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curso Serviços Jurídicos disciplina Direito Processual mód/ufcd 10354

Nome Joã o Moreira professor Ana Margarida

número turma/ano 2ºSJU data 04/10/2022 classificação

Ficha de trabalho

Responda às seguintes questões:

1.Diga o que entende por articulados e identifique os que existem no Processo Civil.

Artigo 151.º - (Definição de articulados)

1. Os articulados são as peças em que as partes expõem os fundamentos da ação e da


defesa e formulam os pedidos correspondentes
2. Quer nas ações, quer nos seus incidentes, quer nos procedimentos cautelares, é
obrigatória a dedução por artigos dos factos suscetíveis de serem levados à especificação
ou ao questionário.
A regra é que existam dois articulados, a petição inicial e a contestação, porém, nas
ações de simples apreciação negativa, há sempre lugar a réplica. Isto porque o autor tem
de ter a oportunidade de se defender da prova apresentada pelo réu na contestação.

2.Distinga prazo perentório de prazo dilatório dando um exemplo de cada um deles.

Os prazos perentórios, são determinados em lei e, em regra, a convenção entre as partes e o juiz,
não podem alterá-los. 
Dessa forma, são considerados prazos mais sensíveis para os advogados, tendo em vista sua maior
rigidez.
Isso porque, caso o prazo perentório seja perdido, em geral, ocorre a perda da faculdade de
praticar o ato.
Exemplo de alteração do prazo perentório
Imagine que o país está assolado por uma pandemia e um Município está em quarentena.
E a Vara em que tramita o seu processo físico -com um recurso urgente a ser apresentado- está
localizada em uma comarca deste Município.
Neste caso, evidentemente de calamidade pública, é muito provável que seu prazo seja ampliado
largamente, por mais de 60 dias, inclusive. (CPC 2015, art. 222, § 2º)
Além disso, os prazos perentórios podem ser reduzidos também.
Para isso, é necessário que o juiz tenha a anuência das partes. (CPC 2015, art. 222, § 1º)
Prazo dilatório é aquele que, apesar de fixado em lei, pode ser alterado com maior facilidade.
1. Pode ser ampliado pelo juiz (art. 139, VI);
2. Podem ser reduzidos ou ampliados por convenção entre as partes, desde que haja aprovação
do juiz.
Essa flexibilidade ocorre porque o prazo dilatório diz respeito, mais especificamente, ao interesse
particular da parte.
Por exemplo, o de indicar assistente técnico para a prova pericial.
Nesse sentido, no caso dos prazos dilatórios, prevalece a autonomia da vontade das partes. 
Assim, temos mais um exemplo da utilização dos prazos como instrumento para a efetivação da
tutela jurisdicional.
O prazo dilatório serve às partes na medida que não restringe a faculdade de exercer o direito.
Mas, ao mesmo tempo, determina que o ato deve ser exercido em um certo período de tempo,
como um mecanismo para a garantia da celeridade processual.
Exemplos de prazos dilatórios
O Novo CPC não estabelece claramente quais são os prazos dilatórios, assim como acontece em
relação aos prazos perentórios.
Mas a doutrina define que os seguintes prazos se encaixam nessa categoria:
1. Juntar documentos;
2. Arrolar testemunhas;
3. Realizar diligências determinadas pelo juiz;
4. Prazo de suspensão do processo por convenção das partes (art. 313, II, CPC/2015)
5. Prazos dos juízes e dos serventuários de justiça (art. 235, CPC/2015)
6. Entre outros.

3.Comente a seguinte afirmação “Não é lícito realizar no processo atos inúteis.”, constante do
artigo 130º do C.P.C.
Artigo 130.º (art. º 137.º CPC 1961)
Princípio da limitação dos atos
Não é lícito realizar no processo atos inúteis.
Artigo 131.º (art. º 138.º CPC 1961)
Forma dos atos
1 - Os atos processuais têm a forma que, nos termos mais simples, melhor corresponda ao fim
que visam atingir.
2 - Os atos processuais podem obedecer a modelos aprovados pela entidade competente, só
podendo, no entanto, ser considerados obrigatórios, salvo disposição especial, os modelos
relativos a atos da secretaria.
3 - Os atos processuais que hajam de reduzir-se a escrito devem ser compostos de modo a não
deixar dúvidas acerca da sua autenticidade formal e redigidos de maneira a tornar claro o seu
conteúdo, possuindo as abreviaturas usadas significado inequívoco.
4 - As datas e os números podem ser escritos por algarismos, exceto quando respeitem à
definição de direitos ou obrigações das partes ou de terceiros; nas ressalvas, porém, os números
que tenham sido rasurados ou emendados devem ser sempre escritos por extenso.
5 - É permitido o uso de meios informáticos no tratamento e execução de quaisquer atos ou
peças processuais, desde que se mostrem respeitadas as regras referentes à proteção de dados
pessoais e se faça menção desse uso.

4.Diga quando se praticam os atos processuais.


Artigo 137.º - Quando se praticam os atos

        1 - Sem prejuízo de atos realizados de forma automática, não se praticam atos processuais nos dias
em que os tribunais estiverem encerrados, nem durante o período de férias judiciais.
        2 - Excetuam-se do disposto no número anterior as citações e notificações, os registos de penhora e
os atos que se destinem a evitar dano irreparável.
        3 - Os atos das partes podem ser praticados por via eletrónica ou através de telecópia em qualquer
dia e independentemente da hora da abertura e do encerramento dos tribunais.
        4 - Os atos das partes praticados por forma presencial junto do tribunal, nomeadamente a entrega
de quaisquer articulados, requerimentos ou documentos, devem ser praticados durante as horas de expediente
dos serviços.

5.Tendo em atenção o dever de administrar a justiça dos juízes, indique que atos são
praticados pelos juízes, explicando cada um deles, fazendo ainda referência aos requisitos
externos da sentença.
Artigo 153.º - Requisitos externos da sentença e do despacho

1 - As decisões judiciais são datadas e assinadas pelo juiz ou relator, que devem rubricar ainda as
folhas não manuscritas e proceder às ressalvas consideradas necessárias; os acórdãos são também assinados
pelos outros juízes que hajam intervindo, salvo se não estiverem presentes, do que se faz menção.
2 - As assinaturas dos juízes podem ser feitas com o nome abreviado.
3 - Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 155.º, os despachos e as sentenças proferidos
oralmente no decurso de ato de que deva lavrar-se auto ou ata são aí reproduzidos; a assinatura do auto ou da
ata, por parte do juiz, garante a fidelidade da reprodução.
4 - As sentenças e os acórdãos finais são registados em livro especial.
6.Tendo em atenção a Lei de Acesso ao Direito e aos tribunais (Lei nº34/2004, de 29 de julho),
preencha o Requerimento de Proteção Jurídica Pessoa Singular disponível em
https://www.seg-social.pt/documents/10152/21736/PJ_1_DGSS, justificando as suas
opções.
Da leitura feita ao requerimento de proteção Juridica de Pessoa Singular pude verificar que
este documento possibilita a todos os cidadãos portugueses, independentemente da sua
situação económica , ter acesso e direito de se pronunciarem em Tribunal, na procura da

Bom trabalho!

Ana Margarida Carvalho

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