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AutoLab

Manual do
Usuário

© Copyright 1999 Automa / Lactec


AutoLab
Software para gestão e automação de laboratórios
e-mail: autolab@automa.com.br
home page: http://www.automa.com.br/autolab

© Copyright 1999 Automa Consultoria & Informática Ltda. e InstitutoTecnológico do Laboratório Central de
Pesquisa e Desenvolvimento – LACTEC. Todos os direitos reservados. As logomarcas do Lactec e da Automa são
marcas registradas, no Brasil, do Instituto Tecnológico do Laboratório Central de Pesquisa e Desenvolvimento –
LACTEC e da Automa Consultoria & Informática Ltda., respectivamente. AutoLab é marca registrada do Lactec e
Automa. Microsoft e Windows são marcas registradas da Microsoft Corporation. Outras marcas e produtos são
marcas comerciais de seus detentores. Impresso no Brasil.
Conteúdo
1 Instalação e Configurações Iniciais
Instalando a versão mono-usuário ...................................................................................1-1
Instalando a versão multi-usuário ....................................................................................1-1
A janela de configuração do AutoLab .............................................................................1-2
Administração dos usuários do sistema ...........................................................................1-5
Cadastrando usuários..................................................................................................1-5
Gerenciando grupos de usuários e concedendo privilégios ........................................1-7
Alterando senhas .........................................................................................................1-8
Suspendendo temporariamente o sistema ....................................................................1-8
2 Gerência de Laboratório
O conceito de processo ....................................................................................................2-1
Criando uma tabela de serviços .......................................................................................2-3
Cadastrando clientes ........................................................................................................2-6
Cadastrando funcionários e setores do laboratório ..........................................................2-8
Cadastrando e gerenciando processos............................................................................2-10
Abrindo um processo .................................................................................................2-12
Cadastrando os serviços a realizar ...........................................................................2-14
Avançando a situação de um processo...........................................................................2-16
3 Modelos
O acervo de especificações técnicas dos fabricantes .......................................................3-1
Cadastrando modelos.......................................................................................................3-1
Cadastrando faixas...........................................................................................................3-4
Dados gerais................................................................................................................3-5
Exatidão e Resolução ..................................................................................................3-7
Incertezas adicionais (subvariáveis)............................................................................3-9
Copiando faixas .........................................................................................................3-14
Dados para automação via GPIB ...................................................................................3-16
Alterando e excluindo modelos .....................................................................................3-16
4 Instrumentos
Instrumentos externos e do laboratório............................................................................4-1
Cadastrando instrumentos................................................................................................4-1
Documentação do instrumento ........................................................................................4-5
Dados para automação GPIB ...........................................................................................4-6
Histórico de ocorrências ..................................................................................................4-6
Planejamento de ações .....................................................................................................4-8
Planejamento de calibrações............................................................................................4-9
Reclassificando o instrumento .......................................................................................4-10
Criando e alterando uma reclassificação..................................................................4-11

 1999 – LACTEC / Automa AutoLab


Conteúdo

Excluindo uma reclassificação ..................................................................................4-16


Alterando e excluindo instrumentos ..............................................................................4-16
5 Procedimentos
Procedimentos de calibração ...........................................................................................5-1
Cadastrando procedimentos .............................................................................................5-1
Criando sub-procedimentos .............................................................................................5-5
Definição dos pontos a calibrar ..................................................................................5-6
Parâmetros gerais da medição ....................................................................................5-7
Parâmetros para aquisição automática de dados .......................................................5-8
Variável do objeto da calibração ................................................................................5-9
Definição do modelo matemático ..............................................................................5-10
Definindo as variáveis de entrada .............................................................................5-12
Escrevendo as equações matemáticas .......................................................................5-16
Excluindo sub-procedimentos........................................................................................5-19
Copiando e importando sub-procedimentos ..................................................................5-19
Visualização da estrutura do sub-procedimento ............................................................5-21
Validação de procedimentos e sub-procedimentos ........................................................5-22
Alterando e excluindo procedimentos............................................................................5-24
6 Calibrações
Uma calibração no AutoLab ............................................................................................6-1
Realizando calibrações ....................................................................................................6-1
Escolhendo o instrumento a ser calibrado .......................................................................6-3
Documentação da calibração ...........................................................................................6-3
Definindo o procedimento e padrões a serem usados ......................................................6-6
Situação da calibração das faixas.....................................................................................6-8
Preenchimento manual das planilhas de calibração .........................................................6-9
Validação da planilha de calibração ..............................................................................6-11
O orçamento das incertezas ...........................................................................................6-12
Excluindo a calibração de uma faixa .............................................................................6-14
Aquisição automática dos dados....................................................................................6-14
Emitindo o certificado de calibração .............................................................................6-15
Alterando e excluindo calibrações .................................................................................6-15
7 Aquisição de Dados via GPIB
Introdução à automação no AutoLab ...............................................................................7-1
Especificação de GPIB dos modelos ...............................................................................7-2
Configuração da interface GPIB do modelo ...............................................................7-3
Rotinas de automação do modelo ................................................................................7-4
Usando macros nos programas das rotinas de automação .........................................7-8
O endereço GPIB dos instrumentos ...............................................................................7-12
Como o AutoLab realiza a calibração automática .........................................................7-13
Calibrações mistas (semi-automáticas)..........................................................................7-15

AutoLab iv  1999 – LACTEC / Automa


Conteúdo

8 Consultas, Relatórios e Exportação de Dados


O centro de informações do sistema ................................................................................8-1
Exportando dados para o MS-Excel ................................................................................8-2
Exportando dados para o MS-Word ................................................................................8-4
Criando um documento-modelo...................................................................................8-4
Realizando uma exportação para o MS-Word.............................................................8-7
Apêndice A – Funções e operadores para uso em equações

Apêndice B – Identificadores reservados para uso em equações

Apêndice C – Diferenças entre o Pascal padrão e o xsPascal

Apêndice D – Funções do xsPascal

Apêndice E – Indicadores para exportação do certificado para o MS-


Word

Índice de tabelas
Tabela 1. Campos da janela de configuração.......................................................................1-3
Tabela 2. Dados de um usuário do sistema..........................................................................1-6
Tabela 3. Situações de um processo ....................................................................................2-3
Tabela 4. Campos de um serviço .........................................................................................2-5
Tabela 5. Dados de cadastro de um cliente..........................................................................2-7
Tabela 6. Campos de um funcionário ..................................................................................2-9
Tabela 7. Campos do cabeçalho de um processo...............................................................2-13
Tabela 8. Campos de um item do orçamento (serviço a realizar) ......................................2-14
Tabela 9. Campos adicionais do processo .........................................................................2-17
Tabela 10. Dados gerais do modelo.....................................................................................3-3
Tabela 11. Dados gerais da faixa .........................................................................................3-6
Tabela 12. Exatidão da faixa................................................................................................3-8
Tabela 13. Dados da subvariável .......................................................................................3-11
Tabela 14. Exemplo de dados de uma subvariável ............................................................3-13
Tabela 15. Dados gerais do instrumento..............................................................................4-3
Tabela 16. Documentação do instrumento...........................................................................4-5
Tabela 17. Campos de um registro de ocorrência do instrumento .......................................4-8
Tabela 18. Campos de uma ação planejada para o instrumento...........................................4-9
Tabela 19. Campos para o planejamento de calibração. ......................................................4-9
Tabela 20. Campos do cabeçalho de uma reclassificação..................................................4-12
Tabela 21. Campos da reclassificação de uma faixa..........................................................4-13
Tabela 22. Dados de identificação de documentação de um procedimento.........................5-3

 1999 – LACTEC / Automa v AutoLab


Conteúdo

Tabela 23. Parâmetros gerais de medição do sub-procedimento. ........................................5-8


Tabela 24. Parâmetros do sub-procedimento para automação via GPIB.. ...........................5-9
Tabela 25. Campos de uma variável de entrada.................................................................5-13
Tabela 26. Dados da documentação da calibração ..............................................................6-4
Tabela 27. Situações da calibração de uma faixa.................................................................6-9
Tabela 28. Dados da configuração GPIB do modelo...........................................................7-3
Tabela 29. Tipos de rotinas de automação do modelo .........................................................7-5
Tabela 30. Campos para exportação para o MS-Excel ........................................................8-3
Tabela 31. Funções disponíveis para uso em equações matemáticas.................................. A-1
Tabela 32. Operadores disponíveis para uso em equações matemáticas ............................ A-3
Tabela 33. Identificadores reservados para uso em equações matemáticas ........................ B-1
Tabela 34. Indicadores para exportação do certificado de calibração p/ o MS-Word ........ E-1

Índice de figuras
Figura 1 - Configurações gerais do sistema .........................................................................1-3
Figura 2 - Usuários cadastrados no sistema .........................................................................1-6
Figura 3 - Dados do usuário.................................................................................................1-6
Figura 4 - Fluxograma de um processo................................................................................2-2
Figura 5 – A tabela de serviços............................................................................................2-4
Figura 6 – A listagem dos clientes.......................................................................................2-6
Figura 7 – Dados do cliente e seus contatos ........................................................................2-7
Figura 8 - A listagem dos funcionários................................................................................2-9
Figura 9 - A janela "Listagem de setores" .........................................................................2-10
Figura 10 – A listagem dos processos................................................................................2-11
Figura 11 – Dados do processo..........................................................................................2-12
Figura 12 - A pasta Dados gerais da janela "Processo" .....................................................2-16
Figura 13 - A listagem dos modelos ....................................................................................3-2
Figura 14 – Dados gerais e faixas do modelo ......................................................................3-2
Figura 15 – O cadastro de uma faixa do modelo .................................................................3-5
Figura 16 – O cadastro de uma componente de incerteza (subvariável)............................3-10
Figura 17 – Fazendo cópia de faixas de um modelo..........................................................3-15
Figura 18 – A listagem dos instrumentos ............................................................................4-2
Figura 19 – Dados gerais e documentação do instrumento..................................................4-3
Figura 20 – Histórico de ocorrências do instrumento ..........................................................4-7
Figura 21 – Reclassificações de um instrumento...............................................................4-10
Figura 22 – O cadastro de uma reclassificação do instrumento .........................................4-11
Figura 23 – A reclassificação de uma faixa do instrumento ..............................................4-13
Figura 24 – A listagem de procedimentos ...........................................................................5-2
Figura 25 – Dados gerais e documentação do procedimento...............................................5-3
Figura 26 – Faixas com sub-procedimentos definidos e a definir........................................5-5
Figura 27 – Pontos a calibrar e parâmetros de medição do sub-procedimento ....................5-6
Figura 28 – Dados da variável de entrada relacionada ao instrumento sob calibração ......5-10
Figura 29 – O modelo matemático da medição .................................................................5-11

AutoLab vi  1999 – LACTEC / Automa


Conteúdo

Figura 30 – O cadastro de uma variável de entrada do modelo matemático......................5-12


Figura 31 - Importação de sub-procedimentos ..................................................................5-20
Figura 32 - Visualização da estrutura do sub-procedimento..............................................5-22
Figura 33 - A validação dos sub-procedimentos................................................................5-23
Figura 34 – A listagem de calibrações realizadas e/ou em andamento ................................6-2
Figura 35 – Dados gerais e documentação da calibração ....................................................6-3
Figura 36 - A escolha do procedimento e dos padrões na calibração ..................................6-7
Figura 37 - A listagem das faixas a calibrar e/ou calibradas................................................6-8
Figura 38 - A planilha de calibração..................................................................................6-10
Figura 39 - O resultado da validação de uma planilha de calibração.................................6-12
Figura 40 - O orçamento das incertezas.............................................................................6-13
Figura 41 - Dados de configuração do modelo para automação via GPIB ..........................7-3
Figura 42 - Automação via GPIB - Macros de modelo .....................................................7-11
Figura 43 - Automação via GPIB - Macros de faixa .........................................................7-12
Figura 44 - Cadastro do endereço GPIB do instrumento ...................................................7-13
Figura 45 - O centro de informações ...................................................................................8-1
Figura 46 - O resultado de uma consulta .............................................................................8-2
Figura 47 - Parâmetros para exportação para o MS-Excel...................................................8-3
Figura 48 - Exemplo de um documento-modelo para exportação para o MS-Word ...........8-5
Figura 49 - Inserindo um indicador no MS-Word ...............................................................8-6
Figura 50 - Exemplo de um indicador de grupo ..................................................................8-7

 1999 – LACTEC / Automa vii AutoLab


1 Instalação e Configurações Iniciais
Este capítulo descreve os procedimentos para a instalação do AutoLab, na versão mono-
usuário e multi-usuário. Descreve também alguns passos iniciais de configuração do
sistema.
Certifique-se, antes de mais nada, de que o disco onde você deseja instalar o sistema possua
espaço livre disponível suficiente para a instalação e para a construção do banco de dados
para o AutoLab. É recomendável disponibilizar aproximadamente 20Mb exclusivos para o
AutoLab, mas um espaço maior disponível será necessário para assegurar desempenho
satisfatório no sistema operacional Ms-Windows. Como o banco de dados irá crescer na
medida em que os dados forem lançados no sistema, também é recomendável garantir um
espaço maior para evitar falhas de gravação durante o uso do sistema.

Instalando a versão mono-usuário


A instalação da versão mono-usuário do AutoLab é simples. Coloque o CD-ROM na
unidade de CD (para o AutoLab na versão em CD-ROM), ou o disco de instalação n.º 1 na
unidade de disco flexível (para o AutoLab na versão em disquete). Se você estiver
instalando a versão de avaliação obtida por e-mail ou através de download da internet, você
deverá, então, localizar o aplicativo de instalação (Setup.exe). A partir do menu Iniciar do
Windows 95/98, selecione a opção Executar. Na caixa de edição Abrir, digite a unidade de
disco e o caminho para onde está localizado o aplicativo de instalação do AutoLab. Por
exemplo, se você estiver instalando a partir da unidade de disquetes, digite A:\Setup.exe. O
aplicativo de instalação irá apresentar instruções em tela para que você forneça
configurações especiais, se desejar, e avance o processo de instalação até concluí-lo. Na
janela do programa de instalação onde se pede “Tipo da instalação”, selecione a opção
mono-usuário, e a versão mono-usuário será instalada.

Instalando a versão multi-usuário


A instalação da versão multi-usuário requer três etapas: na primeira, você deve instalar o
banco de dados em uma unidade de disco, que deverá estar compartilhada no término desta
primeira etapa, de modo o banco de dados possa ser acessado por qualquer máquina onde se
deseje instalar o AutoLab. Como exemplo, você poderá instalar o banco de dados no disco
rígido do servidor da rede e então compartilhar o diretório onde foi instalado para acesso
completo aos usuários do AutoLab.

 1999 – LACTEC / Automa AutoLab


Instalação e Configurações Iniciais Capítulo 1

Em seguida, em cada máquina onde você desejar executar o AutoLab para acessar o banco
de dados compartilhado, você deverá instalar uma versão cliente multi-usuário. Finalmente,
para cada cliente instalado, você deverá informar ao AutoLab o caminho onde está
localizado o banco de dados compartilhado.

Instalando o banco de dados


Para instalar o banco de dados, você deve executar o programa de instalação do AutoLab.
Para isso, coloque o CD-ROM na unidade de CD (para o AutoLab na versão em CD-ROM),
ou o disco de instalação n.º 1 na unidade de disco flexível (para o AutoLab na versão em
disquete). Se você estiver instalando a versão de avaliação obtida por e-mail ou através de
download da internet, você deverá, então, localizar o aplicativo de instalação (Setup.exe). A
partir do menu Iniciar do Windows 95/98, selecione a opção Executar. Na caixa de edição
Abrir, digite a unidade de disco e o caminho para onde está localizado o aplicativo de
instalação do AutoLab. Por exemplo, se você está instalando a partir da unidade de disco,
digite A:\Setup.exe.

O programa de instalação será executado. Na janela onde se pede “Tipo da instalação”,


selecione a opção Multi-usuário - Banco de dados. Na janela onde se pede o diretório para
instalação, você deve indicar a unidade de disco e o diretório na rede onde você deseja
instalar o banco de dados. É esse diretório que todas as máquinas deverão acessar.

Instalando as versões cliente multi-usuário


Depois de instalado o banco de dados, você pode instalar versões clientes do AutoLab em
várias máquinas. Para isso, execute o programa de instalação em cada máquina que você
desejar instalar uma versão cliente do AutoLab. Na janela onde se pede “Tipo da
instalação”, selecione a opção Multi-usuário – Cliente.

Configurando o local do banco de dados


Para cada versão cliente instalada do AutoLab, você deve informar onde está localizado o
banco de dados na rede. Para isso, é recomendável que você tenha mapeado a unidade de
disco onde está localizada o banco de dados.

Para configurar o local do banco de dados, execute o AutoLab. Se nenhuma configuração de


banco de dados do Autolab foi feita, ele abrirá uma janela de configuração do banco de
dados automaticamente. Caso já tenha sido realizada mas você deseja reconfigurar o
caminho para o banco de dados, então selecione a opção do menu Configurações | Banco
de dados. O AutoLab irá abrir uma janela onde você deverá digitar a unidade de disco
compartilhada e o diretório onde se encontra o banco de dados. Por exemplo, se você
instalou o banco de dados na unidade da rede mapeada como U:, no diretório AutoLab,
então você deve digitar U:\AutoLab na janela de configuração do banco de dados.

A janela de configuração do AutoLab

AutoLab 1-2  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 1 Instalação e Configurações Iniciais

Para abrir a janela de configuração do sistema, selecione a opção do menu Configurações |


Funcionamento. Nesta janela você pode configurar algumas opções de funcionamento do
AutoLab, além de informar alguns dados gerais sobre o seu laboratório. Muitas dessas
opções já vem predefinidas.

Você não precisa definir todas as opções agora, podendo alterá-las mais tarde, se desejar. A
tabela a seguir lista os campos disponíveis na janela de configuração, com uma pequena
descrição de cada campo. Muitos dos campos a seguir estão relacionados a outros módulos
do sistema, e alguns requerem conceitos sobre esses módulos. Assim, você pode ignorar os
campos que não forem compreensíveis nesse momento, e voltar a essa tela após ter
conhecimento do significado desses campos.

Figura 1 - Configurações gerais do sistema

Tabela 1. Campos da janela de configuração

Campo Descrição
Pasta Valores para pré-preenchimento de campos
Temperatura Este campo contém o valor padrão para preenchimento da
mínima do temperatura mínima de calibração no cadastro de modelos de
laboratório instrumentos. Quando você inicia o cadastro de um novo modelo, o
campo Temperatura mínima de calibração do cadastro do modelo já
vem com esse valor previamente preenchido. Você pode alterar o
valor do cadastro, se desejar.

 1999 – LACTEC / Automa 1-3 AutoLab


Instalação e Configurações Iniciais Capítulo 1

Temperatura Este campo contém o valor padrão para preenchimento da


máxima do temperatura mínima de calibração no cadastro de modelos. Quando
laboratório você inicia o cadastro de um novo modelo, o campo Temperatura
máxima de calibração do cadastro do modelo já vem com esse valor
previamente preenchido. Você pode alterar o valor do cadastro, se
desejar.
Nível de confiança Este campo contém a probabilidade de abrangência padrão para as
das componentes de componentes de incerteza do sistema. Quando uma nova
incertezas componente de incerteza (subvariável) é criada, a sua probabilidade
de abrangência é ajustada para o valor contido neste campo. Você
pode, alterar a probabilidade de abrangência de cada subvariável
como desejar.
Nível de confiança Este campo contém a probabilidade de abrangência padrão para a
para a incerteza incerteza expandida de medição que será calcula na calibração.
expandida Quando você cria um novo sub-procedimento, a probabilidade de
abrangência da incerteza expandida da estimatitiva de saída terá,
inicialmente, este valor. Lá, você poderá alterá-lo, se desejar.
Número máximo de Este campo contém o número de repetições padrão que será definido
repetições na para um método de medição. Quando você define um modelo
medição de uma matemático em um sub-procedimento, o número de repetições
determinada (número de medições) a ser realizado na calibração terá o valor
variável definido neste campo. Você poderá alterá-lo, se desejar.
Identificador usado Este campo pré-estabelece um nome simbólico para a estimativa de
para receber o saída de medição que será utilizado nas equações que representam o
resultado da método de medição nos procedimentos de calibração. Este
calibração identificador é definido nos sub-procedimentos dos procediemtos de
calibração, onde você poderá alterá-lo se assim o desejar.
Pasta Cálculos
Limite para zero Este campo contém o número absoluto mínimo considerado pelo
AutoLab. Qualquer número cujo valor absoluto seja menor do que o
valor cadastrado neste campo será considerado 0 (zero) nos cálculos.
Este campo vem preenchido com o valor 1E-17 (10-17), e pode ser
alterado para um outro valor.
Limite para infinito Este campo contém o número absoluto máximo considerado pelo
AutoLab, para cálculos de graus de liberdade. Qualquer número de
graus de liberdade cujo valor absoluto seja maior do que o valor
cadastrado neste campo será considerado infinito (O AutoLab
mostrará “infinito” no lugar do número). Este campo vem
preenchido com o valor 1000000, e pode ser alterado para um outro
valor.

AutoLab 1-4  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 1 Instalação e Configurações Iniciais

Precisão diferencial Este campo contém a precisão diferencial usada para cálculos de
derivadas parciais. Este campo vem preenchido com o valor 1E-15
(10-15), e pode ser alterado para um outro valor. Quanto menor o
número, maior a precisão, mas mais lentos serão os cálculos. É
recomendável que você não altere este valor.
Pasta Formatos de apresentação
Complemento da Este campo deve conter um texto que será adicionado após o
unidade para símbolo da unidade, indicando que a unidade é uma grandeza CC
grandezas CC (contínua). Esse texto só será mostrado se a unidade tiver o campo
Usa complemento CC ajustado para sim.
Complemento da Este campo deve conter um texto que será adicionado após o
unidade para símbolo da unidade, indicando que a unidade é uma grandeza CA
grandezas CA (alternada). Esse texto só será mostrado se a unidade tiver o campo
Usa complemento CA ajustado para sim.
Pasta Dados gerais
Nome do Este campo deve conter o nome do laboratório, ou da empresa. Este
laboratório nome poderá ser impresso em relatórios e certificados.
Endereço do Este campo deve conter o endereço do laboratório, ou da empresa
laboratório para uso em relatórios.
Logotipo de Este campo contém uma imagem que poderá ser usada como
cabeçalhos e logotipo para impressão em certificados e relatórios. Use os botões
relatórios “Ler do arquivo”, “Copiar” e “Colar” para definir esta figura.

Administração dos usuários do sistema


O AutoLab permite que você tenha um controle sobre os usuários que acessam o sistema.
Ao executar o AutoLab, o sistema pede um nome de usuário e uma senha. Para que você
tenha acesso ao AutoLab, você deve estar cadastrado como um usuário do sistema. Assim,
você, como administrador do sistema, poderá adicionar ou remover usuários, bem como
conceder e retirar privilégios de utilização do sistema.

Cadastrando usuários
Para fazer o gerenciamento dos usuários do sistema, selecione a opção do menu
Configurações | Administração de usuários. O AutoLab irá abrir a janela “Usuários”, onde
você pode visualizar, incluir e excluir usuários.

 1999 – LACTEC / Automa 1-5 AutoLab


Instalação e Configurações Iniciais Capítulo 1

Figura 2 - Usuários cadastrados no sistema

A janela “Usuários” lista todos os usuários cadastrados no sistema, com o respectivo grupo
ao qual o usuário pertence. Para excluir um usuário, clique no botão à direita da listagem.
Para incluir um novo usuário, clique no botão . Para alterar os dados de um usuário já
cadastrado, clique no botão . Para a inclusão ou alteração dos dados de um usuário, o
AutoLab irá abrir a janela “Usuário”, onde estarão disponíveis todos os dados do usuário.

Figura 3 - Dados do usuário

A tabela a seguir lista os campos que compõem os dados de um usuário, com a respectiva
descrição.

Tabela 2. Dados de um usuário do sistema

Campo Descrição
Nome completo do Este campo deve conter o nome completo do usuário sendo
usuário cadastrado.
Nome da conta Este campo deve conter o nome da conta do usuário. É o nome da
conta que o usuário deve digitar para entrar no sistema. Geralmente,
é o primeiro nome do usuário, ou um apelido pelo qual ele é
conhecido. Deve conter no máximo 25 caracteres.

AutoLab 1-6  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 1 Instalação e Configurações Iniciais

Senha Este campo deve conter a senha do usuário. A senha não pode ser
alterada diretamente no campo. Para alterar a senha, clique no botão
, à direita do campo. O AutoLab irá abrir uma janela para
mudança de senha. Para alterar a senha do usuário, você deve digitar
a senha antiga. Se você está incluindo um novo usuário, a senha
atual estará em branco.
Grupo a que Neste campo você deve indicar a qual grupo pertence o usuário. Ao
pertence associar um usuário a um grupo, você estará definindo quais
privilégios o usuário terá no sistema (quais módulos ele poderá
acessar, a que funções do sistema ele terá acesso, etc.). Você deve
escolher o grupo a partir de uma lista de grupos cadastradas no
AutoLab. Para maiores informações a respeito do gerenciamento
dos grupos de usuários, veja Gerenciando grupos de usuários e
concedendo privilégios, na pág. 1-7.

Gerenciando grupos de usuários e concedendo privilégios


Como citado no tópico anterior, cada usuário está associado a um grupo. Cada grupo possui
um conjunto de privilégios. Uma vez que um usuário pertença a um determinado grupo, ele
terá os privilégios definidos para aquele grupo. Por exemplo, o AutoLab já vem com o
grupo Administrador cadastrado. Esse grupo tem todos os privilégios do sistema. Assim,
todo usuário que for cadastrado como Administrador terá acesso a todas as partes do
sistema.

Você pode criar novos grupos no AutoLab, bem como alterar privilégios de um determinado
grupo. Para fazer a manutenção dos grupos, clique na opção do menu Configurações |
Concessão de privilégios. O AutoLab irá abrir a janela “Manutenção de privilégios de
grupo”.

A parte superior da janela “Manutenção de privilégios de grupo” contém uma lista com
todos os grupos cadastrados no sistema. Para visualizar ou alterar os privilégios de um
grupo, basta selecioná-lo da lista. O AutoLab irá automaticamente atualizar a parte inferior
da janela, que mostra os privilégios do grupo selecionado.

Os privilégios são mostrados de forma hierárquica (árvore de privilégios). À esquerda são


mostradas as partes do sistema. Quando você seleciona um item dessa árvore, a parte direita
da janela mostra todos os privilégios relacionados a este item. Os privilégios que estão
concedidos ao grupo estão marcados com um ‘x’. Os privilégios que não estão concedidos
não estão marcados. Para conceder um privilégio, clique na caixa à esquerda da descrição do
privilégio, marcando um ‘x’. Para retirar um privilégio, clique nesta mesma caixa, para
retirar o ‘x’. Obs.: Note que você não pode alterar os privilégios do grupo Administrador.
Este grupo sempre terá todos os privilégios do sistema.

 1999 – LACTEC / Automa 1-7 AutoLab


Instalação e Configurações Iniciais Capítulo 1

Após alterar a concessão de privilégios de um determinado grupo, você pode gravar a


configuração clicando no botão à direita da lista de grupos cadastrados. Obs.: Note que
este botão não está disponível para o grupo Administrador.

Para criar um novo grupo, clique no botão . O AutoLab irá perguntar o nome do novo
grupo. Digite o nome do grupo, e ele será incluído. Você pode também excluir o grupo
selecionado clicando no botão , ou mudar o nome de um grupo clicando no botao .

Alterando senhas
A qualquer momento a senha de um usuário pode ser alterada. Se você for o administrador,
você pode alterar a senha de qualquer usuário, como descrito na seção Cadastrando
usuários na pág. 1-5. Para isto, você deve saber a senha atual do usuário.

Além do administrador, qualquer usuário pode alterar a sua própria senha. Após entrar no
sistema, o usuário pode alterar sua senha a qualquer momento através da opção do menu
Configurações | Alterar senha. O sistema solicitará a senha atual e a nova senha.

Suspendendo temporariamente o sistema


Você pode a qualquer momento “travar” o sistema. Quando você “trava” o sistema, o
AutoLab é minimizado, e só pode ser maximizado novamente se você digitar a senha do
usuário que estava usando o sistema quando este foi travado.

A opção de travar o sistema é útil quando você precisa se ausentar da frente do micro por
alguum tempo, sem que você precise fechar o sistema. Para isso, você simplesmente “trava”
o AutoLab, de modo que nenhuma outra pessoa poderá acessá-lo enquanto você estiver
ausente. Para travar o AutoLab, selecione a opção do menu Configurações | Travar
temporariamente.

AutoLab 1-8  1999 – LACTEC / Automa


2 Gerência de Laboratório
Este capítulo descreve com detalhes a seção do AutoLab referente à Gerência de
Laboratório – o módulo de controle de processos. Com ele, você poderá acompanhar os
serviços em desenvolvimento no laboratório, desde o contato com o cliente até o
encerramento do processo, com a emissão do certificado de calibração.

O conceito de processo
Além de todos os módulos referentes à operacionalização das atividades do laboratório de
metrologia (como o cadastro de modelos e instrumentos, elaboração de procedimentos e
execução de calibrações), o AutoLab possui um módulo exclusivo para gerência de
laboratório. Esse módulo é praticamente independente dos demais, e foi incluído para
facilitar o controle dos serviços realizados no laboratório, bem como permitir o controle da
agenda de serviço para os funcionários. Além disso, com as consultas referentes à gerência
de laboratório você pode saber, por exemplo, quem são os seus clientes mais freqüentes,
quais os serviços mais solicitados e os mais rentáveis, quais os funcionários mais rentáveis,
entre outros.

O módulo de gerência de laboratório do AutoLab consiste de várias partes, como o cadastro


da tabela de serviços, de clientes e funcionários e as consultas. Mas a principal parte do
módulo de gerência é o controle de processos. Mas o que é um processo?

Processo é o conjunto de todas as etapas pelas quais passa uma solicitação de serviço por
parte de um cliente. A Figura 4 mostra um fluxograma que ilustra como se desenvolve um
processo. Assim, um processo inicia quando um cliente solicita a realização de um serviço
(ou serviços), e termina quando o serviço é finalizado e pago pelo cliente, ou quando é
cancelado por algum motivo. Durante esse período, o processo pode estar em algumas
situações intermediárias (em andamento ou em cobrança, por exemplo). Dessa forma, é fácil
para você, verificar, por exemplo, quais os processos que estão esperando a confirmação do
cliente para seu início, ou quais processos estão em andamento no laboratório.

 1999 – LACTEC / Automa AutoLab


Gerência de Laboratório Capítulo 2

Figura 4 - Fluxograma de um processo

A tabela abaixo lista todas as situações em que um processo pode estar, descrevendo o
significado de cada uma.

AutoLab 2-2  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 2 Gerência de Laboratório

Tabela 3. Situações de um processo

Situação Descrição
a confirmar É a primeira etapa de um processo. Quando um cliente solicita o(s)
serviço(s), você inicia um processo no AutoLab, gera a folha de
orçamento, e a envia para o cliente. Assim, o processo está na
situação a confirmar, o que significa que você está aguardando que
o seu cliente aprove o orçamento, confirmando a realização dos
serviços.
confirmado Significa que o cliente aprovou o orçamento. Você deve passar o
processo para essa situação quando você receber a confirmação do
cliente para a realização dos serviços.
em andamento Significa que os serviços estão sendo realizados no laboratório.
Você deve passar o processo para essa situação quando você iniciar
os trabalhos referentes ao processo.
em cobrança Significa que os trabalhos foram concluídos, e você está aguardando
o pagamento dos serviços. Após a realização de todos os serviços e
a entrega ao cliente, passe o processo para essa situação, para
sinalizar que você está aguardando o recebimento.
encerrado Nesta situação, o processo está encerrado. Após o pagamento por
parte do cliente, passe o processo para a situação encerrado. Quando
o processo está na situação encerrado, nenhum dado do processo
pode ser mais alterado, nem a situação pode ser mudada.
cancelado A qualquer momento (a menos que o processo esteja encerrado),
você pode cancelar o processo. Seja por desistência do cliente, ou
por um outro motivo qualquer. Nesse caso, o processo continuará
registrado no sistema, mas não será considerado nas consultas, se
você assim o desejar.

Com exceção da situação cancelado, o processo deve necessariamente passar por todas as
etapas descritas na tabela, e obrigatoriamente nessa ordem: a confirmar, confirmado, em
andamento, em cobrança e encerrado.

Os tópicos a seguir descrevem como gerenciar os processos no AutoLab, bem como,


descreve os cadastros que fazem parte do módulo de gerência.

Criando uma tabela de serviços

 1999 – LACTEC / Automa 2-3 AutoLab


Gerência de Laboratório Capítulo 2

A primeira etapa necessária para o uso do módulo de gerência do AutoLab é o cadastro de


uma tabela de serviços. É a partir dessa tabela que o AutoLab calcula preços e totais de
orçamentos, e também faz o agendamento de serviços.

Você deve incluir nessa tabela todos os serviços que o seu laboratório oferece aos clientes,
com uma breve descrição e preço. Para abrir o cadastro da tabela de serviços, selecione a
opção do menu Cadastros | Tabela de serviços. O AutoLab irá abrir a janela “Tabela de
serviços”.

Figura 5 – A tabela de serviços

Na janela “Tabela de serviços”, o AutoLab mostrará a você todos os serviços cadastrados.


Usando o painel de controle à direita da listagem, você pode excluir, alterar e incluir novos
serviços, além de imprimir ou exportar a listagem. Para incluir um novo serviço, clique no
botão . Para excluir um serviço, clique no botão . Para confirmar as alterações (ou a
inclusão) do serviço que você está editando, clique no botão . Para descartar as alterações,
clique no botão .

Você deve incluir ou alterar o serviço diretamente na tabela, preenchendo os campos


adequadamente. A tabela abaixo lista todos os campos que compõem um serviço, com uma
breve descrição de cada um.

AutoLab 2-4  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 2 Gerência de Laboratório

Tabela 4. Campos de um serviço

Campo Descrição
Serviço Deve conter a descrição do serviço. Por exemplo, “Calibração de
multímetro digital 3 ½ dígitos” , “Consultoria” , “Manutenção de
calibrador de tensão”, ou outro serviço qualquer.
Preço fixo Deve conter um valor que corresponde a um preço fixo mínimo para
a realização do serviço.
O preço de um serviço no AutoLab é calculado como um preço fixo
mais um preço variável que será multiplicado por um número no
momento do orçamento. Por exemplo, se o serviço for
“Consultoria”, provavelmente o preço fixo será zero, e o preço
variável será o preço da hora. Assim, no momento do orçamento,
você digitará o número de horas, e o AutoLab irá calcular o preço
automaticamente. Se o serviço for “Calibração de multímetro”, você
irá provavelmente cobrar um preço fixo base, e mais um preço
adicional por faixa calibrada. No momento do orçamento você
digitará o número de faixas, e o AutoLab irá calcular o preço
automaticamente.
Preço variável Deve conter um valor que corresponde ao preço variável do serviço,
que será multiplicado por um valor no momento da geração do
orçamento. Ver o campo preço fixo para maiores informações sobre
a forma de cálculo do preço do serviço no AutoLab.
Horas fixo Deve conter o número de horas mínimo previsto para a realização
do serviço. Você pode digitar números fracionários nesse campo.
(Por exemplo, 2,5 significa duas horas e meia).
O número de horas para a realização do serviço no AutoLab é
calculado como um n.º de horas fixo mais um n.º de horas variável
que será multiplicado por um número no momento do orçamento.
Por exemplo, se o serviço for “Consultoria”, provavelmente o n.º de
horas fixo será zero, e o n.º de horas variável será exatamente 1, que
é o tempo necessário para se realizar 1 hora de consultoria. Assim,
no momento do orçamento, você digitará o número de horas, e o
AutoLab irá calcular o tempo para a execução do serviço
automaticamente. Se o serviço for “Calibração de multímetro”, você
irá provavelmente definir um número mínimo de horas, e mais um
tempo adicional por faixa calibrada (por exemplo, 30 minutos por
faixa). No momento do orçamento você digitará o número de faixas,
e o AutoLab irá calcular o tempo para a realização do serviço
automaticamente.

 1999 – LACTEC / Automa 2-5 AutoLab


Gerência de Laboratório Capítulo 2

Horas variável Deve conter um valor que corresponde ao n.º de horas variável para
a realização do serviço, que será multiplicado por um valor no
momento da geração do orçamento. Ver o campo horas fixo para
maiores informações sobre a forma de cálculo do número de horas
no AutoLab. Esse campo pode receber valores fracionários. (Por
exemplo, 0,25 significa um quarto de hora, ou 15 minutos).

Cadastrando clientes
Além da tabela de serviços, outro cadastro auxiliar é importante para o módulo de gerência:
o cadastro de clientes.

Para acessar o cadastro de clientes, selecione a opção do menu Cadastros | Clientes. O


AutoLab irá abrir a janela “Listagem de clientes”. Nessa janela o AutoLab mostrará a você
todos os clientes cadastrados.

Figura 6 – A listagem dos clientes

Usando o painel de controle à direita da listagem, você pode excluir, alterar e incluir novos
clientes, além de imprimir ou exportar a listagem. Para incluir um novo cliente, clique no
botão . Para alterar um cliente, clique no botão . Em ambos os casos o AutoLab irá
abrir a janela “Cliente”, onde você fará a edição do cliente.

AutoLab 2-6  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 2 Gerência de Laboratório

Figura 7 – Dados do cliente e seus contatos

O cadastro de um cliente possui duas partes: os seus dados de cadastro e uma listagem de
contatos no cliente. A tabela abaixo lista os campos que compõem os dados de cadastro de
um cliente, com sua respectiva descrição.

Tabela 5. Dados de cadastro de um cliente

Campo Descrição
Razão social Deve conter a razão social do cliente. No caso de pessoa física, deve
conter o nome completo.
Nome Contém um campo com um nome fantasia para o cliente. Esse
campo é usado para referenciar um cliente, fazer buscas para rápida
identificação do cliente. Por exemplo, se a razão social de um
cliente for “Fictek Equipamentos Eletrônicos S/A”, um nome
fantasia poderia ser “Fictek”.
Endereço Deve conter o endereço do cliente. Somente Rua/Avenida, Número
e complemento.
Bairro Deve conter o bairro onde se localiza o cliente.

 1999 – LACTEC / Automa 2-7 AutoLab


Gerência de Laboratório Capítulo 2

CEP, Cidade, UF e Deve conter o CEP, a cidade, o estado e o país onde se localiza o
País cliente.
Fone e Fax Deve conter o telefone principal de contato e o número de fax do
cliente.
e-mail Deve conter, se existir, o endereço de correio eletrônico (e-mail)
para correspondência com o cliente.
Observações Pode conter qualquer informação adicional não prevista nos campos
de cadastro, como telefones adicionais, e-mails adicionais ou outras
informações quaisquer.

Uma vez informados os dados de cadastro, o novo cliente pode ser gravado. Para isso,
clique no botão , no painel superior da janela “Cliente”. Observe que existem outros
botões no painel superior, como , que cancela as alterações realizadas nos dados do
cliente. Você pode usar os botões e para navegar pelos clientes cadastrados
no AutoLab. Também na janela “Cliente”, você pode incluir e excluir clientes, usando os
botões e do painel superior. Portanto, não é necessário voltar para a janela
“Listagem de clientes” para fazer tais ações. Observe que, enquanto você estiver editando
um cliente, apenas os botões e estarão disponíveis. Para incluir, excluir ou
navegar entre os clientes, você deve gravar os dados ou cancelar as alterações.

Você pode, em seguida, cadastrar os contatos do cliente. Use os botões à direita da listagem
de contatos para alterar, incluir e excluir contatos, e confirmar ou cancelar alterações. Um
contato é composto de campos simples que são auto-explicativos, como Nome, nome
completo, setor e ramal. Note que Nome completo deve receber o nome completo do cliente,
enquanto Nome é apenas uma abreviação para fácil localização do contato, geralmente o
nome pelo qual é conhecido. Exemplos de nome e nome completo poderiam ser: Carlos
(nome) para Carlos Silveira (nome completo), ou Teixeira (nome) para José Maria Teixeira
(nome completo).

Cadastrando funcionários e setores do laboratório


Além dos clientes e da tabela de serviços, o cadastro de funcionários do laboratório e o
cadastro de setores do laboratório são necessários para o funcionamento da gerência do
laboratório no AutoLab.

O cadastro de funcionários consiste em uma listagem de todas as pessoas que trabalham e


realizam serviços (aqueles listados na tabela de serviços) no laboratório. Para abrir o
cadastro de funcionários, selecione a opção do menu Cadastros | Funcionários. O AutoLab
irá abrir a janela “Listagem de funcionários”.

AutoLab 2-8  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 2 Gerência de Laboratório

Figura 8 - A listagem dos funcionários

Na janela “Listagem de funcionários”, o AutoLab mostrará a você todos os funcionários


cadastrados. Usando o painel de controle à direita da listagem, você pode excluir, alterar e
incluir novos funcionários, além de imprimir ou exportar a listagem. Para incluir um novo
funcionário, clique no botão . Para excluir um funcionário, clique no botão . Para
confirmar as alterações (ou a inclusão) do funcionário que você está editando, clique no
botão . Para descartar as alterações, clique no botão .

Você deve incluir ou alterar os dados do funcionário diretamente na tabela, preenchendo os


campos adequadamente. A tabela abaixo lista todos os campos que compõem o cadastro de
um funcionário, com uma breve descrição de cada um.

Tabela 6. Campos de um funcionário

Campo Descrição
Nome Deve conter um nome resumido para rápida referência do
funcionário. Por exemplo, “Carlos” ou “Teixeira” ou “Marcelo”.
Nome completo Deve conter o nome completo do funcionário
Cargo Deve conter o cargo do funcionário no laboratório. Por exemplo,
“Gerente técnico”.
Profissão Deve conter a profissão do funcionário. Por exemplo, “Engenheiro
mecânico” ou “Técnico eletrotécnico”.
Registro Deve conter o número de registro do funcionário no conselho
referente à sua profissão. Por exemplo, “CREA – 99999 (SP)”.

 1999 – LACTEC / Automa 2-9 AutoLab


Gerência de Laboratório Capítulo 2

Além dos funcionários, você deve também cadastrar os setores do laboratório. A tabela de
setores deve conter uma lista de setores nos quais você deseja dividir o laboratório. A
divisão em setores é usada apenas para que você possa fazer consultas gerenciar e separar os
resultados por setor. Por exemplo, você pode querer saber quais os setores que são mais
rentáveis, ou quais setores realizam mais serviços. Você pode usar qualquer critério para
dividir o laboratório em setores. Se você não quiser usar essa divisão no AutoLab, cadastre
apenas um setor com um nome que represente todo o laboratório.

Para abrir o cadastro de setores, selecione a opção do menu Cadastros | Setores. O AutoLab
irá abrir a janela “Listagem de setores”. É uma listagem simples, apenas com o nome de
cada setor. Use os botões à direita da listagem para incluir, alterar e excluir setores. Um
setor é composto de um único campo, que é o seu nome.

Figura 9 - A janela "Listagem de setores"

Cadastrando e gerenciando processos


A parte principal do módulo de gerência do AutoLab é o controle dos processos. Para fazer
a manutenção dos processos cadastrados no sistema, você deve abrir a janela “Listagem de
processos”, onde você poderá incluir novos processos, alterar processos existentes, ou
excluir processos. Para abrir a janela “Listagem de processos”, clique na opção do menu
Módulos | Processos , ou clique no botão “Processos”, na barra de ferramentas da janela
principal.

AutoLab 2-10  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 2 Gerência de Laboratório

Figura 10 – A listagem dos processos

Na janela “Listagem de processos”, o AutoLab mostrará a você todos os processos


cadastrados. Usando o painel de controle à direita da listagem, você pode excluir, alterar e
incluir novos processos, além de imprimir ou exportar a listagem. Também nessa janela
você pode realizar o acompanhamento dos processos, filtrando os processos por cliente, por
situação, ou fazendo buscas por números de documentos.

Para incluir um novo processo clique no botão , ou para alterar um processo existente,
clique no botão . O AutoLab irá abrir a janela “Processo”, onde são mostradas todas as
informações referentes ao processo sendo visualizado.

 1999 – LACTEC / Automa 2-11 AutoLab


Gerência de Laboratório Capítulo 2

Figura 11 – Dados do processo

Um processo no AutoLab é composto por duas partes: o cabeçalho e dados gerais do


orçamento e os itens do orçamento (que correspondem aos serviços a serem realizados).

Os dados do cabeçalho do processo estão presentes na parte superior da janela “Processo” (e


alguns na parte inferior, como Outros e Desconto, que também fazem parte do cabeçalho).
Esses dados devem ser preenchidos no momento em que o processo é aberto, bem como os
itens do orçamento. Os dados gerais do processo (como número da O.S. – ordem de serviço
– e data de fechamento da O.S.) devem ser preenchidos à medida em que o processo muda
de situação.

Abrindo um processo
A partir do momento que você recebe uma solicitação de prestação de serviços por parte do
cliente, você deve abrir um processo. Para abrir um processo, clique no botão da janela
“Listagem de processos”, e o AutoLab irá abrir a janela “Processo”. Você deverá preencher
os dados do cabeçalho e os itens do orçamento. A tabela abaixo lista cada campo do
cabeçalho do processo, com sua respectiva descrição.

AutoLab 2-12  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 2 Gerência de Laboratório

Tabela 7. Campos do cabeçalho de um processo

Campo Descrição
N.º orçamento Deve conter o número do orçamento a ser enviado para o cliente.
Data orçamento Preencha nesse campo a data do orçamento a ser enviado para o
cliente.
Data confirmação Preencha esse campo com a data limite para a confirmação do
orçamento por parte do cliente.
Data progr. Início Preencha nesse campo a data programada para o início da realização
dos serviços. Essa data, bem como a data programada para o fim dos
serviços, é muito importante, pois é com essa data que o AutoLab
calcula os serviços alocados para funcionário em um determinado
período.
Data progr. Fim Preencha nesse campo a data programada para o término da
realização dos serviços. Essa data, bem como a data programada
para o início dos serviços, é muito importante, pois é com essa data
que o AutoLab calcula os serviços alocados para funcionário em um
determinado período.
Cliente Este campo deve conter o cliente solicitante dos serviços. Você deve
escolher o cliente a partir da lista de clientes previamente
cadastrados no AutoLab. Se o cliente ainda não existe, você pode
cadastrá-lo nesse momento, pressionando o botão de cadastro à
direita da listagem de clientes.
Contato no cliente Este campo deve conter o nome do contato que receberá o
orçamento. Você deve escolher o contato a partir da lista de contatos
previamente cadastrada para o cliente escolhido. Se o contato ainda
não existe, você pode cadastrá-lo nesse momento, pressionando o
botão de cadastro à direita da listagem de contatos.
Setor resp. pelo Selecione o setor do laboratório que será responsável pelo(s)
serviço serviço(s).
Situação Este é o campo que define a situação do processo. A princípio, este
campo contém o valor a confirmar. Para avançar a situação do
processo, clique no botão . Para cancelar o processo, clique no
botão .
Observações (pasta Pode conter qualquer texto descritivo com qualquer informação
Observações) adicional que você queira registrar, e não estava prevista em
nenhum dos campos disponíveis.

 1999 – LACTEC / Automa 2-13 AutoLab


Gerência de Laboratório Capítulo 2

Cadastrando os serviços a realizar


Ainda durante a abertura do processo, você deve preencher os itens do orçamento, que
correspondem aos serviços a serem realizados. A lista de serviços está na pasta Itens do
orçamento, da janela “Processo”. Você pode digitar os itens diretamente na lista. Para
incluir um item, clique no botão . Para excluir um item, clique no botão . A tabela a
seguir lista os campos que compõem um item do orçamento (serviço a realizar), com uma
explicação de cada campo.

Tabela 8. Campos de um item do orçamento (serviço a realizar)

Situação Descrição
Qtde. solicitada Contém a quantidade solicitada pelo cliente. Esse número é um
multiplicador do item inteiro, e é diferente do campo n.º escalas,
que multiplica o preço variável da tabela de serviços. Por exemplo,
suponha que o cliente possua dois multímetros iguais, e deseja
calibrar os dois por completo. Nesse caso, você pode registrar
apenas um serviço (calibração completa de multímetro digital) e
preencher o campo Qtde. solicitada com 2.
Qtde. aprovada Preencha esse campo com a quantidade aprovada pelo cliente. Esse
campo deve ser preenchido após a situação do processo ser alterada
para confirmado. Assim que o cliente confirmar o orçamento,
preencha o campo qtde. aprovada com a quantidade aprovada pelo
cliente. (O cliente pode aprovar apenas parte do orçamento).
Tipo serviço Este campo deve conter o serviço a ser realizado. Você deve
escolher o valor deste campo a partir de uma lista de serviços
previamente cadastrados na tabela de serviços.
Descrição Contém a descrição do serviço. Apesar da tabela de serviços já
conter uma descrição, é este o campo que será impresso no
orçamento. Isso permite uma maior flexibilidade e maior
esclarecimento ao cliente. Por exemplo, a descrição do serviço na
tabela de serviços pode ser “calibração de multímetro digital”. Mas,
para o cliente, você pode querer descrever melhor o serviço, como
por exemplo “Calibração das faixas de tensão do multímetro digital
Fictek 600”. Nesse caso, esse texto deve ser preenchido neste campo
Descrição.

AutoLab 2-14  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 2 Gerência de Laboratório

N.º escalas Este campo deve conter o multiplicador do preço e hora variável,
existente na tabela de serviços. O significado deste campo depende
do que você cadastrou na tabela de serviços. Por exemplo, se você
cadastrou um serviço “Calibração de multímetro”, e o preço variável
desse serviço contém o preço adicional para calibrar cada faixa,
então nesse caso o campo n.º escalas deve receber o número de
faixas solicitadas pelo cliente para calibração. Ou, se você cadastrou
um serviço “Consultoria”, e o preço variável desse serviço contém o
preço da hora de consultoria, então nesse caso o campo n.º escalas
deve receber o número de horas de consultoria a serem prestados.
Preço unitário Este campo contém o preço unitário do serviço (o preço do serviço
para uma quantidade solicitada). O AutoLab calcula
automaticamente este campo a partir da tabela de serviços, já
incluindo o preço fixo e o preço variável. Contudo, você pode
alterar esse preço, se desejar.
Preço total Este campo contém o preço unitário multiplicado pela quantidade
solicitada. Você não pode alterar esse campo. Para alterar o valor de
um serviço, você deve alterar o campo preço unitário.
Responsável Deve conter o nome do funcionário responsável pelo serviço.
Através dessa informação, o AutoLab pode informar a você quais
serviços estão alocados para determinado funcionário em uma
semana, ou quais funcionários realizaram mais serviços em um
determinado mês. Portanto, esse campo é extremamente importante
para o controle de rendimento e agendamento de funcionários.
Horas unitário Este campo deve conter o número de horas necessário para a
realização de um serviço unitário (para uma quantidade solicitada
somente). O AutoLab calcula automaticamente este campo a partir
da tabela de serviços, já incluindo o número de horas fixo e o
número de horas variável. Contudo, você pode alterar esse valor, se
desejar. Esse valor é usado também para calcular o número de horas
que um funcionário trabalhou e/ou irá trabalhar.
Horas total Este campo contém o número de horas unitário multiplicado pela
quantidade solicitada. Você não pode alterar esse campo. Para
alterar o número de horas previsto para a realização de um serviço,
você deve alterar o campo horas unitário.

À medida em que você preenche os serviços solicitados pelo cliente, o AutoLab calcula o
valor total do orçamento. Esse valor é mostrado na parte inferior da janela. Após preencher
todos os serviços, você pode preencher os campos Outros e o campo Desconto, com
quaisquer valores. Esses campos não são obrigatórios, e geralmente deverão estar vazios.
Contudo, se você quiser cobrar um valor adicional, preencha o campo Outros com esse

 1999 – LACTEC / Automa 2-15 AutoLab


Gerência de Laboratório Capítulo 2

valor. Se quiser dar um desconto (reduzir o valor total do orçamento), preencha esse valor
no campo Desconto.

Após preenchido todos os dados iniciais do processo e os itens do orçamento, clique no


botão “Ok” para gravar o processo. O processo estará aberto, e na situação a confirmar.
Você pode emitir folhas de orçamento e fichas de acompanhamento de serviços, através da
janela “Listagem de processos”. Para isso, selecione o processo desejado e clique no botão
, à direita da listagem. O AutoLab irá mostrar uma série de opções de relatório. Basta
escolher a opção desejada.

Avançando a situação de um processo


À medida que o processo vai avançando, você deve ir alterando a sua situação. A Figura 4
da pág. 2-2 mostra o fluxograma que descreve como funciona um processo, e em que
momento deve ser alterada a situação. Por exemplo, quando o cliente confirmar o
orçamento, você deve passar o processo para a situação confirmado. Quando os serviços
para o cumprimento do orçamento iniciarem no laboratório, você deve passar o processo
para a situação em andamento.

Figura 12 - A pasta Dados gerais da janela "Processo"

AutoLab 2-16  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 2 Gerência de Laboratório

Para alterar a situação do processo, abra a janela “Listagem de processos” e selecione o


processo que se deseja alterar. Clique no botão para abrir os dados do processo na janela
“Processo”. Em seguida, clique no botão , à direita do campo situação. A situação do
processo será alterada. Clique no botão ‘Ok’ para gravar as alterações. Se você quiser
cancelar o processo, clique no botão , também à direita do campo situação.

De acordo com a situação para a qual o processo passa, o AutoLab poderá pedir que você
preencha alguns campos adicionais. Os campos adicionais estão disponíveis na pasta Dados
gerais, da janela “Processo”. A tabela a seguir lista esses campos, e descreve brevemente o
significado de cada um deles.

Tabela 9. Campos adicionais do processo

Campo Descrição
Número OS Contém o número da O.S. (Ordem de serviço) aberta para a
realização do serviço. É apenas um texto descritivo contendo o
número do documento relativo à realização dos serviços.
Data da OS Contém a data do documento identificado pelo campo Número O.S..
Data recebimento Contém a data em que foram recebidos os equipamentos (ou
qualquer outro material) para a realização dos serviços. Por
exemplo, se o cliente solicitou a calibração de um multímetro, esse
campo deve conter a data da chegada desse multímetro no
laboratório.
Data fechamento OS Contém a data em que foi encerrada a O.S., ou seja, a data em que
foram encerrados os serviços.
N.º(s) certificado(s) Preencha neste campo o número do(s) documento(s) gerados devido
à realização do(s) serviço(s). Por exemplo, números de certificados
de calibração que foram emitidos para a realização dos serviços.

 1999 – LACTEC / Automa 2-17 AutoLab


3 Modelos
Este capítulo descreve com detalhes a seção do AutoLab referente aos Modelos – janelas de
inclusão de modelos, faixas, especificações de incertezas, alteração e exclusão de modelos,
linguagem de automação para aquisição de dados, etc.
Denomina-se “Modelo” à família de instrumentos que apresentam características similares
do ponto de vista do fabricante. Por exemplo: dois multímetros Fiktex 9092 apresentam dois
números de série diferentes. Do ponto de vista do Autolab, existe apenas um único
“modelo” chamado Fiktex 9092, mas dois “instrumentos” deste modelo, cada qual
identificado pelo seu respectivo número de série e outras especificidades (histórico, plano de
calibração, reclassificações, observações, endereço na rede Gpib, etc), que são gerenciadas
pelo módulo de instrumentos.

O acervo de especificações técnicas dos fabricantes


O AutoLab permite que você construa um acervo de especificações técnicas com as
informações fornecidas pelos fabricantes dos instrumentos, tais como, faixas disponíveis no
equipamento; suas respectivas contribuições de incertezas e outros detalhes para efeito de
medição; instruções de Gpib para aquisição de dados automática; faixas de temperatura e
outros detalhes.

Quando você cria um novo modelo, você pode incluir as especificações técnicas de um
equipamento, fornecidas pelo fabricante, que serão relevantes para o funcionamento do
sistema e também para efeito de documentação do equipamento. As informações mais
importantes são as contribuições de incertezas, como a exatidão da escala, que serão usadas
no cálculo de incertezas de medição e as rotinas de automação, usadas para aquisição
automática de dados na calibração.

Cadastrando modelos
Para fazer a manutenção dos modelos cadastrados no sistema, você deve abrir a janela
“Listagem de modelos”, onde você poderá incluir novos modelos, alterar modelos
existentes, ou excluir modelos. Para abrir a janela “Listagem de modelos”, clique na opção
do menu Módulos | Modelos , ou clique no botão “Modelos”, na barra de ferramentas da
janela principal.

 1999 – LACTEC / Automa AutoLab


Modelos Capítulo 3

Figura 13 - A listagem dos modelos

Na janela “Listagem de modelos”, o AutoLab mostrará a você todos os modelos cadastrados


no AutoLab. Usando o painel de controle na parte inferior da listagem, você pode excluir,
alterar e incluir novos modelos, além de imprimir ou exportar a listagem. Para incluir um
novo modelo, clique no botão . O AutoLab irá abrir a janela “Modelo”, onde são
mostradas todas as informações referentes ao modelo sendo visualizado. Neste caso, todas
as informações estarão em branco, porque você está incluindo um novo modelo.

Figura 14 – Dados gerais e faixas do modelo

AutoLab 3-2  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 3 Modelos

Observe que um modelo é constituído, basicamente, de três partes: seus dados gerais, suas
faixas, e dados para a automação. Os dados gerais caracterizam o modelo, e alguns são
obrigatórios, como fabricante e modelo propriamente dito. A tabela abaixo lista os campos
que compõem os dados gerais de um modelo, com uma pequena descrição.

Tabela 10. Dados gerais do modelo

Campo Descrição
Fabricante Campo descritivo indicando o fabricante. Por exemplo,
“YOKOGAWA”.
Modelo Código do fabricante que identifica um equipamento com
determinadas características. Por exemplo, “2553A".
Tipo Contém a classificação do modelo quanto à finalidade básica, ao
qual se destina, como por exemplo, “multímetro digital”,
“voltímetro” ou “década resistiva”. O campo tipo não pode ser
digitado diretamente, mas sim escolhido de uma lista predefinida.
Você pode alterar essa lista na janela “Listagem de tipos de
modelos”. Para acessar a janela, clique no botão ao lado da lista
de tipos, ou selecione a opção do menu Cadastros | Tipos de
modelos.
Faixa de Contém a faixa de temperatura de calibração do equipamento,
temperatura de recomendada pelo fabricante.
calibração (°C)

Faixa de Contém a faixa de temperatura de operação do instrumento,


temperatura de recomendada pelo fabricante.
operação (°C)

Note que o campo tipo é obrigatório, e você não pode digitar diretamente o tipo do
instrumento, mas sim, escolher de uma lista. Se o tipo do instrumento não existir na lista,
você pode usar o botão à direita da lista, para abrir a janela “Listagem de tipos de
modelos”, onde você pode incluir, alterar e excluir tipos de modelos. Depois que você
incluiu um novo tipo de modelo, você pode voltar para a janela “Modelo”, e você poderá
selecionar o novo tipo criado, que estará disponível na lista de tipos.

Uma vez informados os dados gerais, o novo modelo pode ser gravado. Para isso, clique no
botão , no painel superior da janela “Modelo”. Observe que existem outros botões no
painel superior, como , que cancela as alterações realizadas nos dados gerais do

 1999 – LACTEC / Automa 3-3 AutoLab


Modelos Capítulo 3

modelo. Você pode usar os botões e para navegar pelos modelos


cadastrados no AutoLab. Também na janela “Modelo”, você pode incluir e excluir modelos,
usando os botões e do painel superior. Portanto, não é necessário voltar para a
janela “Listagem de modelos” para fazer tais ações. Observe que, enquanto você estiver
editando um modelo, apenas os botões e estarão disponíveis. Para incluir,
excluir ou navegar entre os modelos, você deve gravar os dados ou cancelar as alterações.

Em todos os pontos do AutoLab que fazem referência a um modelo, este será identificado
pelos campos tipo, fabricante e modelo. Por exemplo, se em um modelo o campo tipo é
“Voltímetro”, o campo fabricante é “FICTEK” e o campo modelo é “123A", este modelo
será representado no AutoLab como “Voltímetro FICTEK 123A".

Uma vez gravado o novo modelo, com seus dados gerais, você pode começar a cadastrar as
faixas deste modelo. Se o novo modelo que você incluiu for um multímetro digital, por
exemplo, é hora de cadastrar suas faixas de tensão, corrente, e outras que houverem.

Cadastrando faixas
A janela “Modelo” mostra os dados gerais do modelo, bem como duas pastas: Faixas e
Automação GPIB. A pasta faixas mostra todas as faixas cadastradas no modelo. À direita da
lista faixas existe um painel com três botões: incluir ( ), excluir ( ) e alterar ( ). Para
incluir uma nova faixa, clique no botão . Será mostrada a janela “Faixa”.

AutoLab 3-4  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 3 Modelos

Figura 15 – O cadastro de uma faixa do modelo

Dados gerais
A janela “Faixa” possui três partes: Os dados gerais da faixa e as pastas Especificações do
fabricante e Subvariáveis (erros e incertezas). Os dados gerais caracterizam a faixa, e
alguns são obrigatórios, como fundo de escala e unidade. A tabela abaixo lista os campos
que compõem os dados gerais de uma faixa, com uma pequena descrição.

 1999 – LACTEC / Automa 3-5 AutoLab


Modelos Capítulo 3

Tabela 11. Dados gerais da faixa

Campo Descrição
Tipo da faixa Pode assumir três valores: “A faixa é um intervalo para leitura
(medidor)”, “A faixa é um valor fixo (artefato)”, ou “A faixa é um
intervalo para ajuste (fonte)”. Use “A faixa é um intervalo para leitura”
para faixas que fazem leitura (faixas que recebem um sinal e mostram em
algum indicador o valor correspondente àquele sinal), como por exemplo,
faixas de tensão de voltímetros, termômetros ou dinamômetros. Use “A
faixa é um valor conhecido” para faixas pontuais ou para indicar as
especificações de um artefato, como por exemplo, pesos, resistores e
pontos do seletor de uma década. Use “A faixa é um intervalo para
ajuste” para faixas que fazem ajuste (faixas que injetam um sinal e
mostram em um indicador o valor correspondente ao sinal gerado), como
por exemplo, faixas de tensão de calibradores.
Tipo do Use este campo para informar se a faixa possui um “Indicador digital” ou
indicador “Indicador analógico”.
Seletor Este campo está disponível apenas para faixas do tipo “A faixa é um valor
fixo”. Use este campo para classificar faixas em determinados grupos.
Por exemplo, se você está cadastrando pontos de dial de unidade de uma
década, você irá cadastrar as faixas 1Ω, 2 Ω, ... 10 Ω, e em todas elas o
campo seletor deverá conter “x 1”, por exemplo. Ao cadastrar os pontos
do dial da dezena, você irá cadastrar novas faixas, e o seletor dessas
faixas será “x 10”, e assim por diante.
Início da Neste campo você deve indicar o valor do início da escala da faixa. Esse
escala valor na maioria das vezes é zero. Este campo está disponível apenas para
faixas onde o tipo da faixa é um “Intervalo para leitura” ou “Intervalo
para ajuste”.
Fundo da Neste campo você deve indicar o valor do fundo da escala da faixa. Essa
escala informação é importante para identificar uma faixa, além de ser utilizada
no cálculo de incertezas, validações de procedimento, entre outros. Este
campo está disponível apenas para faixas onde o tipo da faixa é um
“Intervalo para leitura” ou “Intervalo para ajuste”.
Valor nominal Este campo está disponível apenas para faixas onde o tipo da faixa é “A
faixa é um valor fixo“. É utilizado para artefatos ou incertezas pontuais,
como pontos de década. Você deve indicar nesse campo o valor nominal.
Por exemplo, 20, para um resistor de 20 Ω.
Prefixo Neste campo deve constar o prefixo da unidade da faixa. Você deve
escolher o prefixo da lista de prefixos predefinidos. Caso a unidade da
faixa não tenha prefixo, esse campo deve estar em branco.

AutoLab 3-6  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 3 Modelos

Unidade Este campo deve conter a unidade da faixa. Você deve escolher a unidade
da lista de unidades previamente cadastradas no AutoLab. Note que o
campo unidade é obrigatório e você não pode digitar diretamente a
unidade da faixa, mas sim, escolher de uma lista. Se a unidade não existir
na lista, você pode usar o botão localizado à direita da lista, para abrir
a janela “Listagem de unidades”, onde você poderá incluir, alterar e
excluir unidades. Depois que você incluir uma nova unidade, você poderá
voltar para a janela “Faixa”, e selecionar a unidade criada, que estará
disponível na lista de unidades.
Info. adicional Use esse campo para diferenciar faixas semelhantes. Por exemplo, um
determinado equipamento pode ter duas faixas de 100 mV-CA, porém
uma gera um sinal senoidal, e a outra gera um sinal triangular. Assim, o
campo Info. Adicional deve ser usado para diferenciar as duas faixas.
Nesse exemplo, o campo Info. Adicional da primeira faixa poderia conter
“Senoidal”, e o da segunda faixa poderia conter “Triangular”.
Faixa de Neste campo você deve, primeiramente, indicar se a faixa mede
freqüência de grandezas alternadas ou não. Por exemplo, se a unidade da faixa for Volt,
operação (Hz) você deve indicar se a faixa mede Volt CC (constante), selecionando a
opção CC, ou se a faixa mede Volt CA (alternado), selecionando a opção
CA. Se a opção CA for selecionada, você ainda deve indicar qual a faixa
válida de freqüência, em Hz. Por exemplo, se a faixa medir Volt ca
apenas entre 20 Hz e 20 KHz, você deve selecionar a opção CA e
informar “20” como o ponto mínimo de freqüência, e “20e3” como ponto
máximo.

Em todos os pontos do AutoLab que fazem referência a uma faixa, esta será identificada
pela composição de vários campos de sua especificação geral. A composição depende se a
grandeza é alternada ou não, e se a faixa é um valor fixo. O AutoLab escolhe
automaticamente a melhor forma de representar a faixa, usando os campos de início e fundo
de escala, freqüências, unidades, etc.. Alguns exemplos de nomes de faixas:

- 0..100 mV – CC
- 100 Ohm – Dial 100x
- -50..50 ºC
- 0..5 µA – CA (20 Hz... 10 kHz)
- 0..50 V – HI RES Mode

Exatidão e Resolução
Na pasta Especificações do fabricante, existem dois grupos: a resolução e a exatidão da
faixa. A resolução consiste de um único campo contendo a resolução do equipamento. Na
exatidão você deve informar especificações do fabricante que compõem a exatidão do

 1999 – LACTEC / Automa 3-7 AutoLab


Modelos Capítulo 3

equipamento. Essas informações são imprescindíveis para o cálculo de incertezas, teste de


conformidade, entre outros. Observação: na exatidão da faixa do modelo, informe a
especificação do fabricante, e não valores reclassificados obtidos a partir de calibrações ou
outro processo realizado com o equipamento. Para maiores informações sobre
reclassificações, veja a seção Reclassificando o instrumento, na pág. 4-10.

A tabela abaixo lista os campos que compõem a exatidão de uma faixa, com uma pequena
descrição.
Tabela 12. Exatidão da faixa

Campo Descrição
Resolução Neste campo numérico você deve informar a resolução da faixa,
em valores da unidade da faixa. Você pode digitar números no
formato científico, usando a letra “E” ou “e”.(Ex.: 2e-3
corresponde a 0,002). Atenção! Você deve desconsiderar o
prefixo na resolução. Por exemplo, se a faixa é 100 mV, e a
resolução for 1 mV, você deve incluir o expoente na resolução,
indicando que a resolução é 1e-3, e não 1. O AutoLab
automaticamente informa a você a unidade da resolução, em caso
de dúvida, no texto “Resolução” à esquerda do campo.
Leitura / Saída / Para intervalos de leitura este campo se chama Leitura, para faixas
Desvio do Nominal fixas, este campo se chama Desvio do Nominal e para faixas de
ajuste, este campo de chama Saída. Você deve informar neste
campo numérico a componente de incerteza relativa à leitura (ou
ao valor ajustado na saída, ou o desvio do valor nominal da faixa
conforme o tipo da faixa), em percentual ou partes por milhão
(ppm). Algumas faixas não têm essa componente de incerteza.
Nesse caso, nenhum valor deverá ser fornecido ou então fornecer
zero.
Faixa / Amplitude / Você deve informar neste campo numérico a componente de
Fundo Escala incerteza relativa à faixa (pressionando sobre a legenda, a
indicação se alternará entre Faixa, Amplitude e Fundo Escala), em
percentual ou partes por milhão (ppm). Algumas faixas não têm
essa componente de incerteza. Nesse caso, o valor deve ser zero ou
ficar em branco. Esta componente não existirá para faixas do tipo
“Valor fixo”. A forma de cálculo da extaidão do instrumento será
modificada de acordo com a escolha feita sobre a legenda.

AutoLab 3-8  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 3 Modelos

Fixa Você deve informar neste campo numérico a componente de


incerteza que é independente da faixa ou da leitura, em dígitos ou
em valor absoluto na unidade da faixa Atenção! Você deve
desconsiderar o prefixo da faixa se usar essa incerteza com valores
absolutos. Por exemplo, se a faixa é 100 mV, e a incerteza fixa for
0,1 mV, você deve incluir o expoente na resolução, indicando que
a resolução é 0,1e-3, e não 0,1.
Algumas faixas não têm essa componente de incerteza. Nesse
caso, o valor deve ser zero ou deve ser deixado em branco.
Distribuição Selecione este campo para indicar que a distribuição estatística da
RETANGULAR exatidão da faixa é do tipo retangular. Na maioria das
especificações de modelos, esta distribuição é a mais utilizada.
Distribuição Selecione este campo para indicar que a distribuição estatística da
TRIANGULAR exatidão da faixa é do tipo triangular.
Distribuição Selecione este campo para indicar que a distribuição estatística da
NORMAL exatidão da faixa é do tipo normal. Neste caso, você deve informar
a Probabilidade de abrangência e os campos Graus de liberdade
ou Fator de abrangência, dependendo de qual destes dois campos
for conhecido. O campo não informado será automaticamente
calculado em função dos outros dois.
Graus de liberdade Indica o número de graus de liberdade da estatística da exatidão da
faixa, quando a distribuição estatística for NORMAL. Para incluir
um valor infinito, que é usado freqüentemente, use o botão à
direita da caixa de edição dos graus de liberdade.
Probabilidade de Indica a probabilidade de abrangência estatística da exatidão da
abrangência faixa, quando a distribuição estatística for NORMAL. A escolha
deverá ser feita indicando-se o percentual na caixa com lista
disponível.
Fator de Indica o fator de abrangência estatística da exatidão da faixa,
abrangência quando a distribuição estatística for NORMAL. Se a probabilidade
de abrangência tiver sido informada e você digitar algum valor
neste campo, o número inteiro de graus de liberdade
correspondente, mais próximo, será automaticamente calculado e o
valor do fator de abrangência será ajustado para concordar com os
graus de liberdade encontrado.

Incertezas adicionais (subvariáveis)


A janela “Faixa” exibe, além da pasta Especificações gerais, a pasta Subvariáveis (erros e
incertezas). Uma subvariável é uma componente numérica com um determinado valor e
uma determinada incerteza associada. Elas podem representar contribuições de incertezas,

 1999 – LACTEC / Automa 3-9 AutoLab


Modelos Capítulo 3

desvios ou erros sistemáticos ou mesmo um valor qualquer com incerteza que poderá ser
utilizado em equações na elaboração de procedimentos para calibração. Todos os cálculos
de incerteza realizados no AutoLab são baseados em subvariáveis. Observe que, a partir das
especificações gerais da faixa, o AutoLab criará automaticamente duas subvariáveis: uma
relacionada à exatidão e outra relacionada à resolução, que são, até o momento, as duas
componentes de incerteza existentes para a faixa.

Na pasta Subvariáveis (erros e incertezas) você poderá incluir novas, alterar e excluir
subvariáveis. Para incluir uma subvariável, clique no botão . Se você estiver incluindo
uma faixa, mas ainda não a gravou, o AutoLab irá confirmar a gravação da nova faixa para
continuar. Em seguida, o AutoLab abrirá a janela “Subvariável”, onde você poderá incluir
uma nova subvariável.

Figura 16 – O cadastro de uma componente de incerteza (subvariável)

A seguinte tabela mostra os campos, disponíveis na janela “Subvariável”, que caracterizam


uma subvariável.

AutoLab 3-10  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 3 Modelos

Tabela 13. Dados da subvariável

Campo Descrição
Nome da Contém uma descrição para identificar a subvariável. Note que o
subvariável campo Nome da subvariável é obrigatório, e você não pode digitá-lo
diretamente, mas sim, escolher de uma lista. Se o nome que você
desejar não existir na lista, você pode usar o botão , localizado à
direita da lista, para abrir a janela “Listagem de nomes de
subvariáveis”, onde você pode incluir, alterar e excluir nomes de
subvariáveis. Depois que você incluiu um novo nome, você pode voltar
para a janela “Subvariável”, e selecionar o novo nome, que estará
disponível na lista.
Em uma mesma faixa não podem existir duas subvariáveis com o
mesmo nome. Se você tentar gravar uma subvariável de uma faixa com
o mesmo nome de uma outra já existente na faixa, o AutoLab mostrará
uma mensagem de erro.
O nome da subvariável é usado em um modelo matemático para
referenciar seu valor e permitir que o sistema possa avaliar sua
contribuição numérica para a equação através de seu coeficiente de
sensibilidade (derivada parcial com relação àquela subvariável). Ou
seja, ao definir um modelo matemático para um procedimento (veja
Criando sub-procedimentos - Definição do modelo matemático, na
pág. 5-10), você pode referenciar uma subvariável através do seu nome
precedido de um sufixo indicando a variável de entrada correspondente
(cada instrumento envolvido numa medição possui associado à ele um
símbolo, denominado variável de entrada).
Valor ou fórmula Se necessário, esse campo deve conter uma fórmula para a correção de
para correção do um erro sistemático. Geralmente, a fórmula é simplesmente um valor,
erro sistemático positivo ou negativo. Para maiores informações sobre construção de
fórmulas no AutoLab, veja o Apêndice A - Funções e operadores para
uso em equações e o Apêndice B - Identificadores reservados para uso
em equações.

 1999 – LACTEC / Automa 3-11 AutoLab


Modelos Capítulo 3

Valor ou fórmula Se necessário, esse campo deve conter uma fórmula que representa a
para incerteza associada a subvariável, que contribuirá para a incerteza
determinação da combinada nas medições. Você pode definir se esta incerteza será
incerteza somada quadrática ou algebricamente com as outras incertezas, usando
o campo somar a incerteza quadraticamente. As incertezas das
subvariáveis, geralmente, devem ser somadas quadraticamente,
entretanto, para permitir que a exatidão de uma faixa possa ser
expressada através de outras contribuições – como por exemplo, uma
contribuição para a incerteza da exatidão, associada à temperatura de
calibração. Abaixo, é apresentado o conteúdo deste campo que é
gerado automaticamente pelo AutoLab para expressar a exatidão da
faixa, quando esta foi indicada para possuir incerteza associada à
amplitude da faixa :
Leitura*IncertLeitura + (FundoEscala-InicioEscala)*IncertFaixa +
IncertFixa
Para maiores explicações sobre construção de fórmulas e uso de
identificadores especiais, veja o Apêndice A - Funções e operadores
para uso em equações e o Apêndice B – Identificadores reservados
para uso em equações.
Inclui esta Selecione esta caixa para indicar que esta subvariável estará sendo
subvariável considerada nos cálculos de erros e incertezas, sem que seja feita
implicitamente menção explícita a ela nas equações. Um exemplo de aplicação deste
nos cálculos campo é o caso onde não se deseja considerar a resolução da faixa nos
cálculos. Nesse caso, deixe esse campo sem seleção, de modo a retirar
a resolução dos cálculos de incerteza. Quando uma subvariável
apresenta esta seleção, o sistema assume que ela representa um desvio
sistemático para as medições realizadas com a faixa correspondente, de
tal modo que a simples utilização da variável, correspondente à faixa
que contém aquela subvariável, fará com que seu valor médio seja
computado com o desvio sistemático e a incerteza associada
informados. Exemplo: uma faixa que mede até 200 Ω apresenta uma
subvariável chamada Temperatura, com valor de 0,01Ω e incerteza
igual a: Leitura*1.5E-8; supondo que essa faixa é representada no
modelo matemático do método de medição através da variável X1 e na
calibração mede os valores 50,01 , 49,99 e 50,00. O valor da variável
X1 é calculado pela média, e vale 50,00, mas sua avaliação na
estimativa de saída da medição resultará no valor 49,99 devido ao
desvio sistemático introduzido, a incerteza de Tipo B introduzida para
a faixa também contribuirá para a incerteza combinada padrão. Seu
valor antes da avaliação do respectivo coeficiente de sensibilidade na
equação da estimativa de saída será de 50,00 x 1,5E-8 que vale 75E-8.

AutoLab 3-12  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 3 Modelos

Somar a Use esta caixa para indicar se a incerteza da subvariável em questão


incerteza será somada quadraticamente ou algebricamente à incerteza da
quadraticamente exatidão. Se a caixa estiver selecionada, a soma será quadrática. Se não
estiver, a soma será algébrica (100% correlacionada com a exatidão).
Distribuição Selecione este campo para indicar que a distribuição estatística da
RETANGULAR incerteza da subvariável é do tipo retangular. Na maioria das vezes
esta distribuição é a mais utilizada.
Distribuição Selecione este campo para indicar que a distribuição estatística da
TRIANGULAR incerteza da subvariável é do tipo triangular.
Distribuição Selecione este campo para indicar que a distribuição estatística da
NORMAL incerteza da subvariável é do tipo normal. Neste caso, você deve
informar os campos Graus de liberdade, Probabilidade de
abrangência e o Fator de abrangência.
Graus de Indica o número de graus de liberdade da estatística da incerteza da
liberdade subvariável, quando a distribuição estatística for NORMAL. Para
incluir um valor infinito, que é usado freqüentemente, use o botão à
direita da caixa de edição dos graus de liberdade.
Probabilidade de Indica a probabilidade de abrangência estatística da incerteza da
abrangência subvariável, quando a distribuição estatística for NORMAL.
Fator de Indica o fator de abrangência estatística da incerteza da subvariável,
abrangência quando a distribuição estatística for NORMAL.

Imagine, por exemplo, que você está cadastrando a faixa de 220 mA de um multímetro
digital e, além das especificações de exatidão e resolução normais, você encontra a seguinte
especificação no manual do fabricante:

“Para leituras maiores que 100 mA na faixa de 220 mA, adicione 200 x I2 ppm à incerteza,
onde I é a leitura realizada.”

Para incluir esta especificação no AutoLab, você deve criar uma nova subvariável na faixa
de 220 mA: Clique no botão à direita da lista de subvariáveis. O AutoLab irá abrir a
janela “Subvariável”. Preencha os campos da subvariável da seguinte forma:

Tabela 14. Exemplo de dados de uma subvariável

Campo Valor
Nome da Adicional (você pode criar um outro nome, se desejar)
subvariável

 1999 – LACTEC / Automa 3-13 AutoLab


Modelos Capítulo 3

Valor ou fórmula (este campo deve estar em branco, porque não há desvio sistemático
para correção do associado a esta subvariável.)
erro sistemático
Valor ou fórmula If(leitura>100e-3 ; (200 * Leitura^2 * 1e-6) * Leitura ; 0)
para
(A fórmula acima indica que, se a leitura for maior que 100mA, a
determinação da
incerteza adicional será a incerteza indicada pelo fabricante – o valor
incerteza
entre parênteses é a fórmula indicada pelo fabricante, sendo que o I foi
substituído por Leitura, que indica a leitura realizada no aparelho, e o
fator 1E-6 representa o ppm. Este valor entre parênteses deve ser
multiplicado novamente pela Leitura, para indicar uma incerteza
absoluta, e não relativa. Se a leitura não for maior que 100mA, a
incerteza adicional será 0.
Inclui esta Sim (Selecione esta caixa para considerar esta subvariável
subvariável nos implicitamente na medição).
cálculos

Somar a incerteza Não (A incerteza deve ser somada diretamente com a exatidão, porque
quadraticamente o fabricante indicou que ela faz parte da exatidão).

Os campos relacionados à distribuição devem ser preenchidos de acordo com a


especificação do fabricante. Como exemplo, considere que a especificação da exatidão da
faixa indica que é uma distribuição normal. Neste caso, indique a subvariável como uma
distribuição normal, e informe a probabilidade de abrangência e o número de graus de
liberdade (o fator de abrangência, como citado anteriormente, será calculado
automaticamente).

Copiando faixas
Quando você está inserindo várias faixas de um mesmo equipamento, é comum que elas
tenham especificações muito parecidas, sendo diferenciadas, às vezes, apenas pelo fundo de
escala. Por exemplo, muitos multímetros digitais têm todas as suas faixas de Volt com a
mesma especificação de exatidão. Você pode aproveitar a digitação anterior usando a função
de cópia de faixa, disponível na janela “Faixa”.

Quando você clica neste botão, o AutoLab automaticamente copia toda a especificação
da última faixa que você gravou para a faixa em edição nesse momento. Isso facilita o
cadastro de faixas similares. Se você quiser, por exemplo, cadastrar várias faixas de Volt,
que têm as mesmas características (unidade, tipo da faixa, exatidão, distribuição),
diferenciando-se apenas no fundo de escala e resolução, você pode seguir os seguintes
passos:

1. Crie a primeira faixa de Volt, indicando todos os seus dados, como tipo da faixa,
unidade, exatidão, distribuição, etc.

AutoLab 3-14  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 3 Modelos

2. Grave a faixa.
3. Pressione o botão no painel superior da janela “Faixa”, para iniciar a inclusão de
uma nova faixa.
4. Clique no botão , para trazer todos os dados da primeira faixa que você gravou para
a nova faixa que você está incluindo. Note que a nova faixa será preenchida com os
dados da faixa anterior.
5. Altere o fundo de escala e a resolução da nova faixa para os valores corretos.
6. Grave a faixa.
7. Repita os passos 3 a 6 para todas as faixas similares que desejar incluir.

Atenção. Copiar um faixa significa substituir todos os valores da faixa em edição para
novos valores, obtidos a partir da última faixa gravada (você ainda tem a opção de cancelar
as alterações, clicando no botão “Cancelar”). Em todos os valores incluem-se os dados
gerais, a exatidão e as subvariáveis, que também serão substituídos pelos dados da última
faixa cadastrada.

Note que a opção de cópia da última faixa não precisa ser realizada necessariamente em uma
faixa que esteja sendo incluída, mas pode ser usada em qualquer faixa já gravada. Isso deve
ser realizado com muito critério, uma vez que não é comum que se queira alterar todos os
dados de uma faixa que já foi gravada anteriormente.

Você pode usar este botão para copiar os dados de uma faixa qualquer para a faixa
atualmente em edição, sem a necessidade de que a faixa a ser copiada tenha sido a última
gravada. Se você clicar neste botão, o AutoLab irá abrir a janela “Cópia de faixa”

Figura 17 – Fazendo cópia de faixas de um modelo

 1999 – LACTEC / Automa 3-15 AutoLab


Modelos Capítulo 3

A janela “Cópia de faixa” exibe uma lista de faixas, indicando também o modelo ao qual a
faixa pertence. Para a importação, apenas selecione a faixa desejada e clique Ok. Você pode
utilizar os campos da caixa Exibir para filtrar as faixas listadas. Se você selecionar Somente
as faixas do modelo atual, serão listadas apenas as faixas do mesmo modelo da faixa que
você estiver editando. Se você selecionar Somente as faixas da unidade: [Unidade], serão
listadas todas as faixas de mesma unidade que a faixa sendo editada. Para listar todas as
faixas existentes, de todos os modelos existentes, selecione Todas as faixas cadastradas.

Se você selecionar Copiar somente os campos ainda não preenchidos na nova faixa, os
campos que você já especificou na faixa em edição serão mantidos, e apenas os campos em
branco serão importados. Se esta caixa não estiver selecionada, toda a especificação da faixa
escolhida será importada para a faixa em edição.

Você pode escolher se deseja ou não importar também as subvariáveis da faixa escolhida,
usando a caixa Copiar também as subvariáveis.

Dados para automação via GPIB


A pasta Automação - GPIB da janela “Modelo” contém todas as informações disponíveis
para automação via interface GPIB. Nessa pasta você deve cadastrar rotinas GPIB, macros,
e definir dados de configuração. Se você pretende usar esse equipamento através de
interface GPIB, você deve cadastrar esses dados. Para uma detalhada explicação sobre o
cadastro desses dados e uma completa visão sobre como o AutoLab realiza aquisição
automática de dados, veja o Capítulo 7 - Aquisição de Dados via GPIB.

Alterando e excluindo modelos


Você pode, a qualquer momento, alterar as especificações de um modelo, ou mesmo excluir
um modelo. Para alterar o modelo a partir da janela “Listagem de modelos”, selecione o
modelo que deseja alterar e clique no botão , localizado no painel abaixo da lista de
modelos. O AutoLab irá abrir a janela “Modelo”, onde você poderá alterar uma ou mais
características do modelo.

Se você já estiver na janela “Modelo”, você pode navegar pelos modelos, usando os botões
e , para selecionar o modelo que você deseja alterar. Uma vez que você
tenha encontrado o modelo, clique em e faça as alterações necessárias, não se
esquecendo de gravar as alterações usando o botão .

Para excluir um modelo a partir da janela “Listagem de modelos”, selecione o modelo e


clique no botão . O AutoLab irá pedir uma confirmação, antes de excluir o modelo.

AutoLab 3-16  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 3 Modelos

Atenção. Quando você exclui o modelo, são excluídos também suas faixas, as subvariáveis
de cada faixa excluída e as rotinas de automação de cada faixa excluída e do modelo em
questão.

Se você já estiver na janela “Modelo”, use os botões e , para selecionar o


modelo que você deseja excluir. Uma vez que você tenha encontrando o modelo, clique em
. O AutoLab irá pedir uma confirmação, e o modelo será excluído.

Observação. O AutoLab não permitirá que você exclua um modelo caso já exista uma
referência a ele em outro ponto do programa. Por exemplo, se você já construiu
procedimentos para o modelo (veja o Capítulo 5 - Procedimentos), ou já existem
instrumentos cadastrados referentes ao modelo (veja o Capítulo 4 - Instrumentos), o modelo
não poderá ser excluído, a menos que você exclua suas referências em todo o sistema para
assegurar a consistência do banco de dados do AutoLab.

 1999 – LACTEC / Automa 3-17 AutoLab


4 Instrumentos
Este capítulo descreve com detalhes a seção do AutoLab referente aos Instrumentos –
janelas de inclusão de instrumentos, documentação, histórico, plano de calibração,
reclassificações, alteração e exclusão de instrumentos, etc.

Instrumentos externos e do laboratório


O AutoLab permite que você cadastre todos os equipamentos existentes no laboratório, de
modo a permitir um acompanhamento individual desses instrumentos, além de permitir o
cadastro de instrumentos externos (de clientes), caso o seu laboratório preste serviços de
calibração dessa natureza. O AutoLab denomina o cadastro de um equipamento específico,
com sua identificação exclusiva e baseada em um “modelo”, de “instrumento”.

Quando você cadastra um novo instrumento, você deve incluir informações importantes
como o modelo do instrumento, o número de série, e alguns dados adicionais para
documentação.

Cadastrando instrumentos
Para fazer a manutenção dos instrumentos cadastrados no sistema, você deve abrir a janela
“Listagem de instrumentos”, onde você poderá incluir novos instrumentos, alterar
instrumentos existentes, ou excluir instrumentos. Para abrir a janela “Listagem de
instrumentos”, clique na opção do menu Módulos | Instrumentos , ou clique no botão
“Instrumentos”, na barra de ferramentas da janela principal.

 1999 – LACTEC / Automa AutoLab


Instrumentos Capítulo 4

Figura 18 – A listagem dos instrumentos

Na janela “Listagem de instrumentos”, o AutoLab mostrará a você todos os instrumentos já


cadastrados. Usando o painel de controle à direita da listagem, você pode excluir, alterar e
incluir novos instrumentos, além de imprimir ou exportar a listagem. Para incluir um novo
instrumento, clique no botão . O AutoLab irá abrir a janela “Instrumento”, onde são
mostrados todos as informações referentes ao instrumento sendo visualizado. Neste caso,
todas as informações estarão em branco, porque você estará incluindo um novo instrumento.

AutoLab 4-2  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 4 Instrumentos

Figura 19 – Dados gerais e documentação do instrumento

É importante ressaltar que um instrumento compõe-se basicamente de três partes: seus


dados gerais, alguns dados para documentação e registro, e dados para a automação. As
outras pastas existentes na janela “Instrumento”, como Reclassificações, Planejamento ou
Histórico também referem-se ao instrumento, mas não constituem uma informação
“estática” do instrumento, mas sim dados que continuamente serão alterados ou
acrescentados ao longo da vida útil do instrumento. Entre os dados gerais de um
instrumento, dois são fundamentais, porque identificam unicamente um instrumento: o seu
modelo e o seu número de série. A tabela abaixo lista os campos que compõem os dados
gerais de um instrumento, com uma pequena descrição.

Tabela 15. Dados gerais do instrumento

Campo Descrição

 1999 – LACTEC / Automa 4-3 AutoLab


Instrumentos Capítulo 4

Modelo Todo instrumento é baseado em um modelo previamente cadastrado


no AutoLab. O AutoLab lista todos os modelos cadastrados, e você
deve escolher o modelo que caracteriza o instrumento. Desta forma,
vários instrumentos podem ter um mesmo modelo. Por exemplo,
você poderia ter dois instrumentos diferentes, de número de série
1000 e 1002 respectivamente, mas ambos do mesmo modelo
FICTEK 5000. Se o modelo do instrumento que você está
cadastrando não existe no AutoLab, você deve cadastrar o modelo
primeiro, antes de cadastrar o instrumento.
Número de série Este campo identifica unicamente o instrumento no sistema,
juntamente com o modelo. Na verdade, é o número de série que
diferencia instrumentos de um mesmo modelo no AutoLab. Em
qualquer ponto do sistema, um instrumento é identificado pelo seu
modelo e pelo número de série, como por exemplo, Multímetro
Digital FICTEK 5000 n.série 1002.
Número de Este campo é uma identificação auxiliar do instrumento, e você
patrimônio pode colocar o número de patrimônio neste campo. Ele não é usado
para identificar unicamente o instrumento, como o número de série.
Se você desejar, pode colocar um outro número qualquer de
identificação adicional (em lugar do número de patrimônio) neste
campo.
Observações Este campo pode receber qualquer informação adicional que se
deseje registrar para o instrumento, que não tenha sido prevista no
AutoLab.
Este instrumento Se este campo estiver selecionado, o instrumento estará disponível
poderá ser utilizado para escolha na lista de padrões a utilizar, no momento da
como padrão calibração. Para disponibilizar o instrumento como um padrão a ser
usado na calibração, você deve selecionar este campo.

Uma vez informados os dados gerais (modelo e número de série, obrigatoriamente), o novo
instrumento pode ser gravado. Para isso, clique no botão , no painel superior da
janela “Instrumento”. Observe que existem outros botões no painel superior, como ,
que cancela as alterações realizadas nos dados gerais do instrumento. Você pode usar os
botões e para navegar pelos instrumentos cadastrados no AutoLab.
Também na janela “Instrumento”, você pode incluir e excluir instrumentos, usando os
botões e do painel superior. Portanto, não é necessário voltar para a janela
“Listagem de instrumento” para realizar tais ações. Observe que, enquanto você estiver
editando um instrumento, apenas os botões e estarão disponíveis. Para
incluir, excluir ou navegar entre os instrumentos, você deve gravar os dados ou cancelar as
alterações.

AutoLab 4-4  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 4 Instrumentos

Uma vez gravado o novo instrumento, com seus dados gerais, você pode incluir as
informações adicionais do instrumento, como sua localização, dados para automação,
histórico, reclassificações, etc.

Documentação do instrumento
A pasta Documentação da janela “Instrumento” contém dados adicionais do instrumento,
que auxiliam no seu registro e documentação. A tabela seguinte lista os campos disponíveis
nesta pasta, e o seu respectivo significado.

Tabela 16. Documentação do instrumento

Campo Descrição
Tipo do registro Use este campo para identificar se o instrumento pertence ao seu
laboratório (é um instrumento “interno”), ou pertence a um
determinado cliente (é um instrumento “externo”), caso o seu
laboratório ofereça serviços de calibração a terceiros.
O campo a seguir estará disponível somente se o instrumento for do tipo “externo”
Cliente Se o seu instrumento é um instrumento de cliente (externo), o campo
cliente é o único campo disponível na documentação. Nesse caso, você
deve escolher o proprietário do instrumento a partir de uma lista de
clientes previamente cadastrada no AutoLab. Caso o cliente não esteja
cadastrado, você poderá cadastrá-lo na hora, clicando no botão “pasta”,
à direita da lista de clientes.
Os campos a seguir estarão disponíveis somente se o instrumento for do tipo “interno”
Condição quando Se o instrumento pertencer ao seu laboratório (for um instrumento
recebido interno), este campo e os campos seguintes estarão disponíveis na
documentação. Neste campo você deve escolher a condição do
instrumento quando este foi recebido no laboratório. A escolha é feita a
partir de uma lista predefinida, que contém itens como “Novo” ou
“Danificado”
Data do Preencha neste campo a data em que o instrumento foi recebido no
recebimento laboratório
Data de início da Preencha neste campo a data em que o instrumento foi colocado em
operação operação no laboratório

 1999 – LACTEC / Automa 4-5 AutoLab


Instrumentos Capítulo 4

Localização da Preencha neste campo um descritivo de onde se localiza a


documentação documentação impressa do instrumento. Este valor depende da
impressa organização do seu laboratório, e pode receber textos como “Pasta 12”,
ou “Armário A, gaveta 3”.
Localização Preencha neste campo um descritivo de onde se localiza fisicamente o
física do instrumento dentro do laboratório. É um campo livre, e pode receber
instrumento textos como “Baixa tensão”, ou “Bancada de tensão DC”.

Dados para automação GPIB


A pasta Automação GPIB da janela “Instrumento” contém dois campos importantes para a
automação via IEEE-488 (GPIB): o endereço primário e o endereço secundário do
instrumento na rede GPIB. O endereço primário é extremamente importante, pois é com
esse valor que o AutoLab identifica o instrumento. Para maiores informações sobre
automação GPIB, veja o Capítulo 7 - Aquisição de Dados via GPIB.

Histórico de ocorrências
A pasta Histórico da janela “Instrumento” mostra uma listagem de ações sofridas pelo
instrumento ao longo de sua vida útil (registros de ocorrências), como por exemplo,
manutenções, calibrações, etc., além de permitir o registro de novas ocorrências. Uma barra
de botões à direita da lista de ocorrências permite que você faça a manutenção dos registros.

AutoLab 4-6  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 4 Instrumentos

Figura 20 – Histórico de ocorrências do instrumento

Para incluir um novo registro de ocorrência, clique no botão à direita da lista de


ocorrências. Para excluir um registro, clique no botão . Para alterar um registro, clique no
botão , ou digite diretamente nos campos do registro. Durante a edição de um registro,
você pode clicar no botão para confirmar as alterações, ou no botão para descartar as
alterações. Também durante a edição de um registro, você pode também selecionar um outro
registro, e o AutoLab automaticamente salvará as alterações que você estava fazendo no
registro anterior. A tabela seguinte descreve os campos que compõem um registro de
ocorrência do instrumento:

 1999 – LACTEC / Automa 4-7 AutoLab


Instrumentos Capítulo 4

Tabela 17. Campos de um registro de ocorrência do instrumento

Campo Descrição
Ocorrência Use este campo para classificar a ocorrência. Você deve escolher o
valor desse campo a partir de uma lista predefinida pelo AutoLab.
Alguns valores disponíveis são “Calibração” e “Manutenção”. Assim,
se você está registrando uma calibração que foi realizada no
instrumento, selecione “Calibração”. Se você está registrando uma
manutenção realizada no instrumento, selecione “Manutenção”, e
assim por diante. Observação: a ocorrência “Calibração” refere-se a
calibrações realizadas no instrumento. Você não deveria incluir
calibrações realizadas pelo instrumento, ou seja, calibrações em que o
instrumento atuou como um padrão.
Data início e Coloque nesses dois campos, respectivamente a data em que a
Data final ocorrência iniciou, e a data em que foi finalizada.
Documento Preencha nesse campo, se houver, o número de um documento que
identifica a ocorrência realizada. Por exemplo, no caso de uma
calibração, recomenda-se preencher este campo com o número do
certificado da calibração realizada. Em uma manutenção, pode-se
preencher este campo com o número da Ordem de Serviço, ou o
número da Nota Fiscal emitida para a realização da manutenção.
Observações Este campo pode ser preenchido com informações adicionais não
previstas nos campos do registro de ocorrência. Pode-se preencher um
descritivo da ocorrência, ou o motivo da ocorrência.

Planejamento de ações
A pasta Planejamento da janela “Instrumento” mostra uma listagem de ações a serem
executadas no instrumento, além de permitir o registro de novas ações. Ações são eventos
genéricos, como por exemplo, manutenções, empréstimos, revisões, etc.. Para um controle
específico de calibrações, veja Planejamento de calibrações. Uma barra de botões à direita
da lista de ações permite que você faça a manutenção dos registros. Para incluir um novo
registro de ação planejada, clique no botão à direita da lista de ações planejadas. Para
excluir um registro, clique no botão . Para alterar um registro, clique no botão , ou
digite diretamente nos campos do registro. Durante a edição de um registro, você pode clicar
no botão para confirmar as alterações, ou no botão para descartar as alterações.
Também durante a edição de um registro, você pode também selecionar um outro registro, e
o AutoLab automaticamente salvará as alterações que você estava fazendo no registro
anterior. A tabela seguinte descreve os campos que compõem um registro de ação planejada
no instrumento:

AutoLab 4-8  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 4 Instrumentos

Tabela 18. Campos de uma ação planejada para o instrumento

Campo Descrição
Ação prevista Use este campo para descrever a ação planejada para o instrumento.
Por exemplo, pode-se planejar uma “Manutenção” para o instrumento.
Data início e Coloque nesses dois campos, respectivamente a data prevista para o
Data final início da ação, e a data prevista para o término da ação.
Observações Este campo pode ser preenchido com informações adicionais não
previstas nos campos da ação planejada.

Planejamento de calibrações
A pasta Calibrações da janela “Instrumento” contém alguns dados necessários para que o
AutoLab realize o controle do plano de calibração. A tabela a seguir descreve os campos
disponíveis nesta pasta:

Tabela 19. Campos para o planejamento de calibração.

Campo Descrição
Última calibração Preencha neste campo a data da última calibração realizada no
instrumento. Caso você já tenha realizado uma calibração do
instrumento no AutoLab, esta data será preenchida
automaticamente.
Próxima calibração Contém a data da próxima calibração a ser realizada no
instrumento. Você pode preencher esta data manualmente mas, se
você já realizou calibrações do instrumento no AutoLab, este
campo será calculado automaticamente, baseado na periodicidade
especificada no campo Semanas.
Semanas Preencha este campo com a periodicidade (em semanas) em que
devem ser realizadas calibrações no instrumento. Para instrumentos
que devem ser calibrados anualmente, por exemplo, este campo
deve receber o número 52.

Os campos descritos acima precisam ser preenchidos apenas uma vez, no momento da
inclusão do instrumento no AutoLab. A partir disso, cada vez que você usa o AutoLab para
realizar calibrações no instrumento, o AutoLab automaticamente atualiza a data da última
calibração, e calcula a data da próxima calibração, baseado nos dados que você definiu na

 1999 – LACTEC / Automa 4-9 AutoLab


Instrumentos Capítulo 4

pasta Calibrações. Você pode, entretanto, a qualquer momento, alterar as datas da última
calibração e da próxima calibração manualmente, embora isso não seja recomendável.

Reclassificando o instrumento
Ao longo da vida útil de um equipamento, você pode constatar que este se comporta de uma
maneira diferente da especificação do fabricante, seja por meio de calibrações efetuadas no
equipamento, ou algum outro tipo de ensaio realizado com equipamento. Por exemplo,
através de calibrações, você pode constatar que a exatidão que o equipamento apresenta é
significativamente melhor do que a especificação original do fabricante. Você pode então
querer considerar essa nova exatidão nas calibrações realizadas pelo equipamento, no lugar
da exatidão original. O ato de substituir as especificações de incertezas originais do
fabricante por outras especificações de incertezas é chamado de Reclassificação. No
AutoLab, você pode a qualquer momento reclassificar um instrumento, e também
reclassificá-lo quantas vezes precisar.

Figura 21 – Reclassificações de um instrumento

Obs.: Note que as especificações do fabricante pertencem a um modelo, e são comum a


todos os instrumentos não reclassificados. Já a reclassificação é feita em um instrumento
específico, e não afeta os demais instrumentos do mesmo modelo. Apenas o instrumento
reclassificado usará as novas especificações. É por esse motivo que o cadastro de modelos

AutoLab 4-10  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 4 Instrumentos

sempre deve receber as especificações do manual do fabricante, e não as características de


um instrumento reclassificado.

Criando e alterando uma reclassificação


A pasta Reclassificações da janela “Instrumento” mostra uma listagem de todas as
reclassificações já realizadas no instrumento, mostrando a data de cada reclassificação, a
data de validade da reclassificação, e eventuais observações. A coluna Atual indica qual é a
reclassificação vigente do instrumento, que é indicada por uma seta.

Para incluir uma nova reclassificação, clique no botão à direita da lista de


reclassificações. Para alterar uma reclassificação, clique no botão , à direita da lista de
reclassificações. O AutoLab irá abrir a janela “Reclassificação de Instrumento”.

Figura 22 – O cadastro de uma reclassificação do instrumento

A janela “Reclassificação de Instrumento” mostra quatro campos a serem preenchidos, além


de uma listagem de todas as faixas existentes no instrumento. A tabela a seguir descreve
sucintamente os quatro campos que identificam uma reclassificação:

 1999 – LACTEC / Automa 4-11 AutoLab


Instrumentos Capítulo 4

Tabela 20. Campos do cabeçalho de uma reclassificação.

Campo Descrição
Reclassificação Selecione este campo para indicar que a reclassificação que você
vigente está incluindo ou alterando será a reclassificação vigente. Apenas
uma reclassificação pode estar vigente no instrumento. Se
selecionar este campo, a reclassificação vigente anteriormente não
estará mais vigente. Qualquer reclassificação pode ser escolhida
como vigente, e não apenas a última reclassificação incluída.
Data da Campo informativo que deve conter a data da realização da
reclassificação reclassificação.
Validade Este campo deve conter a data de validade da reclassificação.
Observações Este campo pode conter quaisquer informações adicionais que se
deseje registrar na ficha da reclassificação, como por exemplo,
números de documentos, datas, ou outra informação qualquer.

Uma vez preenchido os campos descritos acima, você pode gravar a reclassificação,
pressionando o botão . Em seguida, poderá efetuar a reclassificação propriamente
dita, reclassificando cada faixa individualmente.

Reclassificando uma faixa individualmente


Uma reclassificação no AutoLab é na verdade um conjunto de “sub-reclassificações”,
entendendo-se por “sub-reclassificação” a reclassificação individual de uma faixa. Cada
faixa existente no instrumento pode ser reclassificada individualmente, e nem todas as faixas
devem ser necessariamente reclassificadas. Por exemplo, ao se calibrar um determinado
equipamento, nota-se que somente algumas faixas de tensão deste equipamento apresentam
um comportamento muito diferente do especificado pelo fabricante. Você pode, então, criar
uma nova reclassificação para esse instrumento, e reclassificar apenas essas faixas de
tensão. As demais faixas permanecerão com a especificação do fabricante.

Na janela “Reclassificação do Instrumento” é mostrada uma lista de todas as faixas


existentes no instrumento. Essas são as faixas que foram cadastradas na especificação do
modelo do instrumento. A primeira coluna da listagem indica se a faixa foi reclassificada ou
não. Para reclassificar cada faixa individualmente, apenas selecione a faixa que se deseja
reclassificar, e clique no botão “Reclassificar a exatidão e resolução”, à direita da lista de
faixas. O AutoLab irá abrir a janela “Reclassificação da faixa do instrumento”.

AutoLab 4-12  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 4 Instrumentos

Figura 23 – A reclassificação de uma faixa do instrumento

A janela “Reclassificação da faixa do instrumento” é muito semelhante à janela “Faixa” do


cadastro de modelos. Ele contém os mesmos campos para o cadastro da resolução e da
exatidão, além da pasta Subvariáveis (erros e incertezas). Se você ainda não reclassificou a
faixa, todos os campos estarão preenchidos exatamente como foi cadastrada a faixa no
cadastro do modelo. A tabela a seguir descreve cada campo da reclassificação.

Tabela 21. Campos da reclassificação de uma faixa

Campo Descrição
Correção do Use este campo para indicar ao AutoLab se o valor nominal da faixa
valor da foi alterado. Este campo faz sentido para faixas de valor conhecido
grandeza (valor fixo), mas também pode ser usado para faixas de intervalo.
Nesse caso, o valor sendo alterado é o fundo de escala. Você pode
escolher entre três opções:
- Manter o valor especificado pelo fabricante: esta opção já vem
previamente selecionada, e indica que o valor nominal da faixa
não foi alterado.
- Fornecer o erro conhecido: ao selecionar esta opção, você deve
indicar no campo valor o erro que se deseja considerar no valor
nominal da faixa. Por exemplo, suponha que um resistor de valor
nominal de 10 kOhm apresente na prática uma resistência de
10,001 kOhm. Nesse caso, você deve preencher o campo valor
com 0,001E3. Observe que o erro deve ser indicado considerando
o multiplicador associado ao prefixo da unidade original, por isso

 1999 – LACTEC / Automa 4-13 AutoLab


Instrumentos Capítulo 4

neste exemplo, o erro inclui o campo de expoente decimal E3,


representando o prefixo k da unidade.
- Fornecer o valor conhecido: ao selecionar esta opção, você deve
indicar no campo valor o novo valor nominal da faixa. Por
exemplo, suponha que um resistor de valor nominal de 10 kOhm
apresente na prática uma resistência de 10,001 kOhm. Nesse caso,
você deve preencher o campo valor com 10,001E3. Observe que
o erro deve ser indicado considerando o multiplicador associado
ao prefixo da unidade original, por isso neste exemplo, o erro
inclui o campo de expoente decimal E3, representando o prefixo k
da unidade.
Obs.: Os dois últimos exemplos citados acima na verdade têm o
mesmo efeito. As duas opções existem no AutoLab apenas para
facilitar a entrada de dados na reclassificação, uma vez que em alguns
casos têm-se mais facilmente o erro, em outros casos, têm-se mais
facilmente o novo valor nominal.
Resolução Neste campo numérico você deve informar a nova resolução da faixa,
em valores da unidade da faixa. Você pode digitar números no formato
científico, usando a letra “E” ou “e”.(Ex.: 2e-3 corresponde a 0,002).
Atenção! Você deve desconsiderar o prefixo da unidade da faixa na
resolução. Por exemplo, se a faixa é de 100 mV, e a resolução for 1
mV, você deve incluir o expoente na resolução, indicando que a
resolução é 1E-3, e não 1. O AutoLab automaticamente informa a
você a unidade da resolução, em caso de dúvida, no texto “Resolução”
acima do campo.
Leitura Você deve informar neste campo numérico a nova componente de
incerteza relativa à leitura (ou ao valor de saída, caso a faixa seja um
intervalo de ajuste – fonte), em percentual ou partes por milhão (ppm).
Faixa Você deve informar neste campo numérico a nova componente de
incerteza relativa à faixa (fundo da escala menos início da escala), em
percentual ou partes por milhão (ppm).
Fixa Você deve informar neste campo numérico a nova componente de
incerteza que é independente da faixa ou da leitura, em dígitos ou em
valor absoluto na unidade da faixa Atenção! Você deve desconsiderar
o prefixo da unidade da faixa se usar essa incerteza com valores
absolutos. Por exemplo, se a faixa é 100 mV, e a incerteza fixa for 0,1
mV, você deve incluir o expoente na resolução, indicando que a
resolução é 0,1E-3, e não 0,1.
Distribuição Selecione este campo para indicar que a distribuição estatística da
RETANGULAR nova exatidão da faixa é do tipo retangular. Na maioria das

AutoLab 4-14  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 4 Instrumentos

especificações de modelos, esta distribuição é a mais utilizada.

Distribuição Selecione este campo para indicar que a distribuição estatística da


TRIANGULAR nova exatidão da faixa é do tipo triangular.
Distribuição Selecione este campo para indicar que a distribuição estatística da
NORMAL nova exatidão da faixa é do tipo normal. Neste caso, você deve
informar os campos Graus de liberdade, Nível de confiança e Fator K.
Graus de Indica o número de graus de liberdade da estatística da nova exatidão
liberdade da faixa, quando a distribuição estatística for NORMAL. Para incluir
um valor infinito, que é usado freqüentemente, use o botão à direita
da caixa de edição dos graus de liberdade.
Probabilidade Indica a probabilidade de abrangência estatística da nova exatidão da
de abrangência faixa, quando a distribuição estatística for NORMAL.
Fator de Indica o Fator de abrangência estatístico da nova exatidão da faixa,
abrangência quando a distribuição for NORMAL.

Subvariáveis da reclassificação da faixa


A janela “Reclassificação da faixa do instrumento” exibe, além da pasta Especificações
reclassificadas, a pasta Subvariáveis (erros e incertezas). Uma subvariável representa uma
componente de incerteza, ou de correção de erro, ou ambos. Todos os cálculos de incerteza
realizados no AutoLab são baseados em subvariáveis. Observe que as subvariáveis que já
existiam no cadastro original do modelo estão presentes na reclassificação. Você pode,
então, alterar ou incluir novas subvariáveis para a reclassificação, usando os botões , e
.

Você pode, por exemplo, na reclassificação, criar uma subvariável com o nome de
“Estabilidade”, que representa a componente de incerteza relativa à estabilidade, ou
“Deriva”, ou “Linearidade”. Estas subvariáveis são exemplos típicos de componentes de
incerteza que não estavam presentes no cadastro do modelo, mas podem estar presentes em
uma reclassificação.

Ao se clicar no botão (para alterar uma subvariável) ou no botão (para incluir uma
nova subvariável), o AutoLab irá abrir a janela “Subvariável”, que é a mesma janela usada
para cadastro de subvariáveis da faixa de um modelo. Para maiores detalhes sobre os
campos existentes nesta janela, bem como uma detalhada explicação a respeito do cadastro
de subvariáveis, veja a seção Cadastrando faixas - Incertezas adicionais (subvariáveis), na
pág. 3-9.

Alterando a reclassificação individual de uma faixa


Se você eventualmente errou ao cadastrar a reclassificação individual de uma faixa, você
pode alterar essa reclassificação, simplesmente selecionando a faixa que se deseja alterar, e

 1999 – LACTEC / Automa 4-15 AutoLab


Instrumentos Capítulo 4

clicando no mesmo botão “Reclassificar a exatidão e resolução”. O AutoLab irá abrir a


mesma janela usada para uma nova reclassificação de faixa.

Excluindo a reclassificação individual de uma faixa


Se você deseja retirar a reclassificação individual de uma faixa, e voltar às especificações
originais do fabricante para esta faixa, simplesmente selecione a faixa deseja e clique no
botão , à direita da listagem de faixas. O AutoLab irá pedir a confirmação da exclusão, e a
faixa voltará a ter as especificações originais do fabricante.

Excluindo uma reclassificação


Você pode excluir uma reclassificação inteira no AutoLab. Para isso, selecione a
reclassificação que você deseja excluir, na janela “Instrumento”, e clique no botão à
direita da lista de reclassificações. O AutoLab irá pedir uma confirmação para a exclusão, e
em seguida irá excluir a reclassificação. Você pode inclusive excluir uma reclassificação
que esteja vigente.

Atenção: Ao excluir uma reclassificação, você estará excluindo todas as sub-


reclassificações de faixas que você cadastrou naquela reclassificação. Se você excluir uma
reclassificação que estava vigente, o instrumento passará a usar as especificações originais
do fabricante. Você pode, então, escolher uma nova reclassificação para ser a reclassificação
vigente, ou manter o instrumento com as especificações do fabricante.

Obs.: Você não poderá excluir uma reclassificação se o instrumento em questão já foi
utilizado em uma calibração no AutoLab, e a reclassificação vigente na calibração em
questão era a reclassificação que você está tentando excluir.

Alterando e excluindo instrumentos


Você pode, se necessário, alterar alguns dados de um instrumento, ou mesmo excluir um
instrumento completamente. Para alterar o instrumento a partir da janela “Listagem de
instrumentos”, selecione o instrumento que deseja alterar e clique no botão , localizado à
direita da lista de instrumentos. O AutoLab irá abrir a janela “Instrumento”, onde você
poderá alterar uma ou mais características do instrumento.

Se você já estiver na janela “Instrumento”, você pode navegar pelos instrumentos, usando os
botões e , para selecionar o instrumento que você deseja alterar. Uma vez
que você tenha encontrado o instrumento, clique em e faça as alterações necessárias,
não se esquecendo de gravar as alterações usando o botão .

Para excluir um instrumento a partir da janela “Listagem de instrumentos”, selecione o


instrumento e clique no botão . O AutoLab irá pedir uma confirmação, antes de excluir o

AutoLab 4-16  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 4 Instrumentos

instrumento. Atenção. Quando você excluir o instrumento, serão excluídos também suas
reclassificações e todo o seu histórico.

Se você já estiver na janela “Instrumento”, use os botões e , para selecionar


o instrumento que você deseja excluir. Uma vez que você tenha encontrando o instrumento,
clique em . O AutoLab irá pedir uma confirmação, e o instrumento será excluído.

Observação. O AutoLab não permitirá que você exclua um instrumento caso já exista uma
referência a ele em outro ponto do programa. Por exemplo, se você já realizou uma
calibração do instrumento no AutoLab, (veja o Capítulo 6 - Calibrações), ou utilizou o
instrumento como padrão em alguma calibração, o instrumento não poderá ser excluído,
para que não haja inconsistência de dados do sistema.

 1999 – LACTEC / Automa 4-17 AutoLab


5 Procedimentos
Este capítulo descreve com detalhes a seção do AutoLab referente aos Procedimentos –
janelas de inclusão de procedimentos, documentação, sub-procedimentos, alteração e
exclusão de procedimentos, etc.

Procedimentos de calibração
Para efetuar uma calibração no AutoLab, você precisa inicialmente criar um procedimento
de calibração. Um procedimento de calibração é um conjunto de informações que
determinam como será realizada a calibração de um determinado equipamento. Um
procedimento de calibração no AutoLab sempre se destina a calibrar equipamentos de um
determinado modelo, e este modelo a ser calibrado é denominado objeto da calibração.

Uma vez definido o objeto da calibração de um procedimento, você deve definir, para cada
faixa do objeto da calibração, os pontos a calibrar, o modelo matemático, os padrões
utilizados, além de outras informações adicionais, como dados para documentação.
Nenhum instrumento no AutoLab pode ser calibrado sem a construção prévia de um
procedimento específico para o modelo desse determinado instrumento.

Cadastrando procedimentos
Para fazer a manutenção dos procedimentos cadastrados no sistema, você deve abrir a janela
“Listagem de procedimentos”, onde você poderá incluir novos procedimentos, alterar
procedimentos existentes, ou excluir procedimentos. Para abrir a janela “Listagem de
procedimentos”, clique na opção do menu Módulos - Procedimentos, ou clique no botão
“Procedimentos”, na barra de ferramentas da janela principal.

 1999 – LACTEC / Automa AutoLab


Procedimentos Capítulo 5

Figura 24 – A listagem de procedimentos

Na janela “Listagem de procedimentos”, o AutoLab mostrará a você todos os procedimentos


já cadastrados. Usando o painel de controle à direita da listagem, você pode excluir, alterar e
incluir novos procedimentos, além de imprimir ou exportar a listagem. Para incluir um novo
procedimento, clique no botão . O AutoLab irá abrir a janela “Procedimento”, onde são
mostradas todas as informações referentes ao procedimento sendo visualizado. Neste caso,
todas as informações estarão em branco, porque você está incluindo um novo procedimento.

AutoLab 5-2  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 5 Procedimentos

Figura 25 – Dados gerais e documentação do procedimento

É importante ressaltar que um procedimento compõe-se basicamente de três partes: seus


dados de identificação, alguns dados para documentação e registro, e os sub-procedimentos.
Existem apenas dois campos para identificação do procedimento: Modelo e Identificação do
documento. A primeira pasta da janela “Procedimento” refere-se aos dados de
documentação. A tabela abaixo lista os campos que compõem a identificação do
procedimento, bem como os campos destinados à documentação, com uma pequena
descrição.

Tabela 22. Dados de identificação de documentação de um procedimento.

Campo Descrição
Modelo Todo procedimento é baseado em um modelo previamente
cadastrado no AutoLab, que representa o objeto da calibração. Em
outras palavras, ao escolher o modelo do procedimento, você estará
especificando que o procedimento em questão será usado para
calibrar equipamentos que sejam do modelo escolhido. Por exemplo,
suponha que exista cadastrado no AutoLab o modelo “Calibrador
Fictek 5000”. Se você deseja efetuar uma calibração de um
equipamento qualquer que seja um “Calibrador Fictek 5000”, então
você primeiramente deve criar um procedimento, e escolher como

 1999 – LACTEC / Automa 5-3 AutoLab


Procedimentos Capítulo 5

modelo o “Calibrador Fictek 5000”.

Identificação do Este campo identifica unicamente o procedimento. Todo


documento procedimento deve receber uma identificação única, que pode ser
numérica ou alfanumérica. Este campo é livre, e você poderá manter
uma eventual sistemática de numeração de documentos já existentes
previamente em seu laboratório. A única restrição desse campo é
que dois procedimentos no AutoLab não podem ter a mesma
identificação.
Edição/Revisão É um campo informativo que contém a edição/revisão do
procedimento.
Última atualização Campo informativo não-obrigatório contendo a data da última
atualização no procedimento.
Verificação Campo informativo não-obrigatório contendo o nome do
responsável pela verificação do procedimento.
Aprovação Campo informativo não-obrigatório contendo o nome do
responsável pela aprovação do procedimento.
Área Campo informativo não-obrigatório contendo o nome da área ao
qual o procedimento se aplica.
Laboratório Campo informativo não-obrigatório contendo o laboratório que
gerou o procedimento.
Palavras-chave Campo informativo não-obrigatório contendo algumas palavras-
chave que identificam um procedimento.
Título Campo informativo não-obrigatório contendo o título do
procedimento.
Escopo Campo informativo não-obrigatório contendo o escopo ao qual se
aplica o procedimento.
Objetivo Campo informativo não-obrigatório contendo o objetivo do
procedimento.
Autores Campo informativo não-obrigatório contendo os autores do
procedimento.

Uma vez informados os dados de identificação (obrigatoriamente) e os dados de


documentação (opcionais), o novo procedimento pode ser gravado. Para isso, clique no
botão , no painel superior da janela “Procedimento”. Observe que existem outros
botões no painel superior, como , que cancela as alterações realizadas nos dados
gerais do procedimento. Você pode usar os botões e para navegar pelos
procedimentos cadastrados no AutoLab. Também na janela “Procedimento”, você pode

AutoLab 5-4  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 5 Procedimentos

incluir e excluir procedimentos, usando os botões e do painel superior.


Portanto, não é necessário voltar para a janela “Listagem de procedimento” para realizar
tais ações. Observe que, enquanto você estiver editando um procedimento, apenas os botões
e estarão disponíveis. Para incluir, excluir ou navegar entre os
procedimentos, você deve gravar os dados ou cancelar as alterações.

Uma vez gravado o novo procedimento, com seus dados de identificação e documentação,
você pode começar a criar os sub-procedimentos de calibração.

Criando sub-procedimentos
Um procedimento de calibração no AutoLab nada mais é do que um conjunto de sub-
procedimentos, onde um sub-procedimento é um conjunto de informações que determinam
como uma determinada faixa do modelo será calibrada. Desta forma, a rigor, não existe um
procedimento para calibrar um modelo, mas sim para calibrar uma faixa de um modelo. Um
conjunto desses procedimentos para calibrar faixas é entendido pelo AutoLab como um
procedimento.

Figura 26 – Faixas com sub-procedimentos definidos e a definir

A pasta Faixas da janela “Procedimento” mostra uma lista de todas as faixas existentes no
modelo que será o objeto da calibração. A primeira coluna da listagem (“Definido”) indica

 1999 – LACTEC / Automa 5-5 AutoLab


Procedimentos Capítulo 5

se um sub-procedimento já foi definido ou não para aquela faixa. Se o sub-procedimento


não foi definido para uma determinada faixa, essa coluna estará em branco. Você não
precisa necessariamente definir sub-procedimentos para todas as faixas. Você pode, por
exemplo, criar um procedimento para calibrar apenas as faixas de tensão de um determinado
multímetro. Nesse caso, apenas as faixas de tensão terão sub-procedimentos definidos.

À direita da listagem das faixas existem uma série de botões que podem ser usados para o
gerenciamento dos sub-procedimentos. Todos eles serão explicados nas seções seguintes.

Para definir um sub-procedimento para uma determinada faixa, você deve escolher a faixa
desejada na lista de faixas, e clicar no botão à direita da lista. O AutoLab irá abrir a
janela “Sub-procedimento para calibração da faixa”, onde você começará a definir o sub-
procedimento para a faixa em questão.

Figura 27 – Pontos a calibrar e parâmetros de medição do sub-procedimento

Definição dos pontos a calibrar


O primeiro passo necessário para a elaboração do sub-procedimento é a definição dos
pontos a calibrar. A pasta Organização Geral da janela “Sub-procedimento” mostra os
pontos a calibrar definidos (se você está definindo um novo sub-procedimento, nenhum
ponto a calibrar está definido).

AutoLab 5-6  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 5 Procedimentos

O AutoLab já possui uma lista de pontos a calibrar predefinidos, baseados em percentagem


do fundo de escala da faixa sendo calibrada. Para escolher um desses conjuntos de pontos,
use os botões (“Define os pontos a calibrar em escala ascendente”) e (“Define os
pontos a calibrar em escala descendente”), localizados logo abaixo da lista de pontos a
calibrar. Quando você clica um desses botões, o AutoLab irá mostrar uma lista de opções de
pontos a calibrar, como por exemplo: 10%, 50% e 100% da faixa, 10%, 50% e 95% da
faixa, 20%, 40%, 60%, 80% e 100% da faixa, e assim por diante. O primeiro botão define os
pontos em escala ascendente, e o segundo, em escala descendente. Basta escolher uma
dessas opções e o AutoLab irá definir automaticamente os pontos a calibrar.

Você pode definir outros pontos a calibrar, caso os pontos predefinidos pelo AutoLab não
atendam aos requisitos do sub-procedimento que você está criando. Nesse caso, você deve
incluir os pontos a calibrar um a um, diretamente na lista de pontos a calibrar. Você pode
usar os botões localizados logo abaixo da lista de pontos para auxiliá-lo. O botão inclui
um novo ponto e o botão exclui o ponto selecionado. Quando você está editando o ponto,
o botão confirma o valor que você digitou, e o botão cancela a alteração/inclusão do
ponto que você está alterando.

O campo Valores em percentual tem como objetivo apenas auxiliar a definição dos pontos a
calibrar. Se este campo estiver selecionado, você deve entrar o pontos a calibrar em valores
percentuais em relação ao fundo de escala da faixa (por exemplo, 10, 50, e 90%). Se este
campo não estiver selecionado, você deve entrar os pontos a calibrar em valores da unidade
da faixa, considerando o prefixo. (Por exemplo, se a faixa em questão é 10 mA, você pode
digitar 1, 5 e 10 para que o AutoLab calibre os pontos 1 mA, 5 mA e 10 mA. Você não
poderia digitar 1e-3, por exemplo, porque o prefixo nesse caso já é considerado
automaticamente pelo AutoLab).

O campo Auto-preenchimento na planilha permite que você escolha se as leituras no objeto


da calibração serão automaticamente preenchidas com os pontos a calibrar. Se este campo
estiver selecionado, o AutoLab irá preencher automaticamente na planilha de calibração os
valores dos pontos a calibrar na coluna do objeto sob calibração. Por exemplo: o objeto de
calibração é um multímetro digital, a faixa em questão é 100 V, os pontos a calibrar
definidos foram 20, 45, 70 e 90 V, e o campo Auto-preenchimento na planilha está
selecionado. Nesse caso, no momento da calibração, a coluna referente às leituras do
multímetro já estarão preenchidas com os valores 20, 45, 70 e 90. Se você não quiser que o
AutoLab preencha automaticamente esses valores, não selecione este campo.

Parâmetros gerais da medição


Além dos pontos a calibrar, você também deve definir no sub-procedimento alguns
parâmetros gerais da medição a ser realizada. Os parâmetros gerais da medição estão
presentes na pasta Organização Geral da janela “Sub-procedimento”, logo abaixo dos
pontos a calibrar. A tabela a seguir apresenta os campos que definem os parâmetros gerais
da medição.

 1999 – LACTEC / Automa 5-7 AutoLab


Procedimentos Capítulo 5

Tabela 23. Parâmetros gerais de medição do sub-procedimento.

Campo Descrição
Resultado Este campo deve conter o nome da variável do modelo matemático
que receberá o resultado da medição (estimativa de saída). Por
exemplo, um modelo matemático para medição direta entre duas
grandezas poderia ser ‘e = Vx – Vs’. Nesse caso, o resultado da
medição é o erro (variável ‘e’). Assim, o campo Resultado deveria
receber ‘e’.
Incerteza expandida Este campo deve conter a probabilidade de abrangência a ser usada
pelo AutoLab para o cálculo da Incerteza Expandida da medição.
T.U.R. mínimo Deve conter o T.U.R. (Razão de Incertezas entre o objeto da
exigido calibração e os padrões ) mínimo aceitável para cada ponto do sub-
procedimento. O AutoLab irá calcular o T.U.R. automaticamente, e
o sub-procedimento não será validado se o T.U.R. calculado for
menor do que o T.U.R. mínimo indicado neste campo. O cômputo
do T.U.R. é realizado pelo quociente do limite de exatidão do
instrumento que será calibrado pela incerteza combinada dos
padrões envolvidos na medição.

Erros de Você deve informar nesse campo a tolerância máxima permitida


preenchimento (%) para os valores informados na planilha de calibração em relação ao
valor base definido no procedimento. Se os valores informados na
planilha ultrapassarem a tolerância indicada nesse campo, o
AutoLab apresentará alertas ao usuário. Isso evita erros grosseiros
de digitação no momento da calibração.
Por exemplo, considere uma calibração utilizando um método de
medição direta, e a tolerância máxima na planilha definida no sub-
procedimento foi de 5%. O usuário está calibrando o ponto de 10 V
de um multímetro. Ao digitar as leituras realizadas no multímetro, o
usuário poderia digitar valores como 10,001 , 9,998 e 9,997. Se o
usuário digitasse 10,8 , por exemplo, o AutoLab iria avisar o usuário
que o valor digitado está fora da tolerância da planilha (10,8/10
resulta em desvio de 8%), e o usuário tomaria a decisão de corrigir o
valor digitado ou não.

Parâmetros para aquisição automática de dados


A pasta GPIB da janela “Sub-procedimento” contém dados que definem como será realizada
a aquisição automática de dados no procedimento. Veja o Capítulo 7 - Aquisição de Dados

AutoLab 5-8  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 5 Procedimentos

via GPIB para entender como funciona a sistemática de aquisição de dados automática no
AutoLab.

A tabela a seguir mostra o campo que compõe os parâmetros para automação via GPIB, com
uma breve descrição:

Tabela 24. Parâmetros do sub-procedimento para automação via GPIB..

Campo Descrição
Organização Este campo define como serão feitas as leituras no momento da
seqüencial calibração. Existem duas opções.
Se você escolher a opção Ponto a ponto com múltiplas leituras, o
AutoLab irá realizar todas as leituras para um determinado ponto a
calibrar. Terminadas as leituras, ele passará para o próximo ponto a
calibrar, e realizará todas as leituras do ponto, e assim por diante.
Se você escolher a opção Alterna leituras ascendentes/descendentes,
o AutoLab irá fazer uma calibração do tipo anti-histerese. Ou seja,
ele fará apenas uma leitura para o primeiro ponto. Em seguida,
passará para o segundo ponto, e fará uma leitura. Ao chegar ao
último ponto e fazer a leitura, ele voltará para o penúltimo ponto, e
fará uma leitura, até voltar ao primeiro ponto novamente. Ele fará
esse trajeto de “ida e volta” nos pontos até que se complete o
número de leituras definido no procedimento.

Variável do objeto da calibração


A pasta Instrumento a ser calibrado da janela “Sub-procedimento” contém os campos que
definem a variável do instrumento sendo calibrado, ou seja, a identificação simbólica do
objeto da calibração nas equações. O campo Nome da variável deve conter o nome dessa
variável, que poderá ser referenciada através desse nome nas equações matemáticas do
modelo matemático que você irá definir em seguida.

 1999 – LACTEC / Automa 5-9 AutoLab


Procedimentos Capítulo 5

Figura 28 – Dados da variável de entrada relacionada ao instrumento sob calibração

A variável do objeto da calibração é uma variável de entrada como outra qualquer, e todos
os demais campos presentes nesta janela (como Resolução da leitura ou Definições
específicas das subvariáveis) funcionam exatamente como nas variáveis de entrada. Para
maiores detalhes sobre esses campos e as variáveis de entrada, veja a seção Definindo as
variáveis de entrada, na pág. 5-12

Definição do modelo matemático


A partir da janela “Sub-procedimento”, você deve clicar no botão “Modelo matemático da
medição” para abrir a janela “Modelo matemático” e definir o(s) modelo(s) matemático(s)
do sub-procedimento.

No AutoLab você não define um modelo matemático para o sub-procedimento inteiro, mas
sim, você define um modelo matemático para cada ponto definido. Desta forma, a
flexibilidade na construção do sub-procedimento é grande, permitindo que você defina os
mais diferentes métodos de calibração para diferentes pontos dentro de uma mesma faixa.
Contudo, na maioria dos casos, você provavelmente irá querer definir o mesmo modelo
matemático para todos os pontos, ou pelo menos, para um conjunto de pontos. Assim, o
AutoLab permite que você defina um modelo matemático para vários pontos
simultaneamente.

AutoLab 5-10  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 5 Procedimentos

Figura 29 – O modelo matemático da medição

A janela “Modelo matemático” consiste de duas partes. A parte superior mostra uma série
de botões, cada um representando um ponto a calibrar que você definiu anteriormente. A
parte inferior mostra um modelo matemático propriamente dito. Cada botão da parte
superior pode ser pressionado ou levantado individualmente. Assim, se o botão está
pressionado, significa que o modelo que você está definindo na parte inferior será aplicado
ao ponto representado pelo botão. Se o botão estiver levantado, o modelo matemático não
será aplicado ao ponto representado pelo botão. Para selecionar múltiplos pontos, mantenha
a tecla CTRL pressionada enquanto clica nos botões que representam os pontos que você
deseja. Ao clicar os botões com a tecla CTRL pressionada, você pressiona (ou levanta, se o
botão estiver pressionado) individualmente cada botão, sem que os outros botões se alterem.
Se você clicar um botão sem pressionar a tecla CTRL, os demais botões são levantados, e o
modelo matemático se aplicará apenas àquele botão que você pressionou.

Observe que quando você está definindo o(s) modelo(s) matemático(s) de um sub-
procedimento pela primeira vez, todos os botões estão pressionados, o que significa que o
modelo matemático que você irá definir se aplicará a todos os pontos a calibrar definidos
anteriormente.

A definição de um modelo matemático no AutoLab consiste de duas etapas: primeiramente,


você deve definir as variáveis de entrada, e em seguida, escrever as equações matemáticas
que relacionam estas variáveis.

 1999 – LACTEC / Automa 5-11 AutoLab


Procedimentos Capítulo 5

Definindo as variáveis de entrada


Uma variável de entrada sempre está relacionada a um determinado equipamento. Mais
precisamente, a uma determinada faixa de um equipamento. Uma variável de entrada
representa o resultado da medição da faixa associada à variável, mais precisamente, a média
das medições. Por exemplo, uma variável de entrada associada a uma faixa de medição
representa uma leitura realizada nesta faixa. Uma variável de entrada associada a uma faixa
de valor conhecido (resistor, por exemplo), representa o valor nominal dessa faixa. Ou, uma
variável de entrada associada a uma faixa que é uma fonte representa o valor do sinal que
esta faixa está oferecendo.

Como regra geral, você deve incluir uma variável de entrada para cada equipamento
envolvido na calibração do ponto. Por exemplo, suponha que você está construindo um sub-
procedimento para calibração de três pontos de uma faixa de tensão de um multímetro
digital, pelo método direto. Nesse caso, você precisará do multímetro e de um calibrador de
tensão. Os três pontos usarão o mesmo método direto. Neste caso, você só precisa definir
uma variável de entrada, que estará relacionada ao calibrador de tensão. Lembre-se que a
variável de entrada associada ao instrumento sendo calibrado já está definida, e suas
configurações estão presentes na janela “Sub-procedimento”, pasta Instrumento sendo
calibrado.

Figura 30 – O cadastro de uma variável de entrada do modelo matemático

Para definir uma nova variável de entrada, clique no botão , à direita da lista de variáveis
de entrada. O AutoLab irá abrir a janela “Variável de entrada”. Como dito acima, uma
variável de entrada está relacionada a uma faixa de um padrão, e é nessa janela que você irá
definir esse relacionamento, através do campos disponíveis. A tabela abaixo lista todos os
campos que compões uma variável de entrada, explicando o significado de cada campo:

AutoLab 5-12  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 5 Procedimentos

Tabela 25. Campos de uma variável de entrada

Campo Descrição
Dados gerais da variável de entrada
Nome Este campo contém o nome da variável. Duas variáveis definidas em
um mesmo ponto não podem ter o mesmo nome. Este nome é
importante, e será usado para referenciar a variável nas equações
matemáticas que você irá definir. Use nomes simples e curtos, como
‘Vx’, ‘Calib’ ou ‘Ps’.
Unidade Deve conter a unidade da variável. Toda variável de entrada está
relacionada a uma grandeza física, e deve ser escolhida a partir da
lista de unidades cadastradas no AutoLab.
Campos relacionados ao equipamento (pasta Padrão)
Modelo Neste campo você deve selecionar o modelo associado à variável de
entrada. O modelo deve ser escolhido a partir da lista de modelos
cadastrados previamente no AutoLab. Note que nem todos os
modelos cadastrados estão disponíveis na lista, mas sim, apenas
aqueles que têm faixas da mesma unidade que você definiu para a
variável.
Faixa Uma vez escolhido o modelo, você pode escolher a faixa ou o
seletor associado à variável. Você geralmente irá escolher uma faixa
do modelo, a partir da lista de faixas disponíveis. Observe que a lista
não mostra todas as faixas do modelo, mas apenas aquelas que têm a
mesma unidade que você definiu para a variável.
Seletor O seletor está disponível apenas para faixas de valor fixo. Ao
escolher um seletor, você não estará associando uma única faixa à
variável, mas um conjunto de faixas que pertencem a um mesmo
seletor. No momento da calibração, o usuário terá que definir qual
das faixas do seletor ele usou.

Por exemplo, um dial de 10 Ohm de uma década possui na verdade


10 faixas pontuais: 1, 2, 3, ... , 10 Ohm. Ao cadastrar este modelo no
AutoLab, você cadastrou todas as dez faixas separadamente, mas
agrupou-as em um único seletor, que representa o dial 10 Ohm. Se
você associou o seletor 10 Ohm à variável de entrada, o usuário terá
a opção (no momento da calibração) de escolher qual das dez faixas
do dial ele usou.
Pasta Especificações Especiais
Leitura esperada / Neste campo você deve informar ao AutoLab qual a leitura esperada
Ajuste esperado (ou o ajuste esperado esperado, no caso de faixas que são fontes)
para a variável. Este valor é obrigatório e muito importante, pois é
usado na validação do sub-procedimento, e evita muitos erros que

 1999 – LACTEC / Automa 5-13 AutoLab


Procedimentos Capítulo 5

podem ocorrer na calibração. Esse valor também é usado como base


para o cálculo da tolerância dos valores digitados na planilha, que
você definiu no campo Tolerâncias da planilha, na janela “Sub-
procedimento”.

Note que o valor que deve ser digitado deve considerar o prefixo da
unidade. Por exemplo, suponha que você está definindo uma
variável de entrada associada a uma faixa de 100 mV de um
calibrador de tensão, que será usado para calibrar o ponto 25 mV. O
valor esperado para ajuste será 25 mV. Assim, você deve digitar o
valor 25 nesse campo, e não 25E-3. O AutoLab mostra ao lado do
texto ‘Leitura esperada’ o prefixo e a unidade do valor que você
deve digitar.

Obs.: Se você está definindo o modelo matemático para múltiplos


pontos, esse campo não estará disponível para alteração na variável.
Isso porque não faz sentido definir a leitura ou o ajuste esperado
quando a variável será aplicada a vários pontos simultaneamente.
Assim, após definir os outros campos da variável e aplicar o modelo
matemático aos pontos, você deve ir ponto a ponto definindo a
leitura/ajuste esperado de cada variável de entrada individualmente.
Pré-preenchimento Se este campo estiver selecionado o AutoLab irá preencher
na planilha automaticamente a leitura/ajuste esperado na planilha de calibração.
Em métodos de medição direta, por exemplo, geralmente essa opção
é interessante para o caso do padrão, pois o ajuste no padrão no
momento da calibração será exatamente o ajuste esperado.
Resolução da leitura Este campo deve conter a indicação de como o AutoLab deve
considerar a resolução da variável de entrada. Existem quatro
opções:
- Especificada pelo fabricante: A resolução considerada será aquela
definida no cadastro da faixa do modelo.
- Valor pré-determinado: A resolução considerada será um valor
fixo, especificado no campo Resolução (descrito abaixo).
- Determinada pela planilha: A resolução será determinada pelo
valor que o usuário digitar na planilha de calibração. Por exemplo,
se o usuário digitar 1,0010 a resolução será menor do que se ele
digitar 1,001.
- Não considerada nos cálculos: A resolução não será considerada
nos cálculos da incerteza da variável.
Resolução O campo resolução somente está disponível se a Resolução da
leitura for definida como valor pré-determinado. Nesse caso, você
deve indicar neste campo qual é a resolução que você deseja
considerar para essa variável.

AutoLab 5-14  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 5 Procedimentos

Modo de entrada de Neste campo você deve indicar como será o modo de aquisição dos
dados dados da variável: manual, automático ou semi-automático. No
modo manual, você deverá entrar as leituras manualmente na
planilha de calibração. No modo semi-automático, você controlará o
equipamento via IEEE-488, mas para cada repetição terá que
explicitamente solicitar uma leitura (ou ajuste). No modo
automático, as leituras e ajustes são feitos automaticamente.

Por exemplo, imagine que a variável em questão está relacionada a


um multímetro digital, onde você fará leituras. Se o modo de entrada
de dados for manual, você deve digitar na planilha de calibração o
valor lido no multímetro. Se for semi-automático, o AutoLab fará a
leitura diretamente via IEEE-488, mas você precisará pressionar
uma tecla para que ele realize a leitura. No modo automático, a
leitura será feita automaticamente (após os devidos ajustes no
padrão).
Subvariáveis de erros e incertezas
As subvariáveis representam todas as componentes de incerteza associados à variável de
entrada. É exatamente na variável de entrada que se definem essas componentes. Na pasta
Subvariáveis de erros e incertezas você define como serão essas subvariáveis, escolhendo
uma das opções abaixo.
Usar Esta é a opção geralmente usada. Se esta opção estiver selecionada,
preferencialmente o AutoLab irá usar as subvariáveis definidas na reclassificação do
subvariáveis da equipamento. Se o equipamento não foi reclassificado, ou nenhuma
reclassificação da reclassificação está vigente, então as subvariáveis do modelo serão
faixa usadas. Note que as variáveis de entrada estão sempre associadas a
modelos, e não a instrumentos. Dessa forma, é somente no momento
da calibração (onde você define qual instrumento será usado) que o
AutoLab poderá saber quais subvariáveis usar, dependendo se
aquele instrumento específico foi reclassificado ou não.

Você sempre deve selecionar esta opção se você quiser que o


AutoLab considere as reclassificações do instrumento.
Usar subvariáveis Se esta opção estiver selecionada, o AutoLab irá usar as
da especificação do subvariáveis definidas na faixa do modelo. Esta opção é semelhante
fabricante para a à anterior, com a diferença que as reclassificações serão ignoradas.
faixa Assim, mesmo que haja uma reclassificação vigente no instrumento,
o AutoLab irá usar as especificações definidas no modelo.

 1999 – LACTEC / Automa 5-15 AutoLab


Procedimentos Capítulo 5

Conforme definições Se você deseja considerar outras componentes de incerteza que são
específicas para este específicas para o modelo matemático que você está definindo,
sub-procedimento selecione esta opção. Ao selecionar esta opção, você estará
ignorando todas as especificações e subvariáveis do modelo e de
reclassificações, e poderá definir outras subvariáveis quaisquer para
serem as componentes de incerteza da variável de entrada.

Ao selecionar esta opção, clique no botão “Definições específicas


das subvariáveis”, para definir as subvariáveis que serão
consideradas. O AutoLab irá abrir a janela “Subvariáveis”, que
mostra a lista de subvariáveis definidas para a variável de entrada.
Use os botões , e para incluir, excluir ou alterar
subvariáveis. Para maiores detalhes sobre os campos que compõem
uma subvariável, bem como uma detalhada explicação a respeito do
cadastro de subvariáveis, veja a seção Cadastrando faixas –
Incertezas adicionais (subvariáveis), pág. 3-9.

Escrevendo as equações matemáticas


Após a definição de todas as variáveis, é hora de escrever as equações matemáticas que
relacionam essas variáveis, para concluir o modelo matemático. As equações devem ser
escritas no campo Equações da janela “Modelo matemático”.

Basicamente, você deve escrever a equação que relaciona fisicamente as variáveis, sem se
preocupar com as componentes de incerteza. Por exemplo, em um método de medição
direta, a equação que define o modelo matemático é ‘e: Vx-Vs’, onde ‘e’ é a variável de
resultado, que representa o erro da medição, ‘Vx’ é a variável que representa as leituras no
instrumento, e ‘Vs’ é a variável que representa os ajustes no padrão. Observe que, somente a
partir dessa equação, o AutoLab pode calcular todas as componentes de incerteza e compor
a incerteza total da medição, se as contribuições correspondentes a cada variável de entrada
tiverem sido marcadas como implícitas no cadastro de faixas do modelo, nas
reclassificações ou no próprio sub-procedimento, de acordo com a sua escolha para cada
variável de entrada.

Obs.: A variável que recebe o resultado da medição deve ter o mesmo nome definido no
campo Resultado (ver Tabela 23 na pág. 5-8). No exemplo citado acima, o campo Resultado
continha o valor ‘e’, por isso o nome usado para a variável de resultado foi ‘e’.

O AutoLab irá considerar implicitamente todas as subvariáveis cujo campo Inclui


implicitamente esta subvariável nos cálculos estava selecionado (ver Tabela 13 na pág. 3-
11). Incluir implicitamente uma subvariável nos cálculos significa considerar os desvios
sistemáticos e incertezas dessa subvariável sem que você precise explicitar isso na fórmula.

AutoLab 5-16  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 5 Procedimentos

Para ilustrar como o AutoLab calcula implicitamente as subvariáveis, considere o seguinte


exemplo.

Você cadastrou dois modelos no AutoLab: Um multímetro M com uma faixa de 10 V


(leitura), e um calibrador C com uma faixa de 10 V (ajuste). Ao cadastrar uma faixa, o
AutoLab sempre cria as subvariáveis ‘Resolucao’ e ‘Exatidao’. Suponha que no multímetro
você cadastrou uma subvariável de nome “Adicional”, com uma fórmula para o erro, que
representa um erro sistemático existente no multímetro. Você iniciou a definição de um sub-
procedimento para calibrar a faixa de 10 V do multímetro M, e definiu os pontos 1, 5 e 9 V
para calibração. Todos os pontos terão o mesmo modelo matemático. Na janela “Sub-
procedimento” você definiu que o nome da variável de resultado é ‘e’, e o nome da variável
associada ao objeto da calibração (o multímetro) é ‘M’. Na definição do modelo
matemático, você criou a variável de entrada ‘C’, e associou-a à faixa de 10 V do calibrador
C. Assim, o modelo matemático da medição será ‘e: M - C’. Como o AutoLab calcula as
incertezas? Ele inclui as subvariáveis de cada variável explicitada na fórmula. Assim, o
AutoLab considera, internamente, que a fórmula é a seguinte:

e: (M - M.Resolucao - M.Exatidao - M.Adicional) – (C - C.Resolucao - C.Exatidao)

Note que todas as subvariáveis de cada variável de entrada estão sendo subtraídas da
respectiva variável. O AutoLab subtrai, na verdade, o resultado da fórmula do valor de cada
subvariável. Assim, as subvariáveis “Resolucao” e “Exatidao” tanto do multímetro como do
calibrador não influenciam no resultado, mas a variável “Adicional” sim. Para o cálculo das
incertezas, as fórmulas de incerteza de cada subvariável são somadas. As variáveis que têm
o campo Somar a incerteza quadraticamente (ver Tabela 13 na pág. 3-11) selecionado serão
somadas quadraticamente, enquanto que as outras serão somadas algebricamente, após a
multiplicação de cada contribuição pelo seu respectivo coeficiente de sensibilidade nas
equações, obtido através de derivadas parciais numéricas.

Obs.: Somente as variáveis que têm o campo Incluir implicitamente essa subvariável nos
cálculos (ver Tabela 13 na pág. 3-11) selecionado serão consideradas implicitamente. As
outras serão simplesmente ignoradas, a menos que você use a subvariável explicitamente
(ver texto abaixo).

Sintaxe das equações


A sintaxe das equações do modelo matemático é semelhante à sintaxe das equações que
você escreve nas subvariáveis. (Ver Apêndice A - Funções e operadores para uso em
equações e o Apêndice B - Identificadores reservados para uso em equações para maiores
informações). A única diferença é que você pode digitar várias equações no modelo
matemático, e todas elas devem ser precedidas por um identificador e o símbolo ‘:’,
indicando que o resultado da equação está associado ao identificador digitado. Por exemplo,
você poderia digitar as seguintes equações para um modelo matemático:

A: Vx / Ix
B: Vs / Is

 1999 – LACTEC / Automa 5-17 AutoLab


Procedimentos Capítulo 5

e: A – B

note que todas as equação têm a sua esquerda um identificador e um sinal de dois pontos.
Isso significa que o valor de Vx / Ix, com seus respectivos desvios sistemáticos implícitos
quando existirem, será atribuído à variável A. (Vx e Ix nesse exemplo são variáveis de
entrada que você definiu no modelo matemático, assim como Vs e Is. A e B são
simplesmente variáveis auxiliares). A partir do momento que você cria um identificador
auxiliar (A e B, nesse exemplo), você pode usá-lo em equações posteriores. Por exemplo, a
terceira equação usa as variáveis A e B.

A divisão em várias equações é útil para simplificar a digitação e deixar as equações do


modelo matemático mais claro. Para equações complexas, ou que tenham termos que se
repitam constantemente, é interessante criar variáveis auxiliares para facilitar a construção
das equações.

O modelo matemático apresentado acima é equivalente ao seguinte:


e: (Vx / Ix) – (Vs / Is)

Subvariáveis explícitas
Você pode incluir uma subvariável explicitamente nas equações do modelo matemático.
Isso pode ser útil quando a subvariável não tem o campo Incluir essa subvariável nos
cálculos selecionado, ou quando você deseja considerar o erro da subvariável de outra forma
ao invés de uma simples soma. Por exemplo, a seguinte fórmula:

RsT: Rs*(1 + Rs.Alfa*(Ts-Ta) + Rs.Beta*(Ts-Ta)^2)

Está referenciando explicitamente as subvariáveis “Alfa” e “Beta” da variável Rs (um


resistor, no caso). Note que, de acordo com o modelo físico, essas subvariáveis devem ser
usadas explicitamente, o valor de “Alfa” e “Beta” devem ser multiplicados pela temperatura,
e isso não seria feito se elas fossem usadas implicitamente através da simples subtração de
suas respectivas variáveis.

Porque usar subvariáveis, e não valores diretamente? Existem vários motivos:

- Ao usar subvariáveis, você estará “centralizando” as informações no cadastro do


modelo. Assim, “Alfa” e “Beta” são características do resistor, e são cadastrados apenas
uma vez, na ficha do resistor.
- Ao criar reclassificações, você pode alterar os valores das subvariáveis e o AutoLab
considerará os novos valores sem que você precise alterar as fórmulas.
- As subvariáveis têm incertezas associadas. Assim, se “Alfa” e “Beta” têm incertezas
associadas aos seus valores, o uso de subvariáveis é a maneira mais eficiente para se
considerar essas incertezas (isso é feito automaticamente pelo AutoLab. No exemplo
acima, as incertezas de “Alfa” e “Beta” serão computadas).

AutoLab 5-18  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 5 Procedimentos

Obs.: Quando uma subvariável é referenciada explicitamente, ela não é considerada


implicitamente, mesmo que o campo Incluir implicitamente nos cálculos esteja selecionado.
No exemplo acima, mesmo que “Alfa” e “Beta” estejam com o campo Incluir
implicitamente nos cálculos selecionado, elas não serão computadas implicitamente
novamente, já que elas estão explicitamente escritas na fórmula.

Referência a constantes do sistema


Da mesma forma que você referencia uma subvariável de uma variável explicitamente, você
pode referenciar uma constante de uma variável ou do sistema. Por exemplo, você pode
querer usar em uma equação matemática o valor do fundo de escala de uma faixa, ou a
média das leituras realizadas para uma determinada variável. Para acessar essas constantes,
use o mesmo formato usado para explicitar uma subvariável: o nome da variável seguida de
um ponto e o nome da constante.

Por exemplo, para usar o valor do fundo de escala da faixa associada à variável Vx, use a
seguinte expressão: Vx.FundoEscala . Ou, para usar o valor da resolução reclassificada de
uma faixa associada à variável Sb, use a seguinte expressão: Sb.ResolReclas. Ou ainda, para
usar a média das leituras realizadas para a variável Pd, use: Pd.Leitura. Para ver uma
listagem de todas as constantes disponíveis para uso em equações no AutoLab veja o
Apêndice B - Identificadores reservados para uso em equações..

Excluindo sub-procedimentos
Durante a construção de um procedimento, você pode querer excluir uma definição que
você fez para um determinado sub-procedimento. Você pode excluir a definição de um sub-
procedimento. Isso deve ser feito na janela “Procedimento”, na pasta Faixas. Selecione a
faixa cujo sub-procedimento você deseja excluir, e clique no botão . Todas as definições
do sub-procedimento (pontos a calibrar, variáveis, modelo matemático) serão excluídas.

Copiando e importando sub-procedimentos


Durante a criação de um procedimento, é muito comum que muitos sub-procedimentos
sejam similares, já que todos os sub-procedimentos tratam de um mesmo modelo. Por
exemplo, ao se cadastrar sub-procedimentos para calibrar faixas de tensão de um
multímetro, é provável que em todas as faixas os pontos a calibrar sejam os mesmos
percentualmente, o modelo matemático seja o mesmo, e os padrões sejam os mesmos.

Para facilitar o cadastro de sub-procedimentos, o AutoLab permite que você copie sub-
procedimentos. Assim, você pode definir um sub-procedimento apenas uma vez, e copiá-lo
para outras faixas.

 1999 – LACTEC / Automa 5-19 AutoLab


Procedimentos Capítulo 5

Existem dois tipos de cópia de sub-procedimentos: um é chamado pelo AutoLab de cópia, o


outro de importação. Ambos são na verdade cópias de sub-procedimentos, a única diferença
é a forma como você escolhe o que copiar.

Para copiar um sub-procedimento, selecione – na lista de faixas da janela “Procedimento” –


a faixa para a qual você deseja copiar um sub-procedimento, e clique no botão . Você
pode copiar sub-procedimentos apenas de faixas com a mesma unidade que a faixa destino
escolhida. O AutoLab irá abrir a janela “Cópia de sub-procedimento”. Na parte inferior da
janela, existe uma lista com vários sub-procedimentos. Você deverá escolher qual desses
sub-procedimentos será copiado para a faixa escolhida na janela “Procedimento”. Observe
que apenas sub-procedimentos de faixas de mesma unidade estão disponíveis na listagem. O
AutoLab pode listar somente subprocedimentos do procedimento que você está construindo,
ou pode listar sub-procedimentos de todos os procedimentos existentes no AutoLab. Use o
campo Mostrar subprocedimentos para definir o que o AutoLab deve mostrar.

Na parte superior da janela existe o campo Usar o sub-procedimento abaixo como modelo.
Você pode usar esse campo para definir se o sub-procedimento copiado manterá os padrões
definidos ou não. Se você escolher que deseja manter os padrões, o sub-procedimento será
copiado completamente. Do contrário, tudo será copiado (pontos a calibrar, modelo
matemático, etc.), exceto a definição dos padrões nas variáveis de entrada. Isso é útil quando
os pontos e o modelo matemático são iguais entre as faixas, mas os padrões foram alterados
(por exemplo, foram utilizadas faixas diferentes do padrão). Após escolher o sub-
procedimento que se deseja copiar, clique no botão ‘Ok’, e o AutoLab irá copiar o sub-
procedimento para a faixa selecionada.

Figura 31 - Importação de sub-procedimentos

AutoLab 5-20  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 5 Procedimentos

Para importação de sub-procedimentos, clique no botão . O AutoLab irá abrir a janela


“Importação de sub-procedimentos”. A importação de sub-procedimentos é quase uma
“cópia de procedimento”. Ela consiste em duas etapas: 1) escolher de qual procedimento os
sub-procedimentos serão copiados ; e 2) escolher quais sub-procedimentos serão copiados.
Desta forma, na parte superior esquerda da janela (campo Selecione o procedimento-
modelo) existe uma lista de procedimentos disponíveis. Observe que somente são listados
procedimentos cujo modelo do objeto da calibração é o mesmo do procedimento que você
está construindo. Você deve selecionar um. Em seguida, na listagem Faixas disponíveis
para importação, você deverá escolher quais faixas deseja copiar.

Também na importação você pode escolher se deseja copiar os sub-procedimentos


completos ou sem os padrões definidos. Após definir todas as faixas a serem copiadas e se
deseja manter ou não os padrões, clique no botão “Ok”. Os sub-procedimentos serão
copiados.

Note que as diferenças entre “cópia” e “importação” são duas: 1) na primeira você pode
copiar um sub-procedimento de qualquer procedimento, e de qualquer faixa, desde que a
faixa tenha a mesma unidade da faixa para a qual você deseja copiar. Já na importação, você
pode apenas copiar um sub-procedimento definido para a mesma faixa. 2) na cópia apenas
um sub-procedimento por vez pode ser copiado. Na importação, vários sub-procedimentos
podem ser copiados ao mesmo tempo, desde que sejam do mesmo procedimento.

Visualização da estrutura do sub-procedimento


A construção de um sub-procedimento envolve uma série de definições importantes, como
pontos a calibrar e variáveis de entrada. Cada uma dessas definições têm várias
propriedades, algumas delas muito importantes, como por exemplo o valor base e o padrão
associado a cada variável. Quando se cadastra um sub-procedimento essas propriedades
estão separadas em diferentes janelas, e são definidas em momentos diferentes. Dessa
forma, é difícil para o usuário ter uma visão geral do sub-procedimento criado somente a
partir das janelas de cadastro.

Para permitir que o usuário tenha uma visão geral de um sub-procedimento, o AutoLab
oferece o visualizador da estrutura do sub-procedimento. Para visualizar a estrutura de um
sub-procedimento, selecione a faixa na pasta Faixas da janela “Procedimento”, e clique no
botão . O AutoLab irá abrir a janela “Estrutura do sub-procedimento”.

 1999 – LACTEC / Automa 5-21 AutoLab


Procedimentos Capítulo 5

Figura 32 - Visualização da estrutura do sub-procedimento

A janela estrutura mostra , na sua parte esquerda, na forma de árvore, todos os pontos a
calibrar e, para cada ponto, o modelo matemático e as variáveis definidas. Você pode
navegar pela árvore da esquerda, selecionando um item qualquer. Quando você seleciona
um item à esquerda (por exemplo, uma variável de um ponto qualquer) o AutoLab mostra os
detalhes desse item na parte direita da janela. Assim, quando você seleciona uma variável de
entrada, por exemplo, o AutoLab mostra à direita da janela o nome da variável, sua unidade,
o padrão e faixa associado à variável, o valor base, entre outros.

Você também pode utilizar o visualizador de estrutura para alterar alguns parâmetros que
estejam incorretos. Para isto, basta selecionar o item que se deseja alterar, e clicar no botão
à direita do visualizador. O AutoLab irá abrir a janela de cadastro do item, e facilmente
você poderá alterá-lo. Dessa forma, é fácil efetuar correções e evitar erros com o
visualizador de estrutura.

Validação de procedimentos e sub-procedimentos


Um sub-procedimento é um conjunto complexo de informações que define como será
realizada um calibração. Por isso, deve estar consistente e correto. Cometer um erro na
definição de um sub-procedimento pode acarretar muitos problemas no momento da
calibração. Incertezas poderiam ser calculadas incorretamente; valores na planilha de
calibração poderiam ser entrados erroneamente; ou mesmo, poderiam haver problemas na
aquisição automática de dados (um calibrador multi-função poderia aplicar kilo-volts em um
amperímetro!). Erros na definição do sub-procedimento sempre estarão sujeitos a ocorrer
por falha humana, por isso lembre-se de que a verificação para validação de procedimentos
é apenas uma ferramenta de auxílio.

AutoLab 5-22  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 5 Procedimentos

Para minimizar os erros nas definições dos sub-procedimentos, e evitar maiores problemas
no momento da calibração, o AutoLab oferece o validador do procedimento. Para executar o
validador de procedimentos, clique no botão , à direita da listagem de faixas.

Figura 33 - A validação dos sub-procedimentos

O validador do procedimento irá varrer todos os sub-procedimentos definidos no


procedimento em busca de eventuais erros. Eis a seguir algumas das verificações que ele
realiza, para cada sub-procedimento:

- Verifica se os pontos a calibrar foram definidos;


- Verifica se as pontos estão dentro do intervalo correto da faixa do objeto sob calibração;
- Verifica se existem variáveis de entrada com nomes iguais;
- Verifica se existem variáveis de entrada com nome igual ao de identificadores internos
do sistema;
- Verifica se o padrão da variável de entrada foi informado;
- Verifica se a faixa do padrão associada à variável de entrada foi informada quando a
seleção for por faixa;
- Verifica se o seletor foi informado quando a seleção for por seletor;
- Verifica se o valor base (valor esperado ou valor ajustado) foi informado;
- Verifica se os valores base estão dentro da faixa do padrão definido para a variável de
entrada;
- Verifica se as equações do modelo matemático do ponto foram informadas;
- Verifica se a sintaxe está correta para as equações do modelo matemático;
- Verifica se o TUR mínimo foi informado corretamente (>=1);
- Verifica se os pontos a calibrar estão com o TUR coerente com o TUR mínimo;
- Verifica incompatibilidade de unidades, quando em método direto de medição;
- Verifica incompatibilidade do valor base com a faixa do padrão, quando em método
direto de medição;

 1999 – LACTEC / Automa 5-23 AutoLab


Procedimentos Capítulo 5

- Verifica incompatibilidade do valor base com o ponto a ser calibrado, quando em


método direto de medição;
- Verifica se existem variáveis definidas que não foram utilizadas nas equações;

É importante ressaltar que algumas dessas verificações geram erros, que devem ser
resolvidos para que o procedimento possa ser utilizado em uma calibração. Outras
verificações geram alertas, que não precisam ser resolvidas para que o procedimento seja
utilizado na calibração. Porém, todos os alertas devem ser lidos atentamente, pois muitos
deles são importantes. Por exemplo, as verificações para o método direto geram sempre
alertas. Sempre que o usuário define apenas uma variável de entrada para um modelo
matemático (na verdade são duas, mas a segunda, que é a variável associada ao objeto sob
calibração, sempre é definida automaticamente pelo AutoLab) o AutoLab supõe que se trata
de um método de medição direta. Quando isso acontece, o validador faz algumas
verificações a mais. Por exemplo, ele verifica se a unidade das variáveis são iguais, se as
faixas são compatíveis, etc.. (isso não faria sentido para modelos matemáticos que não
fossem medição direta, como a Lei de Ohm, por exemplo, onde cada variável tem uma
unidade diferente – Ohm, Volt e Ampère). Porém, mesmo que hajam problemas (por
exemplo, as unidades não são compatíveis), isso não gerará um erro, mas sim um alerta.
Isso porque você pode realmente querer definir um sub-procedimento onde haja apenas
duas variáveis, que são de unidades diferentes, e o método usado não é o método direto.
Dessa forma, você não será obrigado a resolver o alerta. Atenção! Contudo, se você está
realmente criando um modelo matemático cuja calibração será pelo método direto, resolva
todos os alertas referentes ao método direto, ou poderão haver problemas na calibração. Até
mesmo na aquisição de dados podem haver problemas graves (um calibrador multi-função
poderia aplicar kilo-volts em um amperímetro, ou inúmeras outras possibilidades de danos).

Obs.: antes de iniciar a verificação dos sub-procedimentos, o AutoLab pergunta se você


deseja calcular o TUR (Razão de Incertezas) de cada ponto. Essa pergunta é feita porque
esse cálculo é complexo, e pode fazer com que a validação tome muito tempo. Assim,
recomendamos que você execute a validação dos sub-procedimentos sem calcular o TUR.
Assim que você tiver resolvido todos os erros (e alertas do método direto, se você está
usando o método direto), execute a validação calculando o TUR, para corrigir os erros
referentes ao TUR.

Alterando e excluindo procedimentos


Você pode, se necessário, alterar alguns dados de um procedimento, ou mesmo excluir um
procedimento completamente. Para alterar o procedimento a partir da janela “Listagem de
procedimentos”, selecione o procedimento que deseja alterar e clique no botão ,
localizado à direita da lista de procedimentos. O AutoLab irá abrir a janela “Procedimento”,
onde você poderá alterar uma ou mais características do procedimento.

AutoLab 5-24  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 5 Procedimentos

Se você já estiver na janela “Procedimento”, você pode navegar pelos procedimentos,


usando os botões e , para selecionar o procedimento que você deseja alterar.
Uma vez que você tenha encontrado o procedimento, clique em e faça as alterações
necessárias, não se esquecendo de gravar as alterações usando o botão .

Para excluir um procedimento a partir da janela “Listagem de procedimentos”, selecione o


procedimento e clique no botão . O AutoLab irá pedir uma confirmação, antes de excluir
o procedimento. Atenção. Quando você exclui o procedimento, são excluídos também
todos os sub-procedimentos que foram definidos.

Se você já estiver na janela “Procedimento”, use os botões e , para


selecionar o procedimento que você deseja excluir. Uma vez que você tenha encontrando o
procedimento, clique em . O AutoLab irá pedir uma confirmação, e o procedimento
será excluído.

Observação. O AutoLab não permitirá que você exclua um procedimento caso já exista
uma referência a ele em outro ponto do programa. Por exemplo, se você já realizou uma
calibração usando um determinado procedimento, este procedimento não poderá ser
excluído, para que não haja inconsistência de dados do sistema.

 1999 – LACTEC / Automa 5-25 AutoLab


6 Calibrações
Este capítulo descreve com detalhes a seção do AutoLab referente às Calibrações – janelas
de inclusão de calibrações, seleção dos instrumentos, exclusão de calibrações, etc.

Uma calibração no AutoLab


No AutoLab, uma calibração é a execução de um procedimento predefinido. O AutoLab foi
construído de modo que tarefas complexas sejam feitas na construção do procedimento, e as
tarefas simples sejam realizadas na calibração. Assim, construir modelos matemáticos,
definir pontos a calibrar, relacionar variáveis, definir modos de aquisição de dados, são
todas tarefas que devem ser feitas durante a construção do procedimento.

Uma vez elaborados os procedimentos, as calibrações são muito simples e de rápida


execução. Os tópicos a seguir descrevem como realizar calibrações no AutoLab.

Realizando calibrações
Para fazer a manutenção das calibrações cadastradas no sistema, você deve abrir a janela
“Listagem de calibrações”, onde você poderá incluir novas calibrações, alterar calibrações
em andamento, ou excluir calibrações. Para abrir a janela “Listagem de calibrações”, clique
na opção do menu Módulos | Calibrações , ou clique no botão “Calibrações”, na barra de
ferramentas da janela principal.

 1999 – LACTEC / Automa AutoLab


Calibrações Capítulo 6

Figura 34 – A listagem de calibrações realizadas e/ou em andamento

Na janela “Listagem de calibrações”, o AutoLab mostrará a você todos as calibrações já


realizadas e as calibrações em andamento. Usando o painel de controle à direita da listagem,
você pode excluir, alterar e incluir novas calibrações, além de imprimir ou exportar a
listagem. Para realizar uma nova calibração, clique no botão . O AutoLab irá abrir a
janela “Calibração”, onde são mostradas todas as informações referentes à calibração sendo
visualizada. Neste caso, todas as informações estarão em branco, porque você está incluindo
uma nova calibração.

Realizar uma calibração é um processo de cinco etapas: primeiro, a escolha do instrumento a


ser calibrado. Em seguida, a escolha do procedimento de calibração e padrões a serem
usados. Depois, o preenchimento dos dados da documentação da calibração. Em seguida, o
preenchimento das planilhas de calibração (ou a aquisição dos dados) e, finalmente, a
emissão do certificado. Os tópicos seguintes descrevem cada uma dessas etapas.

AutoLab 6-2  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 6 Calibrações

Figura 35 – Dados gerais e documentação da calibração

Escolhendo o instrumento a ser calibrado


A primeira etapa na realização de uma calibração deve ser obrigatoriamente a escolha do
instrumento a ser calibrado. Na janela “Calibração”, o primeiro campo (na parte superior da
janela) é exatamente o instrumento, onde você deve escolher, a partir de uma lista dos
instrumentos cadastrados no AutoLab, qual você deseja calibrar.

Note que você está escolhendo um instrumento, e não um modelo. Uma situação comum é
você ter cadastrado um modelo, mas não ter cadastrado o instrumento relacionado ao
modelo. Se esse for o caso, você deve cadastrar o instrumento para que ele esteja disponível
na lista de instrumentos.

Documentação da calibração
O preenchimento dos dados de documentação da calibração não precisa ser feito
necessariamente logo após a escolha do instrumento a ser calibrado. Você pode preencher
esses dados mesmo depois de ter preenchido as planilhas de calibração. Porém, eles são
obrigatórios para a emissão do certificado.

 1999 – LACTEC / Automa 6-3 AutoLab


Calibrações Capítulo 6

Os dados para documentação da calibração são uma série de campos informativos que são
utilizados na emissão do certificado, para registrar a calibração ou para futuras consultas. A
tabela a seguir lista os campos que compões a documentação da calibração, com uma
pequena descrição para cada campo.

Tabela 26. Dados da documentação da calibração

Campo Descrição
Cliente solicitante Contém o cliente que solicitou a calibração. Esse campo é impresso
no certificado, bem como é usado em muitas consultas de calibração
(por exemplo, a última calibração de um determinado cliente, ou
para quais clientes foram realizadas determinadas calibrações). Você
deve escolher o cliente a partir de uma lista de clientes previamente
cadastrada no AutoLab. Se o cliente não existe, você pode cadastrá-
lo na mesma hora usando o botão à direita da lista de clientes. Para
maiores detalhes sobre o cadastro de clientes, veja a seção
Cadastrando clientes, na pág. 2-6.

Note que, no cadastro de instrumentos, você definiu um “cliente”


como proprietário do instrumento, e está definindo novamente um
“cliente” como o solicitante da calibração. O AutoLab diferencia
esses duas informações porque, apesar de parecerem redundantes,
elas são diferentes. O “cliente solicitante” da calibração ficará
registrado para sempre na calibração, mas o “cliente” proprietário do
instrumento pode mudar (o instrumento pode ser vendido, por
exemplo). Assim, ao longo da vida útil de um instrumento, você terá
registradas todas as suas calibrações, com o solicitantes de cada uma
delas, e ao mesmo tempo saberá que é o atual proprietário do
instrumento.
Responsável pela Você deve escolher o funcionário responsável pela calibração a
calibração partir da lista de funcionários previamente cadastrada no AutoLab.
Se o funcionário não estiver cadastrado, você pode cadastrá-lo na
mesma hora usando o botão à direita da lista. Para maiores
informações sobre cadastro de funcionários, veja a seção
Cadastrando funcionários e setores do laboratório, na pág. 2-8.
Gerente técnico Você deve escolher, a partir da lista de funcionários previamente
cadastrada no AutoLab, o gerente técnico do laboratório no
momento da calibração. Se o funcionário não estiver cadastrado,
você pode cadastrá-lo na mesma hora usando o botão à direita da
lista. Para maiores informações sobre cadastro de funcionários, veja
seção Cadastrando funcionários e setores do laboratório, na pág. 2-
8.

AutoLab 6-4  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 6 Calibrações

Executantes Este é um campo descritivo contendo os executantes da calibração.


Você pode digitar livremente nesse campo, incluindo um ou mais
executantes, usando nomes completos ou não.
Temperatura Você deve preencher este campo com a temperatura média do
laboratório registrada durante a calibração, em graus Celsius. Esse
campo será impresso no certificado, e seu valor pode ser utilizado
em fórmulas matemáticas através do identificador TempCalib (ver
Apêndice B - Identificadores reservados para uso em equações).
Máx. variação Você deve preencher este campo com a máxima variação da
temperatura temperatura registrada durante a calibração, em graus Celsius. Obs.:
esse campo deve receber a máxima variação (para mais ou para
menos) da temperatura, e não a máxima temperatura. Assim, se a
temperatura média do laboratório foi de 25 °C e a máxima foi de 28
°C, você deve preencher 3 nessa campo, e não 28.
Umidade calibração Você deve preencher este campo com a umidade relativa do ar
média do laboratório registrada durante a calibração, em %.
Máx variação Você deve preencher este campo com a máxima variação da
umidade umidade relativa do ar registrada durante a calibração, em %. Obs.:
esse campo deve receber a máxima variação (para mais ou para
menos) da umidade, e não a máxima umidade. Assim, se a umidade
média do laboratório foi de 40% e a máxima foi de 45%, você deve
preencher 5 nessa campo, e não 45.
Data da calibração Esse campo deve conter a data em que foi realizada a calibração.
Dt. emissão certif. Esse campo deve conter a data em que foi emitido o certificado de
calibração.
Tipo do certificado Nesse campo você deve escolher o tipo do certificado, a partir de
uma lista de tipos predefinidos no AutoLab. Se um tipo ainda não
foi definido, use o botão à direita da lista para cadastrar um novo
tipo.

O tipo de certificado é usado somente para diferenciar as


numerações dos certificados. Você pode ter em seu laboratório dois
ou mais tipos de certificados, cada um com uma numeração
independente (por exemplo, certificados credenciados e não-
credenciados). Assim, você deve criar dois tipos de certificados,
para que o AutoLab calcule a numeração de cada um deles
independentemente.

 1999 – LACTEC / Automa 6-5 AutoLab


Calibrações Capítulo 6

N.º do certificado Esse campo deve conter o número do certificado. O AutoLab


calcula automaticamente esse número, de acordo com o tipo de
certificado. Quando você escolhe o tipo de certificado, o AutoLab
procura qual o maior número de certificado que foi usado para
aquele tipo de certificado. Então, ele soma 1 a esse número, e
preenche o campo N.º do certificado.

O AutoLab calcula automaticamente esse campo, mas você pode


alterá-lo, se quiser (para acompanhar uma numeração já existente,
por exemplo). Nesse caso, o AutoLab continuará a numeração a
partir desse novo número que você digitou.
Observações Preencha esse campo com quaisquer observações que achar
relevante para o registro da calibração.

Definindo o procedimento e padrões a serem usados


Após a escolha do instrumento que será o objeto sob calibração (o preenchimento dos dados
da documentação não é obrigatório até este ponto), você deve escolher o procedimento a ser
usado para calibrar o instrumento. A escolha do procedimento é um passo obrigatório, e
você só pode prosseguir com uma calibração se ela tiver um procedimento previamente
escrito.

A pasta Procedimento da janela “Calibração” mostra o campo Nome do procedimento, que


lista todos os procedimentos disponíveis para escolha. Note que o AutoLab lista apenas os
procedimentos que se aplicam ao instrumento selecionado para ser calibrado, e apenas os
procedimentos que foram validados pelo validador de procedimentos.

AutoLab 6-6  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 6 Calibrações

Figura 36 - A escolha do procedimento e dos padrões na calibração

Depois que você escolher o procedimento a ser utilizado, o AutoLab mostrará uma lista com
todos os padrões que serão utilizados para realizar a calibração. Essa lista foi obtida a partir
dos padrões de cada variável de entrada definida no procedimento escolhido. Essa lista é
mostrada logo abaixo do procedimento escolhido, sob o título Instrumentos utilizados como
padrões.

Note que cada padrão está associado a uma variável na lista. Isso acontece porque você
poderia definir, no procedimento, duas variáveis de entrada que estão relacionadas a um
mesmo modelo. Por exemplo, suponha que você definiu no procedimento um método
potenciométrico, onde dois voltímetros farão leituras de queda de tensão em dois resistores
diferentes. No modelo matemático, você definiu duas variáveis para cada voltímetro: V1 e
V2. Para cada variável você associou o mesmo modelo de voltímetro, o voltímetro Fictek
50, por exemplo. Assim, no momento da calibração, na escolha dos Instrumentos utilizados
como padrões, você definirá qual é o instrumento que está associado a cada uma das
variáveis, uma vez que você vai utilizar dois voltímetros Fictek 50 diferentes (por exemplo,
para a variável V1 será utilizado o Fitctek 50 número de série 23412, e para a variável V2
será utilizado o Fictek 50 número de série 16329.

Para definir o padrão utilizado para cada variável, selecione a variável/modelo da lista e
pressione o botão . O AutoLab irá mostrar uma lista de instrumentos que correspondem
ao modelo requisitado. Escolha o instrumento correto e pressione ‘Ok’. Se para cada padrão
a ser definido existir somente um instrumento, o AutoLab selecionará automaticamente esse
instrumento. Por exemplo, se o procedimento que você escolheu precisar de um modelo
Calibrador Fictek 1500, e existe apenas um instrumento cadastrado com esse modelo no

 1999 – LACTEC / Automa 6-7 AutoLab


Calibrações Capítulo 6

AutoLab, esse instrumento será automaticamente escolhido como padrão, e você não
precisará clicar no botão para selecioná-lo. Para retirar a seleção do instrumento,
selecione a variável/modelo da lista e pressione o botão .

Situação da calibração das faixas


Após as etapas inicias de seleção do instrumento a ser calibrado e do procedimento e
padrões a serem usados, é hora de preencher as planilhas de calibração. Essa etapa é a mais
longa, e é a calibração propriamente dita, onde o usuário vai interagir com os equipamentos,
seja manualmente ou automaticamente.

Figura 37 - A listagem das faixas a calibrar e/ou calibradas

A pasta Roteiro da janela “Calibração” contém todas as informações e botões necessários


para realizar o preenchimento das planilhas. Essa pasta mostra uma lista com todas as faixas
existentes no instrumento sendo calibrado. Cada faixa é calibrada individualmente no
AutoLab, e a lista de faixas mostra a situação da calibração de cada faixa. A tabela abaixo
descreve o significado de cada situação em que uma faixa do instrumento pode estar.

AutoLab 6-8  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 6 Calibrações

Tabela 27. Situações da calibração de uma faixa.

Situação Descrição
Sub-procedimento Significa que o procedimento escolhido não tem um sub-
não definido procedimento definido para calibrar a faixa. Nesse caso, a faixa não
pode ser calibrada.
Planilha a Significa que o procedimento escolhido tem um sub-procedimento
preencher definido para calibrar a faixa, mas nenhuma leitura foi digitada (ou
adquirido automaticamente) na planilha de calibração. Na calibração
você não precisa necessariamente calibrar todas as faixas que têm
sub-procedimentos definidos. Nesses casos simplesmente não entre
valores nas planilhas, e as faixas ficarão nesta situação.
Planilha em Significa que algumas leituras foram digitadas (ou adquiridas
desenvolvimento automaticamente) na planilha, mas nenhuma validação (veja a seção
Validação da planilha de calibração, na pág. 6-11) foi feita. Se a
faixa estiver nessa situação, você deve terminar de digitar as leituras
na planilha e validá-la, ou então excluir todos os dados da planilha,
para não calibrar essa faixa.
Planilha validada Significa que a planilha foi validada (veja a seção Validação da
com alertas planilha de calibração, na pág. 6-11), mas existem alguns alertas.
Geralmente esses alertas ocorrem porque as leituras da planilha
excederam a tolerância definida no procedimento. O certificado
pode ser omitido se a faixa estiver nessa situação, mas é
recomendável conferir se os alertas são aceitáveis ou realmente
houve erro na digitação da planilha.
Planilha validada Significa que a planilha foi validada (veja a seção Validação da
planilha de calibração, na pág. 6-11), e os cálculos de incerteza
podem ser efetuadas para aquela faixa.
Incertezas Significa que todas as incertezas foram calculadas para essa faixa, e
calculadas a calibração da faixa está completa.

Preenchimento manual das planilhas de calibração


Em qualquer situação da faixa (com exceção da situação Sub-procedimento não definido)
você pode manualmente incluir e/ou alterar os dados da planilha de calibração de uma faixa.
Para isso, selecione a faixa cuja planilha você deseja preencher, e clique no botão . O
AutoLab irá abrir a janela “Planilha de calibração”.

 1999 – LACTEC / Automa 6-9 AutoLab


Calibrações Capítulo 6

Figura 38 - A planilha de calibração

Na janela “Planilha de calibração” você pode digitar as leituras que você realizou durante a
calibração do instrumento. A planilha de calibração consiste de várias “sub-planilhas”, ou
páginas, onde cada página corresponde a um ponto a calibrar definido no procedimento. Na
parte inferior da janela são mostrados todos os pontos definidos para calibração. Para
escolher a página respectiva, clique no ponto desejado.

Para cada ponto (ou seja, em cada página), existe uma tabela onde você deve digitar as
leituras realizadas (ou os ajustes realizados) em todos os instrumentos envolvidos na
calibração. O AutoLab automaticamente define como colunas da tabela os instrumentos
envolvidos, e as linhas da tabela são as várias leituras realizadas. Em cada título de coluna o
AutoLab coloca a identificação do instrumento, e a faixa a ser utilizada. Para uma calibração
manual, esses títulos das colunas servem como um roteiro para o executor da calibração, que
pode assim verificar quais instrumentos estão envolvidos e quais faixas ele deve ajustar em
cada instrumento. O número de linhas na tabela corresponde ao número máximo de
repetições de leituras que você definiu no sub-procedimento da faixa. É importante ressaltar
que você não precisa digitar todas as leituras. Se você não digitar todas as leituras, o
AutoLab irá ignorar as leituras não realizadas, e efetuará os cálculos baseado apenas nas
leituras que você digitou.

Atenção! O valor digitado deve sempre estar de acordo com o prefixo e a unidade da faixa
utilizada no padrão. Por isso, em todas as colunas o AutoLab mostra a faixa do padrão sendo
utilizada. Por exemplo, se a coluna da variável Vx mostra que a faixa sendo usada é de 100
mV, você deve digitar o valor em mili-Volt, e não em Volt. Isso é mais prático para que você
possa digitar rapidamente o valor que você leu no painel do instrumento, sem precisar fazer
conversões de prefixo. É muito comum acontecer confusões, principalmente em métodos
diretos. Por exemplo, você pode estar calibrando o ponto 0,1 V da faixa de 1 V de um
multímetro usando a faixa de 200 mV de um calibrador. Nesse caso, você deve digitar as
leituras no multímetro em Volt (por exemplo, 0,1001 ; 0,0998 e 0,1002 ) e os ajustes no
calibrador em mili-Volt (por exemplo, 100 , 100 e 100).

Quando você digita um valor na tabela, o AutoLab automaticamente ajusta o número de


dígitos do número que você digitou, colocando mais zeros à direita do separador decimal, ou

AutoLab 6-10  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 6 Calibrações

arredondando o número para menos casas decimais. Isso ocorre porque o AutoLab adapta o
valor digitado à resolução definida para a variável. Lembre-se que cada variável de entrada
do sub-procedimento tem um campo chamado Resolução da leitura (ver Tabela 25 na pág.
5-13), que define essa formatação feita na tabela. O AutoLab sempre irá formatar o valor
digitado se a resolução da variável for proveniente da especificação do fabricante (ou de
reclassificações) ou de um valor determinado no sub-procedimento. Por outro lado, se você
definiu a Resolução da leitura da variável como determinada pela planilha, então acontece
o contrário: o AutoLab não formata o valor digitado de acordo com a resolução, mas sim a
resolução é que é determinada pelo valor que você digitou na planilha. Nesse caso, digitar
0.01 será diferente de digitar 0.0100, pois resultará em resultados diferentes no cálculo de
incertezas, porque a resolução da variável será diferente. Se você definiu que a resolução da
variável deveria ser ignorada, então o AutoLab não considerará a resolução nos cálculos.

Ainda na janela “Planilha de calibração”, após você ter digitado todas as leituras, você pode
imediatamente clicar no botão “Validar a planilha” para validar a planilha e verificar se você
não cometeu nenhum erro ao digitar as leituras (veja a seção Validação da planilha de
calibração, na pág. 6-11) e, após validar a planilha, poderá verificar o orçamento das
incertezas para a faixa (ver a seção O orçamento das incertezas, na pág. 6-12), clicando no
botão “Orçamento de incertezas”.

Validação da planilha de calibração


Um instrumento sendo calibrado pode ter dezenas de faixas. Durante uma calibração, você
pode preencher dezenas de planilhas, cada uma com vários pontos sob calibração, e cada
ponto com várias repetições. Durante esse processo, é grande a chance que você cometa
alguns erros. Para checar se todas as planilhas foram digitadas corretamente, o AutoLab
permite que você use o validador de planilhas.

O validador de planilhas analisa os dados digitados nas planilhas, e verifica se foram


cometidos erros de digitação. As duas verificações mais importantes que o validador realiza
são:

- Verifica se os números foram digitados corretamente (se não foram digitadas letras por
engano, caracteres inválidos, etc) – geram erros.
- Verifica se os valores digitados estão dentro da tolerância – geram alertas.
- Verifica se todas os valores previstos foram preenchidos – gerando alerta em caso
contrário.

A segunda verificação é muito importante, pois ela detecta erros de digitação que poderiam
passar despercebidos. Por exemplo, se você por digitou 0,010 quando a leitura esperada
(definida no sub-procedimento) era de 0,10, o AutoLab irá mostrar um alerta avisando a
você que esse valor está fora da tolerância. Assim, se esse valor foi realmente lido por um
multímetro (que provavelmente está com algum problema), você poderá ignorar esse alerta.

 1999 – LACTEC / Automa 6-11 AutoLab


Calibrações Capítulo 6

Porém, se você cometeu um erro de digitação digitando um 0 a mais, você terá a chance de
corrigir o erro.

Outro erro muito comum que a segunda verificação detecta é no caso da leitura não estar de
acordo com o prefixo da faixa do instrumento. Por exemplo, nas leituras de um multímetro
cuja faixa é 200 mV você deveria digitar valores em torno de 100 mV, mas digitou 0,1 por
engano, pensando que deveria digitar valores em Volt. Nesse caso, o AutoLab considerará
que você digitou 0,1 mV, e emitirá um alerta avisando que o valor está fora da tolerância.
Também nesse caso você poderá constatar o equívoco e digitar corretamente os valores.

Figura 39 - O resultado da validação de uma planilha de calibração

Para validar uma ou mais planilhas, selecione (na pasta Roteiro da janela “Calibração”) uma
ou mais faixas que deseja validar, e pressione o botão . O AutoLab analisará os dados de
todas as planilhas, e atualizará a situação de cada faixa para Planilha validada, planilha
validada com alertas, ou planilha em desenvolvimento (caso a planilha contenha erros). Para
verificar os erros e alertas de uma planilha de uma faixa em particular, selecione apenas uma
faixa e clique no botão . O AutoLab irá abrir a janela “Validação da planilha de
calibração”, onde estarão listados todos os erros e alertas. Se você clicar duas vezes em um
erro ou alerta, o AutoLab irá abrir a planilha exatamente no ponto referente àquele erro ou
alerta, para que você possa fazer as correções necessárias.

O orçamento das incertezas


Se uma faixa estiver na situação planilha validada, planilha validada com alertas ou
incertezas calculadas, você poderá visualizar o orçamento das incertezas calculadas pelo
AutoLab. Para visualizar o orçamento das incertezas de uma faixa, selecione a respectiva

AutoLab 6-12  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 6 Calibrações

faixa na lista de faixas da janela “Calibração” e clique no botão à direita da listagem. O


AutoLab irá abrir a janela “Planilha das incertezas de medição”.

Se a faixa estiver na situação planilha validada ou planilha validada com alertas, o


AutoLab irá efetuar o cálculo das incertezas, passar a faixa para a situação de incertezas
calculadas e em seguida mostrar o orçamento. Se a planilha já estiver na situação incertezas
calculadas, o AutoLab simplesmente irá mostrar o cálculo já efetuado. Você pode fazer com
que o AutoLab calcule as incertezas de várias faixas ao mesmo tempo. Para isso, selecione
as faixas (somente com planilhas validadas ou validadas com alertas) que você deseja
calcular as incertezas, e pressione o botão . O AutoLab irá calcular as incertezas de todas
as faixas, e não mostrará a janela do orçamento.

Figura 40 - O orçamento das incertezas

A janela “Planilha das incertezas de medição” permite uma apurada conferência dos valores
calculados. A janela mostra uma tabela detalhada de todas as componentes de incerteza
envolvidas na calibração, o valor de cada componente, a sua contribuição para a incerteza,
entre outras informações. As variáveis e sub-variáveis do modelo matemático são
componentes de incerteza. Note que os resultados de cada ponto são mostrados
separadamente. Para escolher o ponto que se deseja visualizar, você deve selecionar o ponto
na parte inferior da janela.

Para cada ponto, além das componentes de incerteza, o AutoLab mostra o resultado final do
cálculo, incluindo o resultado da medição e a incerteza expandida total para o ponto.

 1999 – LACTEC / Automa 6-13 AutoLab


Calibrações Capítulo 6

Excluindo a calibração de uma faixa


Enquanto a calibração estiver em desenvolvimento, você pode, a qualquer momento,
eliminar os dados da planilha que você tenha digitado ou adquirido automaticamente. Para
isso, basta selecionar a(s) faixa(s) cuja planilha você deseja excluir, e pressionar o botão .
Todos os dados existentes na planilha serão eliminados. Para que o certificado seja emitido,
nenhuma planilha deve estar em desenvolvimento (com dados preenchidos mas não
validada) ou validada com erros. Assim, se você não deseja mais calibrar uma determinada
faixa, exclua os dados da planilha, e a faixa voltará à situação Planilha a preencher.

Aquisição automática dos dados


Se você definiu no sub-procedimento que uma ou mais variáveis terão seus dados adquiridos
de forma automática ou semi-automática, você poderá realizar essa calibração de forma
automática ou semi-automática. Para isso, basta selecionar a faixa que se deseja calibrar e
pressionar o botão . O AutoLab irá abrir as janelas de aquisição de dados e iniciar a
calibração. Você pode inclusive adquirir os dados de várias faixas ao mesmo tempo. Para
isso, basta selecionar todas as faixas que se deseja calibrar, e pressionar o botão . O
AutoLab irá calibrar todas as faixas automaticamente.

Quando você pressiona o botão , o AutoLab verificará o sub-procedimento definido para


a faixa em questão, e abrirá uma janela apropriada para o sub-procedimento. Por exemplo,
se todas as variáveis do sub-procedimento estão com a propriedade Modo de entrada de
dados (ver Tabela 25 na pág. 5-13) definida como automático, o AutoLab irá iniciar a
automação, e efetuar a calibração completa sem que você precise interagir com o sistema.
Contudo, se nem todas as variáveis estiverem definidas para entrada de dados automática (se
alguma for semi-automático ou manual), o AutoLab irá abrir a janela de aquisição de dados
semi-automática. Nessa janela o AutoLab mostrará cada variável (ou seja, cada instrumento)
envolvida, e seu respectivo valor. Você deve, então, entrar o valor lido em cada campo de
cada variável.

Se a variável foi definida como manual, você deve entrar normalmente a leitura (ou ajuste)
realizada no instrumento, digitando o valor no campo respectivo ao instrumento.

Se a variável foi definida como semi-automática, então a ação depende do tipo da faixa. Se
a faixa em questão for uma faixa de leitura, você deve simplesmente selecionar o campo
respectivo e pressionar Enter. O AutoLab irá solicitar automaticamente uma leitura do
instrumento, e irá preencher o campo com a leitura realizada. Se a faixa em questão for uma
faixa de ajuste, você deve selecionar o campo e digitar o valor que você deseja ajustar.
Então, pressione Enter para que o AutoLab solicite automaticamente ao instrumento que
ajuste o valor no sinal de saída. Você pode repetir esse processo, digitando um valor e
pressionando Enter para que a saída do instrumento se ajuste, quantas vezes desejar.

AutoLab 6-14  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 6 Calibrações

Se a variável foi definida como automática, então você simplesmente deve selecionar o
campo e pressionar Enter. O AutoLab irá fazer a leitura ou o ajuste esperado.

Note que na janela de aquisição de dados semi-automática, o AutoLab lista primeiro todas
as variáveis cujas faixas são de ajuste, e em seguida, as faixas de leitura. Assim, tudo o que
você deve fazer é seguir a lista em ordem, para que, primeiramente, todos os instrumentos
de ajuste forneçam em suas saídas seus sinais. Em seguida, basta efetuar as leituras nos
instrumentos cujas faixas são de leitura.

Para maiores informações sobre aquisição automática de dados e calibração via GPIB, veja
o Capítulo 7 - Aquisição de Dados via GPIB.

Emitindo o certificado de calibração


A etapa final da calibração é a emissão do certificado de calibração. Para que o certificado
possa ser emitido, a calibração deve estar validada, ou seja, as faixas devem estar na
situação incertezas calculadas. (As faixas podem também estar na situação sub-
procedimento não definido ou planilha a preencher. Nesse caso, essas faixas serão
ignoradas).

A partir do momento em que a calibração estiver validada, você poderá emitir o certificado
pressionando o botão , localizado na parte superior esquerda da janela “Calibração”. Você
poderá imprimir o certificado, ou exportá-lo para o MS-Word. Todos os dados necessários
para o certificado serão impressos, de acordo com a norma. Depois que o certificado for
impresso, o AutoLab passará a calibração para a situação Certificado emitido. Obs.: Depois
que a calibração passa para a situação Certificado emitido, nenhuma alteração poderá ser
feita em qualquer dado da calibração, sejam dados de documentação, ou dados de planilhas;
nem mesmo a calibração poderá voltar a situações anteriores. Assim, confira os dados das
planilhas e documentação antes de emitir o certificado.

Quando a calibração chega na sua situação final, o AutoLab realiza uma série de
atualizações na ficha do instrumento calibrado. São gerados entradas no histórico do
instrumento, as datas de última calibração são atualizadas, e a data da próxima calibração é
calculada automaticamente.

Alterando e excluindo calibrações


Você pode, se necessário, continuar alterando uma calibração, ou mesmo excluir uma
calibração completamente. Para alterar a calibração a partir da janela “Listagem de
calibrações”, selecione a calibração que deseja alterar e clique no botão , localizado à

 1999 – LACTEC / Automa 6-15 AutoLab


Calibrações Capítulo 6

direita da lista de calibrações. O AutoLab irá abrir a janela “Calibração”, onde você poderá
alterar um ou mais dados da calibração.

Se você já estiver na janela “Calibração”, você pode navegar pelas calibrações, usando os
botões e , para selecionar a calibração que você deseja alterar. Uma vez que
você tenha encontrado a calibração, clique em e faça as alterações necessárias, não se
esquecendo de gravar as alterações usando o botão .

Para excluir uma calibração a partir da janela “Listagem de calibrações”, selecione a


calibração e clique no botão . O AutoLab irá pedir uma confirmação, antes de excluir a
calibração. Atenção. Quando você exclui a calibração, são excluídos também as calibrações
de todas as faixas do modelo.

Se você já estiver na janela “Calibração”, use os botões e , para selecionar a


calibração que você deseja excluir. Uma vez que você tenha encontrando a calibração,
clique em . O AutoLab irá pedir uma confirmação, e a calibração será excluída.

AutoLab 6-16  1999 – LACTEC / Automa


7 Aquisição de Dados via GPIB
Este capítulo descreve com detalhes a sistemática usada no AutoLab para realizar aquisição
automática de dados, através de interfaces GPIB. Para um melhor entendimento deste
capítulo, você deve ter um prévio conhecimento de como funciona o protocolo GPIB, e
noções de como utilizar a placa para interface GPIB usada com o AutoLab. É recomendável
também que você tenha lido todos os capítulos anteriores, de modo que você tenha
familiaridade com os modelos e procedimentos, bem como a sistemática do AutoLab como
um todo.

Introdução à automação no AutoLab


O AutoLab foi projetado para ser totalmente funcional sem que haja a necessidade do uso
da aquisição automática de dados. Assim, você pode usufruir de todos os recursos
importantes do AutoLab – como manutenção e documentação de procedimentos, cálculo de
incertezas, gerenciamento de instrumentos – utilizando-se apenas do preenchimento manual
dos dados. A aquisição automática de dados, portanto, não é imprescindível para o completo
funcionamento do sistema. Assim, qual a importância da aquisição automática de dados?

A aquisição automática de dados, para o AutoLab, nada mais é do que uma ferramenta que
auxilia o usuário a realizar a calibração, adquirindo dados de forma organizada e com maior
velocidade. Ou seja, ela apenas substitui o usuário no que se refere a maior parte do trabalho
de manuseio dos equipamentos no momento da calibração (ligar, ajustar faixa, ajustar um
valor) e na leitura e transcrição dos valores lidos (leitura nos equipamentos de medição e
preenchimento da planilha de calibração).

Para que você possa realizar uma calibração automaticamente, usando qualquer tipo de
ferramenta computacional, é necessário que você tenha conhecimento dos equipamentos
sendo utilizados, do método de calibração a ser usado e, principalmente, da ferramenta
computacional a ser usada. Geralmente, as ferramentas computacionais mais usadas são
linguagens de programação, como C, C++, Basic ou mesmo aplicações gráficas para
programação de automação. Criar uma calibração através dessas ferramentas não é fácil,
toma um grande tempo, é preciso escrever programas longos, que estão sujeito a inúmeros
erros, principalmente, os erros de lógica de programação. O AutoLab facilita essa
sistemática.

No AutoLab, uma calibração com aquisição automática de dados também necessita de


todas as etapas presentes em uma calibração manual. Ou seja, deve-se cadastrar modelos e
instrumentos, e deve-se construir um procedimento para a calibração. A construção do

 1999 – LACTEC / Automa AutoLab


Aquisição de Dados via GPIB Capítulo 7

procedimento para calibração automática é igual à construção do procedimento para


calibração manual, até mesmo porque são necessários todas as informações do modelo
matemático, padrões utilizados, etc.

A aquisição de dados automática no AutoLab é simples exatamente pelo fato de os


procedimentos serem os mesmos. Ou seja, o AutoLab aproveita todas as definições do
procedimento para realizar a automação. Note que, a partir do procedimento, o AutoLab
sabe quais os instrumentos envolvidos, sabe quais as faixas devem ser utilizadas, os pontos a
calibrar, os valores a ajustar em cada aparelho, o número de repetições, entre outros. Assim,
o esqueleto da calibração já está todo montado no procedimento. Portanto, tudo o que o
AutoLab precisa saber é a forma como cada equipamento específico realiza as ações, ou
seja, como mudar a faixa de um determinado equipamento, ou que comandos enviar para
que um calibrador ajuste um valor em sua saída. As seções a seguir descrevem como
informar esses dados para o AutoLab, e como o AutoLab utiliza esses dados para realizar a
calibração.

Especificação de GPIB dos modelos


Como o AutoLab conhece todo o método de calibração a partir do procedimento, tudo o que
ele precisa saber são as especificações técnicas de GPIB de cada equipamento. Ou seja,
como o equipamento se comunica através da interface GPIB, e quais comandos deverão ser
enviados ao equipamento para que ele realize determinadas ações.

As especificações de GPIB são definidas no cadastro do modelo, na janela “Modelo”.


Selecione a opção do menu Módulos | Modelos para acessar a janela “Listagem de
modelos”. Em seguida, selecione o modelo que se deseja alterar, e clique no botão . O
AutoLab irá abrir a janela “Modelo”. Na pasta GPIB da janela modelo encontram-se os
campos necessários para o cadastro das especificações GPIB.

AutoLab 7-2  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 7 Aquisição de Dados via GPIB

Figura 41 - Dados de configuração do modelo para automação via GPIB

O primeiro campo da pasta é o campo Este equipamento possui interface GPIB. Se o


equipamento não tiver interface GPIB ele não poderá ser manuseado remotamente pelo
AutoLab, e você deve deixar este campo não selecionado. Porém, se o equipamento tiver a
interface, você deve selecionar esse campo. Ao selecionar esse campo, uma série de opções
aparecem na pasta. Essas opções podem ser agrupadas em três partes: A configuração da
interface GPIB do equipamento, rotinas e macros.

Configuração da interface GPIB do modelo


Os dados iniciais para o cadastrado da especificação GPIB do modelo são as configurações
para inicialização e comunicação do equipamento. A tabela a seguir lista os campos de
configuração GPIB do modelo, com uma breve descrição de cada campo:

Tabela 28. Dados da configuração GPIB do modelo

Campo Descrição
Tempo máximo Este campo deve conter o tempo máximo (timeout) que a placa deve
permitido para esperar para completar operações de E/S. Esse valor deve ser
operações de E/S escolhido de uma lista, que varia de 10 µs a 1000 s. Se a operação
exceder esse tempo, um erro de timeout ocorrerá.

 1999 – LACTEC / Automa 7-3 AutoLab


Aquisição de Dados via GPIB Capítulo 7

Enviar sinal EOI Se este campo estiver selecionado, a placa controladora enviará um
após operações de sinal EOI (End-of-Interrupt) após operações de leitura/escrita.
E/S
Usar configuração Se você selecionar este campo, a placa controladora enviará um
de EOS (end-of- caracter EOS ao final de operações de escrita, bem como você
string) poderá escolher se as operações de leitura terminarão ao receber um
caracter EOS. Se você selecionar este campo, os demais campos
listados abaixo estarão disponíveis.
Caracter EOS Este campo deve conter o código ASCII do caracter EOS em
questão. Por exemplo, 10 para LF (line-feed), ou 13 para CR
(carriage return), que são os mais comuns.
Terminar leitura Se este campo estiver selecionado, as leituras terminarão quando for
quando receber recebido o caracter EOS definido no campo caracter EOS.
caracter EOS
Enviar sinal EOI Se este campo estiver selecionado, a placa controladora enviará um
junto com EOS em sinal EOI após o caracter EOS, em operações de escrita.
operações de escrita
Comparar EOS Você deve escolher neste campo se o caracter EOS será reconhecido
usando usando somente os 7 bits menos significativos ou todos os 8 bits.
Por exemplo, se você escolher 7 bits, o bit mais significativo será
ignorado. Assim, caracteres como 138 (128+10) ou 10 serão
considerados os mesmos para efeito de EOS (se o caracter de EOS
for 10), já que a única diferença entre os dois é o último bit.

Você deve verificar o manual do equipamento para determinar como preencher os campos
acima adequadamente.

Rotinas de automação do modelo


Como dito anteriormente, você precisa informar ao AutoLab a forma como cada
equipamento específico realiza determinadas ações. É exatamente nas rotinas de automação
do modelo que você define essas informações.

Na pasta Gpib da janela “Modelo” pressione o botão “Rotinas”, para que o AutoLab abra a
janela “Rotinas GPIB do modelo”. Nessa janela você poderá definir e alterar as rotinas de
automação do modelo.

As rotinas de automação são programas escritos em xsPascal (uma linguagem de


programação desenvolvida especialmente para o AutoLab, semelhante ao Pascal, que devem
executar uma determinada função, como por exemplo, inicializar um equipamento, ou fazer
uma leitura no equipamento.

AutoLab 7-4  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 7 Aquisição de Dados via GPIB

Existem seis tipos diferentes de rotinas de automação, cada uma com um objetivo
específico. Cada uma dessas rotinas recebe um determinado número de parâmetros, e pode
retornar alguns parâmetros. Depois que você definiu todas as rotinas de automação (ou seja,
depois que você programar como o equipamento executará cada uma dessas funções), o
AutoLab estará pronto para automatizar qualquer equipamento cujo modelo você está
alterando. A tabela abaixo lista todos os tipos, descrevendo a função que cada rotina deve
executar.

Tabela 29. Tipos de rotinas de automação do modelo

Rotina Descrição
Ativação do Esta rotina deve inicializar o equipamento. Deve gerar um device
equipamento descriptor para o equipamento (para uso em funções GPIB do xsPascal),
enviar comandos para definir os parâmetros do aparelho, entre outros.

Parâmetros de entrada:
Primary – Endereço primário do equipamento na rede GPIB.
Secondary – Endereço secundário do equipamento na rede GPIB.
EOI – 1 se a placa deve enviar EOI após operações de E/S, 0 se não.
EOS – Código EOS composto. Esse código já contém todas as
configurações de EOS (como comparação com 7 ou 8 bits, por exemplo).
Timeout – Contém o código do timeout que corresponde ao tempo
máximo escolhido para operações de E/S

Parâmetros de saída:
UD – Deve conter o device descriptor do equipamento.

Obs.: Todos os parâmetros de entrada e saída desta função existem


praticamente para o uso na função de GPIB ibdev, que deve inicializar o
equipamento e retornar um device descriptor. Para maiores informações
sobre as funções de GPIB do xsPascal, veja o Apêndice D - Funções do
xsPascal.
Inicialização Essa rotina deve ajustar a faixa do equipamento para a faixa a ser usada
da faixa (ou seja, a faixa que será definida no procedimento).

Parâmetros de entrada:
UD – Device descriptor do equipamento

Obs.: Note que não há nenhuma informação da faixa nos parâmetros de


entrada. Assim, os comandos para inicialização da faixa deverão ser
cadastrados em macros. Para maiores informações sobre macros, veja a
seção Usando macros nos programas das rotinas de automação, na pág.
7-8.

 1999 – LACTEC / Automa 7-5 AutoLab


Aquisição de Dados via GPIB Capítulo 7

Ajuste do ponto Esta rotina só é executada para faixas de ajuste. Esta rotina deve ajustar o
de operação sinal na saída do equipamento de modo que corresponda ao ponto
desejado. Por exemplo, se você está cadastrando a rotina de um
calibrador de tensão, essa rotina deve ajustar a tensão na saída do
calibrador de acordo com o valor do ponto (recebido como parâmetro de
entrada).

Parâmetros de entrada:
UD – Device descriptor do equipamento
PointValue – Valor do ponto a ser ajustado, sem o prefixo. Por exemplo,
se a faixa em questão é 100 mV, e o valor a ser ajustado é 50 mV, este
parâmetro virá com o valor 50.
PointRealValue – Valor do ponto a ser ajustado, em valor absoluto. Por
exemplo, se a faixa em questão é 100 mV, e o valor a ser ajustado é 50
mV, este parâmetro virá com o valor 0,05.

Obs.: Os parâmetros PointValue e PointRealValue foram criados porque


para alguns equipamentos o comando de ajuste de ponto desconsidera o
prefixo. Para outros, é mais fácil usar o valor absoluto. Assim, você pode
escolher qual parâmetro usar.
Leitura de Esta rotina só é executada para faixas de medição. Esta rotina deve
valor no solicitar ao equipamento que faça uma leitura, deve receber essa leitura,
medidor e retornar o valor da leitura adequadamente no parâmetro de saída
Reading.

Parâmetro de entrada:
UD – Device descriptor do equipamento.

Parâmetro de saída:
Reading – Leitura realizada pelo aparelho, em valores absolutos. Assim,
se o aparelho mediu, por exemplo, 116 mV, este parâmetro deve conter
0,116.
Desativação do Esta rotina só é executada para faixas de ajuste. Esta rotina deve
sinal desativar o sinal na saída do equipamento. Por exemplo, se o
equipamento em questão for um calibrador de tensão, esta rotina deve
fazer com que o equipamento retire o sinal de tensão da sua saída. Esta
rotina é executada antes da mudança de faixa de alguns equipamentos,
para que não exista nenhum sinal durante a mudança de faixas.

Parâmetro de entrada:
UD – Device descriptor do equipamento.

AutoLab 7-6  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 7 Aquisição de Dados via GPIB

Desativação do Esta rotina deve desativar o equipamento, colocando-o novamente em


equipamento modo local. É a última rotina a ser executada.

Parâmetro de entrada:
UD – Device descriptor do equipamento.

As rotinas devem ser escritas em xsPascal, e devem executar as funções descritas na tabela
acima. Por exemplo, o programa abaixo é um exemplo para uma rotina de Ativação do
equipamento:

routine AtivacaoDoEquipamento
begin
get Primary, Secondary, EOI, EOS, Timeout

UD: ibdev( 0, Primary, Secondary, TimeOut, EOI, EOS)


ibclr( UD )
Command: %InitCommands
if Command<>'' then
begin
ibwrt( UD, Command )
if %AutoTrigger then nothing else ibtrg( UD )
end

return UD
end

A rotina acima usa os parâmetros de entrada na função ibdev para inicializar o equipamento,
e retorna o device descriptor na variável UD. Em seguida, já usa essa variável para enviar
um comando de clear para o equipamento, usando a função ibclr. Ainda, ela envia para o
equipamento o conteúdo da macro InitCommands, que deverá conter os comandos de
inicialização do equipamento (comandos para ajustar parâmetros iniciais, por exemplo). Se
a macro InitCommands estiver vazia, nenhum comando de inicialização é enviado para o
equipamento, e a função retorna.

Note que alguns identificadores começam com o caracter ‘%’. Isso significa que esses
identificadores são macros, e serão substituídos pelos valores que você cadastrar nas
macros.

Para alterar uma rotina de automação, selecione a rotina que se deseja alterar na lista de
rotinas, na parte superior esquerda da janela “Rotinas GPIB do modelo”. Em seguida, digite
o programa em xsPascal correspondente à rotina. Você pode alterar várias rotinas de
automação. Quando você fechar a janela, o AutoLab irá perguntar se você deseja gravar as
alterações feitas nas rotinas.

 1999 – LACTEC / Automa 7-7 AutoLab


Aquisição de Dados via GPIB Capítulo 7

Observe que você não precisa digitar o cabeçalho da rotina, nem os parâmetros de entrada e
de saída. O AutoLab faz isso automaticamente para você, porque os parâmetros de entrada e
saída são predefinidos, bem como o nome da rotina.

Se você selecionar o campo Rotina genérica, o AutoLab irá usar uma rotina genérica de
automação, já existente no sistema, que é adequada para a maioria dos casos. Se você quiser
escrever sua própria rotina de automação, simplesmente deixe esse campo sem seleção, e
digite o programa.

Usando macros nos programas das rotinas de automação


Durante a construção dos programas da rotina de automação, você pode utilizar-se de
macros. Macros são referências a valores cadastrados na ficha do modelo. No exemplo de
programa de automação descrito na seção anterior, faz-se o uso da macro InitCommands. As
macros são identificadas no programa por um caracter ‘%’, que antecede o nome da macro.
Assim, quando o AutoLab encontra uma macro no programa em xsPascal, ele substitui a
macro pelo valor da macro, cadastrado na ficha do modelo. No exemplo descrito
anteriormente, a linha do programa em xsPascal era a seguinte:

Command: %InitCommands

Isso significa que, antes da execução do programa em xsPascal, o AutoLab irá verificar o
valor da macro InitCommands, e substituir diretamente no programa em xsPascal. Suponha,
por exemplo, que você cadastrou na macro InitCommands do modelo o seguinte texto:
“TRIG AUTO; SRQ 64”. O programa em xsPascal ficaria assim:

Command: ‘TRIG AUTO; SRQ 64’

E o programa seria então executado, enviando a string “TRIG AUTO; SRQ 64” para o
equipamento.

Qual a vantagem das macros? Bem, nesse caso, você poderia questionar a possibilidade de
se digitar o texto diretamente no programa, sem usar as macros. Sim, é possível. Porém, ao
usar uma macro no programa de automação, você não precisa mais alterar o programa.
Basta alterar as macros. Isso é mais visível no caso onde você está usando rotinas genéricas
de automação. As rotinas genéricas fazem uso das macros. Assim, você não precisa nem
mesmo digitar o programa em xsPascal. Basta usar as rotinas genéricas, e apenas preencher
as macros, que geralmente são pequenos textos contendo os comandos necessários para
efetuar determinada tarefa no equipamento.

Macros de faixa
O uso de macros, porém, é imprescindível quando um equipamento usa diferentes comandos
para diferentes faixas. Por exemplo, imagine que um equipamento possua duas faixas: 100
mV e 50 A. Os comandos para que o equipamento mude para essas faixas são,

AutoLab 7-8  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 7 Aquisição de Dados via GPIB

respectivamente, “VOLT 100E-3” e “AMP 50”. Como dizer ao AutoLab quando usar cada
comando?

Lembre-se que, de acordo com a Tabela 29 da pág. 7-5, a rotina que deve ajustar a faixa é
Inicialização de faixa. Observe que ela não recebe nenhum parâmetro de entrada. Assim,
como saber qual faixa ajustar e, consequentemente, como saber qual comando enviar para o
equipamento? Esse caso só pode ser resolvido com o uso de macros. As macros são
cadastradas para o modelo como um todo. São chamadas macros do modelo. Porém,
algumas macros podem receber um valor diferente para cada faixa do equipamento. Elas são
chamadas macros de faixa. Assim, de acordo com a faixa sendo utilizada no momento da
calibração, o AutoLab saberá qual valor da macro usar.

Assim, a solução para o problema das faixas de 100 mV e 50 A é usar uma macro no
programa Inicialização da faixa. Veja o exemplo a seguir:

routine InicializacaoDaFaixa
begin
get UD

Command: %SetRange
if Command<>'' then
begin
ibwrt(UD, Command)
if %AutoTrigger then nothing else ibtrg( UD )
end
end

Observe que a rotina é simples: ela simplesmente envia uma string (seqüência de caracteres)
para o equipamento. Ela faz uso da macro SetRange, que contém o comando para
inicialização da faixa. A macro SetRange é uma macro de faixa, ou seja, para cada faixa
cadastrada no modelo você pode definir um valor diferente para essa macro. Assim, para a
faixa de 100 mV, você irá cadastrar o valor “VOLT 100E-3”. Para a faixa de 50 A, você irá
cadastrar o valor “AMP 50”. No momento da calibração, o AutoLab saberá qual faixa está
sendo usada, e substituirá a macro SetRange pelo valor correto. Dessa forma, o programa em
xsPascal ficou simples, e tudo o que você precisa fazer é digitar os comandos para cada
faixa.

Além da macro SetRange, existem outras macros de faixa, como por exemplo,
SetPointFormat. Essa macro é usada dentro de uma função FormatNumber, para definir
como será o comando de ajuste do ponto. Veja o seguinte trecho de um programa xsPascal
para uma rotina de Ajuste do ponto de operação:

Command: FormatNumber( %SetPointFormat, PointValue )


if Command<>'' then
begin
ibwrt( UD, Command )

 1999 – LACTEC / Automa 7-9 AutoLab


Aquisição de Dados via GPIB Capítulo 7

if %AutoTrigger then nothing else ibtrg( UD )


end

Observe que a variável PointValue é um parâmetro de entrada da rotina de Ajuste do ponto


de operação, que contém o valor do ponto a ser ajustado. A função FormatNumber usa um
texto de formatação (o primeiro parâmetro, que no caso é a macro SetPointFormat) para
transformar um número (o segundo parâmetro, no caso a variável PointValue) em um texto
(o valor de retorno da função, que está sendo colocado na variável Command). Essa função
usa uma série de diferentes formas de formatação, e para um maior detalhamento, veja o
Apêndice D - Funções do xsPascal. No caso, citaremos um exemplo: quando você usa o
texto “[N]” no texto de formatação, a função FormatNumber substitui esse texto pelo
número sendo formatado. Por exemplo:

FormatNumber( ‘O número [N] está formatado’, 45)

resulta no texto ‘O número 45 está formatado’. Outro exemplo:

FormatNumber( ‘OUT [N] mV’, 5)

resulta em ‘OUT 5 mV’.

A partir desse último exemplo você pode deduzir o porquê do uso da macro SetPointFormat
em conjunto com a função FormatNumber. Suponha que a sintaxe dos comandos para ajuste
de ponto de um calibrador seja essa: a palavra ‘OUT’ seguida pelo valor do ponto, seguida
pelo prefixo e unidade do sinal. Assim, ‘OUT 5 A’ colocaria 5 A na saída, bem como ‘OUT
10 mV’ colocaria 10 mV na saída.

Graças à construção adequada do programa em xsPascal, e ao uso da função FormatNumber


e da macro SetPointFormat, você não precisa mais alterar o programa em xsPascal. Basta
cadastrar o valor da macro SetPointFormat para cada faixa existente no modelo.

Valores padrão para macros de faixa


As macros de faixa podem ter um valor padrão, que é aplicável a todas as faixas do modelo.
Por exemplo, suponha que você tenha um calibrador onde o comando para ajuste do ponto
seja a palavra ‘OUT’ seguida do valor a ser ajustado, sem precisar do prefixo ou da unidade.
Como o calibrador sempre está em uma determinada faixa, ele considera que o valor está no
prefixo e unidade da faixa atual. Nesse caso, o valor da macro SetPointFormat seria o
mesmo para todas as faixas: ‘OUT [n]’. Um calibrador pode ter dezenas de faixas, e não
faria sentido cadastrar repetidamente o valor da macro para cada faixa.

Você pode cadastrar o valor ‘OUT [n]’ como um valor padrão para a macro
SetPointFormat. Assim, se a macro não tiver valor definido para a faixa, o AutoLab irá
usar o valor padrão. Se a macro tiver um valor definido para uma determinada faixa, o
AutoLab irá usar o valor da faixa (se for a faixa em questão no momento da calibração,

AutoLab 7-10  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 7 Aquisição de Dados via GPIB

obviamente). Assim, você pode definir um valor padrão para todas as faixas, mas ainda pode
alterar algumas faixas que forem exceções.

Cadastrando as macros
Após um entendimento do funcionamento das macros, você poderá cadastrar as macros no
cadastro de GPIB do modelo. O cadastro das macros é simples e rápido. Na pasta Gpib da
janela “Modelo”, clique no botão Macros. O AutoLab irá abrir a janela “Macros para
automação”.

Figura 42 - Automação via GPIB - Macros de modelo

A janela “Macros para automação” mostra duas pastas: Comandos gerais e Comandos
específicos por faixa. A pasta Comandos gerais mostra exatamente as macros do modelo e
também valores padrão para macros de faixa. A pasta Comandos específicos por faixa
mostra as macros de faixa.

Para cadastrar as macros, basta preencher o valor correspondente a cada macro, seja ela
macro de modelo ou de faixa. Note que você não precisa preencher todas as macros. Isso vai
depender de quais comandos precisam ser enviados para o equipamento (alguns
equipamentos precisam receber comandos para iniciar uma leitura, por exemplo, enquanto
outros não), e de quais macros estão sendo usadas pelos programas das rotinas de automação
do modelo.

 1999 – LACTEC / Automa 7-11 AutoLab


Aquisição de Dados via GPIB Capítulo 7

Note que as macros de faixa que pode ter valor padrão estão presentes nas duas pastas. Por
exemplo, a macro SetPointFormat (“Comando – ajuste do ponto”) está presente tanto na
pasta Comandos gerais como na pasta Comandos específicos por faixa. Na pasta Comandos
gerais você deve digitar o valor padrão da macro (se for preciso), e na pasta Comandos
específicos por faixa você deve digitar o valor da macro para cada faixa especificamente.
Lembre-se que o AutoLab sempre vai tentar usar o valor da faixa específico. Se ele não
existir, então o AutoLab tentará usar o valor padrão da macro.

Figura 43 - Automação via GPIB - Macros de faixa

O endereço GPIB dos instrumentos


Além das especificações de GPIB do modelo, o AutoLab precisa de outra informação
essencial no momento da calibração: o endereço do instrumento na rede GPIB. Esse
endereço deve ser informado na ficha do instrumento, e não do modelo. Isso porque as
especificações presentes na ficha do modelo valem para qualquer instrumento de um
determinado modelo, pois são especificações do fabricante. O endereço GPIB, contudo, é
referente a um instrumento em particular, e deve ser único para cada instrumento.
(Obviamente, para cada instrumento envolvido na calibração. Você pode ter dois
instrumentos com o mesmo endereço GPIB, desde que eles não sejam usado
simultaneamente).

AutoLab 7-12  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 7 Aquisição de Dados via GPIB

Para cadastrar o endereço GIPB (primário e secundário) de um instrumento, abra a janela


“Listagem de instrumentos” a partir da opção do menu Módulos - Instrumentos. Selecione o
instrumento que se deseja alterar, e clique no botão . O AutoLab irá abrir a janela
“Instrumento”, com os dados do instrumento selecionado.

Figura 44 - Cadastro do endereço GPIB do instrumento

Na pasta GPIB da janela “Instrumento” existem dois campos: O endereço primário e o


endereço secundário do instrumento. Basta preencher esses campos (o endereço secundário
é opcional) com o valor correspondente.

Você pode alterar a qualquer momento esse endereço, mas é recomendável que você defina
um endereço GPIB para cada instrumento e não altere mais esse valor. Isso facilitará as
calibrações automáticas, de modo que você não precisa nem mesmo se incomodar com a
definição dos endereços dos instrumentos. Se possível, coloque uma etiqueta em cada
instrumento contendo o seu endereço GPIB.

Como o AutoLab realiza a calibração automática


A partir do momento que você define um procedimento de calibração, o AutoLab pode
realizar a calibração de forma automática, desde que você tenha cadastrado as rotinas de

 1999 – LACTEC / Automa 7-13 AutoLab


Aquisição de Dados via GPIB Capítulo 7

automação de cada equipamento envolvido na calibração que você deseja automatizar. O


AutoLab faz isso automaticamente, somente a partir dos dados do procedimento. Porém, é
importante que você saiba como o AutoLab realiza a calibração automática, para que você
possa programar as rotinas de automação com mais segurança, e até mesmo depurar mais
facilmente erros que estejam acontecendo durante a calibração. Os erros sempre podem
ocorrer, devido a uma série de fatores: problemas com cabos, equipamentos com defeito,
comandos GPIB que foram cadastrados erroneamente, ou mesmo uma lógica errada do
programa da rotina de automação. Se você souber exatamente como o AutoLab realiza a
calibração automática, você poderá solucionar mais rapidamente os problemas que
estiverem ocorrendo.

Antes de mais nada, é importante lembrar que uma calibração no AutoLab é um conjunto de
“sub-calibrações”, que são as calibrações das faixas. Cada faixa de um modelo é calibrada
independentemente das outras, de acordo com o sub-procedimento definido para ela.

Primeiramente, existem duas formas “gerais” com que o AutoLab realiza uma calibração:
Ponto a ponto com múltiplas leituras, ou Alternando leituras ascendentes/descendentes.
Você escolhe uma dessas formas de calibração no campo Organização sequencial do sub-
procedimento, descrito na Tabela 24 na pág. 5-9.

Se você escolher a opção Ponto a ponto com múltiplas leituras, o AutoLab irá realizar todas
as leituras para um determinado ponto a calibrar. Terminadas as leituras, ele passará para o
próximo ponto a calibrar, e realizará todas as leituras do ponto, e assim por diante.

Se você escolher a opção Alterna leituras ascendentes/descendentes, o AutoLab irá fazer


uma calibração do tipo anti-histerese. Ou seja, ele fará apenas uma leitura para o primeiro
ponto. Em seguida, passará para o segundo ponto, e fará uma leitura. Ao chegar ao último
ponto e fazer a leitura, ele voltará para o penúltimo ponto, e fará uma leitura, até voltar ao
primeiro ponto novamente. Ele fará esse trajeto de “ida e volta” nos pontos até que se
complete o número de leituras definido no procedimento.

O texto a seguir ilustra como o AutoLab realiza a calibração para ponto a ponto com
múltiplas leituras e para alterna leituras ascendentes/descendentes. A sistemática é
basicamente executar, na hora certa, as rotinas de automação das variáveis envolvidas.

Listamos a seguir as etapas de uma calibração automática feita pelo AutoLab:

1. Primeiramente, o AutoLab chama a rotina de Inicialização do equipamento de cada


instrumento envolvido. Lembre-se de que você associou cada variável envolvida no
procedimento (consequentemente no sub-procedimento) a um instrumento. O AutoLab
simplesmente passa por todos esses instrumentos e executa a rotina de inicialização que
você definiu no cadastro do modelo.
2. Em seguida, o AutoLab irá fazer a primeira repetição para o primeiro ponto. De acordo
com os dados do sub-procedimento, o AutoLab sabe o valor do ponto e, através das

AutoLab 7-14  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 7 Aquisição de Dados via GPIB

variáveis de entrada definidas no modelo matemático do ponto, sabe quais os


instrumentos envolvidos, e para quais faixas eles devem ser ajustados.
3. O AutoLab varre então todos os instrumentos que têm faixas de ajuste (fonte), e executa
a rotina Desativação do sinal de cada um desses instrumentos, para que nenhum
instrumento esteja com um sinal significativo na saída.
4. Após a desativação dos sinais, o AutoLab verifica quais instrumentos devem mudar de
faixa (de acordo com o sub-procedimento, o AutoLab sabe qual a faixa em que o
equipamento está ajustado, e para qual faixa ele deve ser ajustado), e executa a rotina
Inicialização da faixa desses instrumentos. Se o AutoLab estiver executando a primeira
repetição do primeiro ponto, ele não saberá quais faixas estão ajustadas nos
equipamentos, e executará a rotina Inicialização da faixa de todos os equipamentos.
5. Após todos os equipamentos estarem nas faixas corretas, o AutoLab varrerá todos os
equipamentos cujas faixas são de ajuste, e fará com que todos esses equipamentos
coloquem na saída um sinal com o valor especificado. Para isso, ele executará a rotina
Ajuste do ponto de operação do equipamento, passando como valor a ajustar
(parâmetros de entrada PointValue e PointRealValue) o parâmetro valor base definido
na variável de entrada. Após essa etapa, o(s) equipamento(s) estarão com o seu sinal na
saída.
6. Após o ajuste do(s) ponto(s), é hora de realizar as leituras. O AutoLab varrerá todos os
equipamentos cujas faixas são de leitura, e executará a rotina Leitura de valor desses
equipamentos. Essa rotina deve retornar o valor lido. O AutoLab preencherá
automaticamente a planilha de calibração de acordo com o valor lido retornado pela
rotina Leitura de valor do equipamento. Realizada essa etapa, o AutoLab terá
completado uma repetição.
7. O AutoLab deve então fazer uma nova repetição, e verificar se essa repetição será no
mesmo ponto ou em um ponto diferente. Isso depende justamente da opção
Organização seqüencial. Se a opção é ponto a ponto com múltiplas leituras, o AutoLab
fará uma nova repetição no mesmo ponto, até que se atinja o número máximo de
repetições. Se a opção é alterna leituras ascendentes/descendentes, o AutoLab passará
para o próximo ponto (se estiver na parte ascendente) ou para o ponto anterior (se
estiver na parte descendente), ou mesmo fará uma segunda leitura no ponto (no caso de
mudança de sentido). Em ambos os casos, a próxima repetição poderá ser no mesmo
ponto, ou em um ponto diferente. Se for em um mesmo ponto, o AutoLab repetirá
apenas o passo 6 para realizar a repetição. Se for em um ponto diferente, o AutoLab
repetirá os passos 3 a 6.
8. Após realizadas todas as repetições em todos os pontos, o AutoLab chama a rotina
Desativação do equipamento de todos os instrumentos envolvidos, finalizando a
calibração.

Calibrações mistas (semi-automáticas)


Em muitos casos, uma calibração não pode ser realizada de forma totalmente automática. O
motivo mais comum é um equipamento envolvido na calibração não possuir interface GPIB.

 1999 – LACTEC / Automa 7-15 AutoLab


Aquisição de Dados via GPIB Capítulo 7

Contudo, você poderia querer automatizar os outros instrumentos envolvidos que tenham
interface GPIB. Nesse caso, o AutoLab faria uma calibração mista, misturando
equipamentos que operam de forma manual com outros que operam de forma automática ou
semi-automática.

É no cadastro do sub-procedimento que você define quais instrumentos serão automatizados


e quais não serão. Para cada variável definida no sub-procedimento você pode escolher se
deseja que os dados dessa variável (ou seja, o instrumento relacionado à variável) sejam
adquiridos de forma manual, automática ou semi-automática. (Veja o campo modo de
entrada de dados, na Tabela 25 da pág. 5-13).

Se a forma de aquisição de dados de todas as variáveis envolvidas for automática, o


AutoLab realizará a calibração completa, da forma descrita na seção anterior, sem
interrupções. Porém, se apenas uma variável estiver definida como manual ou semi-
automática, então a calibração será mista, e o AutoLab usará a janela “Calibração semi-
automática” para realizar a calibração.

A janela “Calibração semi-automática” representa uma repetição da calibração, listando


todos os instrumentos que estão envolvidos na repetição, com seus respectivos valores de
ajuste ou leitura, dependendo do caso.

A seqüência de operação para a calibração segue o mesmo roteiro de etapas que a calibração
automática, descrito na pág. 7-14. A diferença estão nas etapas 5 e 6. Enquanto que na
calibração totalmente automática o AutoLab ajusta todos os pontos automaticamente e faz
todas as leituras automaticamente, na calibração mista é você quem deve fazer isso, através
da janela “Calibração semi-automática”.

Assim, o AutoLab lista primeiramente todos os instrumentos onde se deve fazer ajuste. Para
cada instrumento onde se fará ajuste você deve agir diferentemente de acordo com a forma
de entrada de dados do instrumento. Se a aquisição for manual, você deve ajustar
manualmente o valor no equipamento , e em seguida digitar o valor ajustado no campo
respectivo. Se a aquisição for semi-automática, você deve digitar o valor a ser ajustado no
campo, e pressionar Enter. Ao pressionar Enter, o AutoLab automaticamente ajustará o
valor digitado no aparelho. Você pode repetir esse processo (digitar um valor e pressionar
Enter) quantas vezes for necessário. Finalmente, se a aquisição for automática, o AutoLab
automaticamente ajustará o valor no instrumento de acordo com o valor definido no campo
Valor base da variável.

Abaixo das variáveis de ajuste estão as variáveis de leitura. Após fazer o ajuste, você deve
fazer as leituras de cada variável envolvida. Se o modo de aquisição de dados da variável for
manual, você deve fazer a leitura no equipamento e digitar a leitura que você fez no campo
respectivo. Se o modo de aquisição for semi-automático ou automático, você deve
pressionar Enter no campo para que o AutoLab faça a leitura no equipamento e preencha o
campo com a leitura realizada.

AutoLab 7-16  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 7 Aquisição de Dados via GPIB

Após efetuar todos os ajustes e fazer todas as leituras, a repetição estará completa, e você
poderá clicar no botão ‘Avançar’, para fazer a próxima repetição. O AutoLab então,
continuará executando as etapas da calibração automática normalmente. A próxima etapa
seria a etapa 7, onde o AutoLab define qual o ponto a calibrar, de acordo com a organização
seqüencial escolhida. Na calibração mista ocorre o mesmo.

Após a realização de todas as repetições (sempre mostrando a janela “Calibração semi-


automática” para realizar as etapas 5 e 6), o AutoLab finalizará a calibração mista,
desativando os equipamentos (etapa 8).

 1999 – LACTEC / Automa 7-17 AutoLab


8 Consultas, Relatórios e Exportação de
Dados
Este capítulo descreve o módulo de consultas e relatórios do AutoLab, explica como
configurar as janelas de listagens do sistema, e como exportar dados para o MS-Excel e MS-
Word.

O centro de informações do sistema


O sexto módulo do AutoLab (os cinco primeiros são Gerência de Laboratório (ou
Processos), Modelos, Instrumentos, Procedimentos e Calibrações) é a central de
informações do sistema. O AutoLab reúne em um só lugar do sistema todas as consultas,
gráficos e relatórios, facilitando a extração de informações.

Para abrir o módulo de consultas do AutoLab, selecione a opção do menu Módulos |


Consultas, o clique no botão “Consultas” na barra de ferramentas principal do sistema. O
AutoLab irá abrir a janela “Centro de informações”.

Figura 45 - O centro de informações

À esquerda da janela “Centro de informações” é mostrada uma árvore que classifica as


consultas, relatórios e gráficos. Quando você seleciona um item da árvore, são mostrados à
direita da janela todas as consultas, gráficos e relatórios associados a um determinado item.
Por exemplo, se você selecionou o item Acompanhamento de funcionários (que está dentro
do item Gerência de laboratório), o AutoLab irá mostrar à direita da janela diversas
consultas referentes ao acompanhamento de funcionário.

 1999 – LACTEC / Automa AutoLab


Consultas, Relatórios e Exportação de Dados Capítulo 8

A parte direita da janela pode mostrar consultas, gráficos ou relatórios. Para executar
qualquer um desses itens, basta escolher o item desejado e pressionar Enter, ou clicar duas
vezes sobre o item desejado. Se for o caso, o AutoLab perguntará a você alguns parâmetros
(por exemplo, se você está executando a consulta Serviços programados para um
funcionário, o AutoLab irá perguntar a você qual o funcionário e o período desejado).

Se o item executado for um gráfico, o AutoLab irá mostrar um gráfico na tela. Se for um
relatório, o AutoLab irá mostrar uma visualização do relatório em tela, e você poderá
imprimir o relatório se desejar. Se o item for uma consulta, o AutoLab irá mostrar os dados
na tela, e você poderá visualizar, imprimir ou exportar os dados para o MS-Excel ou MS-
Word.

Exportando dados para o MS-Excel


Quando você executa uma consulta, o AutoLab mostra uma janela de listagem, igual às
demais janelas de listagem do AutoLab. Tanto nas janelas de resultado de consulta como nas
outras janelas de listagem do sistema (listagem de modelos, ou procedimentos, por
exemplo), você pode exportar os dados para o MS-Excel.

Figura 46 - O resultado de uma consulta

Para exportar os dados para o MS-Excel, clique no botão , à direita da listagem. O


AutoLab irá abrir a janela “Exportação para o MS-Excel”.

AutoLab 8-2  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 8 Consultas, Relatórios e Exportação de Dados

Figura 47 - Parâmetros para exportação para o MS-Excel

A tabela a seguir lista os campos de configuração disponíveis para a exportação para o MS-
Excel, com uma breve descrição de cada campo.

Tabela 30. Campos para exportação para o MS-Excel

Campo Descrição
Exportar títulos Se você selecionar este campo, o AutoLab irá exportar também os títulos
dos campos das colunas.
Exporta dados Use esse campo para escolher o lugar onde o AutoLab irá exportar os
para dados. Se você escolher planilha em branco, o AutoLab irá criar uma
nova planilha com os dados exportados. Se você escolher planilha atual
do MS-Excel, o AutoLab irá inserir os dados na planilha que estiver
aberta no MS-Excel. Se você escolher outra planilha, você deve escolher
um arquivo de planilha do MS-Excel no qual o AutoLab irá inserir os
dados. Isso é útil se você já tem uma planilha pré-formatada.
Posição dos Use essa opção para escolher a posição inicial dos dados. Selecione a
dados coluna e a linha da planilha onde será colocada a primeira célula da
primeira linha dos dados a serem exportados.
Formato da Selecione neste campo o formato dos campos de data que serão
data exportados para o MS-Excel.

 1999 – LACTEC / Automa 8-3 AutoLab


Consultas, Relatórios e Exportação de Dados Capítulo 8

Formato do Selecione neste campo o formato dos campos numéricos que serão
número exportados para o MS-Excel.

Após escolher os parâmetros para exportação, clique no botão ‘Ok’. O AutoLab irá exportar
os dados da listagem para o MS-Excel.

Exportando dados para o MS-Word


Além da exportação para o MS-Excel, você pode exportar os dados para o MS-Word. A
exportação para o MS-Word é diferente da exportação para o MS-Excel. No MS-Word você
pode formatar o texto antes da exportação, de modo que os dados exportados tenham uma
formatação específica. Assim, você pode construir faxes de orçamento, certificados de
calibração e outros relatórios com um layout personalizado. A exportação para o MS-Word
funciona da seguinte maneira: primeiramente você deve criar um documento do MS-Word
que será um modelo para a exportação. Ao exportar uma tabela de dados, você deverá
escolher o documento do MS-Word que será usado como o modelo. Em seguida, o AutoLab
irá usar esse documento do MS-Word para criar um novo documento com os dados
preenchidos, seguindo toda a formatação do documento usado como modelo.

Criando um documento-modelo
Antes de fazer uma exportação para o MS-Word, você deve criar um documento-modelo.
Criar um documento-modelo é simples. Além de usar o MS-Word normalmente, usando os
recursos que você conhece, você só precisa trabalhar com indicadores. Um indicador é um
recurso do MS-Word que identifica uma posição e/ou uma seleção de texto. Um indicador
deve receber um nome. O AutoLab usa os indicadores para encontrar e substituir textos na
posição que você definiu ao criar o indicador.

Assim, para criar um documento-modelo você deve digitar um documento do MS-Word


normalmente, da forma que você desejar, e então inserir os indicadores nas posições onde
você deseja que o AutoLab coloque os textos respectivos. Obs.: O MS-Word mostra os
indicadores entre colchetes ( [ e ] ). Para visualizar os indicadores no MS-Word, você deve
selecionar a opção do menu Ferramentas | Opções e, na pasta Exibir, selecione o item
Indicadores.

A Figura 48 mostra um documento-modelo para a emissão de um fax de orçamento através


do AutoLab. Note que o documento foi formatado livremente, e nos lugares “variáveis” (ou
seja, nos lugares onde você deseja que o AutoLab preencha automaticamente) – como nome
do cliente, itens orçados, valor total, número do orçamento – foram colocados indicadores
(entre colchetes).

AutoLab 8-4  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 8 Consultas, Relatórios e Exportação de Dados

Figura 48 - Exemplo de um documento-modelo para exportação para o MS-Word

O nome do indicador é importante para o AutoLab saber o que colocar no lugar do


indicador, durante a exportação. O Apêndice E mostra uma lista de nomes de indicadores
que você pode usar para criar certificados de calibração. Para exportar consultas, listagens, e
outros dados, o AutoLab mostra uma janela com uma lista de indicadores disponíveis
quando você inicia uma exportação para o MS-Word.

Para inserir um indicador no documento, siga as seguintes etapas:

1. Digite um texto qualquer, no lugar onde você deseja que o AutoLab substitua por um
texto. Por exemplo, se você quer que o AutoLab coloque o nome do cliente no
documento, digite um texto na posição onde você deseja que seja colocado o nome do
cliente (pode ser um nome fictício, ou simplesmente “Cliente”, como no exemplo da
Figura 48 – esse texto será substituído pelo nome correto do cliente).
2. Selecione esse texto, para que o indicador a ser inserido se refira a todo o texto
selecionado.
3. Selecione a opção do menu Inserir | Indicador. O MS-Word irá abrir a janela
“Indicador” (Figura 49)

 1999 – LACTEC / Automa 8-5 AutoLab


Consultas, Relatórios e Exportação de Dados Capítulo 8

4. Digite o nome do indicador. Esse nome é importante, e de acordo com o nome do


indicador o AutoLab irá saber que texto colocar no lugar do indicador. Quando você
inicia uma exportação para o MS-Word, o AutoLab mostra uma lista de nomes
indicadores disponíveis, que você pode usar no seu documento-modelo. Apenas na
exportação do certificado de calibração o AutoLab não mostra a lista de indicadores.
Para saber os indicadores disponíveis para exportar um certificado de calibração, veja o
Apêndice E – Indicadores para exportação do certificado para o MS-Word.
5. Clique em Adicionar para criar o indicador, e Fechar para fechar a janela “Indicador”.
Note que o texto que você digitou deve estar agora entre colchetes. Ao realizar a
exportação, o AutoLab irá substituir o texto que você digitou (que está entre colchetes)
pelo nome correto do cliente.

Figura 49 - Inserindo um indicador no MS-Word

Para incluir outros indicadores, basta repetir os passos de 1 a 5 para cada campo variável
que você deseja incluir no relatório.

Indicadores de grupo
Observe novamente o documento-modelo na Figura 48. Existe uma tabela com títulos como
Quantidade solicitada, preço total, e descrição. Essa tabela deverá conter uma lista de itens
do orçamento. Note que no documento-modelo a tabela contém apenas uma linha (além da
linha do título). Obviamente, essa tabela deverá crescer, dependendo do número de itens no
orçamento. Para dizer ao AutoLab que essa tabela deverá crescer de acordo com o número
de registros existentes na tabela de dados que você está exportando, você deve usar um
indicador de grupo.

Um indicador de grupo é um indicador que “engloba” vários indicadores de campo (os


indicadores que são substituídos por texto). Ele indica o que deve ser repetido para cada
registro dos dados sendo exportados.

AutoLab 8-6  1999 – LACTEC / Automa


Capítulo 8 Consultas, Relatórios e Exportação de Dados

A Figura 50 mostra um detalhe do documento-modelo mostrado anteriormente na Figura


48. Note que a segunda linha da tabela contém indicadores que receberão valores como
Quantidade solicitada, descrição e preço total. Observe que existe um colchete aberto à
esquerda do indicador de quantidade solicitada, e um colchete fechado à direita da linha da
tabela. Esses colchetes definem o indicador de grupo da tabela. Ele indica que tudo o que
está “dentro” dele será repetido a cada registro. Ou seja, a linha da tabela será repetida para
cada item de orçamento. (No exemplo mostrado, o indicador de grupo foi criado
selecionando a opção do menu Tabela | Selecionar linha, e em seguida, Inserir | Indicador.
Dessa forma, o MS-Word irá criar uma linha nova de tabela para cada registro).

Figura 50 - Exemplo de um indicador de grupo

O nome do indicador de grupo diz ao AutoLab qual o critério para a repetição do seu
conteúdo. No exemplo do fax de orçamento, o nome do indicador de grupo é
ItensOrcamento, que indica que deve-se repetir o indicador de grupo para item de
orçamento.

Atenção! Não coloque dois indicadores “grudados” no MS-Word. Sempre deixe um espaço
entre as extremidades de dois indicadores, sejam eles de campo ou de grupo.

Pode-se colocar como nome de indicador de grupo um nome que indica um campo (por
exemplo, ItensOrcamento_QuantidadeSolicitada). Nesse caso, o conteúdo do indicador irá
se repetir enquanto o conteúdo do campo não se alterar. (Por exemplo, se você colocou
ItensOrcamento_QuantidadeSolicitada como nome do indicador de grupo, o grupo irá se
repetir enquanto a quantidade solicitada não se alterar). Esse recurso é interessante para
fazer relatórios no MS-Word agrupados por algum critério.

Realizando uma exportação para o MS-Word


A partir de uma janela de listagem, clique no botão para iniciar a exportação para o MS-
Word. O AutoLab irá abrir a janela ‘Exportação para o MS-Word’. Nessa janela você deve
escolher o documento do MS-Word que será usado como modelo para a exportação. Após
escolher o modelo, tecle ‘Ok’, e o AutoLab irá iniciar a exportação para o MS-Word.

A janela de exportação para o MS-Word também mostra, na pasta logo abaixo do campo
“Documento do MS-Word”, os nomes de indicadores disponíveis para uso na construção do
documento-modelo. A pasta mostra cada campo da consulta (ou listagem), e o nome do

 1999 – LACTEC / Automa 8-7 AutoLab


Consultas, Relatórios e Exportação de Dados Capítulo 8

respectivo indicador, para ser usado no documento-modelo. Para o certificado de calibração,


veja o Apêndice E para saber os nomes dos indicadores a usar.

AutoLab 8-8  1999 – LACTEC / Automa


Apêndice A – Funções e operadores para
uso em equações
A tabelas abaixo listam todas as funções e os operadores disponíveis para uso na construção
de equações matemáticas no AutoLab.

As equações matemáticas no AutoLab comportam números reais e complexos. Para usar


números imaginários, use a letra j depois do número. Por exemplo, 2j. Números complexos
são a combinação de números reais e imaginários. Por exemplo, 2 + 3j.

Algumas das funções listadas na tabela abaixo se aplicam somente a números reais. São
funções que não fazem sentido para números complexos, como Not ou If. Também alguns
operadores só se aplicam a números reais, como > (maior que) ou and (“E” lógico). As
funções que só se aplicam a números reais estão indicadas com um (*).

Para funções e operadores lógicos, o analisador de expressões do AutoLab trata o número 0


como falso, e qualquer outro número diferente de zero como verdadeiro. Porém, as funções
e operadores que retornam valores lógicos sempre retornam 0 para falso ou 1 para
verdadeiro. Por exemplo, 35>0 retorna 1.

A chamada de função é realizada através do seu nome, seguido da lista de parâmetros entre
parênteses, separados por ponto e vírgula (;).

Tabela 31. Funções disponíveis para uso em equações matemáticas

Função Descrição
Funções matemáticas
Abs Retorna o módulo do número passado como parâmetro. Exemplos:
Abs(3) retorna 3
Abs(-3) retorna 3
Abs(3+4j) retorna 5
Cos Retorna o cosseno do número passado como parâmetro. Exemplo:
Cos(2*pi) retorna 1
Cosh Retorna o cosseno hiperbólico do número passado como parâmetro.
Exemplo:
Cosh(0) retorna 1

 1999 – LACTEC / Automa AutoLab


Funções e operadores para uso em equações Apêndice A

Exp Retorna o número e (euler) elevado ao número passado como


parâmetro. Exemplo:
Exp(1) retorna 2.7182818...
Im Retorna a parte imaginária de um número complexo. Exemplo:
Im(3 + 4j) retorna 4
Ln Retorna o logaritmo natural de um número. Exemplo:
Ln(1) retorna 0
Neg Multiplica o número por –1. Exemplo:
Neg(10) retorna –10
Re Retorna a parte real de um número complexo. Exemplo:
Re(3 + 4j) retorna 3
Round (*) Arredonda um número fracionário para um número inteiro.
Exemplo:
Round(4.431) retorna 4
Sin Retorna o seno do número passado como parâmetro. Exemplo:
Sin(2*pi) retorna 0
Sinc Representa a função Sinc (mesmo que sin(2π)/2π).
Sinh Retorna o seno hiperbólico do número passado como parâmetro.
Exemplo:
Sinh(0) retorna 0
Sqrt Retorna a raiz quadrada de um número. Exemplo:
Sqrt(9) retorna 3
Tan Retorna a tangente do número passado como parâmetro.
Tanh Retorna a tangente hiperbólica do número passado como parâmetro.
U (*) Representa a função degrau unitário. Retorna 1 se o parâmetro for
maior que zero, e 0 se for menor que zero. Exemplo:
U(2) retorna 1
U(-10) retorna 0
Funções lógicas

AutoLab A-2  1999 – LACTEC / Automa


Apêndice A Funções e operadores para uso em equações

If (*) Recebe três parâmetros. Se o primeiro parâmetro for verdadeiro,


retorna o segundo parâmetro. Se não, retorna o terceiro. Exemplos:
If( 3>2 ; 15; -15) retorna 15
If(3<2 ; 15; -15) retorna –15
If( 25; 15; -15) retorna 15 (números diferentes de zero são
considerados verdadeiro)
Not (*) Inverte o valor lógico do parâmetro. Se o parâmetro for falso,
retorna verdadeiro; se for verdadeiro, retorna falso. Exemplo:
Not(0) retorna 1
Not(1) retorna 0
Not(23) retorna 0
* Essas funções aplicam-se somente a números reais.

Tabela 32. Operadores disponíveis para uso em equações matemáticas

Operador Descrição
Operadores matemáticos
^ Potência. Eleva o primeiro número ao segundo. Exemplo:
2 ^ 3 retorna 8
* Multiplicação. Multiplica o primeiro número pelo segundo.
Exemplo:
4 * 5 retorna 20
/ Divisão. Divide o primeiro número pelo segundo. Exemplo:
24 / 3 retorna 8
\ (*) Módulo. Retorna o resto da divisão do primeiro número pelo
segundo. Exemplo:
26 / 3 retorna 2
+ Adição. Soma o primeiro número com o segundo. Exemplo:
15 + 3 retorna 18
- Subtração. Subtrai o segundo número do primeiro. Exemplo:
15 – 3 retorna 12

 1998 – LAC / Automa A-3 AutoLab


Funções e operadores para uso em equações Apêndice A

Operadores lógicos
= Igual a. Retorna 1 (verdadeiro) se o primeiro número for igual ao
segundo; retorna 0 (falso) se forem diferentes. Exemplo:
23 = 23 retorna 1
15 = 12 retorna 0
<> Diferente de. Retorna 1 (verdadeiro) se o primeiro número for
diferente do segundo; retorna 0 (falso) se forem iguais. Exemplo:
23 <> 23 retorna 0
15 <> 12 retorna 1
> (*) Maior que. Retorna 1 (verdadeiro) se o primeiro número for maior
que o segundo. Caso contrário, retorna 0 (falso). Exemplo:
10 > 2 retorna 1
5 > 8 retorna 0
9 > 9 retorna 0
< (*) Menor que. Retorna 1 (verdadeiro) se o primeiro número for menor
que o segundo. Caso contrário, retorna 0 (falso). Exemplo:
10 < 2 retorna 0
5 < 15 retorna 1
3 < 3 retorna 0
>= (*) Maior ou igual a. Retorna 1 (verdadeiro) se o primeiro número for
maior ou igual ao segundo. Caso contrário, retorna 0 (falso).
Exemplo:
6 >= 2 retorna 1
5 >= 5 retorna 1
3 >= 5 retorna 0
<= (*) Menor ou igual a. Retorna 1 (verdadeiro) se o primeiro número for
menor ou igual ao segundo. Caso contrário, retorna 0 (falso).
Exemplo:
9 <= 10 retorna 1
5 <= 5 retorna 1
12 <= 5 retorna 0

AutoLab A-4  1999 – LACTEC / Automa


Apêndice A Funções e operadores para uso em equações

and (*) “e” lógico. Retorna 1 (verdadeiro) se ambos os números forem


verdadeiro. Caso contrário, retorna 0 (falso). Exemplo:
0 and 0 retorna 0
1 and 0 retorna 0
5 and 3 retorna 1
or (*) “ou” lógico. Retorna 0 (falso) se ambos os números forem falso.
Caso contrário, retorna 1 (verdadeiro). Exemplo:
0 or 0 retorna 0
3 or 0 retorna 1
1 or 1 retorna 1
xor (*) “ou exclusivo”. Retorna 1 (verdadeiro) se apenas um dos números
for verdadeiro. Se não, retorna 0 (falso).
0 xor 0 retorna 0
1 xor 1 retorna 0
4 xor 0 retorna 1
* Esses operadores aplicam-se somente a números reais.

 1998 – LAC / Automa A-5 AutoLab


Apêndice B – Identificadores reservados
para uso em equações
A tabela abaixo lista todos os identificadores que podem ser usados em equações no
AutoLab. Use esses identificadores para referenciar valores cadastrados no AutoLab (como
fundo de escala da faixa, por exemplo) ou para referenciar valores que só serão conhecidos
posteriormente (como média das leituras realizadas, por exemplo).

Tabela 33. Identificadores reservados para uso em equações matemáticas

Identificador Significado
Dados da faixa (*)
FundoEscala Contém o valor de fundo de escala da faixa. Corresponde ao campo
Fundo de escala do cadastro dos dados gerais da faixa (ver Tabela
11. Dados gerais da faixa, pág. 3-6).
IncertFaixa Contém o valor da incerteza da faixa relativa ao span. Corresponde
ao campo Faixa/Span do cadastro de exatidão da faixa (ver Tabela
12. Exatidão da faixa, pág. 3-8).
IncertFixa Contém o valor da incerteza fixa da faixa. Corresponde ao campo
Fixa/Floor do cadastro de exatidão da faixa (ver Tabela 12.
Exatidão da faixa, pág. 3-8).
IncertLeitura Contém o valor da incerteza da faixa relativa à leitura. Corresponde
ao campo Leitura/Output do cadastro da exatidão da faixa (ver
Tabela 12. Exatidão da faixa, pág. 3-8).
InicioEscala Contém o valor do início da escala da faixa. Corresponde ao campo
Início da escala do cadastro dos dados gerais da faixa (ver Tabela
11. Dados gerais da faixa, pág. 3-6).
ResolFaixa Contém o valor da resolução da faixa. Corresponde ao campo
Resolução do cadastro da exatidão da faixa (ver Tabela 12.
Exatidão da faixa, pág. 3-8).
Dados do modelo (*)
TempCalMax Contém o valor da temperatura máxima de calibração do modelo.
Corresponde ao valor superior do campo Faixa de temperatura de
calibração do cadastro do modelo (ver Tabela 10. Dados gerais do
modelo, pág. 3-3).

 1999 – LACTEC / Automa AutoLab


Identificadores reservados para uso em equações Apêndice B

TempCalMin Contém o valor da temperatura mínima de calibração do modelo.


Corresponde ao valor inferior do campo Faixa de temperatura de
calibração do cadastro do modelo (ver Tabela 10. Dados gerais do
modelo, pág. 3-3).
TempOpMax Contém o valor da temperatura máxima de operação do modelo.
Corresponde ao valor superior do campo Faixa de temperatura de
operação do cadastro do modelo (ver Tabela 10. Dados gerais do
modelo, pág. 3-3).
TempOpMin Contém o valor da temperatura mínima de operação do modelo.
Corresponde ao valor inferior do campo Faixa de temperatura de
operação do cadastro do modelo (ver Tabela 10. Dados gerais do
modelo, pág. 3-3).
Dados da faixa reclassificada (*)
CorrecaoReclas Contém o valor reclassificado da faixa. Corresponde ao campo
Correção do valor da grandeza da reclassificação da faixa (ver
Tabela 21. Campos da reclassificação de uma faixa, pág. 4-13).
DataReclas Contém a data da reclassificação da faixa. Valores de data devem
ser usados apenas para calcular diferenças, não fazendo sentido o
uso do valor absoluto. Assim, use diferenças de valores de datas.
(Por exemplo, DataCalib – DataReclass irá retornar o número de
dias entre a data da calibração e a data da reclassificação).
IncertFaixaReclas Contém o valor reclassificado da incerteza da faixa relativa ao span.
É similar ao identificador IncertFaixa, porém contém o valor
reclassificado. Corresponde ao campo Faixa da reclassificação da
faixa (ver Tabela 21. Campos da reclassificação de uma faixa, pág.
4-13).
IncertFixaReclas Contém o valor reclassificado da incerteza fixa da faixa. É similar
ao identificador IncertFixa, porém contém o valor reclassificado.
Corresponde ao campo Fixa da reclassificação da faixa (ver Tabela
21. Campos da reclassificação de uma faixa, pág. 4-13).
IncertLeituraReclas Contém o valor reclassificado da incerteza da faixa relativa à
leitura. É similar ao identificador IncertLeitura, porém contém o
valor reclassificado. Corresponde ao campo Leitura da
reclassificação da faixa (ver Tabela 21. Campos da reclassificação
de uma faixa, pág. 4-13).

AutoLab B-2  1999 – LACTEC / Automa


Apêndice B Identificadores reservados para uso em equações

ResolReclas Contém o valor reclassificado da resolução da faixa. É similar ao


identificador ResolFaixa, porém traz o valor reclassificado da
resolução. Corresponde ao campo Resolução da reclassificação da
faixa (ver Tabela 21. Campos da reclassificação de uma faixa, pág.
4-13).
Dados da variável de entrada do sub-procedimento (*)
Leitura Contém a média das leituras realizadas para uma variável de
entrada, no momento da calibração.
ResolFixa Contém o valor da resolução fixa informado para uma variável de
entrada do sub-procedimento. Corresponde ao campo Resolução de
uma variável de entrada (ver Tabela 25. Campos de uma variável de
entrada, pág. 5-13).
ResolPlanilha Contém a resolução da variável de entrada determinada pelos dados
digitados na planilha de calibração.
Dados da calibração
DataCalib Contém a data da calibração. Valores de data devem ser usados
apenas para calcular diferenças, não fazendo sentido o uso do valor
absoluto. Assim, use diferenças de valores de datas. (Por exemplo,
DataCalib – DataReclass irá retornar o número de dias entre a data
da calibração e a data da reclassificação).
TempCalib Contém a temperatura da calibração. Corresponde ao campo
Temperatura do cadastro da documentação da calibração (ver
Tabela 26. Dados da documentação da calibração, na pág. 6-4).
VarTempCalib Contém a variação máxima da temperatura durante a calibração.
Corresponde ao campo Máx. variação temperatura do cadastro da
documentação da calibração (ver Tabela 26. Dados da
documentação da calibração, na pág. 6-4).

Observe que os identificadores cujos grupos estão marcados com (*) estão sempre
relacionados a uma variável de entrada. Uma variável de entrada sempre está associada a
uma faixa de um determinado modelo, portanto, você pode ter todas as informações
disponíveis da faixa, do modelo e da reclassificação da faixa. Assim, se você quiser
referenciar um desses identificadores nas equações do modelo matemático, o identificador
deve ser precedido pelo nome da variável associada.

Por exemplo, se você quiser usar o valor do fundo de escala da faixa associada à variável
VS, você deve usar VS.FundoEscala dentro da fórmula. Da mesma maneira, se você quiser
usar o valor da média das leituras realizadas para a variável VS (que está associada a um
determinado equipamento) , use VS.Leitura.

 1998 – LAC / Automa B-3 AutoLab


Identificadores reservados para uso em equações Apêndice B

Os identificadores dos grupos que não têm o (*) não se referem a nenhuma variável em
particular, e podem ser usados sem um prefixo. Por exemplo, TempCalib contém a
temperatura da calibração, e não se refere a nenhuma variável em particular.

Note que quando você está escrevendo fórmulas de erros e incertezas das subvariáveis, você
não precisa usar o prefixo, porque a subvariável sempre está relacionada a uma variável de
entrada. Por exemplo, o próprio AutoLab inclui a seguinte fórmula para a incerteza da
subvariável Exatidão, existente no cadastro da faixa:

Leitura*IncertLeitura + (FundoEscala-InicioEscala)*IncertFaixa + IncertFixa

De acordo com essa fórmula, a exatidão da faixa será o valor da incerteza relativo à leitura
multiplicado pela média das leituras, mais o valor da incerteza relativo à faixa multiplicado
pela faixa (fundo escala menos início escala), mais a incerteza fixa.

Note que nenhum identificador está precedido por um nome de variável, até mesmo porque
é uma subvariável da faixa, e nem mesmo se sabe qual será o nome da variável de entrada
que será relacionada à faixa no sub-procedimento.

Quase todos os identificadores usados nessa fórmula têm os seus valores já definidos no
cadastro da faixa (fundo de escala, incerteza da leitura, etc.). Contudo, não se sabe o valor
do identificador Leitura, porque este valor só será conhecido no momento da calibração.

Este exemplo teve como objetivo ilustrar que você pode usar qualquer identificador listado
na Tabela 31, seja no modelo matemático ou em qualquer subvariável. Mesmo se for uma
subvariável de faixa, por exemplo, a faixa sempre estará associada a uma variável de entrada
de algum modelo matemático, e o AutoLab saberá fazer as associações e substituir os
identificadores com os valores corretos.

AutoLab B-4  1999 – LACTEC / Automa


Apêndice C – Diferenças entre o Pascal
padrão e o xsPascal
O AutoLab utiliza uma linguagem própria para a escrita dos programas de automação,
chamada xsPascal. É uma linguagem muito próxima ao Pascal padrão, com apenas algumas
alterações, incluídas com o objetivo de facilitar a programação das rotinas. Não é objetivo
deste apêndice ensinar a programação em Pascal padrão. Uma vez que o Pascal padrão e o
xsPascal são muito similares, consideraremos que você tem um prévio conhecimento de
programação em Pascal, e apresentaremos as diferenças entre as duas linguagens.

1. Símbolo de atribuição do xsPascal é “:” (dois pontos)


No Pascal padrão, o símbolo para atribuição é “:=” (dois pontos seguido de um igual).
No xsPascal, você deve utilizar apenas os dois pontos. Como exemplo, o trecho a seguir
mostra uma atribuição em Pascal padrão, e sua equivalência em xsPascal:

A := b + 2; {Pascal padrão}
A : b + 2 {xsPascal}

2. Não é necessário o uso do “;” (ponto-e-vírgula) para terminação de comandos


No xsPascal, você não precisa usar ponto-e-vírgula para terminar os comandos.
Exemplos:

{Programa em Pascal padrão}


begin
A := b + 2;
C := A * 2;
end;

{Programa em xsPascal}
begin
A : b + 2
C : A * 2
end

3. Usa-se a palavara-chave routine para declarar sub-rotinas, em lugar de procedure


ou function (*)
O xsPascal não reconhece as palavras-chave procedure ou function. Para declarar uma
sub-rotina, você deve usar a palavra-chave routine. Exemplos:

{Programa em Pascal padrão}


procedure Soma;
begin
A := 5 + 5;
end;

 1999 – LACTEC / Automa AutoLab


Diferenças entre o Pascal padrão e o xsPascal Apêndice C

{Programa em xsPascal}
routine Soma
begin
A : 5 + 5
end

4. A sintaxe para declaração dos parâmetros de uma sub-rotina é diferente (*)


Uma das maiores diferenças entre o xsPascal e o Pascal padrão é a declaração dos
parâmetros de uma sub-rotina. Para receber parâmetros em uma sub-rotina no xsPascal,
você deve usar a palavra-chave get, seguida dos parâmetros que você deseja receber. Para
retornar parâmetros, você deve usar a palavra-chave return, seguida das variáveis que você
deseja retornar. Essas duas palavras-chave devem estar dentro do bloco begin-end da sub-
rotina. Para um maior entendimento, veja os seguintes exemplos:

{Programa em Pascal padrão}


procedure MostraSoma(A,B : integer);
begin
MostraMensagem('A soma é '+inttostr(A+B));
end;

{Programa em xsPascal}
routine MostraSoma
begin
get A,B
MostraMensagem('A soma é '+inttostr(A+B))
end

O exemplo a seguir mostra como definir uma função em xsPascal:

{Programa em Pascal padrão}


function Soma(A,B : integer) : integer;
begin
Soma := A + B;
end;

{Programa em xsPascal}
routine Soma
begin
get A,B
return A + B
end

O exemplo a seguir mostra como retornar mais de uma variável usando o xsPascal:

{Programa em Pascal padrão}


procedure Calculo(A,B : integer; Var Soma,Diferenca : integer);
begin
Soma := A + B;
Diferenca := A – B;
end;

AutoLab C-2  1999 – LACTEC / Automa


Apêndice C Diferenças entre o Pascal padrão e o xsPascal

{Programa em xsPascal}
routine Calculo
begin
get A,B
return A + B,A - B
end

O trecho a seguir mostra como as rotinas dos exemplos anteriores são chamadas em Pascal
e em xsPascal:

{Programa em Pascal padrão}


MostraSoma(10,20);
X := Soma(5,3);
Calculo(4,3,F,G); {A variavel F recebe 7 e G recebe 1}

{Programa em xsPascal}
MostraSoma(10;20)
X : Soma(5;3)
F,G : Calculo(4,3)

Obs.: Note que, para receber múltiplos parâmetros retornados pelo comando return, basta
separar as variáveis por vírgula, antes do sinal de atribuição. E, para separar os parâmetros a
serem enviados para uma sub-rotina, usa-se ponto-e-vírgula no lugar de vírgula.

5. Não é necessário declarar variáveis


Você não precisa declarar variáveis no xsPascal. Basta fazer referência a uma
variável qualquer, e a variável é criada automaticamente pelo xsPascal. Exemplos:

{Programa em Pascal padrão}


function Exemplo : integer;
var A,B,C : integer;
begin
A := 10;
B := 20;
C := A * B;
Exemplo := C;
end;

{Programa em xsPascal}
routine Exemplo
begin
A : 10
B : 20
C : A * B
return C
end;

6. Não existem tipos de variáveis. As variáveis podem assumir valores numéricos ou


alfanuméricos indistintamente

 1998 – LAC / Automa C-3 AutoLab


Diferenças entre o Pascal padrão e o xsPascal Apêndice C

Você não precisa declarar variáveis no xsPascal porque não existem tipos de variáveis
no xsPascal. O tipo de uma variável é determinado automaticamente pelo comando de
atribuição usado para a variável. O tipo da variável pode, portanto, ser alterado, bastando
que se faça uma nova atribuição. Até mesmo algumas operações mais simples podem ser
efetuadas entre duas variáveis de tipos diferentes. Por exemplo:

A : 2 {Variável A é numérica}
B : A * 2 {Variável B é numérica}
A : '47' {Variável A agora é alfanumérica}
B : 5 + A {B é numérica, e recebe o valor 52}
A : A + 'bc' {A é alfanumérica, e recebe '47bc'}

7. Todas as variáveis são locais


Como não existe declaração de variáveis no xsPascal, todas as variáveis são tratadas
como locais. Assim, ao final da sub-rotina, a variável é destruída. Uma sub-rotina não pode
acessar as variáveis de uma outra sub-rotina, e duas sub-rotinas podem ter variáveis com o
mesmo nome, pois são consideradas como duas variáveis locais independentes. Assim, a
única forma de uma sub-rotina receber e enviar valores de variáveis é através da passagem
de parâmetros.

8. Uma chamada de uma sub-rotina sem parâmetros deve ter uma lista vazia de
parâmetros “()”
No Pascal padrão, se uma sub-rotina (procedure) não recebe parâmetros, essa procedure
pode ser acessada através do nome. No xsPascal, você deve chamar essa rotina através do
nome seguido de um abre-parênteses e um fecha-parênteses. Exemplo:

{Programa em Pascal Padrão}


EsperaTempo; {Chama a rotina EsperaTempo}

{Programa em xsPascal}
EsperaTempo() {Chama a rotina EsperaTempo}

Se você não usar os parênteses, o xsPascal considerará que você está tentando referenciar
uma variável de nome EsperaTempo.

Outras considerações
As estruturas de repetição, condicionais e bloco são idênticas às estruturas do
pascal:

for..do
for C : 1 to 10 do
begin
{trecho de programa}
end

while...do
while A = B do
begin

AutoLab C-4  1999 – LACTEC / Automa


Apêndice C Diferenças entre o Pascal padrão e o xsPascal

{trecho de programa}
end

if...then...else
if A = B then
begin
{trecho de programa}
end else
begin
{trecho de programa}
end

(*) Note que, nas rotinas de automação, o nome da sub-rotina e os parâmetros de entrada e
saída já estão previamente definidos. Você não precisa declarar sub-rotinas, ou declarar
passagem de parâmetros ao editar tais rotinas.

 1998 – LAC / Automa C-5 AutoLab


Apêndice D – Funções do xsPascal
Este apêndice lista todas as funções existentes no xsPascal, para uso nos programas de
rotinas de automação GPIB.

BIT
Sintaxe: Num: Bit(bitnum)
Descrição: Retorna um número decimal cuja representação em binário tem o bit bitnum
setado. Ou seja, Num recebe 2 ^ (bitnum-1).
Exemplo: N1: Bit(1)
N2: Bit(8)
N3: Bit(3)

N1 recebe o valor 1
N2 recebe o valor 128
N3 recebe o valor 4

DECIMALSEPARATOR
Sintaxe: Str: DecimalSeparator()
Descrição: Retorna o caracterer configurado no Windows como separador decimal.
Exemplo: C: DecimalSeparator()

C recebe ‘,’ (vírgula) se a vírgula foi configurada no seu Windows como


separador decimal dos números.

DELETE
Sintaxe: NewStr: Delete(Str, Ini, Count)
Descrição: Extrai da string Str o número de caracteres especificado em Count, iniciando
da posição Ini. Retorna a nova string em Newstr.
Exemplo: S1: Delete(‘Texto com muitas palavras’, 11, 7)

S1 recebe o texto ’Texto com palavras’

EXTRACTNUMBER
Sintaxe: Num: ExtractNumber(Mask, Str)
Descrição: Extrai um número contido na string str de acordo com a máscara de
formatação em Mask. O número é retornado na variável Num. O separador
decimal do número deve ser um ponto (.). A máscara de formatação pode
conter os seguintes valores:
N – Indica que o texto é convertido integralmente para um número.
N<c> - Onde <c> é uma seqüência de um ou mais caracteres. Indica que

 1999 – LACTEC / Automa AutoLab


Funções do xsPascal Apêndice D

somente é convertido para um número o pedaço do texto anterior a uma


ocorrência de qualquer caracter existente em <c>.
Exemplo: N1: ExtractNumber(‘N’, ’12.432’)
N2: ExtractNumber(‘N,’, ’15, 53, 12, 43’)
N3: ExtractNumber(‘N;’, ‘1.5;2.5;3.5’)
N4: ExtractNumber(‘N>’, ‘<23><24>’)

N1 recebe o número 12.432


N2 recebe o número 15
N3 recebe o número 1.5
N4 gera um erro, porque a função tentará converter o texto ‘<23’, que não é
um número.

FORMATFLOAT
Sintaxe: Str: FormatFloat(Mask, Number)
Descrição: Formata o número contido em Number de acordo com a máscara Mask, e
retorna a string em Str. A máscara de formatação é diferente de
FormatNumber, e pode conter:
0 – Indica que um algarismo deve ser colocado obrigatoriamente nessa
posição.
# – Indica que um algarismo pode ser colocado nessa posição. Se o algarismo
for 0 (zero), ele não será colocado.
Exemplo: S1: FormatFloat(’00.0000’,3.51)
S2: FormatFloat(‘##.####’,3.51)

S1 recebe o texto ’03.5100’, e S2 recebe o texto ‘3.51’.

FORMATNUMBER
Sintaxe: Str: FormatNumber(Mask, Number)
Descrição: Formata o número contido em Number de acordo com a máscara Mask, e
retorna a string em Str. A máscara de formatação é diferente de FormatFloat,
e pode conter:
[N] – Indica a posição onde deve ser colocado o número, usando o ponto (.)
como separador decimal.
Exemplo: S1: FormatNumber(‘O número [N] é real’, 18.53)
S2: FormatNumber(‘Exemplo [N]: formatação’, 2)

S1 recebe o texto ’O número 18.53 é real’


S2 recebe o texto ‘Exemplo 2: formatação’

GETTIME
Sintaxe: Time: GetTime()
Descrição: Retorna a hora atual do sistema

AutoLab D-2  1999 – LACTEC / Automa


Apêndice D Funções do xsPascal

Exemplo: HoraAtual: GetTime()

INPUTQUERY
Sintaxe: Value,Result: InputQuery(Title, Msg)
Descrição: Mostra uma janela para o usuário solicitando um texto a ser digitado. A
variável Title deve conter o título da janela, e a variável Msg deve conter a
mensagem da janela. O texto digitado pelo usuário é retornado na variável
Value (primeiro retorno da função). A variável Result (segundo retorno da
função) recebe true se o usuário pressionou ‘Ok’, ou false se ele fechou a
janela sem pressionar ‘Ok’.
Exemplo: Text,Done: InputQuery(‘Identificação’,’Digite o seu nome:’)
If Done then ShowMessage(‘Olá, ‘+Text)

Solicita ao usuário que digite o nome. Se o usuário pressionar ‘Ok’, mostra


uma mensagem de boas vindas ao usuário, mostrando o nome digitado.

INSERT
Sintaxe: NewStr: Insert(Str, SubStr, Ini)
Descrição: Insere a substring SubStr dentro da string Str, a partir da posição Ini, e
retorna a nova string em Newstr.
Exemplo: S: Insert(‘Texto com palavras’, ‘quatro ’, 11)

A variável S recebe ‘Texto com quatro palavras’.

LENGTH
Sintaxe: Len: Length(str)
Descrição: Retorna o comprimento da string str.
Exemplo: Tam: Length(‘Este texto tem 28 caracteres’)

Retorna o valor 28 na variável Tam

POS
Sintaxe: Int: Pos(Substr, Str)
Descrição: Retorna a posição da string Substr dentro da string str, sendo o primeiro
caracter a posição 1. Se a string Subtr não estiver contida na string str, a
função retorna 0.
Exemplo: P1: Pos(‘de’, ‘Exemplos de funções’)
P2: Pos(‘trecho’, ‘Texto de exemplo’)

P1 recebe o valor 10
P2 recebe o valor 0

 1998 – LAC / Automa D-3 AutoLab


Funções do xsPascal Apêndice D

SHOWBITMAP
Sintaxe: ShowBitmap(File)
Descrição: Mostra uma figura (em formato BMP) na tela. A variável File deve conter o
nome do arquivo .bmp a ser mostrado. O usuário deve pressionar ENTER ou
o botão ‘Ok’ para continuar.
Exemplo: ShowBitmap(‘C:\Meus Documentos\Instr1.bmp’)

SHOWMESSAGE
Sintaxe: ShowMessage(msg)
Descrição: Mostra uma mensagem (contida em msg) para o usuário na tela. O usuário
terá que pressionar ‘Enter’ ou o botão ‘Ok’ para continuar.
Exemplo: ShowMessage(‘Tecle ENTER para continuar’)

SUBSTR
Sintaxe: S: SubStr(Str, IniPos, EndPos)
Descrição: Retorna uma substring da string contida em Str, começando na posição
IniPos e terminando na posição EndPos.
Exemplo: Str: SubStr(‘Este é um texto para teste’,6,15)

Retorna o texto ‘é um texto’ na variável Str.

TOFLOAT
Sintaxe: Float: ToFloat(str)
Descrição: Converte o conteúdo da variável str (que contém um texto) para um número
real, e retorna esse valor como resultado da função. Se o texto da variável str
não for um número, ocorrerá um erro. O número deve estar de acordo com as
definições de Configurações Regionais do Windows. Assim, o ponto decimal
pode ser tanto vírgula (,) como ponto (.), dependendo de como estiver
configurado o Windows.
Exemplo: Num: ToFloat(’12.234’)

Retorna o valor 12,234 na variável Num, se o ponto foi configurado no


Windows como separador decimal. Se não, o texto ’12.234’ não é um
número válido, e um erro ocorrerá.

TOINT
Sintaxe: int: ToInt(str)
Descrição: Converte o conteúdo da variável str (que contém um texto) para um número
inteiro, e retorna esse valor como resultado da função. Se o texto da variável
str não for um número inteiro, ocorrerá um erro.
Exemplo: Num: ToInt(‘150’)

AutoLab D-4  1999 – LACTEC / Automa


Apêndice D Funções do xsPascal

Coloca o valor 150 na variável Num

TOSTR
Sintaxe: Str: ToStr(Value)
Descrição: Converte o conteúdo da variável Value para um string e retorna esse valor.
Value pode ser texto, número, data, etc.
Exemplo: Msg: ToStr(100+50)
ShowMessage(msg)

Irá mostrar na tela ‘150’

WAIT
Sintaxe: Wait(milisec)
Descrição: Suspende a execução do programa pelo período de tempo especificado em
milisec. O tempo deve ser dado em mili-Segundos.
Exemplo: Wait(1000)

Suspende a execução do programa por um segundo.

 1998 – LAC / Automa D-5 AutoLab


Apêndice E – Indicadores para exportação
do certificado para o MS-Word
Este apêndice lista os indicadores que você deve inserir em um documento-modelo para
realizar uma exportação de dados para o MS-Word. A tabela lista os indicadores (e o que
eles representam) relacionados a certificados de calibração. Para ler mais sobre o significado
desses indicadores, e sobre como realizar exportações de dados para o MS-Word, veja
Exportando dados para o MS-Word, na pág. 8-4.

Tabela 34. Indicadores para exportação do certificado de calibração p/ o MS-Word

Indicador Relacionado a
Indicadores relacionados à documentação da calibração
HeaderQuery_NumeroOS Número da Ordem de Serviço
HeaderQuery_HoraInicial Data e hora inicial do cadastro da
calibração
HeaderQuery_HoraFinal Data e hora final do cadastro da calibração
HeaderQuery_TemperaturaCalibracao Temperatura média durante a calibração
HeaderQuery_MaxVariacaoTemperatura Máxima variação de temperatura durante a
calibração
HeaderQuery_UmidadeCalibracao Umidade relativa do ar média durante a
calibração
HeaderQuery_MaxVariacaoUmidade Máxima variação da umidade relativa do
ar durante a calibração
HeaderQuery_Observacoes Outras observações no registro da
calibração
HeaderQuery_Executantes Nomes do executantes da calibração
HeaderQuery_DataCertificado Data para o certificado de calibração
HeaderQuery_NomeResponsavel Primeiro nome do responsável pela
calibração
HeaderQuery_NomeCompletoResponsavel Nome completo do responsável pela
calibração
HeaderQuery_RegistroResponsavel Número de registro do responsável pela
calibração
HeaderQuery_TituloResponsavel Título do responsável pela calibração

 1999 – LACTEC / Automa AutoLab


Indicadores para exportação p/ MS-Word Apêndice E

HeaderQuery_NomeGerente Primeiro nome do gerente do laboratório


de calibração
HeaderQuery_NomeCompletoGerente Nome completo do gerente do laboratório
de calibração
HeaderQuery_RegistroGerente Número de registro do gerente do
laboratório de calibração
HeaderQuery_TituloGerente Título do gerente do laboratório de
calibração
HeaderQuery_NomeCliente Nome do cliente (nome de fantasia ou
abreviado)
HeaderQuery_RazaoSocialCliente Razão social do cliente (nome da empresa)
HeaderQuery_EnderecoCliente Endereço do cliente
HeaderQuery_BairroCliente Bairro do cliente
HeaderQuery_CidadeCliente Cidade do cliente
HeaderQuery_UFCliente Estado do cliente (sigla do estado)
HeaderQuery_CEPCliente CEP do cliente
HeaderQuery_IdentificacaoProcedimento Identificação do procedimento (numeração
exclusiva)
HeaderQuery_EdicaoRevisaoProcedimento Número da edição ou revisão do
procedimento
HeaderQuery_ModeloObjetoCalibracao Modelo do instrumento objeto da
calibração
HeaderQuery_FabricanteObjetoCalibracao Fabricante do instrumento objeto da
calibração
HeaderQuery_TipoObjetoCalibracao Tipo do instrumento objeto da calibração
HeaderQuery_NumSerieObjetoCalibracao Número de série do instrumento objeto da
calibração
HeaderQuery_ObjetoCalibracao Descrição do instrumento objeto da
calibração
HeaderQuery_NumeroCertificado Número do certificado de calibração

Indicadores relacionados ao resultado da calibração (dados matemáticos)


MainQuery_Faixa Descrição da faixa calibrada
MainQuery_Ponto Descrição do ponto calibrado
MainQuery_EstimativaSaida Valor da estimativa de saída
MainQuery_IncertezaExpandida Valor da incerteza expandida de medição

AutoLab E-2  1999 – LACTEC / Automa


Apêndice E Indicadores para exportação p/ MS-Word

MainQuery_SimboloUnidade Prefixo e unidade da faixa calibrada


MainQuery_IncertezaPadraoCombinada Valor da incerteza padrão de medição
MainQuery_GrausLiberdade Graus de liberdade efetivos de medição
MainQuery_FatorAbrangencia Valor do fator de abrangência
MainQuery_ProbabilidadeAbrangencia Probabilidade de abrangencia
MainQuery_ValorInstrumento Valor médio apresentado pelo instrumento
objeto da calibração
MainQuery_ValorPadrao Valor médio apresentado pelo padrão
MainQuery_RazaoIncertezas Razão de incertezas entre o instrumento e
o padrão
Indicadores relacionados às faixas calibradas
RangesQuery_TipoIndicador Tipo do indicador (Analógico ou Digital)
RangesQuery_Seletor Nome do seletor (para o caso de décadas)
RangesQuery_InicioEscala Início da escala
RangesQuery_FundoEscala Valor do fundo de escala
RangesQuery_GrandezaAlternada Indica se a faiza se refere a uma grandeza
alternada (1 ou 0)
RangesQuery_FrequenciaMinima Freqüência mínima de operação
RangesQuery_FrequenciaMaxima Maáxima frreqüência de operação
RangesQuery_Grandeza Noma da grandeza
RangesQuery_Descricao Nome da unidade da faixa
RangesQuery_Simbolo Símbolo da unidade da faixa
RangesQuery_Faixa Valor nominal da faixa
RangesQuery_Adicional Descrição adicional da faixa

Indicadores relacionados aos padrões utilizados


StandardsQuery_Variavel Nome da variável correspondente ao
padrão
StandardsQuery_NumeroPatrimonio Número de patrimônio
StandardsQuery_NumeroSerie Número de série
StandardsQuery_DataUltimaCalibracao Data da última calibração

 1998 – LAC / Automa E-3 AutoLab


Indicadores para exportação p/ MS-Word Apêndice E

StandardsQuery_DataRecebimento Data de recebimento do padrão no


laboratório
StandardsQuery_DataInicioOperacao Data de início de operação do padrão
StandardsQuery_LocalizacaoInstrumento Localização física do padrão no laboratório
StandardsQuery_LocalizacaoDocumentacao Localização da documentação sobre o
padrão
StandardsQuery_Observacoes Observações sobre o padrão
StandardsQuery_Modelo Modelo do instrumento
StandardsQuery_Descricao Descrição do padrão
StandardsQuery_Fabricante Nome do fabricante do padrão

AutoLab E-4  1999 – LACTEC / Automa

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