Você está na página 1de 123

Silvio Oliveira Filho

Especialista em gestão financeira, é mestre em economia, com 20 anos


de experiência prática na área de finanças e planejamento empresarial.
Formação acadêmica:
Mestre em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco;
MBA em Gestão Estratégica pela USP;
MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela FGV;
Graduado em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco.
Atuação profissional:
anovaprojetos.com.br
Objetivo O objetivo do curso é mostrar como ocorre a
estrutura de custos de uma empresa e como essa
estrutura de custos é utilizada como subsídio na
do Curso formação do preço de venda, tornando-se, então,
uma vantagem competitiva para organização.
Conceitos de Custos
Sistemas de Custeio - Custeio Variável, Absorção e ABC
Relação Custo X Volume X Lucro
Ponto de Equilíbrio e Margem de Contribuição

Temáticas Margem de Segurança e Grau de Alavancagem


Operacional – GAO
EBITDA e Rentabilidade sobre Patrimônio Líquido
Decisões sobre preço – fatores internos e externos
Utilizando o método do Mark up
Elasticidade-preço da Demanda
Aspectos tributários da precificação
Exercícios e estudo de casos
Principais demonstrações financeiras
• Situação econômico-financeira (a empresa tem
Balanço Patrimonial capacidade para pagar as dívidas? Onde investe?
Como se financia?

Demonstração de • Analisa a eficiência / desempenho do negócio. (A


empresa dá lucro?)
Resultado do Exercício

Demonstração do • A empresa gera caixa? Como gera e consome


caixa?
Fluxo de Caixa
Demonstração de Fluxo de
Caixa
CLIENTES,
FORNECEDORES,
FLUXO DE CAIXA DAS OPERAÇÕES FUNCIONÁRIOS
ETC.
INVESTIMENTOS,
FLUXO DE CAIXA DE INVESTIMENTOS IMOBILIZADO, APLIC.
FINANCEIRAS
ACIONISTAS E
FLUXO DE CAIXA DE FINANCIAMENTOS CREDORES

FLUXO DE CAIXA TOTAL DO PERÍODO


EXPLICA A VARIAÇÃO DO CAIXA

CAIXA CAIXA
INICIAL VARIAÇÃO FINAL
Fatores que afetam o
Internos:
fluxo de caixa Externos:
u Aumento do prazo de vendas; u Mudanças inesperadas no mercado;
u Compras inadequadas – falta de
projeções de vendas; u Entrada de novos concorrentes;
u Estoques elevados; u Restrições das políticas de crédito
u Baixo giro de estoques; (instituições financeiras e
fornecedores);
u Diferenças entre os prazos de
recebimento e de pagamento; u Mudanças nas alíquotas dos impostos;
u Despesas exageradas; u Crise econômica;
u Distribuição de lucros acima da
capacidade de geração de caixa; u Aumento de taxas de juros;
u Imobilização do capital de giro; u Sazonalidade;
u Inadimplência, Prejuízos, Desperdício u Fenômenos climáticos;
etc.
u Políticas públicas etc.
Demonstração do Resultado
do Exercício - DRE
DRE
Recursos consumidos para RECEITA BRUTA DE VENDAS
produção.
(-) IMPOSTOS SOBRE RECEITAS
(=) RECEITA LÍQUIDA
Recursos consumidos para (-) CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS
vender e administrar. (=) LUCRO BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
(=) LUCRO DA ATIVIDADE
Efeito da situação (-) DESPESAS OU RECEITAS FINANCEIRAS
financeira da empresa.
(=) LAIR (LUCRO ANTES DO IR)
(-) IMPOSTO DE RENDA
(=) LUCRO LÍQUIDO
O que a DRE permite
identificar?
Importante ferramenta de análise de desempenho gerencial;
Analisar se a empresa obteve lucro ou prejuízo em um determinado
período;
Verificar se o volume de vendas no período está adequado à
estrutura de custos da empresa;
Analisar a margem de contribuição e o ponto de equilíbrio;
Analisar a estrutura de custos da empresa;
Permite a comparação com o mercado e com outros períodos.
Ter lucro é igual a ter
dinheiro?
DRE DFC
Financeiro
Competência
(Caixa)

GANHAR RECEBER
GASTAR PAGAR
Exemplo: Competência x Caixa
Resultado da Empresa Fluxo de Caixa
R$ R$

1 - Faturamento 50.000,00 1 - Entrada das Vendas 10.000,00


2 - Custo dos Produtos
Vendidos (27.000,00) 2 – Pagamento dos Fornecedores (27.000,00)
3 - Impostos e Comissões (3.000,00) 3 - Pagamento Impostos/Comissões (0,00)
4 - Custo Fixo (15.000,00) 4 - Pagamento Despesas Fixas (14.000,00)
5 - Resultado (Lucro) 5.000,00 5 - Saldo Final de Caixa (31.000,00)

Obs.: A empresa vende R$ 50.000,00, mas apenas 20% de entrada, isto é, R$ 10.000,00 entram no caixa pois vende o restante em 30, 60, 90 e 120 dias. A
empresa apresenta R$ 1.000,00 de depreciação e provisões.
Qual seria o melhor e o pior momento?
Por quê?

Caixa (+) Caixa (-)


A B
Resultado(+) Resultado(+)

Caixa(+) Caixa (-)


C D
Resultado (-) Resultado(-)
Análise Econômica e
Financeira - EBITDA
• Geração Operacional Potencial de Caixa – EBITDA ou LAJIDA
Geração operacional já que não considera efeitos de juros
(atrelados à situação financeira da empresa).
Potencial de caixa já que não considera depreciação e amortização
(não desembolsáveis).
• Forma de cálculo: Receitas – Custos e Despesas Operacionais Desembolsáveis

• Margem EBITDA : Eficiência de Gerar Caixa EBITDA / Receitas Líquidas

• Cash Conversion : Estimativa de Fluxo de Caixa Operacional FCO / EBITDA

Útil para estimular vendedores, gerentes de produção e compradores a


pensar no caixa. 60% já é um bom número.
EBITDA – Aplicações

• Monitoramento do Endividamento bancário: Quantas


Gerações de Caixa estão comprometidos com os bancos
– líquido do caixa.
Dívida Financeira Líquida /
EBITDA

• Estimativa do Valor da Empresa : Múltiplos EBITDA

• Cobertura de Juros: EBITDA dividido pelas despesas


financeiras.
Limitações do EBITDA

• Em negócios com ciclo operacional e financeiro longos, o EBITDA


está muito distante do fluxo de caixa.

• EBITDA não considera que uma parte do caixa é destinada ao


pagamento de imposto de renda e contribuição social.

• EBITDA não considera que uma parte dele é destinada para


investir no capital de giro.
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo + PL
Circulante Circulante
Realizáveis até 360 dias Exigível até 360 dias.

Não Circulante Não circulante


Ø Realizáveis a longo prazo
Ø Investimentos em outras
empresas
Ø Imobilizado Patrimônio líquido
Ø Intangível
Análise da rentabilidade

• ROE (Return on Equity) = Lucro Líquido / Patrimônio Líquido


É um dos melhores indicadores de performance das empresas.
Necessário comparar com o retorno que o acionista teria em outro
investimento com o mesmo grau de risco.

• ROI (Return on Investiment) = Lucro Operacional – Alíquota de IR / Ativo


Rentabilidade Operacional do Negócio.
Avalia o gestor operacional ou a unidade de negócio.
Atividades:

• Atividade 1;

• Atividade 2.

* Materiais sobre custos retirados do


livro Gestão Estratégica de Custos,
Perez Jr. et al. 2009 e material do
professor Dr. Waldir Ladeira da
Fundação Getúlio Vargas.
O que é Gestão de
Custos?
• Atividade responsável pela mensuração e registro das informações referentes à
aquisição e ao consumo de recursos pela organização.

• Elabora registros sobre informações financeiras e não financeiras.

• Os gestores de custos buscam mensurar através dos relatos de custos as


atividades realizadas na empresa com o objetivo de satisfazer os clientes.

• Buscam continuamente reduzir e controlar os custos.


Gestão de Custos como
atividade de Planejamento
• O gestor de custos deve ter em mente que as decisões tomadas hoje muitas das
vezes comprometerão a organização no futuro, incluindo na ocorrência de
custos subsequentes.

• Por exemplo, a disponibilização de materiais numa fábrica:


• Decisões acerca do layout da fábrica e a extensão dos movimentos físicos dos materiais
requisitados pela produção são tomadas tipicamente antes do início da produção.
• Estas decisões influenciam enormemente o custo de disponibilização de materiais assim que
a produção começa.
Conceitos básicos
• Gastos: consumo genérico de bens e serviços. Eles ocorrem a todo momento e em qualquer setor da empresa.
Não podemos confundir gastos com desembolsos.
Gasto são os bens e serviços consumidos pela empresa e adquiridos por meio de desembolsos imediatos ou
futuros.
Podem ser: custos, despesas, investimentos e perdas.

• Custos: gastos relativos a bens ou serviços consumidos na produção de outros bens ou serviços.
Seu valor será ativado nas contas de Estoque até que seja vendido e transferido para o
Demonstrativo de Resultado.
Matéria-prima consumida, mão-de-obra produtiva, gastos gerais de fabricação etc.

• Despesas: bens e serviços consumidos direta ou indiretamente no processo de geração de receitas e manutenção
do negócio da empresa.
Seu valor será transferido para a Demonstração de Resultado, independente da venda
do produto ou serviço.
Conceitos básicos
• Perdas: bens ou serviços consumidos de forma anormal ou involuntária que não geram um novo bem ou serviço e
tampouco receitas.
Seu valor será transferido diretamente para o Resultado do Exercício como Outros Custos de Produção e
entra como despesa no período.
Vazamentos, material com prazo de validade vencido, problemas com equipamentos, greves, enchentes,
sinistros etc.

• Desperdícios: gastos incorridos nos processos produtivos ou na geração de receitas e que podem ser eliminados
sem prejuízo da qualidade ou quantidade do bem, serviço ou receita gerada.
Atualmente são classificados como custos ou despesas.
Retrabalho decorrente de defeitos de fabricação, estocagem ou movimentações desnecessárias etc.

• Investimentos: gastos ativados em função da sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros períodos.
O que vai para o Resultado do Exercício é a depreciação (que pode ser custo ou despesa).
CUSTOS

Ciclo ESTOQUES PROD. ESTOQUES DE MAT.

Operacional ACABADOS PRIMAS

VENDAS COMPRAS

CUSTOS
VENDIDOS CONTAS A
FORNECEDORES
RECEBER

DESPESAS CAIXA

LUCRO
Ciclo operacional e ciclo de
caixa

Ciclo Operacional = Prazo de Estocagem * + Prazo de Recebimento


Ciclo de Caixa (Financeiro) = Ciclo Operacional – Prazo de Pagamento
Quando o Ciclo de Caixa Aumenta a empresa investe em capital de giro.
Quando o Ciclo de Caixa Diminui os fornecedores e/ou clientes estão bancando a
operação.
Prazo de Estocagem Prazo de Recebimento

Ciclo Operacional

Prazo de Pagamento Ciclo Financeiro


Classificação dos
custos
Quanto ao volume de Produção:
§Custos Fixos:
§Permanecem constantes dentro de determinada capacidade instalada.
§Valores que “não” se alteram independente da produção.
§Sob o prisma do valor unitário, os custos fixos variam pelo aumento ou pela redução da quantidade
produzida (custo fixo unitário).
§Uma vez realizados os investimentos, os custos fixos perdem, praticamente, toda a importância para
fins de decisão, uma vez que não se alteram.

§Custos Variáveis:
§Mantêm relação direta com o volume de produção ou serviço.
§Valores se alteram de acordo com a produção.
§É um valor constante por unidade.
Comportamento dos custos totais
Custos
Totais
$ $ $
Custos
Custos Custos Variáveis
Fixos Variáveis Custos
Fixos

Q Q Q
Custo Fixo Unitário
QTDE Custos Custo Unitário (por peça) Total da
Produzida Fixos Fixo Variável Unidade Produção

1 pç $ 12
10 pçs $ 12
100 pçs $ 100.000 $ 12
1.000 pçs $ 12
10.000 pçs $ 12
Custo Fixo Unitário
QTDE Custos Custo Unitário (por peça) Total da
Produzida Fixos Fixo Variável Unidade Produção
Custo
1 pç $ 100.000 $ 100.000 $ 12 $ 100.012 $ 100.012 $ Unitário
10 pçs $ 100.000 $ 10.000 $ 12 $ 10.012 $ 100.120 Fixo

100 pçs $ 100.000 $ 1.000 $ 12 $ 1.012 $ 101.200


1.000 pçs $ 100.000 $ 100 $ 12 $ 112 $ 112.000
10.000 pçs $ 100.000 $ 10 $ 12 $ 22 $ 220.000 Q
Classificação dos custos
Quanto à alocação ao produto:
§Custos Diretos:
§Facilmente quantificados e alocados (identificados) ao produto.
§Não necessitam de critérios de rateios.
§Na grande maioria das indústrias são MAT e MOD

§Custos Indiretos:
§Não são identificados diretamente em um produto específico.
§Necessidade de rateio para alocação dos valores a cada produto.
§GGF ou CIF.
Atividades:

• Atividade 3.

* Materiais sobre custos retirados do


livro Gestão Estratégica de Custos,
Perez Jr. et al. 2009 e material do
professor Dr. Waldir Ladeira da
Fundação Getúlio Vargas.
Elementos de custos do produto
MAT
Matéria-prima requisitada para o processo produtivo.

MOD
Mão-de-obra direta.

CIF ou GGF
Custos indiretos de fabricação ou Gastos gerais de fabricação.
Expressões costumeiramente
utilizadas
Custo Primário: primeiros custos incorridos no processo de fabricação do produto.
MAT + MOD
Custo de Transformação: soma de todos os custos de produção, exceto os relativos
a matérias-primas e outros adquiridos e empregados sem nenhuma modificação
pela empresa (componentes adquiridos prontos, embalagens compradas).
MOD + GGF
Custo de Produção (Custo de Fabricação ou Fabril):
MAT + MOD + GGF
Estoque de MAT Mão-de-obra Gastos Gerais de Fabricação

Reflexos
Estoque Mão-de-obra
Inicial disponível GGF

no
+ Horas
+ Compras Extras =Subtotal

resultado
= Subtotal = Subtotal Transferênci
as

- MOD = Saldo Final


- Consumo Aplicada = ZERO

= Estoque = MOD
Final Ociosa

- Transf. GGF

= Saldo final
= ZERO
Estoque de Produtos em Processo - EPP Estoque de Produtos Acabados

Estoque Estoque
Inicial Inicial

+ MAT
Consumida
+ Produção
Acabada Reflexos
+ MOD
Apropriada = Subtotal
no
resultado
- Baixa pela
+ GGF venda (CPV)

=Estoque
= Subtotal Final

- Produção
Acabada

= Estoque
Final
Atividades:
• Atividade 4;

• Atividade 5.

* Materiais sobre custos retirados do livro


Gestão Estratégica de Custos, Perez Jr. et al.
2009 e material do professor Dr. Waldir Ladeira
da Fundação Getúlio Vargas.
Como calcular o CPV –
At. 4?
Depósito Parque Industrial C.D. ou Loja Venda Clientes

Consumo Encerrada
$ 390 $ 1.055
Estoque de Prod.
Estoque de Prod.
Estoque de MAT em Processo
Acabados
∆ = (15)
Custo Fabril
a Baixa pela
MOD l i cad venda
p
• A 330 330 320 $ 1.045
•$
c ia
ên
GGF ran
sfer 390

• T 320
•$ GGF MAT MOD C.P.V.
Métodos de Custeio
Custeio por Absorção
Absorção dos custos indiretos através de critérios de rateio.

Custeio Variável
Aloca aos produtos/serviços apenas os custos e despesas variáveis.

Custeio ABC
Utiliza direcionadores de custos por atividades.
Custeio por Absorção e Custeio
Variável
Custeio por Absorção é o mais utilizado em função de critérios de avaliação de inventários do que
das necessidades gerenciais.
A inadequação de critérios de alocação dos custos indiretos fixos pode enviesar as informações de
custo do produtos, atribuindo responsabilidades indevidas.
A associação de gastos incorridos qualitativamente em objetivos de custos passa pela necessária
decisão de quais tipos de custos serão alocados aos produtos.
No processo de apuração de resultado como sistema de informação para o processo decisório,
apresentam-se duas metodologias para demonstração do lucro: o método por absorção e o método
gerencial.
Custeio por Absorção
Atende as exigências societárias e fiscais e está de acordo com os princípios contábeis geralmente
aceitos e com as normas de legislação tributária.
Consiste em apropriar aos produtos todos os custos incorridos no processo de fabricação, sejam
eles diretos, indiretos, fixos ou variáveis.
As despesas de vendas, administrativas e outras não incorporam o custo do produto.
Todos os custos são apropriados a todos os produtos, sendo apropriados ao resultado quando da
venda dos respectivos produtos.
Custeio por Absorção
Para o usuário externo, sugere a divisão da empresa em duas partes: a fábrica e a atividade
comercial.
Apuração do custo de produção somente após o rateio dos custos indiretos.
Os custos fixos totais independem de oscilações do volume fabricado.
Apurações distorcidas em cada mês do custo unitário total por produto.
Custeio por
GASTOS
Absorção

CUSTOS DESPESAS PERDAS

Diretos A Indiretos Diretos B

Rateio

Prod. A Prod. B

RESULTADO
Sucata e Subproduto
Sucata
Não recebe nenhuma alocação de custos;
Caso sejam comercializadas, o valor entra no resultado como Outras Receitas.

Subprodutos
Seus custos são alocados de acordo com a sua elaboração.
Desvantagens do Custeio por
Absorção
Custos indiretos fixos dificultam a tomada de decisão;
Custos indiretos fixos apropriados aos produtos através de uma taxa de absorção – arbitrariedade;
Resultado impactado diretamente pelo volume de produção;
Difícil utilização em projeções orçamentárias;
Usuário externo vs. usuário interno.
Custeio Variável ou Direto
São agregados aos produtos os custos variáveis, considerando custos fixos como se fossem
despesas.
Custos dos produtos são mensuráveis objetivamente, pois não sofrerão processos arbitrários ou
subjetivos de distribuição de custos comuns (rateio de custos fixos).
Os dados necessários a análise das relações custos-volume-lucro são facilmente obtidos dos
sistemas de informações contábeis.
De maior aceitação entendimento para a equipe de fábrica pois são informações mais próximas da
fábrica e que estão sob sua responsabilidade.
Vantagens do Custeio Variável
Custo dos produtos são mensurados objetivamente, pois não sofrerão processos arbitrários ou
subjetivos de distribuição dos custos comuns.
Lucro líquido não é afetado por mudanças de incremento ou diminuição de inventários.
Constitui um conceito de custeamento de inventário que corresponde diretamente com os
dispêndios necessários para manufaturar os produtos.
Possibilita mais clareza no planejamento do lucro e na tomada de decisões.
Desvantagens do Custeio Variável
A exclusão dos custos fixos indiretos para valoração dos estoques causa sua subavaliação, fere os
princípios contábeis e altera os resultados do período.
Na prática, a separação dos custos fixos e variáveis não é tão clara como parece, pois existem custos
semifixos, podendo o custeamento direto incorrer em problemas semelhantes de identificação dos
elementos de custeio.
É um conceito de custeamento e análise de custos para tomada de decisão de curto prazo, mas
subestima os custos fixos, que são ligados à capacidade de produção e de planejamento de longo
prazo, podendo trazer problemas de continuidade para a empresa.
GASTOS
Custeio Variável
CUSTOS DESPESAS PERDAS

Custos Despesas Despesas


Custos Fixos
Variáveis Variáveis Fixas
DRE
Receita de Vendas
(-) Custos Variáveis
(-) Despesas Variáveis
= Margem de Contribuição
(-) Custos Fixos
(-) Despesas Fixas
(-) Perdas
= Resultado
DRE
VARIÁVEL ABSORÇÃO
Receita de Vendas Receita de Vendas
(-) Custos Variáveis (-) Custos Diretos
(-) Despesas Variáveis (-) Custos Indiretos
= Margem de Contribuição = Resultado Bruto
(-) Custos Fixos (-) Despesas Fixas
(-) Despesas Fixas (-) Despesas Variáveis
(-) Perdas (-) Perdas
= Resultado = Resultado
No Custeio por Absorção, os custos alteram o resultado bruto e as
despesas alteram o resultado operacional.
No Custeio Variável, os custos e despesas variáveis alteram a margem de
contribuição e os custos e despesas fixas alteram o resultado operacional.
Implicações de variações da Receita
sobre Custos e Despesas Variáveis

EFEITOS
VARIAÇÕES DA
EXEMPLOS
RECEITA DESPESAS VARIÁVEIS
CUSTOS VARIÁVEIS
(COMISSÕES DE
(MAT+MOD+ENERGIA)
VENDAS)

1 UNID.:
$2,00
PREÇO N S
$2,50
$3,00
1 UNID. $2,00
2 UNID. $4,00
VOLUME (QTDE) S S
3 UNID. $6,00
4 UNID. $8,00
Atividades:

• Atividade 6.

* Materiais sobre custos retirados


do livro Gestão Estratégica de
Custos, Perez Jr. et al. 2009 e
material do professor Dr. Waldir
Ladeira da Fundação Getúlio Vargas.
Custeio ABC – Activity
Based Costing
• Em decorrência da dificuldade dos sistemas de custeio baseados em volume que alocam de
forma “aleatória os custos indiretos” relacionados aos novos sistemas produtivos, surgiu o
Custeio ABC.
• Um sistema de custeio baseado na análise dos processos e das atividades existentes nos setores
produtivos, auxiliares ou administrativos de uma empresa.
• Visa eliminar as limitações impostas pelos sistemas tradicionais de custeio, criadas numa época
em que a mão de obra direta era a parcela mais significativa na estrutura dos custos do produto.
• Deve ser aplicado nas áreas administrativas e comerciais da empresa da mesma forma que é
empregado na produção.
• Não serve apenas para os custos dos produtos, mas também para analisar custos de serviços, de
clientes etc.
Indicação da utilização do Custeio
ABC
• Quando for cada vez mais utilizadas tecnologias que reduzam a utilização de mão-de-obra
direta;
• Quando o custo indireto for uma parcela significativa na composição do custo total;
• Quando existir diversidade de produtos e/ou serviços com significativa variação nos volumes de
produção ou processo produtivos;
• Quando existirem encomendas especiais onde volume e/ou especificações do produto variam
de acordo com determinações impostas pelo cliente.
Comparação com os outros
sistemas de custeio
• O sistema de custeio ABC tenta sanar um problema crônico existente nos sistemas tradicionais
que é o rateio dos custos indiretos de fabricação baseado em critérios arbitrariamente
selecionados.
• Os sistemas tradicionais de rateio transmitem informações falsas sobre custos para os
administradores.
• O sistema ABC diminui alocações de custos com base em rateios, pois através de pesquisas nos
processos procura localizar as origens dos custos, podendo assim, alocá-los com mais exatidão
aos bens e serviços produzidos.
• O questionamento constante do sistema de produção é próprio do sistema ABC, pois está
sempre buscando formas alternativas de produção visando redução dos custos, verificando
atividades que agregam valor e aquelas que o cliente não estaria disposto a pagar.
• Exemplo genérico da “conta do restaurante”.
Importante!
Realizar somente atividades que adicionam valor, ou seja, aquelas atividades que
os clientes percebem como adicionadoras de valor aos produtos ou serviços que
eles compram.

A utilização eficiente de direcionadores de custo naquelas atividades que


adicionam valor.
Direcionadores de Custos
• São fatores que geram ou influenciam o nível dos gastos de uma atividade ou de um objeto de
custeio.
• Aplicados ao rastreamento e a distribuição de atividades aos objetos de custeio.
• Apuração do custo dos recursos consumidos pelas diferentes atividades.
• Indicação do percentual em que cada objeto a ser custeado participa no consumo dessas
atividades.
Atividades Direcionadores de Custos
Pesquisa e Número de projetos de pesquisa;
desenvolvimento Horas de trabalho num projeto;
Complexidade técnica do projeto.
Design de produtos, Número de produtos em desenho;
serviços e processos Número de peças por produto;
Número de horas dos engenheiros.
Produção Número de unidades produzidas;
Custo de mão-de-obra direta;

Direcionadores Marketing
Número de setups.
Número de propagandas executadas;
de custos Número do pessoal de vendas;
Vendas em R$.
Distribuição Números de itens distribuídos;
Número de clientes;
Peso dos itens distribuídos.
Atendimento ao Número de chamadas;
Cliente Número de produtos consertados;
Horas gastas com reparo de produtos.
Principais dificuldades do ABC
• Carga de Trabalho elevada;
• Insuficiência de recursos humanos e de equipamentos de informática;
• Dificuldades relacionadas com os direcionadores de custos;
• Seleção de atividades;
• Desenho do sistema;
• Custo x benefício do sistema;
• Reeducação de contadores e gerentes.
Atividades:

• Atividade 7.

* Materiais sobre custos retirados do livro


Gestão Estratégica de Custos, Perez Jr. et al.
2009 e material do professor Dr. Waldir
Ladeira da Fundação Getúlio Vargas.
Análise custo-volume-
lucro
A IMPORTÂNCIA DE SEPARAR CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS.

Esta separação permite que possamos calcular:

•A margem de
contribuição
dos produtos.

•O Ponto de
Equilíbrio
da empresa.
Ponto de Equilíbrio (break even
point)
• O ponto de equilíbrio mede a quantidade necessária
de produtos/serviços vendidos para que a empresa O ponto de equilíbrio
atinja o lucro. Porém, nós temos diferentes conceitos relevante para análises de
de lucro desejado e, portanto, diferentes pontos de viabilidade é o ponto de
equilíbrio. equilíbrio econômico. Que
• PE Operacional: Faturamento deve ser igual aos custos determina a quantidade
operacionais. Operar no ponto de equilíbrio mínima suficiente para pagar
operacional implica ter lucro operacional zero!
os custos operacionais,
impostos e dívidas e
• PE Contábil: Faturamento igual aos custos contábeis. remunerar adequadamente
Operar no ponto de equilíbrio contábil implica ter lucro os investidores.
contábil zero!

• PE Econômico: Faturamento igual aos custos


econômicos. Operar no ponto de equilíbrio econômico
implica ter lucro econômico zero!
Vale observar!
• Vantagens:
• O ponto de equilíbrio nada mais é do que o VPL considerando o modelo de
demonstração de resultado contábil, considerando o regime de competência.
De maneira geral, o ponto de equilíbrio econômico é aquele de zera o VPL.
• É amplamente usado como uma ferramenta de grande utilidade para
mensurar expectativas de retorno através de metas de faturamento,
considerando a estrutura de capital da empresa.
• Desvantagens:
• Além de considerar o regime de competência, achar o ponto de equilíbrio
econômico requer uma análise detalhada dos custos e despesas. Existe a
necessidade de entendimento preciso do custo e sua distribuição entre os
produtos para se achar corretamente o PEE.
DRE
Receita Bruta de Vendas (+)
Impostos (-)
Receita Líquida (+)
CMV (-)
Lucro Bruto (=)
Despesas Comerciais (-)
Despesas Administrativas (-)
PE Operacional
Fórmulas: Lucro Operacional
Depreciação e Amortização
(=)
(-)
Lucro operacional = 0

Despesas Financeiras (Juros) (-)


LAIR (=)
Impostos sobre o Lucro (-) PE Contábil
Lucro Líquido (=) Lucro Líquido = 0

PE Econômico
Lucro Líquido = Capital próprio
x % retorno
Cálculo do Ponto de Equilíbrio
• Ponto de Equilíbrio Contábil:
• PEC = Custo Fixo Total / % da Margem de Contribuição

• Ponto de Equilíbrio Econômico em Reais:


• PEE$ = (Custo Fixo Total + Lucro Desejado) / % da Margem de Contribuição

• Ponte de Equilíbrio Econômico em %:


• PEE% = Custo Fixo Total / (% da Margem de Contribuição - % Lucratividade
Desejada)
Exemplo – Ponto de
Equilíbrio Contábil
DESCRIÇÃO Estratégia Inicial Estratégia 12 meses
1 - ENTRADAS
Vendas mensais R$ 49.500,00 100,00% R$ 71.500,00 100,00%
2 - SAÍDAS
CUSTOS VARIÁVEIS R$ 25.546,95 51,61% R$ 33.369,05 46,67%
Custo Produto Vendido - CPV R$ 17.325,00 35,00% R$ 21.450,00 30,00%
Simples Nacional R$ 3.732,30 7,54% R$ 5.434,00 7,60%
Royalties R$ 1.980,00 4,00% R$ 2.860,00 4,00%
Taxa Marketing R$ 1.237,50 2,50% R$ 1.787,50 2,50%
Bonificação Funcionários R$ 495,00 1,00% R$ 715,00 1,00%
Cartao de Credito (50% vendas) R$ 777,15 1,57% R$ 1.122,55 1,57%
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO R$ 23.953,05 48,39% R$ 38.130,95 53,33%
CUSTOS FIXOS R$ 22.779,67 46,02% R$ 28.783,00 40,26%

3 - RESULTADO MENSAL R$ 1.173,38 2,37% R$ 9.347,95 13,07%


Exemplo - Solução
Mês 1:
PE = CF / MC%
PE = R$ 22.779,67 / 0,4839 = R$ 47.075,16

Mês 2:
PE = CF / MC%
PE = 28.783,00 / 0,5333 = R$ 53.971,50
Atividade 8 – Ponto de
Equilíbrio Econômico
DESCRIÇÃO Estratégia Inicial Estratégia 12 meses
1 - ENTRADAS
Vendas mensais R$ 49.500,00 100,00% R$ 71.500,00 100,00%
2 - SAÍDAS
CUSTOS VARIÁVEIS R$ 25.546,95 51,61% R$ 33.369,05 46,67%
Custo Mercadoria Vendida - CMV R$ 17.325,00 35,00% R$ 21.450,00 30,00%
Simples Nacional R$ 3.732,30 7,54% R$ 5.434,00 7,60%
Royalties R$ 1.980,00 4,00% R$ 2.860,00 4,00%
Taxa Marketing R$ 1.237,50 2,50% R$ 1.787,50 2,50%
Bonificação Funcionários R$ 495,00 1,00% R$ 715,00 1,00%
Cartao de Credito (50% vendas) R$ 777,15 1,57% R$ 1.122,55 1,57%
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO R$ 23.953,05 48,39% R$ 38.130,95 53,33%
CUSTOS FIXOS R$ 22.779,67 46,02% R$ 28.783,00 40,26%

3 - RESULTADO MENSAL R$ 1.173,38 2,37% R$ 9.347,95 13,07%

Para Lucro de R$ 15.000,00


Para Lucratividade de 15%
Mês 1:
Atividade 8 - Solução
PEE$ = (CF + L) / MC%
PEE$ = (R$ 22.779,67 + R$ 15.000,00) / 0,4839 = R$ 37.779,67 / 0,4839 =
PEES = R$ 78.073,30
PEE% = CF / (%MC - %L) = R$ 22.779,67 / (0,4839 – 0,15) = R$ 22.779,67 / 0,3339
PEE% = R$ 68.223,03

Mês 2:
PEE$ = (CF + L) / MC%
PEE$ = (R$ 28.783,00 + R$ 15.000,00) / 0,53333 = R$ 43.783,00 / 0,5333 =
PEES = R$ 82.098,26
PEE% = CF / (%MC - %L) = R$ 28.783,00 / (0,5333 – 0,15) = R$ 28.783,00 / 0,0,3833
PEE% = R$ 75.092,62
Margem de segurança
A margem de segurança é o faturamento que a empresa está tendo a mais que o
ponto de equilíbrio.
No exercício anterior, o PEC no Mês 1 era de R$ 47.075,16. Como o faturamento
naquele mês foi de R$ 49.500,00, a Margem de segurança foi:

R$ 49.500,00 – R$ 47.075,16 = R$ 2.424,84.


Grau de Alavancagem
Operacional - GAO
Mede a variação no lucro operacional (EBIT) em razão de uma variação nas vendas.
GAO = Variação Percentual no Lucro Operacional (EBIT) / Variação
Percentual nas Vendas
Se o lucro operacional da empresa aumentou 30% em razão de um aumento de
15% no faturamento, quer dizer que o GAO é igual a 2.
O GAO mede a sensibilidade do resultado quando a empresa aumenta as vendas.
Grau de Alavancagem
Operacional - GAO
GAO < 0 : Quando um aumento na receita bruta provoca uma queda no resultado
operacional. Isso pode ocorrer em situações como: a margem de contribuição é
negativa ou o crescimento da receita bruta é acompanhado pelo aumento das
despesas fixas.
GAO > 0 e < 1 : As receitas aumentam e o lucro operacional aumentam em uma
proporção menor. Isso ocorre em decorrência de margens baixas quando
comparadas aos custos fixos ou quando o aumento crescimento da receita bruta é
acompanhado pelo aumento das despesas fixas, mas num nível menor que no caso
de GAO < 0.
GAO > 1 : Quando as empresa buscam aumentos de faturamento, inclusive
aumentando imobilizações, pois o crescimento dos resultados é proporcionalmente
maior.
Por que preço é uma
variável tão importante?
• Garantir a competitividade e rentabilidade da empresa;
• Para ajustar o volume necessário de vendas: relação preço x
quantidade vendida;
• Para garantir a manutenção do fluxo de caixa e a composição do
capital de giro próprio;
• Alcançar a lucratividade planejada.
É importante perceber:
As questões financeiras e tributárias não são as únicas
determinantes do preço de venda.

• Mercado consumidor – público alvo;


• Percepção de valor dos clientes;
• Pressão dos concorrentes;
• Esforço de marketing;
• Variáveis ambientais: localização, sazonalidade, fatores
climáticos, preferências, gostos, tendências, moda, aspectos
culturais etc.
Formação do Preço de Vendas
Clientes
Maturação da Carteira de Clientes.
Concorrentes
As reações dos concorrentes influenciam a formação dos preços.
Custos
O estudo dos padrões de comportamento do custo proporciona compreensão das receitas
resultantes das diversas combinações de preço e volume de venda de determinado produto.
Como usar o Mark up?
Índice que multiplica o custo do produto vendido para encontrar um preço de venda
que seja suficiente para empresa cobrir custos e despesas operacionais, impostos,
despesas comerciais, despesas financeiras e ainda gerar lucro.

PV = CPV
(1 – Σ Incidências - Margem de Contribuição %)
Mark up na prática
Quando somamos custos, despesas, impostos, comissões e margens desejadas,
chegamos ao total de 61,5%:
PV = CPV PV = CPV
(1 – Σ I% - MC%) (1 – 61,5%)
PV = 1 x CPV PV = 2,6 x CPV
(38,5%)
Somatório das Incidências
O somatório das incidências sobre o preço de venda é o valor
necessário para cobrir custos e despesas variáveis.
• Itens que compõem este Somatório:
• Comissões de vendedores; *
• Impostos sobre faturamento;
• Royalties;
• % de inadimplência;
• Taxas de cartões de crédito;
• Fretes e despesas de distribuição;
• Outras despesas variáveis.
Margem de Contribuição
• É valor que sobra das vendas depois que todos os custos e despesas variáveis
são pagas.
• Ela pode ser calculada de maneira individual – por produto vendido, ou de
maneira geral, a partir da DRE da empresa.
• As Margens de Contribuição geradas por cada unidade vendida, quando
somadas, formam a Margem de Contribuição da Empresa. Esse montante é
justamente o valor que cobrirá os custos e despesas fixas e formará o lucro da
empresa.
Margem de Contribuição Unitária

Preço de Venda Unitário (Produto A) 100% R$ 50,00


- CPV 40% R$ 20,00
- Impostos (8%) 8% R$ 4,00
- Comissões e encargos (3%) 3% R$ 1,50
- Desconto cartão de crédito (2,5%) 2,5% R$ 1,25
= Margem de Contribuição Unitária 46,5% R$ 23,25
Margem de Contribuição Média

Produto MC Unitária % Part. % Margem


Faturamento Ponderada
A 46,50% x 10% 4,650%
B 31,75% x 20% 6,350%
C 22,25% x 30% 6,675%
D 9,75 x 40% 3,900%
Total 100% 21,575%
Margem de Contribuição da Empresa

Receita das Vendas R$ 900.000,00 100%


- CPV R$ 584.325,00 64,925%
- Impostos (8%) R$ 72.000,00 8%
- Comissões e encargos (3%) R$ 27.000,00 3%
- Desconto cartão de crédito (2,5%) R$ 22.500,00 2,5%
= Margem de Contribuição R$ 194.175,00 21,575%
- Custos Fixos R$ 135.000,00 15%
= Resultado R$ 59.175,00 6,575%
Formação do Preço de Venda
PV = CPV
(1 – Σ Incidências - Margem de Contribuição %)
Exemplo - Simples:
• CPV calculado = R$ 110,00;
• Custo de Entrega = R$ 5,00;
• Impostos = 8,28%;
• Comissões = 2%;
• Encargos de 40% sobre folha;
• Taxa média do Cartão = 3%;
• Margem de Contribuição Desejada = 25%
Exemplo (cont.)
PV = CPV + Outras Desp. Variáveis
(1 – Σ Incidências - Margem de Contribuição %)

110,00 + 5,00
𝑃𝑉 =
(1 − 0,0828 + 0,028 + 0,03 + 0,25 )

115,00
𝑃𝑉 = 𝑷𝑽 = 𝑹$ 𝟏𝟖𝟖, 𝟕𝟕
(0,6092)
Comprovação
Preço de Venda Unitário 100% R$ 188,77
- CPV 58,27% R$ 110,00
- Outras Despesas 0,31% R$ 5,00
- Impostos 8,28% R$ 15,63
- Desconto cartão de crédito 3% R$ 5,66
- Comissões e encargos 2,8% R$ 5,29
= Margem de Contribuição Unitária 25% R$ 47,19
Formação de Preços para Indústrias
• Elaboração de fichas técnicas dos produtos produzidos pela empresa, levando em consideração
os custos unitários, as quantidades utilizadas e os desperdícios;
• Estar atento a diferença de alíquota de ICMS entre os estados nas compras de matérias-primas;
• Considerar fretes e outras despesas nos custos das matérias-primas;
• Estar atendo ao IPI.
IPI no Custo dos Produtos Vendidos
• Para empresas do Regime Normal (Lucro Real e Lucro Presumido), o IPI não deve
ser considerado como custo na base de cálculo dos produtos vendidos que haja
incidência de IPI sobre as vendas;
• Para empresas do Regime Normal (Lucro Real e Lucro Presumido), o IPI deve ser
considerado como custo na base de cálculo dos produtos vendidos que não há
incidência de IPI sobre as vendas;
• Para empresas do SIMPLES, o IPI deve ser considerado como componente dos
custos das matérias-primas;
• O IPI, quando não recuperável, sobre compras faz parte da base de cálculo dos
créditos de PIS e COFINS.
IPI no preço de venda
• O IPI é um imposto considerado “por fora”, vindo destacado na nota fiscal dos
produtos vendidos pelas empresas do Regime Normal (Lucro Real e Lucro
Presumido).
• Não consideramos o IPI sobre vendas no cálculo de formação do preço de venda.
• As indústrias do SIMPLES que vendem produtos com IPI, não geram crédito de
IPI para as empresas demandantes, independente do regime de tributação
destas empresas.
UNIDADE DE VALOR VALOR DO FRETE, CT E
CÓDIGO DESCRIÇÃO ICMS % ORIGEM IPI %
MEDIDA UNITÁRIO SEGURO
18 Alcool Hidratado L R$ 4,10 23,00% PE R$ 0,23 0,00%
31 Conservante Kg R$ 6,80 12,00% CE R$ 0,24 0,00%
47 Agua L R$ 0,02 0,00% PE R$ - 0,00%
28 Azul XYZ Kg R$ 9,50 7,00% SP R$ 1,06 5,00%
11 Diprox Kg R$ 12,00 4,00% SP R$ 2,20 0,00%
12 Corante ABC Kg R$ 190,00 4,00% SP R$ 80,00 0,00%
17 Essência 123 Kg R$ 89,00 7,00% RJ R$ 2,16 5,00%
56 Pet 1 Litro UN R$ 0,60 3,11% PE R$ - 0,00%
66 Tampa Pet 1 L UN R$ 0,06 7,00% SP R$ 0,01 5,00%
93 Kit 1L p/06 Unidades KG R$ 10,00 12,00% CE R$ - 15,00%
20 Rotulo Limpa Tudo 1 Litro UN R$ 0,07 3,12% PE R$ - 0,00%

Lista de Insumos e Matérias-Primas


Ficha Técnica Empresa do Lucro
Real (IPI na saída)
Limpa Tudo - Fardo 6 x 1 L

UNIDADE
QUANTIDAD VALOR VALOR DO VALOR DO VALOR DO
CÓDIGO DESCRIÇÃO DE VALOR TOTAL ICMS % ICMS FRETE IPI % VLR TOTAL
E UNITÁRIO ICMS FRETE IPI
MEDIDA
R$ R$ R$
18 Alcool Hidratado L 52,00 R$ 4,10 R$ 213,20 23,00% R$ 49,04 R$ - 0,00%
12,14 - 176,31
R$ R$ R$
11 Diprox Kg 7,00 R$ 12,00 R$ 84,00 4,00% R$ 3,36 R$ 0,62 0,00%
15,40 - 95,42
R$ R$ R$
17 Essência 123 Kg 1,00 R$ 89,00 R$ 89,00 7,00% R$ 6,23 R$ 0,15 5,00%
2,16 4,45 84,78
R$ R$ R$
28 Azul XYZ Kg 3,00 R$ 9,50 R$ 28,50 7,00% R$ 2,00 R$ 0,22 5,00%
3,18 1,43 29,46
R$ R$ R$
31 Conservante Kg 3,00 R$ 6,80 R$ 20,40 12,00% R$ 2,45 R$ 0,09 0,00%
CUSTO COM MATÉRIA-PRIMA

0,71 - 18,58
R$ R$
47 Agua L 1.934,00 R$ 0,02 R$ 38,68 0,00% R$ - R$ - R$ - 0,00%
- 38,68
R$ R$ R$
12 Corante ABC Kg 0,05 R$ 190,00 R$ 9,50 4,00% R$ 0,38 R$ 0,16 0,00%
4,00 - 12,96
R$ R$ R$
66 Tampa Pet 1 L UN 2.000,00 R$ 0,06 R$ 120,00 7,00% R$ 8,40 R$ 1,12 5,00%
15,98 6,00 126,46
R$ R$
56 Pet 1 Litro UN 2.000,00 R$ 0,60 R$ 1.200,00 3,11% R$ 37,32 R$ - R$ - 0,00%
- 1.162,68
R$ R$
93 Kit 1L p/06 Unidades KG 6,33 R$ 10,00 R$ 63,30 12,00% R$ 7,60 R$ - R$ - 15,00%
9,50 55,70
R$ R$
20 Rotulo Limpa Tudo 1 Litro UN 2.000,00 R$ 140,00 3,12% R$ 4,37 R$ - R$ - 0,00%
R$ 0,07 - 135,63

CUSTO TOTAL COM MATÉRIA-PRIMA 2.006,58 - 121,13 - 2,35 + 53,57 21,37 R$ 1.936,67
PIS 1,65% 33,99
COFINS 7,60% 156,57

Créditos de PIS e COFINS sobre Custo das


Compras sem o IPI
DESCRIÇÃO
2000 BATELADA DE PRODUÇÃO
ALIQUOTA DE IPI
333,33 Unidade (fardos com 6 L)
0,50% Perda

Ficha Técnica Empresa do Lucro Real (IPI na


saída)
Custo Direto de Produção = R$ 1.936,67

- Créditos de PIS e COFINS = R$ 190,56

Ficha Técnica
Empresa do = Custo Direto = R$ 1.746,10

Lucro Real (IPI Unidades = 333,33 – 0,5% de perdas = 332


na saída)
Custo Direto Unitário = R$ 1.746,10 / 332 = R$ 5,26
Formação de Preço – Lucro Real:
• CPV calculado = R$ 5,26;
• ICMS = 18%;
• Total outros Impostos = 9,25%
• (PIS = 1,65%, Cofins = 7,6%);
• Comissões = 2%;
• Encargos de 65% sobre folha;
• Margem de Contribuição Desejada = 25%
Formação de Preço – Lucro Real:
PV = CPV
(1 – Σ Incidências - Margem de Contribuição %)

5,26
𝑃𝑉 =
(1 − 0,18 + 0,0925 + 0,033 + 0,25 )

5,26
𝑃𝑉 = 𝑷𝑽 = 𝑹$ 𝟏𝟏, 𝟖𝟑
(0,4445)
Ficha Técnica Empresa do Lucro Presumido (IPI
na saída)
Limpa Tudo - Fardo 6 x 1 L

UNIDADE
QUANTIDAD VALOR VALOR DO VALOR DO VALOR DO
CÓDIGO DESCRIÇÃO DE VALOR TOTAL ICMS % ICMS FRETE IPI % VLR TOTAL
E UNITÁRIO ICMS FRETE IPI
MEDIDA
R$ R$ R$
18 Alcool Hidratado L 52,00 R$ 4,10 R$ 213,20 23,00% R$ 49,04 R$ - 0,00%
12,14 - 176,31
R$ R$ R$
11 Diprox Kg 7,00 R$ 12,00 R$ 84,00 4,00% R$ 3,36 R$ 0,62 0,00%
15,40 - 95,42
R$ R$ R$
17 Essência 123 Kg 1,00 R$ 89,00 R$ 89,00 7,00% R$ 6,23 R$ 0,15 5,00%
2,16 4,45 84,78
R$ R$ R$
28 Azul XYZ Kg 3,00 R$ 9,50 R$ 28,50 7,00% R$ 2,00 R$ 0,22 5,00%
3,18 1,43 29,46
R$ R$ R$
31 Conservante Kg 3,00 R$ 6,80 R$ 20,40 12,00% R$ 2,45 R$ 0,09 0,00%
CUSTO COM MATÉRIA-PRIMA

0,71 - 18,58
R$ R$
47 Agua L 1.934,00 R$ 0,02 R$ 38,68 0,00% R$ - R$ - R$ - 0,00%
- 38,68
R$ R$ R$
12 Corante ABC Kg 0,05 R$ 190,00 R$ 9,50 4,00% R$ 0,38 R$ 0,16 0,00%
4,00 - 12,96
R$ R$ R$
66 Tampa Pet 1 L UN 2.000,00 R$ 0,06 R$ 120,00 7,00% R$ 8,40 R$ 1,12 5,00%
15,98 6,00 126,46
R$ R$
56 Pet 1 Litro UN 2.000,00 R$ 0,60 R$ 1.200,00 3,11% R$ 37,32 R$ - R$ - 0,00%
- 1.162,68
R$ R$
93 Kit 1L p/06 Unidades KG 6,33 R$ 10,00 R$ 63,30 12,00% R$ 7,60 R$ - R$ - 15,00%
9,50 55,70
R$ R$
20 Rotulo Limpa Tudo 1 Litro UN 2.000,00 R$ 140,00 3,12% R$ 4,37 R$ - R$ - 0,00%
R$ 0,07 - 135,63

CUSTO TOTAL COM MATÉRIA-PRIMA 2.006,58 - 121,13 - 2,35 + 53,57 21,37 R$ 1.936,67
DESCRIÇÃO
2000 BATELADA DE PRODUÇÃO
ALIQUOTA DE IPI
333,33 Unidade (fardos com 6 L)
0,50% Perda

Ficha Técnica Empresa do Lucro Presumido (IPI


na saída)
Custo Direto de Produção = R$
1.936,67

Ficha Técnica
Empresa do Unidades = 333,33 – 0,5% de perdas
= 332
Lucro
Presumido (IPI
na saída) Custo Direto Unitário = R$ 1.936,67 /
332 = R$ 5,83
Formação de Preço – Lucro Presumido:
• CMV calculado = R$ 5,83;
• ICMS = 18%;
• Total outros Impostos = 5,93%
• (PIS = 0,65%, Cofins = 3%, IRPJ = 1,2%, CSLL = 1,08%);
• Comissões = 2%;
• Encargos de 65% sobre folha;
• Margem de Contribuição Desejada = 25%
Exemplo (cont.)
PV = CMV
(1 – Σ Incidências - Margem de Contribuição %)

5,83
𝑃𝑉 =
(1 − 0,18 + 0,0593 + 0,033 + 0,25 )

5,83
𝑃𝑉 = 𝑷𝑽 = 𝑹$ 𝟏𝟐, 𝟐𝟎
(0,4777)
Ficha Técnica Empresa do
SIMPLES
Limpa Tudo - Fardo 6 x 1 L

UNIDADE VALOR
QUANTID VALOR VALOR ICMS
CÓDIGO DESCRIÇÃO DE ICMS % DO IPI % IPI DIFAL VLR TOTAL
ADE UNITÁRIO TOTAL FRETE
MEDIDA FRETE
18 Alcool Hidratado L 52,00 4,1 213,2 23,00% 12,14 0,00 0,00% 225,34
11 Diproposition Kg 7,00 12 84 4,00% 15,40 0,62 0,00% 13,92 113,32
17 Essência 123 Kg 1,00 89 89 7,00% 2,16 0,15 5,00% 4,45 10,52 106,13
CUSTO COM MATÉRIA-PRIMA

28 Arbox XYZ Kg 3,00 9,5 28,5 7,00% 3,18 0,22 5,00% 1,43 3,64 36,75
31 BBH 310 - Conservante Kg 3,00 6,8 20,4 12,00% 0,71 0,09 0,00% 1,27 22,38
47 Agua L 1.934,00 0,02 38,68 0,00% 0,00 0,00 0,00% 38,68
12 Corante ABC Kg 0,05 190 9,5 4,00% 4,00 0,16 0,00% 1,89 15,39
66 Tampa Pet 1 L UN 2.000,00 0,06 120 7,00% 15,98 1,12 5,00% 6 15,62 157,60
56 Pet 1 Litro UN 2.000,00 0,6 1200 3,11% 0,00 0,00 0,00% 1200,00
93 Kit 1L p/06 Unidades KG 6,33 10 63,3 12,00% 0,00 0,00 15,00% 9,5 4,37 77,17
Rotulo Limpa Tudo 1
20 UN 2.000,00 140 3,12% 0,00 0,00 0,00% 140,00
Litro 0,07
0,00

CUSTO TOTAL COM MATÉRIA-PRIMA 2.006,58 53,57 2,35 21,38 51,22 2132,75
Custo Direto de Produção = R$
2.132,75

Ficha Técnica Unidades = 333,33 – 0,5% de perdas


Empresa do = 332

SIMPLES
Custo Direto Unitário = R$ 2.132,75 /
332 = R$ 6,42
Formação de Preço – SIMPLES:
• CMV calculado = R$ 6,42;
• SIMPLES = 8%;
• Comissões = 2%;
• Encargos de 40% sobre folha;
• Margem de Contribuição Desejada = 25%
Exemplo (cont.)
PV = CMV
(1 – Σ Incidências - Margem de Contribuição %)

6,42
𝑃𝑉 =
(1 − 0,08 + 0,028 + 0,25 )

6,42
𝑃𝑉 = 𝑷𝑽 = 𝑹$ 𝟏𝟎, 𝟎𝟎
(0,642)
Custos das
mercadorias vendidas
Além do Preço de Compra determinado pelo fornecedor da
mercadorias, é importante observar:
• Existência de fretes e outros gastos variáveis;
• Impostos creditáveis que dependem:
• Da atividade (comércio, serviços ou indústria);
• Do regime tributários (Simples, Presumido ou Real);
• Da origem da mercadoria (efeitos do ICMS);
• Do regime tributário específico da mercadoria adquirida (IPI, PIS e
Cofins); e,
• Da existência ou não da Substituição Tributária.
Empresas comerciais / Alguns
Exemplos Lucro Real
Diferença de ICMS fixa na entra dos produtos e isentos de ICMS na saída.
Isentos de PIS e COFINS na saída.
Fórmula do Preço de Custo:
Preço de Custo (PC) = Preço Unitário de Compra na Nota (PU) + IPI (IPI) + Frete na
Nota (F) + Outras Despesas na Nota (D) + (Difal x (Valor da Nota (VN)*))
Valor da Nota (VN) = Preço Unitário de Compra na Nota (PU) + IPI (IPI) + Frete na
Nota (F) + Outras Despesas na Nota (D)
Empresas comerciais / Alguns
Exemplos Lucro Real
Cálculo do Preço de Venda:
Na saída: ICMS = 0% PIS= 0% COFINS= 0%
Margem:
Despesas Variáveis sobre venda (DV)= 2,67%
Despesas fixas (DF)= 4,49%
Sugestão de Lucro (L)= 5%

Preço de Venda = (PC) / (1-(ICMS + PIS + COFINS + DV + DF + L)


Ex:
Preço de Venda = 9,08 / (1-(0%+0%+0%+2,67%+4,49%+5%)
Preço de Venda = R$ 10,33
Empresas comerciais / Alguns
Exemplos Lucro Real
Produtos que pagam 18% de ICMS, 1,65% de PIS e 7,6 de COFINS na venda dentro
do estado de PE.
Fórmula do Preço de Custo:
Preço de Custo (PC) = Preço Unitário de Compra na Nota (PU) + IPI (IPI) + Frete na
Nota (F) + Outras Despesas na Nota (D) - (ICMS destacado na Nota (ICMSn) x Preço
Unitário de Compra na Nota (PU)) – ((1,65% de PIS + 7,6% de COFINS) x Valor da
Nota (VN))
Alguns destes produtos quando comprados de fora do estado apresentam
cobrança de ICMS sobre uma majoração feita pelo estado de PE. Para
efeito de cálculo de custos, esse valor não importa.
Empresas comerciais / Alguns
Exemplos Lucro Real
Cálculo do Preço de Venda:
Na saída: ICMS = 18% PIS= 1,65% COFINS= 7,6%
Margem:
Despesas Variáveis sobre venda (DV)= 2,67%
Despesas fixas (DF)= 4,49%
Sugestão de Lucro (L)= 5%

Preço de Venda = (PC) / (1-(ICMS + PIS + COFINS + DV + DF + L)


Ex:
Preço de Venda = 5,61 / (1-(18%+1,65%+7,6%+2,67%+4,49%+5%)
Preço de Venda = R$ 9,26
Empresas comerciais /
Alguns Exemplos Lucro Real
Produtos que possuem pauta na compra fora do estado.
Nesses produtos, existem pautas para cobrança de ICMS Difal na entrada no Estado. Assim, estes
produtos são tributados na entrada sobre o preço de compra ou a pauta, o que for maior. A Difal
pode ser de 2%, 2,5%, 4%, 5%, 6% ou 10% etc. Varia de produto para produto.
Fórmula do Preço de Custo:
Quando o Preço da Nota for Maior:
Preço de Custo (PC) = Preço Unitário de Compra na Nota (PU) + IPI (IPI) + Frete na Nota (F) + Outras
Despesas na Nota (D) + (Difal x (Valor da Nota (VN)*))
* Valor da Nota (VN) = Preço Unitário de Compra na Nota (PU) + IPI (IPI) + Frete na Nota (F) + Outras
Despesas na Nota (D)

Quando a Pauta for Maior:


Preço de Custo (PC) = Preço Unitário de Compra na Nota (PU) + IPI (IPI) + Frete na Nota (F) + Outras
Despesas na Nota (D) + (Difal x (PAUTA))
Empresas comerciais / Alguns
Exemplos Lucro Real
Cálculo do Preço de Venda:
Na saída: ICMS = 0% PIS= 0% COFINS= 0%
Margem:
Despesas Variáveis sobre venda (DV)= 2,67%
Despesas fixas (DF)= 4,49%
Sugestão de Lucro (L)= 5%

Preço de Venda = (PC) / (1-(ICMS + PIS + COFINS + DV + DF + L)


Ex:
Preço de Venda = 16,96 / (1-(0%+0%+0%+2,67%+4,49%+5%)
Preço de Venda = R$ 19,31
Como calcular o custo
da Mão-de-Obra?
• As empresas prestadoras de serviços e as
indústrias têm dúvidas para calcular o valor
da hora homem.
• Isso faz com que os orçamentos tenham
valores imprecisos, gerando insegurança no
cálculo dos custos e dos valores cobrados
aos clientes.
Cálculo dos Encargos
Cálculo dos Encargos
Hora/homem –
empresa de serviços
• Para realização de um trabalho, uma empresa de serviços enquadrada
no SIMPLES precisa utilizar um pintor que tem salário mensal de R$
1.200,00 por 40 horas. A partir do apontamento realizado pelo gerente,
estima-se que o pintor trabalhe 140 horas mensais. Qual o custo da
mão-de-obra para este serviço?

!"#á%&'(% *'+ ,-."%/'+


Hora/Homem =
0'%"+ 1%"2"#0"*"+
Custo da MDO = horas para realização do serviço x hora/homem
Hora/homem –
empresa de serviços
• Para realização de um trabalho, uma empresa de serviços enquadrada no
SIMPLES precisa utilizar um pintor que tem salário mensal de R$ 1.200,00
por 40 horas. A partir do apontamento realizado pelo gerente, estima-se
que o pintor trabalhe 140 horas mensais. Qual o custo da mão-de-obra
para este serviço?

3$ 5677,77((5677,77 : ;<%) 5>7?,77


Hora/Homem =
5<7
= 5<7
=
𝑅$ 11,49
Custo da MDO = 40 x R$ 11,49 = R$ 459,60
Índice BDI – Benefícios e
Despesas Indiretas
• Do Inglês Budget Difference Income, é um elemento orçamentário
que ajuda o profissional responsável pelos orçamentos da
Construção Civil a compor o preço de venda adequado levando
em conta os custos indiretos (os não relacionados a materiais,
mão-de-obra, etc.).
• Em geral as empresas não possuem um BDI único para todos os
serviços prestados pois, como vamos observar, as condições e
riscos variam em cada obra.
Custos Diretos e Indiretos

• Custos diretos são aqueles que podem ser alocados diretamente nos
serviços prestados sem a necessidade de nenhum critério de rateio. São
todos os insumos incluídos em uma composição de custo unitário de
serviço. Referem-se aos materiais, mão-de-obra, serviços e tempo de
utilização de equipamentos, aplicados no empreendimento, acrescidos
dos respectivos encargos trabalhistas e fiscais.
• Custos indiretos são os que não estão relacionados diretamente a
prestação dos serviços, mas contribuem para a formação do custo total:
– Administração Central da Empresa;
– Custo financeiro do contrato;
– Seguros;
– Garantia;
– Tributos sobre a Receita e Entre Outros.
Componentes do BDI

• AD – Administração Central: rateio das despesas administrativas da


empresa. São as despesas fixas observadas na DRE. Varia de 7% a 15%
(empresas com grande faturamento anual) e de 10% a 20% (empresas
com pequeno faturamento anual).
• AL – Administração Local da Obra: estimativa de custos administrativos
no local da obra.
• CF - Custo Financeiro: custo de captação de recursos da empresa.
• DI – Outras Despesas Indiretas: despesas indiretas não consideradas no
orçamento da obra.
• PO – Pós-Obra: despesas que ocorrem após a obra não consideradas no
orçamento inicial, como limpeza e transporte de equipamentos.
• MI – Margem de Incerteza: custos com imprevistos não cobertos por
seguros. Geralmente varia de 5% a 10%.
Componentes do BDI

• I – Impostos: tributos federais, estaduais e municipais sobre o


valor da obra (SIMPLES, ISS, ICMS, PIS, COFINS, IRPJ, CSLL).
• S – Seguros: valores de seguros ou reservas da obra (mercado
estima 0,6%).
• L – Lucro: lucratividade prevista para a obra. Varia de 15% (obras
até R$150.000,00) até 5% (obras acima de R$ 1.500.000,00).
• R – Reserva Técnica: Comissões pagas a fornecedores, lojistas e
outros por indicação.
Fórmula do BDI (em %)

("#($%%#$'%#()%#%*%#+,%#-*%))
•𝐵𝐷𝐼 =
(" /(*%#0%#'%#1%))

•PV = CD x BDI
Fórmula do BDI (em R$)

("#$(%#$%&$"'$#($)*$+())
•PV = (- .((%$0%$&%$1%)
E agora que entendi a Formação de Preços?
Treinar equipe de venda para focar nos produtos com maior margem;
Comissões variáveis;
Ajustar mix de produtos;
Já sabe até onde podemos ir nas promoções;
Possibilita a realização de margens diferentes para grupos de clientes diferentes
(relação volume x preço);
Faz com que ajuste meus custos fixos às minhas margens;
Saber qual a minha MC diante de preços da concorrência.
Gestão de Custos e Estratégias
Muito Obrigado! de Precificação

Silvio Oliveira Filho


81 991856088
silvioofilho@gmail.com
@silvioofilho

Você também pode gostar