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• Profissional com mais de 35 anos de atuação nas áreas

Contábil/Financeira/Fiscal/Controladoria de Instituições Financeiras de grande e médio


portes, Administradoras de Cartões de Crédito, empresas não financeiras, Seguradoras e
empresas de Auditoria/Consultoria. Possui experiência como Controller/CFO em
empresas onde atuou, bem como a participação como membro de Conselho de
Administração.

• Mestre em Ciências Contábeis – Controladoria Empresarial pelo Mackenzie, MBA


Prof. Sérgio Controller pela – FEA/FIPECAFI – USP, Especialização em Administração de Instituições
de Jesus Financeiras – Banking pela FGV/SP, Pós Graduação em Auditoria e Controladoria pela
Universidade São Judas – USJT e Contador formado pelas Faculdades Campos Salles.
Possui Certificação internacional em IFRS pela ICAEW – Londres - UK e Certificação em
Investimentos pelo ICSS – Instituto de Certificação de profissionais de seguridade social.

• Professor/palestrante em cursos de MBA, Pós Graduação e outros treinamentos nas


áreas de Contabilidade, Tax e Finanças, inclusive formação em normas internacionais de
contabilidade - IFRS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONTABILIDADE
Como as imagens se relacionam com a matéria?

PERDA NOS INVESTIMENTOS

QUAL DECISÃO DEVO TOMAR?

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Contabilidade

A Contabilidade é o instrumento que fornece o máximo Quanto antiga é a Contabilidade?


de informações úteis para a tomada de decisões dentro Primeiros registros Mesopotâmia c. 7000 AC
e fora da empresa. Ela é muito antiga e sempre existiu
Auditoria Egito, Babilônia c. 4000 AC
para auxiliar as pessoas a tomarem decisões.
Manual de controle interno Índia c. 1700 AC

Partidas dobradas Itália c. 1400 DC


Objetivos da Contabilidade:
• Medição de desempenho. US GAAP Estados Unidos 1939

• Insumo para definição de preço de bens e serviços. IAS / IFRS Reino Unido 1973

• Municiar a administração com as informações para um acompanhamento


sistemático das operações.
• Pagamento de Impostos.
• Atendimento a órgãos reguladores, fiscalizadores, etc.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Usuários da Contabilidade

Fornecedores
Investidores Bancos

Funcionários Sindicatos
EMPRESA

Órgãos de Classe
Concorrentes E Reguladores

Governos Administradores

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Tipos de Contabilidade
Societária ou
Financeira

Gerencial (Inclui
Contabilidade de
Custos)

Contabilidade Fiscal ou Tributária

Social

Pública

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Demonstrações Financeiras
Objetivos

Fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o


desempenho e as mudanças na posição financeira da entidade, que
sejam úteis a um grande número de usuários em suas avaliações e
tomadas de decisão econômica.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Conjunto Denominado “Demonstrações Financeiras”

• Relatório de Administração
Balanço Patrimonial
Demonstração de Resultados / Resultados abrangentes
• Demonstrações Financeiras Mutações do P.L.
Fluxo de Caixa
DVA
• Notas explicativas

• Parecer dos Auditores Independentes

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS
Princípios Contábeis
Características qualitativas da informação contábil

• Representam as doutrinas e teorias relativas à Ciência Contábil.

• Padrões ou regras a serem seguidas.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Principais regras contábeis

Relevância:
As informações precisam ser relevantes para seus usuários, ou seja, poder de influenciar
as decisões desses agentes.

Representação Fidedigna:
A informação deve ser completa, precisa, ser neutra e livre de erro ou omissões.

Regime de Competência:
As operações são registradas quando efetivamente ocorrerem - fato
gerador - independentemente de seu recebimento/pagamento.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Principais regras contábeis

Princípio da entidade:
O Patrimônio da entidade não se confunde com o Patrimînio das pessoas físicas –
autonomia patrimonial.

Continuidade:
Parte-se do pressuposto que a entidade possui prazo de vida indeterminado.

Essência sobre a forma:


As operações devem ser registradas pela essência da operação e não pela
forma jurídica.
Exemplo: Leasing Financeiro.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
SISTEMAS CONTÁBEIS
Sistemas Contábeis

Correspondem aos tipos de contabilidade, ou seja, os tipos de escrituração contábil que


empresas/países utilizam para registrar suas operações diárias.
Cada país utiliza um sistema contábil para registro das operações.
Atualmente existem 2 grandes sistemas contábeis utilizados mundialmente:

IFRS – International Financial USGAAP – United States Generally


Reporting Standards: Accepted Accounting Principles:
• Utilizado na maioria dos países • Utilizado nos EUA e nos países
do mundo (+ 100 países). que possuem filiais de empresas
• Baseado em princípios. Norte Americanas.
• Essência sobre a forma. • Baseado em regras específicas.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
O que é o IFRS

A sigla inglesa IFRS - International Financial Reporting Standards significa Normas


Internacionais de Informação Financeira, na tradução para o Português.
IFRS: conjunto de normas internacionais de contabilidade, emitidas e revisadas pelo IASB -
International Accounting Standards Board (Conselho de Normas Internacionais de
Contabilidade), que visam uniformizar os procedimentos contábeis e as políticas
existentes entre os países, melhorando a estrutura conceitual e proporcionando a mesma
interpretação das demonstrações financeiras.
Processo de harmonização contábil no Brasil – a partir de 2010.
Exceções:
• Banco Central: Ainda em processo de convergência.
• Receita Federal: novas regras fiscais a partir da Lei 12.973/14.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Vantagens na adoção do IFRS

Benefícios da adoção do IFRS como padrão contábil

• Padronização internacional (Adotado na maioria dos países).


• Linguagem contábil global para servir de base nas negociações
transnacionais.
• Imediata utilização pelo público internacional.
• Aumento do fluxo de capitais para as empresas brasileiras.
• Reduz custos de adaptação dos relatórios financeiros.
• Redução do custo de captação das empresas.
• Não tem como objetivo atender a aspectos fiscais (tributos).
• Registra a real natureza das operações.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Sistemas contábeis no Brasil

Antes de 2010 o Brasil possuía um padrão contábil próprio, em essência distinto dos
demais países do mundo.
A partir de 2010, o Brasil adotou o sistema contábil do IFRS. Todavia, alguns princípios
oriundos do IFRS ainda não estão sendo utilizados pelo Brasil. É o caso da “Reavaliação de
Ativos”, pois esse tipo de operação é proibido pelas regras brasileiras.
Além do IFRS, empresas brasileiras ainda possuem outros sistemas contábeis a seguir,
demandadas por alguns órgãos reguladores. São eles:

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Sistemas contábeis no Brasil

IFRS A maioria das empresas brasileiras.

Contabilidade de Instituições Financeiras. Apenas 11


COSIF normativos do IFRS adotados até o momento.

Sistema contábil da Receita Federal. Regras próprias


SRF -
TRIBUTOS com objetivo da arrecadação de impostos.

Utilizado por empresas controladas por


USGAAP
empresas Norte Americanas.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
BALANÇO PATRIMONIAL
Balanço Patrimonial

Dentre as Demonstrações Financeiras, o primeiro relatório apresentado é denominado


“Balanço Patrimonial”.
Muito utilizado nos processos de análise de demonstrações financeiras e nos processos
de “valuation” e “aquisição de empresas”.
Temos como definição de Balanço Patrimonial:
• Descrição organizada dos bens e direitos, das obrigações assumidas e do patrimônio
líquido de uma empresa em determinada data (posição estática).
Em finanças:
• Origens de recursos da empresa – passivo.
• Aplicações de recursos pela empresa – ativo.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Balanço Patrimonial
Exemplo

Bens Apartamento Empréstimo Obrigações


Direitos $50 mil $30 mil
+ Origens
Aplicações Patrimônio
Riqueza
$20 mil Líquido
Origens

Total Total
$50 mil $50 mil

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Balanço Patrimonial

Ativo Passivo e PL

§ Obrigação já existente para a


§ Conjunto de bens e direitos sob (*)
entidade (no momento do balanço)
controle da entidade
proveniente de eventos passados
§ Espera-se que resultem em
§ A liquidação da obrigação resultará
benefícios econômicos para a
em saída de recursos da entidade
entidade
Patrimônio Líquido:
§ Essência econômica deve
§ Valor residual de ativos e passivos =
prevalecer sob a forma jurídica
Recursos dos sócios

(*)capacidade de direcionar o uso e obter os benefícios correspondente de um ativo.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Balanço Patrimonial
Maior
Maior
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE

ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE

Grau de v Realizável a Longo Prazo PATRIMÔNIO LÍQUIDO


Liquidez Grau de
v Investimentos
Exigibilidade
v Imobilizado v Capital Social
v Intangível v Reservas de Capital
v Ajustes de avaliação
Patrimonial
v Reservas de lucros
v Ações em Tesouraria
v Prejuízos acumulados
Menor
Menor
Balanço Patrimonial
Prazos
• Ativo Circulante – até 1 ano

• Ativo não Circulante – Realizável a longo prazo – após 1 ano

• Ativo não Circulante – Investimentos, Imobilizado, Intangível – sem prazo

• Passivo Circulante – até 1 ano

• Passivo não Circulante – após 1 ano

• Patrimônio Líquido – sem prazo

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Balanço Patrimonial

Ativos de curto prazo –


até 1 ano

Ativos de longo prazo –


sem prazo –
normalmente após 1
ano

Passivos de curto prazo


– até 1 ano

Conta dos “donos da


empresa” sem prazo

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Exemplo de operações com balanço

Qual a origem e onde são aplicados os recursos?


Constituição de uma empresa com $ 50.000 em dinheiro.
Compra de estoque a vista por $ 40.000.
Captação de $ 60.000 através de empréstimo bancário
Compra de imóvel a vista por $ 70.000

Empréstimos
Em cada um dos passos, compare o 60.000
valor dos ativos com o valor de passivos Caixa 70.000
10.000
Estoque 40.000
Caixa 50.000
+ patrimônio líquido. Imóvel 70.000
Estoque 40.000

Capital 50.000

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
Demonstração do Resultado

Evidencia o resultado econômico da empresa:


• Regime de competência x Regime de caixa
Demonstra a performance da empresa em determinado período;
Capacidade de informar se o negócio da empresa é viável;
Confronto de Receitas x Despesas;
Problema: Mistura de resultados operacionais e não operacionais, inclusive operações
descontinuadas.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Demonstração do Resultado

(+) Receitas do Exercício


(-) Consumos ou Despesas do
Exercício
(=) Resultado do Exercício

Evidenciar as alterações na situação


Econômica da Entidade.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Demonstração do Resultado
Receitas

• Caracterizada normalmente pela geração de ativos que propicie um aumento nos


benefícios econômicos futuros;
• Resulta em aumento no Patrimônio Líquido da empresa;

• O seu valor pode ser determinado em bases confiáveis;

• Em geral, está relacionada com as principais atividades desenvolvidas pela empresa.

Exemplo: Venda de ativos ou prestação de serviços.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Demonstração do Resultado
Despesas

• Caracterizada por decréscimos de ativos ou acréscimos de passivos que acarretam


uma diminuição nos benefícios econômicos futuros;

• Resulta em diminuição no Patrimônio Líquido da empresa;

• O seu valor pode ser determinado em bases confiáveis;

• Pode ser entendida, numa visão mais simplificada, como o consumo de bens ou
serviços com o objetivo de geração de receitas.

Exemplo: Despesas de aluguel, despesas de pessoal, despesas de juros,


etc.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Exemplo de Operação - DRE

Venda do veículo por $ 9.000 (50% a vista + 50% a prazo) +


comissão vendedor de $ 1.000 à vista

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Demonstração do Resultado

EFEITO DO RESULTADO NO BALANÇO

Pertence ao
Lucro apurado proprietário

Prejuízo Deve assumi-lo

Parte do Lucro pode ser reinvestido (lucros


retidos/acumulados). Entra no Balanço via
PL (origem), sendo aplicada no Ativo.

A parte do lucro distribuída aos


proprietários
é denominada dividendos.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Demonstração do Resultado
Exemplo
Vendas brutas ou seviços
prestados

Custo relacionados a
venda/serviço

Despesas necessárias para a


atividade da empresa

Resultado financeiro (não


operacional)

Performance final da empresa


no período

Retorno parcial do resultado


aos sócios da empresa

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE
CAIXA
Demonstração dos Fluxos de Caixa

Evidencia o resultado financeiro da empresa:


• Regime de competência x Regime de caixa;
Demonstra a performance financeira da empresa em determinado período;
Capacidade de geração de dinheiro da empresa, ou seja, transformação dos resultados em caixa;
Não considera o regime de competência;
Métodos:
• Direto: entradas e saídas de caixa observadas

• Indireto: Parte-se do lucro pelo regime de competência, ajustando-se os


efeitos não caixa para se chegar ao movimento que efetivamente afetou o
caixa da empresa;
Importante para as empresas: Ter lucro mais transformá-lo rapidamente em
caixa.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Demonstração dos Fluxos de Caixa

Finanças: Caixa OBJETIVO


(+) Recebimentos
Evidenciar as alterações na
(-) Desembolsos situação Financeira (dinheiro)
(=) Saldo de caixa do período da Entidade.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Demonstração dos Fluxos de Caixa

Na DFC, o termo CAIXA tem o sentido de DISPONIBILIDADES:


1) Caixa

2) Bancos conta Movimento

3) Equivalentes Caixa [Aplicações de Liquidez Imediata – curtíssimo prazo]

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Demonstração dos Fluxos de Caixa

Tem a finalidade de demonstrar como ocorreram as movimentações dos equivalentes de


caixa em um dado período de tempo.

É dividida em 3 grupos:

• Atividades Operacionais: Atividades normais/diárias e operacionais


• Atividades de Investimentos: Operações com ativos de longo prazo
• Atividades de Financiamentos: Operações de captação de recursos “funding”

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Fluxos de Caixa
Exemplo indireto

Resultado contábil que


afetou o caixa

Caixa gerado pelas operações


recorrentes

Caixa usado nos investimentos


da empresa

Caixa gerado pelos


financiadores da empresa

Movimento no caixa da
empresa no período

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
NOTAS EXPLICATIVAS
Notas Explicativas

São informações complementares às Demonstrações Contábeis que possuem a função de


detalhar, explicar e esclarecer a situação patrimonial e financeira da empresa.
Existem para melhorar a qualidade das Demonstrações Contábeis e ajudar o usuário a
tomar suas decisões.
As Notas Explicativas visam fornecer as informações necessárias para esclarecimento da
situação patrimonial, ou seja, de determinada conta, saldo ou transação, ou de valores
relativos aos resultados do exercício, ou para menção de fatos que podem alterar
futuramente tal situação patrimonial.

Dessa forma, o que são Notas Explicativas?


Forma de evidenciação que tem o objetivo de destacar informação que
não pode ser apresentada no corpo dos demonstrativos contábeis e/ou,
se o fizéssemos, diminuiríamos sua clareza.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Notas Explicativas

BALANÇO PATRIMONIAL – 31/12/2012

ATIVO
Circulante 70.809
Caixa e equivalentes a caixa (Nota 5) 70.809

NOTAS EXPLICATIVAS
1.
2.
3.
4. '
5. Caixa e equivalentes a caixa e aplicações financeiras
31/12/12
Bancos conta movimento 5.750
CDB – Certificado de Depósito Bancário, vencimento em 05/2012, pós fixado . 65.059
70.809

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Notas Explicativas
Principais informações

• Declaração de Conformidade;
• Principais políticas contábeis adotadas;
• Julgamentos efetuados pela empresa;
• Formas de mensuração de ativos e passivos;
• Abertura das contingências possíveis e prováveis;
• Aumentos / reduções de capital;
• Aquisições de empresas;
• Segmentos operacionais;
• Eventos subsequentes;
• Etc...

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
PARECER DE AUDITORIA
O que é Auditoria?
Auditoria é um exame sistemático, independente e documentado para determinar que as
atividades e seus resultados estão de acordo com os objetivos planejados e corretamente
registrados.
Ela pode ser realizada por:
• Uma equipe de dentro da empresa, que trabalha no dia a dia da organização.
• Um profissional liberal contratado para a atividade.
• Uma empresa especializada em auditoria.
Auditoria contábil:
• Confrontação dos elementos da contabilidade com as operações da empresa, assegurando a
credibilidade das informações e a integridade do patrimônio, e minimização dos riscos fiscais e
societários.
• Compara a situação encontrada (condição encontrada) x determinado critério
(condição ideal).
• ObjeWvo: Proporcionar credibilidade nas informações divulgadas nas
demonstrações financeiras pelas empresas em geral.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Parecer de Auditoria

Opinião independente de um profissional


qualificado de contabilidade a respeito das SEM
Demonstrações Financeiras produzidas por RESSALVA

uma empresa.

ABSTENÇÃO PARECER DE COM


DE OPINIÃO AUDITORIA RESSALVA

ADVERSO

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Parecer sem ressalva

É emixdo quando as demonstrações financeiras da empresa examinadas pelo auditor


representam adequadamente a posição patrimonial e financeira e o resultado das
operações de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade.

Indica que o auditor está convencido de que as demonstrações financeiras foram


elaboradas consoante a Normas Brasileiras de Contabilidade e a legislação específica em
todos os seus aspectos relevantes.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Parecer com ressalva

O parecer com ressalva é emitido quando um ou mais de um valor nas demonstrações


financeiras não refletem adequadamente a posição correta, de acordo com os princípios
fundamentais de contabilidade, ou quando o auditor não consegue obter evidências
adequadas que permitam a comprovação desses valores.

Na redação da ressalva é recomendado o uso das seguintes expressões: "Com ressalva”.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Parecer adverso

O parecer adverso exprime a opinião do auditor de que as demonstrações financeiras


não representam adequadamente a posição patrimonial e financeira e/ou o resultado
das operações e/ou as mutações patrimoniais, e/ou as origens e aplicação dos recursos
de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade.

Sempre que o auditor emitir um parecer adverso, é recomendável a explicação de todas


as razões ponderáveis que o levaram a assim proceder, referindo-se, normalmente, ao
parágrafo adicional, no qual ele descreve as circunstâncias.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Parecer com abstenção de opinião

Quando o auditor não conseguir obter comprovação suficiente para fundamentar sua
opinião sobre as demonstrações financeiras tomadas em conjunto, ele deve declarar que
está impossibilitado de expressar sua opinião sobre estas.

• Limitação imposta ao objetivo do exame;


• Existência de fato que afete consideravelmente a posição patrimonial e financeira ou
resultado das operações;
• Existência de incerteza substancial em relação ao montante de um
item, etc.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
ATIVOS E PASSIVOS NÃO
OPERACIONAIS
Não Operacionais

Os elementos não operacionais são os não essenciais às operações em andamento da empresa.


• Os elementos não operacionais podem ser ativos, passivos, despesas e receitas.
• Os ativos que serão necessários à expansão e ao aprimoramento são considerados operacionais.
• Os ativos e passivos financeiros são de natureza não operacionais, mas, pela sua importância, formam
uma categoria própria.
A segregação dos itens não operacionais é importante na determinação da Margem de Lucro e da
Rentabilidade dos negócios da empresa.
• Se o negócio for rentável e a empresa não, provavelmente é interessante fazer ajustes nos ativos e
passivos não operacionais.

• Se não o negócio em si não for rentável, pode ser interessante fazer ajustes
operacionais.
Uma empresa pode ter vários negócios, todos operacionais.
• Nesse caso, é interessante conhecer a Margem de Lucro e a Rentabilidade de cada
um deles.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Não Operacionais

As normas contábeis no Brasil preferem não ter essa classificação:


• Em muitos casos, o critério de classificação é fortemente subjetivo.
• É difícil estabelecer critérios claros para definir que um elemento é ou não operacional.
• Mesmo assim, há um número considerável de casos concretos em que um elemento é claramente alheio à
operação da empresa.
• Em alguns casos, o critério é muito claro; em outros, a classificação exige uma interpretação difícil e sujeita a
manipulação; às vezes, a definição do que é não operacional é muito discutível.
• Ainda há o argumento de que tudo na empresa é operacional, apenas referente a operações diferentes, algumas
principais, outras acessórias.
Em finanças, o conceito de não operacionais é importante:
• A presença de elementos não operacionais pode distorcer a análise de demonstrativos financeiros.
• Os elementos não operacionais costumam ser de difícil avaliação e projeção, sendo melhor
tratados em separado.
• A venda de um ativo não operacional pode gerar caixa para investir ou para sanear as
finanças de uma empresa. Tudo isso, sem impactar as suas operações atuais.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Elementos não recorrentes

Um conceito relacionado ao de não operacional é o de não recorrente.


• Elementos não recorrentes são os inusuais ou infrequentes, cuja ocorrência futura não é
esperada.
• Podem ser de natureza operacional ou não operacional, mais frequentemente o último.
• Especial atenção costuma ser dada aos elementos não recorrentes de elevado valor.
A caracterização de elementos não recorrentes é difícil.
Há o argumento de que todos os elementos são recorrentes, talvez com baixa incidência.

• De fato, uma sucessão de despesas não recorrentes, que ocorrem com certa
regularidade, configura a presença de despesas recorrentes.
• Receitas e despesas recorrentes, que tenham alto valor e baixa frequência
têm alta variabilidade e podem ser difíceis de projetar.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Não Operacionais
Exemplo
Ativos Descontinuados e para Venda:
• Descontinuados: Possivelmente já foram operacionais, mas a operação foi ou está sendo descontinuada.
• Para venda: Ativos que estão ou serão postos à venda. Podem ser de atividades descontinuadas.
• Pode haver alguma atividade desses ativos. Nesse caso, são não operacionais os passivos, receitas e despesas
associados.
Investimentos não financeiros alheios à operação:
• Valores a receber decorrentes de atividades não operacionais, frequentemente não circulantes.
• Propriedades imobiliárias não destinadas à operação.
• Participação em outras empresas.
Valores a receber de partes relacionadas:
• São sócios, administradores ou de outras empresas do grupo.
Atividades dos sócios, registradas na empresa:
• Ativos de uso dos sócios, mas de propriedade da empresa. Despesas dos sócios, mas pagas
pela empresa.
• É pouco provável que haja uma dica nas Notas Explicativas de que itens como esses não são
operacionais.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Valor de Ativos e Passivos Não Operacionais

Ativos e Passivos Não Operacionais frequentemente estão avaliados de forma otimista demais.
• Ativos: provavelmente superavaliados.
• Passivos: provavelmente subavaliados.
• Isto pode ocorrer mesmo em empresas rígida e tecnicamente auditadas.
• É difícil estimar o verdadeiro valor de ativos e passivos não operacionais, mesmo com boas Notas
Explicativas.
Tratamentos:
• Revisão conservadora do valor: mais rápida e barata, porém imprecisa.
• Avaliação em separado, demorada e cara:
• Avaliação de empresas investidas.
• Avaliação imobiliária de ativo real.
• Análise dos contratos e garantias em recebíveis de natureza não operacional.
• Os Ativos e Passivos Não Operacionais podem ser segregados e analisados em
separado dos operacionais.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Não Operacionais

Ativos Não Operacionais Passivos Não Operacionais Resultado Não Operacional


Ativos não utilizados na operação: Passivos não utilizados na operação: Receitas e despesas de ativos e
• Recebíveis não relacionados à • De ativos não utilizados na passivos não utilizados na operação:
operação. operação. • Resultado das empresas
• Propriedades para Investimento. • Outros exigíveis não relacionados investidas.
• Participações em empresas. à operação. • Resultado na liquidação de ativos
e passivos não operacionais.
Ativos de partes relacionadas: Passivos não recorrentes:
• Despesas (e receitas) com ativos
• A receber de sócios, • De operações descontinuadas.
não operacionais.
administradores e empresas do • De ativos para venda.
grupo. Despesas de partes relacionadas
registradas na empresa.
• De uso de partes relacionadas.
Resultados não recorrentes.
Ativos não recorrentes:
• Resultados de operações
• Operações descontinuadas. descontinuadas e para venda.
• Ativos para venda.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Ajustes e outros resultados abrangentes
Afetam diretamente o Patrimônio Líquido
Ajustes:
• Efeitos de correção de erros e do passado.
• Efeitos de alteração de políticas contábeis de períodos anteriores.
O Resultado Líquido é um componente (o mais importante) do resultado abrangente.
• Por isso é usado o termo ‘outros’ para os demais.
Outros Resultados Abrangentes:
• Resultados atuariais em planos de pensão de benefício definido.
• Resultados de conversão de demonstrativos financeiros de operações no exterior.
• Resultado de algumas operações com derivativos.
• Resultado de equivalência patrimonial referente a outros resultados abrangentes de controladas e
coligadas.
• Resultado de alterações no valor do passivo financeiro decorrentes de alterações no
risco de crédito da empresa.
• Marcação a mercado de investimentos disponíveis para a venda.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Ajustes e outros resultados abrangentes

Espera-se que os Outros Resultados Abrangentes sejam baixos, mas nem sempre é o
caso.

Os Ajustes e os Outros Resultados Abrangentes são tipicamente considerados de


natureza não operacional.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Complemento de estudo

q Procurar em sites de “Relações com


Investidores” de grandes empresas
suas Demonstrações Financeiras
divulgadas ao mercado

q Analisar essas Demonstrações


Financeiras divulgadas com a teoria
discutida em aula

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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