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CONTÁBIL I
Aline Alves
Mediação e arbitragem:
procedimentos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Você sabe como ocorre o procedimento arbitral? Na arbitragem, as partes
envolvidas possuem a liberdade de escolher os árbitros que atuarão no
processo. O princípio de independência da vontade das partes afirma
que elas poderão realizar todo o procedimento arbitral do modo como
preferirem. Podem inclusive confiar a regulação ao órgão institucional ou
ao árbitro. Vale destacar que as partes envolvidas deverão possuir total
confiança no árbitro. Afinal, ele orientará o procedimento que regulará
a arbitragem.
Neste texto, você vai estudar os procedimentos de mediação e ar-
bitragem. Também aprenderá sobre a convenção de arbitragem e seus
reflexos.
Procedimentos de mediação
A mediação está evidenciada na legislação mediante a Lei nº 13.140/15. Essa
lei demonstra os princípios que regem o processo, conforme especifica o artigo
2º (BRASIL, 2015b):
III – oralidade;
IV – informalidade;
V – autonomia da vontade das partes;
VI – busca do consenso;
VII – confidencialidade;
VIII – boa-fé.
§ 1o Na hipótese de existir previsão contratual de cláusula de mediação,
as partes deverão comparecer à primeira reunião de mediação.
§ 2o Ninguém será obrigado a permanecer em procedimento de
mediação.
Quando o problema for resolvido por meio da mediação antes da citação do réu, não
serão cabíveis custas judiciais finais.
Procedimentos de arbitragem
Na arbitragem, as partes envolvidas têm livre arbítrio para escolher quem
as representará juridicamente. Assim, não têm a obrigatoriedade de serem
representadas por advogados no processo de arbitragem.
A arbitragem pode ocorrer mediante formas diferentes. A seguir, você
pode conhecer melhor essas formas.
Arbitragem de direito ou equidade: atribui às partes envolvidas a capa-
cidade de escolher normas que serão executadas pelo árbitro. Ela se concretiza
fundamentada nos princípios do direito, na utilização e nos hábitos do contrato
e nas normas internacionais de comércio ou empresariais.
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Nomeação do árbitro;
Procedimento arbitral;
Sentença arbitral.
BRASIL. Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996. Brasília, DF, 1996. Disponível em: <http://
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16 jul. 2017.
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www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/Lei/L13140.htm>. Acesso em: 29
ago. 2017.
Leituras recomendadas
BACELLAR, R. P. Mediação e arbitragem. São Paulo: Saraiva, 2012.
BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Brasília, DF, 2015. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1046>. Acesso
em: 22 jul. 2017.
CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL. Mediação e
arbitragem: a decisão por especialistas da contabilidade. Porto Alegre: CRCRS, 2005.
Disponível em: <http://www.crcrs.org.br/arquivos/livros/livro_arbitragem.PDF>.
Acesso em: 15 jul. 2017.
HENRIQUE, M. R.; SOARES, W. A. Perícia, avaliação e arbitragem. Curitiba: InterSaberes,
2015.
MOURA, R. Perícia contábil: judicial e extrajudicial. 4. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos,
2017.
ORNELAS, M. M. G. Perícia contábil. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
SÁ, A. L. de. Perícia contábil. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
SOUSA, S. H. M.; GRANDE, C. G. Perícias na prática. Curitiba: Juruá, 2010.