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ASSOCIAÇÃO PARA A PROMOÇÃO DO EMPREGO E APOIO ÀS CRIANÇAS

A Associação para a promoção do emprego e de apoio às crianças, designada pela sigla


“APEC”, é uma instituição de carácter humanitário de âmbito nacional com sede em Maputo.
A APEC tem como principal objectivo combater a pobreza, o desemprego e o desamparo no
seio da sociedade, integrando os jovens desempregados e crianças desamparadas em
actividades produtivas, dando formação e capacitação a vários jovens, instituições do estado,
empresas privadas e singulares.
Após um estudo profundo, feito pela equipe de profissionais da APEC em parceria com
Instituições de Formação Tecno Profissional, ligada a uma necessidade de obtenção de
conhecimento por parte da população, distribuídas pelas Províncias do nosso Pais, nasce o
Projecto Transferência de Conhecimento assente no pressuposto de que a empregabilidade,
está relacionada a qualquer modalidade de trabalho, seja na montagem do próprio negócio ou
em prestação de serviços para uma pequena ou grande empresa. Para desenvolver a
empregabilidade, o profissional deve ter não somente o conhecimento, mas sim técnicas e
habilidades complementares, tais como: Comunicação, Capacidade de Transmitir Ideias,
Liderança, Capacidade de Trabalhar em Equipa, Cultura Geral, Domínio de informações
Culturais, Político-Económicas, Sociais e Tecnológicas, aliadas a atitudes vencedoras, tais
como Persuasão, Capacidade de Convencer outras pessoas ou grupos a aderirem as suas
ideias. Estas e outras habilidades, só podem ser aprendidas através da actualização, formações
de base, o que a APEC propõe através do presente Projecto Transferência de Conhecimento.
Objectivo Geral do Projecto

 Formar e estabelecer profissionais, com a responsabilidade ética e social exigida para


o processo produtivo nas áreas administrativas e técnicas tendo em vista o mercado
local, nacional e mundial, tendo em conta de igual modo a velocidade em que o
mundo se encontra no que inere a produção de bens e serviços valorizando o saber
fazer;
Objectivos Específicos

 Preparar e Capacitar jovens, onde serão incutidos matérias para melhor enfrentar os
desafios da vida pessoal, profissional e objectivamente, dotando-os de ferramentas e
atitudes vencedoras, para os desafios do Millennium.
 Instruir o Profissional, formando com excelência, a visão empreendedora para
trabalhar de forma autónoma, podendo actuar no mercado de emprego, contribuindo
assim, para um melhoramento técnico na sua área de actuação;
 Permitir que a aplicabilidade, dos conteúdos transmitidos “teóricos e práticos” possam
trazer uma independência financeira, justificando de uma certa forma a componente
empreendedorismo / empregabilidade.

Motivação

A presente iniciativa surge através da observação que a APEC fez em diversos fóruns de
âmbito social, e em palestras relacionadas a empregabilidade, levadas a cabo juntos de
estudantes e lideres do movimentos associativos juvenis, onde os jovens foram unânimes em
dizer que a falta de emprego, deve-se ao desenvolvimento acelerado da tecnologia, o que não
constitui a verdade, pois, o emprego não acabou, apenas transformou-se devido ao
desenvolvimento acelerado, intenção essa que a APEC, pretende incutir aos jovens, no
decorrer das formações. Pois, as empresas hoje têm um volume de prestadores de serviços que
são solicitados quando forem necessários, quando têm propostas ou necessidade específica.

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Por outro lado percebeu-se também, que o emprego formal reduziu drasticamente, e em sua
substituição surgiram novas formas de relacionamento laboral, onde todo o profissional, seja
de que área for, deve se comportar como empresa de prestação de serviços para indivíduos,
comunidades ou empresas. E para tal, o profissional precisa desenvolver a sua
empregabilidade.
Formando:

Este momento, não é apenas um instante de início de mais uma formação, um momento de
início de mais um curso ou de conhecimento das novas responsabilidades pelas convicções de
que será capacitado, mas é o início de uma jornada repleta de desafios, de uma estrada
barricada de muita investigação, pesquisa, prática e proactividade na busca de um saber e
construção de um conhecimento que o permitirá fazer face ao combate que enfrentará no seu
espaço laboral.
A integração dos conteúdos apresentados neste manual constitui o resultado de um plano
temático e analítico concebido e seleccionado minuciosamente pensando na sua formação,
tendo em conta a actual dinâmica da estrutura do desenvolvimento do nosso país, observando
as exigências das organizações e do mundo em geral.
Estamos cientes de que a partir deste momento, irá a sala de aulas, e ou oficina certamente
como um novo homem, mas desta mesma geração, sem nunca perder de vista, contudo, que é
preciso estudar, mais e mais, para que todos nós, sendo dignos do nosso compromisso com o
país construamos conhecimentos, habilidades e atitudes que nos permitirão uma qualificação
e capacidade de gerar um auto emprego e empregabilidade. Razão pela qual o principal
objectivo deste curso é garantir que no final do mesmo os alunos sejam capazes de por um
lado adquirir conhecimentos, competências e habilidades de gestão de recursos humanos. Por
outro lado assimilar e aplicar na prática profissional os conhecimentos apreendidos para a
resolução de problemas de gestão de recursos humanos e de conflitos laborais na sua
organização.
Nós, APEC, Inspirados por intelectuais, detentores do saber e da ciência lutamos todos, cada
um com sua força e instrumento de trabalho, transmitindo e construindo competências
aguardando o futuro confiadamente e que nele não murchem as flores da nossa crença!
Caro formando, é com imensa alegria que desejamos muito boa sorte durante a sua formação
e que a partir de hoje possa trilhar um mundo que valoriza o saber fazer, a qualificação
profissional e sobre tudo a auto empregabilidade.

Carinhosamente:

APEC

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Introdução à contabilidade básica
As atividades propostas são múltiplas, simples e variadas, visando a interação das
competências de receção, produção e investigação nos domínios da Contabilidade. Contudo, a
intenção deste Manual é de servir aqueles que não conhecem como se procede a contabilidade
mas que, por motivos vários, queiram aprender o mais rápido possível.
Sabemos que, a aprendizagem de um novo conceito, de uma nova abordagem, de um novo
curso e a construção e modificação de um novo e antigo conhecimento é um grande desafio e,
por isso, tentamos neste manual explicar os pontos que consideramos mais preponderantes na
contabilidade básica. Contudo, há que reter os seguintes pontos para textuais se o estudante
desejar fazer um bom uso do manual e extrair o máximo deste manual; é aconselhada uma
revisão depois de cada tópico, é aconselhada a resolução de exercícios em cada unidade
temática e recomenda-se que o estudantese habitue a repetir diversas vezes os exercícios que
fazem o processo de ensino ˗ aprendizagem mais simples. Pelo conseguinte, a Contabilidade
éum dos conhecimentos mais antigos e não surgiu em função de qualquer tipo de legislação
fiscal ou societária, nem embaçada em princípios filosóficos, ou regras estipuladas por
terceiros, mas pela necessidade pratica do próprio gestor do património, normalmente seu
proprietário, preocupado em elaborar um instrumento que permitisse, entre outros benefícios,
controlar, conhecer, medir resultados, obter informações sobre produtos mais rentáveis, fixar
preços e analisar a evolução de seu património começando pela abordagem da problemática
da normalização contabilística, para, de seguida, se efetuar o estudo das principais operações
contabilísticas correntes, do trabalho de inicio da atividade (Inventario inicial) e de
apresentação anual de contas (trabalho do fim de exercício), consubstanciada nas peças
contabilísticas fundamentais, o Balanço e a Demonstração de resultados líquidos.
Neste capítulo, daremos mais enfoco a contabilidade de custos que será tratada como um
instrumento que permite produzir informações para diversos níveis gerenciais de uma
entidade. Essas informações atenderão não somente às demandas dos usuários internos que
necessitam realizar panejamento, controle, e comercialização de bens e serviços, mais
também dos usuários externos que exigem informações de gastos para negociação de preços
(ex.: escolas e sindicatos) ou para repasse de recursos (ex.: tributos para o governo).
A Contabilidade Geral não possibilita as informações relativas às funções
internasdesenvolvidas nas unidades económicas, nem com a assiduidade que cada vez mais se
exige. Contudo,como foi dito, a Contabilidade Geral é fundamental para a gestão da empresa,
pois permite analisar aevolução do seu património e determinar o resultado conseguido pelas
atividades desenvolvidas.
Mas a informação específica sobre a produção, os custos, proveitos imputáveis às
diferentesfunções, departamentos, secções, postos de trabalho e sobre o processo produtivo,
são fornecidas pelaContabilidade Analítica de Exploração.
Com o progressivo crescimento, diversificação e especialização das tarefas realizadas
dentrodas unidades empresariais durante os últimos anos de intensa internacionalização de
capitais, a Gestão passa a sentir uma maior necessidade em conhecer rapidamente a
pormenorização dos custos. Deste modo, o presente manual ira debruçar ˗se sobre os
documentos comerciais, o conceito, objeto, finalidade e divisão da contabilidade,
instrumentos, processos e princípios contabilísticos, património, plano Geral da contabilidade
(Conta), Contabilização das operações ou escrituração contabilística (inventario, balanço,
balancete, livros contabilísticos razão, entre outros), resultados e suas demonstrações
contabilísticascontabilísticas, projeto de investimento (plano de negocio) e outros temas
adicionais que achamos tão importantes aborda ˗ los.

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DOCUMENTOS COMERCIAIS
DEFINIÇÃO:

Documentos Comerciais – São comprovativos das transações comerciais e servem de base


para os registos contabilísticos.
CLASSIFICAÇÃO:
Internos – São aqueles que justificam transações dentro da empresa. Ex: Requisição de
matérias de um departamento para o outro dentro da empresa, folhas de salários, etc.
Externos – São aqueles que justificam transações dentro e fora da empresa. Ex: Notas de
Encomenda, Faturas, Recibos, etc.
ARQUIVO:
Nos escritórios modernos, está cada vez mais presente um centro de produção de informações
e não apenas um registo de transações.
Deve-se registar não só os factos históricos, mas também recorrer a novas formas de gestão
que servirão de base as decisões a serem tomadas pelos administradores.
Existem porém, várias funções que são indispensáveis no arquivo:
 Recolha de factos
 Seleção dos factos úteis para gestão
 Conservação ordenada dos factos recolhidos e classificados
 Procura dos factos recolhidos e conservados para consulta.

O Arquivo é a secção indispensável na empresa sobre a qual devem incidir todas as atenções,
é o lugar onde são ordenados, conservados e consultados todos os documentos, de forma a
obter dados para uma boa condução da empresa.
Para assegurar um bom funcionamento do arquivo é necessário executar as tarefas com
regularidade, tendo sempre presente a regras de ordenação e classificação de documentos.
Para que estes objetivos sejam atingidos é necessário que:
 O elemento humano possua as qualidades pessoais e profissionais necessárias a um
funcionamento regular de acordo com as normas;
 O arquivo deve ser instalado em locais apropriados com o material necessário, tendo
sempre em conta os princípios básicos de Ergonomia;
 Devem ser utilizadas as classificações de documentos consideradas racionais;
 Deve funcionar sob responsabilidade de um indivíduo especializado nesta matéria que
se designa por arquivista.

O Arquivo é o lugar onde se recolhe e guardam documentos, informações de interesse, com


o objetivo de conservar e assegurar resposta a todos os pedidos de consulta provenientes dos
vários sectores da organização (empresa ou instituições).
De acordo com o Plano Geral de Contabilidade (PGC), os documentos comprovativos das
operações registadas nos livros de contabilidade devem ser arquivados por um período de pelo
menos 10 anos.

Para facilitar a consulta, normalmente os documentos são arquivados em pastas de acordo


com a sua natureza e por ordem de data ficando os mais recentes em cima, pois, estes são os
mais solicitados.

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3.CONTRATO DE COMPRA E VENDA
A compra e venda, é um contrato pelo qual um dos Contraentes – Vendedor – transmite a
propriedade de um bem ou de um direito a outro Contraente – Comprador – mediante um
preço previamente combinado.
É, pois, um contrato bilateral ou oneroso porque:
 Vendedor obriga-se a entregar uma coisa;
 Comprador entrega o preço (dinheiro) da coisa.ºo

Condições de compra e venda:


Antes de se proceder a qualquer encomenda tem que se ter resposta para: O que comprar?
Em que condições?
É necessário, portanto proceder a escolha da mercadoria, quer em qualidade quer em
quantidade, e fixar condições como: prazo de entrega, local, preço, forma de pagamento, etc.
Para eliminar as dúvidas de quem paga despesas de transporte, de seguros, e a
responsabilização da conservação, a Câmara do Comercio Internacional publicou as
definições que ficam conhecidas por INCOTERMS(International Commerce Trade
Terms), que inclui as abreviaturas a seguir indicadas:

 TRANSPORTE POR RODOVIA:


 FOT – (Free On Truck) – local de expedição ou local de destino – sobre camião no
local de expedição ou local de destino.
Todas as despesas até ao lugar de carregamento ou destino são por conta do vendedor.
Significa que este tem a responsabilidade de fazer o carregamento da mercadoria, não se
responsabilizando pelo frete e outras despesas que adiante se incorrer. Por exemplo, se
adquirida uma mercadoria em que o vendedor se encontre na Beira, e o contrato for “FOT-
Beira”, então este terá que proceder ao carregamento da mercadoria dentro do camião na
Beira, não sendo obrigado a pagar o frete mas sim as despesas de carregamento e outras
surgidas até o carregamento Se “FOT-Maputo”, então o nosso vendedor terá que colocar as
mercadorias no Maputo, não se responsabilizando pelas despesas de descarregamento e outras
a posterior.

 TRANSPORTE POR CAMINHOS-DE-FERRO


 FOR (Free On Rail ) – sobre vagão na estacão de expedição ou estação de destino.
Todas as despesas até a estacão de expedição ou destino são por conta do vendedor. Significa
que este tem a responsabilidade de fazer o carregamento da mercadoria na estação de origem,
não se responsabilizando pelo frete e outras despesas posteriores. É valido o exemplo anterior
só que o transporte utilizado seria o de caminhos-de-ferro.

 TRANSPORTE MARÍTIMO OU FLUVIAL


 FAS – (Free Along Ship) – livre ao lado do navio no porto de embarque (ou no porto
de destino).
Todas as despesas até junto ao navio no porto de embarque (ou de destino) são da
responsabilidade do vendedor.
 FOB (Free On Board) – porto de embarque – livre a bordo no porto de embarque.
Todas as despesas até a colocação das mercadorias dentro do navio no porto de embarque são
da responsabilidade do vendedor. O vendedor deverá encarregar-se pelas despesas de
expedição (despacho) e carregamento no navio sem que para tal tenha que pagar o frete. Esta
abreviatura é usada somente para o transporte marítimo ou aquático.

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 CIF – (Cost, Insurance and Freight) – porto de destino – livre no porto de destino.
Todas as despesas (frete, seguro, etc.) até ao porto de destino são por conta do vendedor.
Significa que o vendedor é responsabilidade no pagamento do frete, seguro e outras despesas
para que a mercadoria este no porto de destino. É de salientar que o vendedor deverá contratar
um seguro com cobertura mínima.

Há que distinguir-se a responsabilidade das despesas abrangidas pelas expressões: CIF-


Maputo, por exemplo.
 Na Alfândega do Porto de Origem (ou Porto do Destino) - Todas as despesas
ate a alfândega do porto de origem ou de destino são por conta do vendedor.
 A porta da Alfândega do Porto de Origem (ou Porto do Destino) - A
responsabilidade do vendedor termina a porta da Alfândega do porto de origem
(ou de destino) correndo apartar dai todas as despesas por conta do comprador.
 No Armazém Geral ou no Entreposto - O vendedor entrega as mercadorias no
armazém geral ou no entreposto, ficando estas a disposição do comprador que terá
de pagar direitos aduaneiros.

Existem outras formas de entrega de mercadorias:


 No armazém do vendedor
 No armazém do comprador

NOTA: Todas as despesas pagas pelo vendedor são incluídas na factura, pelo que o valor
desta será igual ao valor da mercadoria acrescido de todas as despesas pagas pelo vendedor
conforme o incoterm acordado. E das diversas nomenclaturas estudadas as que mais
importância damos é FOB e CIF.

O Preço
Nafixação do preço há dois aspectos a considerar:
 Que moeda a utilizar?
Normalmente, os critérios utilizados para a determinação da moeda são:
 Os contraentes são do mesmo pais, logo a moeda a utilizar será do próprio país;
 Os contraentes são de países diferentes – em regra deve-se considerar moeda de um
dos países, aquela que oferece maior estabilidade e segurança ou moeda de um
terceiro pais, observando o factor estabilidade e segurança.
 Que quantidade de moeda?
Tratando-se do valor ou do próprio preço da mercadoria, a sua fixação obedece:
 Por acordo dos contraentes – o preço é definido pelos contraentes;
 Por lei – os preços são fixados pelos governos com o objectivo de evitar especulação e
permitir o consumo de certos produtos pelas pessoas com menos poder de compra;
 Por concurso público – o comprador faz anúncio do que pretende comprar;
 Por cotação na bolsa – tem por base os preços médios das mercadorias negociadas
num determinado dia;
 Por leilão – é oferecida por preço base, os presentes irão fazendo preço crescente e é
ganha por quem fizer o preço mais alto.

DESCONTOS E ABATIMENTOS

Com o objectivo de incrementar as vendas, é corrente os vendedores, mediante certas


condições, concederem aos seus clientes descontos de natureza comercial e ou financeiro.
a) Descontos Comerciais

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São as reduções do preço (abatimento) que resultam da aquisição de grandes quantidades ou
de fornecimento de um produto ligeiramente diferente do encomendado. Estes descontos
originam a redução do custo de aquisição, vulgarmente chamados de abatimentos.
São os seguintes descontos considerados comerciais:
 Desconto de Revenda – concedidos do Armazenista aos retalhistas para possibilitar o
lucro do intermediário;
 Descontos de qualidade – concedido ao comprador quando a qualidade não
corresponde a combinada;
 Bónus – concedido ao comprador que ultrapasse determinado montante;
 Bom peso – quantidades de mercadorias não faturadas, remetidas pelo fornecedor ao
seu cliente com o objetivo de fazer face a possíveis quebras.

b) Descontos Financeiros
São Descontos Financeiros as reduções da divida por antecipação do pagamento. Estas
reduções até podem ser de dívidas que não tenham sido originadas por transações de
mercadorias, poderão ter sido, por exemplo, de compra/venda de imobilizado (bens para uso e
não para a venda) ou de empréstimos de valores em dinheiro.
São os seguintes descontos considerados financeiro:
 Desconto de pronto pagamento –concedido ao comprador sempre que o pagamento
se efetuar no ato de entrega das mercadorias ou no prazo máximo de 8 dias após a
entrega.
 Desconto por antecipação do pagamento – concedido ao comprador quando paga as
mercadorias antes do prazo acordado.
 Descontos Sucessivos (10% + 5%) – podem ser comerciais ou financeiros – significa que
o primeiro é de 10% incidindo sobre o valor ilíquido do bem, o segundo é de 5%
incidindo sobre o valor líquido do bem após o primeiro desconto.

FASES E DOCUMENTAÇÃO DE COMPRA E VENDA


C V
O 1ª ENCOMENDA
E
M
Nota de Encomenda N
P
D
R 2ª ENTREGA
E
A
Guia de Remessa
D D
Talão de Recepção
O O

R R
3ª LIQUIDAÇÃO

Factura, N. Débito e Crédito

4ª PAGAMENTO
Recibo

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Obs.: As setas referem-se ao envio dos principais documentos.

1ª Fase: ENCOMENDA
O comprador comunica ao vendedor a quantidade, qualidade e preço das mercadorias que
deseja adquirir e combinam as condições de entrega e pagamento.
Os principais documentos utilizados nesta fase são:
 A Nota de Encomenda – é o documento onde o comprador especifica a quantidade da
mercadoria pretendida, bem como as condições de entrega e pagamento. Regra geral, é
preenchido em duplicado, sendo o original para o vendedor e o duplicado para o
comprador.
Outros documentos:
 Nota de Venda – muita das vezes, a encomenda surge pelo contacto do representante
do vendedor (caixeiro – viajante) com o comprador, é preenchida em triplicado e é
semelhante a nota de encomenda;
 Requisição – é muito utilizada no comércio por retalho e serve para o comprador
levantar de imediato as mercadorias no armazém do vendedor.
 Ordem de Compra – é o documento utilizado pelo comprador para mandar o seu
comissário da compra de mercadorias.
Exemplo de uma Nota de Requisição:

REQUISIÇÃO N.º ______


__________________, _____ de _____________ de 20__

Requisita-se ao(s) Ilmo.(s) Sr.(s) __________________________


_____________________________________________________
..................................................
As mercadorias seguintes:

QUANT. UNID. DESCRIÇÃO REFª PREÇO

2ª Fase: ENTREGA
O vendedor envia as mercadorias, dando assim execução a encomenda (ou pedido) feita pelo
comprador.
 Guia de Remessa – este documento acompanha as mercadorias e serve para o
comprador proceder a conferência dos artigos recebidos.
 Talão de Recepção – é devolvido pelo comprador ao vendedor apôs recepção das
mercadorias, confirma as mercadorias recebidas.

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3ª Fase: LIQUIDAÇÃO
O vendedor indica ao comprador o montante em divida, tendo em conta que: “Total em
divida = valor das mercadorias – descontos + despesas de compra + o IVA”.

 Factura – é o documento mais importante do contrato de compra e venda, é este o


comprovante oficial da compra. A factura pode ser emitida até ao 5º dia após
realização da operação, por isso pode ou não acompanhar as mercadorias.
As facturas podem classificar-se em:
 Factura de Praça – o vendedor e o comprador são da mesma praça;
 Factura de Expedição - o vendedor e o comprador são de praças diferentes;
 Factura Provisória ou Condicional – o vendedor envia mercadorias à condição.
Esta factura deverá ser substituída por uma definitiva após o comprador definir
com que mercadoria fica;
 Factura Simulada ou Pró-forma – documento, por vezes utilizado no comércio
internacional, através do qual o vendedor dá a conhecer ao comprador as
condições de fornecimento das mercadorias pretendidas.
 Nota de Débito – é o documento que rectifica positivamente o valor da factura,
quando o vendedor por lapso, se esqueceu de mencionar alguma despesa por conta do
comprador ou errou algum cálculo. Este documento indica que o remetente lançou
uma operação positiva (a seu favor) na conta corrente.
 Nota de Crédito – é o documento que rectifica negativamente o valor da factura ou da
divida, pelo que indica que o remetente lançou uma operação negativa (afavor de
outrém) na conta corrente.

NOTA DE DÉBITO N.º __________


__________________, _____ de _____________ de 20__
Comunica___ a __ Ilmo __ Sr _____________________
______________________________________________
NUIT:............................... ..................................................
que nesta data, DEVE

relativamente ...........................................................................................................................................................

QUANT. REFª. DESCRIÇÃO PREÇO VALOR

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NOTA DE CRÉDITO N.º __________
__________________, _____ de _____________ de 20__
Comunica___ a __ Ilmo __ Sr _____________________
______________________________________________
..................................................
NUIT:............................... que nesta data, tem HAVER

relativamente ...........................................................................................................................................................

QUANT. REFª. DESCRIÇÃO PREÇO VALOR

4ª Fase: PAGAMENTO
O Pagamento encerra o contrato de compra e venda e consiste na entrega do comprador ao
vendedor do valor em divida. O pagamento de uma divida pode ser;
 Imediato – quando se realiza em simultâneo com o fornecimento do bem ou serviço;
 Diferido – quando tem lugar em momentos diferentes
 Recibo - é o documento passado pelo vendedor (quem recebe é quem passa o
recibo) que serve para dar quitação ao comprador.

RECIBO N.º __________

.................................................., ......MT

Recebemos do Ilmo. Sr. ______________________________________________________________

A quantia de .............................................................................................................................................................
...................................................................................................................................................................................

referente a ................................................................................................................... ..............................................


...................................................................................................................................................................................

de que passamos o presente recibo

___________________, __ de ______________ de 200__

Como Recibo, poderá ser usada a própria factura, que com o carimbo de “PAGO” OU
“RECEBIDO” passa a chamar-se de Factura-recibo.
Obs.: Quando as fases de liquidação e pagamento se processam em simultâneo poderá ser
emitido um documento designado por Venda a Dinheiro (V/D), que funcionara como um
recibo, dispensando-se a emissão da factura.

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TÍTULOS DE CRÉDITO
 Títulos de crédito - são documentos que dão direito de receber qualquer coisa. São
documentos representativos de um crédito (divida a receber) que uma pessoa (credor) tem
sobre outra (devedor).
O direito que os títulos de crédito representam e consubstanciam, não pode ser exercido
sem a posse do documento. Isto quer dizer, se nós formos legítimos possuidores de um
cheque, por exemplo, se por qualquer motivo pretendermos fazer o levantamento do seu
valor não o poderemos fazer sem que o apresentemos ao banco sacado.

Características
 Literalidade - o título de crédito vale pelo que nele esta escrito;
 Autonomia - O portador do título tem o direito a ele inerente, independentemente
das obrigações existentes entre o primeiro credor e devedor;
 Transmissibilidade - Os títulos de crédito são transmissíveis, o que permite em
alguns casos, o recebimento do seu valor antes da data do vencimento.

Classificação
1 - Quanto a espécie de bens que representam:
 Títulos representativos de moeda - Dão ao seu proprietário o direito de receber
moeda em troca do titulo. Por ex: cheque, letra, livrança, etc.
 Títulos representativos de mercadorias – Dão ao seu proprietário o direito de
receber mercadorias em troca do título. Ex: conhecimento de embarque, etc.
 Títulos de participações de capital - Títulos que concedem poderes de características
especiais. Ex: acções, etc.
 Títulos representativos de serviços - Dão direito a beneficiar-se da prestação de
serviços. Ex: bilhetes de cinema e de passagem, etc.
2 - Quanto a natureza dos intervenientes:
 Públicos - Emitidos pelo Estado (títulos de tesouro);
 Particulares - Emitidos por particulares (letras).
3 - Quanto a forma de transmissão:
 Títulos nominativos - indicam o nome do credor originário e só podem ser
transmitidos através de uma declaração escrita da qual conste o nome do novo
possuidor. Ex: Acções, obrigações de tesouro, etc.;
 Títulos a ordem – transmissíveis por endosso (ordem dada pelo vendedor para pagar
a uma terceira pessoa). Ex: letra, cheque, etc;
 Títulos ao portador – Não indicam o nome do credor originário e transmitem-se pela
sua entrega real. Ex: cheque, bilhete de lotaria premiado, etc.
4 - Quanto ao vencimento:
 A vista - pagos no momento em que se apresentam ao devedor (vales de correio,
cheques, etc.)
 A prazo - pagos após um certo prazo. Ex.: letras.

A LETRA
A Letra - É um titulo a ordem sujeito a formalidades, pelo qual uma pessoa -sacador -
ordena a outra –sacado- que lhe pague a si ou a terceiro –tomador- certa importância em
determinada data.

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____________1______, ____ de _______2________ de 200___ MT ................3..............,.....

13 A __________________4_________________ pagará _______5______ por esta ______

Única via de letra _________________6_____________________________________________

_________________________________ 7_____________________________________________

valor __________________8_______________________________________________________
_______________________________________________________________________________
12 A_________________9____________________________________________________
_______________________________________
_______________10__________________ 11

Legenda:
1) Local de emissão;
2) Data de emissão;
3) Valor Nominal da letra por algarismos;
4) Vencimento da letra;
5) Ordem de pagamento;
6) O beneficiário da letra;
7) Quantia da letra por extenso;
8) Origem da letra;
9) Nome e residência do sacado (quem deve pagar a letra);
10) Local de pagamento da letra;
11) Assinatura do sacador.

OS INTERVENIENTES DA LETRA:
 Sacador – Pessoa que dá a ordem de pagamento, sacando a letra.
 Aceitante – Pessoa a quem é dada a ordem de pagamento e que tem de aceitar a letra,
responsabilizando-se pelo seu pagamento. É o sacado depois de a aceitar;
 Tomador ou beneficiário - Pessoa a quem o sacador transmite todos os direitos
emergentes da letra.
 Portador – Pessoa que apresenta a letra a pagamento. O [portador da letra tanto pode
ser o sacador, como o tomador ou endossado.
 Avalista – Pessoa que garante o pagamento da letra por parte do aceitante.

VENCIMENTO DA LETRA
Vencimento - É a data em que o portador pode exigir o seu pagamento.
Tipos de vencimento:
 À vista – A letra é pagável no dia da sua apresentação. O pagamento deve ser efectuado
quando for apresentada a letra;
 A prazo (ou termo) de vista (d/v)- Pagável no prazo indicado, contando-o a partir da
data do aceite.

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 12


 A prazo (ou termo) de data (d/d) - A letra vence-se decorrido o prazo nele fixado, que se
calcula a partir da data do saque;
 Em data fixa - A letra vence-se numa data marcada (data fixa).
O pagamento da letra deve fazer-se no dia do seu vencimento ou num dos dois dias úteis
seguintes.

REQUISITOS ESSENCIAIS DA LETRA:


 A palavra “letra” escrita no próprio título;
 O mandato puro e simples de pagar uma certa quantia determinada;
 Nome da entidade que a deve pagar;
 Nome da entidade a quem ou a ordem de quem deve ser paga;
 A indicação da data em que é sacada;
 A assinatura de quem passa ou emite a letra (sacador).

REQUISITOS NÃO ESSENCIAIS;


 Época de pagamento; (a)
 Lugar de pagamento;(b)
 Lugar onde a letra foi emitida;(c)
(a) Quando não se indica a época de pagamento, entende-se que a letra é pagável a vista;
(b) Quando não se designa o lugar de pagamento, considera-se que será paga no domicílio do
sacador;
(c) Quando não é mencionado o lugar onde foi passada, considera-se comotendo-o sido no
domicílio do sacador.

OPERAÇÕES COM A LETRA:


1- O SAQUE - É uma ordem de pagamento dada pelo sacador a outrém (aceitante) para
que pague a si ou a sua ordem.
2- O ACEITE - É o acto pelo qual o sacado se obriga a pagar a letra na data do
vencimento. Até a data de vencimento, a letra pode ser apresentada pelo portador para
aceite no domicílio do sacado. É o acto de assumir o compromisso de pagar o valor da
letra.
Tipos de aceite:
 Aceite incompleto ou em branco - constituído apenas pela assinatura;
 Aceite completo - além da assinatura deve ser escrita a palavra “aceito”.
3- AVAL - É uma garantia dada por um terceiro – Avalista - ao pagamento total ou
parcial da letra.
O aval pode ser:
 Completo;
 Incompleto ou branco.
4- O PROTESTO - É o acto de o portador lavrar junto do notário (ou qualquer
autoridade jurídica) uma reclamação por falta de pagamento ou mesmo por falta de
aceite. Consiste, pois em comprovar essa recusa para que possa exercer os seus
direitos de acção contra todos intervenientes (sacador, aceitante, avalista).
5- ENDOSSO - É a transferência de todos direitos dela emergente, isto é a transmissão
da propriedade da letra.
6- DESCONTO BANCÁRIO – É a operação pela qual o beneficiário endossa a letra a
um banco, antes do vencimento da letra, recebendo o valor líquido, isto é, o valor
nominal da letra deduzido de juros e de mais despesas bancárias.
As despesas bancárias mais usuais no desconto bancário são:

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 13


 O juro, comissão ou prémio de desconto (percentagem calculada com base no
valor nominal, dependendo, se o ano considerado para efeitos de cálculo é
comercial ou civil);
 Prémio de transferência (quando letras de outras praças, percentagem sobre o valor
nominal);
 Imposto (percentagem sobre o valor de juros ou comissão e o prémio de
transferência);
 Portes (importância variável, dependendo dos gastos postais, telefonemas,
impressos, etc.)
7- COBRANÇA BANCÁRIA - É a operação que se assemelha ao desconto; diferindo
pelo facto de endossar-se ao banco depois de vencida a letra. Normalmente, quando o
aceitante for de praça diferente.
8- REFORMA DA LETRA- consiste na substituição da letra por uma letra (ou letras)
com vencimento posterior.
A reforma pode ser total, quando substitui-se na totalidade do valor e parcial, quando ha um
pagamento de uma parte, substituindo-se o restante.

2- O CHEQUE
 Cheque - É uma ordem de pagamento a vista dada pelo depositante – sacador - ao seu
banqueiro - depositário ou sacado - para que lhe pague a si ou a sua ordem – uma
determinada quantia que pode ir até ao montante do depósito.
Transporte _______________,___ BANCO ____________________________________
_________________,___
_________________,___ SÉRIE XKL
Pague por este cheque
_________________,___ CHEQUE Nº ______________
..................................,...MT
_________________,___
ASSINATURAS Local de emissão
_________________,___
_________________,___
Data ___/___/_______

A favor de ___________________ à ordem de ______________________________________________________


____________________________ a quantia de _____________________________________________________
Em ___ de ___________ de 200__ _______________________________________________________________

FORMAS DE EMISSÃO DE CHEQUES:


 Cheque nominativo - quando vem o nome da pessoa a quem deve ser pago;
 Cheque ao portador - o cheque pode ser pago a qualquer pessoa que o apresentar;
 Cheque cruzado - só pode ser pago ao banco (banqueiro) ou a um cliente do banco e tem
por objectivos reduzir os riscos de extravio, roubo ou falsificação. Obrigatoriamente este
cheque deverá ser depositado.
Este pode ser geral - quando duas rectas paralelas e especial - quando vem expresso no meio
das duas rectas o beneficiário.
 Cheque visado - garante a existência de provisão (saldo em banco);
 Cheque de viagem ou Traveller's cheque - Os usados para efeitos de viagem, os quais
podem ser levantados no destino, uma vez que podem ser levantados em qualquer banco.

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 14


3- A LIVRANÇA
 Livrança - É um documento pelo qual um devedor se compromete a pagar a ordem do
seu credor uma importância determinada numa época fixa. É um documento semelhante a
letra.

Exemplo: Em quinze de Maio do corrente ano Fernando João, situado na Rua número 7 -
Maputo, vende a A. Loureiro, mercadorias no valor de 54.000.000,00 MT, pagáveis em 31 de
Outubro próximo. Para liquidação A. Loureiro subscreve no próprio dia da venda uma
livrança a ordem do seu fornecedor.

Surgimento da Contabilidade
A Contabilidade é uma ciência nobre e antiga, por isso se faz necessária uma abordagem mais
afinco de suas origens.
Desde os primórdios da humanidade o Homem ao inventar as armas para a caça e pesca
começou a se preocupar com a quantidade dos seus bens. "Ao contar seus rebanhos, ao contar
suas ânforas de bebidas, já estavam praticando uma forma rudimentar de Contabilidade"
(IUDĺCIBUS, 1981, p. 29).
De acordo com Iudícibus pode – se perceber que desde a antiguidade o homem tem
preocupação com o seu património, do meu e seu, como acontece actualmente. Na medida em
que suas actividades se tornavam mais complexas sua maneira de contabilizaria se
aperfeiçoando.
Mas os primeiros registos completos da contabilidade surgiram na civilização Sumério –
Babilónia onde faziam os registos nas peças de argila, foi então considerado o nascimento da
contabilidade. Com o surgimento da moeda e a larga extensão de compra, venda e escambo os
Egípcios tiveram um papel de extrema importância, onde utilizavam papiros para efectuar
suas escriturações com valores monetários tornando assim a contabilidade cada vez mais
dinâmica.
Os Gregos evoluíram a forma de contabilizar dos Egípcios, com a apuraçao de saldo,
confrontando as contas de custos e despesas estendendo para a administração pública e
bancária.
Em Novembro de 1494, o franciscano italiano Frei Luca Pacioli publicou a primeira literatura
contábil "relevante"consolidando o método das Partidas Dobradas, com expressões de causa e
efeito (Debito = Credito) do fenómeno patrimonial com os termos de Debito e Credito,
Inventários, Livros comerciais, registos das operações, lucros e perdas, levando – se a
acreditar que nessa época já se formava o "corpo" da contabilidade que se conhece
actualmente.
Definição da Contabilidade
Existem várias formas de definir a Contabilidade, variando de autor para autor:
 A Contabilidade é a doutrina do controlo económico e da determinação do rédito
(lucro) em qualquer espécie de empresa. Tessanova;
 A Contabilidade é a disciplina que estuda os processos seguidos nas unidades
económicas para revelação da gestão. Gino Zappa;
 A Contabilidade é a ciência do património; Masi;
 A Contabilidade é um método de investigação da actividade económica. Popoff;
A mais consensual é a que a seguir se apresenta, de autoria de João Manuel Esteves Pereira,
por incluir o seu objecto e objectivo.
A contabilidade é uma ciência de natureza económica cujo objecto é a realidade económica
passada, presente e futura, de qualquer entidade pública ou privada, analisada em termos
quantitativos e por método específico com o fim de obter informações económico-financeiras

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 15


indispensáveis à gestão dessa entidade, nomeadamente ao conhecimento da situação
patrimonial e dos resultados obtidos e, ao planeamento e controlo da sua actividade.
A Contabilidade pode ser definida ainda como sendo um registo ordenado e sistemático de
valores de transacções comerciais e financeiras de um indivíduo ou de um empreendimento
(negócio), a determinação dos seus resultados e o fornecimento de informações económico –
financeiras para posteriores análises financeiras como base para a tomada de decisões.
Fundamentalmente, a contabilidade é, contudo, um processo que consiste em três actividades,
nomeadamente:
 Identificação – seleccionando os eventos considerados relevantes para a actividade
económica, particularmente para o negócio em causa;
 Registo dos valores monetários das transacções (factos patrimoniais)bem como a
descrição permanente e cronológica destes factos. Isto implica um registo diário e
valorizado dos factos de forma ordenada e sistemática. Implica que os factos sejam
também compilados e classificados.
 Garantir a comunicação, o reporte das informações contabilísticas para os principais
interessados, através da preparação e distribuição das demonstrações financeiras.
O denominador universal da contabilidade ou a unidade comum de medida na contabilidade é
a moeda, no caso moçambicano o metical. Isto significa que todas as transacções devem ser
convertidas em unidades monetárias antecedendo o seu processamento. O uso deste
denominador comum é acompanhado das seguintes limitações:
 Nem todos os factos ou eventos podem ser expressos em termos monetários;
 O valor de dinheiro é instável e é influenciado por muitos factores económicos, como
a inflação, por exemplo.
Objecto e finalidade (objectivos)
O objecto da Contabilidade Geral já foi apontado na sua definição. Assim, partindo da sua
definição, a contabilidade tem os seguintes objectivos:
a) Conhecer a situação patrimonial da empresa;
b) Determinar a posição devedora e credora da empresa perante terceiros (Estado,
Bancos, Clientes, Fornecedores, etc);
c) Apurar os resultados da actividade desenvolvida pela empresa, particularmente
calcular os custos e proveitos de bens e serviços.
d) Exercer funções previsionais e críticas, através do controlo orçamental, recolha,
ordenação e análise de elementos contabilísticos, com vista à orientação e definição
das políticas futuras, análise dos factos passados e exame de situações e resultados
obtidos.
Isto leva – nos a concluir que a Contabilidade Geral é uma técnica que tem como finalidade
descrever e registar os factos patrimoniais ocorridos, tendo em vista conhecer:
 A posição devedora ou credora da empresa em relação aos que com ela transaccionam
bens e serviços;
 A composição e o valor do património;
 O custo de bens e serviços vendidos;
 Origem e a causa dos encargos e rendimentos;
 A natureza e importância dos resultados;
 A responsabilidade dos diversos agentes obrigados a prestar contas de valores a si
consignados.
Esses objectivos podem ser sumarizados como sendo o de produzir as demonstrações
financeiras que sirvam de suporte para a tomada de decisões pelos gestores das organizações.
Pelo que, podem ser sumarizados como sendo:
1º) Determinação do resultado global (Demonstração de Resultados);
2º) Determinação da situação patrimonial da empresa (Balanço).

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 16


Divisão da Contabilidade
Tal como acontece em todas outras ciências, a Contabilidade também possui o seu tronco
comum (Contabilidade Geral) e as suas ramificações (Contabilidade Aplicada).
Contabilidade Geral também designada por externa ou financeiracompreende os conceitos
básicos, as regras de funcionamento e os princípios contabilísticos (teoria da contabilidade)
e as formas de representação, isto é, a estruturação propriamente dita (técnica contabilística).
Contabilidade Aplicada também chamada especial ou especifica, também designada por
interna compreende a aplicação da Contabilidade Geral às unidades económicas, abrange
diversas relações complementares que podem contribuir para uma gestão esclarecida ou
eficaz.
A Contabilidade Aplicada constitui uma aplicação da contabilidade geral às unidades
económicas de variadas naturezas, dimensão e objectivas, com distintas necessidades de
informação. Nela podemos distinguir:
 Contabilidade Privada– Usada nas unidades económicas privadas (famílias,
empresas e outros organismos);
 Contabilidade Pública – A usada nas unidades económicas públicas (Estado e
Autarquias);
 Contabilidade Nacional – Ao respectivo conjunto. Respeita as informações inerentes
ao produto, rendimento e despesas. É também designada por Macro – Contabilidade.
É relativa a unidades económicas complexas (regiões, nação, etc).
Na Contabilidade Empresarial temos a diferenciar:
 Contabilidade Financeira – que visa ao conhecimento da situação patrimonial
(Balanço) e o rédito global (Mapa de Demonstração de Resultados);
 Contabilidade Interna ou de Custos – que abrange diversas relações
complementares que podem contribuir para uma gestão eficaz e esclarecida.
Atendendo aos problemas específicos de cada ramo de actividade, ou sob o ponto de vista de
natureza empresarial, a contabilidade pode ser;
 Bancária;
 De seguros;
 Agrícola;
 Industrial;
 Custos;
 Auditoria;
 Administrativa;
 Etc.

Instrumentos, Processos e Princípios contabilísticos


Para acompanhar as transformações patrimoniais a contabilidade dispõe de vários meios ou
instrumentos e, de distintos processos subordinados a certos princípios.
Os Instrumentostêm carácter material, são coisas ou objectos que se utilizam na execução do
trabalho contabilístico. Ex: Livros, máquinas, impressos, etc.
Os processos têm carácter formal, são as várias maneiras de agir ou de operar para se alcançar
o fim de vista. Consiste em descrições, medições, resumos e comparações.

Princípios contabilísticos
A empresa deverá observar os princípios que adiante se enumeram, a fim de dar uma imagem
correcta da situação económica e financeira.
 Princípio de continuidade – A empresa é uma entidade que opera num âmbito
temporal e indefinido, entende – se, que não tenciona nem necessita de entrar em

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 17


liquidação ou reduzir significativamente o volume das suas operações. Este princípio é
fundamental para transmitir confiança aos segurados, utentes e ao público em geral.
 Princípio de consistência – A empresa mantém as suas politicas contabilísticas
durante os vários exercícios devendo indicar no anexo as alterações consideradas
materialmente relevante.
 Princípio de Prudência – A empresa deve acautelar nas suas contas a necessária
precaução para fazer face as estimativas decorrentes das suas actividades, sem que dai
resultem a constituição de reservas excessivas que afectem a quantificação dos activos
e proveitos por defeito ou de passivos e custos por excesso.
 Princípio de especialização de exercício – A empresa deve reconhecer os proveitos e
custos à medida que eles ocorram, tenham ou não sido recebidos ou pagos, devendo
inclui – los nas demonstrações dos exercícios a que respeitam.
 Princípio do custo histórico – A empresa deve efectuar os registos contabilísticos
com base nos custos de aquisição ou de produção.
 Principio da substancia sob a forma – A empresa deva contabilizar as operações
com base na sua substancia e realidade financeira e não atender apenas à sua forma
legal.
 Princípio de materialidade – As demonstrações financeiras deve evidenciar todos os
elementos que sejam relevantes e formais, de forma a facilitarem a tomada de
decisões.

Técnicos de Contas
Os técnicos de contas são indivíduos que pelos seus conhecimentos teóricos e práticos se
encontram habilitados a organizar, executar ou fiscalizar serviços de contabilidade.
A sua maior ou menor competência depende não só da preparação contabilística, mas também
do Direito Comercial, Matemática, Legislação Fiscal, Estatística Económica, Organização e
Administração de empresas, etc. Importa lhes saber a que respeitam e o que significam os
números por eles manejados.

Categorias de Técnicas de Contas


1. Guarda – livros (Escriturário) – É o empregado que tem a seu cargo a escrituração
da empresa, compete – lhe processar dados e fornecer informações utilizáveis para
diferentes fins e por diferentes interessados.
2. Contabilista – É o técnico com longa pratica e sólidos conhecimentos teóricos cuja
profissão consiste em montar a escrita, inspecionar a precisão ou dirigir superiormente
os serviços de contabilidade.
3. Revisor, Verificador ou Auditor – É o contabilista encarregado do exame e
apreciação da escritura e até acerto ponto da gestão da empresa
O contabilista planeia, o guarda – livro executa e o auditor confere e certifica.
O guarda – livros deve ter no mínimo a formação básica em contabilidade ou com 10 anos de
experiência como escriturário "A". Deve assegurar a recolha, tratamento e escrituração de
dados relativos a operações contabilísticas, conferir a classificação de documentos segundo o
PGC, proceder o registo de livros da contabilidade.

Tarefas de Técnicos de Contas


Estes têm como tarefas a executar:
1. Planos financeiros de instalação e exercício da empresa;
2. Planos de organização contabilística, montagem de escrita;
3. Relevações cronológicas e sistemáticas das operações;
4. Elaboração de inventários;

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 18


5. Elaboração e apreciação de balanços, balancetes, demonstração de resultados;
6. Registo das operações (Diário, Razão e outros documentos);
7. Abertura e Encerramento das escritas;
8. Apreciação de documentos contabilísticos;
9. Interpretação de resultados;
10. Planos de financiamento e deinvestimentos.

Património
Definição:
Património é um conjunto de valores pertencentesa determinada unidade económica e
administrada com certo objectivo. Ou por outras, podemos definir património como sendo um
conjunto de bens, direitos e obrigações.

Classificação do património
a) Quanto à propriedade
 Património Individual– é o pertencente a unidades económicas que constituem um
individuo ou quando pertence a um individuo;
 Património Social - quando pertence a uma sociedade.
b) Quanto à Nação
 Património Nacional– pertence a uma nação. E este pode se dividir em Público e
privado (pertence aos cidadãos).
c) Quanto à função que exerce ou à sua afectação
 Património Comercial – conjunto de valores afectos ao exercício do comércio ou
melhor, o afecto aos negócios da empresa;
 Património Particular – conjunto dos restantes valores, o que não esta afecto dos
negócios da empresa.
d) Quanto às características
 Elementos patrimoniais comuns – são aqueles que todas as empresas possuem, não
caracterizando o seu ramo de actividade (como valores em numerário, direitos e
obrigações);
 Elementos patrimoniais específicos –aqueles que identificam o tipo de actividade
da empresa.
Características comuns dos elementos patrimoniais
O património que é o objecto do nosso estudo é o comercial aquele que esteja afecto aos
negócios da empresa. Este possui as seguintes características:
 São quantificados, isto é expresso em unidades monetárias;
 Pertence a determinada unidade económica;
 São administrados com certo objectivo;
 Podem ser corpóreos ou incorpóreos (tangíveis e intangíveis).
Massas e factos patrimoniais
Massas patrimoniais
Massas patrimoniais são o agrupamento dos elementos patrimoniais, consoante à função que
estes desempenham na actividade da empresa. As massas patrimoniais podem ser:
 Gerais (activo, passivo e situação liquida);
 Parciais (classe das contas).
Activo - conjunto de valores positivos, constituídos por bens e direitos, isto é, o que se possui
e o que se tem a receber. Os elementos do activo (Assets) representam os meios ou recursos
para o desenvolvimento da actividade da entidade, as suas posses.

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 19


Passivo - conjunto de valores negativos, constituídos por obrigações, em regra compõem -se
de todas as dívidas a pagar. Os elementos do passivo (Liabilities) representam os credores, os
que a empresa deve aos terceiros.

Situação liquida ou fundos próprios


Valor expresso em unidades monetárias de todos os elementos dos activos ou passivos,
constitui o valor do património da entidade. A situaçãolíquida (Equit) representa o valor de
investimento dos proprietários, a contribuição dos investidores ou empreendedores no
negocio, nos activos da empresa. Corresponde por tanto a diferença entre a quantia que
representa a soma de todos os elementos activos e a que representa o somatório da parte
passiva desse património.
VALOR DO PATRIMONIO = ACTIVO ˗PASSIVO
Valor do património = ACTIVO ˗ PASSIVO
ou
VALOR DO PATRIMONIO = (bens + direitos ˗ obrigações)

A expressão monetária do valor do património


A equaçãobásica da Contabilidade (The Basic Accounting Equation "BAE") que se designa
por situaçãoliquida ou fundos próprios é a seguir:
ACTIVO ˗ PASSIVO = SITUAÇÃO LÍQUIDA (A ˗P = SL)
EM INGLES

ASSETS ˗ Liabilities = Equit


Aplicação Origem
ACTIVO (SL) PASSIVO
FUNDOS
PRÓPRIOS

1º. A > P ˗ Situação Liquida positiva


2º. A < P ˗ Situação Liquida negativa
3º. A = P ˗ Situação Liquida nula
Exemplo 1:
A empresa APEC possui os seguintes elementos patrimoniais:
- Deposito no Banco BCI 8.000,00
- Mercadorias 130.000,00
- Devedores 30.000,00
- Credores 50.000,00
- Equipamentos 70.000,00
O valor do património seria;
Dados: Formula:
Activo VP = A ˗ P
8 000,00
130 000,00 Resolução
30 000,00 VP = 8000,00 + 130 000,00 + 30 000,00 + 70 000,00 ˗ 50 000,00
70 000,00 VP = 238 000,00 ˗ 50 000,00
Passivo VP = 188 000, 00
50 000,00
VP = ?

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 20


Exemplo 2:
Classifique os seguintes elementos patrimoniais, em bens, direitos e obrigações e agrupe ˗ os
em suas respectivas massas patrimoniais. Determine a situação liquida e classifique a:
- Diversas ferramentas no valor de ……………………….….... 3 500
- Deposito no Bim …………………………………….……… 13 000
- Diversas mercadorias no valor de ………………………….. . 50 000
- Divida ao trabalhador João no valor de ……………………… 3 000
- Divida do trabalhador Jorge no valor de ……………………... 4 000
- Notas e moedas …………………………………………….... 25 000
- Imposto por pagar ……………………………………………. 3 000
- Dividas do cliente Pedro ……………………………………… 3 000
- Dividas ao fornecedor no valor de ………………………..…. 10 500
Resolução:
Bens Valores Direitos Valores Obrigações Valores
Diversas 3 500, 00 Divida do 4 000, 00 Divida ao 3 000, 00
ferramentas trabalhador trabalhador
Jorge João
Diversas 50 000, 00 Deposito no 13 000, 00 Imposto por 3 000, 00
mercadorias BIM pagar
Notas e 25 000, 00 Dívidas do 3 000, 00 Divida ao 10 500, 00
moedas Cliente Fornecedor
TOTAL 78 500, 00 20 000, 00 16 500, 00

SL = A ˗ P
SL = (78 500, 00 + 20 000, 00) ˗ 16 500, 00
SL = 98 500, 00 ˗ 16 500, 00
SL = 82 000, 00

Massas parciais do activo, passivo e da situação líquida

As massas parciais constituem as classes que compõem as massas gerais. Representam


elementos patrimoniais da mesma natureza, a sua nomenclatura depende do PGC existente no
país.
a) Massas parciais do activo
Classe 1 ˗ Meios financeiros; são todos os elementos patrimoniais que representam
dinheiro e dividas a receber. Ex: Caixa, Bancos.
Classe 2 ˗ Inventários e activos biológicos; Caracterizam o objecto da actividade da
empresa, são todos os elementos patrimoniais que representam o objecto da empresa,
aquilo que a empresa faz. Ex:Mercadorias, matérias ˗ primas, produtos acabados, animais
e plantas.

Classe 3 ˗ Investimentos de capital; são todos os que a empresa possui e os que são úteis
para a mesma, com uma vida útil superior a um ano, não se destinam à venda nem para
serem transformados, sofrem depreciação e que sem eles não é possível o
desenvolvimento da actividade da empresa. Incluem também recursos financeiros
aplicados em outras empresas. Ex:Viaturas, edifícios, equipamentos, acções ou
participaçõesem outras empresas.
b) Massas parciais do passivo

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 21


Classe 4 ˗ Contas a receber, Contas a pagar, Acréscimos e Deferimentos;São todos
compromissos que a unidade tem com terceiros (obrigações), e os terceiros com a
unidade. Ex: Clientes, Fornecedores, Empréstimos bancários, Estado entre outros
Credores.
c) Massas parciais da situação liquida

Classe 5 ˗ Capital próprio


A Situação Liquida divide ˗ se em;
 Situação Liquida Inicial é o valor inicial do património o chamado capital inicial;
 Situação liquida retida (SLR) ˗ Resultados anteriores não distribuídos que foram
retidos na empresa para cobrir futuras eventualidades.
 Situação líquida adquirida ˗ resultados do exercício, constituem lucros ou
prejuízos apurados nos exercícios económicos.

Factos patrimoniais

Definição:
Factos patrimoniais são todas operações e acontecimentos que implicam qualquer alteração ou
variação na composição ou no valor do património. Uma vez que os factos aparecem ligados a
tudo aquilo que implica variação do património, será a sua observação, classificação, registo e
controlo que constitui o trabalho contabilístico.

Princípios básicos elementares


1. Os aumentos dos activos e as diminuições do passivo constituem variações activas ou
positivas (sinal +);
2. Os aumentos do passivo e as diminuições do activo constituem variações positivas ou
negativas (sinal + ou ˗);

Classificação dos factos patrimoniais


a) Qualitativos (ou permutativos) ˗ Alteram só a composição do património e não do
seu valor.
b) Quantitativo (modificativo) ˗ Alteram a composição e o valor do património,
podendo ser: positivos (quando aumentam positivamente) ou negativos (quando
diminui).

Analise dos factos patrimoniais


Exemplo 1:
Depósito no BCI no valor de 30 000 contos.
1ª Fase:Determinação das alterações na composição do património.
Numerário (Activo): ˗ 30 000 contos
Depósito no BCI (Activo): + 30 000, 00
2ª Fase: Implicações dessas operações.
A ˗ P = SL
(˗ 30 000 + 30 000) contos ˗ 0
3ª Fase: Classificação do facto patrimonial.
 Facto patrimonial qualitativo ou permutativo porque não houve alteração do valor do
património.
Exemplo 2:
Analise os seguintes factos patrimoniais:

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 22


1. Compra de mercadorias em numerário no valor de 4 800, 00
2. Factura nº 45 de 12 300,00 de Mateus
3. Pagamento em dinheiro despesa de agua e luz 3 800, 00
Descrição Variação A P SL Classificação
Compra Numerário ˗ 4 800, 00 Qualitativo
˗ 4 800, 00 + 4 800, 00 + 0 = 0
Bens 0
4 800, 00
Factura nº Numerário Qualitativo
45 ˗ 12 300, 00 ˗ 12 300
Obrigação ˗ ˗ 12 300
= 0
˗ 12 300, 00 0
Pagament Numerário Qualitativo
o de (˗ 3 300, 00) ˗ 3 300 ˗ 3 300, 00 = ˗ 6 600 negativo
despesas Obrigações

Na classificação dos elementos patrimoniais há que ter em conta o seguinte:


Letras a receber Letras a pagar
Saque sobre Saque de
Saque a Aceite sobre
Nosso saque Seu saque
Aceite de Aceite a
Seu aceite Nosso aceite

Dividas a receber Dividas apagar


Credito Debito
Credito sobre Debito sobre
Credito a Debito a
Debito de Credito de

A conta
Definição:
A conta: os elementos das massas patrimoniais podem ser agrupados em diversos
subconjuntos com determinadas características comuns e especificas, de acordo com a sua
natureza e ou função que desempenha na empresa. São esses subconjuntos que se designam
por Conta.
Conta é um conjunto de elementos patrimoniais com determinadas características comuns e
específicas.

Elementos constituintes da conta

a) Compreensão: conjunto de características Comuns de todos os elementos que a


compõem. Esse conjunto define a natureza da classe a qual deve ser evidenciada o
mais claramente possível e o respectivo título.
b) Extensão: o valor da conta (expressos em unidades monetárias.
c) Titulo:é o nome que identifica rapidamente a natureza da classe e suas características,
normalmente, esse é composto pelo código (conjunto de números ou dígitos que
identificam) e o nome da conta.

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 23


Exemplo:
Compreensão:mercadoria, isto é, o produto adquirido para a venda.
Extensão: vinte milhões de meticais.
Titulo: 2.2 ˗ Mercadoria
 Contas do activo (meios financeiros, inventários e activos biológicos, investimentos
de capital e as contas a receber);
 Contas do passivo ( contas a pagar);
 Contas da situaçãolíquida(capital próprio);
 Contas dos gastos (gastos e perdas);
 Contas de rendimento (rendimentos e ganhos);
 Conta de resultados (resultados).

Classificação da Conta

Quanto a natureza
a) Singulares ou elementos ˗ são aquelas que não se decompõem noutras contas, não se
encontram subdivididas noutras contas;
b) Colectivas ˗ aquelas que são pela reunião de varias subcontas da mesma natureza nas
de menor grau, que se encontram subdivididas noutras que se chama "divisionárias ou
subcontas", tem contas filhas. As contas colectivas também são chamadas "Contas
mãe".
c) Divisionárias ou Subcontas ˗ Resultam da decomposição, são as que nascem das
contas colectivas, as chamadas contas filhas.
d) Subsidiarias ˗ são do mesmo grau que a conta principal, onde são revistados os factos
patrimoniais durante o período e no final os saldos são transferidos para as respectivas
contas principais.
Exemplo:
Conta singular: 1.1 Caixa ˗ quando não vem subdivida a outras contas inferiores.
Conta colectiva: 1.2 Bancos ˗ quando vem subdividida noutras contas inferiores como por
exemplo, subdivididas noutras 2º o Bancos ou 2º o tipo de deposito.
Conta divisionária: BCI ˗ por ser uma subdivisão da conta bancos.
Quanto ao Grau
a) Primeiro grau: são de maior generalidade (singulares e colectivas) normalmente é as
de dois dígitos.
b) Segundo grau: são decomposições das do primeiro grau, normalmente são as de três
dígitos.
c) Terceiro:sãodecomposições das do segundo grau. Normalmente são as dos quatro
dígitos. O primeiro dígito no título da conta indica a ordem ou grau.

Variações da conta

Qualquer facto patrimonial indica a variação de duas ou mais contas e nunca soube uma.
Apesar de, em alguns casos variar uma só do activo ou passivo implicando tal que a outra é a
da SL ou fundos próprios.
Esta conclusão traduz intima conexão das contas e esta correlação poder ser anunciada da
seguinte forma: "A variação de uma conta é sempre equilibrada, pela variação de uma ou de
outras contas ou, qualquer débito (ou credito) de uma conta corresponde a um crédito ou
vários (débitos) de uma outra de igual valor".

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 24


Princípios de partidas dobradas ou duplas
As variações da Conta podem ser:
 Simples ˗ variam apenas duas contas;
 Complexas ˗ variam mais de duas contas.

Registo das variações das Conta


As Contas estão sujeitas a movimentos e transformações, e, estas variações podem ser
positivas (+) e negativas (˗).

a) Representação gráfica da Conta ˗ geralmente a Conta é representada por meios de


dispositivos clássicos que tem a forma de um "T".
Deve (D) Titulo da conta Haver (C)

b) Registo das Variações


 Debitar uma conta ˗ é inscrever qualquer importância na secção de debito ou do
deve. Para as contas que representam o património (Activo e Passivo) podemos dizer
que consiste em registar uma variação positiva dessa conta;
 Creditar uma conta ˗ é inscrever qualquer importância nasecção de crédito ou do
haver. Para as contas que representam o património (A e P) podemos dizer que
consiste registar uma variação negativa dessa conta.

Exemplo:
Debito 1.1 Caixa Credito
Variações (+) Variações (˗)

 Recebimento dos clientes no valor de 150, 00


 Pagamento a mcel no valor de 100, 00
Debito 4.1 Clientes Credito
150, 00 100, 00

Saldo de uma conta


Saldo de uma conta é a diferença entre o débito e o crédito da mesma podendo ser devedor,
credor ou nulo, isto é, é a diferença entre o total a debito e o total à crédito ate esse momento.
Saldo = debito ˗ credito
Saldo = 150, 00 ˗ 100, 00
Saldo = 50, 00

Tipos de saldo
Saldo devedor (Sd)˗ quando o debito é maior em relação ao credito (D > C).
Saldo credor (Sc) ˗ quando o debito é menor que o credito (D < C).
Saldo nulo ˗ quando o débito é igual ao crédito (D = C).

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 25


Fechar uma conta
Consiste em inscrever o saldo devedor na coluna dos créditos e inscrever o saldo credor na
coluna dos débitos como objecto de respeitar o princípio de contabilidade (partidas dobradas).
Debito 1.1 Caixa Credito
150, 00 100, 00
Sd: 50, 00
Total 150, 00 150, 00

Reabrir uma conta


Consiste inscrever a importância do saldo na coluna ou secção dos débitos (se o saldo for
devedor) ou na coluna dos créditos (se o saldo for credor).
Normalmente consiste, em lançar os saldos apurados no fecho ou encerramento das contas no
lado devido.

Debito 1.1 Caixa Credito


50, 00

Movimentação
 As contas do activo debitam pelos aumentos e creditam pelas diminuições;
 As contas do passivo debitam pelas diminuições e creditam pelos aumentos;
 As contas de fundos próprios ou situação líquida debitam pelas diminuições e
creditam pelos aumentos;
 As contas de gastos funcionam como do activo;
 As contas de rendimento e resultados funcionam como a conta do passivo.

Contabilização das operações


Generalidades
O artig. 18 do C. Comercial obriga a todos comerciantes a possuir escrituração comercial.
Por escrituração comercial entende ˗ se como sendo uma técnica que permite registar as
variações do património da empresa. Para que se proceda a escrituração comercial é
necessário conhecimento das contas, regras de movimentação e sua sistematização, os
critérios valorimétricos e etc. Surge aqui a obrigatoriedade das empresas exporem dum plano
de contas e o conhecimento dos conceitos Contabilísticos. Assim, verifica ˗ se que a
contabilidade esta associada à ciência e a escrituração à técnica contabilística.

Convêm recordar que a 1ª contabilidade segundo B. António em "elementos de contabilidade


geral" remontam do séc. XIII, e comportavam somente as contas de devedores, credores e
banqueiros, ou seja, contas de "indivíduos ou pessoas" pelo que o método de registo
contabilístico consistia na inserção em cada conta (individual) dos respectivos movimentos,
sem qualquer ligação com inscrições ou registos feitos noutras contas –métodos partidas
simples unigrafia.

O desenvolvimento histórico da técnica contabilística levou a que se introduzisse contas de


coisas, registando-se nas individuais e nas de coisas –métodos das partidas mistas. Mais tarde
introduz-se também as de factos patrimoniais, fazendo-se o registo (acento ou lançamento)
numa conta, repetindo-se noutra ou noutras contas, interligados pelo mesmo facto

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 26


patrimonial, constituindo este registo aquilo à que se chamaria métodos de partidas dobradas
ou digrafia.

O método do gráfico data do séc. XV (Luca Pacioli, como autor) consiste na doutrina de que
todo o débito numa conta origina o credito noutra ou noutras contas e vice-versa, isto é, cada
facto patrimonial origina um registo em duas ou mais contas de forma que, ao valor de cada
débito «ou débitos» corresponda sempre um crédito «ou créditos» de igual valor.

Este principio já foi testado a quando da determinação das variações das contas. A
escrituração tem por objectivo o conhecimento da situação patrimonial no fim de cada período
administrativo e a determinação dos resultados correspondentes aos exercícios.
Visa em suma, a representação da actividade económica da empresa e a exposição sintética
dos dados e recolhe e classifica, em duas pecas fundamentais: o balanço e a demonstração de
resultados,

O modelo básico da contabilização das operações é o seguinte:


Documentos Diário Razão Balanço Inventários
balanços

Regras de contabilização

Entende ˗ se por regra de contabilizar um facto ao acto de determinar:


1º Quais as contas que variam (pela analise de facto patrimonial);
2º Quais as contas que devem ser debitadas e creditadas (pela aplicação de regras de
funcionamento das contas);
3º Registo de valores desses débitos e créditos.

Contabilidade e escrituração

A teoria e técnica são componentes indissociáveis da ciência, no plano metodológico, pois,


embora se admita a existência, no passado, de uma técnica sem teoria (arte empírica), logo
que se descobre o porquê dos factos (e dessas técnicas) aparece a teoria científica, que passa a
influenciar e orientar a técnica (cientifica), tornando ˗ a completamente inteligível.

Ciência da Contabilidade
Contabilidade Teoria Técnica Escrituração
(porquê) (como)
Assim, podemos dizer que:

A Contabilidade é a ciência que estuda a realidade económica empresarial (situações e


fenómenos);

A Escrituração é a técnica ou arte de registar as situações e fenómenos empresariais.


Neste sentido por escrituração ou escrita de um comerciante devera entender ˗ se o conjunto
de documentos, livros e registos que historiam a vida do seu património comercial. São,
portanto, pecas fundamentais da escrituração: os livros, onde se registam as operações, os
documentos, que representam e comprovam essas operações, e os lançamentos efectuados
nos livros.

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 27


Neste momento, estudados já os documentos e os registos, apenas nos resta falar mais
desenvolvidamente dos livros.
De facto, já o art. 29. º do código comercial, Estipula que todo o comerciante é obrigado a ter
livros que dêem a conhecer fácil, clara e precisamente as suas operações comerciais e fortuna
˗ limitação genérica, de certo modo compatível com o princípio de liberdade quanto ao
número, espécies e arrumação dos livros. Depois, essa liberdade será coarctada,
preciosamente no final do próprio art. 30.º do CC ao dizer ˗ se "…contrario que não se deixe
de ter os livros que a lei considera como indispensáveis".

Em conclusão a lei comercial estabelece um regime de liberdade com restrições, pois os


comerciantes, para além dos que julgarem convenientes, são obrigados a ter determinados
livros, e todos, pela forma de arrumação, devem dar a conhecer com clareza, facilidade e
precisão, as suas operações comerciais e fortuna.

Livros obrigatórios e facultativos


O art.31.º do Código Comercial diz que são indispensáveis a qualquer comerciante os
seguintes livros: Inventários e Balanços, Diário, Razão e Copiador, acrescentando em
paragrafo único, que as sociedades também são indispensáveis outros Livros para Actas.

Alem destes, que são obrigatórios para todos os comerciantes (os Livros de Actas só para as
sociedades, claro), outros livros são impostos pela legislação comercial (Código e diplomas
complementares) e fiscal, nomeadamente para o registo de determinadas operações (emissão
de extractos de factura, por exemplo), para certas espécies de sociedade (anónimas, por
exemplo), ou para certos ramos de negócio (Bancos e Seguros, por exemplo).

Serão facultativos todos os restantes livros utilizados, dos quais convêm destacar, por serem
indispensáveis, os seguintes: Razoes auxiliares das contas colectivas, Diários de Caixa, Letras
a Receber e Letras a Pagar, e Balancetes.

O Inventário
Noção:
Para que se conheça o património de uma entidade é necessário fazer ˗ se o levantamento de
todos elementos, seus componentes pecuniários, por meio de registos feitos em mapas, tabelas
ou quadros, no qual figuraram todas as suas características, nomeadamente, as qualidades,
quantidades referenciais e o respectivo valor. Isto é obtido através de contagens, medição,
etc., ou, à avaliação física. O documento contabilístico que comporta tal relação chama ˗ se

Inventario.

Inventario é a relação escrita dos elementos patrimoniais concretos, com a indicação das suas
quantidades, preços unitários e valores.
O património e os Inventários são noções completamente distintas. O património é o conjunto
de valores, o Inventario é o documento em que esses são elementos estão arrolados ou
alistados. Ninguém poderá confundir os alunos de uma turma com a respectiva pauta ou
relação nominal, nem a roupa suja com a relação ou o rol da lavadeira.

Classificação do Inventário
Quanto ao momento da sua elaboração

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 28



Inicial ˗ elaborado no inicio de cada exercício.

Final ˗ elaborado no final de cada exercício.

Ordinário ˗ elaborado no período de tempo definido por cada empresa.

Extraordinário ˗ elaborado em função de causas anormais.
Quanto a sua extensão ou âmbito
 Geral ˗ quando abarca todos os valores que constituem um dado património.
 Parcial ˗ quando abrange apenas uma classe de valores ou alguns elementos
patrimoniais.
Quanto à descrição
 Analítico ˗ quando os elementos patrimoniais aparecem bem detalhados, especifica ˗
se minuciosamente todos os elementos das diferentes classes de valores.
 Sintético ˗ quando os elementos patrimoniais aparecem resumidos.
Quanto à disposição dos elementos patrimoniais
 Simples corrido ou empírico ˗ é elaborado sem nenhuma preocupação de ordená ˗
los.
Classificador selectivo ou sistemático
Os elementos patrimoniais são agrupados segundo classes, natureza ou função.

Fases de Inventariação
I. Arrolamento ˗ é o alistamento dos bens patrimoniais.
II. Classificação ˗ Consiste na atribuição desses bens pelas diferentes contas ou classes
de valores.
III. Descrição ˗ tem por fim dar indicação da sua natureza, qualidade e características.

Finalidades do Inventário
O Inventario é geralmente elaborado com a finalidade de apresentar a composição do
património de uma determinada empresa, ficando ˗ se a conhecer um dado momento do
exercício económico o conjunto de bens, direitos e obrigações que são sua propriedade.

Dispositivo do Inventário
Dispositivo vertical ˗ quando primeiro indicamos um activo e por baixo passivo.
Activo
Passivo
Dispositivo horizontal ˗ quando o activo aparece do lado esquerdo e o passivo do outro lado.
Activo Passivo

O Balanço
Noção, objectivos, classificação e dispositivos

Noção:
O Inventario geral, por si só não nos apresenta o valor do património, tornando ˗ se necessário
comparar o activo com o passivo para se conhecer o valor e a natureza da situação líquida
(SL).Esta comparação constitui o Balanço. Assim, enquanto o Inventário constitui apenas um
arrolamento (listagem) dos valores Activos e Passivos, o Balanço, por sua vez leva acabo a
comparação (balanceamento entre aquelas classes de valores). São estes aspectos que marcam
a sua diferença. Acrescentando a SL ao quadro do Inventario, tem ˗ se o balanço que constitui
o mapa da situação patrimonial (SP) da empresa no determinado momento. Assim: Balanço é

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 29


a comparação entre o activo e o passivo de um património evidenciando a respectiva situação
líquida. È, pois, mapa/quadro que se destina a fazer a comparação entre o activo e o passivo
evidenciando ˗ se a SL.

Objectivos:
1º. Mostrar a qualquer momento a situação patrimonial (SP) ou situação económica ˗
financeira da empresa (aspectos estatísticos);
2º. Determinar os resultados em dado período (intervalo de tempo) ˗ aspecto dinâmico.

Classificação

1. Quanto ao momento da elaboração


 Inicial ˗ elaborado no inicio do exercício económico.
 Fundação ˗ elaborado no momento em que a empresa é criada ou fundada (certidão
de nascimento) também chamada inicial.
 Ordinária ˗ são elaborados normalmente e no fim de exercício.
 Extraordinária ˗ elaborado acidentalmente em qualquer momento da vida da empresa
e por motivos diversos (secção de quotas, roubo, incêndio, falecimento do sócio, etc).
 Final ˗ elaborado no final de exercício económico.
 De liquidação ˗ elaborado no momento da sua extinção (certidão de óbito, também
designado final).

2. Quanto a descrição:
 Analítico ˗ quando apresenta o desenvolvimento de algumas contas.
 Sintético ˗ quando apresenta as massas parciais do activo, passivo e situação liquida.

3. Quanto a apresentação ou disposição dos elementos patrimoniais


 Simples ˗ são elaborados sem preocupação de ordena ˗ los.
 Classificados ˗ os elementos patrimoniais aparecem agrupados, segundo classes,
natureza ou função.

Dispositivos
 Dispositivo vertical e dispositivo vertical.

Expressão ou equação geral de Balanço

Géneros de balanço, requisitos do balanço, equação de equilíbrio patrimonial.

Equação geral de balanço


A ˗ P = SL sendo, A = SL + P

Géneros do Balanço
Géneros Casos S. Liquida Expressão
1º A > P → SL > 0 SLa A = P + SLa
2º A = P → SL = 0 SL0 A=P
3º A < P → SL < 0 SLP A + SLP =P

A SL pode ser:
SL.inicial (situação liquida inicial)

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 30


SLfinal (situação liquida final)
SLretida (situação liquida retida)
SLAdquirida (situação liquida de exercício ou adquirida)

Requisitos do balanço
Os requisitos do balanço são:
 Clareza: o balanço deve ser apresentado de forma clara, de modo a facilitar a sua
interpretação. A clareza do balanço depende das contas utilizadas, dos seus títulos e da
respectiva seriação;
 Exactidão: os valores das diversas contas correspondem ao valor real dos respectivos
elementos patrimoniais;
 Integridade: inclui todos os valores patrimoniais activos e passivos e, rubricas do
capital próprio (SL) respeitando o princípio da proibição das compensações, isto é, as
contas mistas não devem apresentar um único saldo;
 Consistência: devem utilizar ˗ se os mesmos critérios e normas;
 Uniformidade: devem utilizar ˗ se normas e critérios ao nível nacional ou sectorial;
 Sinceridade: a sinceridade do balanço exige que os seus elementos patrimoniais sejam
avaliados correctamente, isto é, com base em factos objectivos. Contudo devem
minimizar ˗ se ao máximo a subjectividade rubricas, como provisões, amortizações,
existências, etc.

Equação do equilíbrio patrimonial

A ˗ P = SL ACTIVO PASSIVO
B + D ˗ O = SL B+D O + SL
B + D = SL + O

Balancete
Balancete è um quadro de resumo das contas compostas por:
 Titulo das contas que constituem a razão:
 Debito e credito acumulado das contas:
 Saldo das contas:
O Balancete mostra a concordância entre os totais dos débitos e dos créditos coincidindo
também com o total do diário da tripla igualdade.
Soma dos débitos igual a soma dos créditos igual a soma total do diário. Se qualquer das
igualdades não se verificar implica que houve um erro.

Traçado do balancete
Balancete de verificação em--------------/--------------/----------
Código de Saldos
contas Contas Débitos Crédito Devedor Credor

Classificação
1.Balancete de verificação de razão è laborado mensalmente e mostra-nos que:
 O total dos débitos das contas è igual o total dos créditos (principio de dualidade);

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 31


 O total dos saldos devedores è igual ao total dos saldos credores
2.Balancete rectificado ou do inventárioè feito no fim do exercício económico. Depois da
regularização das contas.
3.Balancete final: Este constitui o espelho do balanço final pois faz se depois de transferência
de todas as contas do custos e proveito para as contas de resultados.

Regularização das contas e balancete rectificado


Obtida a concordância entre os valores contabilístico e real das contas, através dos
lançamentos de rectificação elabora - se um novo balancete, que se chama balancete de
rectificação ou de inventario que visa a regularização e a rectificação de saldos contabilísticos
das contas dando vantagem de orientar e facilitar o restante trabalho de fim de exercício.
Inventario
=

Lançamentos de Balancete
Balancete de
rectificação rectificado
verificação

Balancete final ou de encerramento


Após os lançamentos de apuramento dos resultados, poder - se - à elaborar novo balancete, o
chamado balancete final, no qual todas as contas de custos e perdas e de proveitos e ganhos
hão-de estar saldadas, assim como as contas de resultados intermédios.

Balancete Lançamentos de Balancete final


rectificado apuramento de
resultados

Neste balancete, todas as contas não saldadas são contas de balanço.

Dupla finalidade do balancete de verificação

 Verificar se os registos no razão estão correctos, constitui por tanto uma conferência
de passagem do diário ao razão.
 Apreciar a situação da empresa: o balancete da verificação constitui um excelente
meio de orientação para gerência.
Através do balancete pode fazer-se uma análise numerada:
Situação financeira da empresa: Comparando os valores das disponibilidades (caixa,
bancos, letras e receitas) com as dividas aos terceiros.
Situação económica da empresa: Calculando-se aproximadamente o resultado da empresa
pela diferença entre os proveitos e ganhos e os custos e perdas.

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 32


Lançamentos no Razão Geral

O Razão

Razão é um livro onde as operações ou factos patrimoniais são registados por ordem das
contas. Após a escrituração diária por ordem de datas os registos patrimoniais são agrupados
por contas, isto é, o razão serve para escriturar o momento de todas as operações no diário,
ordenados a débito e a crédito, em relação a uma das respectivas contas, para se conhecer o
estado e a situação de qualquer delas, sem necessidade de recorrer ao exame de tantos
lançamentos no diário. Portanto, os factos patrimoniais são registados por ordem de datas, no
diário, e posteriormente por ordem de contas no razão.

O Razão será um quadro ou mapa constituído por duas colunas ou mesmo, membros
reservando ˗se a primeira para o registo das operações que implicam o debito da conta e o
segundo, as que implicam o credito da conta em causa.
Os registos a debito levam a preposição"𝛼", significando "DEVE a" e os créditos a preposicao
"D", significando "HAVER de".

Modelo do Razão Geral


DEVE Titulo da Conta HAVER

A b c D e f G a B c d e f g

Legenda:
a) Ano e mês das operações;
b) Dia;
c) Preposição "𝛼" do lado esquerdo ou "D" do lado direito;
d) Contrapartida da conta movimentada (ou, e descrição);
e) № de lançamento no diário geral;
f) Coluna auxiliar das importâncias;
g) Coluna principal das importâncias.
È de referir que, actualmente dispensa ˗ se a coluna auxiliar de importâncias sendo o razão
geral constituído nos dois lados pelas colunas principais de importância. Este razão que é um
dispositivo bilateral simplificado é mais usado na prática.

DEVE Titulo da conta HAVER

Anteriormente definimos o razão como o livro das contas, mas obviamente que não
poderemos reunir no mesmo livro contas de diferentes graus. Dai a necessidade de vários
Razoes. Ao livro do razão das contas do 1º grau designa ˗ se por Razão Geral; e ao das
contas divisionárias (do 2º grau e seguintes) dizem ˗ se Razões auxiliares.

Os Razões auxiliares mais frequentes são: de bancos, de clientes, fornecedores, de


mercadorias e outros

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 33


Lançamentos de estorno

Estorno
Definição:
Estorno é um lançamento destinado a anular ou rectificar o outro se estar errado. È pois um
lançamento destinado a preencher uma lacuna.
Os estornos podem ser motivados por:
1. Omissão do lançamento;
2. Duplicação de lançamento;
3. Inversão de conta;
4. Substituição de contas;
5. Alteração de quantias.

Estorno no diário
Quando o erro estiver sido cometido no diário, o estorno consistira, na rectificação do
lançamento errado e a efectivação do correcto, alterações estas que serão acompanhadas dos
respectivos registos no Razão uma vez que o erro nele terá ficado patenteado.

Omissão de lançamento
O Estorno consiste no lançamento omisso, deve referir ˗ se na descrição a data da operação.
Exemplo:
Por lapso não registamos no passado dia 05 o talão de depósito nº 26/BCI referente ao
depósito efectuado pelo nosso cliente Mussagy no valor de 2 500, 00.
1.2 Bancos
a 4.1 Clientes
p/talão de deposito nº 26
por lapso no registo no dia 05 2 500,00

Duplicação de lançamento
Na duplicação de lançamento o estorno consiste na anulação do segundo lançamento.
Como anular um lançamento?
- Pelo lançamento inverso
- Recurso ao cumprimento aritmético.
Exemplo:
Pelo talão de deposito nº 186 de 650 000, 00 do BIM fizemos com o nº 336 e em duplicado
com o nº 337 os seguintes lançamentos:
336 1.2 Bancos (BIM)
a 1.1 Caixa
p/talão de deposito nº 186 650 000, 00

337 1.2 Bancos (BIM)


a 1.1 Caixa
p/ talao de deposito nº 186 650 000, 00

Pelo lançamento inverso

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 34


338 1.1 Caixa
a 1.2 Bancos
p/ anulação do lançamento 337
por duplicação 650 000, 00

Pelo comprimento aritmético


Comprimento aritmético de um número é a diferença entre esse numero e a potencia de 10
que é imediatamente superior.

Cálculos:
650 ˗ Potencia 1000 (103)
1000 ˗ 650 = 350
O lançamento de estorno será:
338 1.2 Bancos (BIM)
a 1.1 Caixa
p/ estorno de lançamento
nº 337 1 350 000, 00

Podemos concluir que o lançamento se anula por um outro idêntico cuja a importância seja o
comprimento aritmético do primeiro, acrescido de uma unidade negativa a classe
imediatamente superior.
Nos casos da inversão de contas, substituição e alteração de quantias, pode se seguir a um dos
processos seguidos e distintos.
1º Processo Geral: consiste no lançamento de anulação do lançamento errado em seguida faz
o lançamento certo.
2º Processo abreviado: a correcção faz se por um único lançamento, síntese de lançamento
referente ao lançamento geral.

Inversão da conta
Exemplos:
Pelo pagamento da energia eléctrica fizemos com o nº 48 o seguinte lançamento.
Inversão de contas
48 1.1 Caixa
a 6.3 Fornecimentos e serv. De
terceiros
p/ recibo nº 33 da EDM 950 000, 00

Processo geral

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 35


49 6.3 Fornecimentos e serviços terceiros
a 1.1 Caixa
p/ anulação do lançamento 48 950 000, 00

50 6.3 fornecimento e serviços de terceiros


a 1.1 Caixa
p/ recibo nº 33 da EDM 950 000, 00

Processo abreviado

49 6.3 Fornecimentos e serv. De


terceiros
A 1.1 Caixa
p/ estorno do lançamento
nº 48 1 900 000, 00

Substituição de contas
Exemplo:
Pelo pagamento a um Fornecedor fizemos por lapso o seguinte lançamento com nº 136
136 4.1 Cliente
a 1.1 Caixa
p/ pagamento ao Fornecedor 1 500 000, 00

Processo Geral
137 1.1 Caixa
a 4.1 Cliente
p/ anulação do lancto 136 1 500 000, 00

138 4.2 Fornecedor


a 1.1 Caixa
p/ pagto ao Fornecedor 1 500 000, 00

Processo abreviado
O lançamento de estorno consiste na transferência de uma conta para a outra, isto é, o resumo
dos lançamentos 137 e 138.
137 4.2 Fornecedores
A 4.1 Clientes
p/ Estorno do lancto 136 1 500 000, 00

Alteração de quantias
Exemplo:
Pelo pagamento da renda (recibo nº 36 do apiê) no valor de 600 000, 00 fizemos o seguinte
lançamento com o nº 90.

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 36


90 6.3Fornecimentos e serviços
a 1.1 Caixa
p/ recibo nº36 da apie 600 000, 00

Processo geral
91 1.1 Caixa
a 6.3 Fornecimento e serviços
p/ anulação do lancto 90 600 000, 00

92 6.3 Fornecimento e serviços


a 1.1 Caixa
p/ recibo nº 36 da apie 600 000, 00

Processo abreviado
O lançamento de estorno consiste na anulação do primeiro pela diferença.
93 1.1 Caixa
a 6.3 Fornecimentos e serv. De
terceiros
p/ estorno do lançto nº 90 5 400 000, 00

Lançamento no Diário Geral

Conceito do Diário
O diário é um livro onde os factos patrimoniais são registados por ordem cronológica, isto é
por ordem de data.

a) b) c) d) e) f) g)

Legenda:
a) Nº de fólio no Razão Geral, isto é, a ordem do aparecimento das contas;
b) Nº da ordem do lançamento;
c) Preposição "a" que indica as contas a creditar;
d) Localidade, data, cabeçalho, descrição ou histórico;
e) Nº do documento no arquivo;
f) Coluna auxiliar de importâncias (para lançamentos da 2a, 3a e 4a formula);
g) Coluna principal de importâncias.
Actualmente já aparecem diários mais simplificados com duas colunas a esquerda em vez de
três como o clássico anteriormente visto.

a) b) c) d) e) f)

Legenda:
a) Nº de lançamento;

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 37


b) Preposição "a" que indica as contas a creditar;
c) Localidade, data, cabeçalho, descrição ou histórico;
d) Nº de fólio no Razão Geral, referente as contas movimentadas;
e) Coluna auxiliar de importâncias (para lançamentos da 2a, 3a e 4a formula);
f) Coluna principal de importâncias.

Classificação de lançamentos
Quanto a natureza dos movimentos
Época Lançamentos Objectivos
No inicio da actividade Lançamento de abertura Valores iniciais
Lançamentos correntes Registos e factos patrimoniais
Durante a actividade ou Lançamentos de estorno Correcção de erros e omissão
exercício
Lançamentos de Correcção de valores
regularização
Lançamentos de Transferência de valores
No Fim de exercício apuramento e aplicação de
resultados
Lançamento de Registo de valores finais
encerramento de escrita
No inicio de exercício Lançamento de abertura Valores no inicio do exercício
seguinte seguinte

Quanto ao nº de contas movimentadas


 Lançamentos simples: só variam duas contas;
 Lançamentos compostos: quando variam mais que duas contas.
Fórmulas de lançamento
 Lançamento da 1a formula: Quando implica um debito e um credito (simples);
 Lançamento da 2a formula: Quando implica um credito e vários créditos (lançamentos
compostos;
 Lançamento da 3a formula: quando implica um credito e vários débitos (composto);
 Lançamento da 4a formula: Quando implica vários débitos e vários créditos
(composto).
Exemplo do Lançamento de 1a formula:
Compra a dinheiro de mercadoria no valor de 10 750, 00
Matola, 12 ˗ 11 ˗ 2014
1 2.1 compras
a 1.1 Caixa
Pela compra a pronto pagto
de mercadoria………………….. 10 750, 00

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 38


Exemplo de lançamento da 2a formula:
Compra a dinheiro de mercadoria no valor de 10 750, 00 metade em dinheiro e metade em
cheque.
Matola, 12 ˗ 11 ˗ 2014
2 2.1 compras
a Diversos
Pela compra de
mercadoria em numerário e em
cheque
1 a 1.1 Caixa 5 375, 00
a 1.2 Bancos 5 375, 00 10 750, 00

Exemplo de lançamento da 3a Formula:


Venda da mercadoria por 10 750, 00 metade em dinheiro e metade a prazo de 30 dias.
Matola, 12 ˗ 11 ˗ 2014
Diversos
7 a 7.1 Vendas
Pela venda de mercadorias
em numerário e a prazo de 30
dias
1 1.1 Caixa 5 375, 00
4.1 Clientes 5 375, 00 10 750, 00

Exemplo de lançamento da 4a fórmula:


Compra de mercadoria 10 750, 00 e mobiliário de 4 750, 00 metade em dinheiro e metade por
cheque.
Matola, 12 ˗ 11 ˗ 2014
Diversos
a Diversos
Pela compra de mercadoria
e mobiliário em numerário e por
cheque
2 2.1 Compras
3 3.2 Activos tangíveis
1 a 1.1 Caixa 7 750, 00
a 1.2 Bancos 7 750, 00 15 500, 00

Alguns conceitos básicos

Terminologia utilizada na contabilidade de custos

Os gastos estão sempre ocorrendo na empresa, sendo necessário um desembolso financeiro


por meio do consumo e da produção de bens ou de serviços. O sacrifício final cria a
possibilidade da entrega de um bem ou da prestação de um serviço em troca da promessa de
recebimento de outro activo, conhecido como dinheiro.

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 39


Dependendo de sua aplicação, os gastos podem ser classificados em investimentos, custos,
despesas, perdas ou desperdícios. As terminologias básicas usualmente utilizadas na
contabilidade de custos são as seguintes:
a) Investimento – ocorre quando a empresa realiza um gasto de modo que possa construir-se
numa receita futura. Ex.: compras de matérias-primas, móveis e utensílios e veículos;
b) Custos – são os gastos essenciais à produção, pois os factores produtivos são utilizados
com o objectivo de adquirir novos produtos ou serviços. Ex.: consumo de matéria-prima,
energia, salários e encargos sociais dos empregados da produção, depreciação dos bens da
fábrica e material de embalagem;
c) Despesas – são gastos incorridos em um determinado período de tempo com o objectivo da
venda de produtos e serviços para a geração de receitas. São todos os outros gastos efectuados
nas áreas de apoio da empresa. Ex.: salários e encargos sociais dos empregados da
administração, material de consumo da administração, depreciação dos bens da administração,
comissões sobre vendas, juros bancários, impostos de Renda e Contribuição Social sobre o
Lucro;
d) Perdas – são gastos de natureza excepcional, já que ocorrem de forma anormal e
involuntária. Entende-se consumo involuntário o extravio e o desaparecimento de bens. São
apropriados directamente no resultado do período. Ex.: roubo e incêndio de produtos;
e) Desembolsos – são saídas de dinheiro do caixa ou das ou das contas bancária das empresas,
como, por exemplo, entrega a terceiros de parte do numerário da empresa. Os desembolsos
ocorrem em virtude do pagamento de compras à vista ou de uma obrigação assumida
anteriormente.
f) Desperdícios – são gastos incorridos no processo produtivo ou de geração de receitas e que
possam ser eliminados sem prejuízo da qualidade ou quantidade de bens, serviços ou receitas
geradas;
g) Subproduto – nasce de forma normal durante o processo de produção e origina-se de
desperdícios. Os subprodutos e preço certos) e têm facturamento ínfimo em relação ao
facturamento global da empresa. A receita líquida das despesas variáveis com a sua venda é
considerada redução do custo com a produção do produto principal, pois compõe os estoques
da empresa. Ex.: farelo de trigo, em relação à farinha de trigo, serragem, em relação à serraria;
h) Sucata – considerada um item de venda esporádica. O seu valor de venda não é previsível
na data em que surge na produção. A sucata não recebe custos, pois não compõe os estoques
da empresa e a sua venda é considerada como outras receitas operacionais.

Análise comparativa entre custos e despesas.


Custos Despesas
É um gasto efectuado no sector de produçãoÉ um gasto efectuado fora do sector de
produção.
É um gasto gerado para obter novo produto É um gasto gerado para obter receitas.
ou serviço.

É lançado primeiramente no activo em É lançado directamente no resultado do


conta do estoque. exercício.
Não diminui de imediato o pagamento Reduz de imediato o património líquido via
líquido, pois o valor está embutido em conta resultado do exercício.
de estoque.
É lançado no resultado quando da venda do É lançado no resultado do período quando
produto estocado ou serviço, da ocorrência do seu fato gerador.
transformando-se numa despesa.

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 40


Balanço e Demonstração de resultados

Demonstração dos resultados


Apresenta ˗ se o modelo sugerido pelo Dec.˗ Lei nº 238/91, de 2 de Julho.
Código das contas
POC
Custos e perdas
Custos de mercadorias vendidas e das matérias consumidas:
Mercadorias
Matérias
Fornecimentos e serviços externos
Custo com o pessoal:
Renumerações
Encargos sociais:
Pensões
Outros
Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo
Provisões
Impostos
Outros custos operacionais (A)
Amortizações e provisões de aplicações e investimentos financeiros
Juros e custos similares:
Relativos a empresas interligadas
Outros (C)
Custos e perdas extraordinários (E)
Impostos sobre o rendimento do exercício (G)
Resultados líquidos de exercícios
Proveitos e ganhos

Proveitos e ganhos
Vendas:
Mercadorias
Produtos
Prestações de serviços
Variação da produção
Trabalhos para própria empresa
Proveitos suplementares
Subsídios a exploração
Outros proveitos operacionais (B)
Rendimento de participações de capital
Relativos a empresas interligadas
Relativos a outras empresas
Rendimento de títulos negociáveis e de outras aplicações financeiras:
Relativos a empresas interligadas
Outros (D)
Proveitos e ganhos extraordinários (F)

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 41


Resumo:
Resultados operacionais: (B) ˗ (A) = ………………
Resultados financeiros: (D ˗ B) ˗ (C ˗ A) = ………..
Resultados correntes: (D) ˗ (C) = ………………….
Resultados antes dos impostos: (F) ˗ (E) = ………..
Resultado liquido do exercício: (F) ˗ (G) = ………..
Repetindo de algum modo o que já foi dito antes, podemos dizer, de uma forma sintética, que
é objectivo da contabilidade a recolha, registo e tratamento dos factos decorrentes das
operações efectuadas pelas organizações, de forma a elaborar demonstrações económico ˗
financeiras que revelem:
 A situação patrimonial e financeira;
 A situação económica e a capacidade de gerar excedentes;
 O grau de cumprimento das obrigações para com terceiros, incluindo os de carácter
fiscal.
Para isso constroem ˗ se demonstrações financeiras, constituídas por:
a) Balanço e demonstração de origens e aplicações de fundos;
b) Demonstração de fluxos de caixa;
c) Demonstração de resultados.
Na óptica das demonstrações financeiras as duas perspectivas mais correntes do balanço são:
a) Perspectiva patrimonialista, em que o Balanço é classificado como um quadro que nos
evidencia a situação patrimonial da Organização, ou seja o conjunto de bens, direitos e
obrigações que lhe estão afectos.
Nesta perspectiva, o balanço é ilustrado pelo mapa abaixo:
Balanço
ACTIVO
 Bens e
 Direitos
= ACTIVO
CAPITAL E FUNDOS PROPRIOS E PASSIVO

 Obrigações
Para com os sócios
= CAPITAL E FUNDOS PROPRIOS
 Obrigações
Para com terceiros
= Passivo

Análise económica e financeira

Dentro de uma estrutura organizacional ou empresarial clássica, organizada por funções,


cabem à função financeira, numa perspectiva muito geral, todos os estudos e tarefas

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 42


relacionadas com os meios financeiros necessários ao desenvolvimento da actividade da
empresa.

Numa primeira fase (anos 50), o papel da função financeira confundia se com o do tesoureiro
pois estava limitado à obtenção dos fundos necessários ao normal funcionamento da empresa,
actuando simultaneamente na rapidez e segurança da cobrança de dividas dos clientes e no
escalonamento adequado dos pagamentos de débitos à fornecedores.

Resumia ˗ se àquilo que hoje chamamos Gestão de Tesouraria ou Gestão de


Disponibilidades. Posteriormente, o aumento da dimensão das empresas, o acréscimo do
número e importância das multinacionais, a maior concorrência nos mercados, a
diversificação dos meios de financiamento, fazem com hoje, às tarefas tradicionais da função
financeira se acresça a obtenção e utilização dos recursos financeiros ao menor custo possível.
Desde a década de 80, são frequentes as fusões de empresas, as ofertas públicas de compra,
venda e de troca. È necessário conhecer novos produtos financeiros com a finalidade de
eventual criação e gestão de uma carteira de títulos. A internacionalização da actividade
económica obriga a função financeira a considerar problemas de câmbio, meios de pagamento
e financiamentos internacionais, decisões de investimento.

O desenvolvimento de meios informáticos torna o processo de tomada de decisões mais


seguro e eficaz, ligado a empresa e outras empresas do grupo, a praças financeiras
internacionais, pesquisando oportunidades de financiamento e aplicações a prazo.

Em resumo podemos dizer que a função financeira engloba:


 Tarefas ligadas à aquisição e gestão de activos corpóreos, incorpóreos ou financeiros;
 Tarefas ligadas à obtenção de capitais necessários ao desenvolvimento da empresa;
 Tarefas ligadas ao controlo da utilização dos fundos dentro da empresa.
Como qualquer outra função dentro da empresa, a função financeira tem como meta a
realização de objectivos da empresa. A maximização dos lucros foi, durante meio tempo,
considerada o objectivo principal da empresa. Hoje, este objectivo é substituído de
maximização do valor da empresa. Interessa aos proprietários das empresas, que visam o
aumento do seu investimento, ter em conta a incerteza, o risco e o tempo.

Tradicionalmente, podem considerar ˗ se na função financeira três vertentes:


 Analise estrutural da empresa ˗ verificar as massas patrimoniais se encontram
correctamente distribuídas;
 Analise da liquidez ˗ averiguar em que medida a empresa dispõe de meios financeiros
adequados às suas necessidades, de modo a poder funcionar com estabilidade, ou seja,
com independência perante terceiros.
 Analise da rentabilidade ˗ capacidade da empresa para gerar fluxos financeiros
positivos (lucros).
E, numa perspectiva mais recente:
 Analise de riscos ˗ variabilidade destes fluxos financeiros no futuro.
Compete à função financeira gerar fluxo de fundos que, em cada momento se encontram à
disposição da empresa, embora a natureza dos problemas que uma empresa enfrenta não seja
exclusivamente financeira.

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 43


Contudo, o conceito de valor de uma empresa vai mais além do que a analise da sua situação
financeira, pois tem a ver com a noção da vantagem competitiva, que assenta principalmente.,
nos seus produtos, nos recursos que emprega, na tecnologia que utiliza, no mercado que
domina. È assim o esforço combinado de todos os departamentos da empresa, orientado pela
estratégia imprimida pelos seus dirigentes.
Ter fluxos financeiros positivos (lucros) é condição indispensável ao funcionamento de uma
empresa, mais não é suficiente à sua sobrevivência e desenvolvimento.

A Organização da função financeira

A Organização da função financeira varia consoante a dimensão da empresa.


Numa PME, é frequente a existência de um serviço de contabilidade destinado a recolher e
processar informações contabilísticas e a gerir disponibilidades. È um serviço de apoio ao
director da empresa que exerce a função financeira.
Quando a dimensão da empresa aumenta, o director vai delegando parte dos seus poderes e a
área financeira torna ˗ se, geralmente, autónoma e com importância igual à de outras áreas.
Exemplo:

DIRECÇÃO

DIRECÇÃO DE DIRECÇÃO DIRECÇÃO DIRECÇÃO DE


PRODUÇÃO COMERCIAL FINANCEIRA RECU.
HUMANOS
Na grande empresa, a função financeira está enquadrada geralmente de forma diversa, devido
à relação da empresa com outras do mesmo ou de outro grupo, da necessidade de planificação
a mais longo prazo, do próprio âmbito, muitas vezes multinacional, em a empresa trabalha, do
volume de fluxos financeiros e da utilização de instrumentos financeiros cada vez mais
sofisticados. Assim, hoje em dia, podem considerar ˗ se numa empresa:
 Órgãos de informação ˗ Serviços de contabilidade, jurídico e fiscal;
 Órgãos de gestão ˗ Tesouraria, planificação, investimentos;
 Órgãos de controlo ˗ controlo de gestão, auditoria.

Conclusão:
A função financeira assume aspectos diferentes dentro das empresas, tendendo para a
complexidade à medida que a dimensão das empresas aumenta. È uma área em permanente
evolução e exige uma atenção constante às oportunidades que o mercado nacional e
internacional oferece, de modo a construir ˗ se uma imagem favorável da empresa.

O papel da analise financeira da gestão

A análise financeira, como campo autónomo, procura a partir do exame do documentos


contabilísticos-financeiros históricos, analisar a evolução da situação financeira da empresa
com objectivo de detectar tendências futuras. Trata-se de um conjunto de técnicas aplicadas
não só por observadores externos (bancos, futuros investidores, etc.) mas também no interior
da própria empresa, pelos gestores integrados na areia de controlo de gestão, no sentido de
analisar criticamente o desempenho da empresa e propor medidas correctivas para o futuro.
A análise financeira é, muitas vezes, feita de acordo com os objectivos das entidades que se
relacionam com a empresa. Assim:

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 44


 Ao pequeno accionista só interessara o seu dividendo;
 O grande accionista estará disposto a sacrificar lucros no presente para obter maiores
lucros no futuro;
 Ao fisco interessara a formação e o valor dos resultados;
 Aos fornecedores interessa saber se a empresa continua a ter capacidade de solver os
seus compromissos;
 Aos clientes que dependem intensamente dos produtos da empresa interessa analisar
se a empresa esta financeiramente qualificada, se poderá haver rupturas do
fornecimento, se aos prazos que lhes são concedidos correspondem ou não os prazos
médios de recebimento da empresa, etc.
 Aos bancos interessara efectuar uma análise mais profunda, em função dos prazos e
montante do crédito já concedido a conceder;
 Aos trabalhadores interessara analisar a instabilidade da empresa, a suas perspectivas
de crescimento e possíveis critérios utilizados na distribuição dos resultados;
 Ao Estado interessa analisar a empresa, pela possibilidade que esta lhe da de
contribuir para resolução dos problemas nacionais: deficit orçamental, deficit da
balança de pagamento, desemprego, as simetrias regionais, etc.
Para se atingirem estes objectivos o analista devera socorrer se de documentos contabilísticos
e extra-contabilístico. Será algum desses documentos que, de seguida, se ira analisar.

Rentabilidade de capital próprio


È um indicador que se destina a medir a capacidade da empresa em remunerar os capitais
próprios nela investidos (eficiência).
resultados liquidos
Rentabilidade = × 100
capital proprio

Trabalho de fim de exercício


Designa - se por trabalho de fim de exercício todo aquele que é necessário efectuar, depois de
elaborado o balancete de verificação do último mês do exercício (regra geral, Dezembro),
para apurar os resultados, elaborar o balanço e encerrar as contas.
No final do ano económico a empresa tem de apresentar contas (a chamada escrita). Para tal
terá de elaborar;
1 - Inventário anual;
2 - Balancete de verificação;
3 - Lançamentos de regularização ou de rectificação;
4 - Balancete rectificado;
5 - Lançamentos de apuramento de resultados;
6 - Balancete de encerramento ou final;
7 - Balanço;
8 - Demonstração de resultados;
9 - Anexos;
10 - Lançamentos de fecho de contas.
Assim, as operações de fim de exercício deverão ser abordadas segundo duas ópticas
distintas: uma primeira respeitante à sequencia das operações e registos a efectuar; e a
segunda relativa aos mapas a elaborar: demonstrações de resultados, balanços e anexos.

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 45


Esquema da sequência das operações do fim do exercício
Lançamentos Lançamentos Lançamentos
Balancete de de regularização de apuramento de fec de fecho das Fim do trabalho
verificação Balancete Balancete de de exercício
De re de resultados contas
rectificado encerrament
o
Demonstração de
resultados por
natureza

Demonstração de
resultados por
funções Balanço

Anexos

Existências
Noções básicas
Damos de existência a todo bem armazenável que foi adquirido pela empresa e que se destina
a ser vendido ou a ser incorporado no processo produtivo.
Os bem adquiridos ou produzidos podem ser classificados como:
Matérias-primas ˗ são bem adquiridas para serem transformados durante o processo
produtivo e que aparecem materialmente nos produtos finais.
Matérias subsidiárias ˗ são bens que se adquirem para serem utilizados nos processos
produtivos que não se incorporam materialmente no produto final
Produtos e trabalhos em curso ˗ são bens que si encontram em fases da transformação no
processo produtivo da empresa não estando por isso em condições de serem armazenados ou
vendidos.
Produtos acabados ˗ são os bens principais resultantes do processo produtivo da empresa
estado portanto em condições de serem vendidos.
Subprodutos, desperdícios, resíduos, e refugos ˗ são produtos secundários que resultam de
processo produtivo juntamente com o produto principal tendo em geral um valor comercial
baixo.

Mercadorias
Noções:
Mercadorias ˗ são bens que são adquiridos para, mais tarde serem vendidos, não sendo, pois,
objecto de qualquer trabalho de natureza industrial. Toda movimentação das contas de
existência tem em vista 3 objectivos incensais:
 Conhecer o valor das existência de que a empresa e detectora;
 Determinar o custo das existências que vendeu em determinado período;
 Apurar o resultado que obteve com transacção das suas existências.

Os objectivos atrás enunciados podem ser alcançados por duas vias distintas:

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 46


Utilizado o sistema de inventário permanente
Com este sistema é possível determinar com carácter de permanência o valordas existências
em armazém e o resultado que se obtêm após se ter efectuado uma venda.
Assim, a conta mercadorias e reptada pela entradas em armazém a preços de custo e
creditada pelas saídas de armazém, igualmente, a preço de custos, o que implica:
 A transferência do valor das compras do valor das compras para mercadorias;
 O registo pelo preço de custos das mercadorias vendidas sempre que se proceda a uma
venda.
Face ao exposto, o saldo da conta mercadorias reflecte o valor das existências em armazém
da empresa e o resultado bruto das vendas obtém ˗ se subtraindo ao saldo da conta vendas o
saldo da conta custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas.
Resultado bruto das vendas = vendas ˗ custo das mercadorias vendidas

Utilizando o sistema de inventario intermitente ou periódico


Nem sempre as empresas tem possibilidade de conhecer o custo de existência vendida a pois
cada venda, pelo que o valor das existências só e determinada após a inventariação directa dos
bens da empresa em armazém, o que, como e lógico só poderá ser feito de tempo a tempos.
Assim, aponta mercadorias funciona como uma conta de raposo, só sendo movimentada após
a inveterarão física das existências e respectiva valorização e só será creditada pelo custo das
mercadorias vendidas apurado extra contabilisticamente geralmente no fim de exercício
económico, através da seguinte formula:

Custo das mercadorias vendidas = existência inicial + compras ˗ existência final


Só então o saldo da conta mercadorias reflecte o valor dos stocks da empresa, em armazém.
Toda abordagem do estudo das existências que se seguem, por razoes de ordem didáctica, será
feita em sistema de inventário permanente, sendo sistema de inventário periódico tratado
autonomamente no final.

Contabilização das existências


Como sabemos, sobre a aquisição de bens incide, na generalidade dos casos, o IVA (imposto
sobre o valor acrescentado). Por razoes de ordem didáctica começaremos por analisar os
registos relativos à contabilização das existências, supondo a não existência do IVA.
A contabilização do IVA será abordada seguidamente através dos registos relativos aos
documentos que servem de suporte contabilístico às compras e vendas.

Valorimetria das existências


A empresa, como entidade económica que é, funciona como centro para onde convergem e de
onde divergem fluxos de natureza e montantes muito diferentes, que provocam uma constante
mutação do seu património de entre esses fluxos é preciso pôr em destaque os que resultam de
operações como a conta de bens e serviços e os que resultam de operações relacionadas com a
venda dos bem adquiridos ou transformados pela empresa.

A aquisição de mercadorias, matérias ou serviços é feita aos Fornecedores. Tais aquisições


originam, como sabemos, fluxos reais de entrada. Em contrapartida, a liquidação das dívidas
contraídas com as aquisições dá lugar a fluxos monetários de natureza oposta aos anteriores.

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 47


Depois armazenar as mercadorias ou transformados os bens e serviços adquiridos, a empresa
vende˗os aos clientes. Desta actividade nascem, igualmente, dois fluxos de sentidos opostos.
 A venda dá lugar a um fluxo real de saída;
 O pagamento da divida pelo cliente origina um fluxo monetário de entrada.
È evidente que estes fluxos só podem nascer depois de se verificar uma acumulação de bens
da empresa.São estes bem que, inicialmente acumulado, que vão permitir o seu arenque para
uma actividade continuada, que modifica, momento a momento o seu património.
No entanto se vendesse os bens incendiais e não renovasse as existências não poderia levar a
cabo novas vendas. Dai que as vendas iniciais se seguem compras de modo a renovar stocks
de bens que se foram esgotados. Mais, desde a compra, fabricação do produto a sua venda
recebimento do valor da venda e a nova aquisição de mercadorias, serviços ou matérias
decorre um certo período de tempo.

Ao período de tempo necessário para realizar esta operação chama-se ciclo operacional.
O comprimento do período operacional varia, como e obvio, de empresa para empresa, não só
de acordo coma sua naturas mais também de acordo com a velocidade com que realiza os seus
negócios.

Vamos, agora, aprofundar o relacionamento que se estabelece entre a função compras e a


função vendas e verificar que o custo de aquisição da mesma mercadoria pode sofrer
alterações ao longo do tempo porque terá consequências na valorização de existências e das
saídas do armazém.

Critérios de volumetria.
A valorização das existências como meio de determinação dos seus preços de entrada e saída,
assume um relevo tanto maior quanto mais elevado for o investimento em existência na
empresa.
O plano oficial de contabilidade no ponto 5˗ critérios de valorimetria, afirma que devem ser
valorizada ao custo de aquisição de mercadorias e as matérias e ao custo de produção os
produtos acabados e intermédios.
Entende-se por:
 O custo de aquisição de um bem ˗ a soma do preço de compra com os gastos
suportados para o colocar no armazém da empresa.
Custo de aquisição = preço da factura + despesas ˗ descontos comerciais não incluídos na
factura
Custo de produção de um bem ˗ a soma das matérias-primas consumidas, com a mão-de-obra
directa e todos os custos adicionais industriais para produzir e colocar o produto no respectivo
armazém. Não são de considerar os gastos de distribuição, os administrativos.
Custo de produção = consumo de matérias + mão-de-obra directa + encargos adicionais de
produção

Métodos de custeio
Como se sabe, após cada venda, tem de se valorizar a saída de existências de armazém. Mas,
por que o valor, sobretudo quando as entradas de stocks são frequentes e a preços diferentes?
Lógico que se devera escolher um método de custeio. Os mais comummente adoptados são:
 Custo específico: as existências são avaliadas pelo seu custo real ou efectivo. È
método difícil aplicação sobretudo quando a rotação de stocks é rápida. È apenas

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 48


utilizado em determinados ramos de actividade específicos, negociando artigos de
elevado custo unitário, tais como: comércio de automóveis e de máquinas industriais.
 Custo médio ponderado: as saídas de existências do armazém são valorizadas ao
custo médio das entradas. Tal média pode obter ˗ se:
 Após cada entrada em armazém;
 Após todas entradas em armazém de um dado período.
Trata ˗ se de um critério bastante utilizado na pratica e de fácil aplicação aos sistemas
computadorizados.
 FIFO (First In First Out): considera ˗ se que as primeiras unidades a entrar em
armazém são as primeiras a sair. Deste modo, as existências ficam valorizadas aos
preços mais recentes, preços das últimas facturas. Tal critério implica que, em
períodos inflacionistas, as empresas tendam a obter margens de lucros mais elevadas,
pelo que não devera ser adoptado quando se pretendam obter resultados mais baixos.
 LIFO (Last In First Out): considera ˗ se que as ultimas unidades a entrar no
armazém são as primeiras a sair. Assim, as existências ficam valorizadas aos preços
mais antigos, das primeiras facturas. Tal procedimento origina, em períodos
inflacionistas, o aparecimento de lucros mais baixos.
 Custo padrão: é um custo predeterminado e como tal constitui mais uma meta a
atingir que uma verdadeira valorização de stocks. È utilizado em certas empresas
industriais, devendo nestas analisar ˗ se o desvio entre custos reais efectivados.
Os métodos referidos servem de base para determinar o custo das mercadorias vendidas na
empresa comercial e o custo das mercadorias consumidas na empresa industrial e como
consequência a determinação do valor da respectiva existência.
Os valores obtidos são registados em documentos designados por Fichas de armazém.

Desdobramento das Contas

Terceiros
Operações com letras
Estudamos, os títulos de credito, tendo se dado especial relevância aos créditos representados
por letras pelo que vamos analisar o registo contabilístico dos referidos títulos.
Letras a receber
Noção:
A letra é um título de credito pelo qual a pessoa que o emite (sacador) da ordem a outra
(sacado) para lhe pagar a si, ou a sua ordem, uma determinada importância em divida, numa
determinada data.
Há assim, o momento de emissão da letra, dois intervenientes a considerar:
 O sacador ˗ a pessoa que a emite e adquire nos direitos consignados na letra;
 O sacado ˗ que é a pessoa que fica a obrigação de pagar a letra, na data do seu
vencimento.
Emissão ou saque de letra
Suponhamos que a Godia, SA de Coimbra tem um crédito sobre Mendes e Costa, Lda. de
Condeixa no valor de 600, 00 e procedeu ao saque nº 37 190 pelo respectivo casal, em
29˗05˗2014.

Nesta operação, a Godia, SA é o sacador e Mendes e Costa, Lda, é o sacado. A Godia, SA.
Fará o seguinte registo contabilístico:

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 49


Clientes Clientes
Clientes c/c Clientes ˗ títulos a pagar
600, 00 600, 00
Emissão do saque nº 37190

Desconto bancário
Como sabemos, uma das vantagens da letra é poder ser descontada num banco, recebendo o
portador do titulo o respectivo valor antes do vencimento.
Por esta operação, o banco cobra os encargos bancários que são calculados através da seguinte
fórmula:
Encargos bancários = juro + comissão de cobrança + imposto de selo* + partes
* O imposto de selo incide sobre o total do juro e comissão de cobrança
Vamos proceder ao calculo dos encargos do saque nº 37190, da Godia S.A., cuja a proposta
de desconto foi apresentada em 29 de 05 de 2014, no banco Portuense.
Trata se de uma letra domiciliada, uma vez que devera ser paga no BCP˗Condeixa.
As taxas a utilizar são as seguintes:
 Taxa de juro = 12%
 Comissão de cobrança = 4%
 Imposto de selo = 7%
 Portes = 2, 00
600,00 ×12×92
Juro: = 18, 14
36 500,00
Comissão de cobrança: 600, 00× 0, 004 = 2, 40
Imposto de selo: (18,14 + 2,4) × 0, 07 = 1, 43
2,00
Portes = 23,97
Valor a creditar na conta do cliente: 600, 00 ˗ 23, 97 = 576, 03

O registo contabilístico a efectuar pela Godia, S.A., seria


Clientes Depósitos a ordem
Clientes ˗ Títulos a receber Banco Portuense
576, 03

600, 00
Custos e perdas financeiros
Descontos de títulos
23, 97

Cobrança da letra
Se a Godia, SA, ficar com a letra em carteira ate a data do vencimento e nesta data a letra for
paga, o registo contabilístico correspondente a este facto será:
Clientes Caixa
Clientes ˗ Títulos a pagar
600, 00 600, 00
Cobrança da letra nº 37190

Cobrança bancária
Neste caso suponhamos que a Godia, SA, enviará a letra ao Banco Portuense para cobrança.

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 50


No exemplo que vimos apresentando, a Godia, SA, ao enviar a letra ao Banco para cobrança,
fará o seguinte registo:
Clientes Caixa
Clientes ˗ Títulos a receber Clientes ˗ letras a cobrança
600, 00 600, 00
Envio para a cobrança do saque nº 37190

È evidente que por este serviço o Banco cobra determinado montante, que representa um
encargo para o cliente:
Os encargos são:
 A comissão, que constitui uma percentagem ou permilagem sobre o valor nominal. O
seu valor varia consoante a letra seja ou não domiciliada;
 O imposto de selo, que se traduz numa percentagem sobre o valor da comissão;
 Os portes, que resultam de despesas com gastos postais, telégrafos ou telefónicos.
Supondo as seguintes taxas, os encargos de cobrança seriam:
 Comissão de cobrança ˗ 4% × 600, 00 = 2, 40
 Imposto de selo ˗ 9% × 2, 40 = 0, 21
 Portes = 2, 00
4, 61
Registo contabilístico:
Clientes Depósitos a ordem
Clientes˗Letras a cobrança Banco Portuense
Valor depositado 595, 39

600, 00
Custos e perdas financeiros
Serviços bancários
Encargos bancários 4, 61

Endosso da letra
O sacador da letra pode transmiti ˗ lá outra pessoa como meio de pagamento. A esta operação
chamamos endosso. A pessoa que transmite a letra recebe o nome de endossante e à pessoa
que a recebe chama ˗ se endossado.
Suponhamos que a Godia, S.A., transmite a letra a F. Ribeiro, para pagamento de uma divida
a este fornecedor.
Registo contabilístico:
Clientes Fornecedores
Clientes ˗ Títulos a receber Fornecedores c/c
600, 00 600, 00

Endosso do saque nº 37 190

Protesto da letra

Se nesta data do vencimento o sacado (aceitante a partir do momento em assina a letra) não
efectuar o seu pagamento, o portador da mesma poderá protestá ˗ la nos dois dias seguintes
àquele em que a letra é pagável.

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 51


Na data do vencimento da letra a mesma pode encontrar ˗ se em carteira ou na posse do
Banco.

Protesto da letra em carteira


Neste caso o protesto dá origem a dois registos: um pela anulação do saque, outro pelas
despesas do protesto, que são debitadas directamente ao cliente.
No exemplo apresentado se Mendes e Costa, Lda, não pagar a letra no seu vencimento, a
Godia, SA, procedera ao protesto da mesma. Suponhamos que as despesas com o protesto
somaram 50, 00 sendo pagas pelo sacador, e debitadas ao cliente.
Clientes Clientes
Clientes ˗ c/c Clientes ˗ Títulos a receber
Anulação do saque 37190 600, 00

650, 00
Caixa/Deposito
À ordem
Despesas do protesto
50, 00

Protesto da letra na posse do Banco


Neste caso poderão surgir duas situações diferentes, consoante a letra se encontre no Banco
para cobrança ou tiver sido descontada:
Analisemos cada caso por si:
a) A letra encontra ˗ se à cobrança no Banco.
Perante uma situação destas o banco:
1 ˗ Ou devolve a letra, enviando, juntamente, uma nota de debito, com as despesas do
recambio (suponhamos no exemplo que vamos analisando que as mesmas somaram 2, 00).

Contabilisticamente teremos:
Clientes Clientes
Clientes ˗ c/c Clientes˗Letras à cobrança
Valor do saque 37190 600, 00

602, 00
Deposito à ordem
Banco Portuense
Despesas de recâmbio
2, 00

2 ˗ Ou envia, ele próprio, a letra para protesto, remetendo da mesma forma ao portador uma
nota de débito, com as despesas de protesto e recâmbio (suponhamos que os encargos de
recambio e de protesto somaram 52, 00).

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 52


Contabilisticamente teremos:
Clientes Clientes
Clientes ˗ c/c Clientes ˗ Letras à cobrança
Valor do saque 37190 600, 00

652, 00
Deposito à ordem
Despesas do protesto e de Banco Portuense
recâmbio
52, 00

b) A letra tinha sido descontada no Banco.


Perante esta situação o Banco:
1 ˗ Ou devolve a letra, cobrando as despesas de recâmbio (suponhamos que as mesmas
somaram 2, 00).

Contabilisticamente teremos:
Depósitos à ordem Clientes
Banco Portuense Clientes c/c
602, 00 602, 00
Devolução do saque nº 37 190 e despesas de recâmbio

2˗ Ou envia, ele próprio, a letra para protesto, cobrando os encargos de recâmbio e protesto
(suponhamos que somaram 52, 00).

Contabilisticamente teremos:
Depósitos à ordem Clientes
Banco Portuense Clientes c/c
652, 00 652, 00
Devolução do saque nº 37 190 e despesas de recâmbio e protesto

Reforma da letra
De uma maneira geral, o portador da letra não recorre a um protesto, pois chega ao acordo
com o sacado quanto ao seu pagamento, a letra vencida; é substituída por uma ou mais letras
com vencimento em data posterior.
A reforma pode revestir duas modalidades:

Reforma total ou integral


A reforma diz ˗ se total quando o sacado não efectua qualquer pagamento na data do
vencimento, e a letra vencida é substituída por outra ou por outras com vencimento posterior.
A nova letra poderá ser do mesmo montante da letra vencida, caso as despesas de reforma e o
custo da nova letra ou letras sejam pagos à parte, ou de montante superior, caso a nova letra as
incluía.

Analisemos estas duas situações:


Suponhamos que Mendes e Costa, Lda, solicta à Godia, SA, a reforma total do saque nº 37
190 (aceite nº 2186), sendo os juros e encargos com a reforma de 20, 00.
a) Os juros e encargos são incluídos na nova letra.

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 53


Contabilisticamente teremos:
˗ Pela anulação do saque nº 37 190
Clientes Clientes
Clientes ˗ Titulos a receber Clientes c/c
600, 00 600, 00
Anulação do saque nº 37 190

˗ Pelos juros e encargos na nova letra (saque nº 37 250)


Proveitos e ganhos Clientes
financeiros
Outros juros Clientes c/c
20, 00 20, 00
Juros e encargos

Juros de débito para o cliente


˗ Pela emissão do saque nº 37250
Clientes Clientes
Clientes c/c Clientes ˗ Títulos a receber
620, 00 620, 00
Emissão do saque nº 37 300

b) Os juros e encargos são pagos à parte


Contabilisticamente teremos:
Clientes Clientes
Clientes ˗ Títulos a receber Clientes c/c
600, 00 600, 00
Anulação do saque nº 37 190

˗ Pelo recebimento dos juros e restantes encargos

Proveitos e ganhos Caixa


financeiros
Outros juros
20, 00 20, 00

Recibo relativo aos Juros e encargos


˗ Pela emissão do saque nº 37 250
Clientes Clientes
Clientes c/c Clientes ˗ Títulos a receber
600, 00 600, 00
Emissão do saque nº 37 250

Reforma parcial
Mas nem a reforma é total. A reforma diz ˗ se parcial quando a letra vencida for substituída
por uma ou mais cujo montante total é inferior ao da letra vencida.
Suponhamos que o saque nº 37 190 era reformado, pagando Mendes e Costa, Lda, 300 000,
00 na data do vencimento, aceitante nova letra (saque nº 37 320), pelo restante. Como no caso
anterior, a nova letra poderá ou não incluir juros e restantes encargos da reforma.
a) A nova letra inclui juros e encargos no valor de 10, 00.

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 54


Contabilisticamente teremos:
˗ Pela anulação do saque nº 37 190
Clientes Clientes
Clientes ˗ Títulos a receber Clientes c/c
600, 00 600, 00
Anulação do saque nº 37 190
˗ Pelo recebimento parcial
Clientes Caixa
Clientes c/c
300, 00 300, 00
Recibo para o Cliente
˗ Pelos juros e encargos debitados ao cliente
Proveitos e ganhos Clientes
financeiros Clientes c/c
Outros juros
10, 00 10, 00
Juros e encargos
Nota de débito para o cliente
˗ Pela emissão do saque nº 37 320
Clientes Clientes
Clientes c/c Clientes ˗ Títulos a receber
310, 00 310, 00
Emissão do saque nº 37 320 com
Juros e encargos incluídos
b) Os juros e restantes encargos são recebidos à parte:
˗ Pela anulação do saque nº 37 190
Clientes Clientes
Clientes ˗ Títulos a receber Clientes c/c
600, 00 600, 00
Anulação do saque nº 37 190

˗ Pelo recebimento de parte da divida e dos juros e encargos

Caixa Clientes
Clientes c/c
Parte da divida 300, 00

310, 00
Proveitos e ganhos
Juros e encargos financeiros
 Outros juros
10, 00

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 55


˗ Pela emissão do saque nº 37 320

Clientes Clientes
Clientes c/c Clientes ˗ Títulos a receber
300, 00 300, 00
Saque nº 37 320

B ˗ Letras a pagar
Aceite da letra
Á pessoa ou entidade que aceita uma letra dá ˗ se o nome de aceitante. Pelo aceite, o aceitante
fica com a obrigação de pagar a letra na data do vencimento.
Na escrita do aceitante, como é lógico, deve ser registada esta obrigação.
Registo contabilístico
Fornecedores Fornecedores
Fornecedores Fornecedores c/c
Títulos a pagar
600, 00 600, 00
Aceite nº 2186

Como sabemos, no exemplo apresentado, Mendes e Costa, Lda., de Condeixa, é o


aceitante e como tal terá de pagar o aceite nº 2186 no dia do vencimento.
Pagamento da letra
No dia do vencimento Mendes e Costa, Lda., procede ao pagamento da letra, pelo que o
registo contabilístico será:
Caixa / Depósitos à ordem Fornecedores
Caixa / BCP Fornecedores
Títulos a pagar
600, 00 600, 00
Pagamento do aceite nº 2186

Reforma do aceite
No entanto, em vez de pagar a letra na data de vencimento, o aceitante pode solicitar ao
portador da mesma a sua reforma. Esta pode ser:
Reforma total ou integral
a) Os juros e restantes encargos da reforma podem ser incluídos na nova letra, aceite nº
2200 e suponhamos que estes somaram 20, 00.
˗ Pela anulação do aceite nº 2186
Fornecedores Fornecedores
Fornecedores c / c Fornecedores
Títulos a pagar
600, 00 600, 00
Anulação do aceite nº 2186

˗ Pelos juros e encargos a incluir na nova letra


Fornecedores Custos e perdas financeiros
Fornecedores c/c Outros juros
20, 00 20, 00
Juros e encargos

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 56


Nota de débito do fornecedor
˗ Pela emissão do aceite nº 2200
Fornecedores Fornecedores
Fornecedores Fornecedores c/c
Títulos a pagar
620, 00 620, 00
Aceite nº 2200

b) Os juros e encargos são pagos por fora.


Contabilisticamente teremos:

˗ Pela anulação do aceite nº 2186

Fornecedores Fornecedores
Fornecedores c / c Fornecedores
Títulos a pagar
600, 00 600, 00
Anulação do aceite nº 2186

˗ Pelo pagamento dos juros e encargos com a reforma

Caixa / Depósitos à ordem Custos e perdas financeiros


Outros juros
20, 00 20, 00
Juros e encargos pagos por fora
Recibo do fornecedor

˗ Pelo aceite nº 2200

Fornecedores Fornecedores
Fornecedores Fornecedores c/c
Títulos a pagar
600, 00 600, 00
Aceite nº 2200
Reforma parcial
Suponhamos que Mendes e Costa, Lda., solicita a reforma do aceite nº 2186, efectuando um
pagamento parcial de 300 000, 00e aceitando uma nova letra n º 2320, pelo restante.
a) A nova letra nº 2320 inclui juros e encargos no valor de 10, 00. Os registos a efectuar
serão:
˗ Pela anulação do aceite nº 2186
Fornecedores Fornecedores
Fornecedores c / c Fornecedores
Títulos a pagar
600, 00 600, 00
Anulação do aceite nº 2186

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 57


˗ Pelo pagamento de parte do aceite nº 2186
Caixa / Depósitos à ordem Fornecedores
Fornecedores c/c
300, 00 300, 00
Pagamento parcial

Recibo do fornecedor

˗ Pelos juros e encargos a incluir no aceite nº 2320


Fornecedores Custos e perdas financeiros
Fornecedores c/c Outros juros
10, 00 10, 00
Juros e encargos
Nota de débito do fornecedor
˗ Pelo aceite nº 2320
Fornecedores Fornecedores
Fornecedores Fornecedores c/c
Títulos a pagar
310, 00 310, 00
Aceite nº 2320
Juros incluídos
b) Os juros e encargos são pagos por fora.
Contabilisticamente teremos:
˗ Pela anulação do aceite nº 2186
Fornecedores Fornecedores
Fornecedores c / c Fornecedores
Títulos a pagar
600, 00 600, 00
Anulação do aceite nº 2186

˗ Pelo pagamento de parte da divida e de juros e encargos


Caixa / Depósitos à ordem Fornecedores
Fornecedores c/c
Pagamento 300, 00
Recibo do fornecedor

310, 00
Custos e perdas financeiros
Juros e encargos Outros juros
10, 00

˗ Pelo aceite nº 2320

Fornecedores Fornecedores
Fornecedores Fornecedores c/c
Títulos a pagar
300, 00 300, 00
Aceite nº 2320

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 58


Dívidas de cobrança duvidosa

Com o decorrer da sua actividade e com base na análise do comportamento de cada cliente
face ao pagamento das suas dívidas, a empresa poderá separá ˗ los entre os que ofereçam boas
garantias de solvabilidade.
As dividas dos clientes tornam ˗ se de cobrança duvidosa, quando:
 As entidades devedoras suspenderem os pagamentos;
 O montante em divida der lugar a litígio;
 As entidades devedoras se mostrarem em situação económica difícil.
Na empresa vendedora, o valor destes, créditos deverá ser transferido da subconta Clientes
c/c para a subconta Clientes de cobrança duvidosa.

Clientes Clientes
Clientes c/c Clientes de cobrança
duvidosa
Crédito de cobrança duvidosa

O lançamento da transferência não afecta de forma directa os resultados da empresa, uma vez
que se efectua entre duas subcontas pertencentes à mesma conta do activo. Tal lançamento
fornece, no entanto, informações úteis à administração da empresa em relação à sua política
de crédito.
O tratamento contabilístico desta subconta será feito, com o desenvolvimento adequado, no
capítulo das provisões ˗ Provisões para cobranças duvidosas.

Inventário anual

Praticamente, pelo menos nas médias e grandes empresas a determinação do valor real das
contas obtêm - se procedendo à elaboração de um inventário geral formado pela reunião de
vários inventários parciais (das disponibilidades, dos créditos e débitos, das existências e das
imobilizações, por exemplo) e no respectivo arrolamento como é óbvio, haverá a considerar
duas ordens de elementos patrimoniais: os corpóreos, que se pode contar, medir ou pesar, e os
elementos incorpóreos, que já devem constar de registos adequados.
Lançamentos de apuramento de Resultados
Têm por finalidade transferir para as contas principais de saldos evidenciados pelas contas
subsidiárias, com vista à determinação dos resultados líquidos da empresa. As referidas contas
subsidiarias, são na sua totalidade e contas de gastos e de rendimentos, isto é, pertencentes as
classes 6 e 7, daí poder dizer - se que os lançamentos de apuramento de resultados permitem
atingir simultaneamente dois objectivos:
 O primeiro, agrupar contas principais as componentes positivas e negativas do
resultado, derivando daí o seu valor;
 O segundo, encerrar as contas de gastos e rendimentos, visto que ficarão com saldo
nulo após a transferência dos seus valores para a conta principal de resultados.

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 59


Esquema Geral:

61 a 81 71 a 76
67

82 78
68

84
69 79

86

88

Enquadramento teórico de investimentos

Plano de negócios

Definição:
Plano de negocio ˗ é um guia para empreendedor ou empresário, é um documento onde se
descreve o negocio, se analisa a situação do mercado e se estabelece acções que se irão
realizar no futuro. Trata se de uma ferramenta de uso interno para o empresário, pois permite
avaliar a viabilidade das suas ideias e fazer um instrumento da aplicação das mesmas práticas.

Objectivo de um plano de negocio


O plano de negócio serve para orientar o empreendedor a iniciar uma actividade económica
ou a expandir o seu negócio numa tomada de decisões que minimize os riscos já identificados.

Estrutura do plano de negocio


Capa ˗ é uma das partes importantes do plano de negocio, pois a primeira coisa que é
visualizada por quem lê o seu plano de negocio. Portanto deve ser feito de maneira limpa e
com informações básicas necessárias.

Sumario ˗ O sumario deve conter titulo de cada secção de plano de negocio ou cada parte do
plano de negocio e das suas respectivas paginas onde se encontra.

Sumário executivo ˗ é a principal parte do plano de negocio, é no sumario onde o


empreendedor decidira se continua ou não a ler seu plano de negocio. Portanto deve ser
escrito com muita atenção e revisado varias vezes e conter uma síntese de informações que
constam no plano de negócios.

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 60


Descrição da empresa ˗ descreve se a empresa, o seu histórico, crescimento ou facturamento
dos últimos anos, sua Organização social, impostos, estrutura organizacional, parceiros e
serviços de terceiros.

Produtos e serviços ˗ nesta fase o plano de negócio deve ˗ se descrever quais são os produtos
e serviços, como são produzidos, avaliar factores tecnológicos envolvidos, pesquisa e
desenvolvimento, ou desenvolver principais clientes.

Analise do mercado ˗ deve se mostrar que se conhece bem o mercado do seu consumidor ou
serviços através da pesquisa do mercado, como estão organizados as características do
consumidor, analise da concorrência, a sua participação do mercado, e as dos principais
concorrentes, os riscos do negocio.

Plano de marketing ˗ apresenta como o empreendedor ou empresário deve vender o seu


produto ou serviço e conquistar seus clientes, manter o interesse dos mesmos e aumentar a
demanda. Deve adoptar seus métodos de comercialização diferentes do produto ou serviço
para o cliente, politicas de preço, projecção de vendas, canais de distribuição de estratégias de
promoção, comunicação e publicidade.

Plano financeiro ˗ é a parte de finanças, deve apresentar as acções planejadas da empresa e as


comprovações, através de projecções futuras (quanto precisa de capital, quando e com que
propósito) de sucesso do negócio. Deve conter itens ou pontos como fluxo de caixa, balanço,
ponto de equilíbrio, necessidades de investimentos, lucratividade prevista, prazo de retorno
sobre o investimento.

Anexos ˗ deve conter todas as informações relevantes para melhor entendimento do negócio,
por isso não o limite de páginas essências a serem seguidas
Todo projecto começa com uma ideia, e passa por diferentes fases antes de se concretizar
como produto que possa ser utilizado.

As ideias nascem de problemas, necessidades, encomendas de clientes ou da criatividade de


alguém.
Basta uma dificuldade, sugestão ou lembrança para que surja alguma boa ideia.

Projecto de investimento ˗ é um plano/ previsão de utilização de recursos escassos num


futuro próximo, na esperança de obter em contrapartida durante um período de tempo, um
benefício financeiro ou receita, resultante da venda do produto/ serviço, ou benefício social
resultante da construção de um hospital ou de uma escola.
Todo e é qualquer projecto pode ser subdividido em determinadas fases ou grupos de
processo de desenvolvimento.

Esse conjunto de fases é conhecido como Ciclo de Vida do Projecto.


O Ciclo de Vida do Projecto pode ser dividido em um conjunto de fases, normalmente fixas
para todos os tipos de projectos, contendo uma série de passos principais do processo.
Essas fases, por sua vez, são subdivididas em estágios, ou etapas específicas, década natureza
do projecto (construção, desenvolvimento de produtos, etc.). Esses estágios, são, então,
subdivididos em actividades, ou tarefas específicas de cada projecto.

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 61


Fases de um projecto
Fase de Iniciação: É a fase inicial do projecto, quando uma determinada necessidade é
identificada e transformada em um problema a ser resolvido. A missão e o Objectivo do
projecto são definidos, os documentos iniciais confeccionados e as melhores estratégias
seleccionadas.

Fase de Planejamento: É a fase responsável por detalhar tudo aquilo que será realizado pelo
projecto, incluindo cronograma, interdependência entre actividades, alocação de recursos,
análise de custos. Nessa fase, os planos de escopo, custo, qualidade, recursos humanos,
comunicação, risco e aquisição são desenvolvidos.

Fase de Execução: É a fase que materializa tudo aquilo que foi planejado anteriormente.
Grande parte do orçamento do esforço do projecto é consumida nessa fase.

Fase de Monitoramento e Controlo: É a fase que acontece paralelamente às demais fases do


projecto. Tem como objectivo acompanhar e controlar aquilo que está sendo realizado pelo
projecto. O objectivo do controle é comparar o status actual do projecto com o status previsto
pelo planeamento;

Fase de Encerramento: É a fase quando a execução dos trabalhos é avaliada através de


uma auditoria interna ou externa, os documentos do projecto são encerrados e todas as falhas
ocorridas são discutidas, conhecida também como fase de aprendizado.

De uma maneira geral...

Para Menezes (2003)


Fase 1 – Conceitual (Surgimento da ideia)
• Identificação de necessidades e/ou oportunidades;
• Tradução dessas necessidades e/ou oportunidades em um problema;
• Definição do problema;
• Determinação dos objectivos e metas a serem alcançados;
• Análise do ambiente;
• Análise das potencialidades ou recursos;
• Avaliação da viabilidade de a tingimento dos objectivos;
• Estimativa dos recursos necessários;
• Elaboração da proposta e venda da ideia;
• Avaliação e selecção com base na proposta submetida; e
• Decisão quanto à execução do projecto (aprovação).

Fase 2 – Planejamento (Estruturação e viabilidade Operacional)


• Detalhadamente das metas e dos objectivos, com base na proposta aprovada;

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 62


• Definição do gerente da equipe;
• Detalhadamente das actividades e estruturação analítica do projecto;
• Programação das actividades no tempo disponível e/ou necessário;
• Determinação dos resultados tangíveis e seus respectivos momentos de alcance;
• Definição dos recursos necessários: humanos, materiais, financeiros e tecnológicos;
• Estabelecimento da estrutura orgânica formal a ser utilizada;
• Estruturação do sistema de comunicação e de decisão a ser adoptado;
• Definição dos procedimentos de acompanhamento e controle durante a implantação;
• Treinamento dos envolvidos.

Fase 3 – Execução (Execução dos trabalhos)


• Activar a comunicação entre os membros da equipe do projecto;
• Executar as etapas previstas e programadas;
• Utilizar os recursos humanos e materiais, sempre que possível, dentro do que foi
programado (quantidade e períodos de utilização);
• Efectuar reprogramações no projecto segundo seu status quo e adoptando os planos e
programas iniciais como directrizes, eventualmente, mutáveis

Fase 4 – Conclusão (Término do projecto)


• Aceleração das actividades que, eventualmente, não tenham sido concluídas;
• Realocação dos recursos humanos do projecto para outras actividades ou projectos;
• Elaboração da memória técnica do projecto;
• Elaboração de relatórios e transferência dos resultados finais do projecto;
• Emissão de avaliações globais sobre o desempenho da equipe do projecto e os resultados
alcançados;
• Acompanhamento ex-post.

Dinâmica do ciclo de vida do projecto – Adaptado de Menezes (2003)

Principais elementos a considerar na elaboração e analise de um projectos


de investimentos
1. Elementos de Organização

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 63


 Estrutura orgânica a adoptar;
 Problemas administrativos;
 Tipo de Organização a estabelecer;
 Métodos legais (projectos de estatutos, pedidos de autorização a satisfazer, etc);
 Organigrama da Organização (funções dos órgãos, canais de comunicação, eficiência ˗
controlo e execução);
 Programas de especialização (pessoal técnico, pessoal administrativo).

2. Elementos comerciais
 Disposições estabelecidas para aquisição de materiais,
 Prazos de fornecimento;
 Indicação sobre métodos de comercialização;
 Problemas de transporte;
 Métodos de apresentação de produtos;
 Necessidades de campanhas publicitárias.

3. Elementos económicos
 Desenvolvimento económico global;
 Desenvolvimento económico do sector;
 Justificação do comprotimento de recursos escassos (capital, trabalho especializado).

4. Elementos financeiros
 Situação financeira da empresa que pretende levar a cabo o projecto;
 Compatibilização do projecto com comprimimos a assumir;
 Montante necessário para por em funcionamento o projecto e a respectiva fonte de
recursos;
 Prováveis receitas e despesas de funcionamento;
 Perspectivas da situação líquida e a taxa de rentabilidade de fase de funcionamento
(quadro das despesas de funcionamento, fontes de financiamento, receitas e despesas
de funcionamento).

Estudo do mercado
O estudo do mercado, abrange uma serie de técnicas que servem precisamente para conhecer
o meio em que a empresa esta inserido. O meio em que a empresa esta inserido é:
 Consumidores;
 Fornecedores;
 Concorrentes e
 Enquadramento político.

No estudo para conhecer o meio em que esta inserido, deve responder às seguintes questões:
 Dimensão do mercado;
 Área que abrange;
 Sector de actividade;
 Características óptimas do bem ou serviço a fornecedor.

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 64


O estudo, devera permitir o estabelecimento de previsões sobre a evolução procura. O estudo
devera permitir o conhecimento das incidências das politicas económicas sobre o mercado
interno, nomeadamente quanto a:
 Direitos e elementos aduaneiros em geral;
 Aspectos sobre a emissão de licenças de importação;
 Acesso à indústria;
 Medidas fiscais:
 Politicas de crédito e normas de segurança.

Elementos da informação

Estes elementos da informação devem dar resposta aos objectivos pretendidos quanto a:
 Valor e volume de importações e exportações nos últimos 5 ou 10 do produto a
fabricar;
 Consumo e preços dos últimos 5 ou 10 anos;
 Consumo de bens sucedâneos;
 Expansão de mercados de produtos complementares;
 Rendimento;
 Variação de stocks;
 Factores de produtos.

Estudo técnico de investimento


Dimensão do projecto
A dimensão de um projecto esta geralmente relacionada com o objectivo de satisfação do
mercado. Quanto maior for a procura a satisfazer, maior terá de ser a dimensão dos
investimentos.
Localização de projectos
A localização de projectos é extremamente importante para o seu êxito. A melhor localização
será aquela que com menores custos consegue realizar maior o volume de vendas.
 Quanto maior for a proximidade com os consumidores, menores serão os custos de
distribuição (minimização dos custos de transporte/ distribuição);
 Quanto maior for a proximidade com as matérias-primas, fontes de energia, mão-de-
obra competente, barata e abundante, menores serão os custos de produção
(minimização dos custos de produção).
Construção de variantes do projecto
Qualquer projecto admite geralmente variantes. As fontes de variantes são:
 Processo de produção (técnica, produtos);
 Dimensão (mercado);
 Localização;
 Data da realização.

Determinação dos custos de investimento


As rubricas mais importantes a considerar na determinação dos custos do investimento são;
 Estudos de engenharia do projecto;
 Edifícios, instalações e equipamentos;
 Patentes, Organização;
 Terrenos e recursos naturais.

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 65


Bibliografia
 MITHÁ, Omar, Analise de projectos de investimentos, 1aEdição.
 BARROS, Hélio, análise de projectos de investimentos, Edições Silabo, 1991.
 SOARES, J.O., Fernandes, A.V., Março, A.A., Marques, J.P., Avaliação de projectos
de investimentos na óptica Empresarial, 2a Edição, Edições Silabo, 1991. Brealey,
R.A., Myers.~
 PEREZ JÚNIOR, José Hernandez; OLIVEIRA, Luiz Martins. Contabilidade de
custospara não contadores. São Paulo: Atlas, 2009.
 Borges, A. E Ferrão, M. (1998) A Contabilidade e a Prestação de Contas. Lisboa, Rei
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 BORGES, A. Et. Al (1990). Elementos de Contabilidade Geral. Lisboa, Rei dos
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 COSTA, M. F. (1998), Contabilidade Geral. Lisboa, Plátano Editora.

 SILVA, F. V. G. e PERREIRA, J. M. Esteves. (1998) Contabilidade das Sociedades.


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 J. M. Esteves. (1990). Contabilidade Básica. Lisboa, Plátano Editora.

 CAIADO, António C. Pires; Contabilidade Analítica, um Instrumento para a gestão;


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 SILVA, F. V. Gonçalves; Contabilidade Industrial, 6.ª Edição; Livraria Sá da Costa,
1975.

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 66


Índice
Introdução à contabilidade básica …………………………………………...….1
Documentos comerciais ……………………………………………………..….3
Contrato de compra e venda …………………………………………………....4
Condições de compra e venda ………………………………………………….6
O preço …………………………………………………………………….…....7
Descontos e abatimentos ……………………………………………………..…8
Fases e documentação de compra e venda ……………………………………..9
Títulos de crédito ……………………………………………………………...14
A letra …………………………………………………………………….……15
O cheque ………………………………………………………………………19
A livrança ………………………………………………………………….…...20
Surgimento da Contabilidade ………………………………………………….21
Definição da Contabilidade …………………………………………………...22
Divisão da Contabilidade …….………………………………………………..24
Objecto e Finalidade (Objectivos) ……………………………………………..23
Instrumentos, processos e princípios contabilísticos ……………………….….25
Técnicos de contas …………………………………………………………….26
Património ……………………………………………………………………..28
Massas e factos patrimoniais …………………………………………………..29
A conta ………………………………………………………………………...34
Princípios de partidas dobradas …………………………………………...…..37
Saldo de uma conta ……………………………………………………………38
Contabilização das operações ………………………………………………….39
Contabilização e escrituração ……………………..……………………………40
Livros obrigatórios e facultativos ……………………………………………...41
O Inventario …………………………………………………………………...42
O Balanço ……………………………………………………………………..44
Balancete ……………………………………………………………………...46
Lançamento no Razão Geral ………………………………………………….48
Lançamento de Estorno ………………………………………………………50
Lançamento no Diário Geral ………………………………………………….54
Classificação de lançamentos …………………………………………………56

APEC: Manual de Apoio de Contabilidade Básica Página 67


Análise comparativa entre custos e despesas …………………………………60
Balanço e Demonstração de Resultados ……….……………………………..60
Análise económica e financeira …………………………………….…………63
O papel da análise económica e financeira …………………………….……..66
Esquema da sequência das operaçõesdo fim de exercício …………….……..68
Existências ……………………………………………………………….…...68
Mercadorias ………………………………………………………………..….69
Métodos de custeio ………………………………………………………..….72
Desdobramento das contas ………………………………………………..….73
Lançamento de Apuramento de Resultados ……………...……………..……88
Enquadramento teórico de investimentos ………………………………..…...89
Plano de negócio ……………………………………………………..……….89
Fases de um projecto …………………………………………………..……...92
Estudo técnico de investimento …………………………………………...….96
Bibliografia ……………………………………………………………………102

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