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Controlando o fluxo de caixa da

empresa
Abordar a importância do controle de entradas e saídas de dinheiro do caixa de
uma empresa, destacando a elaboração do demonstrativo de fluxo de caixa.

NESTE TÓPICO

NESTE TÓPICO

Conhecendo o caixa da empresa


Administrando o caixa da empresa
Controlando as entradas do caixa da empresa
Controlando as saídas do caixa da empresa
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Conhecendo o caixa da empresa


Caro(a) aluno(a), imagine o caso de uma empresa que deseja saber qual o montante
em valor monetário (R$) que será desembolsado para pagar suas dívidas do mês e
mais, ela também quer saber se o valor que tem previsto para receber naquele mês
será suficiente para saldar suas dívidas.
Para saber a resposta sobre essa situação o empresário terá que ter controle de suas
finanças, adotando, nesse caso, uma ferramenta que demonstre o fluxo de entradas
e saídas de seu caixa e apontando ao final do período de apuração seu saldo
(positivo ou negativo).
Entre as transações efetuadas por uma organização que caracterizam entradas e
saídas de caixa e, portanto, devem ser controladas pelo gestor financeiro, podemos
citar aquelas ocorridas com seus clientes, fornecedores, parceiros, instituições
financeiras, funcionários etc.
Dessa situação extraímos um dos motivos para o empresário ter controle sobre suas
finanças e aplicar as técnicas de elaboração e execução da Demonstração de Fluxo
de Caixa (DFC).
Administrando o caixa da empresa
Para administrar adequadamente o caixa é necessário conhecer e ter à disposição
todas as informações e documentos acerca das contas a receber e a pagar que a
empresa tem para o período. Esses documentos devem estar organizados para que o
gestor financeiro possa dar início à elaboração da Demonstração de Fluxo de Caixa
(DFC). Para isso ele deverá selecionar as entradas e saídas de caixa e classificá-las
em:

 Atividades operacionais.

 Atividades de investimentos.

 Atividades de financiamentos.

Veja a seguir uma demonstração bem simples com exemplos de entradas e saídas
de caixa e suas respectivas classificações em atividades operacionais, atividades de
investimento ou atividades de financiamento.

ENTRADAS SAÍDAS

Capital investido pelos sócios Remuneração paga aos sócios pelo capital investido
(atividade de financiamento) (atividade de financiamento)

Ativo Fixo (Depreciação de equipamentos) Ativo Fixo (Depreciação de equipamentos)


(atividade de investimento) (atividade de investimento)

Pagamento de salários
(atividade operacional)

Vendas de ativo Pagamento de Fornecedores


(atividade de investimento) (atividade operacional)

Recebimento pela Venda de Mercadorias Despesas diversas


(atividade operacional) (atividade operacional)

Aplicações no Mercado Financeiro Pagamento de tributos


(atividade de investimento) (atividade operacional)
Controlando as entradas do caixa da
empresa
Após conhecer um pouco mais sobre as entradas e saídas de caixa de uma
companhia, veja como identificar e controlar as entradas de caixa.
Elas podem ocorrer das seguintes formas:

 Recebimento de vendas a vista em dinheiro ou cheque.

 Vendas efetuadas a prazo, com recebimento por meio


de cheque pós-datado, cartão de débito ou cartão de
crédito, notas promissórias ou duplicatas.

 Aplicações financeiras no mercado.

 Empréstimos obtidos junto a instituições financeiras.

 Desinvestimento com a venda de algum ativo da


empresa.

 Injeção de capital dos sócios etc.

Controlando as saídas do caixa da empresa


Quanto às saídas no caixa da organização, podemos citar as seguintes formas:

 Pagamento de fornecedores à vista (em dinheiro ou


cheque).

 Compras efetuadas a prazo, com pagamento em cheque


pós-datado, cartão de débito ou cartão de crédito, notas
promissórias ou duplicatas.

 Juros sobre aplicações financeiras no mercado.

 Pagamento de tributos.

 Pagamento de salários de funcionários.

 Pagamento de empréstimos obtidos nas instituições


financeiras.

 Pagamento da remuneração dos acionistas, etc.

É relevante observar que somente devem ser lançadas no caixa da empresa as


entradas e saídas de recursos efetivamente realizados, como valores de duplicatas
recebidas e valores de duplicatas pagas, e não devem ser lançadas as entradas e
saídas projetadas e não realizadas. Estas serão lançadas no orçamento de fluxo de
caixa futuro, o qual será objeto de outra disciplina do seu curso.
Depois de conhecer sobre a importância do controle de entradas e saídas de caixa
vamos voltar ao caso da loja de calçados femininos da empresária Ligia,
demonstrando como ela efetua seu controle de fluxo de caixa.
Observe que Ligia relacionou as contas a receber e a pagar referentes a um
determinado período e, ao final, elaborou sua planilha de fluxo da caixa da
empresa.

DIA CONTA VALOR (R$) HISTâRICO

01 444.1 3.000 Duplicatas a receber

07 333.2 4.000 Duplicatas a receber

10 333.2 5.000 Duplicatas a receber

15 333.2 6.000 Duplicatas a receber

22 333.2 7.000 Duplicatas a receber

28 333.2 8.000 Venda de imobilizado

30 333.2 9.000 Duplicatas a receber

Total 42.000

DIA CONTAS VALOR (R$) HISTâRICO

02 555.1 1.000 Duplicatas a pagar

08 555.1 2.000 Duplicatas a pagar

11 554.1 5.000 Fornecedores

16 554.2 4.000 Salários

25 555.1 4.000 Duplicatas a pagar


26 555.1 5.000 Empréstimo bancário

27 554.1 7.000 Fornecedores

Total 28.000

Data Entradas Saídas Saldo (R$)

Saldo inicial 5.000

01 3.000 8.000

02 1.000 7.000

07 4.000 11.000

08 2.000 9.000

10 5.000 14.000

11 5.000 9.000

15 6.000 15.000

16 4.000 11.000

22 7.000 18.000

25 4.000 14.000

Data Entradas Saídas Saldo (R$)

26 5.000 9.000

27 7.000 2.000

28 8.000 10.000

30 9.000 19.000
SALDO FINAL 19.000

1. O Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (CRC – SP) possui


informações detalhadas e atualizadas sobre as exigências para elaboração e
estrutura do Demonstrativo de fluxo de caixa (DFC). Veja as informações no site a
seguir. Disponível em: <http://www.crcsp.org.br >. Acesso em: 27 ago. 2013.

2. O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) possui informações


detalhadas e atualizadas sobre as exigências para elaboração e estrutura do
Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC). Disponível em:
<http://www.ibracon.com.br >. Acesso em: 27 ago. 2013.

Referências
MATARAZZO, D. C. Análise financeira de balanço: abordagem básica e
gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
NAKAGAWA, Masayuki. Introdução à controladoria: conceitos, sistemas,
implementação. São Paulo: Atlas, 2010.

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