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FACULDADE ALFAUNIPAC DE ALMENARA

CURSO DE DIRETO
TEORIA GERAL DO PROCESSO

CONCILIAÇÃO, MEDIAÇÃO, E ARBITRAGEM.

MICHAEL IAGO SANTOS PIMENTA


1º PERIODO

ALMENARA-MG
2022
CONCILIAÇÃO
“Conciliação derivado do latim conciliatio, de conciliare (atrair, harmonizar,
ajuntar), entende-se o ato pelo qual duas ou mais pessoas desavindas a respeito de certo
negócio, ponham fim à divergência amigavelmente.” De Plácido e Silva (1978, p. 381).
De acordo com o Conselho Nacional de Justiça, conciliação é “um meio alternativo
de resolução de conflitos em que as partes confiam a uma terceira pessoa (conciliador), a
função de aproximá-las e orientá-las na construção de um acordo”
Portanto a conciliação é o método onde as partes buscam um acordo que seja
vantajoso para ambos os lados, utilizando-se de um conciliador que será o responsável por
gerir o procedimento podendo interferir ativamente no processo, apresentando proposições e
sugerindo soluções. O conciliador de acordo com a lei atuará preferencialmente em casos que
não houver vínculo anterior entre as partes.

MEDIAÇÃO
“Mediação do latim mediatio (intervenção, intercessão), é o vocábulo empregado, na
terminologia jurídica, para indicar todo ato de intervenção de uma pessoa em negócio ou
contrato que se realiza entre outras.” De Plácido e Silva (1978, p. 1006).
A mediação é um método de resolução de conflitos em que duas ou mais partes
interessadas recorrem a um terceiro imparcial, o mediador, para resolver o conflito e, assim,
chegar a um acordo satisfatório para todas as partes envolvidas.
Através de técnicas variadas o mediador exerce seu papel principal que é facilitar a
comunicação das partes envolvidas. Ele não pode, entretanto dar sugestões, deve-se permitir
que os envolvidos desenvolvam suas próprias ideias e métodos para solucionar o conflito
existente e chegarem a um denominador comum.
A mediação tem como objetivo principal a recuperação do diálogo entre as partes.
Por isso na mediação a decisão é tomada pelos envolvidos.
As técnicas de abordagem do mediador busca inicialmente restaurar o diálogo para
que posteriormente o conflito em si possa ser tratado, após isso é que se pode chegar a uma
solução. Ressaltando que na medição não é preciso uma interferência do mediador, as partes
são autoras de suas próprias soluções.

LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015.

Seção V
Dos Conciliadores e Mediadores Judiciais

Art. 165. Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos,


responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo
desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a auto composição.

§ 1º A composição e a organização dos centros serão definidas pelo respectivo tribunal,


observadas as normas do Conselho Nacional de Justiça.

§ 2º O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior
entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de
constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem.

§ 3º O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre
as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de
modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções
consensuais que gerem benefícios mútuos.
ARBITRAGEM
“Arbitragem, derivado do latim arbiter (juiz, louvado, jurado), significa o processo
que se utiliza, a fim de dar solução a litígio ou divergência, havida entre duas ou mais
pessoas.” De Plácido e Silva (1978, p. 145).
Trata-se de meio hábil a resolução de conflitos, encontrando-se regulamentada pela
Lei 9.307/96. Na arbitragem, não há participação do Poder Judiciário, sendo as causas
julgadas por juízes arbitrais escolhidos pelas partes, os quais decidem os conflitos através de
sentenças arbitrais, que surtem os mesmos efeitos das sentenças emitidas por Juízes
togados.

LEI Nº 9.307, DE 23 DE SETEMBRO DE 1996.

Capítulo I

Disposições Gerais

Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios
relativos a direitos patrimoniais disponíveis.

§ 1o A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir


conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis. (Incluído pela Lei nº 13.129, de
2015) (Vigência)

§ 2o A autoridade ou o órgão competente da administração pública direta para a celebração de


convenção de arbitragem é a mesma para a realização de acordos ou
transações. (Incluído pela Lei nº 13.129, de 2015) (Vigência)

Art. 2º A arbitragem poderá ser de direito ou de eqüidade, a critério das partes.

§ 1º Poderão as partes escolher, livremente, as regras de direito que serão aplicadas na


arbitragem, desde que não haja violação aos bons costumes e à ordem pública.

§ 2º Poderão, também, as partes convencionar que a arbitragem se realize com base nos
princípios gerais de direito, nos usos e costumes e nas regras internacionais de comércio.

§ 3o A arbitragem que envolva a administração pública será sempre de direito e respeitará o


princípio da publicidade. (Incluído pela Lei nº 13.129, de 2015) (Vigência)

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