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(Página 78 a 98)
Qual a importância das organizações internacionais?
Muitas das organizações internacionais que conhecemos foram criadas após o término da Segunda
Guerra Mundial, devido, por um lado, à premência de reconstrução dos países no pós-guerra, e, por
outro, à necessidade de se tomarem medidas e adotarem ações concertadas no sentido de
promover a responsabilidade comum, por forma a salvaguardar a segurança mundial coletiva.
Assim, estas surgiram enquanto instrumento de cooperação e ajuda internacional, de modo a
permitir a aproximação e a interajuda entre os povos em vários domínios de ação e de intervenção
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A missão e o trabalho das Nações Unidas são guiados pelos objetivos e princípios contidos na sua
carta fundadora - a Carta das Nações Unidas.
Através de um conjunto de agências especializadas, fundos e programas, a ONU tem também como
objetivo promover a cooperação económica, financeira, social, humanitária e cultural com os países
em desenvolvimento
Nesse sentido, presta ajuda em várias áreas e assenta em três vetores:
Ajuda financeira: Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial (BM);
Ajuda alimentar: Prestada, por exemplo, através da Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e a Agricultura (FAO) e do Programa Alimentar Mundial (PAM);
Ajuda técnica: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e Organização Mundial
do Comércio (OMC).
Ajuda financeira
A estabilidade económica e financeira foi, ainda no decorrer da Segunda Guerra Mundial,
reconhecida como um pilar que asseguraria a segurança Internacional, evitando conflitos e tensões
entre as nações. Nesse sentido, em julho de 1944, teve lugar, nos EUA, a Conferência de Bretton
Woods. O objetivo dos 44 governos representados era o de criar um Sistema Monetário
Internacional, que visava a cooperação económica internacional através das instituições monetárias,
facilitar a expansão do comércio internacional, implementar a estabilidade dos câmbios e contribuir
para a instituição multilateral de pagamentos. Assim, foi formalizada a criação de duas instituições
internacionais: o Fundo Monetário Internacional, fundado em 1945, e o Banco Mundial, fundado em
1944.
Nas últimas décadas, o FMI e o Banco Mundial têm assumido uma forte e importante intervenção
financeira em vários países, sendo reconhecida a sua contribuição para a concretização de medidas
que se traduziram numa melhoria nas dimensões económica e social.
Não obstante, algumas críticas sugerem que estes organismos norteiam as suas ações tendo por
base os interesses políticos e estratégicos das grandes potências em detrimento dos países em
desenvolvimento aos quais fornecem ajuda financeira, traduzindo-se em:
. apoios financeiros concedidos a alguns regimes ditatoriais;
. desrespeito pelos direitos humanos;
. pouca transparência nos empréstimos fornecidos a alguns países;
. implementação de medidas severas de contenção dos gastos públicos, não considerando tais
gastos como investimentos;
. ação limitada dos países em desenvolvimento na forma e nos moldes em que os empréstimos são
concedidos, em virtude da sua reduzida capacidade económica e política na esfera internacional.
Ajuda alimentar
Ao nível da alimentação e da produção agrícola, a ONU, através de um conjunto de agências
especializadas e programas, entre os quais se destacam a Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Programa Alimentar Mundial (PAM), tem prestado assistência
a milhões de pessoas em todo o mundo e atuado no sentido de assegurar a segurança alimentar e
atingir o ODS 2 (Erradicar a fome).
Ajuda técnica
No que respeita à ajuda técnica, o papel da ONU manifesta-se através de vários organismos, que
atuam em áreas como a ajuda ao desenvolvimento e a regulação do comércio internacional.
Em 1995, foi criada a Organização Mundial do Comércio (OMC), com uma nova abrangência e
distinta do seu antecessor, o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT). A criação da OMC teve
como objetivo regular o comércio global através de acordos estabelecidos entre os Estados-
membros, tendo em vista a promoção da liberalização do comércio e o aprofundamento e
ampliação do sistema comercial multilateral.
Na atualidade, a OMC é composta por 164 países-membros.
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Apesar de a OMC ter um importante papel como reguladora e impulsionadora do comércio mundial,
tem vindo a ser alvo de algumas críticas, entre as quais:
. a prática de medidas protecionistas que beneficiam os países/blocos mais desenvolvidos, como os
Estados Unidos da América e a União Europeia;
. a perda de homogeneidade devido ao elevado número de países que integram a organização, com
diferentes níveis de desenvolvimento e diferentes perfis de interesses;
. o número cada vez menor de membros para decidir litígios de comércio internacional, que resulta
do facto de os EUA boicotarem a nomeação de novos membros à medida que os mandatos dos
atuais terminam;
. o facto de muitas das decisões tomadas assumirem um carácter político;
. o recurso a formas de dumping.
Paralelamente, existem também organizações regionais de carácter militar, cujo principal objetivo é
a promoção da paz e da segurança mundiais, de que são exemplo a Organização do Tratado
Atlântico Norte (OTAN/NATO), a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e a
União Africana (UA).
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Desde a sua fundação até à atualidade, a NATO tem enfrentado um conjunto de desafios, tais como:
. a unidade política tem vindo a ser posta em causa devido a divergências entre os aliados,
diminuindo a sua coesão interna;
. a recessão económica europeia e norte-americana têm conduzido a uma redução dos orçamentos
de defesa;
. a invasão da Ucrânia por parte da Rússia, em fevereiro de 2022, tem constituído uma ameaça à
segurança europeia;
. as implicações securitárias da ascensão da China como principal potência asiática têm-se traduzido,
no entender dos EUA, numa ameaça à sua preponderância internacional.
Em resposta, a NATO tem vindo a assumir algumas medidas que visam a sua reafirmação e a
garantia de uma maior credibilidade, entre as quais se destacam:
. a atuação das suas forças militares fora das suas fronteiras geográficas;
. a disponibilização, no início da pandemia da Covid-19, da sua capacidade de transporte aéreo para
o fornecimento de equipamento médico a países aliados europeus;
. a abertura à entrada de novos países-membros.
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Todos os Estados participantes têm um estatuto idêntico e as decisões são tomadas por consenso.
Este define-se como a ausência de qualquer objeção, expressa por um Estado participante, na
adoção de uma decisão. Não obstante, as decisões da OSCE não são unicamente vinculativas.
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Save the Children: visa promover os direitos das crianças e melhorar as suas condições de vida,
através de uma melhor educação, de melhores cuidados de saúde e através do fornecimento de
ajuda de emergência em caso de catástrofes naturais, guerras e outros conflitos.
A atuação das ONGD tem subjacente um conjunto diversificado de objetivos, dos quais se destacam:
. Contribuir para o desenvolvimento sustentado e responsável dos países do Sul, através de projetos
integrados de cooperação, que podem ir de pequenas realizações (construção de escolas, de postos
médicos, etc.) a outras de maior envergadura (como a definição de programas nacionais de
educação para a saúde).
. Promover a cooperação entre as sociedades civis de vários países.
. Agir junto das governas e dos decisores políticos das instâncias internacionais para que se alterem
as políticas nocivas ao desenvolvimento dos povos.
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O ataque ao Capitólio (EUA) e o triunfo dos talibãs no Afeganistão, em 2021, a atual guerra na
Ucrânia, a tensão entre a China e Taiwan, os conflitos armados que decorrem em várias regiões de
África e a emergência climática global, mostram que estamos a viver um período conturbado em que
as tensões e os conflitos se multiplicam, ameaçando a paz e a segurança mundiais.
Os nacionalismos...
O conceito de nacionalismo não apresenta uma definição consensual. Associamos o nacionalismo à
exaltação de valores nacionais, o que se pode apresentar como algo positivo, mas é muitas vezes,
também, um veículo para a tomada de atitudes xenófobas, manifestações de patriotismo
exacerbado e racismo, acabando, muitas vezes, por derivar em atos de extrema violência.
O nacionalismo apresenta um carácter multidimensional e expressa-se sob várias formas, entre as
quais:
. Nacionalismo de ideologia política (por exemplo, determinadas posições políticas de partidos de
extrema direita);
. Nacionalismo territorial (movimentos separatistas, por exemplo)
. Ultranacionalismo (resultando, muitas vezes, em radicalismos políticos e sociais)
Os séculos XIX e XX e as duas primeiras décadas do século XXI foram marcados pela afirmação das
nações e do nacionalismo, como se evidencia através:
. das guerras travadas contra os impérios coloniais no século XIX;
. da existência de duas guerras mundiais;
. do final da Guerra Fria e, posteriormente, da desagregação da ex-URSS, da ex-Jugoslávia e da
divisão da ex-Checoslováquia;
. dos genocídios no século XX;
. de diversos movimentos separatistas;
. dos conflitos e tensões da atualidade.
Atualmente, o nacionalismo continua a ser uma das maiores forças sociais e políticas. Minorias e
alguns grupos sociais acabam, muitas vezes, por integrar estes movimentos em muitos países.
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O nacionalismo curdo:
Os curdos são uma minoria étnica e habitam em territórios localizados em cinco países: Iraque, Irão,
Síria, Turquia e Arménia - formando uma área denominada por Curdistão.
Calcula-se que, no total, existam cerca de 35 milhões de curdos. Desde a reconstrução geopolítica do
Médio Oriente, os curdos nunca conseguiram um Estado próprio, vivendo de forma mais ou menos
integrada em vários países.
Os curdos do Norte do Iraque têm um parlamento próprio, gozam de autonomia legislativa em
diversas áreas e pretendem, há vários anos, a independência do resto do país. A 25 de setembro de
2017, foi realizado um referendo sobre a independência, tendo o sim vencido com 92,7% dos votos.
Apesar desse resultado, este nunca foi reconhecido, quer pelo Iraque, quer pela comunidade
internacional, e tal gerou o descontentamento nos territórios onde há uma forte presença curda,
tendo como consequência a aplicação de sanções por parte de vários países.
Outras formas de nacionalismo...
Outros tipos de nacionalismo, de cariz político e social, têm vindo a ganhar expressão nos últimos
anos.
Nos Estados Unidos da América e em muitos países europeus, as taxas de natalidade estão a
diminuir e os fluxos imigratórios a aumentar. Estas alterações demográficas traduzem-se numa
diminuição das maiorias brancas e no aumento de identidades nacionais cada vez mais multirraciais.
Em reação a estas tendências de longo prazo, os movimentos nacionalistas brancos, que prometem
voltar a tornar os seus países natais “grandiosos”, através do restabelecimento do seu lugar no
mundo, enquanto, simultaneamente, preservam a sua demografia maioritariamente branca,
tornaram-se mais populares.
Quer se esteja a falar do movimento de Donald Trump nos Estados Unidos da América, do
movimento de Geert Wilders nos Países Baixos, da Frente Nacional de Marine Le Pen em França, ou
Alternativa para a Alemanha de Frauke Perry, os apoiantes do nacionalismo étnico alcançaram uma
influência considerável nos últimos anos.
Um dos seus alvos principais tem sido a própria União Europeia, uma vez que a UE - com o seu
mandato globalista, os seus instrumentos de direitos humanos e a vontade de, em última análise,
aceitar como Estados-membros nações maioritariamente não brancas, como a Turquia - - está em
contradição com os interesses do nacionalismo em geral e do nacionalismo branco em particular.
O referendo do Brexit, em junho de 2016, no qual uma pequena maioria de eleitores do Reino Unido
votou no sentido de sair da União Europeia como reafirmação da identidade britânica tradicional, foi
profundamente afetado pelo medo da inclusão da Turquia e da imigração em grande escala de não
brancos. Wilders e Le Pen são igualmente hostis em relação à União Europeia e pretendem que os
seus respetivos países se retirem da mesma.
Os fundamentalismos...
O fundamentalismo é um fenómeno que ganhou expressão no decorrer do século XX, passando a
tornar-se num fenómeno global.
Existem diferentes tipos de fundamentalismo, que se observam e manifestam na esfera política,
cultural e religiosa, embora, para um grande número de pessoas, este se associe apenas, ainda que
erradamente, a uma forma radical do islão, em parte devido a uma série de ações e de atentados
levados a cabo um pouco por todo o mundo e reivindicados por grupos radicais islâmicos.
Ações militares como a guerra no Afeganistão e a invasão do Iraque, legitimadas pelos Estados
Unidos da América, como uma forma de defesa e de luta do Ocidente contra o fundamentalismo
islâmico, extremaram a ação de grupos como a Al-Qaeda e levaram ao surgimento de outros, como,
por exemplo, o Estado Islâmico (El), que, sob a égide da jihad, perpetraram e justificaram atos de
violência um pouco por todo o mundo.
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Por vezes, estes ataques são também perpetrados pelos chamados "lobos solitários", que, não tendo
ligações diretas a grupos terroristas, se identificam com os seus ideais e a sua mensagem.
Atualmente, a massificação da utilização da internet deu origem ao surgimento do ciberespaço, um
novo espaço virtual de interação económica, social e cultural.
A utilização do ciberespaço como palco e veículo para ações terroristas têm vindo a assumir um
papel crescente nas sociedades ocidentais, fazendo com que Estados, organizações e empresas se
vejam obrigados a rever as suas estratégias de segurança e de defesa.
O acesso aos recursos naturais...
O contínuo crescimento demográfico e a emergência climática global têm conduzido a um aumento
mundial da procura de recursos naturais vitais, sejam eles a água, a terra arável, as fontes de
energia, entre outros (quadro).
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Nos últimos 60 anos, segundo a ONU, pelo menos 40% de todos os conflitos internos tiveram uma
relação direta ou indireta com a exploração de recursos naturais. Mesmo quando estes não são uma
causa objetiva para a existência de um conflito, são, muitas vezes, um fator que contribui de forma
decisiva para desencadear o mesmo.
A competição por recursos naturais escassos, designadamente a água e os recursos energéticos, tem
um elevado potencial desestabilizador, podendo levar a situações de violência e conflito armado.
O acesso à água
A escassez de água afeta cerca de 40% da população mundial e, segundo as previsões da ONU e do
Banco Mundial, a seca poderá obrigar até 700 milhões de pessoas a migrar até 2030.
Em 2020, ocorreram, em todo o mundo, cerca de 200 conflitos provocados pela disputa pela água.
Estes conflitos podem ser locais ou transfronteiriços e apresentam várias causas, que muitas vezes
se relacionam entre si, como a seca, a elevada densidade populacional, a corrupção, a disputa por
territórios, a produção agrícola, entre outros.
Em 2021, um conflito pela disputa de recursos hídricos entre o Tajiquistão e o Quirguistão, provocou
cerca de 41 mortos e mais de 200 feridos. No lémen, a redução e a má gestão dos recursos
disponíveis, a corrupção, o nepotismo e o difícil e desigual acesso a este recurso vital,
principalmente por parte dos mais desfavorecidos, contribuiu para o agudizar dos conflitos sociais e
da grave crise política. No continente africano, a construção por parte da Etiópia da Barragem do
Renascimento, no rio Nilo, está a ser motivo de discórdia entre a Etiópia, o Sudão e o Egito.
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O acesso ao solo
A desertificação, a desflorestação e a salinização dos solos são alguns dos problemas que têm vindo
a causar impactes negativos na prática agrícola em muitas regiões do globo, principalmente na Ásia,
em África e na América do Sul, conduzindo à diminuição da disponibilidade de pastagens e de terras
aráveis.
Com o aumento da população mundial, a necessidade e a procura de alimentos têm vindo a
intensificar-se nas últimas décadas. Em muitos países, a escassez de alimentos é de tal forma grave
que acaba por dar origem a situações de fome, de instabilidade social e política e,
consequentemente, a conflitos e movimentos migratórios, como acontece, por exemplo, na região
do Darfur (Sudão) e na Somália, em que milhares de pessoas se deslocaram em direção aos países
vizinhos, Quénia e Etiópia.
Também as questões relacionadas com a posse e o uso da terra, opondo diferentes classes sociais,
são, muitas vezes, potenciais fatores de conflito, como o que acontece no Brasil.
O acesso à energia
Atualmente, os mercados de energia estão a viver um período de extraordinária turbulência.
Embora, na atualidade, a atenção se centre no petróleo e no gás natural, a verdade é que o mercado
do carvão também está a passar por mudanças significativas, com implicações importantes para os
países onde continua a ser uma das fontes de energia principais.
Os interesses económicos e políticos relacionados com a exploração, o aprovisionamento e a
comercialização de recursos energéticos continuam a gerar tensões no plano político, económico,
ambiental e social e a redefinir a agenda da política nacional e internacional em várias nas regiões do
mundo
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A União Europeia condenou a agressão militar não provocada e injustificada, da Rússia contra a
Ucrânia, e em resposta aplicou uma série de sanções, entre as quais sanções económicas, que
abrangem os setores financeiro, da energia, dos transportes e da tecnologia.
Em retaliação às sanções ocidentais, a Rússia anunciou uma proibição iminente das exportações de
certos bens e matérias-primas.
Em consequência, os preços do gás natural europeu dispararam, já que muitos países temem que a
Rússia possa cortar totalmente o fornecimento de gás natural num futuro próximo, com efeitos
altamente nefastos, quer para os consumidores, quer para as empresas.
Perante este cenário, no início de março de 2022, tanto a Comissão Europeia, como a Agência
Internacional de Energia (AIE), apresentaram propostas no sentido de que a Europa possa reduzir a
sua dependência energética.
A localização geoestratégica
A localização geoestratégica de um Estado é, segundo alguns especialistas, condicionado por dois
fatores geográficos fundamentais:
. o seu espaço de domínio político (que engloba todos os recursos presentes no seu próprio
território);
. a sua posição geográfica relativa (que diz respeito ao seu território continental, mares, portos,
planícies, rotas comerciais – terrestres ou marítimas, polos de poder e Estados vizinhos).
A geoestratégia no século XXI caracteriza-se, tal como visto anteriormente, por uma crescente
competição pelo controlo e acesso facilitado a recursos naturais vitais e de posições geográficas
relativas que permitam a expansão ou a defesa do próprio território.
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Esta disputa traduziu-se, ao longo dos anos, em atos de terrorismo e conflitos armados entre os dois
estados, no aumento do número de deslocados e em violações recorrentes dos direitos humanos,
que fazem desta região uma das mais instáveis do mundo).
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Não obstante a adoção destas medidas, continuam a existir diversos obstáculos à cooperação
internacional para a resolução dos conflitos, como o número insuficiente de instituições
internacionais que estabeleçam o direito internacional, encorajem o desarmamento e aproximem
mais os Estados, e o elevado défice democrático em muitos países do mundo, que dificulta, também,
a cooperação entre os Estados nesta matéria.