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NEGÓCIO GLOBAL
Comércio Internacional | 2º ano | 2º semestre
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3.2.3. O Curto Prazo (ciclos económicos) .......................................................................................... 40
3.4.3. Medida combinada (fluxos reais e financeiros) e híbida (“De Facto” e “De Jure”) ................. 49
3.5.1. O comércio cresceu mais rapidamnete numas regiões do que noutras? ............................... 52
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CAPÍTULO I - A ECONOMIA GLOBAL
PODER DE COMPRA:
• A economia com um nível de rendimento per capita mais elevado (medido a PPC) é o
Luxemburgo, com um PIB per capita cerca de 7 vezes o valor médio mundial. Aqui, os EUA
ocupam apenas o 8º lugar e a China 75ª posição.
PIB MUNDIAL:
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• São taxas de conversão cambial que procuram igualar o poder de compra de diferentes moedas,
eliminando as diferenças nos níveis de preços entre países.
• É necessário definir um cabaz de bens e serviços e determinar quanto dinheiro é necessário para
comprar os mesmos bens e serviços em diferentes países, usando essa informação para calcular
uma taxa de câmbio que reflita o mesmo poder de compra nos diferentes países.
• A correção introduzida pela PPC conduz, em geral, a uma revisão em alta para países de baixos
rendimentos.
EXEMPLO:
(ou seja, Nominal Exchange Rate: E=0,1 → preço da moeda nacional (cocos) em moeda estrangeira)
CRESCIMENTO ECONÓMICO:
BRIC – Brasil, Rússia, India, China
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DEMOGRAFIA:
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1.1. INTERNACIONALIZAÇÃO E DIFERENÇAS NACIONAIS
INTERNACIONALIZAÇÃO:
• Refere-se ao envolvimento de uma empresa em comércio ou investimento internacionais;
• Ocorre quando a empresa expande as suas atividades de I&D, produção, venda e outros negócios
para mercados internacionais;
• Negócio internacional:
o Quaisquer transações comerciais que envolvam 2 ou mais países;
o Envolvimento de uma empresa em negócios cuja atividades são desenvolvidas para lá
das fronteiras nacionais, incluindo não só o comercio internacional e produção no
exterior, mas também a indústria dos serviços em áreas como transportes, turismo,
publicidade, construção, comércio e comunicações.
Ambiente
Internacional
Ambiente Ambiente
Doméstico Estrangeiro
Com origem no mercado doméstico Com origem externa ao mercado Resulta da interação entre forças do ambiente doméstico e
doméstico da empresa forças do ambiente estrangeiro ou entre forças de ≠
ambientes estrangeiros
o Concorrência;
o Setor de distribuição;
o Variáveis económicas e financeiras (inflação, taxas de juro, taxas de câmbio, etc.);
o Aspetos geopolíticos, políticos e legais;
o Características socioeconómicas da população;
o Características geográficas/naturais dos países;
o Qualificação da força de trabalho;
o Tecnologia.
...
Cultura Sistema Legal
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• O leque de problemas com que o gestor tem de lidar é maior e os problemas mais
complexos:
Como coordenar
Quando entrar? Como entrar?
várias equipas?
Quais mercados
explorar?
Com que escala? Onde construir?
DIFERENÇAS NACIONAIS:
SISTEMAS POLÍTICOS:
SISTEMAS ECONÓMICOS:
• Economia planificada;
• Economia de mercado;
• Economias mistas.
SISTEMAS LEGAIS:
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FATORES CULTURAIS:
FATORES FISICOS:
FATORES COMPETITIVOS:
(Nº, dimensão e capacidade competitiva das empresas rivais, fornecedores, dimensão do mercado)
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1.2. ECONOMIA NUM MUNDO EM MUDANÇA
1.2.1. GLOBALIZAÇÃO
GLOBALIZAÇÃO:
• Refere-se à mudança em direção a uma economia global mais integrada e interdependente;
• Tem diversas facetas, incluindo a globalização de mercados e a globalização da produção;
• Refere-se à tendência para uma integração internacional de bens, tecnologia, informação,
trabalho e capital, ou o processo de fazer essa integração acontecer;
• Corresponde ao aumento da interdependência das economias nacionais, e a tendência para >
integração dos mercados de bens, trabalho e capitais.
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▪ Ex.: Boing; setor automóvel compra partes de um carro e comercializa no
mesmo país a que comprou o automóvel;
o Inter: mais tradicional; comércio entre comércios ≠s.
• Forte crescimento do comércio de serviços (inclusive, superior ao das mercadorias):
o As exportações de serviços cresceram mais do que as exportações de mercadorias.
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BANCO MUNDIAL (189 MEMBROS):
Banco
Corporação Financeira Internacional (IFC)
Mundial
• AID: foca-se sobretudo nas economias mais pobres (de rendimento baixo ou médio baixo):
o Destina-se sobretudo ao continente africano e ao asiático;
o Sem ele (BM) estes países não tinham acesso a financiamento.
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GATT E OMC
OMC
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• OMC disfuncional: necessidade de uma revisão significativa de regras, sistema de negociações,
supervisão e resolução de disputas:
o Negociação e regras:
▪ Pouco desenvolvimento desde a sua criação;
▪ Desadequação das regras e falta de adaptação às alterações da economia
mundial, exemplos:
− Tratamento diferencial dado a economias em desenvolvimento (caso
da China e Índia);
− Subsídios e ajudas de estado (ajudar a empresas públicas) → Ex.: cada
vez mais presente em setores cruciais (agricultura, aviação comercial,
etc.) e as modalidades de intervenção do Estado vão evoluindo;
− Direitos da propriedade que são chave para a concorrência das
empresas;
− Adaptação de regras de comércio a objetivos não comerciais (Ex.:
sustentabilidade, proteção ambiental, etc.);
− Questão tecn países dev muito a nível tecnológico;
− Questão economias emergentes já não são em desenvolvimento → o
que pode beneficiar algumas economias visto que não há critérios
uniformes para estabelecer o que é ou não é uma economia em
desenvolvimento;
− Questão do meio ambiente.
▪ Necessidade de consenso para estabelecer novos acordos, obrigações e regras:
− É necessário haver consenso entre todos os membros;
− Há quem se aproveite disso para não ter de cumprir determinadas
coisas.
o Monotorização:
▪ Supervisão pouco eficaz;
▪ Necessidade de maior transparência por parte dos países;
▪ Obrigações de notificação com atrasos ou ignoradas – deliberações deixam
muitas vezes questões importantes sem resposta:
− Necessário > poder para impor sanções.
o Resolução de conflitos/disputas:
▪ Aumento do número de disputas e cada vez mais complexos; incumprimento
dos prazos;
▪ Desacordo quanto ao funcionamento e missão do Órgão de Resolução de
Litígios e quanto à interpretação que faz das regras:
− UE: defende reforços da sua jurisdição;
− EUA: defende maior responsabilidade e limites à interpretação
“extensiva” das regras.
▪ Entretanto, têm proliferado os acordos regionais de comércio, o que pode
enfraquecer ainda mais a OMC.
G7:
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o Japão;
o Itália;
o UK;
o (a EU também está representada).
• Os G7 evoluíram ao longo dos anos, tendo em conta os acontecimentos políticos e as novas
necessidades, na área do desenvolvimento sustentável e da saúde à escala global.
G20:
BRICS:
• Objetivo: formar aliança que ajude a converter o crescente poder económico destas economias
(países emergentes) numa maior influencia geopolítica a nível mundial;
• Membros:
o Brasil;
o Rússia;
o Índia;
o China (maior peso em termos comerciais);
o África do Sul.
E7 – EMERGING 7:
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1.2.3. A DEMOGRAFIA À ESCALA GLOBAL
• Maior crescimento: continente africano – único continente que vê o seu peso aumentar;
• Europa: único continente a registar diminuição da população;
• Tendência para redução da taxa de infertilidade, menos para a Europa e América do Norte;
• 2050: só África tem taxa de fertilidade acima da taxa de reposição, o que não vai acontecer em
2100;
• A população tenderá a diminuir nos continentes que apresentem taxas de fertilidade inferiores
á taxa de reposição (a não ser que haja uma compensação com fluxos de imigração).
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EVOLUÇÃO DA ESPERANÇA MÉDIA DE VIDA
ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO
Taxa de fertilidade
% População Idosa
Esperança média de vida
G20:
• Países com taxas de crescimento positivas na faixa etária de trabalho, devido a taxas de
natalidade relativamente altas e/ou taxas de imigração.
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G7 E E7:
• Maior parte dos países África Subsariana, América Latina e Caraíbas: % população em idade ativa
(entre os 25-64 anos) tem vindo a aumentar graças às reduções de fertilidade;
o Proporciona oportunidade limitada no tempo para acelerar o crescimento económico
→ “dividendo demográfico”;
• Dividendo demográfico: crescimento económico provocado por mudança na estrutura da
população de um país, resultado de uma redução nas taxas fertilidade e mortalidade. Período
em que o país beneficia de % elevada de adultos em idade de trabalhar em relação à população
fora da “idade ativa” → oportunidade p/ acelerar o crescimento económico (PIB per capita).
MIGRAÇÃO:
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o Sri Lanka: -1,0M;
o Síria: -4,6M;
o Venezuela: -4,8M;
o Myanmar: -1,0M.
• De acordo com projeção das ONU (2020-2050):
o África, Ásia e América Latina → áreas de emigração em termos líquidos;
o Europa, américa do Norte e Oceânia → recetores líquidos dos fluxos migratórios.
• Países devem tomar medidas para facilitar migração segura, ordenada e regular em benefício de
todos.
DENSIDADE POPULACIONAL:
GEOPOLÍTICA:
• Estudo dos fatores geográficos em função da decisão política;
• Conceito tem sido utilizado:
o No quadro do sistema das relações internacionais, da correlação de forças e do jogo
diplomático entre Estados;
o No domínio da geografia política, na repartição geográfica do poder;
o Para qualificar as opções das grandes que dominam a cena internacional;
o No campo dos conflitos internos ou internacionais.
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ALTERAÇÕES ESTRUTURIAS NA ECONOMIA GLOBAL:
• Anos 60: exportações de produtos manufaturados dos EUA – 20% do total mundial;
• Final dos anos 80: Alemanha e Japão e conjunto de países recentemente industrializados (China
principal rival).
• Tendência da diminuição do peso do PIB e das exportações dos EUA no total mundial;
• Economias em desenvolvimento/emergentes:
o Oportunidades de negócio;
o Concorrência mais competitiva.
• Entidade empresarial reside num país investe diretamente em instalações para produzir ou
comercializar um bem ou serviço num país estrangeiro, podendo tratar-se de um investimento
de raiz ou a compra de parte (pelo menos 10%) de outra entidade empresarial residente no país
estrangeiro. A empresa torna-se uma multinacional.
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MULTINACIONAIS
• Ou transnacional é uma empresa que empreende IDE e detém ou, de alguma forma, controla
atividades de valor acrescentado em mais de um país;
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• Que consequências terá a guerra na Ucrânia na ordem geopolítica mundial?
o Estará a China a ganhar força para mediar a paz e afirmar-se como potência mundial
também em termos geopolíticos?
o Estará a China mais interessada em afirmar-se como grande potência económica,
sobretudo na zona do Mundo com maior crescimento?
o Bloco Rússia-China?
▪ Ilha Eurásia
o Será que a resolução do conflito está mais do lado dos EUA?
o Após Brexit, procura o Reino Unido uma maior afirmação?
o Outras movimentações. Será́ que outros países vão querer também constituir zonas
estanques?
o Redução da Globalização e uma visão mais regionalista!?
1.3.1. MEGRATREDES
• Tecnologia: aumento da concorrência global;
• Globalização: qual o caminho?;
• Preocupações ambientais;
• Demografia: envelhecimento conduzirá a um reequilíbrio global.
GLOBALIZAÇÃO:
QUAL É O CAMINHO?
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• A pandemia acelerou estas tendências. Os governos procuram ter maior controlo sobre certos
bens considerados prioritários. Aposta em cadeias de abastecimento regionais.
• Guerra Rússia-Ucrânia
PREOCUPAÇÕES AMBIENTAIS:
• Alterações climáticas e concorrência pelos recursos naturais;
• Mundo multipolar: dificulta a aplicação de uma resposta global;
• Tecnologia e ambiente:
o Energias renováveis, transição energética;
o Potenciais globais: transição energética;
o Impacto da guerra na Ucrânia.
DEMOGRAFIA:
• Envelhecimento conduzirá a um reequilíbrio global:
o O equilíbrio geopolítico de poder mudará em favor das economias com populações
sustentáveis em idade de trabalho;
▪ Problema: integrar com sucesso grandes populações jovens na força de
trabalho.
o Excedente de trabalhadores, mais estabilidade política e social e progresso tecnológico,
as economias africanas estão num processo de transformação, tornando-se menos
dependentes das indústrias extrativas.
• Avaliação da dimensão de um mercado potencial e das caraterísticas do mercado-alvo.
OUTRAS TENDÊNCIAS :
• Economias emergentes e em desenvolvimento:
o Mudança: indústrias primárias → atividades de maior valor acrescentado:
▪ Expansão da indústria dos serviços;
▪ E-commerce lidera a revolução na indústria dos serviços, sobretudo nas
economias emergentes (China).
• Evolução geopolítica na Região do Indo-Pacífico:
o Principal “teatro” da concorrência global;
o Tensões geopolíticas.
• Rumo a uma autonomia estratégica europeia;
• Realinhamento da política dos EUA.
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1.3.2. TOP 10 – DESENVOLVIMENTOS GEOPOLÍTICOS EM 2023 E IMPLICAÇÕES PARA
OS NEGÓCIOS
SOBRE A INFLAÇÃO:
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CAPÍTULO II - O DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E HUMANO
EVIDÊNCIA:
• Existem assimetrias no desenvolvimento económico e humano entre países e dentro dos países.
DIMENSÃO DA POPULAÇÃO:
Para além destes aspetos, não têm em conta a existência de uma economia paralela (não contabilizada).
O ranking dos países sofre alterações muito significativas quando passamos da utilização de
medidas absolutas para a utilização de medidas relativas. Ambos os aspetos são importantes, em termos
da dimensão de um mercado.
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PARIDADES DE PODER DE COMPRA (PPP):
São taxas de conversão cambial que procuram igualar o poder de compra de ≠s moedas,
eliminando as ≠s nos níveis de preços entre países. Ideal quando se comparam ≠s de nível de vida entre
nações.
• RNB (Rendimento Nacional Bruto) per capita não tem em conta o custo de vida nos ≠s países
nem os níveis de subsistência. Presume que 1$ tem o mesmo poder de comora em Nova York e
no Burundi, no entanto o custo de vida é muito ≠;
• RBN deve ser ajustado em termos de PPP: determinar quanto dinheiro é necessário para comprar
os mesmos bens e serviços em 2 países e usar essa informação para calcular uma taxa de cambio
implica que reflita o mesmo poder de compra, por unidade de moeda, nos ≠s países;
• Dólar internacional: tem o mesmo poder de compra que um dólar nos EUA.
EXEMPLO:
Rendimento per capita República dos Cocos (RC): 60.000 cocos
(ou seja, Nominal Exchange Rate: E=0,1 → preço da moeda nacional (cocos) em moeda estrangeira)
TAXA DE CRESCIEMNTO:
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• Análise nacional VS setorial. A evolução das ≠s componentes da procura, rendimento médio VS
distribuição do rendimento (Ex: qual a dimensão da classe média e qual o seu poder de compra?).
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ECONOMIA PARALELA:
Evidência: existem assimetrias no desenvolvimento económico e humano entre países e dentro de países.
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o Desigualdade de rendimentos entre países está a diminuir (redução do coeficiente de
Gini da desigualdade internacional) → Considera os países como indivíduos;
o Forte crescimento económico registado na China, índia e outras economias emergentes
da Ásia são a principal razão para esta redução;
o Disparidades absolutas entre países são ainda enormes.
• Desigualdade de rendimentos entre países tem diminuindo, mas acentua-se a concentração:
o Rendimento e riqueza estão cada vez mais concentrados, apesar dos progressos em
algumas regiões;
o Rápidos aumentos de rendimentos no topo estão a acentuar as desigualdades dentro
dos países;
o 10 anos que se seguiram à crise financeira de 2008/2009, o número de bilionários quase
duplicou e fortunas dos super-ricos atingiu um record.
• Conceitos de desenvolvimento:
o O desenvolvimento deve ser avaliado menos por medidas relativas à produção
material, como RNB per capita, e mais pelas capacidades e oportunidades ao dispor
das pessoas;
o Melhorar a condição humana, melhora o desempenho económico → Grau de
desenvolvimento humano de um país ajuda os gestores a medir o potencial económico.
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2.2.1. ÍNDICE DE DESENOLVIEMNTO HUMANO (IDH)
• Medida sumaria de realização média em dimensões fundamentais do desenvolvimento humano:
vida longa e saudável, conhecedora e com nível de vida decente;
• Indicador compósito baseado em 3 medidas:
o Esperança média de vida à nascença (função dos cuidados de saúde);
o Realização educacional (escolaridade média e nº de anos de escolaridade esperados);
o Se rendimento médio é suficiente p/ satisfazer as necessidades básicas da vida (RNB
(GNI) per capita a PPP/PPC).
• IDH: média geométrica dos índices normalizados para cada uma das 3 dimensões.
• Está classificado numa escala de 0-1 (1 – nível mais elevado do desenvolvimento humano):
o IDH < 0,55 → países com nível de desenvolvimento humano baixo: qualidade de vida é
pobre;
o 0,55 IDH < 0,7 → classificados como tendo um nível de desenvolvimento humano
médio;
o 0,7 IDH < 0,8 → desenvolvimento humano elevado;
o 0,8 ≥ IDH → desenvolvimento humano muito elevado.
• IDH permite aos gestores internacionais avaliar com maior precisão o potencial dos países;
• Simplifica e considera apenas uma parte do que o desenvolvimento humano significa. Não
contempla:
o Desigualdades;
o Pobreza;
o Segurança;
o Capacitação;
o Liberdades políticas;
o Impacto ambiental;
o Etc.
• O mapa abaixo ilustra a liberdade política em 2023, agrupando os países em 3 grupos:
o Países livres: cidadãos gozam de elevado grau de liberdades políticas e civis;
o Parcialmente livres: algumas restrições aos direitos políticos e liberdades civis;
o Países não livres: processo político é fortemente controlado e liberdades básicas são
negadas.
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SOBRE AS LIBERDADES POLÍTICA E ECONÓMICA:
• Crescimento económico sustentado → ambiente de negócios deve ser propício ao
empreendedorismo e à inovação;
• Argumentos:
o Liberdade económica associada a uma economia de mercado cria maiores incentivos ao
empreendedorismo e à inovação;
o Forte proteção jurídica dos direitos de propriedade, outro requisito para ambiente de
negócios propício ao empreendedorismo e à inovação.
• Não há evidência de uma relação direta, só em democracia madura e funcional é que os direitos de
propriedade são verdadeiramente seguros. Estados totalitários, limitando liberdade humana,
suprimem o desenvolvimento humano.
O IDH, não é um indicador completo do nível de desenvolvimento de um país. Desde então, foi
expandido, exemplos:
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2.3.2. ÍNDICE DE POBREZA MULTIDIMENSIONAL (MPI):
• Identifica múltiplas privações ao nível das famílias em saúde, educação e nível de vida;
• Utiliza micro dados provenientes de inquéritos às famílias;
• Representa a proporção da população considerada multidimensionalmente pobre, ajustada pela
intensidade das privações.
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2.4. CLASSIFICAÇÃO DOS PAÍSES DE ACORDO COM O GRAU DE DESENVOLVIMENTO
BANCO MUNDIAL:
Classificação baseia-se em estimativas do rendimento nacional bruto per capita (considera-se o
RNB (GNI) per capita a preços correntes, calculado com o método Atlas).
ONU:
As Nações Unidas não têm uma definição formal de países em desenvolvimento. A categorização
é usada apenas por conveniência estatística.
• LDCs: Acesso exclusivo a certas medidas de apoio internacional, em particular nas áreas de
assistência ao desenvolvimento e ao comércio. Indicadores gerais para classificar um país como
país menos desenvolvido (LDC):
o Rendimento nacional bruto (RNB/GNI) per capita: rendimento médio per capita
inferior 1018 USD – média dos últimos 3 anos dos valores limite definidos pelo Banco
Mundial p/ países de baixo rendimento;
o Índice de ativos humanos (Human Asset Index): (pontuação baixa neste índice) mede
indicadores de nutrição, resultados da saúde e educação, taxa de mortalidade abaixo
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dos 5 anos, mortalidade materna, taxa de alfabetização dos adultos e paridade de
género p/ matrícula no ensino secundário;
o Índice de vulnerabilidade económica: (pontuação elevada neste índice) mede fatores
como reduzida dimensão, afastamento/isolamento, dependência da agricultura e
vulnerabilidade face a desastres naturais e choques comerciais.
FMI:
→ Principais critérios para classificar países em Advanced Economies são:
Estes não são os únicos fatores na classificação dos países – não se baseia em critérios rígidos
(económicos ou não) e evoluiu ao longo do tempo.
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CAPÍTULO III – PRODUÇÃO E COMÉRCIO À ESCALA GLOBAL
• Vantagens competitivas de uma empresa: capacidade de concorrer com sucesso com outras
empresas, obtendo taxa de rendibilidade superior à média do setor, para dado mercado;
• Empresa pode praticar preço superior ao da concorrência (para mesmo nível de custos) –
diferenciação do produto, ou praticar um preço igual ao da concorrência (custos de produção
unitários inferiores);
• Bom desempenho no mercado internacional depende de conjunto alargado de fatores/variáveis:
umas controladas pela empresa (internas), outras fora do seu controlo (externas).
o Variáveis internas: inerentes à estrutura da empresa (produção, marketing, etc.);
o Variáveis externas: relativas ao sistema competitivo do país, às suas infraestruturas e
ambiente internacional. Exemplos:
▪ Produtividade:
− Fatores de produção do país (trabalho e capital humano, recursos
naturais, capital, infraestruturas físicas como: educação, saúde,
serviços públicos, transportes, etc., tecnologia);
− Utilização eficiente dos recursos (mentalidade competitiva,
campanhas de produtividade, etc.)
▪ Legislação (mercado, concorrência, etc.);
▪ Qualidade das instituições, sistema político, proteção dos direitos de
propriedade, etc.;
▪ Políticas de incentivo às atividades de I&D e desenvolvimento tecnológico
(inovação);
▪ Política comercial: políticas de proteção face às importações e de fomento das
exportações.
▪ Custos de transporte, fazer negócios (custo, tempo, burocracia negocial, etc.);
▪ Carga fiscal sobre as empresas;
▪ Inflação relativa;
▪ Taxa de câmbio e de juro;
▪ Etc.
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GLOBAL COMPETITIVENESS INDEX (GCI)
• Elaborado pelo World Economic Forum;
• Competividade (de acordo com o WEF): “conjunto de instituições”, políticas e fatores que
determinam o nível de produtividade de um país;
• Pressupõe que a prosperidade de um país depende da eficácia com que desenvolve instituições,
aplica política e emprega recursos para melhorar a produtividade;
• Operacionalmente, o GCI sumaria o desempenho e a relação entre 103 variáveis que
compreendem os “12 pilares de competividade de uma nação”;
• O desempenho de um país é registado numa escala de 0 a 100, quer para cada um. Dos 103
indicadores individuais quer para o índice global (GCI), representando 100 o valor ideal.
• Em 2019, o valor médio do GCI para os 141 países analisados foi de 60,7 , o que representa uma
distância considerável para a “fronteira”;
• As economias avançadas têm uma performance consistentemente melhor que o resto do
mundo, mas mesmo assim a distância para a fronteira é de 30 pontos.
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• Cada pilar inclui 3 sub-pilares e cada sub-pilar é composto por indicadores individuais,
totalizando 81 indicadores. Os indicadores são normalizados de modo a obter entre 0 a 100 (com
maior pontuação a significar melhor resultado). A pontuação de cada sub-pilar é uma média
ponderada dos seus indicadores;
• São construídos 3 índices (numa escala 0-100): Innpvation Input sub-Index, Innovation Output
Sub-Index e o GII (média simples dos outros dois);
• Combinadas, estas medidas estimam a capacidade se uma nação gerar ideias, convertê-las em
produtos inovadores e melhorar o conhecimento, tecnologia, criatividade e competividade;
• Existem economias que crescem a um ritmo mais acelerado do que outras e cujas populações
beneficiam de um maior aumento do nível de vida;
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• O bem-estar social está associado ao quociente entre a quantidade de bens e serviços produzidos
na economia e população. Utiliza-se o PIB per capita como indicador do bem-estar social (nível
de vida);
• O principal objetivo económico de longo prazo é portanto o aumento da capacidade produtiva:
o Quantidade produzida depende da quantidade de recursos/fatores produtivos
disponíveis e da eficiência com que são usados (produtividade).
• Interessa a evolução do PIB (ou rendimento per capita):
o O facto da população aumentar e quantidade do fator trabalho empregue aumentar (o
que não tem necessariamente de ocorrer ao mesmo ritmo) conduzirá a um aumento da
produção, mas não significa que o PIB per capita aumente (depende do tipo de
rendimentos à escala entre outros);
o Kaldor identificou conjunto de regularidades empíricas de longo prazo, entre os quais:
▪ Crescimento do produto per capita;
▪ Crescimento do rácio capital-trabalho;
▪ Stock de capital e produto crescem à mesma taxa, que é superior à taxa de
crescimento da população e do fator trabalho.
• No longo prazo, a melhoria do PIB per capita resulta do aumento da produtividade, suportado
pelo investimento produtivo (facto estilizado de Kaldor: crescimento do récio capital-trabalho).
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• Entre os fatores potenciais que promovem o crescimento económico e que estão associados a
uma maior integração económica global estão: a concorrência acrescida, economias de escala,
aprendizagem e inovação tecnológica.
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• Identificação dos ciclos económicos (não há um entendimento único). Exemplos:
o Dado que cada ciclo económico é definido por uma recessão:
▪ Entendimento mais comum: a economia está em recessão quando o PIB cai
pelo menos 2 trimestres consecutivos (crescimento real negativo);
▪ De acordo com o NBER (National Bureau of Economic Research): economia está
em recessão quando o PIB real cai pelo menos 2 trimestres consecutivos, essa
queda é significativa e difunde-se por vários setores da economia;
▪ Burda & Wyplosz: economia está em recessão quando o Output gap é negativo
durante pelo menos 4 trimestres consecutivos e durante esse período pelo
menos 2 trimestres foram de crescimento negativo.
• Características dos ciclos económicos:
o Fenómeno agregado: envolvem flutuações em muitas atividades/variáveis económicas,
não só no PIB, mas nem todas as atividades/variáveis económicas são afetadas.
Variáveis cíclicas, contra cíclicas e acíclicas;
o Fases de expansão e as fases de recessão podem ter durações ≠s e amplitudes ≠s;
o Os ciclos económicos são generalizados, recorrentes mas não periódicos;
o Sincronização dos ciclos.
o Exemplos:
▪ Variáveis cíclicas;
▪ Variáveis contra cíclicas:
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• Ciclos nas economias desenvolvidas VS economias emergentes e países pobres:
o As economias emergentes e os países pobres
apresentam ciclos económicos mais voláteis e persistentes.
As recessões tendem a ser mais longas e profundas;
o Calderón e Fuentes também concluem que as
flutuações do produto nos mercados emergentes são mais
voláteis; referem que as fases de recessão são mais profundas
e frequentes (em especial nas economias da América Latina e
Caraíbas).
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o A extinção de um produto e a saída de um mercado poderão ser adiadas no caso da
economia estar a sair de um recessão.
• Um dos aspetos a ter em conta na escolha dos mercados é a sincronização dos ciclos
económicos:
o Operar em países com ciclos económicos não sincronizados (quando uns se encontram
em recessão há outros em crescimento) reduz o risco, minimizando as oscilações nas
vendas/lucro. Por outro lado, ter um leque diversificado de fornecedores também
permitirá reduzir as oscilações em termos de preços e stocks.
O PARADIGMA ESTRUTURA-CONDUTA-DESEMPENHO
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ESTRUTURA DE MERCADO
• Concorrência perfeita e monopólio:
o Poder de mercado e ineficiência económica com valor mínimos e máximos,
respetivamente.
• Coerência monopolística e oligopólio:
o Estruturas de mercado mais realistas e que se encontram numa posição intermédia
entre a concorrência perfeita e o monopólio.
• Depois, interessa obter medidas que permitam de algum modo caracterizar a sua estrutura.
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o Menor a intensidade da concorrência entre as empresas (> o poder de mercado) → mais
elevados os preços e > ineficiência.
• Para medir a proximidade da estrutura de mercado relativamente à situação de monopólio ou
concorrência perfeita calculam-se medidas de concentração (medidas de estrutura de mercado).
• O interesse por estas medidas decorre de se admitir uma relação entre o grau de concentração
e o poder de mercado detido pelas empresas: > concentração → > poder de mercado;
• Uma boa medida de concentração deve refletir 2 aspetos: o nº de empresas no mercado, mas
também o peso relativo de cada uma delas (ou seja, da desigualdade entre empresa).
• Exemplo:
o Mercado com 3 empresas de = dimensão + concentrado que outro com 5 empresas =;
o Se uma das 3 empresas tiver > dimensão → mercado + concentrado ainda.
𝑃 − 𝐶𝑚𝑔𝑖
Í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝐿𝑒𝑟𝑛𝑒𝑟: 𝐿𝑖 = [0,1]
𝑃
3.3.3. ESTRUTURA DE MERCADO – MEDIDAS DE CONCENTRAÇÃO
I. ÍNDICE DE CONCENTRAÇÃO, 𝑪𝒌
com k=4, 5 ou 8 , normalmente.
𝑪𝒌 → Quota de mercado/indústria detida pelas K maiores empresas. Quanto > 𝑪𝒌 > o grau de
concentração. Assume valores entre 0 e 1 (0 e 100).
Pressuposto: empresas numeradas por ordem decrescente da sua quota de mercado (𝑺𝒊 ).
𝐶𝑘 ≡ ∑ 𝑆𝑖
𝑖=1
𝒗𝒊
Com 𝑺𝒊 = 𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑎 𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑎 𝒊 =
∑𝒏
𝒊=𝟏 𝒗𝒊
Utiliza toda a informação disponível. Reflete não só a dimensão média das empresas mas
também a disparidade entre as quotas de mercado. Assume valores entre 0 a 1 (0 e 10.000).
𝐻𝐻𝐼 ≡ ∑ 𝑆 2 𝑖
𝑖=1
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Estrutura de HHI (Índice de Herfindahal- Intensidade da Concorrência nos
Hirschman) Preços
Mercado
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3.4. INDICADORES DE ABERTURA DAS ECONOMIAS
Tipos de medidas:
• Medidas “De Jure”: indicadores baseados numa avaliação do enquadramento legal do país;
avaliam a existência de tarifas e barreiras não-tarifárias, enquanto as medidas financeiras
indicam as restrições legais aos movimentos de capitais.
• Medias “De Facto”: indicadores orientados para os resultados (outcome-oriented).
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EM TERMOS DE ABERTURA FINANCEIRA
KOF Globalisation Index: o índice de globalização KOF mede as dimensões económica, social e poliítica
da globalização.
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3.4.4. FATORES QUE EXPLICAM AS DIFERENÇAS NO GRAU DE ABERTURA COMERCIAL
• Os países pequenos tendem a apresentar um grau de abertura maior do que os países grandes:
o Países pequenos: reduzida dimensão geográfica/populacional dos mercados internos e
o facto de estarem rodeados por países vizinhos (com regimes de comércio livre);
o Países grandes: mais autossuficientes ou geograficamente isolados (com implicações
em termos de custos de transporte).
• A estrutura do próprio setor produtivo (Ex.: o peso dos serviços não transacionáveis no total do
PIB);
• Países que funcionam como entrepostos comerciais (elevado peso das reexportações) – caso de
Singapura, Hong-Kong;
• A importância das empresas multinacionais e o elevado comércio intra-firma a que conduzem –
logo > abertura;
• Nível de organização institucional, regras de funcionamento e regulação.
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• 70% CI atual envolve cadeias de valor globais, serviços, peças, matérias-primas e componentes
atravessam fronteiras. Uma vez incorporados nos produtos finais, são enviados para
consumidores de todo o mundo.
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DIREÇÃO DOS FLUXOS DE COMÉRCIO INTERNACIONAL
NO PASSADO:
• Início séc. XX , países ricos exportavam maioritariamente bens manufaturados para os países em
desenvolvimento em troca de bens primários (matérias-primas e bens agrícolas).
ATUALMENTE:
• Apesar de grande parte das exportações dos países em desenvolvimento se destinarem a países
desenvolvidos, esta % tem vindo a diminuir (59% em 1995, 43% em 2014);
• Comercio de mercadorias entre países em desenvolvimento tem aumentado de forma
sustentada;
• Países em desenvolvimento passaram de exportadores de bens primários para exportadores de
bens maioritariamente manufaturados.
• 2019 cerca de 65% das exportações dos países desenvolvidos, tinham como destino países
industrializados;
• Os países ricos continuam a exportar produtos manufaturados, mas também importam.
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• Os fluxos de CI apresentam cariz regional;
• Há 365 acordos mundiais em vigor. No final de 70, acordos Norte-Sul representavam mais de ½
de todos os acordos. Hoje, a maior partes dos acordos comerciais preferenciais são entre
economias em desenvolvimento.
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CAPÍTULO IV - O IDE E A EMPRESA MULTINACIONAL
Como fazê-lo?
• Em quais mercados?
o Atratividade de um mercado depende da relação entre benefícios, custos, riscos
associados a fazer negócios nesse mercado;
o Benefícios económicos de longo prazo são função de fatores como: dimensão mercado
e riqueza atual e provável futura dos consumidores, que depende das taxas de
crescimento rela da economia, distribuição do rendimento/riqueza, etc.;
o Custos e riscos associados a fazer negócios num país estrangeiro são mais elevados em
países menos desenvolvidos e politicamente instáveis.
• Um mercado, vários?
• Tempo de entrada. Quando entrar? “First-mover” ou tardiamente?
o Vantagens do “First-mover”:
▪ Captura da procura, estabelecimento de uma marca forte;
▪ Aumento do volume de vendas, economias de escala;
▪ Capacidade para criar custos de mudança/fidelização.
o Desvantagens de “First-mover”:
▪ Esforços, tempo e despesas à aprendizagem das regras do jogo;
▪ Custos de fracasso devido ao desconhecimento do mercado externo;
▪ Despesas com a promoção e estabelecimento de uma oferta de um novo
produto, custos de educação dos consumidores;
▪ Face às empresas que entram numa fase posterior se a regulamentação mudar
de forma a diminuir o valor dos investimentos iniciais.
• Com que escala?
o Vantagens de um entrada de grande e rápida escala:
▪ Mais fácil atrair cliente, entrada em grande escala mostra compromisso com o
mercado;
▪ Caso empresa pioneira: entrada em grande escala potencia as suas vantagens.
o Desvantagens:
▪ Maior exposição da empresa ao novo mercado (> risco);
▪ Menos recursos disponíveis para apoiar a expansão em outros mercados
desejados (< flexibilidade estratégica).
NOTA: entrada em pequena escala limita a exposição ao novo mercado e permite conhecer o mercado-
pode ser importante p/ melhor tomada de decisão.
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Exportação
Licenciamento,
Acordos Franchising, Contratos
Contratuais de Gestão/Produção,
"Non-Equity" Não envolvem a ...
Based propriedade
Alianças
estratégicas
...
Modos de entrada
Investiemnto de raíz,
Subsidiária
aquisição
Alianças
Envolvem a
"Equity" Based Estratégicas, Joint
propriedade
Venture
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MODOS DE ENTRADA: “EQUITY” BASED
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Sony – Ericsson, Toyota – Mazda, Uber – Volvo
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Objetivo da estratégia internacional:
• Alancar e manter posição competitiva → vantagem competitiva;
• Gestores devem procurar estratégias que conduzam:
o A aumento da rentabilidade;
o Crescimento dos lucros ao longo do tempo.
Reduzir custos
Rentabilidade
Acrescentar valor
aos produtos e
Maximização do subir preços
valor da empresa
Vender + nos
mercados existentes
Crescimento dos
lucros
(ao longo do tempo)
Entrar em novos
mercados
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ESTRATÉGIAS DE NEGÓCIO INTERNACIONAL:
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4.2. O INVESTIMENTO DIRETO ESTRANGEIRO (IDE)
TENDÊNCIAS DO IDE:
• Aumento acentuado quer em termos de fluxos quer em termos de stock de IDE na economia
mundial, nos últimos 30 anos;
• Maioria do IDE é feita por grandes empresas, intensivas em I&D e inseridas em indústrias
oligopolista;
• Tendência subagente aos fluxos de IDE, mostra crescimento muito baixo a partir de 2008;
• Fluxos de IDE cresceram, em média, 1% entre 2008 e 2018, comparativamente ao crescimento
médio anual de 8% entre 200-2007 e >20% antes de 2000;
• Base deste modesto crescimento: redução taxas de retorno de IDE, formas de investimento
alternativas, ambiente político menos favorável ao investimento.
• Queda no número de multinacionais industriais (exceto indústria automóvel), desde 2010,
devido à presença crescente de empresas tecnológicas e do digital e pelo downsizing dos
conglomerados industriais.
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DIREÇÃO DO IDE
• Maioria do IDE é com empresas baseadas nas economias avançadas que investem nos mercados
dos países devolvidos;
• IDE com destino a países em desenvolvimento economias em transição tem vindo a aumentar;
• Fluxos IDE mais recentes países em desenvolvimento economias emergente continente asiático
→ crescente importância da China;
• Africa região que tem recebido menos IDE → instabilidade política, conflitos, alterações política
económica.
FONTES DE IDE
• EUA maior fonte de IDE, desde a 2ª GM;
• UK, França, Alemanha, Holanda e Japão → responsáveis por 60% IDE (1998-2018), ranking
maiores multinacionais;
• Empresas chinesas têm emergido como maiores investidores estrangeiros;
• Muito do IDE com origem na China tem sido direcionado para indústrias extrativas em países em
desenvolvimento (Ex.: países africanos), mas estão a virar a atenção para economias mais
avançadas.
IDE_OUT (FONTES)
• 2018 → quota dos países desenvolvidos no total do ID realizado no estrangeiro caiu para 55%;
• 2020 → multinacionais das economias desenvolvidas reduziram o seu investimento no exterior,
a sua participação no Ide global caiu para 47%;
• 2021 → multinacionais das economias desenvolvidas duplicaram o investimento non exterior,
responsáveis por ¾ do total do IDE_out.
REGIONALIZAÇÃO
• IDE realizado dentro da mesma região geográfica representa quase ½ do total do stock de IDE;
• Peso do investimento intrarregional cai quando se tem em conta os investidores finais;
• Parte significativa de Ide entre países em desenvolvimento é propriedade de multinacionais
baseadas nos países desenvolvidos;
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4.2.2. TEORIAS DO IDE
Estas teorias abordam o IDE sob perspetivas complementares.
TEORIAS QUE PROCURAM EXPLICAR O PORQUÊ DE UMA EMPRESA OPTAR PELO IDE COMO
MODO DE ENTRADA QUANDO EXISTEM ALTERNATIVAS.
TEORIA DA INTERNACIONALIZAÇÃO
• Ênfase colocado nas vantagens de IDE e limitações associadas a outros modos de entrada
(exportação, licenciamento, etc.);
• Devido a ineficiências nos mercados externos (custos de transação), empresa pode ter vantagem
em utilizar ela própria o conhecimento/tecnologia/vantagem que possuí.
TEORIAS QUE PROCURAM EXPLICAR A RAZÃO PELA QUAL EMPRESAS DA MESMA INDÚSTRIA
REALIZAEM IDE MUITAS VEZES AO MESMO TEMPO E PROCURAM AS MESMAS
LOCALIZAÇÕES EM DETRIMENTO DE OUTRAS – OU SEJA, PROCURAM EXPLICAR O PADRÃO
DE IDE.
COMPORTAMENTO ESTRATÉGICO
• Fluxos de IDE são o reflexo de uma estratégia de concorrência entre empresas rivais no mercado
global;
• Knickerbocker → estudou relação entre IDE e rivalidade entre empresas no contexto Oligopólico.
Característica da concorrência é a interdependência entre os maiores players: ação de uma
empresa tem impacto direto sobre as outras, que respondem. Conduz a um comportamento
imitativo: empresas tendem a imitar os rivais.
Estas abordagens explicam o comportamento imitativo, mas não explicam por que razão a empresa líder
opta pelo IDE em alternativa a outros modos de entrada (Exportação, Licenciamento, etc.), nem explica
se o IDE é ou não mais eficiente que as outras opções. Teoria da internacionalização aborda estas
questões.
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PARADIGMA ECLÉTICO (OLI)
O Paradigma Eclético (OLI) que combina as 2 prespetivas (combina os melhores aspetos das
outras teorias numa única explicação).
2º esta teoria, se uma empresa vai optar pelo IDE deve dispor de 3 tipços de vantagens. o
paradigma OLI reporta-se às iniciais dessas 3 vantagens:
IDE pode ser proativo, sendo estrategicamente antecipado e controlado pela gestão, ou reativo
em resposta a imperfeições de mercados ou decisões das rivais.
Com base na identificação das vantagens da empresa para determinada região, é possível
determinar o modo de entrada mais adequado:
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4.2.3. EFEITOS, CUSTOS E BENEFÍCIOS DO IDE
BENEFÍCIOS:
CUSTOS:
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DO PONTO DE VISTA DO PAÍS DE ORIGEM (IDE_OUT)
BENEFÍCIOS:
CUSTOS:
Nota: No longo prazo, deslocalização da produção pode libertar recursos do país de origem para
atividades onde este tem vantagens comparativas e os consumidores do país de origem beneficiarão da
redução de preços inerente à deslocalização da produção para locais onde o seu custo é inferior.
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Exemplos de Questões
Questões de Escolha Múltipla:
Assinale inequivocamente a resposta correta. Uma resposta errada ou mais do que uma opção assinalada será penalizada
em -X/4 valores. Uma resposta correta será pontuada em X valores.