Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DE COIMBRA
Enunciado de Avaliação
A Ética e a Integridade Académica são padrões de conduta prosseguidos pela nossa Instituição, pelo que durante a realização das provas escritas:
Não podem ser usados materiais de consulta, máquinas calculadoras gráficas, ou quaisquer outros equipamentos eletrónicos, exceto se tal for explicitamente
permitido pelo docente responsável da unidade curricular;
Devem ser mantidos desligados quaisquer equipamentos de comunicação;
Devem ser usadas, exclusivamente, as folhas de prova e de rascunho fornecidas pelo docente vigilante.
Em caso de comportamento fraudulento, o docente vigilante deve anular a prova do aluno, reportando a situação ao docente responsável que comunicará ao
Presidente da CBS| ISCAC para aplicação das sanções disciplinares previstas.
Para cada uma das seguintes questões, diga qual das afirmações é mais verdadeira (cada resposta certa vale 0,75
valores e cada resposta errada vale -0,25 valores).
1. O Relatório de Gestão de uma empresa constitui um importante documento de informação para a análise
financeira porque:
a) Inclui (ou deveria incluir) informação qualitativa acerca das perspetivas de evolução futura e dos principais
riscos a que se encontra sujeita;
b) Certifica a fiabilidade da informação contida nas demonstrações financeiras;
c) Explicita a forma como foi gerado e consumido o dinheiro ao longo do ano;
d) Todas as alíneas são falsas.
2. Ceteris paribus, um aumento do valor dos inventários de uma empresa:
a) Implica uma subida da liquidez reduzida;
b) Provoca uma descida da liquidez reduzida;
c) Não tem qualquer impacto sobre a liquidez reduzida;
d) Dependendo das circunstâncias, quer a alínea a) quer a b) podem ser verdadeiras.
3. No âmbito da elaboração do balanço financeiro patrimonial, é usual corrigir o valor contabilístico de
“rendimentos a reconhecer” por contrapartida de capital próprio porque:
a) Constituem uma rubrica que não apresenta qualquer grau de liquidez;
b) Constituem uma rubrica que normalmente não tem grande expressão monetária;
c) Constituem uma rubrica que não apresenta qualquer grau de exigibilidade;
d) Todas as alíneas são falsas.
Enunciado de Avaliação
No âmbito de um processo de análise financeira à London, Lda., os consultores da empresa terão tratado as
seguintes informações no âmbito da preparação do Balanço Funcional relativo ao ano N:
2. Na rubrica contabilística de médio e longo prazo “Investimentos Financeiros” está registada uma
participação no capital da empresa Governo, S.A., no valor líquido de € 100.000, cujo justo valor à data da
análise é de € 70.000.
Pede-se que, no máximo de 5 linhas por alínea, diga como terão os consultores tratado as diversas informações.
Outras informações:
Em ambos os anos o exigível de m/l p diz apenas respeito a financiamentos obtidos. Em 2019 e 2020, os
financiamentos obtidos de c.p. elevaram-se a € 220.000 e € 240.000, respetivamente.
Enunciado de Avaliação
Pretende-se que:
1. Tendo em atenção os efeitos do método “tentativa-erro” responda, sem justificar, acerca da verdade ou
falsidade de cada uma das afirmações infra (cada resposta certa vale 0,5 valores e cada resposta errada vale -
0,25 valores):
a) Em 2019 a empresa procedeu a um aumento do capital social por incorporação de reservas e conversão de
prestações suplementares. Tal facto, embora não afetando de imediato a sua liquidez permitiu-lhe melhorar
as suas perspetivas de solvabilidade de médio e longo prazo.
b) Em 2019 a autonomia financeira foi de aproximadamente 30,4% enquanto o período de recuperação da
dívida se elevou a 3,6 anos.
1. Relativamente à empresa Madeiras do Lena, Lda., uma PME que se dedica ao comércio por grosso e a retalho
de madeiras nacionais e importadas (código CAE Rev.3: 46731), conhece-se a seguinte informação (valores
expressos em euros):
i. Demonstrações dos resultados:
31/12/2021 31/12/2020
Volume de Negócios 19 145 812 15 600 854
Subsídios à exploração 839 759 113 913
Custo Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas 12 551 268 9 943 359
Fornecimentos e Serviços Externos 5 026 005 4 204 002
Gastos com o Pessoal 1 218 668 910 649
Outros Custos e Perdas 450 960 350 521
EBITDA 738 670 306 236
Gastos/reversões de depreciação e de amortização 317 388 265 707
Resultado Operacional 421 282 40 529
Juros e rendimentos similares obtidos 0 2 146
Juros e gastos similares suportados 44 068 38 929
Resultados antes de impostos 377 214 3 746
Imposto s/ o Rendimento do Exercício 35 504 458
Resultado Líquido do Exercício 341 710 3 288
ii. Em qualquer um dos anos a dimensão relativa dos ativos e rendimentos/gastos operacionais não afetos
à atividade de exploração foi perfeitamente negligenciável;
Enunciado de Avaliação
iii. Os gastos variáveis da empresa incluem apenas os “custo das mercadorias vendidas e matérias
consumidas”;
iv. Para além dos elementos antes referidos, conhecem-se as seguintes informações do balanço:
31/12/2021 31/12/2020
Total do passivo 4 657 937 3 630 124
Total do capital próprio 1 490 250 1 151 695
Pede-se:
a) Analise a rendibilidade económica da empresa (ROA), desagregando-a nos seus 3 fatores explicativos
fundamentais, interpretando cada um dos valores numéricos que apurar, indicando de forma clara o seu
significado económico. (2,5 valores)
b) Apresente a equação fundamental da rendibilidade dos capitais próprios desta empresa e analise,
criteriosamente, o respetivo efeito de alavanca financeiro. (2,5 valores)
2. Suponha que a empresa Normal, Lda. apresentou os seguintes valores para 2021:
2021
Volume de negócios 3 000 000
Custos variáveis 1 500 000
Custos fixos 1 000 000
Resultados operacionais 500 000
Pede-se:
a) Calcule o ponto crítico, a margem de segurança e o grau de alavanca operacional desta empresa.
Comente os valores obtidos. (0,75 valor)
b) Para esta empresa simule uma diminuição da margem bruta em 10% através da redução do volume de
negócios, em consequência de uma alteração nas quantidades vendidas, recalculando o ponto crítico, a
margem de segurança e o grau de alavanca operacional para este cenário. Comente os resultados
obtidos face ao cenário de base. (1,25 valor)
Enunciado de Avaliação
Atente na seguinte informação relativa a uma dada empresa industrial (valores expressos em euros):
i. Demonstração dos resultados:
A partir da informação apresentada, assinale se são Verdadeiras (V) ou Falsas (F) as afirmações infra (cada resposta
correta vale 0,6 valores e cada resposta errada desconta 0,3 valores):
1. A empresa gerou no período excedentes financeiros de exploração no valor de 3.112.000 €.
2. A empresa gerou no período meios libertos brutos totais de 3.222.000 €.
3. No período, os recebimentos de exploração excederam os pagamentos de exploração em 3.344.000 €.
4. O valor do autofinanciamento líquido gerado no período foi de 2.464.000 €.
5. Uma das possíveis utilizações do autofinanciamento bruto gerado no período poderá ser contribuir para o
investimento em ativos fixos tangíveis no ano seguinte.
Enunciado de Avaliação
Enunciado de Avaliação
A Ética e a Integridade Académica são padrões de conduta prosseguidos pela nossa Instituição, pelo que durante a realização das provas escritas:
Não podem ser usados materiais de consulta, máquinas calculadoras gráficas, ou quaisquer outros equipamentos eletrónicos, exceto se tal for explicitamente
permitido pelo docente responsável da unidade curricular;
Devem ser mantidos desligados quaisquer equipamentos de comunicação;
Devem ser usadas, exclusivamente, as folhas de prova e de rascunho fornecidas pelo docente vigilante.
Em caso de comportamento fraudulento, o docente vigilante deve anular a prova do aluno, reportando a situação ao docente responsável que comunicará ao
Presidente da CBS| ISCAC para aplicação das sanções disciplinares previstas.
Para cada uma das seguintes questões, diga qual das afirmações é mais verdadeira (cada resposta certa vale 0,75
valores e cada resposta errada vale -0,25 valores).
1. O Relatório de Gestão de uma empresa constitui um importante documento de informação para a análise
financeira porque:
a) Inclui (ou deveria incluir) informação qualitativa acerca das perspetivas de evolução futura e dos principais
riscos a que se encontra sujeita;
b) Certifica a fiabilidade da informação contida nas demonstrações financeiras;
c) Explicita a forma como foi gerado e consumido o dinheiro ao longo do ano;
d) Todas as alíneas são falsas.
2. Ceteris paribus, um aumento do valor dos inventários de uma empresa:
a) Implica uma subida da liquidez reduzida;
b) Provoca uma descida da liquidez reduzida;
e) Não tem qualquer impacto sobre a liquidez reduzida;
c) Dependendo das circunstâncias, quer a alínea a) quer a b) podem ser verdadeiras.
3. No âmbito da elaboração do balanço financeiro patrimonial, é usual corrigir o valor contabilístico de
“rendimentos a reconhecer” por contrapartida de capital próprio porque:
a) Constituem uma rubrica que não apresenta qualquer grau de liquidez;
b) Constituem uma rubrica que normalmente não tem grande expressão monetária;
f) Constituem uma rubrica que não apresenta qualquer grau de exigibilidade;
c) Todas as alíneas são falsas.
Enunciado de Avaliação
No âmbito de um processo de análise financeira à London, Lda., os consultores da empresa terão tratado as
seguintes informações no âmbito da preparação do Balanço Funcional relativo ao ano N:
2. Na rubrica contabilística de médio e longo prazo “Investimentos Financeiros” está registada uma
participação no capital da empresa Governo, S.A., no valor líquido de € 100.000, cujo justo valor à data da
análise é de € 70.000. Estamos perante uma participação financeira cujo justo valor da data de avaliação é
inferior ao valor contabilístico, daí que os analistas terão efetuado uma correção para efeitos de análise,
reduzindo o seu valor em €30.000 nas aplicações fixas e o mesmo montante em capitais próprios.
Pede-se que, no máximo de 5 linhas por alínea, diga como terão os consultores tratado as diversas informações.
Enunciado de Avaliação
Outras informações:
Em ambos os anos o exigível de m/l p diz apenas respeito a financiamentos obtidos. Em 2019 e 2020, os
financiamentos obtidos de c.p. elevaram-se a € 220.000 e € 240.000, respetivamente.
Em 2019 o valor de inventários de matérias-primas elevou-se a € 98.400. Em 2020 a € 78.000.
Em 2020, o exigível de c.p. engloba um saldo de fornecedores de matérias-primas igual a € 108.900.
Em 2020 o custo das matérias consumidas elevou-se a € 374.400.
Em 2019 a empresa gerou excedentes financeiros globais de cerca de € 100.000.
Pretende-se que:
1. Tendo em atenção os efeitos do método “tentativa-erro” responda, sem justificar, acerca da verdade ou
falsidade de cada uma das afirmações infra (cada resposta certa vale 0,5 valores e cada resposta errada vale -
0,25 valores):
a) Em 2019 a empresa procedeu a um aumento do capital social por incorporação de reservas e conversão de
prestações suplementares. Tal facto, embora não afetando de imediato a sua liquidez permitiu-lhe melhorar
as suas perspetivas de solvabilidade de médio e longo prazo. A afirmação é verdadeira, pois a exigibilidade
dessas rubricas ao serem convertidas em capital social diminuiu. Não se trata aqui apenas uma questão dos
valores dos indicadores de equilíbrio financeiro se manterem inalterados, notem que a composição do
capital próprio/estrutura se modificou diminuindo a sua exigibilidade.
b) Em 2019 a autonomia financeira foi de aproximadamente 30,4% enquanto o período de recuperação da
dívida se elevou a 3,6 anos. A afirmação é verdadeira. AF = 250.000/822.000 e PRD =
(140.000+220.000)/100.000.
Enunciado de Avaliação
Como podemos verificar, utilizando a abordagem funcional, a empresa apresenta sintomas de desequilíbrio
financeiro que se agravou de 2019 para 2020. A sua TL é negativa em ambos os anos, podendo considerar-se
assim estruturalmente desequilibrada.
Em ambos os anos a empresa apresenta uma clara insuficiência de capitais estáveis, nomeadamente para
financiar os seus ativos fixos, quer para fazer face às suas necessidades de financiamento do ciclo de exploração
(NFM). Encontra-se excessivamente dependente de operações de curto prazo, correndo um risco sério de
incapacidade de solver os seus compromissos a prazo. Ainda assim é de salientar a redução das suas NFM de
2019 para 2020, sendo mesmo que em 2020 e um excesso de financiamento com origem no ciclo de exploração.
Entre outros motivos, a empresa poderá ter chegado a esta situação devido a uma má política de financiamento
dos ativos fixos (notem que os mesmos crescem de 2019 para 2020 cerca de 11% em termos líquidos),
financiando os mesmos com curto prazo. Notem que RE apresentam uma redução significativa no biénio, quer
ao nível dos CP (pode ter existido uma distribuição de resultados/reservas livres ou resultados líquidos negativos
na atividade). Por outro lado, apresentará um ritmo desadequado de amortização dos financiamentos de médio
e longo prazo.
1. Relativamente à empresa Madeiras do Lena, Lda., uma PME que se dedica ao comércio por grosso e a retalho
de madeiras nacionais e importadas (código CAE Rev.3: 46731), conhece-se a seguinte informação (valores
expressos em euros):
i. Demonstrações dos resultados:
31/12/2021 31/12/2020
Volume de Negócios 19 145 812 15 600 854
Subsídios à exploração 839 759 113 913
Custo Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas 12 551 268 9 943 359
Fornecimentos e Serviços Externos 5 026 005 4 204 002
Gastos com o Pessoal 1 218 668 910 649
Outros Custos e Perdas 450 960 350 521
EBITDA 738 670 306 236
Gastos/reversões de depreciação e de amortização 317 388 265 707
Resultado Operacional 421 282 40 529
Juros e rendimentos similares obtidos 0 2 146
Juros e gastos similares suportados 44 068 38 929
Resultados antes de impostos 377 214 3 746
Imposto s/ o Rendimento do Exercício 35 504 458
Resultado Líquido do Exercício 341 710 3 288
ii. Em qualquer um dos anos a dimensão relativa dos ativos e rendimentos/gastos operacionais não afetos
à atividade de exploração foi perfeitamente negligenciável;
iii. Os gastos variáveis da empresa incluem apenas os “custo das mercadorias vendidas e matérias
consumidas”;
4 de 10 Coimbra Business School | ISCAC
Mod5.213_00 Quinta Agrícola – Bencanta, 3045-231 Coimbra
SISTEMA INTERNO DE GARANTIA DA QUALIDADE Tel +351 239 802 000; E-mail: secretariado@iscac.pt; www.iscac.pt
INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO
DE COIMBRA
Enunciado de Avaliação
iv. Para além dos elementos antes referidos, conhecem-se as seguintes informações do balanço:
31/12/2021 31/12/2020
Total do passivo 4 657 937 3 630 124
Total do capital próprio 1 490 250 1 151 695
Pede-se:
a) Analise a rendibilidade económica da empresa (ROA), desagregando-a nos seus 3 fatores explicativos
fundamentais, interpretando cada um dos valores numéricos que apurar, indicando de forma clara o seu
significado económico. (2,5 valores)
b) Apresente a equação fundamental da rendibilidade dos capitais próprios desta empresa e analise,
criteriosamente, o respetivo efeito de alavanca financeiro. (2,5 valores)
Resposta:
a) Rendibilidade económica
Sintetizando
MOB 38,83% 36,99%
Efeito dos gastos fixos 0,06 0,01
Rotação do ativo 3,11 3,26
Controlo 6,85% 0,85%
De 2020 para 2021 assiste-se a uma subida significativa da ROA. Este aumento, numa primeira
aproximação, deve-se à MOL, que passa de 0,26% para 2,2%, apesar da ligeira redução da rotação do ativo.
Enunciado de Avaliação
Analisando a MOL mais em detalhe, regista-se uma melhoria da MOB (passa de 36,99% para 38,83%) e
uma alteração positiva na estrutura de custos da empresa, o que possibilita que o Efeito dos Gastos Fixos
evolua de 0,01 para 0,06.
Em síntese, a evolução favorável deve-se fundamentalmente à alteração na estrutura de custos da
empresa e à melhoria da MOB, apesar de alguma perda na rotação do ativo. Se a empresa tiver condições
para repor a intensidade de utilização dos recursos ao nível do que ocorreu em 2020, terá condições para
aumentar um pouco mais a ROA.
b) Rendibilidade financeira
Antes de analisarmos a equação fundamenta da rendibilidade financeira, vamos calcular a ROA depois de
impostos, começando por estimar a taxa efetiva de imposto sobre o rendimento (tIRC):
Sintetizando, temos:
Verificamos que o EAF foi negativo em 2020, tendo passado a ser significativamente positivo em 2021. Isto
deve-se à capacidade que a empresa evidenciou para, por um lado, melhorar a ROA (pelas razões
anteriormente aduzidas) e, por outro lado, baixar o CMPCA, possivelmente devido à ligeira redução do
grau de endividamento.
Enunciado de Avaliação
Em síntese, a política financeira prosseguida pela empresa em 2021 possibilitou um EAF favorável, ao
invés do ocorrido no ano anterior.
2. Suponha que a empresa Normal, Lda. apresentou os seguintes valores para 2021:
2021
Volume de negócios 3 000 000
Custos variáveis 1 500 000
Custos fixos 1 000 000
Resultados operacionais 500 000
Pede-se:
a) Calcule o ponto crítico, a margem de segurança e o grau de alavanca operacional desta empresa.
Comente os valores obtidos. (0,75 valor)
Logo, temos:
1.000.000
𝑃𝐶𝑉 = = 2.000.000
50%
Logo, temos:
1.500.000 − 1.000.000
𝑀𝑆 (%) = = 50%
1.000.000
Donde:
Enunciado de Avaliação
1.500.000
𝐺𝐴𝑂 = =3
500.000
Concluindo, a empresa em questão evidencia um nível de risco que podemos classificar de moderado, em
virtude de apresentar um GAO de 3 (o que significa que uma alteração de 1% no volume de negócios terá
um impacto de 3% nos resultados operacionais). Adicionalmente, tem uma MS de 50%, o que mostra que
as vendas podem cair até 50% sem que a empresa atinja o seu ponto crítico).
b) Para esta empresa simule uma diminuição da margem bruta em 10% através da redução do volume de
negócios, em consequência de uma alteração nas quantidades vendidas, recalculando o ponto crítico, a
margem de segurança e o grau de alavanca operacional para este cenário. Comente os resultados
obtidos face ao cenário de base. (1,25 valor)
2021 Δ -10% MB
Volume de negócios 3 000 000 2 700 000
Custos variáveis 1 500 000 1 350 000
MARGEM BRUTA 1 500 000 1 350 000
Custos fixos 1 000 000 1 000 000
Resultados operacionais 500 000 350 000
Decorrem daqui os seguintes valores previstos para os indicadores calculados em a):
Atente na seguinte informação relativa a uma dada empresa industrial (valores expressos em euros):
i. Demonstração dos resultados:
Enunciado de Avaliação
Enunciado de Avaliação
Enunciado de Avaliação
A Ética e a Integridade Académica são padrões de conduta prosseguidos pela nossa Instituição, pelo que durante a realização das provas escritas:
Não podem ser usados materiais de consulta, máquinas calculadoras gráficas, ou quaisquer outros equipamentos eletrónicos, exceto se tal for explicitamente
permitido pelo docente responsável da unidade curricular;
Devem ser mantidos desligados quaisquer equipamentos de comunicação;
Devem ser usadas, exclusivamente, as folhas de prova e de rascunho fornecidas pelo docente vigilante.
Em caso de comportamento fraudulento, o docente vigilante deve anular a prova do aluno, reportando a situação ao docente responsável que comunicará ao
Presidente da CBS| ISCAC para aplicação das sanções disciplinares previstas.
A. Para cada uma das seguintes afirmações/questões, indique qual a alínea que considera mais correta (cada
resposta certa vale 0,5 valores e cada resposta errada desconta 0,25 valores).
1. No âmbito da análise do equilíbrio financeiro na ótica tradicional (ou patrimonial), na passagem do balanço
contabilístico para o balanço financeiro para análise, dever-se-á:
a) Corrigir os eventuais diferimentos ativos e passivos por contrapartida de capital próprio;
b) Tentar aferir se as provisões e imparidades registadas são adequadas e, em caso de insuficiência, reforçá-las
por contrapartida da diminuição dos capitais próprios;
c) Verificar se não existem passivos correntes, nomeadamente financiamentos obtidos, que pelas suas
caraterísticas de renovação sistemática devam ser considerados capitais permanentes;
d) Todas as afirmações são verdadeiras.
2. Quais os rácios que seriam de utilização mais provável para medir a capacidade de uma empresa cumprir as
suas obrigações de médio e longo prazo?
a) Os rácios de liquidez geral e reduzida;
b) Os rácios do período de recuperação da dívida e de liquidez imediata;
c) Os rácios do período de recuperação da dívida e de autonomia financeira;
d) Os rácios de rotação das existências e do ativo circulante.
3. E de curto prazo?
a) Os rácios de liquidez geral e reduzida;
b) Os rácios do período de recuperação da dívida e de cobertura dos encargos financeiros;
c) Os rácios do período de recuperação da dívida e de autonomia financeira;
d) Nenhuma das respostas está correta.
4. A denominada “regra do equilíbrio financeiro mínimo” diz-nos que:
a) A todo o momento, cada nova aplicação de fundos deve ser financiada com uma origem de fundos de igual
maturidade;
b) Uma empresa que apresentar um FML patrimonial negativo estará em desequilíbrio financeiro;
c) Os capitais permanentes devem ser iguais ou superiores aos ativos fixos;
d) Nenhuma das afirmações está correta.
Enunciado de Avaliação
B. Indique em que rubricas do balanço financeiro funcional sintético de dada empresa estarão integrados os
seguintes saldos contabilísticos (cada resposta correta vale 0,5 valores e cada resposta errada desconta 0,25
valores).
a. Saldo incluído na rubrica “Financiamentos obtidos”, do Passivo Corrente, relativo a uma conta corrente
caucionada, renovável semestralmente, com um plafond autorizado de 100.000€, que vem sendo
integramente utilizado desde que foi negociado, há já mais de 2 anos.
b. Saldo incluído na rubrica “Estado e outros entes públicos”, do Ativo Corrente, relativo a IVA a recuperar
associado à aquisição de um ativo fixos tangível.
c. Saldo incluído na rubrica “Clientes”, do Ativo Corrente, respeitante a cliente com quem não se voltará a
negociar por incumprimento sistemático dos prazos de recebimento acordados. A cobrança a curto prazo
do valor em dívida do cliente afigura-se cada vez menos provável.
d. Saldo incluído na rubrica “Caixa de depósitos bancários”, do Ativo Corrente, respeitante ao montante
definido da Reserva de Segurança de Tesouraria (RST).
a. Apresente a fórmula de cálculo de cada um dos indicadores que constam da tabela, sabendo ainda que: i)
a empresa não tem transações comerciais com países estrangeiros; ii) além da sua área de negócio core –
a prestação de serviços, a empresa também vende alguns produtos (mercadorias) que os clientes lhe
solicitam; iii) a taxa média de IVA incidente sobre a aquisição de FSE é de 16%. (1 valor)
b. Explique, de forma clara e completa, porque é que a empresa apresenta uma situação de desequilíbrio
financeiro estrutural de curto prazo. (1 valor)
c. Explique, de forma clara, porque é que podemos considerar que a empresa apresenta indicadores da
Autonomia financeira e do Prazo de recuperação da dívida financeira muito preocupantes. (1 valor)
Enunciado de Avaliação
A fim de ser elaborado um parecer sobre a evolução da situação económica da empresa Taste, Lda., foram
disponibilizadas ao analista as seguintes informações relativas aos anos 2020 e 2021:
i. Demonstração dos resultados (valores em milhares de euros:
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS 2020 2021
Vendas e serviços prestados 62 000 69 500
Trabalhos para a própria entidade 0 0
Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas -24 000 -25 000
Fornecimentos e serviços externos -15 000 -9 000
Gastos com o pessoal -18 000 -20 000
Imparidades 0 0
Aumentos de justo valor 0 0
Outros rendimentos e ganhos 12 000 3 000
Outros gastos e perdas -8 500 -2 000
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 8 500 16 500
Gastos/reversões de depreciação e de amortização -4 000 -4 500
Resultado Operacional 4 500 12 000
Juros e gastos similares suportados -2 500 -3 000
Resultados antes de impostos 2 000 9 000
Imposto sobre o rendimento do período -400 -1 800
Resultado líquido do período 1 600 7 200
Enunciado de Avaliação
Pede-se:
1. Analise a evolução da rendibilidade económica de exploração (REE), desagregando-a nos seus fatores
explicativos fundamentais. (2,5 valores)
2. Através da denominada “equação fundamental” da rendibilidade dos capitais próprios (ROE), analise a evolução
da rendibilidade financeira. (2,5 valores)
3. Diga, sem justificar, se considera verdadeiras ou falsas as seguintes afirmações (cada resposta errada desconta
0,25 valores):
a) Ceteris paribus, face a uma expetativa de crescimento do volume de negócios de 5% em 2022, é expectável
que o resultado de exploração cresça 17,375%; (0,75 valores)
b) Em 2020 a empresa esteve a trabalhar abaixo do ponto crítico económico de exploração. (0,75 valores)
c) Em 2021 a empresa apresentou um grau de alavancagem financeira (GAF) aparente de 3 (arredondamento às
unidades). (0,5 valores)
Enunciado de Avaliação
Enunciado de Avaliação
A Ética e a Integridade Académica são padrões de conduta prosseguidos pela nossa Instituição, pelo que durante a realização das provas escritas:
Não podem ser usados materiais de consulta, máquinas calculadoras gráficas, ou quaisquer outros equipamentos eletrónicos, exceto se tal for explicitamente
permitido pelo docente responsável da unidade curricular;
Devem ser mantidos desligados quaisquer equipamentos de comunicação;
Devem ser usadas, exclusivamente, as folhas de prova e de rascunho fornecidas pelo docente vigilante.
Em caso de comportamento fraudulento, o docente vigilante deve anular a prova do aluno, reportando a situação ao docente responsável que comunicará ao
Presidente da CBS| ISCAC para aplicação das sanções disciplinares previstas.
A. Para cada uma das seguintes afirmações/questões, indique qual a alínea que considera mais correta (cada
resposta certa vale 0,5 valores e cada resposta errada desconta 0,25 valores).
1. No âmbito da análise do equilíbrio financeiro na ótica tradicional (ou patrimonial), na passagem do balanço
contabilístico para o balanço financeiro para análise, dever-se-á:
a) Corrigir os eventuais diferimentos ativos e passivos por contrapartida de capital próprio; *
b) Tentar aferir se as provisões e imparidades registadas são adequadas e, em caso de insuficiência, reforçá-
las por contrapartida da diminuição dos capitais próprios; *
c) Verificar se não existem passivos correntes, nomeadamente financiamentos obtidos, que pelas suas
caraterísticas de renovação sistemática devam ser considerados capitais permanentes;
d) Todas as afirmações são verdadeiras. *
* Qualquer uma destas 3 respostas foi considerada como correta.
2. Quais os rácios que seriam de utilização mais provável para medir a capacidade de uma empresa cumprir as
suas obrigações de médio e longo prazo?
a) Os rácios de liquidez geral e reduzida;
b) Os rácios do período de recuperação da dívida e de liquidez imediata;
c) Os rácios do período de recuperação da dívida e de autonomia financeira;
d) Os rácios de rotação das existências e do ativo circulante.
3. E de curto prazo?
a) Os rácios de liquidez geral e reduzida;
b) Os rácios do período de recuperação da dívida e de cobertura dos encargos financeiros;
c) Os rácios do período de recuperação da dívida e de autonomia financeira;
d) Nenhuma das respostas está correta.
4. A denominada “regra do equilíbrio financeiro mínimo” diz-nos que:
a) A todo o momento, cada nova aplicação de fundos deve ser financiada com uma origem de fundos de
igual maturidade;
b) Uma empresa que apresentar um FML patrimonial negativo estará em desequilíbrio financeiro;
c) Os capitais permanentes devem ser iguais ou superiores aos ativos fixos;
d) Nenhuma das afirmações está correta.
Enunciado de Avaliação
B. Indique em que rubricas do balanço financeiro funcional sintético de dada empresa estarão integrados os
seguintes saldos contabilísticos (cada resposta correta vale 0,5 valores e cada resposta errada desconta 0,25
valores).
a. Saldo incluído na rubrica “Financiamentos obtidos”, do Passivo Corrente, relativo a uma conta corrente
caucionada, renovável semestralmente, com um plafond autorizado de 100.000€, que vem sendo
integramente utilizado desde que foi negociado, há já mais de 2 anos. Recursos Estáveis (RE)
b. Saldo incluído na rubrica “Estado e outros entes públicos”, do Ativo Corrente, relativo a IVA a recuperar
associado à aquisição de um ativo fixos tangível. Tesouraria Ativa (TA)
c. Saldo incluído na rubrica “Clientes”, do Ativo Corrente, respeitante a cliente com quem não se voltará a
negociar por incumprimento sistemático dos prazos de recebimento acordados. A cobrança a curto prazo
do valor em dívida do cliente afigura-se cada vez menos provável. Aplicações Estáveis (AE)
d. Saldo incluído na rubrica “Caixa de depósitos bancários”, do Ativo Corrente, respeitante ao montante
definido da Reserva de Segurança de Tesouraria (RST). Necessidades Cíclicas (NC)
a. Apresente a fórmula de cálculo de cada um dos indicadores que constam da tabela, sabendo ainda que: i)
a empresa não tem transações comerciais com países estrangeiros; ii) além da sua área de negócio core –
a prestação de serviços, a empresa também vende alguns produtos (mercadorias) que os clientes lhe
solicitam; iii) a taxa média de IVA incidente sobre a aquisição de FSE é de 16%. (1 valor)
Pressuposto adotado: a empresa líquida IVA nas vendas de mercadorias e nos serviços prestados à taxa
normal de 23%. A taxa de IVA suportada na aquisição de mercadorias é também de 23%.
Enunciado de Avaliação
b. Explique, de forma clara e completa, porque é que a empresa apresenta uma situação de desequilíbrio
financeiro estrutural de curto prazo. (1 valor)
Como a empresa apresenta um Índice de Liquidez funcional de 0,3, muito inferior a 1,0, podemos concluir
que o seu valor da Tesouraria Líquida é significativamente negativo. A empresa apresenta, pois, uma
situação de claro desequilíbrio financeiro estrutural, já que o valor da soma dos Recursos Estáveis (RE)
com os Recursos Cíclicos (RC) é muito inferior ao valor da soma das Aplicações Estáveis (AE) com as
Necessidades Cíclicas (NC). Ou seja, existe um montante muito significativo de aplicações de fundos de
médio/longo prazo (AE) e/ou permanentes (NC) que estão a ser financiadas por origens de fundos
meramente temporárias (TP), o que tem como consequência uma situação de claro desequilíbrio
financeiro estrutural de curto prazo (a TA apenas consegue fazer face a cerca de 1/3 das
responsabilidades de curto prazo da empresa – a TP).
c. Explique, de forma clara, porque é que podemos considerar que a empresa apresenta indicadores da
Autonomia financeira e do Prazo de recuperação da dívida financeira muito preocupantes. (1 valor)
Nomeadamente do ponto de vista dos credores financeiros da empresa, o valor da autonomia financeira
(AF) da empresa é muitíssimo baixo. Embora um valor adequado da AF dependa de muitos fatores (e.g.,
ramo de atividade onde atua, estádio do ciclo de vida em que se encontra e perspetivas futuras sobre a
existência, ou não, de um efeito de alavancagem financeira em sentido estrito positivo), atualmente
valores abaixo de cerca de 30 a 40% são, em geral, considerados insuficientes (em tempos idos, o “valor
considerado crítico”, nomeadamente para as empresas de pequena dimensão, era da ordem dos 25%.
Atualmente, com o crescente aumento da incerteza sobre as perspetivas futuras do ambiente macro e
microeconómico, exige-se um rácio um pouco mais conservador, ou seja, mais elevado). E o valor da AF
apresentado (8,4%) é muitíssimo baixo por duas ordens de razão. Em primeiro lugar, porque com um
valor de apenas 8,4%, quaisquer futuros prejuízos mais pronunciados da empresa, ou não tão
pronunciados, mas consecutivos, não colmatados imediatamente por outras vias (e.g., aumentos de
capital em dinheiro, conversão de suprimentos em capital, etc.), facilmente colocarão a empresa em
situação de insolvência técnica, com todas os inconvenientes que daí advêm, nomeadamente para os
credores comuns. Em segundo lugar, valores daquela ordem de grandeza são muitas vezes percecionados
como um sinal de menor grau de comprometimento dos sócios para com o sucesso económico-financeiro
da empresa. Na realidade, em termos relativos, se a empresa falir, é sobretudo “o dinheiro colocado na
empresa pelos credores” que fica em causa. Os sócios, esses, face à exiguidade do capital investido, têm,
em termos relativos, menos a perder.
Um período de recuperação da dívida financeira (PRDF) de 8,2 anos significa que, mantendo nos próximos
8,2 anos um mesmo nível médio de geração anual de excedentes financeiros globais, a empresa
demoraria aquela quantidade de tempo para solver a sua dívida financeira se o fizesse recorrendo
exclusivamente à sua capacidade de autofinanciamento. Embora, mais uma vez, não existam valores
absolutamente consensuais sobre, neste caso, o valor máximo do número de anos a partir do qual o PRDF
passa a ser considerado preocupante, em períodos de conjuntura económica favorável e baixo nível de
incerteza futura sobre a mesma, 7 a 8 anos constitui uma referência que não deve ser ultrapassada. Em
Enunciado de Avaliação
períodos de maior “turbulência económica e financeira” como a que vivemos desde há vários anos
(décadas?) e em que as perspetivas futuras sobre o ambiente macro, micro e geopolítico são cada vez
mais incertas, níveis do PRDF acima de cerca de 4 a 6 anos já são considerados preocupantes ou
excessivamente arriscados. * Assim, atualmente, um PRDF de 8,2 anos pode ser considerado como
bastante preocupante ou, pelo menos, muito pouco conservador. Um PRDF não adequado (demasiado
elevado) pode ser o resultado de um valor da dívida financeira excessivamente elevado, de uma
capacidade de geração anual de MLLT muita fraca ou de uma combinação de ambas as situações. Seja
como for, um valor imprudente do PRDF mostra-nos que a empresa está a trabalhar com um valor da
dívida financeira que não é adequado face ao valor dos excedentes financeiros globais que consegue
gerar. Ao contrário de outros indicadores de equilíbrio financeiro de médio/longo prazo, este tem a
virtude de evidenciar que existe uma clara interdependência entre a “rendibilidade” da empresa e a sua
“capacidade de endividamento”, ou seja, que a solvabilidade de médio/longo prazo de uma empresa
depende não apenas da sua “posição financeira de partida”, mas também, e muito, da sua “rentabilidade
futura”.
* Uma referência internacional mais consensualizada é a que se refere ao rácio “Fluxos de caixa das
atividades operacionais / Dívida total” que não deve ser inferior a 1. Ou, de outra forma, o rácio “Dívida
Total / Fluxos de caixa das atividades operacionais” não deve ser superior a 1 ano. Note-se, porém, que
se trata de indicadores não comparáveis pelas diferenças substanciais que existem, quer em termos do
numerador, quer do denominador.
Enunciado de Avaliação
A fim de ser elaborado um parecer sobre a evolução da situação económica da empresa Taste, Lda., foram
disponibilizadas ao analista as seguintes informações relativas aos anos 2020 e 2021:
i. Demonstração dos resultados (valores em milhares de euros:
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS 2020 2021
Vendas e serviços prestados 62 000 69 500
Trabalhos para a própria entidade 0 0
Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas -24 000 -25 000
Fornecimentos e serviços externos -15 000 -9 000
Gastos com o pessoal -18 000 -20 000
Imparidades 0 0
Aumentos de justo valor 0 0
Outros rendimentos e ganhos 12 000 3 000
Outros gastos e perdas -8 500 -2 000
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 8 500 16 500
Gastos/reversões de depreciação e de amortização -4 000 -4 500
Resultado Operacional 4 500 12 000
Juros e gastos similares suportados -2 500 -3 000
Resultados antes de impostos 2 000 9 000
Imposto sobre o rendimento do período -400 -1 800
Resultado líquido do período 1 600 7 200
Enunciado de Avaliação
2020 2021
AE 280 000 450 000
Rendimento extraexploração 9 000 0
RE -4 500 12 000
Gastos Variáveis Exploração (40% do VN) 24 800 27 800
Gastos Fixos Exploração (todos menos os Variáveis=40%VN) 40 700 28 200
MB 37 200 41 700
Enunciado de Avaliação
Enunciado de Avaliação
1. O valor acrescentado bruto (VAB) para o ano de 2020, utilizando o método subtrativo. (1 valor)
Recorrendo ao método subtrativo, o VAB para 2020 é o seguinte:
2020
Volume de Negócios 15 600 854
Subsídios à exploração 113 913
Rendimentos suplementares 0
VBP 15 714 767
Custo Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas 9 943 359
Fornecimentos e Serviços Externos 4 204 002
Impostos indiretos 2 500
CI 14 149 861
VAB 1 564 906
Enunciado de Avaliação
2. Os meios libertos brutos totais (MLBT) e os meios libertos líquidos retidos (MLLR) gerados no ano de 2021.
Comente os resultados obtidos. (1 valor)
3. Como foi repartido o valor acrescentado bruto (VAB) gerado no ano de 2021. (1,5 valores)
Enunciado de Avaliação
A produtividade do trabalho desta empresa no período 2020-2021 pode ser aferida através dos seguintes
rácios:
Produtividade salarial = VAB/Gastos com pessoal
Produtividade por trabalhador = VAB/Nº trabalhadores
Considerando a informação disponível, obtemos os seguintes valores para cada um dos anos:
Produtividade do trabalho 2021 2020
Produtividade salarial: VAB/Gastos com pessoal 1,97 1,72
Produtividade por trabalhador: VAB/Nº trabalhadores 68 737 52 164
No caso da produtividade salarial, verificamos que a contribuição do fator trabalho utilizado pelas empresas,
medida pelo valor acrescentado bruto gerado por cada unidade monetária gasta em custos com pessoal
aumenta de 1,72 para 1,97, ou seja, cerca de 14,5%.
Relativamente à produtividade por trabalhador, medida pelo valor acrescentado bruto gerado por cada
unidade de pessoal ao serviço, aumenta de 52.164€ para 68.737€, ou seja, mais de 31%.
Adicionalmente, distinga:
5. “Capacidade de autofinanciamento” de “autofinanciamento líquido”. (0,75 valores)
A capacidade de autofinanciamento corresponde aos MLLT, ou seja, são os excedentes financeiros gerados
pela atividade global da empresa num determinado período, sendo obtida através da seguinte expressão de
cálculo:
𝑴𝑳𝑳𝑻 = 𝑹𝑳 + 𝑫&𝑨 + 𝑰𝒎𝒑. + 𝑷𝒓𝒐𝒗 − 𝑨𝒖𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔 𝑱𝑽
O autofinanciamento líquido corresponde aos MLLR, ou seja, são os excedentes financeiros gerados pela
atividade global da empresa num dado período e que nela vão ficar retidos, sendo obtido através da
expressão de cálculo seguinte:
𝑴𝑳𝑳𝑹 = 𝑴𝑳𝑳𝑻 − 𝑹𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐𝒔 𝒂 𝒅𝒊𝒔𝒕𝒓𝒊𝒃𝒖𝒊𝒓
6. “Meios libertos brutos de exploração” (MLBE) de “fluxos de caixa das atividades operacionais” (FCO). (0,75
valores)
Os MLBE constituem os excedentes financeiros gerados pela “atividade de exploração” da empresa, isto é, a
componente recorrente e associada ao seu core business, sendo calculados através de seguinte expressão.
𝑴𝑳𝑩𝑬 = 𝑹𝑬 + 𝑫&𝑨 𝒆𝒙𝒑. +𝑰𝒎𝒑. 𝒆𝒙𝒑. +𝑷𝒓𝒐𝒗. 𝒆𝒙𝒑.
Consideram, portanto, os Resultados de Exploração (RE) e não os Resultados Operacionais (RO) e as rubricas
de gastos sem expressão monetária que existem na Demonstração de Resultados do Período.
Os Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais referem-se à diferença entre os recebimentos e pagamentos
associados à atividade operacionais, incluindo os pagamentos/recebimentos do imposto sobre o rendimento
e outros recebimentos/pagamentos. Apuram-se na Demostração dos Fluxos de Caixa do período.
Este último conceito é puramente financeiro e monetário ao invés do primeiro conceito (MLBE) que tem
significado económico.
Por fim, sublinhe-se que a variação da Tesouraria de Exploração é obtida através da variação dos MLBE
subtraídos da variação das NFM.
Enunciado de Avaliação
A Ética e a Integridade Académica são padrões de conduta prosseguidos pela nossa Instituição, pelo que durante a realização das provas escritas:
Não podem ser usados materiais de consulta, máquinas calculadoras gráficas, ou quaisquer outros equipamentos eletrónicos, exceto se tal for explicitamente
permitido pelo docente responsável da unidade curricular;
Devem ser mantidos desligados quaisquer equipamentos de comunicação;
Devem ser usadas, exclusivamente, as folhas de prova e de rascunho fornecidas pelo docente vigilante.
Em caso de comportamento fraudulento, o docente vigilante deve anular a prova do aluno, reportando a situação ao docente responsável que comunicará ao
Presidente da CBS| ISCAC para aplicação das sanções disciplinares previstas.
MUITA ATENÇÃO
Responda a cada um dos grupos do exame em folhas de prova separadas.
Entregue uma folha de prova para cada um dos Grupos, mesmo que não responda a qualquer questão desse Grupo.
Antes de entregar a prova, verifique que todas as folhas de prova estão devidamente identificadas (número de aluno e nome
completo legível são imprescindíveis para a afixação da nota).
PARTE A
Para cada uma das seguintes afirmações/questões, indique qual a alínea que considera mais correta (cada
resposta certa vale 0,5 valores e cada resposta errada desconta 0,25 valores).
1. No âmbito dos ajustamentos a efetuar ao balanço contabilístico, o capital subscrito não realizado
a) Deve ser subtraído aos capitais Próprios
b) Deve ser somado aos Capitais Próprios
c) Deve ser somado ao Passivo Corrente
d) Nenhuma das opções está correta.
Enunciado de Avaliação
4. No âmbito dos ajustamentos a efetuar ao balanço contabilístico, os inventários que são considerados
monos e ainda têm algum valor de mercado
a) São corrigidos na totalidade por contrapartida de um ajustamento de igual valor nos Capitais
Próprios.
b) São considerados no Ativo Circulante.
c) São transferidos para o Ativo Fixo.
d) Nenhuma das opções está correta.
PARTE B
Para cada uma das seguintes afirmações/questões, indique qual a alínea que considera mais correta (cada
resposta certa vale 0,5 valores e cada resposta errada desconta 0,25 valores).
1. A principal limitação da análise financeira com base na técnica de rácios é:
a) Os rácios serem valores relativos.
b) Os rácios serem calculados a partir do Balanço, que é um documento estático.
c) Os rácios apenas poderem ser comparados com os valores obtidos anteriormente para a mesma
empresa e, eventualmente, com os valores das empresas do mesmo setor.
d) Todas opções estão corretas.
2. Indique em que rubricas do balanço funcional sintético da empresa A estará integrado o seguinte saldo
contabilístico: saldo relativo a um descoberto bancário, junto do principal banco que apoia a empresa,
com o plafond autorizado de 100.000€, utilizado na sua plenitude e de forma recorrente desde que
foi negociado, há já mais de 2 anos:
a) Recursos cíclicos.
b) Capital próprio.
c) Recursos estáveis.
d) Tesouraria passiva.
4. Uma empresa pode tentar corrigir uma situação de desequilíbrio financeiro estrutural:
a) Procedendo a um aumento do capital social por incorporação de reservas.
b) Convertendo prestações suplementares em capital social
c) Diminuindo a reserva de segurança de tesouraria.
d) Todas as alíneas estão erradas.
Enunciado de Avaliação
PARTE C
Admita o seguinte quadro de indicadores financeiros de uma pequena empresa prestadora de serviços:
Liquidez reduzida 0,9
Grau de cobertura de encargos financeiros (pelo EBITDA) 2,5
Autonomia financeira (%) 30,0
Período de recuperação da dívida (anos) 4,0
Pede-se:
1. Apresente a fórmula de cálculo de cada um dos indicadores que constam da tabela. (1 valor)
2. Tendo em linha de conta a informação do quadro infra (valores em euros), elabore o balanço
funcional sintético da empresa. (1 valor)
3. Sugira duas medidas de política financeira tendentes ao reequilíbrio financeiro funcional da empresa.
(1 valor)
Relativamente a uma pequena empresa industrial conhece-se a seguinte informação referente ao biénio
2020-2021:
i) Em ambos os anos, a empresa suportou uma taxa efetiva de imposto sobre o rendimento (IRC +
Derrama) de cerca de 25%;
ii) O efeito de alavancagem financeira, antes de impostos, apresentou a seguinte decomposição:
Enunciado de Avaliação
A.
Para cada uma das seguintes afirmações indique, sem justificar, se a mesma é VERDADEIRA ou FALSA
(cada resposta certa vale 1,0 valores e cada resposta errada desconta 0,2 valores).
1. Em 2020, o valor da rendibilidade financeira depois de impostos (ROE d.imp.) foi igual a 0%. Em 2021,
aquele valor foi igual a 7,5%.
2. Em 2020, dado que a rotação do ativo total (RAT) foi igual a 1,0, a margem operacional liquida antes
de impostos (MOL a.imp.) foi igual a 4,0%.
3. Em 2021, dado que a empresa teve um volume de negócios (VN) 20% acima do ponto crítico das
vendas (PCV) e um grau de alavancagem combinada (GAC) de 7,5, o grau de alavancagem financeira
(GAF) foi igual a 1,5.
4. Em 2021, dado que todos os ativos da empresa estiveram afetos à atividade de exploração e que não
existiram quaisquer resultados operacionais extraexploração, a rendibilidade económica de
exploração depois de impostos (REE depois de impostos) foi igual a 4,5%.
B.
1. Indique, de forma sintética, os 4 principais fatores que podem influenciar o risco económico (ou de
negócio) de uma empresa.
2. Apresente a(s) fórmula(s) de cálculo dos indicadores e conceito infra e explique, de forma sintética, o
significado económico dos números apresentados:
a) Margem de Exploração Líquida antes de impostos (MEL a. imp.) = 40%;
b) Grau de Alavancagem Operacional (GAO) = 6,0;
c) Efeito de Alavancagem Financeira antes de impostos (EAF a. imp.), em sentido estrito = + 4,0%.
Nota: o denominado “EAF em sentido estrido” não considera o efeito de GE.
Enunciado de Avaliação
Enunciado de Avaliação
b) Uma das possíveis utilizações do autofinanciamento bruto gerado no período poderá ser
contribuir para o investimento em ativos fixos intangíveis no ano seguinte.
c) A produtividade do trabalho é dependente da produtividade do capital.
d) No período, os recebimentos de exploração excederam os pagamentos de exploração em
114.000 €.
e) O valor do autofinanciamento líquido gerado no período foi de 62.150 €.
f) Uma das possíveis utilizações do autofinanciamento líquido gerado no período terá sido fazer
face aos encargos financeiros suportados nesse mesmo período.
g) Aproximadamente, 8,7% do VAB gerado no período ficou retido na empresa.
h) Em períodos de elevada inflação, como aquele que atravessamos, é preferível analisar a evolução
da produtividade do trabalho através do indicador VAB/Gastos com pessoal.
GRUPO I
A.
Chave: a / b / b / c
B.
Chave: d / c / b / d
C.
1.
a. Liquidez reduzida
(𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑛𝑡á𝑟𝑖𝑜𝑠)
𝐿𝑅 = 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
b. Grau de cobertura dos encargos financeiros pelo EBITDA
2. Balanço funcional:
A CP + CA
AE 340.000 RE 460.000
NC 560.000 RC 300.000
TA 220.000 TP 360.000
ATIVO TOTAL 1.120.000 TOTAL 1.120.000
FML = RE – AE
120.000 = 460.000 – AE AE = 340.000
AT = AE + NC + TA
1.120.000 = 340.000 + NC + 220.000 NC = 560.000
3. Sabemos:
FML = 120.000
NFM = NC -RC NFM = 560.000 – 300.000 = 260.000
Donde:
TL = FML - NFM TL = 120.000 – 260.000 TL = - 140.000
TL = TA – TP = 220.000 – 360.000 = -140.000
Então, a empresa encontra-se financeiramente desequilibrada.
Assim, torna-se necessário:
Aumentar o FML, seja via aumento dos recursos estáveis, seja
via redução dos ativos estáveis, ou
Reduzir as NFM, nomeadamente através da diminuição da
duração do ciclo de exploração (diminuir o PMR e/ou
aumentar a rotação de stocks e/ou obter melhores prazos de
pagamento junto dos fornecedores)
GRUPO II
A.
1. VERDADEIRA
Cálculos auxiliares:
ROE d.imp. = [ROA a.imp. + GE x (ROA a.imp. – CMPCA a.imp.)] x (1 – t)
ROE d.imp. (2020) = [4% + 2 x (4% - 6%)] x 0,75 = 0%
ROE d.imp. (2021) = [6% + 2 x (6% - 4%)] x 0,75 = 7,5%%
2. VERDADEIRA
Cálculos auxiliares:
ROA a.imp. = MOL a.imp. x RAT
Em 2020, vem: 4% = MOL a.imp. x 1,0 <=> MOL a.imp. = 4,0%
3. VERDADEIRA
Cálculos auxiliares:
VN 20% acima do PCV, em 2021 <=> MSE em 2021 = 20%
Como GAO = 1/MSE => GAO = 1/0,2 <=> GAO = 5
Como GAC = GAO x GAF, temos: 7,5 = 5 x GAF <=> GAF = 1,5
4. VERDADEIRA
Cálculos auxiliares:
Em 2021, como AT = AE e RO = RE, temos que ROA a.imp. = REE a.imp. = 6,0%
Logo, REE d.imp. = 6,0% x 0,75 <=> REE d.imp. = 4,5%
B.
1.
1. Maior ou menor volatilidade dos preços de venda a que vou conseguir colocar no
mercado os meus bens e/ou serviços;
2. Maior ou menor volatilidade das quantidades de bens e/ou serviços que vou
conseguir colocar no mercado;
3. Maior ou menor volatilidade dos preços de compra/custo dos meus principais
imputs produtivos;
4. Maior ou menor rigidez da minha estrutura de gastos operacionais.
2.
a)
Fórmula de cálculo: MEL a.imp. = (RE/VN) x 100
Significado económico: por cada 100 € faturados a empresa obteve um RE de 40 €
(ou, a empresa obteve um RE de 40 cêntimos por cada euro de VN realizado).
b)
Fórmulas de cálculo: GAO = MB/RO ou GAO = ∆%RO/∆%VN
Significado económico: como se deduz da 2.ª fórmula de cálculo, um GAO = 6
significa que, dado o atual peso relativo dos GO fixos nos GO totais, uma ∆% do
VN de +/- 1% terá um impacto nos RO de uma ∆% de +/- 6% (e não de +/- 1%, o
que apenas sucederia se os GO tivessem todos uma natureza variável).
c)
Fórmulas de cálculo: EAF a. imp., em sentido estrito = ROA a.imp. – CMPCA a. imp.
Significado económico: a diferença entre a taxa de rendibilidade que obtivemos
da aplicação dos capitais alheios utilizados é superior ao seu custo relativo médio
ponderado em 4%.
GRUPO III
1. A partir da informação apresentada, assinale se são Verdadeiras (V) ou Falsas (F) as afirmações infra:
Resposta (V/F)
a) A empresa gerou no período meios libertos brutos totais (MLBT) de 109.000 €. V
b) Uma das possíveis utilizações do autofinanciamento bruto gerado no período poderá
V
ser contribuir para o investimento em ativos fixos intangíveis no ano seguinte.
c) A produtividade do trabalho é dependente da produtividade do capital. V
d. No período, os recebimentos de exploração excederam os pagamentos de
F
exploração em 114.000 €.
e. O valor do autofinanciamento líquido gerado no período foi de 62.150 €. F
f. Uma das possíveis utilizações do autofinanciamento líquido gerado no período terá
sido fazer face aos encargos financeiros suportados nesse mesmo período. F
MLBE
RE 87 000
Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) -12 000
Provisões 3 000
Gastos/reversões de depreciação e de amortização 34 000
112 000
MLBT 109 000