Mer-
cado comum.
Letra a.

029. (TRF 1/JUIZ FEDERAL/2009) Com relação à estrutura institucional do MERCOSUL, assinale
a) O Conselho do Mercado Comum é o órgão executivo do MERCOSUL.
b) O Conselho do Mercado Comum é integrado por ministros das relações exteriores, minis-
tros da economia e ministros da justiça dos Estados-partes.
c) O Conselho do Mercado Comum, o Grupo Mercado Comum e a Comissão de Comércio do
MERCOSUL são órgãos de natureza intergovernamental.
d) É competência do Grupo Mercado Comum editar o Boletim Oficial do MERCOSUL.

a) Errada. De acordo com o Protocolo de ouro preto, o Grupo Mercado Comum (GMC) é o ór-
gão decisório executivo, responsável de fixar os programas de trabalho, e de negociar acordos
com terceiros em nome do MERCOSUL, por delegação expressa do CMC.
b) Errada. De acordo com o Protocolo de ouro preto, o CMC é formado pelo Ministros de Rela-
ções Exteriores e de Economia dos estados-partes, que se pronunciam através de decisões.
c) Certa.

Art. 2. São órgãos com capacidade decisória, DE NATUREZA INTERGOVERNAMENTAL, o Conselho


do Mercado Comum, o Grupo Mercado Comum e a Comissão de Comércio do Mercosul.
d) Errada. Essa competência é da Secretaria do Mercosul.
Letra c.

030. (CESPE/TRF 1/JUIZ FEDERAL/2011) A respeito do MERCOSUL e dos sujeitos econômi-


cos, assinale a opção correta.
a) As denominadas empresas transnacionais são entidades autônomas, de personalidade
jurídica de direito privado, que estabelecem sua gestão negocial e organizam sua produção

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em bases internacionais, com vínculo direto e compromisso com as fronteiras ou com os in-
teresses políticos de determinada nação.
b) A previsão da CF quanto à busca, pela República Federativa do Brasil, da integração econô-
mica dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana
de nações, representa o ideal de Simon Bolívar, que inicialmente defendeu a integração pura-
mente econômica das Américas.
c) Compõe a estrutura do sistema de solução de controvérsias do MERCOSUL o Tribunal Per-
manente de Revisão, ao qual poderá ser encaminhado pelos Estados interessados recurso de
revisão contra laudo emitido pelo Tribunal Arbitral Ad Hoc.
d) À Comissão de Comércio, órgão superior do MERCOSUL, incumbem a condução política do
processo de integração e a tomada de decisões para a garantia do cumprimento dos objeti-
vos estabelecidos pelos Estados-partes e para lograr a constituição final do mercado comum.
e) No plano internacional, os sujeitos econômicos não se limitam às entidades com persona-
lidade jurídica, que atuam na formação e concretização das normas de direito internacional,
razão pela qual qualquer empresa que atue no comércio exterior é classificada como sujeito
econômico internacional.

a) Errada. Na verdade, as empresas transnacionais são entidades autônomas que fixam suas
estratégias e organizam sua produção em bases internacionais, inexistindo vínculo direto
com as fronteiras nacionais.
b) Errada. Já vimos que Simon Bolívar não defendia uma união puramente econômica das
Américas, mas também uma integração política.
c) Certa. Nos termos do art. 17 do Protocolo de Olivos:

PROTOCOLO DE OLIVOS: Artigo 17. Recurso de revisão. 1. Qualquer das partes na controvérsia po-
derá apresenta um recurso de revisão do laudo do Tribunal Arbitral Ad Hoc ao Tribunal Permanente
de Revisão, em prazo não superior a quinze (15) dias a partir da notificação do mesmo.
2. O recurso estará limitado a questões de direito tratadas na controvérsia e às interpretações jurí-
dicas desenvolvidas no laudo do Tribunal Arbitral Ad Hoc.
d) Errada. Os arts. 3 e 16 do Protocolo de Ouro Preto dispõe que:

Artigo 3 – O Conselho do Mercado Comum é o órgão superior do Mercosul ao qual incumbe a con-
dução política do processo de integração e a tomada de decisões para assegurar o cumprimento
dos objetivos estabelecidos pelo Tratado de Assunção e para lograr a constituição final do merca-
do comum.
Artigo 16 – À Comissão de Comércio do Mercosul, órgão encarregado de assistir o Grupo Mercado
Comum, compete velar pela aplicação dos instrumentos de política comercial comum acordados
pelos Estados Partes para o funcionamento da união aduaneira, bem como acompanhar e revisar
os temas e matérias relacionados com as políticas comerciais

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e) Errada. Os sujeitos de direito econômico são titulares de direitos e obrigações. Ex.: Esta-
dos, as Organizações Internacionais, empresas transnacionais ou multinacionais e os agen-
tes econômicos internacionais.
Letra c.

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GABARITO
1. d
2. a
3. b
4. c
5. C
6. E, E, E
7. b
8. C
9. E
10. c
11. b
12. C, C
13. E
14. E
15. E
16. E, E, C, E, C
17. b
18. c
19. d
20. c
21. a
22. C
23. c
24. e
25. c
26. E
27. d
28. a
29. c
30. c

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BIBLIOGRAFIA
BENSOUSSAN, Fábio Guimarães; GOUVEIA. Marcus de Freitas. Manual de Direito Econômico.
2 ed. Jus Podium.

CASTRO, Carlos Roberto Siqueira, Direito Constitucional e regulatório. Rio de Janeiro: Renovar.

DEL MASSO, Fabiano. Direito Econômico esquematizado. 3 ed. Método.

FIGUEIREDO, Leonardo Vizeu. Lições de Direito Econômico. 6 ed. Rio de Janeiro: Forense.

FILHO, Marçal Justen. Curso de Direito Administrativo. 13 ed. Revista dos Tribunais.

FONSECA, João Bosco Leopoldino. Direito Econômico. 9 ed:Forense.

GRAU, Eros Roberto. A ordem econômica na Constituição de 1988: interpretação e crítica. 14ª
ed. São Paulo: Malheiros.

Krugman, Obstfeld. Economia Internacional: Teoria e Política.Pearson, 6 edição.

MONCADA, Luis. S. Cabral. Direito Econômico. Coimbra: 2003.

SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 42 ed. Malheiros Editores.

SOUZA, Washington Peluso Albino de. Direito Econômico. São Paulo. Saraiva

TRINDADE, Antônio Augusto Cançado. R. Inf. legisl. Brasília a. 21 n. 81 jan./mar. 1984 – SU-
PLEMENTO Capítulo XII– As Nações Unidas e a Nova Ordem Econômica Internacional (com
atenção especial aos Estados latino-americanos)

Natalia Braga Ferreira Riche


Procuradora da Fazenda Nacional. Chefe da Divisão de Defesa da Primeira Instância da PRFN da Primeira
Região. Possui especialização em Direito Público. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em
DireitoTributário, Financeiro e Econômico. Atuou como membro do Núcleo de Estudos Constitucionais
(UniCeub) e do Grupo de Pesquisa Direito e Democracia no Pensamento de Peter Häberle (IDP). Trabalhou
como voluntária no United Nations Women´s Guild, em Viena (tradutora de projetos).

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