MEDIAÇÃO - LEGISLAÇÃO

✓ Definições e Distinções
✓ Breves informações históricas
✓ Resolução nº 125/2010
✓ Código de Processo Civil
(arts.165/175)
✓ Lei da Mediação – Lei n. 13.140,
26/06/2015

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 CONCEITO
LEI Nº 13.140/2015
Parágrafo único – art. 1º
“Considera-se mediação a atividade técnica exercida por terceiro
imparcial sem poder decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as
auxilia e estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para
a controvérsia.”

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 LEI Nº 13.105/2015 MEDIAÇÃO NO NOVO CPC
A Mediação e a Conciliação no ponto de vista do Novo Código de Processo Civil

Capítulo III
DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA
Conciliadores e Mediadores Judiciais
Art. 165
§ 2º O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não
houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio,
sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação
para que as partes conciliem.

§ 3º O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver

vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as
questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo
restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções
consensuais que gerem benefícios mútuos.
 VANTAGENS E BENEFÍCIOS DOS MÉTODOS
AUTOCOMPOSITIVOS
• Controle do processo - atos processuais e decisão
• Tempo e custo (redução do custo com conflitos)
• Preservação da imagem - Confidencialidade
• Negociação profissional
• Colaboração
• Satisfação
• Perenidade
• Caráter Oficial
• Empoderamento
– Prevenção
– Negociação direta
• Manutenção ou resgate das relações
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 FUNDAMENTOS DE NEGOCIAÇÃO

OBJETIVOS ABORDAGENS COMPORTAMENTOS RESULTADOS

Maximizar Posições Competitivo Concessões;

ganhos impasse; ganha-
individuais perde; perde-
perde
Maximizar Interesses Cooperativo Problemas
ganhos solucionados;
mútuos bons
relacionamentos
 LEI Nº 13.105/2015 MEDIAÇÃO NO NOVO CPC
A Mediação e a Conciliação no ponto de vista do Novo Código de Processo Civil

Capítulo III
DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA
Conciliadores e Mediadores Judiciais

Art. 168 – As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o mediador

ou a câmara privada de conciliação e mediação.

Art. 172. O conciliador e o mediador ficam impedidos, pelo prazo de 1 (um) ano,
contado do término da última audiência em que atuaram, de assessorar,
representar ou patrocinar qualquer das partes.
 A POLÍTICA JUDICIÁRIA NACIONAL DE TRATAMENTO ADEQUADO DE
CONFLITOS

RESOLUÇÃO Nº 125, DE 29 DE NOVEMBRO DE 2010

PRINCIPAIS OBJETIVOS

o Disseminação da Cultura de Pacificação Social

o Acesso à justiça
o Qualidade da prestação de serviços
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 CEJUSC
Dos Conciliadores e Mediadores Judiciais
Art. 165. Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos,
responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo
desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a
autocomposição.
§ 1o A composição e a organização dos centros serão definidas pelo respectivo
tribunal, observadas as normas do Conselho Nacional de Justiça.
§ 2o O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver
vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a
utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes
conciliem.
§ 3o O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo
anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os
interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da
comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios
mútuos.
 MEDIAÇÃO OBRIGATÓRIA
NOVO CPC
Lei 13.105/2015
Art. 319. A petição inicial indicará:
VII - a opção do autor pela realização ou não de
audiência de conciliação ou de mediação.
MA
Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos
essenciais e não for o caso de improcedência liminar do
pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de
mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias,
devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias
de antecedência.
§ 2o Poderá haver mais de uma sessão destinada à
conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2
(dois) meses da data de realização da primeira sessão,
desde que necessárias à composição das partes
Lei de Mediação
Lei 13.140/2015
Art. 2º
§ 1. Na hipótese de existir previsão contratual de cláusula
de mediação, as partes deverão comparecer à primeira
reunião de mediação.
§ 2. Ninguém será obrigado a permanecer em
procedimento de mediação.
Art. 23. Se, em previsão contratual de cláusula de
mediação, as partes se comprometerem a não iniciar
procedimento arbitral ou processo judicial durante certo
prazo ou até o implemento de determinada condição, o
árbitro ou o juiz suspenderá o curso da arbitragem ou da
ação pelo prazo previamente acordado ou até o
implemento dessa condição. Parágrafo único. O
disposto no caput não se aplica às medidas de urgência
em que o acesso ao Poder Judiciário seja necessário para
evitar o perecimento de direito
 MEDIAÇÃO OBRIGATÓRIA
NOVO CPC Lei de Mediação
Lei 13.105/2015 Lei 13.140/2015

§ 4 A audiência não será realizada:

I - se ambas as partes
manifestarem, expressamente, desinteresse na
composição consensual;
II - quando não se admitir a autocomposição.
MA
§ 5 O autor deverá indicar, na petição inicial, seu
desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazêlo,
por petição, apresentada com 10 (dez) dias de
antecedência, contados da data da audiência.
§ 6 Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização
da audiência deve ser manifestado por todos os
litisconsortes
 NÃO COMPARECIMENTO À AUDIÊNCIA MEDIAÇÃO
NOVO CPC
Lei 13.105/2015
Art. 334.
§ 8 O não comparecimento injustificado do autor
ou do réu à audiência de conciliação é considerado
ato atentatório à dignidade da justiça e será MA
sancionado com multa de até dois por cento da
vantagem econômica pretendida ou do valor da
causa, revertida em favor da União ou do Estado.
§ 9 As partes devem estar acompanhadas por seus
advogados ou defensores públicos.
§ 10. A parte poderá constituir representante, por
meio de procuração específica, com poderes para
negociar e transigir.
Lei de Mediação
Lei 13.140/2015
Mediação Extrajudicial
Art. 22. A previsão contratual de mediação deverá
conter, no mínimo:
IV - penalidade em caso de não comparecimento
da parte convidada à primeira reunião de
mediação.
§2. Não havendo previsão contratual completa…
IV - o não comparecimento da parte convidada à
primeira reunião de mediação acarretará a
assunção por parte desta de cinquenta por cento
das custas e honorários sucumbenciais caso venha
a ser vencedora em procedimento arbitral ou
judicial posterior, que envolva o escopo da
mediação para a qual foi convidada.
 Duração da Mediação

O NCPC estabelece que o prazo máximo para realização da mediação

judicial será de dois meses – a contar da data de realização da primeira
sessão. MA
No que tange à mediação privada, contudo, não há tal limitação, de tal
sorte que as sessões poderão perdurar por mais tempo – até que se
encontre a solução para o conflito ou até que se chegue à conclusão de
que a mediação não será possível (art. 20, caput, da Lei nº 13.140/2015
 A Instauração da Mediação e a Escolha do
Mediador
Extrajudicialmente, a realização da mediação poderá se dar por dois motivos:
MA
(a) uma das partes tem interesse em sua realização e convida a outra à mediação;

(b) o contrato entabulado pelas partes já traz, previamente, a disposição quanto à

obrigatoriedade de se tentar a autocomposição por mediação em caso de conflito
(por prazo determinado ou sob determinada condição).
Existindo interesse na mediação (ou sendo ela obrigatória antes do prosseguimento
do processo judicial), a parte deverá encaminhar convite à outra para que o conflito
possa ser mediado. O convite deverá dispor quanto ao local da sessão, ao prazo
para que esta se realize e à indicação de nomes de possíveis mediadores (cinco
nomes deverão ser relacionados).
 A Instauração da Mediação e a Escolha do
Mediador
Existindo previsão contratual de mediação, o próprio contrato deverá estabelecer os
critérios de escolha do mediador (art. 22, III).
MA
Em caso de a iniciativa partir de um dos envolvidos, o convite deverá conter o nome de
cinco possíveis mediadores – caso a parte convidada não manifeste sua preferência, será
considerado escolhido o primeiro nome da lista (art. 22, § 2º, III). Necessário ressaltar que
a outra parte não está obrigada a escolher um dos nomes sugeridos na lista, sendo-lhe
possibilitado sugerir outros nomes para que, juntas, as duas partes elejam o melhor
facilitador.
Não havendo resposta ao convite formulado no prazo de 30 dias de seu recebimento,
considerar-se-á este recusado (art. 21, parágrafo único). Isto ensejará sanção à parte que se
escusou da mediação, ainda que ela seja vencedora no processo judicial, sendo condenada
ao pagamento de 50% das custas e honorários de sucumbência (art. 22, § 2º, IV), uma vez
que o comparecimento à primeira reunião é obrigatório.
 A Instauração da Mediação e a Escolha do
Mediador
Diferentemente do que expõe a Lei quanto aos mediadores judiciais,
MA junto aos Tribunais para
que deverão ser pessoas cadastradas
realização da mediação (obedecendo a alguns requisitos – art. 11), na
mediação privada não há limitação quanto à figura do mediador,
podendo ele ser qualquer pessoa (ou grupo), desde que as partes nele
confiem para a resolução do conflito.
Não há a necessidade de que o mediador escolhido seja inscrito em
qualquer tipo de conselho.