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DECISÕES FINANCEIRAS DE CURTO PRAZO

CAPITAL DE GIRO E ADMINISTRAÇÃO DO ATIVO CIRCULANTE

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

• Fundamentos do Capital de
Giro Líquido;

• Ciclo de Conversão de Caixa;

• Administração de Estoques;

• Administração de Contas a
Receber.

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CAPITAL DE GIRO E ADMINISTRAÇÃO DO ATIVO CIRCULANTE

FUNDAMENTOS DO CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO

Análise de Análise de
Liquidez Exigibilidade

Análise do Análise do
CCL AC PC CCL

Análise do Análise do
Retorno RLP e AP ELP e PL Retorno

Análise de Análise de
Liquidez Exigibilidade
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CAPITAL DE GIRO E ADMINISTRAÇÃO DO ATIVO CIRCULANTE

FUNDAMENTOS DO CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO

• Quanto maior o capital de giro líquido de uma empresa, menor


será sua lucratividade e menor o risco de ela não poder pagar
suas obrigações no vencimento;

• Quanto menor o capital de giro líquido, maior será a


lucratividade da empresa, e maior o risco de ela não poder pagar
suas obrigações no vencimento;

• O objetivo da administração financeira a curto prazo é gerir cada


um dos ativos circulantes e passivos circulantes a fim de alcançar
um equilíbrio entre rentabilidade e risco que contribua
positivamente para o valor da empresa.

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CAPITAL DE GIRO E ADMINISTRAÇÃO DO ATIVO CIRCULANTE

• CAPITAL DE GIRO: são os ativos circulantes, que


representam a parcela do investimento que circula de uma forma
a outra, durante a condução normal dos negócios;

• CICLO OPERACIONAL: a transição periódica de caixa para


estoques, destes para duplicatas a receber e de volta para caixa,
que ocorre dentro do capital circulante das empresas;

• PASSIVO CIRCULANTE: representa o financiamento a curto


prazo da empresa, pois inclui as dívidas que terão seu
vencimento em um ano ou menos;

• CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO: a diferença entre ativos


circulantes e passivos circulantes da empresa.

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• CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO POSITIVO: representa que parte


dos ativos circulantes da empresa estão sendo financiados pelos
recursos de longo prazo;

• CAPITAL CIRCULANTES LÍQUIDO NEGATIVO: representa que


parte dos ativos de longo prazo e permanentes estão sendo
financiados pelos recursos de curto prazo;

• De forma geral, quanto maior a margem pela qual os ativos


circulantes de uma empresa cobrem suas obrigações a curto
prazo, tanto mais apta ela estará para pagar suas contas nos
vencimentos;

• Dúvidas nas Entradas de Caixa e Certeza nas Saídas de Caixa.

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FUNDAMENTOS DO CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO


Estruturas do Capital de Giro Líquido

PC AC
AC PC AC PC

ELP RLP
RLP ELP RLP ELP

AP PL AP PL AP PL

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O investimento total de uma empresa engloba os ativos circulantes e


os ativos permanentes, sendo que sua lucratividade e risco são
afetados pela relação entre essas duas categorias.

Análise e Planejamento Financeiro


Balanço Patrimonial

Ativos Circulantes Passivos Circulantes

Ativos Permanentes Recursos Permanentes

Decisões Investimentos Decisões Financiamentos

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• RENTABILIDADE: relação entre receitas e custos, gerada pelo


uso dos ativos da empresa nas atividades produtivas;

• RISCO: probabilidade de que a empresa não esteja apta a pagar


suas obrigações nos vencimentos.

– RISCO OPERACIONAL: risco de não se poder cobrir os custos


operacionais;

– RISCO FINANCEIRO: impossibilidade de efetuar os


pagamentos fixos programados decorrentes de empréstimos,
leasing e dividendos preferenciais.

• TECNICAMENTE INSOLVENTE: descreve uma empresa que não


está em condição de pagar suas obrigações nos vencimentos.

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FUNDAMENTOS DO CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO


Variações nos Ativos e Passivos Circulantes

Variação no Efeito sobre Efeito sobre


Índice
Índice o Lucro o Risco

AC Aumento Redução Redução


AT Redução Aumento Aumento

PC Aumento Aumento Aumento


AT Redução Redução Redução

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CCL positivo significa que fundos a longo prazo estão financiando


parte dos ativos circulantes. Como os custos desses recursos a
longo prazo costumam ser mais caros do que aqueles de curto
prazo, a empresa poderá enfrentar maiores restrições.

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CICLO DE CONVERSÃO DE CAIXA

Entender o ciclo de conversão de caixa de uma empresa é essencial


para a administração financeira de curto prazo.

OBJETIVO: Medir o período durante o qual os recursos da empresa


são aplicados no Ciclo Operacional;

CICLO OPERACIONAL: a transição periódica de caixa para estoques,


destes para duplicatas a receber e de volta para caixa, que ocorre
dentro do capital circulante das empresas;

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Caixa
Saldo 00: 0,00
Saldo 01: 50,00

Compra a Prazo de
Pagto. Empréstimo MP R$ 200
R$ 370

MP R$ 200
MO + DIF R$ 60

Produção Estoque
Recebimento da de PA
Venda R$ 420 Impostos, Custo
Produto e
Custo Produto R$ 260
Despesas
Impostos R$ 40
Operacionais.
R$ 350 Desp. Operac. R$ 50

Impostos, Custo
Produto e
Despesas
Operacionais.
Venda à vista Vendas PC
R$ 350
R$ 400 Á vista/prazo R$ 350

Lucro R$ 50
Desp. Financ. R$ 20

Captação de Vendas a Prazo


Recurso R$ 350 R$ 420
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Cálculo do Ciclo de Conversão de Caixa

CO  PME  PMR
CO = Ciclo Operacional;
PME = Prazo Médio de Estocagem (IME);
PMR = Prazo Médio de Recebimento.

CC  PMP  CO
CC = Ciclo de Caixa;
PMP = Prazo Médio de Pagamento.

Relembrar é viver...
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Prazos Médios...

CR  Tempo
PMR 
Vendas

Estoques  Tempo
PME 
CMV

Fornecedores  Tempo
PMP 
Compras 14
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Então vejamos a representação


gráfica do Ciclo de Caixa:
0 Ciclo Operacional (CO) 70 dias

Data da Data da
Compra Venda a
a Prazo PME = 40 dias Prazo PMR = 30 dias
Data do
Recebimento

PMP = 30 dias
Ciclo de Caixa (CC) = 40 dias
Data do
Pagamento 15
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Fatores Internos que afetam o Ciclo de Caixa

• Alterações nas Políticas de Crédito;


• Inadimplência;
• Grau de Endividamento;
• Volume de compras;
• PME x PMR x PMP;
• Nível de ocupação do Ativo Fixo;
• Distribuição de lucros;
• Política Salarial.

Fatores Externos

• Alterações no Mercado;
• Concorrência;
• Alterações nas bases tributárias;
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• Inadimplência x Fatores Macroeconômicos (aumento de juros).
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Sintomas do Desequilíbrio Financeiro

• Insuficiência crônica de caixa;


• Captação sistemática de recursos.

Causas Básicas

• Excesso de investimento em estoque;


• PMR > PMP;
• Excesso de investimento em ativos fixos;
• Alto giro de estoque e ciclo de produção elevado.

Conseqüências

• Maior vulnerabilidade às flutuações do mercado;


• Insolvência técnica;
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• Insolvência (concordata e falência).
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Medidas de Saneamento

• Aumento do capital próprio;


• Adequação do nível de atividade aos recursos disponíveis;
• Controle rígido de custos e despesas operacionais;
• Desmobilização de ativos ociosos.

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Administrar o Ciclo de Caixa de forma eficiente, é fundamental para a
maximização da riqueza do acionista.

Giro de Caixa:
tempo
GC 
CC
Quanto maior for o Giro do Ciclo de Caixa, menor será a necessidade
de caixa para suportar as operações, sem no entanto, incorrer no risco
da falta de recursos.

Quanto menor for o Ciclo de Caixa, melhor.

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Existem maneiras de maximizar o Giro do
Ciclo de Caixa, minimizando as necessidades
de caixa:

• Aumento do giro das matérias-primas, sem


faltas que resultem em perda de vendas;
• Diminuição do ciclo de produção;
• Aumento do giro de produtos acabados;
• Aceleração do processo de recebimento,
sem perder vendas por conta de técnicas de
cobrança muito agressivas;
• Redução do prazo concedido nas vendas a
prazo;
• Administrar o Floating;
• Aumento do prazo de pagamento a
fornecedores, sem prejudicar o perfil de
crédito da empresa.
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Necessidades de Financiamento resultantes do Ciclo de Caixa

NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO PERMANENTE

Se as vendas de uma empresa forem constantes, o seu investimento


em ativos operacionais também deverá ser constante e ela terá
Necessidade de Financiamento Permanente.

NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO SAZONAL

Se as vendas de uma empresa forem cíclicas, o seu investimento em


ativos operacionais variará ao longo do tempo conforme os ciclos de
vendas e ela terá Necessidade de Financiamento Sazonal.

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• NECESSIDADES PERMANENTES:

– Necessidade de financiamento para os ativos permanentes


mais a parcela permanente dos ativos circulantes da
empresa;
– Essas necessidades permanecem inalteradas ao longo do
ano;

• NECESSIDADES SAZONAIS:

– Necessidade de financiamento para ativos circulantes


temporários, as quais variam ao longo do ano.

Veja o exemplo a seguir considerando os


números da
Companhia Aprendendo S/A. 22
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Ativos Necessidades de Fundos


Mês Circ. Perm. Total Permanentes Sazonais
Janeiro 4.000 13.000 17.000 13.800 3.200
Fevereiro 3.000 13.000 16.000 13.800 2.200
Março 2.000 13.000 15.000 13.800 1.200
Abril 1.000 13.000 14.000 13.800 200
Maio 800 13.000 13.800 13.800 -
Junho 1.500 13.000 14.500 13.800 700
Julho 3.000 13.000 16.000 13.800 2.200
Agosto 3.700 13.000 16.700 13.800 2.900
Setembro 4.000 13.000 17.000 13.800 3.200
Outubro 5.000 13.000 18.000 13.800 4.200
Novembro 3.000 13.000 16.000 13.800 2.200
Dezembro 2.000 13.000 15.000 13.800 1.200
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Média Mensal 13.800 1.950
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Necessidade Total
Necessidade de Fundos de Fundos

19.000

18.000
Fundos Necessários ($)

17.000
Necessidade
16.000 Sazonal
15.000

14.000

13.000 Necessidade
12.000 Permanente
11.000
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Tempo (Meses)
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Estratégia Agressiva de Financiamento

Financiam suas necessidades sazonais com recursos a curto prazo


e suas necessidades permanentes com recursos a longo prazo.

Utilizando os números da Companhia Aprendendo:

• Necessidades Permanentes: 13.800 financiados com recursos a


longo prazo, durante 12 meses com juros de 20% ao ano;

• Necessidades Sazonais: Variam durante o ano de 0 a 4.200, sendo


financiadas com recursos a curto prazo. O prazo da operação
será de 12 meses com juros de 15% ao ano.

• A taxa de juros para aplicações de saldos excedentes é de 10%


ao ano.

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Estratégia Agressiva de Financiamento

Cálculo do Custo de Curto e Longo Prazo da Companhia


Aprendendo S/A

Custo Financiamento a Curto Prazo: R$ 292,50


Custo Financiamento a Longo Prazo: R$ 2.760,00
Rendimentos sobre aplicação financeira: R$ 0,00
Custo Financeiro Total: R$ 3.052,50

CUIDADOS NO BRASIL:

• Com a taxa de juros de longo prazo;


• Modalidades de empréstimos e financiamentos.
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Estratégia Agressiva de Financiamento

Considerações de Custo:

• A estratégia agressiva funciona com um mínimo de CCL, pois


apenas a parcela permanente dos ativos circulantes é financiada
com fundos a longo prazo.

• A estratégia agressiva é arriscada não só do ponto de vista do


baixo CCL, mas também porque a empresa precisa contar tanto
quanto possível com as fontes de recursos a curto prazo, para
atender às flutuações sazonais nas suas necessidades de fundos.

• Esse aspecto do risco associado à estratégia agressiva advém do


fato de que a capacidade de uma empresa para obter
financiamento a curto prazo é limitada a um dado montante.

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Estratégia Agressiva de Financiamento

Necessidade Total
Necessidade de Fundos de Fundos

19.000 Fundos a
18.000 Curto Prazo
Fundos Necessários ($)

17.000

16.000

15.000

14.000
CCL
13.000
Fundos a Longo Prazo
12.000

11.000
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Tempo (Meses)
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Estratégia Conservadora de Financiamento

Financiam suas necessidades financeira projetadas com recursos a


longo prazo e utilizam recursos a curto prazo, no caso de uma
emergência ou de desembolsos inesperados.

• Difícil imaginar essa abordagem pela existência constantes de


fontes de financiamento a curto prazo (fornecedores, contas a
pagar, salários, governo etc.).

• A premissa da estratégia conservadora de financiamento é


ignorar as fontes de financiamento a curto prazo.

Veja o exemplo a seguir considerando os


números da Companhia Aprendendo S/A.
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Estratégia Conservadora de Financiamento

Utilizando os números da Companhia Aprendendo:


• Necessidades Máxima de Fundos: 18.000 financiados com
recursos a longo prazo, durante 12 meses com juros de 20% ao
ano;

Considerações de Custo:
Custo Financiamento a Longo Prazo e Total: R$ 3.600,00

• Estratégia conservadora é mais onerosa;


• Incide custos financeiros sobre o excesso de financiamento a
longo prazo;
• O excesso de financiamento a longo prazo pode ser aplicado,
porém a taxa de investimento ainda não compensará o excesso a
diferença entre as estratégias (CUIDADO).
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Estratégia Conservadora de Financiamento

Considerações de Risco:

• CCL de $5.000 (18.000 – 13.000), representando um nível muito


baixo de risco para a empresa;

• Não exige que a empresa use sua capacidade limitada de


empréstimo a curto prazo;

• Utiliza a capacidade de empréstimo a curto prazo para cobrir as


necessidades financeiras inesperadas e evitar a insolvência
técnica;.

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Estratégia Conservadora de Financiamento

Necessidade Total
Necessidade de Fundos de Fundos

19.000

18.000
Fundos Necessários ($)

17.000

16.000
Excesso CCL
15.000
Fundos L/P
14.000

13.000

12.000 Fundos a Longo Prazo


11.000
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Tempo (Meses)
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Conservadora X Agressiva

• Ao contrário da estratégia agressiva,


a estratégia conservadora requer que
a empresa pague juros sobre
recursos desnecessários (CUIDADO).

• O custo mais baixo da estratégia


agressiva torna-a mais lucrativa do
que a estratégia conservadora, sendo
contudo mais arriscada (CUIDADO).

• Uma situação intermediária entre


essas duas estratégias deve resultar
numa opção aceitável de
financiamento para quase todas as
empresas.
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ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUES

A Definição dos níveis de estoques que


maximizem a relação lucro versus clientes
satisfeitos, é na prática muito difícil de ser
implementada,devido aos conflitos das áreas
funcionais da empresa em procurarem objetivos
mutuamente exclusivos.

– Finanças = manter níveis de estoques os


mais baixos possíveis;
– Marketing = estoques elevados de cada
um dos produtos acabados;
– Produção = manter os lotes de produção
em volumes elevados;
– Compras = manter os níveis de estoques
de matérias-primas elevados. 34
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Estoques como um Investimento

Quanto maiores forem os saldos médios dos estoques, maiores a


quantia investida e os custos envolvidos.

Matérias-Primas
(Itens adquiridos para uso na elaboração de
seus produtos)

• Velocidade de suprimento;
• Freqüência de utilização;
• Investimento exigido para manter um dado
nível de estoque;
• Características físicas da MP;
• Fatores macroeconômicos que afetam o
preço e a quantidade ofertada. 35
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Produtos em Elaboração
(Todos os itens que estão passando pelo processo de elaboração)

• Existe uma relação direta entre a duração do ciclo de produção e o


nível médio de estoque de produção em elaboração, isto é, quanto
maior for o ciclo de produção, maior será o nível do estoque de
produtos em fabricação.

• Por ser este tipo de estoque de menor liquidez, deve procurar


reduzir o nível desse estoque e evitar a falta do estoque ao mínimo
possível.

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Produtos Acabados
(Compreende os produtos já terminados mas
ainda não vendidos)

• Normalmente, em empresas industriais, a


produção ocorre antes da venda, o nível de
produtos acabados é determinado pelas
projeções de vendas, pela capacidade de
produção e pelo nível de investimentos
requeridos em produtos acabados.

• Existe uma relação entre o investimento em


produtos acabados e o custo unitário de
produção, determinado pelo tamanho dos
lotes de produção, é fundamental que a
empresa analise como essa relação pode
maximizar seu retorno de forma a determinar
as quantidades ótimas de produção. 37
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Produtos Acabados

• Perecibilidade dos produtos;


• Duração do período de produção;
• Instalações de armazenamento;
• Volumes excessivos de capital de giro aplicados em estoques;
• Custos de manutenção em estoques;
• Proteção contra falta de matérias-primas;
• Proteção contra falta de mão-de-obra;
• Proteção contra aumentos de preços;
• Riscos associados a estoques de produtos acabados, tais
como: quedas de preços, obsolescência de estoques, perdas
ou furtos, insuficiência de procura.

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Relação entre Estoques e Contas a Receber

As condições de crédito concedidas afetarão os investimentos em


estoques e em duplicatas a receber, uma vez que maiores períodos
de crédito possibilitarão que a empresa transfira itens de estoque
para contas a receber.

Geralmente, há uma vantagem em tal estratégia, pois o custo de


manter um item no estoque é maior do que o custo de manter uma
duplicata a receber.

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Técnicas de Administração de Estoques

Sistema ABC

Técnica de administração que classifica os estoques em três


categorias, por ordem decrescente de importância, quanto ao valor
dos investimentos feitos em cada uma.

O Sistema ABC classifica os estoques segundo seu valor, freqüência


de uso, custo de faltar e prazo de reposição.

Os itens com maiores “notas” nessa classificação, isto é, mais caros,


mais utilizados, com maior prazo de entrega e cuja falta traria
maiores custos a empresa, são classificados na categoria A, os de
menor importância na categoria B e o demais na C. A empresa
prioriza seus esforços de controle nos itens classificados como A.
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SISTEMA ABC

Valor

A B C

0 N. Itens em
Estoque 41
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SISTEMA ABC - EXEMPLO
Quantidade Quantidade
Média de Custo médio Média de Custo médio
Item Unidades em Item Unidades por unidade
por unidade
Estoque em Estoque
1 1.800 0,54 9 600 0,95
2 1.000 8,20 10 3.000 0,18
3 100 6,00 11 900 15,00
4 250 1,20 12 65 1,35
5 8 94,50 13 2.200 4,75
6 400 3,00 14 1.800 1,30
7 80 45,00 15 60 18,00
8 1.600 1,45 16 200 17,50

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SISTEMA ABC - EXEMPLO
Quantidade
Custo em
Média de Custo médio Custo Total
Item Item Ordem % Grupos
Unidades em por unidade do Estoque
Descrecente
Estoque
1 1.800 0,54 972,00 11 13.500,00 26,99%
2 1.000 8,20 8.200,00 13 10.450,00 20,89% 64,28% A
3 100 6,00 600,00 2 8.200,00 16,39%
4 250 1,20 300,00 7 3.600,00 7,20%
5 8 94,50 756,00 16 3.500,00 7,00%
6 400 3,00 1.200,00 14 2.340,00 4,68% 25,91% B
7 80 45,00 3.600,00 8 2.320,00 4,64%
8 1.600 1,45 2.320,00 6 1.200,00 2,40%
9 600 0,95 570,00 15 1.080,00 2,16%
10 3.000 0,18 540,00 1 972,00 1,94%
11 900 15,00 13.500,00 5 756,00 1,51%
12 65 1,35 87,75 3 600,00 1,20%
9,81% C
13 2.200 4,75 10.450,00 9 570,00 1,14%
14 1.800 1,30 2.340,00 10 540,00 1,08%
15 60 18,00 1.080,00 4 300,00 0,60%
16 200 17,50 3.500,00 12 87,75 0,18%
Total 50.015,75 50.015,75 100,00% 100,00% 0,00%
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LOTE ECONÔMICO (BAUMOL)

• O modelo do lote econômico é utilizado para determinar a


quantidade do pedido capaz de minimizar o custo total do
estoque. Sua definição é baseada em três suposições
básicas:
– empresa é capaz de determinar com precisão a demanda anual
para um determinado item do estoque.
– a demanda anual para um determinado item é constante.
– os pedidos colocados são recebidos exatamente no momento em
que os estoques chegam a zero.

• Apesar de serem suposições bastante rígidas, elas não


inviabilizam a utilização do modelo.

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DECISÕES FINANCEIRAS DE CURTO PRAZO
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Saldo Médio de Estoque

Saldo Médio de Estoque Quantidade


em estoque
• Baseado na suposição
que o nível de estoque
cai a zero imediatamente
antes da chegada de um
novo pedido de
suprimento e que os SME = Q/2
estoques são consumidos
de forma linear.

0 Tempo
45
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Custo

Lote Econômico

2  CP  DE
LEC 
Custo Total

CM

Custo Custo
do Pedido Manutenção

0 Quantidade
46
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CAPITAL DE GIRO E ADMINISTRAÇÃO DO ATIVO CIRCULANTE

Custo Total de Manutenção Custo Total do Pedido

• É composto do • Representa um custo


investimento realizado em fixo que independe do
estoques, acrescido dos volume pedido. Esses
custos financeiros relativos custos são representados
a armazenagem, pelas despesas incorridas
manuseio, impostos, com a colocação e o
seguros, depreciação e recebimento do pedido.
obsolescência.
CTP  CP  NP
CTM  CM  SME
DE
NP 
LEC
47
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Custo
CT  (CP  NP)  (CM  SME )

Custo Total

Custo Custo
do Pedido Manutenção

48
0 Quantidade
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Redução das Limitações do Modelo do Lote Econômico

Os pedidos colocados são recebidos exatamente


no momento em que os estoques chegam a
zero?
ESTOQUE DE SEGURANÇA

• Uma das formas utilizadas pela maioria das empresas para evitar
problemas de falta de estoque causados por atrasos de entrega,
quando os custos de falta de estoque são elevados devidos a
perda de vendas, problemas de produção e perdas de clientes.

• Nesses casos o valor do estoque médio será igual a:


Estoque Médio = Q/2 + Estoque de Segurança
49
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PONTO DE RESSUPRIMENTO

• É uma das formas utilizadas para determinar quando um pedido


deverá ser feito.

• Na prática o ponto de ressuprimento precisa considerar o tempo


de reposição necessário para fazer e receber um pedido. Esse
ponto pode ser determinado da seguinte forma:

PR = Tempo de Reposição em dias  Consumo Diário

50
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MRP (Materials Requirement Planning)

Sistema que se utiliza dos conceitos do LEC e da informática


para comparar as necessidades de matérias-primas no
processo de produção com os saldos disponíveis em estoques,
e determinar quando os pedidos deverão ser efetuados para
cada item da lista de insumos de um produto.

SISTEMA JUST-IN-TIME

Sistema que minimiza o investimento em estoques através do


recebimento dos insumos de produção no exato momento em
que são requeridos na produção.

51
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ADMINISTRAÇÃO DE CONTAS A RECEBER
Política (Seleção) de Crédito: Elementos para concessão de crédito a
um cliente;

Ferramentas de marketing;

Política de Crédito Ideal = Aumenta o valor da empresa, controle


efetivo sobre a inadimplência e perda e política de cobrança;

Cada segmento possuí uma política de crédito própria;

POLÍTICA DE CRÉDITO X CAPACIDADE DE PRODUÇÃO.


52
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OS CINCO C´s DO CRÉDITO

Caráter: histórico de cumprimento de obrigações pelo solicitante.

Capacidade: a capacidade do cliente para quitar o crédito solicitado.

Capital: a solidez financeira do solicitante (relação entre dívida e


patrimônio líquido).

Colateral: o montante de ativos colocados à disposição pelo


solicitante para garantir o crédito.

Condições: as condições econômicas e empresariais vigentes, bem


como circunstâncias particulares que possam afetar qualquer das
partes envolvidas na negociação.
53
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Vendas Lucros

Grau de Restrição ao Crédito Grau de Restrição ao Crédito 54


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Perdas PMC

Grau de Restrição ao Crédito Grau de Restrição ao Crédito 55


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OBTENÇÃO DE INFORMAÇÕES DE CRÉDITO

Departamento de Crédito começa o processo de avaliação pelo


preenchimento de formulários de informações acerca de suas
referências financeiras e de crédito ou utilizando suas próprias
informações históricas quanto ao comportamento deste, no tocante a
pagamentos.

PRINCIPAIS FONTES EXTERNAS DE INFORMAÇÕES


• Demonstrações Financeiras;
• Agências de Informações sobre crédito mercantil no Brasil;
• Central de Risco do Banco Central;
• Trocas Diretas de Informações de Crédito (CDL e empresas);
• Consulta Bancária (Cuidado com o sigilo bancário).

56
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CAPITAL DE GIRO E ADMINISTRAÇÃO DO ATIVO CIRCULANTE
Análise das Informações de Crédito

• As empresas estabelecem procedimentos rígidos para uso na


análise de crédito – avaliação dos solicitantes de crédito.

• A Empresa deve não só determinar se pode ser concedido crédito


a um cliente, mas também estimar o montante máximo de crédito
que ele pode receber = Estabelecer uma LINHA DE CRÉDITO.

• A Empresa vendedora deve ter atenção sobre o período médio de


pagamentos e comparar com as condições de crédito concedidas.

• TAMANHO DO CRÉDITO: A Dun & Bradstreet sugere que o valor


não ultrapasse o limite de 10% do potencial financeiro estimado.

TAMANHO DA OPERAÇÃO X CUSTO X BENEFÍCIO DA ANÁLISE57


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Scoring de Crédito
Procedimento informatizado que produz uma pontuação capaz de
refletir o potencial financeiro global de um solicitante de crédito, que
resulta de uma média ponderada dos pontos relativos a
características financeiras e creditícias.
DETERMINAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO DE CRÉDITO DE UM CLIENTE
Características Pontuação Peso Classificação
financeiras e creditícias (0 a 100) Pré-determinado Ponderada
Referências de crédito 80 0,10 8,00
Casa Própria 100 0,10 10,00
Veículo Próprio 100 0,10 10,00
Faixa de Renda 70 0,25 17,50
Histórico de Pagamento 75 0,25 18,75
Anos de Residência 90 0,10 9,00
Anos no Emprego 80 0,10 8,00
Total 1,00 81,25 58
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PADRÕES DE CRÉDITO

Pontuação de Crédito Procedimento

Maior que 85 Conceder condições padrões de


crédito
De 75 a 85 Conceder crédito limitado, reanalisar
periodicamente.

De 65 a 75 Conceder crédito limitado; se a


conta for mantida em ordem,
conceder condições padrões de
crédito após um ano.
Menor que 65 Venda apenas a vista.

59
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Gestão Internacional de Crédito

• Expõem a empresa a riscos cambiais.


• Exportações de produtos acabados
• Exportações de commodities

Atualmente tudo expresso em US$.


Impacto da moeda forte na moeda nacional.

60
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CAPITAL DE GIRO E ADMINISTRAÇÃO DO ATIVO CIRCULANTE

Mudança dos Padrões de Crédito

Os Padrões de crédito de uma empresa refletem os requisitos


mínimos exigidos para a concessão de crédito a um cliente.

O conhecimento das variáveis-chaves, que precisam ser


consideradas quando uma empresa está pensando em afrouxar ou
arrochar seus padrões de crédito dará uma idéia geral acerca dos
tipos de decisões envolvidas.

• Volume de vendas;
• Investimento em duplicatas a receber;
• Perdas com devedores duvidoso;
• Desconto Financeiro.
61
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VOLUME DE VENDAS
Alterações nos padrões de crédito:
• Padrões crédito afrouxados => crescimento de vendas;
• Padrões crédito arrochados => redução de vendas.

INVESTIMENTO EM DUPLICATAS A RECEBER


Quanto maior o investimento em duplicatas a receber, maior o custo
de mantê-las, e vice-versa (relação com o ciclo operacional e de
caixa).

PERDAS COM DEVEDORES INCOBRÁVEIS


O Risco de uma conta tornar-se incobrável aumenta com a maior
flexibilização dos padrões de crédito

NÍVEL DO DESCONTO FINANCEIRO


62
Nível de desconto financeiro ofertado para flexibilizar as vendas.
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Relação entre aumentar o Período de Crédito e o/a:

Variável Direção da Efeito sobre


Mudança o Lucro

Volume de Vendas Aumenta Positivo

Investimento em D/R Aumenta Negativo


Perdas com duplicatas incobráveis Aumenta Negativo

63
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Relação entre oferecer um Desconto Financeiro e o/a:

Variável Direção da Efeito sobre


Mudança o Lucro
Volume de Vendas Aumenta Positivo
Investimento em duplicatas a receber
devido a clientes que não
Diminui Positivo
aproveitavam o desconto financeiro e
que passam a pagar mais cedo.
Investimento em duplicatas a receber
devido a novos clientes Aumenta Negativo

Perdas com duplicatas incobráveis Diminui Positivo


Lucro por unidade Diminui Negativo
64
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Relação entre aumentar o Período de Desconto Financeiro e o/a:

Variável Direção da Efeito sobre o


Mudança Lucro
Volume de Vendas Aumenta Positivo
Investimento em D/R devido a clientes
que não aproveitavam o desconto
Diminui Positivo
financeiro e que passam a pagar mais
cedo.
Investimento em D/R devido a novos
clientes que aproveitavam o desconto Aumenta Negativo
financeiro, mas que pagam mais tarde.
Investimento em D/R devido a novos
Aumenta Negativo
clientes
Perdas com duplicatas incobráveis Diminui Positivo
Lucro por unidade Diminui Negativo
65
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DETERMINAÇÃO DOS VALORES DAS VARIÁVEIS-CHAVES

Dados:
• Preço Unitário de Venda: R$ 10,00;
• Unidades vendidas no último ano: 60.000;
• As vendas são todas a crédito;
• Custo Variável Unitário: R$ 6,00;
• Custo Fixo Total: R$ 120.000,00;
• Com a flexibilização dos padrões de crédito espera-se um
acréscimo de 5% nas vendas;
• PMR passará de 30 dias para 45 dias;
• Nível de devedores incobráveis passará de 1% para 2%;
• Nível de descontos financeiros passará de 2% para 5%;
• % de Vendas que optarão pelo desconto financeiro: Continuarão
50%;
• Retorno exigido sobre o comprometimento de fundos: 15% ao
ano. 66
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E aí,
podemos
flexibilizar?

67
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Para flexibilizar, precisamos analisar o


impacto nas seguintes variáveis:
• CONTRIBUIÇÃO ADICIONAL AOS LUCROS

• CUSTO DO INVESTIMENTO MARGINAL EM DUPLICATAS A


RECEBER

• CUSTO MARGINAL COM DEVEDORES INCOBRÁVEIS

• CUSTO MARGINAL COM DESCONTOS FINANCEIROS

Como fazer?
68
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CONTRIBUIÇÃO ADICIONAL AOS LUCROS


1º PASSO: Calcular a variação da quantidade de vendas entre o Plano
Proposto e o Atual:

QV  QVP  QVA  63.000  60.000  3.000


2º PASSO: Calcular a Margem de Contribuição;

MC  PV  CV  10,00  6,00  4,00


3º PASSO: Calcular a Contribuição Adicional aos Lucros.

CAL  3.000  4,00  12.000,00


69
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CUSTO DO INVESTIMENTO MARGINAL EM DUPLICATAS A RECEBER

1º PASSO: Calcular o Giro de Recebimento (Plano Proposto e Atual):

Tempo 360
GRP   8
PMR 45

Tempo 360
GRA    12
PMR 30

70
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CAPITAL DE GIRO E ADMINISTRAÇÃO DO ATIVO CIRCULANTE

CUSTO DO INVESTIMENTO MARGINAL EM DUPLICATAS A RECEBER

2º PASSO: Calcular o Investimento Marginal em Duplicatas a Receber


(Plano Proposto e Atual):

QVP  CV 63.000  6,00


IDR P    47.250,00
GRP 8
QV A  CV 60.000  6,00
IDR A    30.000,00
GRA 12
IMDR  IDR P  IDR A  17.250,00
71
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CUSTO DO INVESTIMENTO MARGINAL EM DUPLICATAS A RECEBER

3º PASSO: Calcular o Custo do Investimento Marginal em D/R.

CIMDR  IMDR  COC


CIMDR  17.250,00  0,15
CIMDR  2.587,50

72
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CUSTO MARGINAL COM DEVEDORES INCOBRÁVEIS


1º PASSO: Calcular o Custo Marginal dos Devedores Incobráveis
(Plano Proposto e Atual):

DI P  QVP  PV  % DI
DI P  63.000 10,00  0,02
DI P  12.600,00 CMDI
DI A  QV A  PV  % DI

DI A  60.000 10,00  0,01
6.600,00
DI A  6.000,00
73
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CUSTO MARGINAL COM DESCONTOS FINANCEIROS

1º PASSO: Calcular o Custo Marginal dos Descontos Financeiros


(Plano Proposto e Atual):

DFP  QVP  PV  %OPT  % DF


DFP  63.000  10,00  0,5  0,05
DFP  15.750,00 CMDF
DFA  QV A  PV  %OPT  % DF

DFA  60.000  10,00  0,5  0,02
9.750,00
DFA  6.000,00
74
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TOMADA DE DECISÃO SOBRE PADRÕES DE CRÉDITO

Comparar a contribuição adicional aos lucros com a soma do custo do


investimento marginal em duplicatas a receber e o custo marginal dos
devedores incobráveis:

• Se a contribuição adicional exceder os custos marginais: adoto os


novos padrões de crédito;

• Se a contribuição adicional for menor que os custos marginais: não


adoto os novos padrões de crédito.

75
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TOMADA DE DECISÃO SOBRE PADRÕES DE CRÉDITO


Cálculo do Resultado Final das Alterações nos Padrões de Crédito

CAL CMIDR CMDI CMDF TOTAL RF


CM

= = = = = =

12.000,00 2.587,50 6.600,00 9.750,00 18.937,50 (6.937,50)

OPTAR NÃO OPTAR


RF > 0 RF < 0

76
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MONITORAMENTO DO CRÉDITO

A Política de Cobrança da empresa compreende os procedimentos


adotados para cobrar as duplicatas a receber quando elas vencem.

A Eficiência da política de cobrança pode ser avaliada parcialmente,


observando o nível dos inadimplentes ou incobráveis.

As Abordagens mais usadas para se avaliar políticas de crédito e de


cobrança incluem:
• Prazo Médio de Recebimento
• Cálculo da Idade do Contas a Receber

77
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CAPITAL DE GIRO E ADMINISTRAÇÃO DO ATIVO CIRCULANTE

AGEING DO CONTAS A RECEBER


Técnica utilizada para avaliar as políticas de crédito e/ou de
cobrança, a qual indica as proporções de saldos de duplicatas a
receber em carteira, relativamente a períodos específicos de tempo.

Período de Tempo Valor Percentual

A Vencer 60.000 30,00


Vencidas de 01 a 07 dias 10.000 5,00
Vencidas de 08 a 15 dias 15.000 7,50
Vencidas de 16 a 30 dias 15.000 7,50
Vencidas de 31 a 60 dias 66.000 33,00
Vencidas de 61 a 90 dias 26.000 13,00
Vencidas a mais de 90 dias 8.000 4,00
Total Geral das Duplicatas a Receber 200.000 100,00
78
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POLÍTICA DE COBRANÇA – RELAÇÕES BÁSICAS

Relação entre aumentar os Esforços de Cobrança e o/a:

Variável Direção da Efeito sobre


Mudança o Lucro
Volume de Vendas Nenhum ou Nenhum ou
Diminui Negativo
Investimento em D/R Diminui Positivo
Perdas com duplicatas incobráveis Diminui Positivo
Dispêndios com Cobrança Aumenta Negativo

79
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POLÍTICA DE COBRANÇA – PROCEDIMENTOS DE COBRANÇA

• Cartas
• Telefonemas
• Email´s
• Torpedos
• Visitas Pessoais
• Empresas de Cobrança
• Protesto
• Ações Executórias de Cobrança

80
DECISÕES FINANCEIRAS DE CURTO PRAZO
CAPITAL DE GIRO E ADMINISTRAÇÃO DO ATIVO CIRCULANTE

Exercícios para Fixação

• Página 574: P14-1; P14-3;


• Página 575: P14-4; P14-6;
• Página 577: P14-10; P14-11 e
P14-12.

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