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10TCOM - Economia

Módulo 2 – Agentes económicos e


atividades económicas
1. Os agentes económicos
1.1 Noção e funções

1 Profª Alexandra Roldão


 Ao observarmos a realidade económica, damo-nos conta que
esta é formada por muitos intervenientes, e que estes se
relacionam uns com os outros.
Ex: trabalhando, prestando serviços, consumindo ou poupando.
Estes intervenientes chamam-se agentes económicos

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Noção de agente económico
 Qualquer indivíduo ou entidade que intervém na
atividade económica desempenhando, pelo menos,
uma função económica.

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Um agente económico pode desempenhar uma ou mais funções
na atividade económica.
Exemplo: uma família pode trabalhar numa empresa, consumir
bens e serviços, depositar as suas poupanças no banco, pedir
um empréstimo para comprar uma casa, etc.

 Todos nós somos agentes económicos. Até uma criança desempenha


uma função económica, a de consumidor.

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Classificação dos agentes económicos
 É habitual classificarem-se os agentes económicos de acordo
com a sua principal função.
Assim, podemos referir:
1. Famílias – a sua principal função é consumirem bens e
serviços.
2. Empresas – sua principal função é produzir bens e prestar
serviços.
3. Estado – tem como principal função satisfazer as
necessidades coletivas e redistribuir o rendimento.
4. Resto do Mundo – conjunto de relações económicas que
acontecem entre residentes de diferentes economias.

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1.2 A atividade económica
 Para que os bens satisfaçam as nossas necessidades, têm de
passar por transformações, ou seja, têm de ser produzidos.
 A atividade económica é o conjunto de procedimentos
que se destinam à obtenção de bens e serviços necessários à
satisfação das necessidades do Homem.

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Os bens têm de ser produzidos porque não se encontram na
Natureza de forma livre, e por isso precisam ser
transformados.
 A finalidade da produção é o consumo.
Para que os bens sejam consumidos, é necessário que exista
distribuição.

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O que é a Distribuição?
 É a atividade que estabelece a ligação entre a produção e o
consumo.

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A venda do resultado da produção gera um rendimento que
será repartido por todos os agentes económicos, através da
remuneração (pagamentos).
Esta atividade chama-se repartição de rendimentos,
cabendo:
 Os salários aos trabalhadores;
 Os lucros aos empresários;
 As rendas aos proprietários de imóveis;
 Os juros aos proprietários de capital sob a forma de dinheiro.

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Que sucede aos rendimentos obtidos?
 Com os rendimentos obtidos, os agentes económicos vão
adquirir os bens e serviços que necessitam para satisfazer as
suas necessidades, isto é;
Consumir, podendo ainda parte destes rendimentos ser
direcionada para poupança.

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Resumindo:

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Atividade
1. Em que consiste a produção?
2. Explique o sentido da seguinte afirmação:
« as atividades económicas complementam-se entre si.»

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Correção
1. A produção consiste na obtenção de bens económicos com
vista à satisfação das necessidades.
2. Existe uma complementaridade entre as atividades
económicas, pois para se consumir, é necessário que se
tenham produzido os bens e os serviços. Com o resultado
da venda da produção, é possível os agentes económicos
receberem os rendimentos que necessitam para efetuarem
os seus consumos. Por outro lado, se não houver consumo,
não se justifica a produção.

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1.3 O Circuito Económico
 Para melhor entender as interações entre os agentes
económicos é habitual recorrermos à sua representação
através do circuito económico.

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O que é o Circuito Económico?
 É a representação da atividade económica de um país, que
permite compreender as relações que existem entre os
agentes económicos.

Estas relações têm o nome de Fluxos, os quais podem ser:


- Fluxos reais – são as transações de bens matérias e serviços
que acontecem entre agentes.
- Fluxos monetários – referem-se à contrapartida
monetária dos fluxos reais.

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Assim:
 As Famílias fornecem às Empresas não Financeiras trabalho
e capital, recebendo em troca os salários, lucros e rendas.
 As Empresas combinam os fatores de produção; trabalho e
capital, de modo a obter bens e serviços que vendem às
Famílias.
 Por sua vez, com os rendimentos obtidos, as Famílias
compram bens e serviços às Empresas, o que permite a estas
iniciar um novo ciclo de produção

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 Este processo demonstra a interdependência que
acontece entre os vários agentes económicos, o que
permite a continuidade do processo produtivo.

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Circuito Económico completo

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Atividade
1 - O que entende por circuito económico?
2 – Distinga fluxo real de fluxo monetário.

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Correção
1 – É a representação da atividade económica de um país, que
permite compreender as relações que se estabelecem entre os
agentes económicos.
2 - Fluxos reais – são as transações de bens matérias e serviços
que acontecem entre agentes.
Fluxos monetários – referem-se à contrapartida monetária dos
fluxos reais.

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2. A produção de bens e serviços
2.1 Produção e fatores produtivos
 Para que a produção seja possível é necessário combinar os
fatores produtivos ou fatores de produção.
Exemplo:
Para produzir o vestuário que usamos é necessário combinar
diversos fatores, nomeadamente:
- o trabalho humano,
- as máquinas de corte do tecido,
- as máquinas de costura
- as instalações onde a fábrica funciona.

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O que são fatores produtivos?
 Todos os recursos utilizados na obtenção de bens e serviços,
com vista à satisfação das necessidades humanas.
Os economistas consideram como fatores produtivos:
 o trabalho.
 o capital humano.
 o capital físico.
 os recursos naturais.
 É essencial combinar os fatores produtivos de forma
eficiente, ou seja, utilizar o mínimo de recursos para
obter a máxima produção.

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O Trabalho
 Corresponde ao esforço físico e intelectual realizado pelo ser
humano na produção de bens e serviços.

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O Capital Humano
 É o conjunto de conhecimentos, competências, saberes e
saberes-fazer que os trabalhadores foram adquirindo e
desenvolvendo ao longo da vida, através de formação
académica, ou experiência profissional adquirida.

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Capital Físico
 Tudo o que foi construído pelo Homem, como é o caso de
edifícios, máquinas, permitindo levar a cabo a produção, e
não se esgotando num único processo produtivo.

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Os Recursos Naturais
 .Tudo o que a Natureza nos oferece, tal como a água,
florestas, energia do Sol, do vento, minérios, fauna e flora.
Os recurso naturais podem ser:
Renováveis – os que não se esgotam.
Ex: Energia do Sol, ou do vento, ou ainda das águas dos mares e
rios.
Não Renováveis - os que se esgotam, sendo necessário
renová-los.
Ex: Florestas, fauna, solo e subsolo.

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Setores de atividade económica
 No processo produtivo intervêm inúmeras atividades
humanas. Nestas é possível encontrar características comuns.
 Desta forma conseguimos agrupá-las por setores de atividade
económica.

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Classificação das atividades económicas em
setores
 Foi o economista inglês Colin Clark quem introduziu esta
classificação,.
Assim, as atividades económicas agrupam-se em:
 Setor primário – atividades que se relacionam diretamente
com a Natureza.
Exemplo: a agricultura, pesca, silvicultura( recuperação e
proteção de florestas), pecuária (criação de gado), e
indústrias extrativas (extração de petróleo, minérios, areia,
etc).

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 Setor Secundário – atividades que transformam os bens
que foram fornecidos pelo setor primário.
Exemplo: indústrias transformadoras, construção, produção e
distribuição de eletricidade, gás e água.
 Setor terciário – atividades que estejam ligadas aos
serviços.
Exemplo: comércio, transportes, armazenagem, atividades
imobiliárias, prestação de cuidados de saúde, educação e
atividades financeiras.

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2.3 – O valor da produção nacional - PIB
 O valor da produção é um dos mais importantes indicadores
da atividade económica de um país.
 O indicador mais utilizado tem a ver com o valor total de
bens e serviços produzidos num país, num determinado
período de tempo (normalmente um ano).
 Obtemos assim o produto interno.

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Conceito de Produto Interno Bruto (PIB)
 Produto – porque engloba o valor de toda a produção de
bens e serviços.
 Interno –porque se refere à produção efetuada no interior
do território económico de um país.
 Bruto – porque contém o desgaste do equipamento e outros
bens de produção duradouros, ou seja, a s chamadas
amortizações.

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A Produtividade
 É a relação entre a produção obtida de um dado bem e a
quantidade do fator produtivo utilizada num determinado
período de tempo.
Pode ser calculada para cada um dos fatores produtivos. No
entanto, vamos apenas debruçar-nos sobre a produtividade
do fator trabalho.
Podemos calcular a produtividade média do trabalho e a
produtividade marginal do trabalho. Qualquer uma
destas pode ainda ser calculada em termos físicos ou em
termos monetários.

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Produtividade média do trabalho
 Relaciona a quantidade produzida de um bem e a
quantidade do fator trabalho que foi utilizada.
 Esta quantidade de trabalho pode ser medida em termos de
número de trabalhadores utilizados, ou em termos do
número de horas despendidas para realizar a produção.
 Fórmula para calcular a produtividade em termos físicos:

Produtividade média do trabalho= quantidade produzida


número de trabalhadores

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Fatores que influenciam a produtividade
1. A organização do trabalho.
2. A motivação dos trabalhadores.
3. A qualificação dos trabalhadores.
4. A disponibilidade de equipamentos modernos.
5. O progresso técnico.

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Custos suportados pelas empresas
 Para produzirem, as empresas têm de suportar um conjunto de
custos:
a) Custos fixos – aqueles que não sofrem qualquer alteração em
função da quantidade produzida.
b) Custos variáveis – aqueles que variam em função da
quantidade produzida.
Exemplos de custos fixos: Aluguer de instalações, taxas
camarárias, licenças de exploração, salários dos trabalhadores,
encargos com a Segurança Social.
Exemplos de custos variáveis: custo das matérias-primas,
despesas com energia consumida, gastos com reparação e
manutenção de equipamento.

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 Se juntarmos os custos fixos e os custos variáveis,
obtemos os custos totais.

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Economias e deseconomias de escala
Podem verificar-se 3 casos distintos:
 Economias de escala – quando o aumento da quantidade
produzida se traduz numa redução dos custos médios de
produção.
 Deseconomias de escala – quando o aumento da
quantidade produzida se traduz num aumento dos custos
médios de produção.
 Rendimentos constantes à escala – quando a quantidade
produzida e os custos médios totais aumentam na mesma
proporção.

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Fatores que influenciam a obtenção das
economias de escala
 A utilização de tecnologia mais avançada.
 A formação de capital humano.
 A capacidade de negociação da empresa com fornecedores.
 Maior facilidade em aceder ao crédito com condições mais
favoráveis.

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Como melhorar a eficácia da produção
 A eficácia da produção depende de diversos fatores:
1. Formação dos recursos humanos. (trabalhadores mais
qualificados têm maior facilidade de adaptação a novos
equipamentos)
2. Organização do processo produtivo. (a forma como toda a
cadeia de produção está organizada)
3. Progresso técnico.( disponibilização de equipamentos mais
modernos e produtivos)
4. Investigação e desenvolvimento.(através da descoberta
de novos bens, novas formas de produzi-los, ou novas tecnologias)

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Atividades inerentes à distribuição
 Compra de bens aos produtores.
 Transporte para os armazéns ou postos de venda.
 Armazenamento.
 Fracionamento e embalamento dos bens.
 Comercialização, ou seja, colocação dos produtos nos pontos
de venda.

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Papel da distribuição na Economia
 Permite acrescentar valor aos bens, porque permite a sua
disponibilização aos consumidor nas quantidades adequadas e
no local mais conveniente.

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O comércio
 Costumamos associar a palavra comércio à venda dos bens ao
consumidor final.
 No entanto, essa é a última fase, pois anteriormente
aconteceram inúmeras trocas comerciais.
 Assim, podemos distinguir o comércio:
- Grossista
- Retalhista

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Comércio grossista
 Este tipo de comércio tem as seguintes características:
- Contacta diretamente o produtor.
- Adquire os bens em grandes quantidades.
- Por vezes, reúne produções que se encontram dispersas por
vários produtores.
- Armazenagem dos bens, com vista a evitar ruturas de
abastecimento.

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Comércio retalhista
 Características:
- Adquire os bens junto do grossista.
- Disponibiliza os bens aos consumidores finais nos locais e
quantidades adequadas às necessidades.
 O retalhista é a face do produtor ao disponibilizar, divulgar e
promover o produto junto do consumidor final.
 O retalhista tem um papel importante como veículo de
comunicação entre produtor e consumidor.

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Circuitos de Distribuição - Definição
 Etapas percorridas pelos bens ou serviços, através de diversos
agentes económicos com diferentes funções, desde o local de
produção até serem colocados à disposição do consumidor
final.

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Tipos de circuitos de distribuição
 Ultracurto – não existem intermediários, já que o
produtor vende diretamente ao consumidor.
Ex: é o caso da venda à porta da fábrica.
 Curto - existe apenas um intermediário entre produtor e
consumidor, em geral, o retalhista.
Ex: Concessionários de automóveis.
 Longo – nele intervêm dois ou mais intermediários. Este
tipo é utilizado para os bens de grande consumo.
Ex: Bens alimentares, brinquedos, produtos de higiene e
limpeza.

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Atividade
1 – Regista como verdadeiras ou falsas as seguintes afirmações e corrige as
falsas:
1.1 A distribuição é a atividade que estabelece a ligação entre o comércio
grossista e retalhista. FALSA …a ligação entre a produção e o consumo
1.2 Um circuito de distribuição consiste nas várias etapas que que os bens
percorrem até serem colocados nos pontos de venda para consumo, no
qual intervêm diversos intervenientes.VERDADEIRA
1.3 Num circuito curto, intervêm dois ou mais intermediários, enquanto
no circuito ultracurto apenas encontramos um intermediário. FALSA
…intervém apenas um intermediário, enquanto no circuito ultracurto
não existem intermediários.
1.4 O retalhista estabelece a ligação ente o produtor e o consumidor.
VERDADEIRA

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Tipos de Comércio
 Quando falamos de tipos de comércio, referimo-nos às
diferentes formas do comércio retalhista se organizar.
Neste campo, existem 3 tipos de comércio:
 A) Independente
 B) Integrado
 C) Associado

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A) Comércio Independente
 Está organizado em unidades de pequena dimensão,
geralmente com um único ponto de venda, explorados
apenas pelo proprietário, por vezes acompanhado por algum
familiar, ou com um reduzido número de empregados.

 Nesta tipologia, podemos ainda integrar o retalho não


sedentário ou ambulante, ou seja, unidades que se deslocam
de local em local, em geral feiras.

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Aonde está localizado?
• Bairros habitacionais,
• Pequenos centros urbanos,

Principal característica:
- Proximidade aos consumidores.

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Tipos de Comércio Retalhista
 1 – Retalho de proximidade – dedica-se ao comércio
alimentar ou não alimentar, tendo regra geral um caráter
generalista.
 2 – Retalho especializado – dedica-se à comercialização
de um produto específico, quer seja alimentar ou não.
 3 – Retalho não sedentário ou ambulante – é
constituído por pontos de venda que se deslocam de local em
local. (feiras espalhadas pelo país).

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B) Comércio Integrado ou Organizado
 Características:
- Está ligado a grupos económicos.
- Tem as funções de grossista e retalhista .
- Explora redes comerciais ou cadeias de pontos de venda,
alimentares ou não alimentares.
- Aplica políticas comuns de gestão.

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Formas de Comércio Integrado
1) Grandes Armazéns – oferecem num mesmo local diversas
categorias de produtos arrumadas por secções, funcionando
cada uma como uma loja. O consumidor pode circular
livremente e encontrar num mesmo local uma grande
variedade de produtos.Ex:Armazéns El Corte Inglês.
2) Armazéns populares – são uma versão menos sofisticada dos
grandes armazéns e dirigem-se a consumidores com menor
poder de compra, ou que pretende gastar menos. Praticam
preços mais baixos. Ex: Lidl e Paga Pouco.

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Formas de Comércio Integrado (cont)
3) Grandes superfícies generalistas – lojas de grandes
dimensões que no mesmo local oferecem grande variedade de
produtos, que vão desde:
- Ramo alimentar,
- Higiene pessoal,
- Lar
- Vestuário e calçado
Ex: Supermercados Modelo/Continente

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4) Grandes superfícies especializadas – lojas de grande
dimensão, que se concentram na comercialização de apenas uma
gama de produtos.
Ex: Toys’R’ Us (brinquedos), Ikea (decoração), Aki (bricolage). Fnac
(livros, música).
5) Franchising - reúne empresas ligadas por contrato à casa mãe
(francisador) e aplicam políticas comerciais e de gestão comuns. No
entanto, mantêm-se jurídica e financeiramente independentes.
Ex: Beneton, Mango, Loja das Sopas

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Atividade (RESOLUÇÃO)
 1 – O que entendes por comércio integrado?
R:Este tipo de comércio está ligado a grupos económicos, explorando redes comerciais ou
pontos de venda, identificadas pela mesma insígnia, e aplicando políticas comuns de gestão.
 2 – Lê a afirmação seguinte:
« Para os empresários que procuram negócios testados com sucesso, com riscos mais limitados e
com apoio técnico e administrativo na gestão do dia a dia, o franchising pode ser uma boa
opção.»
 2.1 – Explica, com base no texto, por que razão o franchising pode ser uma boa
opção.
R: O franchising permite que uma empresa com um formato de negócio já experimentado ceda
a terceiros , em troca de contrapartidas financeiras, o direito de explorar os seus produtos ou
serviços, usar a sua marca comercial, e ainda aplicar os seus métodos de gestão.

 2.2 – Refere duas das formas que o comércio integrado pode assumir, além do
franchising.
R: No comércio integrado podemos apontar os armazéns populares ou superfícies generalistas.

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 3 – Qual o objetivo do comércio associado?
R: Efetuar compras em conjunto e desta forma conseguir preços mais baixos devido ao grande volume de aquisições.
Podem assim efetuar operações promocionais de grande escala.
 4 – Identifica as vantagens do comércio associado.
R: Centralização de compras.
Liberdade de compras dos aderentes.
Os aderentes podem retirar-se a qualquer momento.
Remuneração dos aderentes em função dos montantes de compras.
5 – Descreve os principais métodos de venda.
R:Venda direta – contacto face a face entre comprador e vendedor.
Local – casa do cliente(ao domicílio) emprego ( local de trabalho) ou reuniões em casa de potencial cliente/s.
venda através da Internet – o método de vendas mais recente e com maior expansão.
Algumas empresas vendem exclusivamente os seus produtos através da Internet. Noutros casos a empresa tem pontos
de venda físicos e completa a sua oferta na Internet.
Venda à distância – neste método, o produto é apresentado ao cliente fazendo uso de vários meios de comunicação:
- Televisão
- Telefone
- Catálogos
Por sua vez, o cliente usa meios idênticos de resposta.
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C) Comércio Associado
 Compreende empresas que, embora mantenham a sua
independência jurídica, se agrupam para realizar uma ou mais
atividades, de modo a obter vantagens e competir com o
comércio integrado.
 Qual o seu objetivo?
Efetuar compras em conjunto e desta forma conseguir preços
mais baixos devido ao grande volume de aquisições.
Podem assim efetuar operações promocionais de grande escala.

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 A entidade que assume, em nome dos associados, a função de
centralizar as compras designa-se por Central de
Compras.

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Formas de Comércio Associado
 Cadeias Voluntárias (associam grossistas e retalhistas).
 Agrupamentos (comerciantes retalhistas).

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Vantagens do Comércio Associado
 Centralização de compras.
 Liberdade de compras dos aderentes.
 Os aderentes podem retirar-se a qualquer momento.
 Remuneração dos aderentes em função dos montantes de
compras.
Exs em Portugal: Cooperativa Grula – Grupo Lisboeta de
Abastecimento de Produtos Alimentares.

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3.3 A venda
 Métodos de vendas
 Venda direta – contacto face a face entre comprador e vendedor.
Local – casa do cliente(ao domicílio) emprego ( local de trabalho) ou
reuniões em casa de potencial cliente/s
Vantagens:
- Personalização da venda.
- Contacto direto com o produto.

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 Cibervenda ou venda através da Internet – o método de vendas mais
recente e com maior expansão.
Algumas empresas vendem exclusivamente os seus produtos através da
Internet. Noutros casos a empresa tem pontos de venda físicos e completa
a sua oferta na Internet.
 Venda à distância – neste método, o produto é apresentado ao cliente
fazendo uso de vários meios de comunicação:
- televisão
- Telefone
- Catálogos
Por sua vez, o cliente usa meios idênticos de resposta.
Neste método não existe o contacto direto vendedor/comprador
Ex: La Redoute,Vertbaudet

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 Venda automática – consiste na venda dos mais variados
produtos utilizando equipamentos automáticos instalados em
locais públicos ou de grande circulação.
Ex: estações de comboio, metro, hospitais escolas ou empresas
com produtos como sandes, bebidas, bilhetes de cinema. O
meio de pagamento pode ser a dinheiro ou cartões de crédito
ou débito.

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Processo de Venda
 É o conjunto de etapas que devem ser seguidas pelo
vendedor, com vista à concretização ou finalização da venda.

Etapas do processo de venda


 Acolhimento do cliente ( o lojista dá as boas vindas ao
cliente, criando um clima de confiança).
 Criação de uma relação de confiança,
 Levantamento das necessidades do cliente,

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 Apresentação do produto ( características, qualidades,
estimulando o cliente a adquirir o produto)
 Tentativa de fecho e fecho da venda (momento em que
o cliente toma a decisão da aquisição e respetivo pagamento).
 Reclamação ou assistência pós-venda (fundamental
para reafirmar uma relação de confiança com o
produto/marca ou com o vendedor. Este deverá informar o
cliente acerca dos serviços pós-venda)

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4 . O Consumo
Noção e tipos de consumo
 O ato de utilizar bens e serviços para satisfazer as
necessidades designa-se por consumo.
 Através das escolhas de consumo que fazemos , estamos a dar “sinais” ou
informações aos produtores sobre as nossas preferências. Desta forma
incentivamos ou não a produção de determinado bem.
 Além de ser um ato económico, o consumo é também uma ato
social.

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Acesso ao consumo
 O acesso ao consumo é muito desigual, quer ao nível mundial
quer nos países.
 Enquanto uns vivem na riqueza, outros vivem na miséria, sem
qualquer possibilidade de satisfazerem as necessidades básicas.

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Tipos de consumo
É habitual distinguirmos os seguintes tipos de consumos:
 Final – quando a utilização do bem ou serviço permite a
satisfação direta e imediata da necessidade.
No caso de um bem material pode implicar a sua destruição
imediata (alimentos) ou progressiva (vestuário)
 Intermédio – quando o bem ou serviço é utilizado para a
produção de outros bens ou serviços.
É o caso da farinha usada por uma panificadora para fazer o pão.

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Tipos de consumo (cont.)
 Essencial – quando se destina a
satisfazer uma necessidade
primária.
É o caso do consumo de bens
alimentares ou uma ida ao médico.
 Supérfluo – quando se destina a
satisfazer uma necessidade
terciária.
Ex: uso de bijuterias ou vestuário de
marca.

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Diferentes agentes económicos originam
diferentes consumos
 Os consumos efetuados pelas empresas são sempre
intermédios, pois destinam-se à obtenção de outros bens.
 Os consumos realizados pelas famílias são sempre consumos
finais.
Ex: A utilização de energia elétrica por parte de uma empresa é
um consumo intermédio, enquanto o mesmo consumo feito
por uma família constitui um consumo final. ********

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Padrões de Consumo – fatores explicativos
 O ato de consumir implica tomar
decisões, ou seja, fazer escolhas.
Fatores que podem influenciar o
consumo:
 Os económicos – é o caso do
rendimento, preços, inovações
tecnológicas.
 Os extraeconómicos – como a
estrutura etária das famílias, os
modos de vida, e a publicidade.

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Atividade
1 - O que entendes por comércio integrado?
2 – Lê a afirmação seguinte:
« Para os empresários que procuram negócios testados com sucesso,
com riscos mais limitados e com apoio técnico e administrativo na
gestão do dia a dia, o franchising pode ser uma boa opção.»
2.1 – Explica, com base no texto, por que razão o franchising pode
ser uma boa opção.
2.2 – Refere duas das formas que o comércio integrado pode
assumir, além do franchising.
3 – Qual o objetivo do comércio associado?
4 – Identifica as vantagens do comércio associado.
5 – Descreve os principais métodos de venda.

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Fatores económicos
 O Rendimento – o rendimento das famílias é um dos
principais fatores que influenciam as decisões de consumo e a
forma como hierarquizam a satisfação das necessidades.
 A forma como os consumidores repartem os seus
rendimentos pelos vários consumos chama-se
Estrutura do Consumo

74 Profª Alexandra Roldão


 Apesar de cada um de nós consumir uma grande variedade de
bens e serviços, podemos agrupar as despesas que efetuamos
por Classes de Despesas. Para tal, temos de ter em
consideração a sua natureza e a necessidade que satisfaz.

 O peso que cada classe de despesa ocupa no total


das despesas de consumo das Famílias designa-se
por Coeficiente Orçamental.

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Como calcular o Coeficiente Orçamental?
Coeficiente Orçamental = Valor da despesa efetuada × 100
Total das despesas e consumo

Exemplo:
 Imagine-se que a família B gasta 2000 do seu rendimento mensal para
despesas de consumo, destinando-se 500€ para despesas de alimentação.
Para sabermos o coeficiente orçamental da alimentação desta família,
faríamos o seguinte cálculo:
Coef. orç. da alimentação= 500×100
2000
Coeficiente orçamental da alimentação = 25%
 O valor encontrado, significa que o peso das despesas em alimentação no
total das despesas de consumo da família B é 25%.*******

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 O rendimento das Famílias vai-se alterando ao longo do
tempo, podendo aumentar ou diminuir. Assim, a estrutura do
consumo também irá sofrer alterações mediante o aumento
ou diminuição dos rendimentos.

77 Profª Alexandra Roldão


 Preço dos Bens
As decisões de consumo das Famílias têm uma relação estreita com
os preços dos bens que se consomem.
Se o rendimento de uma família for constante e os preços
aumentarem, terá que haver uma decisão normalmente para a
aquisição de uma menor quantidade de bens e serviços.
Desta forma, acontecerá uma baixa do seu poder aquisitivo.
Na situação inversa, em que se verifique uma redução generalizada
do preço dos bens, deverá acontecer um aumento do consumo das
Famílias.

78 Profª Alexandra Roldão


 A Inovação Tecnológica
Constitui outro fator que influencia o consumo das Famílias.
Diariamente, somos confrontados com anúncios de novos bens
ou serviços que são lançados no mercado.
É o caso do iPad, do iPhone, ou do smartwatch e de todos os
serviços a eles associados.
 O surgimento de novos bens e serviços desencadeia o desejo,
bem como a necessidade de possuir o bem, aumentando a
sua procura e respetivo consumo.

79 Profª Alexandra Roldão


 A inovação tecnológica extingue também o consumo de
certos bens, que passam a ser obsoletos. É o caso da máquina
de escrever, que foi substituída pelo computador, ou o
walkman, que foi substituido pelo iPod.

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Fatores Extraeconómicos
 A estrutura etária das famílias
É fácil perceber que alguns consumos efetuados por um casal
jovem com filhos ainda bebés serão diferentes dos de um casal
de pessoas idosas.
À medida que a família vai alterando a sua composição ou a sua
estrutura, ou que os filhos vão crescendo e vão para a
faculdade, começam a trabalhar e vão morar sozinhos, os
consumos vão-se ajustando à nova realidade.

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 Modos de vida
Os indivíduos vivem e pertencem a determinados grupos,
estabelecendo-se um conjunto de interações entre os elementos do
grupo.
As decisões de consumo dos indivíduos são fortemente
condicionadas pelo grupo ou grupos a que pertencem.
Muitos indivíduos procuram imitar o modelo de consumo dos
grupos sociais cujo nível de vida é imediatamente superior ao seu.
Também a influência que os líderes do grupo ou de opinião exercem
sobre as suas decisões de consumo pode ser importante.
O indivíduo tenta identificar-se com o líder do grupo ou com figuras
consideradas influentes no momento.

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 A utilização de certas figuras públicas na promoção ou
publicidade de produtos tem vindo a aumentar . Artistas de
telenovela, mundo desportivo, ou televisão promovem
determinadas marcas em campanhas publicitárias que entram
em casa das pessoas através dos meios de comunicação.
 Ex: George Clooney em campanha de relógios da marca
Omega

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 Moda – a sociedade atual caracteriza-se pelo encurtamento do
ciclo de da vida dos produtos.
Surgem constantemente novos produtos que satisfazem a esma
necessidade, mas com novas funcionalidades, ou com características
ligeiramente diferentes, e que rapidamente despertam no
consumidor o desejo de o ter.
 Publicidade – é um dos principais veículos da moda , dando-nos
a conhecer os produtos, mas criando também necessidades e
desejos.
Transmitindo um conjunto de estímulos, através de uma linguagem
carregada de símbolos, o consumidor é levado a adquirir certo tipo
de bens, pretendendo identificar-se com determinado estilo de vida,
imagem ou algo que faz parte do seu imaginário.

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Consumerismo e o movimento dos
consumidores
 A sociedade atual caracteriza-se, entre outros aspetos, pela
importância que o consumo assume na nossa vida, isto é,
consumir transformou-se na finalidade última da vida das
pessoas.
 A sociedade atual transformou o ato de consumir em muito
mais do que isso, transformou-o numa ânsia e num propósito
de vida.
 Neste tipo de sociedade transformam-se desejos em
necessidades, consumindo-se muito além do que
verdadeiramente se necessita.

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