Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
As ONG aparecem como uma federação de organizações nacionais congéneres, cada uma delas
dependente da jurisdição do Estado em que se constituiu.
Associações constituídas por sujeitos de direito interno para a realização de diversas finalidades.
São privadas e não tem fins lucrativos. Têm várias áreas nomeadamente, direitos humanos,
meio ambiente.
São financiadas normalmente por doações privadas, por fontes não governamentais. nem
sempre operam independentemente. dão resposta, normalmente, globalmente.
Exemplos: Cruz Vermelha, Amnistia internacional, Green Peace e Comité Olímpico Internacional.
Em 1950, o conselho económico social da ONU definiu – qualquer organização internacional que
não é criada por acordo intergovernamental. (não é criado por um ato jurídico internacional,
não está dependente da criação dos governos).
ORGANIZAÇÕES INTERGOVERNAMENTAIS – OI
Associações constituídas por sujeitos de direito internacional público – são criadas pelos
governos, com o objetivo de colaborar em questões de interesse comum – produção da paz,
assuntos de cooperação económica, desenvolvimento sustentável – conjuntam estas
organizações no sentido de cooperarem para aquilo que são áreas comuns e implementarem
políticas comuns. transferência do poder estatal para o poder supranacional.
EMERGÊNCIA DAS OI
Após o fim da Primeira Guerra Mundial, o Tratado de Versalhes foi elaborado, o que resultou na
criação da Sociedade das Nações (SDN), cujo objetivo principal era promover a paz internacional.
Nesse período, surgiu a Organização Internacional do Trabalho, que tratava de questões
trabalhistas em âmbito internacional.
Com o início da Segunda Guerra Mundial, foi criada a Organização das Nações Unidas (ONU),
que abriga inúmeras organizações de natureza diversa e é frequentemente denominada de
"constelação onusiana". Alguns exemplos dessas organizações são a FAO, UNESCO, FMI, OMS,
OMI, OMM e OMCE, todas estabelecidas pela ONU para resolver questões de alcance mundial.
O UNICEF, embora não seja parte integrante da constelação onusiana, depende da organização
principal intergovernamental.
Existem algumas organizações que têm relações diretas com a constelação onusiana, mas não
são parte integrante dela.
CARACTERÍSTICAS DAS OI
I. COMPOSIÇÃO
1. É constituída normalmente por Estados Soberanos, mas podem também ser membros outros
sujeitos de DIP.
Exemplo: o Mónaco não é um Estado Soberano, mas pode ser e é membro de certas OI.
Certas conferências internacionais muitas vezes não dispõem de uma sede fixa ou de serviços
de apoio permanentes.
ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS INTERNACIONAIS
As OI tem sempre marcas de estabilidade: órgãos próprios, estrutura institucional +/- complexa,
uma sede permanente, normalmente localizada no território de um Estado, orçamento capaz
de fazer face aquilo que é a sua ação.
São normalmente instituídas por um acordo internacional, mas não exige necessariamente a
conclusão formal de um tratado.
As OI podem ser instituídas por decisão de outra OI existente, se esta tiver habilitada para tal.
CLASSIFICAÇÃO DAS OI
§ As organizações universais são organizações cujos objetivos são globais. Tentam abarcar
todos os Estados (exemplos – ONU, agência internacional de energia atómica, FMI, BIRD,
AIEA, AID, CNUCED).
§ As organizações regionais são vocacionadas para associar os países de uma certa região.
pode ser um continente ou parte dele. (Exemplo – BENELUX, NATO, Liga Árabe,
Mercosul).
1. Têm um âmbito geográfico limitado – regra geral: países vizinhos, embora muitas vezes
encontremos organizações em que os Estados estejam separados geograficamente – NATO, UE.
3. Declaram-se geralmente tributárias das finalidades da ONU. Na europa: UE, EFTA, BENELUX,
BERD. Na américa: NAFTA, MERCOSUL. Em áfrica: União Africana. Na ásia: ASEAN. Os dois: Liga
Árabe.
1. OI de fins gerais
São aquelas que compõem naquilo que é o seu pacto constitutivo as relações pacificas entra os
seus membros e a resolução de conflitos internacionais ou fins específicos – finalidade – um
objetivo circunscrito algum ou alguns setores particulares da cooperação internacional.
Não é correto dizer q as organizações regionais não possam ter fins gerais, porque muitas delas
tem.
A constelação é a criação de organizações com fins específicos que vem de uma organização
universal.
2. OI de fins específicos
b) Caráter financeiro – apoio financeiro aos Estados carenciados de ajuda. Exemplo: BIRD, BERD,
AID, FMI.
h) Técnicas – ocupam-se de certos setores de atividade. acabamos por considerar como serviço
publico internacional. por exemplo: a UPPU – todos os correios fazem parte para facilitar. a UIT
para facilitar as chamadas.
FALHA DA SDN
O mundo do pós-guerra não poderia deixar de ser radicalmente diferente do mundo de 1914.
Novos fatores determinavam as relações internacionais.
ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS INTERNACIONAIS
Em primeiro lugar, a entrada dos Estados Unidos na cena internacional com um peso
determinante vem alterar o epicentro das relações internacionais, fim da Europa como centro
do mundo político internacional. Em segundo lugar, existe finalmente uma realização das ilusões
sobre as virtualidades do equilíbrio de poderes como meio de prevenis conflitos. Além disso, o
perigo da revolução soviética e a convicção de que a revolução social constituía uma ameaça
real.
Nesta altura, uma figura muito importante da política internacional faz-se ouvir pela primeira
vez. Efetivamente, somos prendados com a presença do presidente dos EUA Woodrow Wilson
e com as suas ideias sobre a paz que viria, quebrar com os princípios que tinham prevalecido até
ao momento nas relações entre os Estados europeus. Segundo a doutrina americana, o sistema
que até à data prevalecia deveria ser substituído por dois pilares essenciais: a autodeterminação
e a segurança coletiva, acrescentando ainda a necessidade de um mediador internacional que
seja capaz de analisar as situações que possam afetar a paz e resolvê-las através da cooperação
que ficaria conhecida como Sociedade das Nações. Esta proposta foi pela formalmente
apresentada pelo presidente americano ao Congresso a 8 de Janeiro de 1918, condensadas em
14 princípios – os catorze pontos de Wilson – que tinham como principal preocupação a
evacuação de territórios, a restauração de fronteiras, a declaração de independência de alguns
Estados e sobretudo, a liberdade de navegação e a abolição das alianças secretas entre Estados
substituindo essas por uma mega organização mundial, a primeira.
A Sociedade das Nações (SDN) foi criada em 10 de janeiro de 1919 como resultado do fim da
Primeira Guerra Mundial, com o objetivo claro de promover a cooperação internacional e a paz
mundial. Foi estabelecida dentro do Tratado de Versalhes, assinado em 28 de julho de 1919, que
encerrou as negociações do pós-guerra e foi celebrado pelas potências vencedoras, como
França, Reino Unido, Itália e Estados Unidos.
O Tratado de Versalhes impôs sanções à Alemanha, o que restringiu o seu poder militar e
político. No entanto, essa punição excessiva à Alemanha resultou em dois fatores significativos:
o surgimento da ideologia nazi, que levou à Segunda Guerra Mundial, e a exclusão da União
Soviética das negociações, o que ajudou o crescimento do comunismo.
Quando os Estados são excluídos das negociações diplomáticas, tendem a criar um movimento
nacionalista em oposição. A SDN procurava resolver esse problema por meio da negociação e
tinha como principal objetivo a manutenção da paz mundial, a promoção da cooperação
internacional, a proteção das minorias étnicas e a redução do armamento.
ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS INTERNACIONAIS
A Alemanha foi membro fundador da SDN, mas retirou-se da organização em 1933 em protesto.
O Japão entrou como membro fundador, mas também se retirou em 1933 após a condenação
internacional pela anexação da Manchúria. A China foi membro fundador, mas saiu em protesto
contra a concessão ao Japão.
3. A SDN não se estabeleceu como uma organização global, pois tinha apenas 63 países
membros. Além disso, não tinha representação adequada e a sua capacidade de prever futuras
guerras só faria sentido se tivesse mais Estados envolvidos. A Sociedade das Nações nunca
conseguiu criar, nos países signatários, uma noção fundamental de paz e segurança para evitar
a ocorrência de outros conflitos. As sanções impostas pela SDN eram principalmente de
natureza económica e não incluíam medidas militares.
Apesar das limitações, a SDN conseguiu resolver vários conflitos, como o caso da Alemanha e
Polónia, questões na China, no Japão e a anexação da Áustria pela Alemanha em 1938.
ASCENSÃO DA ONU
O processo de criação das Nações Unidas foi um processo bastante maturado, desenvolveu-se
principalmente durante a Segunda Guerra Mundial. Foi influenciado por diversos autores e teve
como objetivo reorganizar o mundo e o sistema internacional antes mesmo do fim da guerra.
A reorganização do sistema internacional foi uma resposta às ideologias políticas dos países
vencedores do conflito. Isso resultou em várias negociações que se estenderam ao longo de
vários anos e envolveram líderes de diferentes nações.
Durante esse processo, foram discutidas e estabelecidas as bases para a criação de uma nova
organização internacional, que se viria a tornar as Nações Unidas. Essa organização tinha como
objetivo principal promover a paz, a cooperação internacional e a resolução pacífica de conflitos.
ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS INTERNACIONAIS
A carta das nações unidas acaba por ser a magna carta das organizações.
Esta carta é o documento fundador da organização e é por isso que é ainda hoje um dos tratados
mais importantes porque consegue uma quase total adesão dos Estados.
- Manter a paz e a segurança internacional. para tal ela deve tomar medidas para prevenir e
afastar ameaças à paz e reprimir os atos de agressão – deve fazê-lo através dos meios pacíficos
e em conformidade com os princípios da justiça e do direito internacional. noção de que a paz
ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS INTERNACIONAIS
deve ser atingida de forma pacifica e não pela guerra. fórum de resolução do conflito entre
Estados.
- Defende que devem ser desenvolvidas relações de amizade entre as nações baseadas no
princípio de igualdade e do direito da autodeterminação dos povos tomando outras medidas
apropriadas ao fortalecimento à paz universal.
- Ser um centro destinado a harmonizar a ação das nações para a consecução desses objetivos
comuns.
Estabelece também aquilo que são os princípios sob o qual a organização deve ser governada –
soberania dos Estados. respeito pelos direitos humanos, igualdade pelo direito entre as nações,
não intervenção nos assuntos internos dos Estados, resolução pacífica dos conflitos. Estabelece
também a proibição do uso da força.
§ Artigo 7 – ficam estabelecidos como órgãos principais das Nações Unidas: uma
Assembleia Geral, um Conselho de Segurança, um Conselho Económico e Social, um
Conselho de Tutela, um Tribunal Internacional de Justiça e um Conselho de
Secretariado.
Poderão ser criados, de acordo com a presente carta, os órgãos subsidiários considerados
necessários.
ASSEMBLEIA GERAL
Desde a fundação que se assume como órgão de debate por excelência no seio da ONU – órgão
deliberativo. estão representados 193 estados-membros e é responsável por discutir as
questões internacionais e adotar resoluções não vinculativas.
É um verdadeiro fórum democrático onde se discutem os tópicos mais atuais das últimas
décadas.
Não existe nenhum órgão mais importante do que este. Cada estado-membro não pode ter mais
do que 5 representantes – todos em matéria de igualdade. cada Estado – um voto.
ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS INTERNACIONAIS
Único órgão com competência genérica e representatividade global. Contudo, devido aquilo que
é a sua capacidade em atuar em várias áreas, a sua eficácia é menor.
Todos os estados-membros tem lugar na AG. Para um Estado ser membro tem de ter relações
pacificas, defensor da paz e tem de cumprir alguns procedimentos formais e orgânicos que
obrigam a aprovação do Conselho de Segurança e da AG.
Na AG funciona o princípio da competência especial sobre a competência geral – isto quer dizer
que no caso de matérias de segurança e defesa, o conselho de segurança tem uma competência
especial que prevalece sobre a competência geral da AG. Da mesma forma que a lei especial
derrota a lei geral naquilo que é o direito interno dos Estados – aqui acontece a mesma coisa.
uma decisão do conselho de segurança prevalece sob a decisão da AG.
As decisões por parte da AG exigem 2/3 da maioria dos presentes e votantes (artigo 18 da carta
da ONU). Sendo desde logo vetada quaisquer medidas coercivas.
A sede é em NY.
CONSELHO DE SEGURANÇA
• Este é o órgão que tem maior competência e que tem as competências mais funcionais da
ONU.
• Pode mandar intervir militarmente, mas não é essa a posição que deve privilegiar – é o
último recurso.
o Artigo 7 – sanções políticas e económicas que podem resultar numa intervenção
militar. Isto só é funcional se tiver aliado a ele o efeito de eficácia e dissuasão – o
poder não tem interesse nenhum, os Estados devem ceder contingentes militares
à disposição da ONU, para que esta constitua um Conselho de Chefe de Estado
Maior constituído pelos 5 chefes militares dos membros permanentes, passamos
a ter uma capacidade de não só o Conselho de Segurança de ter o poder de decidir
ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS INTERNACIONAIS
e demonstrar a eficácia com uma dissuasão, Chefe de Estado Maior. Serviria como
apoio ao Conselho de Segurança. A realidade é que este Conselho de Chefe de
Estado Maior nunca aconteceu porque existem diferenças nos membros
permanentes que não são possíveis de conciliar, então não se constituiu este
Conselho, mas está previsto na carta.
o Questões de veto – poder de veto – artigo 27 n. º2 e n.º 3 – seja qual for a matéria
ou a relevância da matéria a maioria atinge-se com 9 dos 15 votos, é uma maioria
qualificada. Depende muito das questões.
§ Questões processuais – maioria de 9 votos regra geral sem distinção
§ Questões politicamente relevantes, não processuais – delibera por
maioria de 9 votos em 15 sendo que nos 9 votos devem estar incluídos os
5 estados permanentes, se um dos 5 membros permanentes se abster não
é aprovada
o Costume/Prática juridicamente válida – a abstenção não implica o exercício do
direito de veto, entra em contradição com o anterior, é um costume juridicamente
válido que revoga o nº3 do artigo 27 da carta. Os votos de todos os membros têm
o mesmo valor quando falamos de questões processuais
o Duplo veto – na decisão da classificação de matérias sujeitas, processuais ou
politicamente relativas estão sujeitas a qualificação da natureza da questão. O
sistema de duplo veto acontece quando um membro permanente se opõe a uma
questão que seja meramente processual, 1 veto existe quando um conselho entra
a discutir essa questão opõe-se a que esta seja tomada ou qualquer outra
resolução. Sem duplo veto não existe veto – se não for aprovado duas vezes então
não tem veto.
As atuações da carta não são muitas vezes adequadas àquilo que são os problemas atuais, então
a organização decidiu contornar o problema através de dois tipos de soluções.
• Solução unidos para a paz (1950), resolução 377. Foi aprovada por causa da Guerra da
Coreia, uma vez que a intervenção da ONU foi decidida com a URSS ausente, isto leva a
um problema grave que leva a guerra a ser travada, os EUA determinaram que
Assembleia tinha uma competência genérica, deve ser entendida como uma
competência sobre assuntos de segurança quando o Conselho de Segurança não for
capaz de chegara a uma decisão por veto dos membros permanentes, esta resolução
define que o assunto deve transitar para a Assembleia para decidir sobre o uso da força.
A assembleia geral não toma resoluções, em matérias reprovadas pelo conselho
permanente apenas emite recomendações.
• A carta não refere as forças de manutenção de paz que existem para diminuir os
estragos causados pela inoperacionalidade das Nações Unidas quanto às operações de
manutenção de paz. A carta menciona exclusivamente uma expressão, peace
enforcement, que significa a imposição da paz através do uso de força militar num
conflito e não refere aquilo que são as operações de peace keeping – a manutenção da
paz referente a atividades que tendem a criar condições que favoreçam a paz duradora.
No final dos anos 40 surge um novo conceito, pretende contribuir para o não
agravamento do conflito entre as partes. Levou a ONU a não saber responder às
questões e tiveram de atribuir o mandato a uma organização.
o O grande instrumento da ONU são as suas operações de peacekeeping e peace
enforcement.
• As decisões são tomadas por maioria. Todos tem o direito ao voto pelo que sendo eleitos
pela Assembleia Geral, sente-se bastante o peso do terceiro mundo, o que confere uma
certa relatividade à importação das recomendações.
• Tem um papel secundário para a ONU. O debate que é feito é muitas vezes mais
importante do que as resoluções que são tomadas.
• O conselho advém daquilo que é uma Escola Neo-Liberal, aponta para um princípio de
concertação social, aquilo que é importante é o debate das decisões e que as tomadas
sejam debatidas por todos. Não tem de existir um consenso, mas sim um debate.
• O presidente do Conselho é eleito com o mandato de 1 ano e é escolhido entre os
pequenos e médios Estados representados, no início de cada nova sessão.
• Há vários sinais de que percebemos que é um conselho de minorias. Há um espaço para
poder entrar países que tenham um pequeno apoio, o facto das votações serem só por
maioria simples e agora o facto de se poder admitir pequenos ou médios Estados são os
únicos que tem escolhe na votação do Presidente.
• Os mandatos são alocados de acordo com a rotação geográfica, assegurando desde logo
uma rotação igualitária entre os grupos regionais.
• 54 lugares – então temos 14 para a África, 11 Ásia, 6 para a Europa Oriental, 13 Europa
Ocidental, 10 América Latina e Caribe.
• Considerado órgão primário (observação do professor – órgão secundário).
CONSELHO DE TUTELA
• Foi criado para controlar o exercício da tutela sobre os territórios não autónomos e vem
na sequência da comissão de mandatos da SDN.
• A ideia era que este conselho administrasse os territórios que não estavam prontos para
se governarem sozinhos após a 2gm e foi-se tornando obsoleto à medida que esses
territórios alcançavam a independência.
• Em 1994 após a independência da Palau (último território sob tutela), o Conselho de
Tutela suspendeu a sua atividade encontrando-se por isso, inativo.
• Foram também alteradas as regras processuais que previa uma reunião anual
obrigatória passando agora a reunir-se quando necessário.
• Este órgão acabou por perder totalmente a sua expressão e prevê-se que numa próxima
emenda à carta que seja eliminado.
ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS INTERNACIONAIS
CONSELHO SECRETARIADO
• É o principal órgão judicial das nações unidas e é responsável por resolver disputas legais
entre Estados. Este órgão é sucessor histórico do tribunal permanente de justiça
internacional – sociedade das nações.
• Este órgão é composto por 15 juízes podendo ainda funcionar com mais um ou mais
juízes à doca.
ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS INTERNACIONAIS
• Está exclusivamente aberto aos Estados-membros e todos eles são parte do estatuto
internacional de justiça, mas nem todos estão sujeitos à sua ação.
• Os EUA podem pertencer, mas não respeitam as suas decisões. O que os Estados Unidos
dizem é que criam a sua própria justiça.
Três cedências
IMPORTÂNCIA DA ONU
Um dos aspetos mais importantes da ONU é o seu papel na promoção da paz e da segurança
internacional. Através do Conselho de Segurança, a ONU trabalha para resolver conflitos e
prevenir guerras. Por exemplo, durante a Guerra Fria, a ONU ajudou a amenizar as tensões entre
as superpotências e evitou um conflito direto entre os Estados Unidos e a União Soviética. Além
disso, a ONU tem sido fundamental na manutenção da paz em áreas de conflito, como no Haiti,
ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS INTERNACIONAIS
Sudão do Sul e Timor-Leste, enviando missões de paz para estabilizar a situação e proteger os
civis.
Outro aspeto crucial da importância da ONU é o seu trabalho no âmbito dos direitos humanos.
Através de tratados e convenções internacionais, a ONU estabeleceu uma base legal para a
proteção dos direitos fundamentais. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada em
1948, é um exemplo notável dessa conquista.
A ONU realiza conferências anuais sobre o clima, nas quais os países se reúnem para discutir
ações e políticas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Com a queda do Muro de Berlim e o colapso da URSS, o mundo entrou numa nova era marcada
pela incerteza e imprevisibilidade. A impotência das instituições governamentais em países
como a Somália, o genocídio praticado no Ruanda, o golpe de Estado no Haiti e as guerras civis
que ocorreram na Bósnia, Guatemala, Angola, entre outros, testemunharam a sobreposição de
conflitos intranacionais em relação aos conflitos entre países do período anterior.
Face a esses novos desenvolvimentos, a ONU teve de adaptar as suas missões de manutenção
da paz a conflitos que surgiam dentro dos países, preocupando-se em consolidar a ordem
pública e restabelecer as condições socioeconómicas necessárias para o desenvolvimento
sustentável dessas nações.
Mais tarde, devido ao aumento da demanda por capacetes azuis, muitas vezes em territórios
hostis e voláteis, tornou-se necessária uma avaliação detalhada da capacidade real das
operações de manutenção da paz da organização. Essas preocupações convergiram no Relatório
Brahimi. O documento apelava a uma reforma institucional, a um maior apoio financeiro e à
maior participação dos Estados-membros no financiamento das operações de paz. A
transformação mais significativa que ocorreu foi o conceito controverso da Responsabilidade de
Proteger (R2P), segundo o qual o Estado tem a obrigação primordial de proteger a sua população
de crimes de guerra, genocídios, limpeza étnica e crimes contra a humanidade. Caso não o faça,
é prerrogativa da comunidade internacional intervir em seu nome. No entanto, essa abordagem
foi e continua a ser alvo de muitas críticas, principalmente após a invasão do Iraque em 2003.
A implementação prática da R2P teve resultados diversos. Alguns casos foram bem-sucedidos,
enquanto outros enfrentaram desafios significativos devido à falta de recursos e à negligência
das causas fundamentais dos conflitos. Além disso, a sobreposição de interesses entre os
Estados-membros e o uso de veto no Conselho de Segurança têm prejudicado a eficácia das
ações da ONU. As missões de manutenção da paz devem ser vistas como uma ferramenta, e não
como uma estratégia completa. É necessário adotar uma abordagem multidisciplinar e
multissetorial da segurança, promovendo a prevenção e a reação eficaz para a paz e a segurança
internacionais.
NATO
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) foi instituída a 4 de abril de 1949, pelo
Tratado de Washington. Vem criar uma aliança política e militar foi criada com o objetivo de
garantir a segurança e a defesa dos seus membros.
ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS INTERNACIONAIS
Inicialmente, a NATO refletia a doutrina de Monroe, que defendia uma política isolacionista dos
Estados Unidos. No entanto, essa postura mudou com o Plano Marshall, que consistiu em um
programa de ajuda económica para os países da Europa Ocidental com vista a possibilitar uma
rápida reconstrução após a Segunda Guerra Mundial. O principal objetivo do Plano Marshall era
fortalecer a economia desses países.
Uma das preocupações subjacentes à criação da NATO era evitar que a União Soviética
aumentasse sua esfera de influência e expandisse as fronteiras. Tentou-se evitar uma
proliferação das tropas soviéticas estacionadas em várias regiões. A NATO tornou-se numa
aliança de defesa coletiva, onde um ataque a qualquer membro seria considerado um ataque a
todos, o que servia como um elemento dissuasor para qualquer agressão por parte da União
Soviética.
Em 1948, o senador Vanderberg conseguiu a aprovação no Senado dos Estados Unidos para
estabelecer alianças militares mesmo em tempos de paz. Ele defendia o compromisso dos EUA
em apoiar os países da Europa Ocidental. Essa resolução Vanderberg foi fundamental para
estabelecer a agenda de segurança e defesa dos Estados Unidos durante a Guerra Fria, e foi a
base para a criação da NATO.
A NATO não possui um inimigo explícito e não foi estabelecida especificamente contra a União
Soviética. É um tratado a favor da defesa dos interesses e património dos Estados membros.
Portugal está entre os 12 países fundadores da NATO, juntamente com Bélgica, Canadá,
Dinamarca, França, Holanda, Islândia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Reino Unido e Estados
Unidos.
Atualmente, a NATO é composta por 31 aliados. O tratado é compatível com a Carta das Nações
Unidas e atua apenas em caso de hostilidades por parte de outro Estado. É um tratado de defesa,
não de ataque.
Cada país tem uma delegação permanente liderada por um embaixador que representa os seus
interesses. A NATO representa um sistema de defesa coletiva, respondendo a qualquer ataque
externo. Está empenhada em procurar soluções pacíficas, mas, caso os esforços diplomáticos
falhem, está preparada para utilizar o poder militar em operações de gestão de crises, combate
ao terrorismo, ciberdefesa e defesa antimíssil.
ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS INTERNACIONAIS
POLÍTICOS
o DELEGAÇÕES DA NATO – Cada país membro tem uma delegação permanente na sede
política da NATO em Bruxelas. Cada delegação é liderada por um "embaixador" que
representa o seu governo no processo de consulta e tomada de decisão da Aliança.
o GRUPO DE PLANEAMENTO NUCLEAR – tem a mesma autoridade que o Conselho do
Atlântico Norte relativamente a matérias de política nuclear.
o CONSELHO DO ATLÂNTICO NORTE (CAN) – é o principal organismo de decisão política
da NATO. Cada país membro tem um assento no CAN. Reúne-se, pelo menos, uma vez
por semana ou sempre que seja necessário, a diferentes níveis. É presidido pelo
Secretário-Geral, que ajuda os membros a chegarem a acordo sobre matérias
fundamentais.
o COMITÉS SUBORDINADOS – A NATO conta com uma rede de comités para lidar com
todas as matérias na sua agenda, desde questões políticas a questões mais técnicas.
Estes comités juntam regularmente representantes nacionais e especialistas de todos
os países membros da NATO.
MILITAR
A NATO está empenhada na resolução pacífica de litígios. Caso os esforços diplomáticos falhem,
a NATO conta com poder militar para realizar operações de gestão de crises. Estas são realizadas
no âmbito da cláusula de defesa coletiva do tratado de fundação da NATO - Artigo 5º do Tratado
de Washington ou no âmbito do mandato das Nações Unidas, individualmente ou em
cooperação com outros países e organizações internacionais.
AMBOS
A NATO dispõe de poucas forças permanentes próprias. Quando o Conselho do Atlântico Norte
concorda em iniciar uma operação, os membros contribuem com forças militares a título
voluntário. Essas forças regressam aos respetivos países após a missão estar concluída.
Podemos olhar de uma forma mais simples, durante a Guerra Fria, a filosofia estratégica
baseava-se no equilíbrio de forças entre os EUA E URSS, mas também com uma lógica de
dissuasão que vinha com base no princípio de definir um grau de ameaça em caso de ataque e
que implicava como estratégia a dissuasão.
França discorda – tenta no conceito militar que este conceito seja aprovado o que leva a que
esta abandone a estrutura militar da NATO. Para além disso queria desenvolver uma capacidade
nuclear própria, não sendo favorável esta flexibilidade da NATO.
O novo Conceito Estratégico mantém a definição das três missões principais da NATO aprovado
em 2010 – a defesa coletiva, a gestão de crises e a segurança cooperativa. A ‘’nova’’ ameaça
restaura o estatuto da defesa coletiva como a prioridade da NATO.
A Rússia, que tinha sido apresentada como um “verdadeiro parceiro estratégico” da aliança, no
seu último conceito estratégico, passa a ser reconhecida como “a ameaça mais significante e
clara à segurança da Europa’’.
Um ponto muito significativo desse novo conceito estratégico é a China. Foi mencionado uma
primeira referência aos "desafios sistémicos" feitos por este país. A lista dos desafios à
ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS INTERNACIONAIS
segurança dos Estados, inclui a China como um dos “competidores estratégicos e adversários
potenciais” – põem em causa os valores da aliança ocidental que nós conhecemos.
NATO – ATUALMENTE
Com o fim da Guerra Fria e a consequente queda da União Soviética, as ameaças originais ao
continente europeu em termos de segurança contra as quais a NATO foi criada, ficaram
suspensas. A hegemonia dos Estados Unidos da América (EUA) assegurou desde então, a paz
sobre a região do Atlântico Norte e uma certa estabilidade a nível global.
A organização tornou-se um instrumento central das políticas externas dos Estados da região
em termos de segurança e combate à instabilidade regional do Médio Oriente, foi e é um grande
apoio nos conflitos israelo-árabe e israelo-palestiniano, bem como do terrorismo denunciado
com os ataques do 11 de Setembro.
A Aliança Atlântica depara-se, há poucos meses, com o regresso da guerra à Europa, com a
invasão russa a marcar a nova orientação estratégica da organização – conceito estratégico
2022.
A definição do novo conceito estratégico reflete a abordagem à ameaça russa, com vista ao
alargamento estratégico da Aliança – chamado de ‘’alargamento Putin’’, após os pedidos
formais de adesão à NATO de países que até então mantinham um estatuto de neutralidade,
como é o caso da Finlândia e da Suécia.
Foi fundado em 1949 com o objetivo de promover a cooperação e a integração europeia, mas
também a defesa dos direitos humanos e ainda a democracia e o Estado de Direito em toda a
Europa.
Surge na sequência daquilo que foram as atrocidades da segunda guerra e é nesse sentido que
há um desejo da europa em unir-se para compartilhar aquilo que era uma visão assente em
valores como os direitos humanos, a democracia, o Estado de direito, mas o princípio de uma
europa unida. Criaram um sistema único para a data.
Um dos principais impulsionadores da criação do Conselho da Europa foi Robert – defendia uma
organização semelhante à ONU que conseguisse promover a reconciliação entre todas as nações
europeias. garantir que todos os estados europeus conseguiriam ter um fórum onde se iria
promover direitos inovadores – direitos humanos e valores ocidentais como visão do futuro.
O tratado que criou o conselho é chamado ‘’Tratado de Londres’’ assinado a 5 de maio de 1949
pela Bélgica, Dinamarca, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos, Reino
Unido e Suécia. Posteriormente outros países foram aderindo.
Os governos devem tomar medidas para que a convenção seja aplicada no país.
Artigos
9 – Liberdade de expressão
5 – Liberdade e segurança
É composto maioritariamente por Estados europeus, mas há Estados que são considerados
europeus pela sua história.
A Rússia aderiu em 1996 – manteve-se no Conselho até março de 2022 (foi expulsa). Violação
do artigo n.º 3
Importância do Conselho
• Proteção dos direitos humanos. é responsável pela redação da convenção europeia dos
direitos humanos, pelo tribunal europeu dos direitos humanos e nesse sentido é o
guardião europeu de proteção dos direitos humanos.
• Valores ocidentais e europeus – promoção da democracia e do Estado de Direito.
Garantia que se por estes Estados se comprometem a cumprir um Estado democrático
e não autocrático. Tem vários programas de assistência as instituições democráticas
também através do congresso dos poderes locais e regionais. Promoção do Estado de
direito e do sistema judicial
• Princípio da cooperação europeia – pretende desde logo que questões comuns sejam
debatidas entre ao países – o terrorismo, o trafico de seres humanos, a corrupção, o
racismo, as migrações
• Diálogo intercultural – é no conselho que os Estados devem criar um diálogo
intercultural – pelas diferenças culturais. A Europa não é um país, mas um continente
que tem várias culturas que se respeitam.
• Fortalecimento da identidade europeia – Fortalece a identidade europeia, promove
valores comuns.
Conselho da Europa
O Conselho da Europa é uma organização internacional dedicada à defesa dos direitos humanos,
democracia e Estado de Direito na Europa. Foi fundado em 1949 e é composto por 46 Estados-
membros, incluindo países não pertencentes à União Europeia. O principal órgão do Conselho
da Europa é o Comité de Ministros, composto pelos ministros dos Negócios Estrangeiros de cada
Estado-membro ou pelos seus representantes. O Comité de Ministros é responsável pela
tomada de decisões políticas e pela supervisão da implementação das normas e convenções do
Conselho da Europa, incluindo a Convenção Europeia dos Direitos Humanos. O Conselho da
Europa tem sede em Estrasburgo, França.
Conselho Europeu
O Conselho Europeu é um órgão da União Europeia (UE) composta pelos chefes de Estado ou de
governo dos Estados-membros, bem como pelo Presidente da Comissão Europeia. O Conselho
Europeu define as prioridades e orientações políticas gerais da UE. É responsável por tomar
ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS INTERNACIONAIS