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INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO

DE COIMBRA

Enunciado de Avaliação

A Ética e a Integridade Académica são padrões de conduta prosseguidos pela nossa Instituição, pelo que durante a realização das provas escritas:
 Não podem ser usados materiais de consulta, máquinas calculadoras gráficas, ou quaisquer outros equipamentos eletrónicos, exceto se tal for explicitamente
permitido pelo docente responsável da unidade curricular;
 Devem ser mantidos desligados quaisquer equipamentos de comunicação;
 Devem ser usadas, exclusivamente, as folhas de prova e de rascunho fornecidas pelo docente vigilante.
Em caso de comportamento fraudulento, o docente vigilante deve anular a prova do aluno, reportando a situação ao docente responsável que comunicará ao
Presidente da CBS| ISCAC para aplicação das sanções disciplinares previstas.

ATENÇAO! Responda em folhas separadas a cada um dos grupos deste exame.

Licenciaturas: Contabilidade e Auditoria | Contabilidade e Gestão Pública | Gestão de Empresas


Exame: Análise Financeira
Época: Normal Data: 02/02/2022 Ano Letivo: 2021-2022
Duração: 2h30m Cotação: 20 valores

GRUPO I (cotação: 2,25 + 1 + 3,75 valores)

Parte I.A (cotação: 2,25 valores)

Para cada uma das seguintes questões, diga qual das afirmações é mais verdadeira (cada resposta certa vale 0,75
valores e cada resposta errada vale -0,25 valores).

1. O Relatório de Gestão de uma empresa constitui um importante documento de informação para a análise
financeira porque:
a) Inclui (ou deveria incluir) informação qualitativa acerca das perspetivas de evolução futura e dos principais
riscos a que se encontra sujeita;
b) Certifica a fiabilidade da informação contida nas demonstrações financeiras;
c) Explicita a forma como foi gerado e consumido o dinheiro ao longo do ano;
d) Todas as alíneas são falsas.
2. Ceteris paribus, um aumento do valor dos inventários de uma empresa:
a) Implica uma subida da liquidez reduzida;
b) Provoca uma descida da liquidez reduzida;
c) Não tem qualquer impacto sobre a liquidez reduzida;
d) Dependendo das circunstâncias, quer a alínea a) quer a b) podem ser verdadeiras.
3. No âmbito da elaboração do balanço financeiro patrimonial, é usual corrigir o valor contabilístico de
“rendimentos a reconhecer” por contrapartida de capital próprio porque:
a) Constituem uma rubrica que não apresenta qualquer grau de liquidez;
b) Constituem uma rubrica que normalmente não tem grande expressão monetária;
c) Constituem uma rubrica que não apresenta qualquer grau de exigibilidade;
d) Todas as alíneas são falsas.

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SISTEMA INTERNO DE GARANTIA DA QUALIDADE Tel +351 239 802 000; E-mail: secretariado@iscac.pt; www.iscac.pt
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DE COIMBRA

Enunciado de Avaliação

Parte I.B (cotação: 1,0 valores)

No âmbito de um processo de análise financeira à London, Lda., os consultores da empresa terão tratado as
seguintes informações no âmbito da preparação do Balanço Funcional relativo ao ano N:

1. Em 31/12/N o saldo contabilístico de clientes totalizava € 200.000, desagregando-se da seguinte forma:


i. € 25.000 de clientes com caráter pontual, com um PMR de 6 meses;
ii. € 150.000 de clientes habituais, com um PMR de 9 meses;
iii. € 25.000 de um cliente também habitual, mas cujo PMR ultrapassa normalmente os 12 meses;

2. Na rubrica contabilística de médio e longo prazo “Investimentos Financeiros” está registada uma
participação no capital da empresa Governo, S.A., no valor líquido de € 100.000, cujo justo valor à data da
análise é de € 70.000.

Pede-se que, no máximo de 5 linhas por alínea, diga como terão os consultores tratado as diversas informações.

Parte I.C (cotação: 3,75 valores)

Relativamente a determinada empresa industrial conhecem-se os seguintes elementos de informação económico-


financeira (valores não percentuais em euros):

Balanço Financeiro Patrimonial 2019 2020


Ativo Fixo de Exploração 380.000 46,2% 420.000 50,3%
Outros Ativos Fixos 20.000 2,4% 14.800 1,8%
Ativo Fixo 400.000 48,7% 434.800 52,1%
Existências 230.000 28,0% 190.000 22,8%
Realizável a Curto Prazo 180.000 22,0% 200.000 24,0%
Disponibilidades 12.000 1,5% 10.000 1,2%
Capital Circulante 422.000 51,3% 400.000 47,9%
Total das Aplicações de Fundos 822.000 100,0% 834.800 100,0%
Capitais Próprios 250.000 30,4% 199.800 23,9%
Exigível a Médio/Longo Prazo 140.000 17,0% 100.000 12,0%
Capital Permanente 390.000 47,5% 299.800 35,9%
Exigível a Curto Prazo 432.000 52,6% 535.000 64,1%
Total das Origens de Fundos 822.000 100,0% 834.800 100,0%

Balanço Financeiro Funcional 2019 2020


Aplicações Fixas 400 000 434 800
Necessidades Cíclicas 380 000 360 000
Tesouraria Ativa 42 000 40 000
Total das Aplicações de Fundos 822 000 834 800
Recursos Estáveis 390 000 299 800
Recursos Cíclicos 320 000 390 000
Tesouraria Passiva 112 000 145 000
Total das Origens de Fundos 822 000 834 800

Outras informações:
 Em ambos os anos o exigível de m/l p diz apenas respeito a financiamentos obtidos. Em 2019 e 2020, os
financiamentos obtidos de c.p. elevaram-se a € 220.000 e € 240.000, respetivamente.

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Enunciado de Avaliação

 Em 2019 o valor de inventários de matérias-primas elevou-se a € 98.400. Em 2020 a € 78.000.


 Em 2020, o exigível de c.p. engloba um saldo de fornecedores de matérias-primas igual a € 108.900.
 Em 2020 o custo das matérias consumidas elevou-se a € 374.400.
 Em 2019 a empresa gerou excedentes financeiros globais de cerca de € 100.000.

Pretende-se que:
1. Tendo em atenção os efeitos do método “tentativa-erro” responda, sem justificar, acerca da verdade ou
falsidade de cada uma das afirmações infra (cada resposta certa vale 0,5 valores e cada resposta errada vale -
0,25 valores):
a) Em 2019 a empresa procedeu a um aumento do capital social por incorporação de reservas e conversão de
prestações suplementares. Tal facto, embora não afetando de imediato a sua liquidez permitiu-lhe melhorar
as suas perspetivas de solvabilidade de médio e longo prazo.
b) Em 2019 a autonomia financeira foi de aproximadamente 30,4% enquanto o período de recuperação da
dívida se elevou a 3,6 anos.

2. Se pronuncie, criticamente, sobre as condições de equilíbrio financeiro estrutural da empresa e indique 2


possíveis causas que podem ter contribuído para a evolução da situação financeira da empresa.

GRUPO II (cotação: 6 valores)

1. Relativamente à empresa Madeiras do Lena, Lda., uma PME que se dedica ao comércio por grosso e a retalho
de madeiras nacionais e importadas (código CAE Rev.3: 46731), conhece-se a seguinte informação (valores
expressos em euros):
i. Demonstrações dos resultados:
31/12/2021 31/12/2020
Volume de Negócios 19 145 812 15 600 854
Subsídios à exploração 839 759 113 913
Custo Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas 12 551 268 9 943 359
Fornecimentos e Serviços Externos 5 026 005 4 204 002
Gastos com o Pessoal 1 218 668 910 649
Outros Custos e Perdas 450 960 350 521
EBITDA 738 670 306 236
Gastos/reversões de depreciação e de amortização 317 388 265 707
Resultado Operacional 421 282 40 529
Juros e rendimentos similares obtidos 0 2 146
Juros e gastos similares suportados 44 068 38 929
Resultados antes de impostos 377 214 3 746
Imposto s/ o Rendimento do Exercício 35 504 458
Resultado Líquido do Exercício 341 710 3 288

ii. Em qualquer um dos anos a dimensão relativa dos ativos e rendimentos/gastos operacionais não afetos
à atividade de exploração foi perfeitamente negligenciável;

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iii. Os gastos variáveis da empresa incluem apenas os “custo das mercadorias vendidas e matérias
consumidas”;
iv. Para além dos elementos antes referidos, conhecem-se as seguintes informações do balanço:
31/12/2021 31/12/2020
Total do passivo 4 657 937 3 630 124
Total do capital próprio 1 490 250 1 151 695

Pede-se:
a) Analise a rendibilidade económica da empresa (ROA), desagregando-a nos seus 3 fatores explicativos
fundamentais, interpretando cada um dos valores numéricos que apurar, indicando de forma clara o seu
significado económico. (2,5 valores)
b) Apresente a equação fundamental da rendibilidade dos capitais próprios desta empresa e analise,
criteriosamente, o respetivo efeito de alavanca financeiro. (2,5 valores)
2. Suponha que a empresa Normal, Lda. apresentou os seguintes valores para 2021:
2021
Volume de negócios 3 000 000
Custos variáveis 1 500 000
Custos fixos 1 000 000
Resultados operacionais 500 000
Pede-se:
a) Calcule o ponto crítico, a margem de segurança e o grau de alavanca operacional desta empresa.
Comente os valores obtidos. (0,75 valor)

b) Para esta empresa simule uma diminuição da margem bruta em 10% através da redução do volume de
negócios, em consequência de uma alteração nas quantidades vendidas, recalculando o ponto crítico, a
margem de segurança e o grau de alavanca operacional para este cenário. Comente os resultados
obtidos face ao cenário de base. (1,25 valor)

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GRUPO III (cotação: 6 valores)

Atente na seguinte informação relativa a uma dada empresa industrial (valores expressos em euros):
i. Demonstração dos resultados:

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS 2020


Vendas e serviços prestados 8 700 000
Subsídios à exploração 3 000
Variação nos inventários da produção 30 000
CMVMC 3 600 000
Fornecimentos e serviços externos 910 000
Gastos com o pessoal 1 020 000
Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 110 000
Outros rendimentos 82 000
Outros gastos 63 000
Resultado antes de depreciação, gastos fin. e impostos 3 112 000
Gastos/reversões de depreciação e de amortização 500 000
Resultado operacional (antes de gastos de fin. e impost.) 2 612 000
Juros e gastos similares suportados (líquidos) 140 000
Resultados antes de impostos 2 472 000
Imposto sobre o rendimento do período 618 000
Resultado líquido do período 1 854 000

ii. Todos os rendimentos e gastos operacionais decorreram da atividade de exploração;


iii. Os rendimentos suplementares foram nulos;
iv. Os outros gastos, incluem 2.000 euros de impostos indiretos;
v. 50% do resultado líquido do período será distribuído aos sócios;
vi. No ano a empresa teve, em média, 60 colaboradores ao serviço;
vii. No ano verificou-se um desinvestimento em FMN de 122.000 euros.

A partir da informação apresentada, assinale se são Verdadeiras (V) ou Falsas (F) as afirmações infra (cada resposta
correta vale 0,6 valores e cada resposta errada desconta 0,3 valores):
1. A empresa gerou no período excedentes financeiros de exploração no valor de 3.112.000 €.
2. A empresa gerou no período meios libertos brutos totais de 3.222.000 €.
3. No período, os recebimentos de exploração excederam os pagamentos de exploração em 3.344.000 €.
4. O valor do autofinanciamento líquido gerado no período foi de 2.464.000 €.
5. Uma das possíveis utilizações do autofinanciamento bruto gerado no período poderá ser contribuir para o
investimento em ativos fixos tangíveis no ano seguinte.

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6. No período a empresa gerou um valor acrescentado bruto (VAB) de 4.221.000 €.


7. Aproximadamente, 24,2% do VAB gerado no período foi afeto aos trabalhadores e 20% aos sócios.
8. Aproximadamente, 36,4% do VAB gerado no período ficou retido na empresa.
9. No período, a empresa gerou 3,14 € por cada euro gasto com pessoal.
10. A produtividade do trabalho é completamente independente da produtividade do capital.

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 Não podem ser usados materiais de consulta, máquinas calculadoras gráficas, ou quaisquer outros equipamentos eletrónicos, exceto se tal for explicitamente
permitido pelo docente responsável da unidade curricular;
 Devem ser mantidos desligados quaisquer equipamentos de comunicação;
 Devem ser usadas, exclusivamente, as folhas de prova e de rascunho fornecidas pelo docente vigilante.
Em caso de comportamento fraudulento, o docente vigilante deve anular a prova do aluno, reportando a situação ao docente responsável que comunicará ao
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Exame: ANÁLISE FINANCEIRA
Época: Normal Data: 02/02/2022 Ano Letivo: 2021-2022
Duração: 2h30m Cotação: 20 valores

GRUPO I (cotação: 2,25 + 1 + 3,75 valores)

Parte I.A (cotação: 2,25 valores)

Para cada uma das seguintes questões, diga qual das afirmações é mais verdadeira (cada resposta certa vale 0,75
valores e cada resposta errada vale -0,25 valores).

1. O Relatório de Gestão de uma empresa constitui um importante documento de informação para a análise
financeira porque:
a) Inclui (ou deveria incluir) informação qualitativa acerca das perspetivas de evolução futura e dos principais
riscos a que se encontra sujeita;
b) Certifica a fiabilidade da informação contida nas demonstrações financeiras;
c) Explicita a forma como foi gerado e consumido o dinheiro ao longo do ano;
d) Todas as alíneas são falsas.
2. Ceteris paribus, um aumento do valor dos inventários de uma empresa:
a) Implica uma subida da liquidez reduzida;
b) Provoca uma descida da liquidez reduzida;
e) Não tem qualquer impacto sobre a liquidez reduzida;
c) Dependendo das circunstâncias, quer a alínea a) quer a b) podem ser verdadeiras.
3. No âmbito da elaboração do balanço financeiro patrimonial, é usual corrigir o valor contabilístico de
“rendimentos a reconhecer” por contrapartida de capital próprio porque:
a) Constituem uma rubrica que não apresenta qualquer grau de liquidez;
b) Constituem uma rubrica que normalmente não tem grande expressão monetária;
f) Constituem uma rubrica que não apresenta qualquer grau de exigibilidade;
c) Todas as alíneas são falsas.

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Parte I.B (cotação: 1,0 valores)

No âmbito de um processo de análise financeira à London, Lda., os consultores da empresa terão tratado as
seguintes informações no âmbito da preparação do Balanço Funcional relativo ao ano N:

1. Em 31/12/N o saldo contabilístico de clientes totalizava € 200.000, desagregando-se da seguinte forma:


i. € 25.000 de clientes com caráter pontual, com um PMR de 6 meses; Como se trata de um saldo pontual,
os consultores terão considerado o valor em Tesouraria Ativa.
ii. € 150.000 de clientes habituais, com um PMR de 9 meses; Como se trata de um saldo relativo a clientes
habituais, os consultores terão considerado o valor em Necessidades Cíclicas.
iii. € 25.000 de um cliente também habitual, mas cujo PMR ultrapassa normalmente os 12 meses; Como se
trata de um saldo relativo a um cliente habitual, ainda que o PMR ultrapasse os 12 meses, os consultores
terão considerado o valor em Necessidades Cíclicas.

2. Na rubrica contabilística de médio e longo prazo “Investimentos Financeiros” está registada uma
participação no capital da empresa Governo, S.A., no valor líquido de € 100.000, cujo justo valor à data da
análise é de € 70.000. Estamos perante uma participação financeira cujo justo valor da data de avaliação é
inferior ao valor contabilístico, daí que os analistas terão efetuado uma correção para efeitos de análise,
reduzindo o seu valor em €30.000 nas aplicações fixas e o mesmo montante em capitais próprios.

Pede-se que, no máximo de 5 linhas por alínea, diga como terão os consultores tratado as diversas informações.

Parte I.C (cotação: 3,75 valores)

Relativamente a determinada empresa industrial conhecem-se os seguintes elementos de informação económico-


financeira (valores não percentuais em euros):

Balanço Financeiro Patrimonial 2019 2020


Ativo Fixo de Exploração 380.000 46,2% 420.000 50,3%
Outros Ativos Fixos 20.000 2,4% 14.800 1,8%
Ativo Fixo 400.000 48,7% 434.800 52,1%
Existências 230.000 28,0% 190.000 22,8%
Realizável a Curto Prazo 180.000 22,0% 200.000 24,0%
Disponibilidades 12.000 1,5% 10.000 1,2%
Capital Circulante 422.000 51,3% 400.000 47,9%
Total das Aplicações de Fundos 822.000 100,0% 834.800 100,0%
Capitais Próprios 250.000 30,4% 199.800 23,9%
Exigível a Médio/Longo Prazo 140.000 17,0% 100.000 12,0%
Capital Permanente 390.000 47,5% 299.800 35,9%
Exigível a Curto Prazo 432.000 52,6% 535.000 64,1%
Total das Origens de Fundos 822.000 100,0% 834.800 100,0%

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Balanço Financeiro Funcional 2019 2020


Aplicações Fixas 400 000 434 800
Necessidades Cíclicas 380 000 360 000
Tesouraria Ativa 42 000 40 000
Total das Aplicações de Fundos 822 000 834 800
Recursos Estáveis 390 000 299 800
Recursos Cíclicos 320 000 390 000
Tesouraria Passiva 112 000 145 000
Total das Origens de Fundos 822 000 834 800

Outras informações:
 Em ambos os anos o exigível de m/l p diz apenas respeito a financiamentos obtidos. Em 2019 e 2020, os
financiamentos obtidos de c.p. elevaram-se a € 220.000 e € 240.000, respetivamente.
 Em 2019 o valor de inventários de matérias-primas elevou-se a € 98.400. Em 2020 a € 78.000.
 Em 2020, o exigível de c.p. engloba um saldo de fornecedores de matérias-primas igual a € 108.900.
 Em 2020 o custo das matérias consumidas elevou-se a € 374.400.
 Em 2019 a empresa gerou excedentes financeiros globais de cerca de € 100.000.

Pretende-se que:
1. Tendo em atenção os efeitos do método “tentativa-erro” responda, sem justificar, acerca da verdade ou
falsidade de cada uma das afirmações infra (cada resposta certa vale 0,5 valores e cada resposta errada vale -
0,25 valores):
a) Em 2019 a empresa procedeu a um aumento do capital social por incorporação de reservas e conversão de
prestações suplementares. Tal facto, embora não afetando de imediato a sua liquidez permitiu-lhe melhorar
as suas perspetivas de solvabilidade de médio e longo prazo. A afirmação é verdadeira, pois a exigibilidade
dessas rubricas ao serem convertidas em capital social diminuiu. Não se trata aqui apenas uma questão dos
valores dos indicadores de equilíbrio financeiro se manterem inalterados, notem que a composição do
capital próprio/estrutura se modificou diminuindo a sua exigibilidade.
b) Em 2019 a autonomia financeira foi de aproximadamente 30,4% enquanto o período de recuperação da
dívida se elevou a 3,6 anos. A afirmação é verdadeira. AF = 250.000/822.000 e PRD =
(140.000+220.000)/100.000.

2. Se pronuncie, criticamente, sobre as condições de equilíbrio financeiro estrutural da empresa e indique 2


possíveis causas que podem ter contribuído para a evolução da situação financeira da empresa.
Proposta de resolução:
Cálculo da Tesouraria Líquida:
2019 2020
FML -10 000 -135 000
NFM 60 000 -30 000
TL -70 000 -105 000
Liquidez Funcional* -16,7% 4,5
*Cuidado com a interpretação do indicador no segundo ano, dá uma falsa imagem de equilíbrio financeiro, em virtude de o
resultado obtido para a Liquidez Funcional estar influenciado pelo facto de tanto o FML, como as NFM serem negativos. Seria
preferível calcular a TL em % do VN. No entanto, não temos informação sobre o VN.

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Enunciado de Avaliação

Como podemos verificar, utilizando a abordagem funcional, a empresa apresenta sintomas de desequilíbrio
financeiro que se agravou de 2019 para 2020. A sua TL é negativa em ambos os anos, podendo considerar-se
assim estruturalmente desequilibrada.
Em ambos os anos a empresa apresenta uma clara insuficiência de capitais estáveis, nomeadamente para
financiar os seus ativos fixos, quer para fazer face às suas necessidades de financiamento do ciclo de exploração
(NFM). Encontra-se excessivamente dependente de operações de curto prazo, correndo um risco sério de
incapacidade de solver os seus compromissos a prazo. Ainda assim é de salientar a redução das suas NFM de
2019 para 2020, sendo mesmo que em 2020 e um excesso de financiamento com origem no ciclo de exploração.
Entre outros motivos, a empresa poderá ter chegado a esta situação devido a uma má política de financiamento
dos ativos fixos (notem que os mesmos crescem de 2019 para 2020 cerca de 11% em termos líquidos),
financiando os mesmos com curto prazo. Notem que RE apresentam uma redução significativa no biénio, quer
ao nível dos CP (pode ter existido uma distribuição de resultados/reservas livres ou resultados líquidos negativos
na atividade). Por outro lado, apresentará um ritmo desadequado de amortização dos financiamentos de médio
e longo prazo.

GRUPO II (cotação: 7 valores)

1. Relativamente à empresa Madeiras do Lena, Lda., uma PME que se dedica ao comércio por grosso e a retalho
de madeiras nacionais e importadas (código CAE Rev.3: 46731), conhece-se a seguinte informação (valores
expressos em euros):
i. Demonstrações dos resultados:
31/12/2021 31/12/2020
Volume de Negócios 19 145 812 15 600 854
Subsídios à exploração 839 759 113 913
Custo Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas 12 551 268 9 943 359
Fornecimentos e Serviços Externos 5 026 005 4 204 002
Gastos com o Pessoal 1 218 668 910 649
Outros Custos e Perdas 450 960 350 521
EBITDA 738 670 306 236
Gastos/reversões de depreciação e de amortização 317 388 265 707
Resultado Operacional 421 282 40 529
Juros e rendimentos similares obtidos 0 2 146
Juros e gastos similares suportados 44 068 38 929
Resultados antes de impostos 377 214 3 746
Imposto s/ o Rendimento do Exercício 35 504 458
Resultado Líquido do Exercício 341 710 3 288

ii. Em qualquer um dos anos a dimensão relativa dos ativos e rendimentos/gastos operacionais não afetos
à atividade de exploração foi perfeitamente negligenciável;
iii. Os gastos variáveis da empresa incluem apenas os “custo das mercadorias vendidas e matérias
consumidas”;
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Enunciado de Avaliação

iv. Para além dos elementos antes referidos, conhecem-se as seguintes informações do balanço:
31/12/2021 31/12/2020
Total do passivo 4 657 937 3 630 124
Total do capital próprio 1 490 250 1 151 695

Pede-se:
a) Analise a rendibilidade económica da empresa (ROA), desagregando-a nos seus 3 fatores explicativos
fundamentais, interpretando cada um dos valores numéricos que apurar, indicando de forma clara o seu
significado económico. (2,5 valores)
b) Apresente a equação fundamental da rendibilidade dos capitais próprios desta empresa e analise,
criteriosamente, o respetivo efeito de alavanca financeiro. (2,5 valores)
Resposta:
a) Rendibilidade económica

ROA antes de impostos 6,85% 0,85%


Fatores explicativos da ROA
MOL 2,20% 0,26%
Rotação do ativo 3,11 3,26
Controlo 6,85% 0,85%
Decomposição da MOL
Previamente, calcula-se a Margem Bruta (Nota: aceitámos a MB sem os subsídios de exploração):

+ Volume de Negócios 19 145 812 15 600 854


+ Subsídios à exploração 839 759 113 913
- Custo Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas 12 551 268 9 943 359
= Margem Bruta 7 434 303 5 771 408
Posteriormente, calculam-se os fatores explicativos da MOL:

MOB 38,83% 36,99%


Efeito dos gastos fixos 0,06 0,01
Controlo 2,20% 0,26%

Sintetizando
MOB 38,83% 36,99%
Efeito dos gastos fixos 0,06 0,01
Rotação do ativo 3,11 3,26
Controlo 6,85% 0,85%
De 2020 para 2021 assiste-se a uma subida significativa da ROA. Este aumento, numa primeira
aproximação, deve-se à MOL, que passa de 0,26% para 2,2%, apesar da ligeira redução da rotação do ativo.

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Enunciado de Avaliação

Analisando a MOL mais em detalhe, regista-se uma melhoria da MOB (passa de 36,99% para 38,83%) e
uma alteração positiva na estrutura de custos da empresa, o que possibilita que o Efeito dos Gastos Fixos
evolua de 0,01 para 0,06.
Em síntese, a evolução favorável deve-se fundamentalmente à alteração na estrutura de custos da
empresa e à melhoria da MOB, apesar de alguma perda na rotação do ativo. Se a empresa tiver condições
para repor a intensidade de utilização dos recursos ao nível do que ocorreu em 2020, terá condições para
aumentar um pouco mais a ROA.

b) Rendibilidade financeira

ROE depois de impostos 22,93% 0,29%

Antes de analisarmos a equação fundamenta da rendibilidade financeira, vamos calcular a ROA depois de
impostos, começando por estimar a taxa efetiva de imposto sobre o rendimento (tIRC):

Taxa efetiva de imposto sobre o rendimento 9,41% 12,23%


Sabendo isto, podemos calcular a ROA depois de impostos:

ROA depois de impostos 6,21% 0,74%


Controlo 6,21% 0,74%
Para conhecer o efeito de alavanca financeiro, necessitamos calcular previamente o GE e o CMPCA:

Grau de endividamento 3,13 3,15


CMPCA antes de impostos 0,95% 1,01%
CMPCA depois de impostos 0,86% 0,89%

Podemos, agora, calcular o EAF:

Efeito de alavanca financeiro em SE (diferencial de rendimento) 5,35% -0,15%


Efeito de alavanca financeiro em sentido lato 16,72% -0,46%

Sintetizando, temos:

ROA depois de impostos 6,21% 0,74%


+
Grau de endividamento 3,13 3,15
+
Efeito de alavanca financeiro em SE (Diferencial de rendimento) 5,35% -0,15%
Controlo 22,93% 0,29%

Verificamos que o EAF foi negativo em 2020, tendo passado a ser significativamente positivo em 2021. Isto
deve-se à capacidade que a empresa evidenciou para, por um lado, melhorar a ROA (pelas razões
anteriormente aduzidas) e, por outro lado, baixar o CMPCA, possivelmente devido à ligeira redução do
grau de endividamento.

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Enunciado de Avaliação

Em síntese, a política financeira prosseguida pela empresa em 2021 possibilitou um EAF favorável, ao
invés do ocorrido no ano anterior.

2. Suponha que a empresa Normal, Lda. apresentou os seguintes valores para 2021:
2021
Volume de negócios 3 000 000
Custos variáveis 1 500 000
Custos fixos 1 000 000
Resultados operacionais 500 000
Pede-se:
a) Calcule o ponto crítico, a margem de segurança e o grau de alavanca operacional desta empresa.
Comente os valores obtidos. (0,75 valor)

Comecemos por calcular a Margem Bruta:

MB = Volume de negócios – Custos variáveis  MB = 3.000.000 – 1.500.000 = 1.500.000

O que equivale a uma margem bruta de 50%.

Sabemos que o ponto crítico se calcula através da seguinte expressão:

Logo, temos:

1.000.000
𝑃𝐶𝑉 = = 2.000.000
50%

Sabemos, ainda, que


𝑀𝐵 − 𝐺𝐹𝑖𝑥𝑜𝑠 𝑀𝐵
𝑀𝑆(%) = = −1
𝐺𝐹𝑖𝑥𝑜𝑠 𝐺𝐹𝑖𝑥𝑜𝑠

Logo, temos:

1.500.000 − 1.000.000
𝑀𝑆 (%) = = 50%
1.000.000

Por fim, sabemos que:

Donde:

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Enunciado de Avaliação

1.500.000
𝐺𝐴𝑂 = =3
500.000

Concluindo, a empresa em questão evidencia um nível de risco que podemos classificar de moderado, em
virtude de apresentar um GAO de 3 (o que significa que uma alteração de 1% no volume de negócios terá
um impacto de 3% nos resultados operacionais). Adicionalmente, tem uma MS de 50%, o que mostra que
as vendas podem cair até 50% sem que a empresa atinja o seu ponto crítico).

b) Para esta empresa simule uma diminuição da margem bruta em 10% através da redução do volume de
negócios, em consequência de uma alteração nas quantidades vendidas, recalculando o ponto crítico, a
margem de segurança e o grau de alavanca operacional para este cenário. Comente os resultados
obtidos face ao cenário de base. (1,25 valor)

Para a hipótese de uma redução da MB de 10%, temos o seguinte cenário esperado:

2021 Δ -10% MB
Volume de negócios 3 000 000 2 700 000
Custos variáveis 1 500 000 1 350 000
MARGEM BRUTA 1 500 000 1 350 000
Custos fixos 1 000 000 1 000 000
Resultados operacionais 500 000 350 000
Decorrem daqui os seguintes valores previstos para os indicadores calculados em a):

PCV 2 000 000 2 000 000


MS (%) 50,0% 35,0%
GAO 3,00 3,86
Constamos, assim, que:
 O PCV se mantém ao mesmo nível,
 A MS diminuiu para 35%, devido à redução do volume de negócios,
 O GAO aumenta para 3,86,
o que permite concluir que este cenário aumenta o nível de risco da empresa de forma significativa.

GRUPO III (cotação: 6 valores)

Atente na seguinte informação relativa a uma dada empresa industrial (valores expressos em euros):
i. Demonstração dos resultados:

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Enunciado de Avaliação

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS 2020


Vendas e serviços prestados 8 700 000
Subsídios à exploração 3 000
Variação nos inventários da produção 30 000
CMVMC 3 600 000
Fornecimentos e serviços externos 910 000
Gastos com o pessoal 1 020 000
Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 110 000
Outros rendimentos 82 000
Outros gastos 63 000
Resultado antes de depreciação, gastos fin. e impostos 3 112 000
Gastos/reversões de depreciação e de amortização 500 000
Resultado operacional (antes de gastos de fin. e impost.) 2 612 000
Juros e gastos similares suportados (líquidos) 140 000
Resultados antes de impostos 2 472 000
Imposto sobre o rendimento do período 618 000
Resultado líquido do período 1 854 000

ii. Todos os rendimentos e gastos operacionais decorreram da atividade de exploração;


iii. Os rendimentos suplementares foram nulos;
iv. Os outros gastos, incluem 2.000 euros de impostos indiretos;
v. 50% do resultado líquido do período será distribuído aos sócios;
vi. No ano a empresa teve, em média, 60 colaboradores ao serviço;
vii. No ano verificou-se um desinvestimento em FMN de 122.000 euros.
A partir da informação apresentada, assinale se são Verdadeiras (V) ou Falsas (F) as afirmações infra (cada resposta
correta vale 0,6 valores e cada resposta errada desconta 0,3 valores):
1. A empresa gerou no período excedentes financeiros de exploração no valor de 3.112.000 €. F
MLBE = RE + Δ D&A exp. + Δ Imp. exp. + Δ Prov. exp;
Dada a informação Ii), RE = RO, e como Δ Prov. Exp. = 0 => MLBE = 2.612.000+500.000+110.000 =
3.222.000 €
2. A empresa gerou no período meios libertos brutos totais de 3.222.000 €. V
Dada a informação ii) e como ΔJV = 0 => MLBT = MLBE = 3.222.000 €.
3. No período, os recebimentos de exploração excederam os pagamentos de exploração em 3.344.000 €. V
Rec. exp. – Pag. exp. = MLBE – ΔNFM = 3.220.000 + 122.000 = 3.344.000 (veja-se, relativamente à soma
dos 122.000 a informação vii)
4. O valor do autofinanciamento líquido gerado no período foi de 2.464.000 €. F
Autofinanciamento líquido = MLLR = MLLT – RLD/RL a distribuir
MLLT = RL + ΔD&A + ΔImp. + ΔProv. -/+ ΔLV

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Enunciado de Avaliação

MLLT = 1.854.000 + 500.000 + 110.000 + 0 - 0 = 2.464.000 €


MLLR = 2.464.000 -50% x 1.854000 = 1.537.000 €
5. Uma das possíveis utilizações do autofinanciamento bruto gerado no período poderá ser contribuir para o
investimento em ativos fixos tangíveis no ano seguinte. V
Logicamente, uma das possíveis utilizações dos MLLT gerados num dado período poderá ser a contribuição para
o financiamento da aquisição de AFT no ano seguinte.
6. No período a empresa gerou um valor acrescentado bruto (VAB) de 4.221.000 €. V
VAB = VBP – CI
Neste caso concreto, atendendo à DR e às informações iii) e iv), VAB = 8.700.000 +3.000 + 30.000 – (3.600.000
+ 910.000 +2.000) = 4.221.000 €
7. Aproximadamente, 24,2% do VAB gerado no período foi afeto aos trabalhadores e 20% aos sócios. F
VAB afeto aos trabalhadores = 1.020.000 / 4.221.000 ≈ 24,2%
VAB afeto aos sócios = (50% x 1854.000) / 4.221.000 ≈ 22,0%
8. Aproximadamente, 36,4% do VAB gerado no período ficou retido na empresa. V
VAB retido na empresa = 1.537.000 / 4.221.000 = 36,4%
9. No período, a empresa gerou 3,14 € por cada euro gasto com pessoal. F
VAB / Gastos c/ pessoal = 1 / 0.242 ≈ 4,13 => o valor correto seria 4,13 €
10. A produtividade do trabalho é completamente independente da produtividade do capital. F
Vejam-se os diapositivos finais sobre a inter-relação entre as diferentes produtividades específicas…

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Enunciado de Avaliação

A Ética e a Integridade Académica são padrões de conduta prosseguidos pela nossa Instituição, pelo que durante a realização das provas escritas:
 Não podem ser usados materiais de consulta, máquinas calculadoras gráficas, ou quaisquer outros equipamentos eletrónicos, exceto se tal for explicitamente
permitido pelo docente responsável da unidade curricular;
 Devem ser mantidos desligados quaisquer equipamentos de comunicação;
 Devem ser usadas, exclusivamente, as folhas de prova e de rascunho fornecidas pelo docente vigilante.
Em caso de comportamento fraudulento, o docente vigilante deve anular a prova do aluno, reportando a situação ao docente responsável que comunicará ao
Presidente da CBS| ISCAC para aplicação das sanções disciplinares previstas.

ATENÇAO! Responda em folhas separadas a cada um dos grupos deste exame.

Licenciaturas: Contabilidade e Auditoria | Contabilidade e Gestão Pública | Gestão de Empresas


Exame: ANÁLISE FINANCEIRA
Época: RECURSO Data: 22/02/2022 Ano Letivo: 2021-2022
Duração: 2h30m Cotação: 20 valores

GRUPO I (cotação: 7 valores)

A. Para cada uma das seguintes afirmações/questões, indique qual a alínea que considera mais correta (cada
resposta certa vale 0,5 valores e cada resposta errada desconta 0,25 valores).
1. No âmbito da análise do equilíbrio financeiro na ótica tradicional (ou patrimonial), na passagem do balanço
contabilístico para o balanço financeiro para análise, dever-se-á:
a) Corrigir os eventuais diferimentos ativos e passivos por contrapartida de capital próprio;
b) Tentar aferir se as provisões e imparidades registadas são adequadas e, em caso de insuficiência, reforçá-las
por contrapartida da diminuição dos capitais próprios;
c) Verificar se não existem passivos correntes, nomeadamente financiamentos obtidos, que pelas suas
caraterísticas de renovação sistemática devam ser considerados capitais permanentes;
d) Todas as afirmações são verdadeiras.
2. Quais os rácios que seriam de utilização mais provável para medir a capacidade de uma empresa cumprir as
suas obrigações de médio e longo prazo?
a) Os rácios de liquidez geral e reduzida;
b) Os rácios do período de recuperação da dívida e de liquidez imediata;
c) Os rácios do período de recuperação da dívida e de autonomia financeira;
d) Os rácios de rotação das existências e do ativo circulante.
3. E de curto prazo?
a) Os rácios de liquidez geral e reduzida;
b) Os rácios do período de recuperação da dívida e de cobertura dos encargos financeiros;
c) Os rácios do período de recuperação da dívida e de autonomia financeira;
d) Nenhuma das respostas está correta.
4. A denominada “regra do equilíbrio financeiro mínimo” diz-nos que:
a) A todo o momento, cada nova aplicação de fundos deve ser financiada com uma origem de fundos de igual
maturidade;
b) Uma empresa que apresentar um FML patrimonial negativo estará em desequilíbrio financeiro;
c) Os capitais permanentes devem ser iguais ou superiores aos ativos fixos;
d) Nenhuma das afirmações está correta.

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Enunciado de Avaliação

B. Indique em que rubricas do balanço financeiro funcional sintético de dada empresa estarão integrados os
seguintes saldos contabilísticos (cada resposta correta vale 0,5 valores e cada resposta errada desconta 0,25
valores).

a. Saldo incluído na rubrica “Financiamentos obtidos”, do Passivo Corrente, relativo a uma conta corrente
caucionada, renovável semestralmente, com um plafond autorizado de 100.000€, que vem sendo
integramente utilizado desde que foi negociado, há já mais de 2 anos.
b. Saldo incluído na rubrica “Estado e outros entes públicos”, do Ativo Corrente, relativo a IVA a recuperar
associado à aquisição de um ativo fixos tangível.
c. Saldo incluído na rubrica “Clientes”, do Ativo Corrente, respeitante a cliente com quem não se voltará a
negociar por incumprimento sistemático dos prazos de recebimento acordados. A cobrança a curto prazo
do valor em dívida do cliente afigura-se cada vez menos provável.
d. Saldo incluído na rubrica “Caixa de depósitos bancários”, do Ativo Corrente, respeitante ao montante
definido da Reserva de Segurança de Tesouraria (RST).

C. Considere o seguinte quadro de indicadores económico-financeiros de uma pequena empresa de prestação de


serviços: (3 valores)
Indicadores N
Índice de liquidez funcional 0,3
Prazo médio de recebimentos de clientes (em meses) 3,3
Prazo médio de pagamentos a fornecedores (em meses) 4,8
Autonomia financeira 8,4%
Período de recuperação da dívida financeira (em anos) 8,2

a. Apresente a fórmula de cálculo de cada um dos indicadores que constam da tabela, sabendo ainda que: i)
a empresa não tem transações comerciais com países estrangeiros; ii) além da sua área de negócio core –
a prestação de serviços, a empresa também vende alguns produtos (mercadorias) que os clientes lhe
solicitam; iii) a taxa média de IVA incidente sobre a aquisição de FSE é de 16%. (1 valor)
b. Explique, de forma clara e completa, porque é que a empresa apresenta uma situação de desequilíbrio
financeiro estrutural de curto prazo. (1 valor)
c. Explique, de forma clara, porque é que podemos considerar que a empresa apresenta indicadores da
Autonomia financeira e do Prazo de recuperação da dívida financeira muito preocupantes. (1 valor)

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GRUPO II (cotação: 7 valores)

A fim de ser elaborado um parecer sobre a evolução da situação económica da empresa Taste, Lda., foram
disponibilizadas ao analista as seguintes informações relativas aos anos 2020 e 2021:
i. Demonstração dos resultados (valores em milhares de euros:
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS 2020 2021
Vendas e serviços prestados 62 000 69 500
Trabalhos para a própria entidade 0 0
Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas -24 000 -25 000
Fornecimentos e serviços externos -15 000 -9 000
Gastos com o pessoal -18 000 -20 000
Imparidades 0 0
Aumentos de justo valor 0 0
Outros rendimentos e ganhos 12 000 3 000
Outros gastos e perdas -8 500 -2 000
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 8 500 16 500
Gastos/reversões de depreciação e de amortização -4 000 -4 500
Resultado Operacional 4 500 12 000
Juros e gastos similares suportados -2 500 -3 000
Resultados antes de impostos 2 000 9 000
Imposto sobre o rendimento do período -400 -1 800
Resultado líquido do período 1 600 7 200

ii. A empresa, por regra, distribui anualmente 20% dos resultados;


iii. Os gastos variáveis da empresa são cerca de 40% do volume de negócios;
iv. Em 2021 todo o ativo da empresa se encontrava afeto ao seu Core Business e a totalidade do resultado
operacional advinha da atividade de exploração corrente;
v. Em 2020, em virtude de ter um edifício completamente devoluto, a empresa decidiu proceder ao seu
arrendamento pelo que foi reclassificado como “propriedade de investimento”, tendo sido vendido em
2021 sem qualquer mais-valia:
a) Nesta conformidade, em 2020, apenas 80% do ativo da empresa ficou adstrito ao seu Core Business;
b) Nesse ano (2020) da rubrica "Outros rendimentos e ganhos" constam € 9.000 referentes a rendas de
propriedades de investimento. Os gastos associados a esta propriedade de investimento são
negligenciáveis;
c) Com exceção do considerado no item anterior, todas as restantes rubricas que contribuem para a
formação dos resultados estão relacionadas com a atividade de exploração corrente.
vi. Balanços sintéticos:

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Enunciado de Avaliação

BALANÇO 2020 2021


Ativo Fixo 200 000 250 000

Ativo Circulante 150 000 200 000

Total das Aplicações de Fundos 350 000 450 000

Capitais Próprios 150 000 175 000

Capitais Alheios 200 000 275 000

Total das Origens de Fundos 350 000 450 000

Pede-se:
1. Analise a evolução da rendibilidade económica de exploração (REE), desagregando-a nos seus fatores
explicativos fundamentais. (2,5 valores)
2. Através da denominada “equação fundamental” da rendibilidade dos capitais próprios (ROE), analise a evolução
da rendibilidade financeira. (2,5 valores)
3. Diga, sem justificar, se considera verdadeiras ou falsas as seguintes afirmações (cada resposta errada desconta
0,25 valores):
a) Ceteris paribus, face a uma expetativa de crescimento do volume de negócios de 5% em 2022, é expectável
que o resultado de exploração cresça 17,375%; (0,75 valores)
b) Em 2020 a empresa esteve a trabalhar abaixo do ponto crítico económico de exploração. (0,75 valores)
c) Em 2021 a empresa apresentou um grau de alavancagem financeira (GAF) aparente de 3 (arredondamento às
unidades). (0,5 valores)

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Enunciado de Avaliação

GRUPO III (cotação: 6 valores)


1. Relativamente à empresa Madeiras do Lena, Lda., uma PME que se dedica ao comércio por grosso e a retalho
de madeiras nacionais e importadas (código CAE Rev.3: 46731), conhece-se a seguinte informação (valores
expressos em euros):
vii. Demonstrações dos resultados:
Rubricas / Ano 2021 2020
Volume de Negócios 19 145 812 15 600 854
Subsídios à exploração 839 759 113 913
Custo Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas 12 551 268 9 943 359
Fornecimentos e Serviços Externos 5 026 005 4 204 002
Gastos com o Pessoal 1 218 668 910 649
Outros Gastos e Perdas 450 960 350 521
EBITDA 738 670 306 236
Gastos/reversões de depreciação e de amortização 317 388 265 707
Resultado Operacional 421 282 40 529
Juros e rendimentos similares obtidos 0 2 146
Juros e gastos similares suportados 44 068 38 929
Resultados antes de impostos 377 214 3 746
Imposto s/ o Rendimento do Exercício 35 504 458
Resultado Líquido do Exercício 341 710 3 288

viii. Todos os rendimentos e gastos operacionais decorreram da atividade de exploração;


ix. Os rendimentos suplementares foram nulos;
x. Os outros gastos, incluem 2.500 euros de impostos indiretos;
xi. Em cada um dos anos, 30% do resultado líquido do período será distribuído aos sócios;
xii. No ano de 2020 a empresa teve, em média, 30 colaboradores ao serviço. No ano seguinte, contratou mais
5 trabalhadores, logo no início de janeiro.

A partir da informação apresentada, calcule/indique:


1. O valor acrescentado bruto (VAB) para o ano de 2020, utilizando o método subtrativo. (1 valor)
2. Os meios libertos brutos totais (MLBT) e os meios libertos líquidos retidos (MLLR) gerados no ano de 2021.
Comente os resultados obtidos. (1 valor)
3. Como foi repartido o valor acrescentado bruto (VAB) gerado no ano de 2021. (1,5 valores)
4. A produtividade do trabalho do período, explicitando as fórmulas de cálculo utilizadas e comentando
rigorosamente o respetivo significado. (1 valor)
Adicionalmente, distinga:
5. “Capacidade de autofinanciamento” de “autofinanciamento líquido”. (0,75 valores)
6. “Meios libertos brutos de exploração” (MLBE) de “fluxos de caixa das atividades operacionais” (FCO). (0,75
valores)
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Licenciaturas: Contabilidade e Auditoria | Contabilidade e Gestão Pública | Gestão de Empresas


Exame: ANÁLISE FINANCEIRA
Época: RECURSO Data: 22/02/2022 Ano Letivo: 2021-2022
Duração: 2h30m Cotação: 20 valores

GRUPO I (cotação: 7 valores)

A. Para cada uma das seguintes afirmações/questões, indique qual a alínea que considera mais correta (cada
resposta certa vale 0,5 valores e cada resposta errada desconta 0,25 valores).
1. No âmbito da análise do equilíbrio financeiro na ótica tradicional (ou patrimonial), na passagem do balanço
contabilístico para o balanço financeiro para análise, dever-se-á:
a) Corrigir os eventuais diferimentos ativos e passivos por contrapartida de capital próprio; *
b) Tentar aferir se as provisões e imparidades registadas são adequadas e, em caso de insuficiência, reforçá-
las por contrapartida da diminuição dos capitais próprios; *
c) Verificar se não existem passivos correntes, nomeadamente financiamentos obtidos, que pelas suas
caraterísticas de renovação sistemática devam ser considerados capitais permanentes;
d) Todas as afirmações são verdadeiras. *
* Qualquer uma destas 3 respostas foi considerada como correta.
2. Quais os rácios que seriam de utilização mais provável para medir a capacidade de uma empresa cumprir as
suas obrigações de médio e longo prazo?
a) Os rácios de liquidez geral e reduzida;
b) Os rácios do período de recuperação da dívida e de liquidez imediata;
c) Os rácios do período de recuperação da dívida e de autonomia financeira;
d) Os rácios de rotação das existências e do ativo circulante.
3. E de curto prazo?
a) Os rácios de liquidez geral e reduzida;
b) Os rácios do período de recuperação da dívida e de cobertura dos encargos financeiros;
c) Os rácios do período de recuperação da dívida e de autonomia financeira;
d) Nenhuma das respostas está correta.
4. A denominada “regra do equilíbrio financeiro mínimo” diz-nos que:
a) A todo o momento, cada nova aplicação de fundos deve ser financiada com uma origem de fundos de
igual maturidade;
b) Uma empresa que apresentar um FML patrimonial negativo estará em desequilíbrio financeiro;
c) Os capitais permanentes devem ser iguais ou superiores aos ativos fixos;
d) Nenhuma das afirmações está correta.

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Enunciado de Avaliação

B. Indique em que rubricas do balanço financeiro funcional sintético de dada empresa estarão integrados os
seguintes saldos contabilísticos (cada resposta correta vale 0,5 valores e cada resposta errada desconta 0,25
valores).
a. Saldo incluído na rubrica “Financiamentos obtidos”, do Passivo Corrente, relativo a uma conta corrente
caucionada, renovável semestralmente, com um plafond autorizado de 100.000€, que vem sendo
integramente utilizado desde que foi negociado, há já mais de 2 anos. Recursos Estáveis (RE)
b. Saldo incluído na rubrica “Estado e outros entes públicos”, do Ativo Corrente, relativo a IVA a recuperar
associado à aquisição de um ativo fixos tangível. Tesouraria Ativa (TA)
c. Saldo incluído na rubrica “Clientes”, do Ativo Corrente, respeitante a cliente com quem não se voltará a
negociar por incumprimento sistemático dos prazos de recebimento acordados. A cobrança a curto prazo
do valor em dívida do cliente afigura-se cada vez menos provável. Aplicações Estáveis (AE)
d. Saldo incluído na rubrica “Caixa de depósitos bancários”, do Ativo Corrente, respeitante ao montante
definido da Reserva de Segurança de Tesouraria (RST). Necessidades Cíclicas (NC)

C. Considere o seguinte quadro de indicadores económico-financeiros de uma pequena empresa de prestação de


serviços: (3 valores)
Indicadores N
Índice de liquidez funcional 0,3
Prazo médio de recebimentos de clientes (em meses) 3,3
Prazo médio de pagamentos a fornecedores (em meses) 4,8
Autonomia financeira 8,4%
Período de recuperação da dívida financeira (em anos) 8,2

a. Apresente a fórmula de cálculo de cada um dos indicadores que constam da tabela, sabendo ainda que: i)
a empresa não tem transações comerciais com países estrangeiros; ii) além da sua área de negócio core –
a prestação de serviços, a empresa também vende alguns produtos (mercadorias) que os clientes lhe
solicitam; iii) a taxa média de IVA incidente sobre a aquisição de FSE é de 16%. (1 valor)

Pressuposto adotado: a empresa líquida IVA nas vendas de mercadorias e nos serviços prestados à taxa
normal de 23%. A taxa de IVA suportada na aquisição de mercadorias é também de 23%.

 Índice de liquidez funcional


= Fundo de Maneio Líquido funcional/Fundo de Maneio Necessário (FMLf/FMN)
 Prazo médio de recebimentos de clientes (em meses)
= [Sd médio de clientes/(VSP x 1,23)] x 12, com Sd = Saldo e VSP = Vendas e Serviços Prestados
Obs.1: caso não se tivesse explicitado o pressuposto acima, também era aceite como resposta correta a
formulação [VSP x (1+tx.IVA)]
 Prazo médio de pagamentos a fornecedores (em meses)
= [Sd médio de fornecedores/(Compras de merc. X 1,23 + FSE x 1,16)] x 12, com FSE = Fornecimentos e
Serviços Externos e Compras de mercadorias = CMV + Sd final de merc. – Sd. Inicial de merc.
Obs.2: idem à obs.1, agora relativamente às Compras de mercadorias
 Autonomia financeira
= (Capital próprio/Ativo total) x 100

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 Período de recuperação da dívida financeira (em anos)


= Dívida financeira/MLLT, com Dívida financeira = Passivo remunerado ≈ Financiamentos obtidos
(correntes e não correntes) e MLLT (Meios Libertos Líquidos Totais ou Autofinanciamento Bruto ou
Capacidade de Autofinanciamento) = RL + ΔD&A + ΔImp. + ΔProv. –/+ ΔJV (a subtrair se estivermos
perante aumentos de JV e a somar se estivermos perante diminuições)

b. Explique, de forma clara e completa, porque é que a empresa apresenta uma situação de desequilíbrio
financeiro estrutural de curto prazo. (1 valor)

Como a empresa apresenta um Índice de Liquidez funcional de 0,3, muito inferior a 1,0, podemos concluir
que o seu valor da Tesouraria Líquida é significativamente negativo. A empresa apresenta, pois, uma
situação de claro desequilíbrio financeiro estrutural, já que o valor da soma dos Recursos Estáveis (RE)
com os Recursos Cíclicos (RC) é muito inferior ao valor da soma das Aplicações Estáveis (AE) com as
Necessidades Cíclicas (NC). Ou seja, existe um montante muito significativo de aplicações de fundos de
médio/longo prazo (AE) e/ou permanentes (NC) que estão a ser financiadas por origens de fundos
meramente temporárias (TP), o que tem como consequência uma situação de claro desequilíbrio
financeiro estrutural de curto prazo (a TA apenas consegue fazer face a cerca de 1/3 das
responsabilidades de curto prazo da empresa – a TP).
c. Explique, de forma clara, porque é que podemos considerar que a empresa apresenta indicadores da
Autonomia financeira e do Prazo de recuperação da dívida financeira muito preocupantes. (1 valor)

Nomeadamente do ponto de vista dos credores financeiros da empresa, o valor da autonomia financeira
(AF) da empresa é muitíssimo baixo. Embora um valor adequado da AF dependa de muitos fatores (e.g.,
ramo de atividade onde atua, estádio do ciclo de vida em que se encontra e perspetivas futuras sobre a
existência, ou não, de um efeito de alavancagem financeira em sentido estrito positivo), atualmente
valores abaixo de cerca de 30 a 40% são, em geral, considerados insuficientes (em tempos idos, o “valor
considerado crítico”, nomeadamente para as empresas de pequena dimensão, era da ordem dos 25%.
Atualmente, com o crescente aumento da incerteza sobre as perspetivas futuras do ambiente macro e
microeconómico, exige-se um rácio um pouco mais conservador, ou seja, mais elevado). E o valor da AF
apresentado (8,4%) é muitíssimo baixo por duas ordens de razão. Em primeiro lugar, porque com um
valor de apenas 8,4%, quaisquer futuros prejuízos mais pronunciados da empresa, ou não tão
pronunciados, mas consecutivos, não colmatados imediatamente por outras vias (e.g., aumentos de
capital em dinheiro, conversão de suprimentos em capital, etc.), facilmente colocarão a empresa em
situação de insolvência técnica, com todas os inconvenientes que daí advêm, nomeadamente para os
credores comuns. Em segundo lugar, valores daquela ordem de grandeza são muitas vezes percecionados
como um sinal de menor grau de comprometimento dos sócios para com o sucesso económico-financeiro
da empresa. Na realidade, em termos relativos, se a empresa falir, é sobretudo “o dinheiro colocado na
empresa pelos credores” que fica em causa. Os sócios, esses, face à exiguidade do capital investido, têm,
em termos relativos, menos a perder.

Um período de recuperação da dívida financeira (PRDF) de 8,2 anos significa que, mantendo nos próximos
8,2 anos um mesmo nível médio de geração anual de excedentes financeiros globais, a empresa
demoraria aquela quantidade de tempo para solver a sua dívida financeira se o fizesse recorrendo
exclusivamente à sua capacidade de autofinanciamento. Embora, mais uma vez, não existam valores
absolutamente consensuais sobre, neste caso, o valor máximo do número de anos a partir do qual o PRDF
passa a ser considerado preocupante, em períodos de conjuntura económica favorável e baixo nível de
incerteza futura sobre a mesma, 7 a 8 anos constitui uma referência que não deve ser ultrapassada. Em

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Enunciado de Avaliação

períodos de maior “turbulência económica e financeira” como a que vivemos desde há vários anos
(décadas?) e em que as perspetivas futuras sobre o ambiente macro, micro e geopolítico são cada vez
mais incertas, níveis do PRDF acima de cerca de 4 a 6 anos já são considerados preocupantes ou
excessivamente arriscados. * Assim, atualmente, um PRDF de 8,2 anos pode ser considerado como
bastante preocupante ou, pelo menos, muito pouco conservador. Um PRDF não adequado (demasiado
elevado) pode ser o resultado de um valor da dívida financeira excessivamente elevado, de uma
capacidade de geração anual de MLLT muita fraca ou de uma combinação de ambas as situações. Seja
como for, um valor imprudente do PRDF mostra-nos que a empresa está a trabalhar com um valor da
dívida financeira que não é adequado face ao valor dos excedentes financeiros globais que consegue
gerar. Ao contrário de outros indicadores de equilíbrio financeiro de médio/longo prazo, este tem a
virtude de evidenciar que existe uma clara interdependência entre a “rendibilidade” da empresa e a sua
“capacidade de endividamento”, ou seja, que a solvabilidade de médio/longo prazo de uma empresa
depende não apenas da sua “posição financeira de partida”, mas também, e muito, da sua “rentabilidade
futura”.

* Uma referência internacional mais consensualizada é a que se refere ao rácio “Fluxos de caixa das
atividades operacionais / Dívida total” que não deve ser inferior a 1. Ou, de outra forma, o rácio “Dívida
Total / Fluxos de caixa das atividades operacionais” não deve ser superior a 1 ano. Note-se, porém, que
se trata de indicadores não comparáveis pelas diferenças substanciais que existem, quer em termos do
numerador, quer do denominador.

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GRUPO II (cotação: 7 valores)

A fim de ser elaborado um parecer sobre a evolução da situação económica da empresa Taste, Lda., foram
disponibilizadas ao analista as seguintes informações relativas aos anos 2020 e 2021:
i. Demonstração dos resultados (valores em milhares de euros:
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS 2020 2021
Vendas e serviços prestados 62 000 69 500
Trabalhos para a própria entidade 0 0
Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas -24 000 -25 000
Fornecimentos e serviços externos -15 000 -9 000
Gastos com o pessoal -18 000 -20 000
Imparidades 0 0
Aumentos de justo valor 0 0
Outros rendimentos e ganhos 12 000 3 000
Outros gastos e perdas -8 500 -2 000
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 8 500 16 500
Gastos/reversões de depreciação e de amortização -4 000 -4 500
Resultado Operacional 4 500 12 000
Juros e gastos similares suportados -2 500 -3 000
Resultados antes de impostos 2 000 9 000
Imposto sobre o rendimento do período -400 -1 800
Resultado líquido do período 1 600 7 200

ii. A empresa, por regra, distribui anualmente 20% dos resultados;


iii. Os gastos variáveis da empresa são cerca de 40% do volume de negócios;
iv. Em 2021 todo o ativo da empresa se encontrava afeto ao seu Core Business e a totalidade do resultado
operacional advinha da atividade de exploração corrente;
v. Em 2020, em virtude de ter um edifício completamente devoluto, a empresa decidiu proceder ao seu
arrendamento pelo que foi reclassificado como “propriedade de investimento”, tendo sido vendido em
2021 sem qualquer mais-valia:
a) Nesta conformidade, em 2020, apenas 80% do ativo da empresa ficou adstrito ao seu Core Business;
b) Nesse ano (2020) da rubrica "Outros rendimentos e ganhos" constam € 9.000 referentes a rendas de
propriedades de investimento. Os gastos associados a esta propriedade de investimento são
negligenciáveis;
c) Com exceção do considerado no item anterior, todas as restantes rubricas que contribuem para a
formação dos resultados estão relacionadas com a atividade de exploração corrente.

vi. Balanços sintéticos:

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Enunciado de Avaliação

BALANÇO 2020 2021


Ativo Fixo 200 000 250 000
Ativo Circulante 150 000 200 000
Total das Aplicações de Fundos 350 000 450 000
Capitais Próprios 150 000 175 000
Capitais Alheios 200 000 275 000
Total das Origens de Fundos 350 000 450 000
1. Analise a evolução da rendibilidade económica de exploração (REE), desagregando-a nos seus fatores
explicativos fundamentais. (2,5 valores)

2020 2021
AE 280 000 450 000
Rendimento extraexploração 9 000 0
RE -4 500 12 000
Gastos Variáveis Exploração (40% do VN) 24 800 27 800
Gastos Fixos Exploração (todos menos os Variáveis=40%VN) 40 700 28 200
MB 37 200 41 700

REE -1,6% 2,7%


MOB 0,6 0,6
Efeito Gastos Fixos -12% 29%
Rot. AE 0,221 0,154
MEL -7,26% 17,27%
Pontos chave na evolução:
 Crescimento absoluto de 4,3% na REE, passando de negativa a positiva;
 Assistimos a uma melhoria significativa da MEL, sendo que o fator essencial para essa melhoria foi
a maior diluição dos Gastos Fixos, pois a MOB manteve-se constante;
 Verifica-se que o aumento da REE não é mais significativo porque assistimos a uma diminuição da
Rotação do Ativo, em virtude do crescimento significativo do ativo de exploração da empresa;
 Seria importante comparar os valores da empresa e a sua evolução com os valores médios do setor
que desconhecemos e aprofundar a evolução da estrutura de gastos de exploração.
2. Através da denominada “equação fundamental” da rendibilidade dos capitais próprios (ROE), analise a
evolução da rendibilidade financeira. (2,5 valores)

RCPd.i. 1,1% 4,1%


ROAa.i. 1,29% 2,67%
GE 1,33 1,57
CMPCAa.i. 1,25% 1,09%
ISR 20% 20%
EAFa.i. (sentido estrito) 0,04% 1,6%
EAFa.i. (sentido lato) 0,05% 2,5%

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Em alternativa, trabalhar depois de impostos:


ROAd.i. 1,029% 2,13%
GE 1,33 1,57
CMPCAd.i. 1,00% 0,87%
ISR 20% 20%
EAFd.i. (sentido estrito) 0,029% 1,261%
EAFd.i. (sentido lato) 0,038% 1,981%
Pontos chave na evolução:
 Crescimento absoluto de 3% na ROE;
 O aumento da ROA teve um contributo crucial para o aumento da ROE (pelos motivos
explicados no ponto anterior no que concerne à REE);
 De salientar a perda importante do impacto positivo que a atividade extraexploração deixou de
ter em 2021 face a 2020;
 Assistimos a um aumento do EAF quer em sentido, fruto da já referida melhoria da ROA
combinada com a diminuição do CMPC, quer em sentido lato, pois o GE aumentou;
 Não se verificou qualquer impacto na evolução derivado do efeito fiscal, pois a taxa de ISR
manteve-se constante;
 Seria importante comparar os valores da empresa e a sua evolução com os valores médios do
setor que desconhecemos e aprofundar a evolução da estrutura de gastos de exploração.
3. Diga, sem justificar, se considera verdadeiras ou falsas as seguintes afirmações (cada resposta errada desconta
0,25 valores):
a) Ceteris paribus, face a uma expetativa de crescimento do volume de negócios de 5% em 2022, é expectável
que o resultado de exploração cresça 17,375%; (0,75 valores)
VN 2022 - +5% face a 2021 5%
GAO 2021 3,475
MB 2021 41 700
RO 2021 12 000
Variação do RE em 2022 17,375%
LOGO, A AFIRMAÇÃO É VERDADEIRA.
b) Em 2020 a empresa esteve a trabalhar abaixo do ponto crítico económico de exploração. (0,75 valores)
RE 2020 -4 500
LOGO, A AFIRMAÇÃO É VERDADEIRA, DADO QUE O VN DA EMPRESA
NÃO É SUFICIENTE PARA QUE ESTA TIVESSE UM RE NULO.
c) Em 2021 a empresa apresentou um grau de alavancagem financeira (GAF) aparente de 3 (arredondamento
às unidades). (0,5 valores)
GAF=RO/RAI - 2021 1,3
LOGO A AFIRMAÇÃO É FALSA.

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GRUPO III (cotação: 6 valores)


1. Relativamente à empresa Madeiras do Lena, Lda., uma PME que se dedica ao comércio por grosso e a retalho
de madeiras nacionais e importadas (código CAE Rev.3: 46731), conhece-se a seguinte informação (valores
expressos em euros):

i. Demonstrações dos resultados:


Rubricas / Ano 2021 2020
Volume de Negócios 19 145 812 15 600 854
Subsídios à exploração 839 759 113 913
Custo Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas 12 551 268 9 943 359
Fornecimentos e Serviços Externos 5 026 005 4 204 002
Gastos com o Pessoal 1 218 668 910 649
Outros Gastos e Perdas 450 960 350 521
EBITDA 738 670 306 236
Gastos/reversões de depreciação e de amortização 317 388 265 707
Resultado Operacional 421 282 40 529
Juros e rendimentos similares obtidos 0 2 146
Juros e gastos similares suportados 44 068 38 929
Resultados antes de impostos 377 214 3 746
Imposto s/ o Rendimento do Exercício 35 504 458
Resultado Líquido do Exercício 341 710 3 288

ii. Todos os rendimentos e gastos operacionais decorreram da atividade de exploração;


iii. Os rendimentos suplementares foram nulos;
iv. Os outros gastos, incluem 2.500 euros de impostos indiretos;
v. Em cada um dos anos, 30% do resultado líquido do período será distribuído aos sócios;
vi. No ano de 2020 a empresa teve, em média, 30 colaboradores ao serviço. No ano seguinte, contratou mais
5 trabalhadores, logo no início de janeiro.

A partir da informação apresentada, calcule/indique:

1. O valor acrescentado bruto (VAB) para o ano de 2020, utilizando o método subtrativo. (1 valor)
Recorrendo ao método subtrativo, o VAB para 2020 é o seguinte:
2020
Volume de Negócios 15 600 854
Subsídios à exploração 113 913
Rendimentos suplementares 0
VBP 15 714 767
Custo Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas 9 943 359
Fornecimentos e Serviços Externos 4 204 002
Impostos indiretos 2 500
CI 14 149 861
VAB 1 564 906

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2. Os meios libertos brutos totais (MLBT) e os meios libertos líquidos retidos (MLLR) gerados no ano de 2021.
Comente os resultados obtidos. (1 valor)

Para o ano de 2021, os MLBT e os MLLR gerados são os seguintes:


2021
Resultado Operacional 421 282
Gastos/reversões de depreciação e de amortização 317 388
Imparidades 0
Provisões 0
Aumentos de JV 0
MLBT 738 670
Resultado Líquido do Exercício 341 710
Gastos/reversões de depreciação e de amortização 317 388
Imparidades 0
Provisões 0
Aumentos de JV 0
MLLT 659 098
Dividendos 102 513
MLLR 556 585
Verificamos que o excedente financeiro gerado pela atividade económica (operacional) global da empresa
neste período ascendeu a 738 670€ e que os excedentes financeiros gerados pela atividade global da empresa
no mesmo período e que ficaram retidos se elevaram a 556 585€ (parte dos 659 098€ gerados por toda a
atividade). Relativamente aos MLLR, constituem o autofinanciamento gerado pela empresa em 2021.

3. Como foi repartido o valor acrescentado bruto (VAB) gerado no ano de 2021. (1,5 valores)

Recorrendo ao método aditivo (ótica da repartição), o VAB para 2021 é o seguinte:


Valor %
Gastos com o Pessoal 1 218 668 50,66%
Gastos Financeiros Líquidos 44 068 1,83%
Imposto s/ o Rendimento do Exercício 35 504 1,48%
MLLR 556 585 23,14%
Dividendos 102 513 4,26%
Outros Gastos e Perdas 448 460 18,64%
2 405 798 100,00%
Então, verificamos que 50,66% do VAB é repartido pelos trabalhadores, 23,14% ficam retidos na empresa
(autofinanciamento), 4,26% destinam-se aos proprietários, 1,83% são absorvidos pelas instituições
financeiras, 1,48% são reservados para o Estado (impostos).

4. A produtividade do trabalho do período, explicitando as fórmulas de cálculo utilizadas e comentando


rigorosamente o respetivo significado. (1 valor)

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Enunciado de Avaliação

A produtividade do trabalho desta empresa no período 2020-2021 pode ser aferida através dos seguintes
rácios:
 Produtividade salarial = VAB/Gastos com pessoal
 Produtividade por trabalhador = VAB/Nº trabalhadores

Considerando a informação disponível, obtemos os seguintes valores para cada um dos anos:
Produtividade do trabalho 2021 2020
Produtividade salarial: VAB/Gastos com pessoal 1,97 1,72
Produtividade por trabalhador: VAB/Nº trabalhadores 68 737 52 164

No caso da produtividade salarial, verificamos que a contribuição do fator trabalho utilizado pelas empresas,
medida pelo valor acrescentado bruto gerado por cada unidade monetária gasta em custos com pessoal
aumenta de 1,72 para 1,97, ou seja, cerca de 14,5%.
Relativamente à produtividade por trabalhador, medida pelo valor acrescentado bruto gerado por cada
unidade de pessoal ao serviço, aumenta de 52.164€ para 68.737€, ou seja, mais de 31%.

Adicionalmente, distinga:
5. “Capacidade de autofinanciamento” de “autofinanciamento líquido”. (0,75 valores)

A capacidade de autofinanciamento corresponde aos MLLT, ou seja, são os excedentes financeiros gerados
pela atividade global da empresa num determinado período, sendo obtida através da seguinte expressão de
cálculo:
𝑴𝑳𝑳𝑻 = 𝑹𝑳 + 𝑫&𝑨 + 𝑰𝒎𝒑. + 𝑷𝒓𝒐𝒗 − 𝑨𝒖𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔 𝑱𝑽
O autofinanciamento líquido corresponde aos MLLR, ou seja, são os excedentes financeiros gerados pela
atividade global da empresa num dado período e que nela vão ficar retidos, sendo obtido através da
expressão de cálculo seguinte:
𝑴𝑳𝑳𝑹 = 𝑴𝑳𝑳𝑻 − 𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐𝒔 𝒂 𝒅𝒊𝒔𝒕𝒓𝒊𝒃𝒖𝒊𝒓

6. “Meios libertos brutos de exploração” (MLBE) de “fluxos de caixa das atividades operacionais” (FCO). (0,75
valores)

Os MLBE constituem os excedentes financeiros gerados pela “atividade de exploração” da empresa, isto é, a
componente recorrente e associada ao seu core business, sendo calculados através de seguinte expressão.
𝑴𝑳𝑩𝑬 = 𝑹𝑬 + 𝑫&𝑨 𝒆𝒙𝒑. +𝑰𝒎𝒑. 𝒆𝒙𝒑. +𝑷𝒓𝒐𝒗. 𝒆𝒙𝒑.
Consideram, portanto, os Resultados de Exploração (RE) e não os Resultados Operacionais (RO) e as rubricas
de gastos sem expressão monetária que existem na Demonstração de Resultados do Período.

Os Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais referem-se à diferença entre os recebimentos e pagamentos
associados à atividade operacionais, incluindo os pagamentos/recebimentos do imposto sobre o rendimento
e outros recebimentos/pagamentos. Apuram-se na Demostração dos Fluxos de Caixa do período.

Este último conceito é puramente financeiro e monetário ao invés do primeiro conceito (MLBE) que tem
significado económico.

Por fim, sublinhe-se que a variação da Tesouraria de Exploração é obtida através da variação dos MLBE
subtraídos da variação das NFM.

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Enunciado de Avaliação

A Ética e a Integridade Académica são padrões de conduta prosseguidos pela nossa Instituição, pelo que durante a realização das provas escritas:
 Não podem ser usados materiais de consulta, máquinas calculadoras gráficas, ou quaisquer outros equipamentos eletrónicos, exceto se tal for explicitamente
permitido pelo docente responsável da unidade curricular;
 Devem ser mantidos desligados quaisquer equipamentos de comunicação;
 Devem ser usadas, exclusivamente, as folhas de prova e de rascunho fornecidas pelo docente vigilante.
Em caso de comportamento fraudulento, o docente vigilante deve anular a prova do aluno, reportando a situação ao docente responsável que comunicará ao
Presidente da CBS| ISCAC para aplicação das sanções disciplinares previstas.
MUITA ATENÇÃO
 Responda a cada um dos grupos do exame em folhas de prova separadas.
 Entregue uma folha de prova para cada um dos Grupos, mesmo que não responda a qualquer questão desse Grupo.
 Antes de entregar a prova, verifique que todas as folhas de prova estão devidamente identificadas (número de aluno e nome
completo legível são imprescindíveis para a afixação da nota).

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Exame: Análise Financeira
Época: Especial Data: 06/09/2022 Ano Letivo: 2021-2022
Duração: 2h30m Cotação: 20 valores

GRUPO I (cotação: 2 + 2 + 3 valores)

PARTE A
Para cada uma das seguintes afirmações/questões, indique qual a alínea que considera mais correta (cada
resposta certa vale 0,5 valores e cada resposta errada desconta 0,25 valores).
1. No âmbito dos ajustamentos a efetuar ao balanço contabilístico, o capital subscrito não realizado
a) Deve ser subtraído aos capitais Próprios
b) Deve ser somado aos Capitais Próprios
c) Deve ser somado ao Passivo Corrente
d) Nenhuma das opções está correta.

2. Considerando que o balanço contabilístico não ajustado apresenta um determinado valor de


"Diferimentos" no Passivo corrente, para efeitos de análise do equilíbrio financeiro:
a) Os diferimentos devem ser considerados como uma das componentes do "Exigível de curto prazo".
b) Os diferimentos devem ser adicionados ao Capital Próprio contabilístico não ajustado.
c) Os diferimentos devem ser foram subtraídos ao Capital Próprio contabilístico não ajustado.
d) Nenhuma das opções está correta.

3. No âmbito da elaboração do balanço financeiro patrimonial, é usual corrigir o valor contabilístico de


“gastos a reconhecer”:
a) Incluindo o seu valor no exigível de curto prazo e subtraindo-o ao capital próprio.
b) Não incluindo o seu valor nas aplicações de fundos e subtraindo-o às origens no capital próprio.
c) Não incluindo o seu valor no exigível de curto prazo e somando-o ao capital próprio.
d) Nenhuma das opções está correta.

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Enunciado de Avaliação

4. No âmbito dos ajustamentos a efetuar ao balanço contabilístico, os inventários que são considerados
monos e ainda têm algum valor de mercado
a) São corrigidos na totalidade por contrapartida de um ajustamento de igual valor nos Capitais
Próprios.
b) São considerados no Ativo Circulante.
c) São transferidos para o Ativo Fixo.
d) Nenhuma das opções está correta.

PARTE B
Para cada uma das seguintes afirmações/questões, indique qual a alínea que considera mais correta (cada
resposta certa vale 0,5 valores e cada resposta errada desconta 0,25 valores).
1. A principal limitação da análise financeira com base na técnica de rácios é:
a) Os rácios serem valores relativos.
b) Os rácios serem calculados a partir do Balanço, que é um documento estático.
c) Os rácios apenas poderem ser comparados com os valores obtidos anteriormente para a mesma
empresa e, eventualmente, com os valores das empresas do mesmo setor.
d) Todas opções estão corretas.

2. Indique em que rubricas do balanço funcional sintético da empresa A estará integrado o seguinte saldo
contabilístico: saldo relativo a um descoberto bancário, junto do principal banco que apoia a empresa,
com o plafond autorizado de 100.000€, utilizado na sua plenitude e de forma recorrente desde que
foi negociado, há já mais de 2 anos:
a) Recursos cíclicos.
b) Capital próprio.
c) Recursos estáveis.
d) Tesouraria passiva.

3. Ceteris paribus, uma diminuição do valor das existências de uma empresa:


a) Implicará um menor indicador de liquidez reduzida.
b) Não afetará o indicador de liquidez reduzida.
c) Implicará um maior indicador de liquidez reduzida.
d) Nenhuma das opções está correta.

4. Uma empresa pode tentar corrigir uma situação de desequilíbrio financeiro estrutural:
a) Procedendo a um aumento do capital social por incorporação de reservas.
b) Convertendo prestações suplementares em capital social
c) Diminuindo a reserva de segurança de tesouraria.
d) Todas as alíneas estão erradas.

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Enunciado de Avaliação

PARTE C
Admita o seguinte quadro de indicadores financeiros de uma pequena empresa prestadora de serviços:
Liquidez reduzida 0,9
Grau de cobertura de encargos financeiros (pelo EBITDA) 2,5
Autonomia financeira (%) 30,0
Período de recuperação da dívida (anos) 4,0

Pede-se:
1. Apresente a fórmula de cálculo de cada um dos indicadores que constam da tabela. (1 valor)
2. Tendo em linha de conta a informação do quadro infra (valores em euros), elabore o balanço
funcional sintético da empresa. (1 valor)

Recursos estáveis 460.000


Fundo de maneio líquido funcional 120.000
Recursos cíclicos 300.000
Tesouraria ativa 220.000
Tesouraria passiva 360.000

3. Sugira duas medidas de política financeira tendentes ao reequilíbrio financeiro funcional da empresa.
(1 valor)

GRUPO II (cotação: 7 valores - 4 x 1,0 + 1,0 + 2,0)

Relativamente a uma pequena empresa industrial conhece-se a seguinte informação referente ao biénio
2020-2021:
i) Em ambos os anos, a empresa suportou uma taxa efetiva de imposto sobre o rendimento (IRC +
Derrama) de cerca de 25%;
ii) O efeito de alavancagem financeira, antes de impostos, apresentou a seguinte decomposição:

GE x (ROA a.imp. - CMPCA a.imp.)


2020 2 x (4,0% - 6,0%)
2021 2 x (6,0% - 4,0%)
Nota: a. imp. = antes de impostos

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Enunciado de Avaliação

A.
Para cada uma das seguintes afirmações indique, sem justificar, se a mesma é VERDADEIRA ou FALSA
(cada resposta certa vale 1,0 valores e cada resposta errada desconta 0,2 valores).

1. Em 2020, o valor da rendibilidade financeira depois de impostos (ROE d.imp.) foi igual a 0%. Em 2021,
aquele valor foi igual a 7,5%.
2. Em 2020, dado que a rotação do ativo total (RAT) foi igual a 1,0, a margem operacional liquida antes
de impostos (MOL a.imp.) foi igual a 4,0%.
3. Em 2021, dado que a empresa teve um volume de negócios (VN) 20% acima do ponto crítico das
vendas (PCV) e um grau de alavancagem combinada (GAC) de 7,5, o grau de alavancagem financeira
(GAF) foi igual a 1,5.
4. Em 2021, dado que todos os ativos da empresa estiveram afetos à atividade de exploração e que não
existiram quaisquer resultados operacionais extraexploração, a rendibilidade económica de
exploração depois de impostos (REE depois de impostos) foi igual a 4,5%.
B.
1. Indique, de forma sintética, os 4 principais fatores que podem influenciar o risco económico (ou de
negócio) de uma empresa.
2. Apresente a(s) fórmula(s) de cálculo dos indicadores e conceito infra e explique, de forma sintética, o
significado económico dos números apresentados:
a) Margem de Exploração Líquida antes de impostos (MEL a. imp.) = 40%;
b) Grau de Alavancagem Operacional (GAO) = 6,0;
c) Efeito de Alavancagem Financeira antes de impostos (EAF a. imp.), em sentido estrito = + 4,0%.
Nota: o denominado “EAF em sentido estrido” não considera o efeito de GE.

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Enunciado de Avaliação

GRUPO III (cotação: 6 valores – 1,4 + 1,4 + 0,4 x 8)

Atente na seguinte informação relativa à empresa de prestação de serviços Especial, Lda.:


i. Demonstração dos resultados . (valores expressos em euros):
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS 2019
Vendas e serviços prestados 700 000
Subsídios à exploração 12 000
Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas 22 000
Fornecimentos e serviços externos 260 000
Gastos com o pessoal 330 000
Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) -12 000
Provisões 3 000
Outros rendimentos 21 000
Outros gastos 12 000
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 118 000
Gastos/reversões de depreciação e de amortização 34 000
Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 84 000
Juros e rendimentos similares obtidos 200
Juros e gastos similares suportados 8 000
Resultados antes de impostos 76 200
Imposto sobre o rendimento do período 19 050
Resultado líquido do período 57 150

ii. Todos os rendimentos e gastos operacionais decorreram da atividade de exploração, com


exceção dos outros gastos que incluem € 3.000 referentes a propriedades de investimento;
iii. Os outros rendimentos não incluem qualquer valor de rendimentos suplementares;
iv. Dos outros gastos, 2.000 euros respeitam a impostos indiretos;
v. Do resultado líquido do período, 20.000 euros não serão distribuídos aos sócios;
vi. No ano a empresa teve, em média, 7 colaboradores ao serviço;
vii. No ano verificou-se um investimento em FMN de 10.000 euros.

A partir da informação apresentada, pretende-se que:


1. Diga como foi repartido o valor acrescentado bruto (VAB).
2. Calcule os excedentes financeiros brutos de exploração;
3. Diga se são verdadeiras ou falsas as afirmações apresentadas no quadro infra (cada resposta certa
vale 0,4 valores e cada resposta errada desconta 0,2 valores):
a) A empresa gerou no período meios libertos brutos totais (MLBT) de 109.000 €.

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Enunciado de Avaliação

b) Uma das possíveis utilizações do autofinanciamento bruto gerado no período poderá ser
contribuir para o investimento em ativos fixos intangíveis no ano seguinte.
c) A produtividade do trabalho é dependente da produtividade do capital.
d) No período, os recebimentos de exploração excederam os pagamentos de exploração em
114.000 €.
e) O valor do autofinanciamento líquido gerado no período foi de 62.150 €.
f) Uma das possíveis utilizações do autofinanciamento líquido gerado no período terá sido fazer
face aos encargos financeiros suportados nesse mesmo período.
g) Aproximadamente, 8,7% do VAB gerado no período ficou retido na empresa.
h) Em períodos de elevada inflação, como aquele que atravessamos, é preferível analisar a evolução
da produtividade do trabalho através do indicador VAB/Gastos com pessoal.

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Época: Especial Data: 06/09/2022 Ano Letivo: 2021-2022
Duração: 2h30m Cotação: 20 valores

GRUPO I
A.
Chave: a / b / b / c

B.
Chave: d / c / b / d

C.
1.
a. Liquidez reduzida
(𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑛𝑡á𝑟𝑖𝑜𝑠)
𝐿𝑅 = 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
b. Grau de cobertura dos encargos financeiros pelo EBITDA

(𝐸𝐵𝐼𝑇𝐷𝐴 + 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠)


𝐺𝐶𝐺𝐹 =
𝐺𝑎𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑖𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
c. Autonomia financeira
𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜
𝐴𝐹 = 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 × 100
d. Período de recuperação da dívida
𝑃𝑅𝐷 = 𝐷í𝑣𝑖𝑑𝑎 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑀𝐿𝐿𝑇

2. Balanço funcional:
A CP + CA
AE 340.000 RE 460.000
NC 560.000 RC 300.000
TA 220.000 TP 360.000
ATIVO TOTAL 1.120.000 TOTAL 1.120.000
FML = RE – AE
120.000 = 460.000 – AE  AE = 340.000
AT = AE + NC + TA
1.120.000 = 340.000 + NC + 220.000  NC = 560.000
3. Sabemos:
FML = 120.000
NFM = NC -RC  NFM = 560.000 – 300.000 = 260.000
Donde:
TL = FML - NFM  TL = 120.000 – 260.000  TL = - 140.000
TL = TA – TP = 220.000 – 360.000 = -140.000
Então, a empresa encontra-se financeiramente desequilibrada.
Assim, torna-se necessário:
 Aumentar o FML, seja via aumento dos recursos estáveis, seja
via redução dos ativos estáveis, ou
 Reduzir as NFM, nomeadamente através da diminuição da
duração do ciclo de exploração (diminuir o PMR e/ou
aumentar a rotação de stocks e/ou obter melhores prazos de
pagamento junto dos fornecedores)
GRUPO II
A.
1. VERDADEIRA
Cálculos auxiliares:
ROE d.imp. = [ROA a.imp. + GE x (ROA a.imp. – CMPCA a.imp.)] x (1 – t)
ROE d.imp. (2020) = [4% + 2 x (4% - 6%)] x 0,75 = 0%
ROE d.imp. (2021) = [6% + 2 x (6% - 4%)] x 0,75 = 7,5%%
2. VERDADEIRA
Cálculos auxiliares:
ROA a.imp. = MOL a.imp. x RAT
Em 2020, vem: 4% = MOL a.imp. x 1,0 <=> MOL a.imp. = 4,0%
3. VERDADEIRA
Cálculos auxiliares:
VN 20% acima do PCV, em 2021 <=> MSE em 2021 = 20%
Como GAO = 1/MSE => GAO = 1/0,2 <=> GAO = 5
Como GAC = GAO x GAF, temos: 7,5 = 5 x GAF <=> GAF = 1,5
4. VERDADEIRA
Cálculos auxiliares:
Em 2021, como AT = AE e RO = RE, temos que ROA a.imp. = REE a.imp. = 6,0%
Logo, REE d.imp. = 6,0% x 0,75 <=> REE d.imp. = 4,5%
B.
1.
1. Maior ou menor volatilidade dos preços de venda a que vou conseguir colocar no
mercado os meus bens e/ou serviços;
2. Maior ou menor volatilidade das quantidades de bens e/ou serviços que vou
conseguir colocar no mercado;
3. Maior ou menor volatilidade dos preços de compra/custo dos meus principais
imputs produtivos;
4. Maior ou menor rigidez da minha estrutura de gastos operacionais.
2.
a)
Fórmula de cálculo: MEL a.imp. = (RE/VN) x 100
Significado económico: por cada 100 € faturados a empresa obteve um RE de 40 €
(ou, a empresa obteve um RE de 40 cêntimos por cada euro de VN realizado).
b)
Fórmulas de cálculo: GAO = MB/RO ou GAO = ∆%RO/∆%VN
Significado económico: como se deduz da 2.ª fórmula de cálculo, um GAO = 6
significa que, dado o atual peso relativo dos GO fixos nos GO totais, uma ∆% do
VN de +/- 1% terá um impacto nos RO de uma ∆% de +/- 6% (e não de +/- 1%, o
que apenas sucederia se os GO tivessem todos uma natureza variável).
c)
Fórmulas de cálculo: EAF a. imp., em sentido estrito = ROA a.imp. – CMPCA a. imp.
Significado económico: a diferença entre a taxa de rendibilidade que obtivemos
da aplicação dos capitais alheios utilizados é superior ao seu custo relativo médio
ponderado em 4%.
GRUPO III
1. A partir da informação apresentada, assinale se são Verdadeiras (V) ou Falsas (F) as afirmações infra:
Resposta (V/F)
a) A empresa gerou no período meios libertos brutos totais (MLBT) de 109.000 €. V
b) Uma das possíveis utilizações do autofinanciamento bruto gerado no período poderá
V
ser contribuir para o investimento em ativos fixos intangíveis no ano seguinte.
c) A produtividade do trabalho é dependente da produtividade do capital. V
d. No período, os recebimentos de exploração excederam os pagamentos de
F
exploração em 114.000 €.
e. O valor do autofinanciamento líquido gerado no período foi de 62.150 €. F
f. Uma das possíveis utilizações do autofinanciamento líquido gerado no período terá
sido fazer face aos encargos financeiros suportados nesse mesmo período. F

g. Aproximadamente, 8,7% do VAB gerado no período ficou retido na empresa. F


h. Em períodos de elevada inflação, como aquele que atravessamos, é preferível
analisar a evolução da produtividade do trabalho através do indicador VAB/Gastos com V
pessoal.
VAB
Vendas e serviços prestados 700 000
Subsídios à exploração 12 000
Custo das mercadorias vendidas e matérias
22 000
consumidas
Fornecimentos e serviços externos 260 000
Imp. Ind. 2 000
VAB 428 000

Gastos com o pessoal 330000


Outros rendimentos 21 000
Outros gastos 10 000
Juros e rendimentos similares obtidos 200
Juros e gastos similares suportados 8000
Imposto sobre o rendimento do período 19050
MLLR 45 000
Dividendos 37 150
VAB 428 000

MLBE
RE 87 000
Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) -12 000
Provisões 3 000
Gastos/reversões de depreciação e de amortização 34 000
112 000
MLBT 109 000

Tesouraria 102 000


MLLT 82 150
Dividendos 37 150
MLLR 45 000
0,771028
0,10514
61 142,9

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