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Contabilidade Gerencial

Prof. Marcos Piellusch


Aula 1
Introdução

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Prof. Marcos Piellusch

• Mestre em administração de empresas pela EAESP FGV e


graduado em administração de empresas pela FEA-USP.
• É consultor em avaliação de empresas, atuando na elaboração,
modelagem e parecer independente de laudos de avaliação de
empresas financeiras, não financeiras, fintechs e startups.
• É professor de Finanças nos cursos de MBA, pós-graduação e
in-company de diversas instituições, como FIA, Insper, FGV,
Saint Paul, Einstein e XPEED.
• Ministra cursos e treinamentos para bancos e empresas sobre
Finanças Corporativas, Contabilidade, Investimentos e Avaliação
de Empresas
• Possui experiência em finanças corporativas, consultoria em
análise de investimentos, avaliação de empresas e modelagem
financeira, tendo atuado como executivo em instituições
financeiras e organizações.

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Estrutura do curso

1. Introdução e contexto das demonstrações financeiras


2. Estrutura do Balanço Patrimonial
3. Estrutura da Demonstração dos Resultados
4. A lógica dos lançamentos contábeis
5. Depreciação e amortização
6. Lançamentos de perdas
7. Participação em empresas
8. Arrendamentos
9. Demonstração dos Fluxos de Caixa
10. Demonstração do Resultado Abrangente e Demonstração do Valor Adicionado
Por que estudar Contabilidade?

• É a linguagem dos negócios

• Refletem a situação financeira das empresas

• Permite a comparação do desempenho de diferentes empresas

• Permite a criação de indicadores que relacionam o valor de mercado com indicadores contábeis

• Permite a análise e projeção de resultados futuros

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Finalidade das Demonstrações

• Registrar os eventos que ocorrem na empresa, quantificando seus impactos financeiros


• Registrar a evolução patrimonial da empresa
• Avaliar o desempenho da empresa a cada período
• Registrar obrigações presentes da empresa
• Registrar bens e direitos de propriedade ou controle da empresa
• Avaliar o fluxo de recursos financeiros a cada período

Usuários: investidores administradores auditores governo funcionários

outras pessoas
fornecedores bancos
interessadas

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Principais Demonstrações Financeiras
• Mostra saldos de bens, direitos e obrigações presentes
Balanço Patrimonial • Reflete situação patrimonial da empresa

Demonstração do Resultado do • Mostra o movimento da empresa no período que gerou ganhos ou perdas
Exercício • Contém receitas, custos, despesas e resultados

Demonstração dos Fluxos de • Mostra o movimento financeiro, com entradas e saídas de recursos do caixa
Caixa • Dividido em fluxo da operação, investimento e financeiro

Demonstração das Mutações do • Mostra a destinação do lucro e demais eventos que afetaram o patrimônio dos sócios
Patrimônio Líquido • Faz a ligação detalhada entre Balanço Patrimonial e DRE

Demonstração do Resultado • Mostra eventos que afetaram o patrimônio dos acionistas, mas que não consta na DRE,
Abrangente como reavaliação de ativos

Demonstração do Valor • Mostra a origem dos recursos obtidos pela empresa (vendas, financeiras, etc) e o
Adicionado destino desses recursos (funcionários, fornecedores, governo, e acionistas)

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Padrões Contábeis no Brasil - História

● Até 1808 só era autorizada a abertura de empresas na metrópole (Portugal)


● Até a abolição da escravidão em 1888 os títulos de posse de escravos eram a garantia mais
aceita em empréstimos de curto prazo – a posse de terras não era fundamentada em lei
● Em 1860 a lei 1083 obrigava as empresas a obter autorização do poder executivo para
funcionar , além de apresentar as demonstrações periodicamente ao governo
● Em 1890 o decreto 164 previa o estabelecimento de companhias ou sociedades anônimas
sem autorização do governo e a separação entre pessoa física e pessoa jurídica.
● Decreto Lei 2627 de 1940 foi a primeira lei das S.As. (influência italiana)
● Lei 6404 de 1976 foi um avanço na organização, introduzindo a DRE, Balanço Patrimonial,
Demonstração de Origens e Aplicações e Notas explicativas (influência americana)
● Lei 11638 de 2007 adapta as normas contábeis aos padrões Internacionais, modificando a
organização das contas e introduzindo a Demonstração dos Fluxos de Caixa
● Lei 13818 de 2019 orienta sobre divulgação das demonstrações financeiras (CVM)

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Padrões Contábeis Internacionais

FASB – Financial Accounting Standards Board

• IFRS – International Financial Reporting Standards

CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis

• Pronunciamentos contábeis – orientações aplicáveis às empresas brasileiras

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Fontes das Demonstrações Financeiras

• CVM (comissão de valores mobiliários) – www.cvm.gov.br


• B3 – Empresas listadas
• Portal de Relações com Investidores (RI) das empresas
• Outros sites abertos:
• Fundamentus - http://www.fundamentus.com.br/
• Yahoo finance - https://finance.yahoo.com/
• Status Invest - https://statusinvest.com.br/
• Suno Analítica - https://www.sunoresearch.com.br/acoes/
• Sites pagos (com preço acessível) ou com trial gratuito:
• Com Dinheiro – https://www.comdinheiro.com.br/
• Trademap - https://trademap.com.br/
• Tradingview - https://br.tradingview.com/

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Formato e Conteúdo das Demonstrações

• DFPs – Demonstrações Financeiras Padronizadas – publicadas anualmente


• ITRs – Informações Trimestrais – publicadas em cada trimestre

• Relatório da Administração – Comentário do Desempenho


• Relatório do Auditor Independente
• Notas explicativas
• Formulário de Referência

• Controlador – apenas empresa controladora


• Consolidado – “soma” das empresas controladora e controladas

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Demonstrações Financeiras – Balanço Patrimonial e DRE

Balanço Patrimonial Demonstração do Resultado (DRE)


“Saldos” que refletem situação Relata o resultado contábil da atividade
patrimonial da empresa em um dado período

Ativos Passivos Receitas


Bens e Obrigações - Custos
direitos presentes - Despesas
= Lucro

Demonstração do
Saldo em Saldo em
ano 2
31/12/ano 1 31/12/ano 2

tempo tempo

Saldos permanecem até que sejam Resultado começa do “zero” a cada período
“zerados”

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Demonstração dos Fluxos de Caixa

Demonstração dos Fluxos de Caixa Demonstração do Resultado


Relata a movimentação de caixa um dado Relata o resultado contábil da atividade em um
período (“fluxo”) dado período

Saldo inicial Receitas


Separadas por “motivo” da
+ Entradas - Custos
movimentação
- Saídas - Despesas
= Saldo final = Lucro

Demonstração do Demonstração do
ano 2 ano 2

tempo tempo

Resultado começa do “zero” a cada período Resultado começa do “zero” a cada período

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Aula 2
Estrutura do Balanço Patrimonial

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O Balanço Patrimonial – Estrutura
“Fonte dos recursos”
“Bens e direitos”
Passivo circulante Obrigação presente derivada de eventos
(exigível em até 12 já ocorridos, cuja liquidação resulte em
Recursos controlados pela
Ativo circulante meses) saída de recursos
entidade como resultado de
eventos passados e dos quais se
espera que resultem futuros (realizável em até 12
Passivo não circulante
benefícios econômicos para a meses)
entidade.
(exigível em mais de 12
meses)

Valor residual dos ativos da entidade


Ativo não circulante Patrimônio Líquido depois de deduzidos todos os passivos
Pertence aos sócios
(realizável em mais de 12 (sem prazo de
meses) exigibilidade)

Ativo total Passivo total


(P+PL)

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Principais contas do Balanço Patrimonial
Ativo circulante Passivo circulante
• Caixa e aplicações financeiras • Fornecedores
• Estoques • Empréstimos e financiamentos
• Contas a receber • Obrigações sociais e trabalhistas
• Adiantamento de despesas • Obrigações fiscais
• Outros ativos circulantes • Outros passivos circulantes
Passivo não circulantes
Ativo não circulante
• Fornecedores
• Realizável a longo prazo
• Empréstimos e financiamentos
• Investimentos
Patrimônio Líquido
• Imobilizado
• Capital Social
• Intangível
• Reservas

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Aula 3
Estrutura da Demonstração dos Resultados

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Demonstração do resultado do exercício
Demonstração do Resultado do Exercício
Receita de venda de bens e serviços
- Custo dos bens e serviços vendidos
= Resultado bruto
- Despesas e Receitas Operacionais
Despesas de Vendas
Despesas Administrativas
Outras Receitas e Despesas
= Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos (EBIT)
+/- Resultado Financeiro
Receitas Financeiras
Despesas Financeiras
= Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro
- Tributos sobre o Lucro
= Resultado líquido
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Custos x Despesas

• Custos • Despesas
• Gastos relativos à produção, • Gastos relativos aos esforços para
aquisição de produtos ou vender, entregar os produtos e
prestação de serviços administrar a empresa.

• Exemplos: • Exemplos:
• Matérias primas, mão de obra na • Salários administrativos e de
produção ou prestação de um vendas, gastos para entrega de
serviço, utilização das máquinas produtos, material de escritório,
(depreciação), energia elétrica energia elétrica do escritório, etc.
para movimentar as máquinas, etc.

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O que entra e o que não entra na DRE

• Venda de mercadorias • Recebimento de clientes


• Prestação de serviços • Compra de matéria prima
• Saídas de estoques • Compra de outros ativos
• Despesas • Obtenção de empréstimos
• Perdas • Pagamento de empréstimos
• Apuração de juros de empréstimos • Pagamento a fornecedores

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Exemplo 1 – regime de competência

• Uma varejista de eletrodomésticos vende em 5/1 uma geladeira em 4 parcelas mensais de R$ 600
iniciando no mês 2, totalizando R$ 2.400. A entrega é feita em 20/1.

DRE - receita R$ 2.400

janeiro fevereiro março abril maio

Fluxo de caixa – entrada R$ 600 R$ 600 R$ 600 R$ 600


de caixa

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Exemplo 2 – regime de competência
• Uma empresa emite uma nota fiscal no valor de R$ 5000 em 30/8 e a mercadoria segue para o cliente
com frete na modalidade CIF, chegando ao destino em 5/9. O pagamento será efetuado em 5/10.

Emissão da nota fiscal


R$ 5000

DRE - receita R$ 5000

Agosto Setembro Outubro

Fluxo de caixa – entrada R$ 5000


de caixa

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Exemplo 3 – regime de competência
• Uma empresa promotora de eventos realiza um show no mês de outubro, mas você compra o ingresso
em maio por R$ 300

DRE - receita R$ 300

maio outubro

Fluxo de caixa – entrada


R$ 300
de caixa

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Regime de competência

• Se o dinheiro entra no caixa da empresa e não é contabilizado como


receita, como ele é contabilizado?

• E quando a empresa realiza a venda e não recebe, como o valor é


contabilizado?

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Valores a receber e adiantamentos
Exemplos

• Nos exemplos 1 e 2, ao vender a mercadoria e não ter recebido ainda, a empresa “lança” os valores
ainda não recebidos como “contas a receber”.
• Quando os clientes pagam, a empresa não contabiliza novamente a receita, mas “dá baixa” nos
valores recebidos, que entram no caixa.

• No exemplo 3, ao receber do cliente e não ter prestado o serviço ainda, a empresa “lança” os
valores recebidos como “adiantamentos de clientes”, que é uma conta de passivo.
• Quando o serviço for prestado, a empresa “dá baixa” nos valores antecipados e contabiliza como
receita.

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Aula 4
A lógica dos lançamentos contábeis

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Lógica do Balanço Patrimonial e dos Lançamentos Contábeis

• Para cada evento contábil há dois lançamentos, que refletem a origem e o destino dos recursos,
chamados também de crédito e débito.
• O Balanço Patrimonial deve sempre equilibrar os lançamentos de origem (de onde os recursos
vieram) e lançamentos de destino (onde os recursos estão aplicados).
• Em dado período, os saldos do Balanço Patrimonial mostram
• Onde os recursos estão aplicados (Ativos)
• De onde os recursos vieram (Passivo e Patrimônio Líquido)

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Exemplo – Lógica Simplificada dos Lançamentos Contábeis

1. Constituição da sociedade com investimento de R$ 300.000 em dinheiro e R$ 100.000 com um


imóvel de propriedade dos sócios.
2. Aquisição de instalações no valor de R$ 100.000 pagos à vista
3. Aquisição de mobiliário no valor de R$ 150.000, sendo metade à vista e metade a pagar no próximo
mês
4. Aquisição de um veículo no valor de R$ 80.000 financiado em 8 anos.
5. Pagou antecipadamente parte das despesas administrativas, no valor de R$ 5000
6. Aquisição de estoques no valor de R$ 80.000, sendo metade pago à vista e o restante a pagar no
próximo mês

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Exemplo – Lógica Simplificada dos Lançamentos Contábeis

1. Venda de 70% do estoque por R$ 90.000, sendo 60% recebidos à vista e o restante a receber nos
próximos 2 meses
2. Apuração de despesas diversas no valor de R$ 15.000, pagando o restante (além dos R$ 5.000 já
pagos ao longo do mês)
3. Apropriação dos juros do financiamento do veiculo no valor de R$ 400
4. Apuração de impostos sobre o lucro de 30%, calculados sobre o resultado antes do imposto, a
pagar no fim do trimestre
5. Distribuição de 40% do lucro aos acionistas como dividendos. O restante permaneceu na empresa

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Aula 5
Depreciação e amortização

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Depreciação e Amortização

• O imobilizado e o intangível podem sofrer depreciação e amortização, desde que tenham uma vida
útil definida.
• A depreciação e a amortização acarretam os seguintes efeitos:
• Reduzem o valor do ativo, elevando o saldo das contas redutoras de ativo chamadas
“depreciação acumulada” e “amortização acumulada”
• Reduzem o resultado, sendo lançadas como custos ou despesas

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Ativos imobilizados e a depreciação

Fonte: DFP da Natura 2021

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Ativos intangíveis e a amortização

Fonte: DFP da Natura 2021

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Conceito de EBITDA
Earnings = Lucro
Before = Antes de Por que “antes”?

I nterest = Juros
Taxes = Impostos (sobre lucro)
Depreciation = Depreciação
Amortization = Amortização
DRE – Estrutura básica
Por que a DRE sempre deduz cada um dos gastos até chegar ao lucro. Assim, o “lucro antes
Receita de vendas de x” é o lucro sem considerar esses gastos, somando-os de volta.

-Custo bens vendidos

= Resultado Bruto Resultado IR e Cont. Despesas


líquido Social financ. líq
- Despesas operacionais

= EBIT
Depreciação e
- Despesas financ. líq. EBIT amortização
- IR e Cont. Social

= Resultado líquido EBITDA


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Entendendo a depreciação
• Exemplo do motorista de aplicativo

“DRE” Valores anuais R$ Fluxo de caixa R$ anuais


Entradas
Receita 90.000,00 + 90.000
Combustível 39.600,00
Impostos 3.500,00
Saídas
Manutenção 3.000,00 - 51.600
Multas 1.500,00
Seguro 4.000,00
Depreciação do carro 8.000,00
“Lucro” 30.400,00 =38.400

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Aula 6
Lançamentos de perdas

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Provisões para perdas

• A mais comum é a provisão para perdas com crédito de liquidação duvidosa (PDD). Corresponde à
expectativa de recebíveis que não serão liquidados.
• Ao prever uma perda, os seguintes efeitos são percebidos:
• Redução do valor de contas a receber, por meio da conta redutora de ativo chamada “Provisão
para créditos de liquidação duvidosa”
• Redução do resultado, por meio do lançamento de Despesas com crédito de liquidação
duvidosa em “ outras despesas”
• Caso as perdas sejam menores que o previsto, ocorre a reversão na DRE
• Caso as perdas sejam maiores que o previsto, ocorre a despesa adicional em “outras despesas”

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Onde são lançadas as perdas na DRE
Demonstração do Resultado do Exercício
Receita de venda de bens e serviços
- Custo dos bens e serviços vendidos
= Resultado bruto
- Despesas e Receitas Operacionais
Despesas de Vendas
Despesas Administrativas
Outras Receitas e Despesas (PCLD – perdas créd liq. duvidosa)
= Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos
+/- Resultado Financeiro
Receitas Financeiras
Despesas Financeiras
= Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro
- Tributos sobre o Lucro
= Resultado líquido
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Exemplo de perdas com crédito

Fonte: DFP da Natura 2021

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Exemplo de perdas com estoques

Fonte: DFP da Natura 2021

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Aula 7
Participação em empresas

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Participação em empresas

• Para a empresa controladora, o valor investido é lançado na conta Investimentos.


• Os resultados obtidos são proporcionalmente lançados:
Receita de Equivalência Patrimonial → resultado
Investimentos em controladas → ativo

• Quando receber os dividendos, registra redução da conta Investimentos:


Investimentos em controladas → ativo
Caixa ou dividendos a receber → ativo

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Entendendo um exemplo de participação

• Suponha que uma empresa seja controladora de outra, detendo a maior participação

• O valor investido será correspondente à quantidade proporcional das ações

• O balanço da controladora conterá o valor da participação na conta Investimentos

• O balanço consolidado conterá a soma das contas

• O patrimônio líquido consolidado será o valor da controladora somado à participação dos


acionistas não controladores na empresa controlada

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Exemplo – Balanço da controladora e consolidado (ativos)

Fonte: DFP da Natura 2021

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Exemplo – Balanço da controladora e consolidado (pat. liq)

Fonte: DFP da Natura 2021

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Resultado de equivalência patrimonial

Fonte: DFP da Natura 2021

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Evolução da conta
Investimentos

Fonte: DFP da Natura 2021

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Aula 8
IFRS 16 – Arrendamentos

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Arrendamento mercantil e alugueis

• O CPC 06 regula localmente essa regra, tendo como base o IFRS 16


• Antes os bens arrendados e alugados não faziam parte do ativo e os contratos não compunham as
obrigações do passivo
• Atualmente, os bens arrendados são lançados no ativo pelo valor total do contrato
• No passivo, as obrigações são lançadas também pelo valor total do contrato

• No decorrer do contrato, as prestações são deduzidas do valor do ativo e também do passivo

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Exemplo – Ativos de direito de uso

Fonte: DFP da Renner 2021

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Exemplo – passivo arrendamentos a pagar

Fonte: DFP da Renner 2021

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Aula 9
Demonstração dos Fluxos de Caixa

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Demonstração do fluxo de caixa

FCO (fluxo de caixa das operações) ou Quanto a operação gera


Caixa Líquido das Atividades Operacionais de caixa?

Qual foi o valor investido


FCI (fluxo de caixa de investimento) ou em ativos
Caixa Líquido das Atividades de Investimento “permanentes”?

Quais foram as
FCF (fluxo de caixa de financiamento) ou movimentações e
Caixa Líquido das Atividades de Financiamento resultados do capital dos
sócios e de terceiros?

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Demonstração do fluxo de caixa - estrutura

Lucro
FCO (fluxo de caixa das operações) ou + Valor da Depreciação no ano
Caixa Líquido das Atividades Operacionais +/- Resultado financeiro
- Variação nos ativos e passivos curto
e longo prazo

FCI (fluxo de caixa de investimento) ou - Aumento de ativos imobilizados,


Caixa Líquido das Atividades de Investimento investimentos e intangíveis

+/- Variação de empréstimos


FCF (fluxo de caixa de financiamento) ou +/- Variação de capital social
Caixa Líquido das Atividades de Financiamento - Dividendos
+/- Juros

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Demonstração do fluxo de caixa
Caixa líquido das atividades operacionais (FCO) (A)

Fluxo de caixa operacional restrito (FCOR) Resultado líquido


(+) Depreciação e amortização
(-) Resultado Financeiro (+ Despesas / - Receitas )
Variação nos ativos Ativo circulante e realizável
(Aumento) +Redução
Variação nos passivos Passivo circulante e exigível
(Redução) + Aumento
Caixa líquido das atividades de investimento – FCI (B) Investimentos em imobilizado e outros – saídas
Alienação, resgates e desinvestimento – entradas
Caixa líquido das atividades de financiamento – FCF (C) +Novos empréstimos
+Aumento de capital social
-Dividendos ou juros sobre capital próprio distribuídos
-Pagamento de empréstimos e recompra de ações
Variação cambial sobre caixa e equivalentes (D)
= Aumento (ou redução) líquido no caixa e equivalentes (A+B+C+D)
+ Caixa e equivalentes no início do período
= Caixa e equivalentes no final do período

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Aula 10
DRA e DVA

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DRA – Demonstração do Resultado Abrangente

• Contém o registro decorrente de mutações do PL não ocasionadas por transações com os sócios
• Essas mutações podem ser:
• Ganhos e perdas não realizados no período corrente: valorização ou desvalorização de ativos
avaliados a valor justo, cuja venda se dará em período futuro
• Outros resultados abrangentes: itens de receita ou despesas não reconhecidos na DRE, como
ajustes em estimativas de perdas atuariais, variação de posições de hedge, efeitos cambiais e
outros.
• Os valores são somados ao lucro líquido para compor o resultado abrangente

Ganhos e Outros
Lucro líquido perdas não resultados
realizados abrangentes

Resultado abrangente

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Exemplo de DRA

Fonte: DFP da Natura 2021

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DVA – Demonstração do Valor Adicionado

• Mostra o valor gerado pela empresa e como foi distribuída


• Valor é considerado como a diferença entre o que a empresa produziu e o esforço para produzir

Valor
adicionado
Produção de
bens e
serviços Gastos para
produzir

• Demonstra a distribuição do valor adicionado entre funcionários, governo, terceiros e sócios

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Conceito da Demonstração do Valor Adicionado

Receitas Pessoal (salários, encargos e


- Perdas com crédito benefícios)
- Custo das matérias primas
- Materiais, energia e serviços de
terceiros Impostos, taxas e contribuições
- Perdas nos ativos
- Depreciação e amortização Distribuição
= VALOR ADICIONADO PRODUZIDO Remuneração do capital de terceiros
(juros, alugueis e outros)
Equivalência patrimonial
+ Receitas financeiras Remuneração do capital dos sócios
= VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM (Dividendos, Juros sobre capital
TRANSFERÊNCIA próprio e lucros retidos)

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Exemplo
DVA

Fonte: DFP da Natura 2021

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Obrigado!
marcospiellusch@gmail.com
www.linkedin.com/in/marcospiellusch

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