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Trabalho de ECON- SJU -2124-COI

A importância da poupança e do investimento para a Economia


O conceito de poupança refere-se ao dinheiro que deixamos de lado depois de retirarmos
os gastos ao nosso rendimento disponível, durante um determinado período. Também
podemos associar a poupança a um seguro, uma forma de transferir risco, uma opção sobre
o futuro.
Do ponto de vista económico, e tendo em consideração o tipo de sociedade em que nos
inserimos, onde o consumo desempenha um papel importante na nossa rotina e no modelo
económico, o conceito de poupança pode também significar adiar consumo.
Certo é que a poupança contribui para o nosso bem-estar financeiro e para o nosso estilo
de vida no presente e no futuro.
Poupança = adiar consumo => A diferença entre rendimento disponível e o que consumimos.
A poupança é um dos recursos essenciais ao plano financeiro. É uma espécie de energia
renovável que é preciso alimentar periodicamente. 
Por isso, devemos definir a poupança como prioridade: Pay yourself first!( paga a ti
mesmo , primeiro.). Tal definição é um ato de empreendedorismo que pode significar:
 Colocar a poupança à frente do consumo
 Definir quanto vamos poupar e só depois definir quanto vamos gastar
em consumo.
Esta visão ajuda-nos a tomar melhores decisões e a atingir mais facilmente os nossos
objetivos.
Podemos considerar três razões para poupar:
 Concretização de objetivos, 
 Constituição de um fundo de emergência para situações inesperadas (que
acontecem),
 Satisfação pessoal. Para construir o nosso património invisível que nos permite
consumir e manter o estilo de vida no futuro.
A poupança é realizada em dinheiro. Depois, temos de selecionar os instrumentos ou
tipologias de investimento para investir esse dinheiro e ir de encontro ao plano
financeiro definido.
Esses instrumentos podem os depósitos a prazo, os fundos de investimento ou ETF, os
PPR, seguros, o investimento direto numa carteira de ações, obrigações ou matérias-
primas. Mas também os investimentos alternativos, o investimento imobiliário, arte ou
outros instrumentos que possibilitem a remuneração do capital investido de acordo com
a nossa tolerância ao risco e preferências enquanto investidores.

Trabalho realizado por


João Moreira
Trabalho de ECON- SJU -2124-COI

O tempo necessário para atingirmos os nossos objetivos depende do montante que


poupamos e da forma como investimos. O elemento que melhor conseguimos controlar
é o montante da poupança. E este, para ser mais elevado significa que teremos de cortar
no consumo.
Desta forma facilmente podemos concluir que a poupança é uma forma de criar uma
independência financeira.
O investimento é a despesa em bens e serviços que serão utilizados futuramente na produção
de outros bens e serviços. Também designado por formação bruta de capital, o investimento
faz aumentar os recursos produtivos de uma economia e, portanto, as suas possibilidades de
produção.
O investimento está na génese do crescimento e do desenvolvimento da economia. Investir
significa abdicar de consumir no presente em troca de um aumento da capacidade produtiva,
que irá possibilitar um maior consumo no futuro. Sendo fundamental para o bem-estar social
das gerações presentes e futuras, o investimento é decidido, numa economia de mercado,
pelas empresas, com base na rentabilidade esperada. A sua magnitude depende da taxa de
juro associada ao financiamento e das expetativas das pessoas relativamente à situação
económica futura.
Tal como as empresas, a economia nacional no seu todo também tem a sua contabilidade. A
contabilidade nacional inspira-se em parte na contabilidade empresarial, mas obtêm-se dela
relações que não têm correspondência nas empresas.
Uma dessas relações exprime uma igualdade: a igualdade entre a poupança e o investimento,
ou seja, diz-nos que em cada período temporal (ano, semestre, trimestre, o que for) a
poupança dum país é sempre igual ao investimento realizado nesse período. Mesmo que no
início deste ano os aforradores pensassem poupar ou recorrer à poupança externa num
montante muito diferente do valor que os investidores pensavam investir, podemos estar
certos de que em última análise a poupança será igual ao valor investido no ano. Por
"investimento" entende-se aqui o valor das construções e dos novos equipamentos que se
instalam e começam a produzir (e também a variação de existências das empresas, mas que
pouco papel tem no desenvolvimento económico).
Alguns economistas consideram que o essencial para o desenvolvimento económico é
estimular a poupança, porque aumentando a poupança o investimento, que terá de lhe ser
igual, virá por arrasto e permitirá assim aumentar a capacidade produtiva do país.
Outros consideram que o essencial é aumentar o investimento e que o estímulo à poupança,
embora necessário, tem um papel subordinado. 

Trabalho realizado por


João Moreira
Trabalho de ECON- SJU -2124-COI

Ora, a poupança utilizada num país tem duas parcelas: a poupança interna (realizada pelas
famílias, as empresas e o Estado) e o recurso à poupança externa, (o país "fornece" poupança
a outros países).
Por consequência, se o país pretender investir mais e não aumentar suficientemente a sua
poupança interna, então tem de recorrer a maior poupança externa. Esse recurso pode ser
realizado de duas formas principais: ou o investimento é estrangeiro e vem acompanhado por
financiamento, também ele exterior, e nenhum problema surge para a solvabilidade do país;
ou, como sucede na maior parte dos casos, o recurso à poupança externa faz-se através dum
aumento do endividamento face ao exterior e o país pode enfrentar no futuro um sério
problema de insolvência externa, que afetará o sistema económico.
É interessante comparar estas ideias gerais com o que sucedeu em Portugal a partir dos finais
do século passado.
Desde 1998 até 2011 Portugal poupou de menos face ao investimento que realizou. Teve por
isso de recorrer muito à poupança externa sob a forma de endividamento, já que o
investimento estrangeiro não aumentou. O resultado é que se acumulou dívida externa em
montantes tais que temos hoje uma das economias mais endividadas em relação ao exterior.
Para termos uma economia competitiva e dinâmica temos de ter o investimento a puxar pela
poupança. Mas dado o nosso endividamento externo não podemos esquecer a poupança
interna. Naturalmente que um maior recurso ao investimento estrangeiro é necessário para
resolver, ao menos parcialmente, este dilema. No resto, a utilização dos fundos estruturais é
fundamental e tem de ser agilizada. Assim como é essencial que o destino do investimento
seja prioritariamente o dos setores produtores de bens e serviços transacionáveis.
Assim, podemos concluir que é urgente criar todas as condições para que o sistema
económico possa funcionar como incentivador do investimento produtivo, que necessitamos
e, não só, impulsionador do consumo ou da compra de habitação.

Webgrafia :
https://qifinanceiro.com.br/qual-a-diferenca-entre-investir-e-poupar/
https://www.repository.utl.pt/handle/10400.5/7821
https://www.fep.up.pt/docentes/joao/material/macro2/macro2_texto_investimento.pdf

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João Moreira

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