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CURSOS PROFISSIONAIS
FICHA FORMATIVA
Os atos, em geral, praticados num processo civil são fundamentais para que o
processo decorra com normalidade. Esses atos são da responsabilidade dos vários
intervenientes, que devem ter o cuidado de cumprir as normas estabelecidas.
➢ Autorização Judicial: Conforme o artigo 1014.º do Código de Processo Civil (CPC), quando
necessário praticar atos cuja eficácia ou validade dependa de autorização judicial, esta é pedida
pelo representante legal do menor, pelo acompanhante do beneficiário ou, na falta deles, pelo
Ministério Público. Além disso, o juiz decide após a produção de provas e outras diligências
necessárias, ouvindo o conselho de família quando obrigatório .
➢ Suprimento de Consentimento: De acordo com o artigo 1001.º do CPC, em casos de
incapacidade, ausência ou acompanhamento da pessoa, são citados os representantes legais,
parentes próximos, acompanhados não representados e o Ministério Público. O juiz resolve
após obter as informações necessárias, conforme as regras estabelecidas .
➢ Licitações: O artigo 1013.º do CPC estabelece que na falta de acordo entre os interessados, é
realizada uma licitação entre eles, com cada verba sendo licitada separadamente, salvo em
casos específicos. A licitação tem a estrutura de uma arrematação, e apenas os interessados
diretos na partilha podem participar, salvo exceções previstas em lei.
Alguns dos aspetos que devem ser observados de acordo com a lei são:
1. Forma Prescrita na Lei: Os atos devem ser praticados de acordo com a forma estabelecida na
legislação aplicável, sob pena de nulidade.
2. Cumprimento dos Prazos: Os atos devem ser realizados dentro dos prazos estipulados pela lei
processual, evitando a ineficácia por descumprimento de prazos.
3. Conteúdo Adequado: Os atos devem conter as informações e elementos exigidos pela lei, garantindo
a sua correta execução e compreensão.
4. Competência para Prática do Ato: Cada ato deve ser praticado pela pessoa ou entidade competente,
conforme determinado pela lei ou decisão judicial.
5. Formalidades Específicas: Alguns atos podem exigir formalidades específicas, como assinaturas,
reconhecimento de firma, testemunhas, entre outros, conforme previsto na legislação aplicável.
Alguns dos atos que o autor pode executar para buscar a reparação de um direito violado incluem:
3. Controle Social: Permitir que a sociedade acompanhe a atuação do Poder Judiciário, promovendo a
accountability e a legitimidade das decisões judiciais.
A publicidade do processo pode se dar por meio de diferentes formas, como a publicação de editais, a
disponibilização de informações em sites oficiais, a comunicação às partes e interessados, entre outros
meios de divulgação previstos na legislação processual.
É importante ressaltar que, embora a publicidade do processo seja um princípio fundamental, existem
situações em que a lei permite restrições ou sigilo em determinadas informações, visando proteger a
intimidade das partes, segredos comerciais, informações sensíveis, entre outros aspectos que
justifiquem a restrição da publicidade.
1. Despachos: Decisões interlocutórias proferidas pelo juiz no curso do processo, que devem
ser devidamente registradas nos autos.
2. Sentenças: Decisões finais do juiz que resolvem o mérito da causa, devendo ser
fundamentadas e registradas de forma escrita nos autos.
3. Decisões Interlocutórias: São decisões proferidas pelo juiz durante o curso do processo que
resolvem questões incidentais e devem ser registradas nos autos.
6. Carta Precatória vs. Rogatória: A prática de atos processuais que exijam intervenção
dos serviços judiciários pode ser solicitada a outros tribunais ou autoridades por carta
precatória ou rogatória.
A Carta Precatória está prevista no Código de Processo Civil Português. Por exemplo, o artigo 34º do
Código de Processo Civil aborda a competência territorial e a possibilidade de solicitar a prática de
atos processuais em outra comarca dentro de Portugal.
A Carta Rogatória está prevista em convenções internacionais e tratados bilaterais que regem a
cooperação jurídica entre países. Em Portugal, a Carta Rogatória é regulada pelo Código de Processo
Civil e por tratados internacionais, como a Convenção de Haia sobre a citação, notificação e
comunicação no estrangeiro de atos judiciais e extrajudiciais em matéria civil e comercial.
No caso de recusa de cumprimento de uma Carta Rogatória, o tribunal que recebeu a solicitação deve
fundamentar a recusa e comunicar essa decisão ao tribunal requerente. Geralmente, as razões para a
recusa podem incluir questões de competência, violação de princípios fundamentais do ordenamento
jurídico do país requerido, falta de reciprocidade, entre outros motivos legais.
Em Portugal, a recusa de cumprimento de uma Carta Rogatória está prevista no Código de Processo
Civil, nomeadamente nos artigos 33º e seguintes. Esses artigos estabelecem os procedimentos a serem
seguidos em caso de recusa, garantindo o respeito pelos princípios legais e processuais.
BOM TRABALHO