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PÓS-GRADUAÇÃO

PROCESSO CIVIL
PROCESSO
CONHECIMENTO
EVANDRO MELO
DIREITO
PROCESSUAL CIVIL –
PROCESSO DE
CONHECIMENTO
 SUJEITOS DO PROCESSO (RELAÇÃO PROCESSUAL)

 PROCEDIMENTO COMUM

 TEORIA GERAL DA PROVA

 TEORIA GERAL DA SENTENÇA


DIREITO
PROCESSUAL CIVIL
 SOCIEDADE E DIREITO

 CONFLITOS SOCIAIS

 NECESSIDADE, BEM, UTILIDADE, INTERESSE,


CONFLITO DE INTERESSES, PRETENSÃO RESISTIDA E
LIDE

 FORMAS DE SOLUÇÃO DOS CONFLITOS DE


INTERESSES: autotutela, conciliação, mediação,
jurisdição estatal e arbitragem.

 JURISDIÇÃO (FUNÇÃO PACIFICADORA): clássica x


neoconstitucional

 JURISDIÇÃO E O ESTADO CONTEMPORÂNEO

 ACESSO À JUSTIÇA E DECISÕES JUSTAS


TRILOGIA ESTRUTURAL DO DIREITO PROCESSUAL:
JURISDIÇÃO, AÇÃO E PROCESSO

Necessidade
LIDE AÇÃO

Pretensão
Bem da vida JURISDIÇÃO
Resistida

Interesse/ Conflito de PROCESSO


Utilidade Interesses •Procedimento
FORMAÇÃO DO PROCESSO
Quando a ação é considerada proposta?
Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura
da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente
citado. (Art. 312 do CPC)

EFEITOS DA CITAÇÃO VÁLIDA:


Art. 240 . A citação válida, ainda quando ordenada por juízo inco mpetente,
induz litis pe ndê ncia , torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor ,
ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei no 10 . 406 , de 10 de j aneiro de
2002 ( Código Civil).
§ 1 o A inte r r upçã o da prescrição , operada pelo despacho que ordena a
citação, ainda que proferido por juízo inco mpetente, retroagirá à data de
propositura da ação.
§ 2 o I n c u m b e a o a u to r a d o t a r, n o p r a z o de 1 0 ( de z ) di a s , a s
p r o v i dê n c ia s neces s á ria s para via b iliz a r a citação, sob pena de não se
aplicar o disposto no § 1 o.
§ 3 o A parte não será prejudicada pela demora imputável exclu s iva mente ao
serviço ju dic iá rio .
§ 4 o O e f e i to r e t r o a ti vo a q u e s e r e f e r e o § 1 o a p l i c a - s e à de c a dê n c ia e
a o s demais prazos extintivos previstos em lei .
SUSPENSÃO DO PROCESSO
QUANDO SUSPENDE-SE O PROCESSO?
Art. 313. Suspende-se o processo:
I.- pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer
das partes, de seu representante legal ou de seu procurador;
II. - pela convenção das partes;
III. - pela arguição de impedimento ou de suspeição;
IV- pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas;
V. - quando a sentença de mérito:
a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de inexistência de relação
jurídica que constitua o objeto principal de outro processo pendente;
b) tiver de ser proferida somente após a verifi cação de determinado fato ou a produção de certa
prova, requisitada a outro juízo;
VI. - por motivo de força maior;
VII.- quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e fatos
da navegação de competência do Tribunal Marítimo;
VIII. - nos demais casos que este Código regula.
SUSPENSÃO DO PROCESSO

IX.- pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a advogada


responsável pelo processo constituir a única patrona da causa
X.- quando o advogado responsável pelo processo constituir o
único patrono da causa e tornar-se pai.
§1o Na hipótese do inciso I, o juiz suspenderá o processo, nos termos do
art. 689.
§2o Não ajuizada ação de habilitação, ao tomar conhecimento da morte,
o juiz determinará a suspensão do processo e observará o seguinte:
I. - falecido o réu, ordenará a intimação do autor para que promova a citação do respectivo
espólio, de quem for o sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, no prazo que
designar, de no mínimo 2 (dois) e no máximo 6 (seis) meses;
II. - falecido o autor e sendo transmissível o direito em litígio, determinará a intimação
de seu espólio, de quem for o sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, pelos meios de
divulgação que reputar mais adequados, para que manifestem interesse na sucessão
processual e promovam a respectiva habilitação no prazo designado, sob pena de
extinção do processo sem resolução de mérito.
SUSPENSÃO DO
PROCESSO
§3o No caso de morte do procurador de qualquer das partes, ainda que
iniciada a audiência de instrução e julgamento, o juiz determinará que a parte
constitua novo mandatário, no prazo de 15 (quinze) dias, ao fi nal do qual
extinguirá o processo sem resolução de mérito, se o autor não nomear novo
mandatário, ou ordenará o prosseguimento do processo à revelia do réu, se
falecido o procurador deste.
§4o O prazo de suspensão do processo nunca poderá exceder 1 (um) ano nas
hipóteses do inciso V e 6 (seis) meses naquela prevista no inciso II.
§ 5o O juiz determinará o prosseguimento do processo assim que esgotados os
prazos previstos no § 4o.
§6o No caso do inciso IX, o período de suspensão será de 30 (trinta) dias,
contado a partir da data do parto ou da concessão da adoção, mediante
apresentação de certidão de nascimento ou documento similar que comprove a
realização do parto, ou de termo judicial que tenha concedido a adoção, desde
que haja notifi cação ao cliente.
§7o No caso do inciso X, o período de suspensão será de 8 (oito) dias, contado a
partir da data do parto ou da concessão da adoção, mediante apresentação de
certidão de nascimento ou documento similar que comprove a realização do
parto, ou de termo judicial que tenha concedido a adoção, desde que haja
notifi cação ao cliente.
SUSPENSÃO DO PROCESSO
É permitido praticar ato processual durante a
suspensão do processo?
Durante a suspensão é vedado praticar qualquer ato processual,
podendo o juiz, todavia, determinar a realização de atos urgentes a
fi m de evitar dano irreparável, salvo no caso de arguição de
impedimento e de suspeição. ( Art. 314 do CPC)

O resultado de uma sentença cível depende de um


julgamento criminal?
Art. 3 15 . Se o conhecimento do mérito depender de verificação da
existência de fato delituoso, o juiz pode determinar a suspensão do processo
até que se pronuncie a justiça criminal.
§1o Se a ação penal não for proposta no prazo de 3 (três) meses, contado da intimação
do ato de suspensão, cessará o efeito desse, incumbindo ao juiz cível examinar
incidentemente a questão prévia.
§ 2o Proposta a ação penal, o processo fi cará suspenso pelo prazo máximo de 1 (um)
ano, ao fi nal do qual aplicar-se-á o disposto na parte fi nal do § 1o.
EXTINÇÃO DO
PROCESSO
Como que o processo se extingue?
A extinção do processo dar-se-á por sentença. (art. 316 do CPC)

O que é uma sentença?


Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos
especiais, sentença é o pronunciamento do juiz por meio
do qual, com fundamento nos arts. 485 e 487 , ele põe fi m
à fase cognitiva do procedimento comum, bem como
extingue a execução . (art. 203, §1º do CPC)

Quais as formas de extinção do


processo?
■ O processo pode ser extinto com resolução do mérito nas
hipóteses do art. 485 do CPC
■ O processo pode ser extinto com resolução do mérito nas
EXTINÇÃO DO PROCESSO

Princípio da primazia do
julgamento de mérito

Art. 317. Antes de proferir


decisão sem resolução de mérito,
o juiz deverá conceder à parte
oportunidade para, se possível,
corrigir o vício.
Procedimento comum
no CPC/2015
■ PARTE ESPECIAL
 LIVRO I - DO PROCESSO DE CONHECIMENTO E DO
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
 TÍTULO I - O PROCEDIMENTO COMUM
 CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
 CAPÍTULO II - DA PETIÇÃO INICIAL
 CAPÍTULO III - DA IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO
 CAPÍTULO IV - DA CONVERSÃO DA AÇÃO INDIVIDUAL EM AÇÃO COLETIVA (art.
333 vetado)
 CAPÍTULO V - DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU DE MEDIAÇÃO
 CAPÍTULO VI - DA CONTESTAÇÃO
 CAPÍTULO VII - DA RECONVENÇÃO
 CAPÍTULO VIII - DA REVELIA
 CAPÍTULO IX - DAS PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES E DO SANEAMENTO
 CAPÍTULO X - DO JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO
 CAPÍTULO XI - DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
 CAPÍTULO XII - DAS PROVAS
 CAPÍTULO XIII- DA SENTENÇA E DA COISA JULGADA
 CAPÍTULO XIV- DA LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
 TÍTULO II - DO CUMPRIMENTO DA SENTENÇA
 TÍTULO III - DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Procedimento comum
(processo de conhecimento)
■O Procedimento Comum é típico do
conhecimento processo de (cognição) e
subsidiária aostambém
procedimentos
tem aplicação
especiais e ao
processo de execução (art. 318 do NCPC).

■A atividade jurisdicional desenvolvida no


procedimento comum é exauriente e se desenvolve no
sentido de acertar o direito da parte por meio de uma
sentença meramente declaratória, constitutiva ou
condenatória.
Procedimento Comum (processo de conhecimento) Nova Fase

Fase
Fase Fase Fase Cumprimento
Saneadora/
Postulatóri Probatória Decisória de Sentença
a Ordinat
ória
Providências Audiência de
Petição Inicial Preliminares e Instrução e Sentença Requerimento
Saneamento Julgamento

Julgamento
Audiência de
Conforme o Produção de Intimação do
Conciliação Coisa Julgada
Estado do Provas devedor
e Mediação
Processo

Impugnação ou
Liquidação de pagamento da
Reações do Réu
Sentença dívida
PETIÇÃO
INICIAL
( A R T S . 31 9 A 3 31 D O
NCP C)
O direito de ação é
constitucionalmente garantido (art.
5º, XXXV da CF) e consagra o
princípio do acesso à Justiça; o
processo, por sua vez, é o
instrumento por meio do qual a
Jurisdição soluciona a lide; por fi m, a
petição inicial, primeiro ato do
processo, é a representação física do
ato de postular uma providência
jurisdicional, onde se concretiza o
direito de ação, rompendo a inércia da
Jurisdição.
PETIÇÃO INICIAL
( A R T S . 31 9 A 3 31 D O
NCP C)

Petição Inicial Requisitos (arts. 319 e 320 do NCPC)

Emenda (art. 321 do NCPC)

Pedido (arts. 322 a 329 do NCPC)

Indeferimento (arts. 330 e 331 do NCPC)


REQUISITOS DA PETIÇÃO
INICIAL
( A R T S . 31 9 E 3 2 0 D O N C P C )

Quais são as novidades entre os


requisitos da petição inicial?
 Alteração da identi fi cação da competência do órgão
ju r is d iciona l.
 Ampliação do rol de qualifi cação das partes ( inciso I I do art. 319 do NCPC).

o bte nçã o da s
Po s s i b i l i d a d e de o autor reque re r a o j ui z
d i l i gê nci a s ne c e s s á r i a s pa ra informações dispostas
noA inciso
 peti çãoI I inicial
do art. não 319 será
do NCPC.
indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o
inciso I I do art. 319 do NCPC, for possível a citação do réu .

A peti ção inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso I I do art.
319 do NCPC se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso
o acesso à justi ça .

 Inclusão da opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de


mediação .
EMENDA À PETIÇÃO INICIAL
( A R T. 3 21 D O N C P C )

Houve
alteração na
determinação
de emenda da
petição inicial?
Sim!
 O prazo para emendar passou
a ser de 15 (quinze) dias.
Cabe recurso contra
 A determinação pode ser de decisão que determina
emenda ou complementação. a emenda da petição
inicial? Não!
 O juiz deverá indicar com Porque não consta no rol
precisão o que deve ser taxativo do art. 1015 do
corrigido ou completado. NCPC.
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO
INICIAL
( A R T S . 3 3 0 E 3 31 D O N C P C )

Quando a petição inicial será indeferida?


I. - for inepta;
II. - a parte for mani festamente i legí tima;
III. - o autor carecer de interesse processual;
IV. - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.

Nas ações que tenham por objeto a


Considera- se inepta a revisão de obrigação decorrente de
petição inicial quando: empréstimo, de f inanciamento ou de
I. - lhe faltar pedido ou causa de
alienação d e bens , o a uto r terá de, sob
pedir;
II. I - o pedido for indeterminado,
pena de inépcia, discriminar na
ressalvadas as hipóteses legais em que petição inicial, dentre as obrigações
se permite o pedido genérico; contratuais, aquelas que pretende
III. I - da narração dos fatos não controverter, além de quantifi car o
decorrer logicamente a conclusão; IV - valor incontroverso do débito.
contiver pedidos incompatíveis entre Nessa hipótese, o valor incontroverso
si.
deverá continuar a ser pago no tempo
e
modo contratados.
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO
INICIAL
( A R T S . 3 3 0 E 3 31 D O N C P C )

Art. 331. Indeferida a petição inicial , o autor poderá apelar, facultado


ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se.
§ 1o Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao
recurso.
§ 2o Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação
começará a correr da intimação do retorno dos autos, observado o disposto no
art. 334.
§ 3o Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da
sentença.
PEDIDO ( ART S. 32 2 A 32 9 DO NC
PC )

Como deverá ser feito o


PEDIDO?
O PEDIDO delimita da lide, ou seja,
direciona o que será julgado na sentença.

 pedido imediato – é a providência jurisdicional


solicitada
pelo autor (relaciona-se com o direito processual).
 pedido mediato – constitui o bem jurídico
pretendido
(relaciona-se com o direito substancial)

Ex.: Em uma ação de cobrança, a condenação constitui no pedido imediato ,


ao passo que o recebimento do crédito se constitui no pedido mediato .
PEDIDO ( ART S. 32 2 A 32 9 DO NC
PC )
O pedido deve ser certo O pedido deve ser
(art. 322 do NCPC) - é determinado (art. 324 do
pedido expresso, pelo NCPC) - é o pedido cujo
menos no que diz objeto foi individuado
respeito ao gênero do quanto à quantidade e
objeto pretendido. qualidade.

Ex.: O autor, em uma ação de


Ex.: O autor, em uma ação de
cobrança, pede que o réu seja
indenização, pede a condenação
condenado a pagar R$ 1.000,00.
do réu em perdas e danos. Aqui
Nesse caso, o pedido é certo e
o pedido e certo, mas não
determinado.
determinado.
PEDIDO ( ART S. 32 2 A 32 9 DO NC
PC )

O Pedido Genérico é admitido? (art. 324, §1º do NCPC)


Sim, nas seguintes hipóteses:

I.- nas ações universais, se o autor não puder


individuar os bens demandados;

II.- quando não for possível determinar, desde


logo, as consequências do ato ou do fato;

III.- quando a determinação do objeto ou do


valor da condenação depender de ato que deva
ser praticado pelo réu.
PEDIDO
( ART S. 32 2 A 32 9 DO NC
PC )

Compreendem-se Na ação que tiver por objeto


cumprimento de
no principal os
juros legais, a obrigação em prestações
correção monetária sucessivas , essas se rão
e as verbas de consideradas incluídas
sucumbência,
no pedido,
inclusive os independentemente de
honorários declaração expressa do autor, e
advocatícios A interpretação do serão incluídas
pedido considerará
. na condenação,
( a r t . 3 2 2 , § 1 º do o conjunto da enquanto durar a obrigação, se o
NC PC) postulação e devedor, no curso do processo,
observará o deixa r de pa gá- la s ou de
princípio da boa-
consigná- las.
fé.
( ar t . 322 , § 2 º do NCPC) ( ar t . 323 do NC PC)
PEDIDO ( ART S. 32 2 A 32 9 DO NC
PC )
Pedido ALTERNATIVO Pedido SUCESSIVO ou
A r t . 3 2 5 . O pe di do s e r á a l t e r na t i v o SUBSIDIÁRIO
q u a ndo , p e l a n a tu r e z a da o b r ig a ç ã o , Art. 326. É lícito formular mais de um
o devedor puder cumprir a prestação pedido em ordem subsidiária, a fi m de
de mais de um modo.
que o juiz conheça do posterior, quando
Parágrafo único. Quando, pela lei ou
não acolher o anterior.
pe l o c ont r a t o , a e s c o l h a c o u b e r a o
Parágrafo único. É lícito formular mais
devedor, o juiz lhe assegurará o direito
de cumprir a prestação de um ou de outro de um pedido, alternativamente, para
modo, ainda que o autor não tenha que o juiz acolha um deles.
formulado pedido alternativo.

Exemplo: Pedro vende para João um cavalo por meio de contrato. Um Exemplo: João financia um imóvel da CEF e vem pagando
dia após a aquisição do semovente, João verifica que o cavalo não tem devidamente as parcelas. Decorrido um ano, a proprietária (CEF) do
os dentes de trás. Ingressa com uma ação formulando pedido alternativo referido bem o aliena a um terceiro. João propõe ação formulando
para o réu. Ou bem se devolve o dinheiro, o autor devolve o cavalo ou pedido sucessivo: a reivindicação do imóvel e, se o Juiz não entender
se faz um abatimento no preço, pois se comprou o cavalo com todos os cabível, ao menos, a devolução das parcelas pagas com correção.
dentes.
PEDIDO ( ART S. 32 2 A 32 9 DO NC
PC )

Posso cumular ? Sim! ( art. 327 do


NCP C)

É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo


réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.

Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de


procedimento, será admitida a cumulação se o autor
empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego
das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos
especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados,
que não forem incompatíveis com as disposições sobre o
procedimento comum.

São requisitos de admissibilidade da cumulação


que: I - os pedidos sejam compatíveis entre si;
II. - seja competente para conhecer deles o mesmo
juízo;
III.- seja adequado para todos os pedidos o tipo de
procedimento.
PEDIDO ( ART S. 32 2 A 32 9 DO NC
PC )

Pedido de obrigação Alteração do PEDIDO


INDIVISÍVEL
Art. 329. O autor poderá:
I - até a citação, aditar ou alterar o
Art. 328. Na obrigação pedido ou a causa de
indivisível com pluralidade independentemente
pedir,
de credores, aquele que não de consentimento do réu;
participou do II - até o saneamento do processo,
aditar ou alterar o pedido e a causa
receberá
processo sua
de pedir, com consentimento do
parte, deduzidas as réu, assegurado o contraditório
proporção dedespesas
seu crédito.
na mediante a possibilidade
de manifestação deste no prazo
de 15 (quinze) dias, facultado o
mínimo
requerimento de prova suplementar.
Parágrafo único. Aplica-se o
disposto neste artigo à
reconvenção e à respectiva causa de
pedir.
IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO
( A R T. 3 3 2 D O N C P C )

O juiz poderá indeferir liminarmente o Pedido?


Sim! Nas seguintes hipóteses: ( a r t . 3 3 2 do
NC PC )
1 ª) Quando a causa dispensar a
Nã o i nt e r p o s t a a a pe l a ç ã o ,
fase
instrutória, independentemente da o r éu s e r á int i m a do do
citação do réu , o pe dido tr â n s i to e m ju l ga do da
que contrariar: s e nt e n ç a .
I - e n u n c i a d o d e s ú m u l a d o ST F o u d o
I nt e r po s t a a a pe l a ç ã o , o
IS IT -J ;a c ó r d ã o p r o fe r i d o p e l o S T F o u S T J e m j u l g a m ju i z p o de r á r e t r a t a r - s e
d en e troe c u r s o s r e p e t i t i v o s ; em 5
I I I - e nt e n d i m en t o f i r m a d o e m I R D R o u d e a s s u n ç ( c in c o ) di a s .
ãc o m d ep e t ê n c i a ;
I V - e n u n c i ad o d e s ú m u l a d e t r i b u n a l d e j u s t i ç a
Se ho uv e r r e t r a t a ç ã o , o
sobre direitolocal. ju iz determinará o
prosseguimento do p r o c e s s o ,
c o m a c i t a ç ã o do réu, e, se
2 ª) O juiz ta mbém poderá não houver r e t r a t a ç ã o ,
julga r
liminarmente improcedente o pedido de te r mi n a r á a citação do réu
se verifi car, desde logo, a para apresentar c o nt r a r r a z õ e s
ocorrência de decadência ou de , n o pr a z o d e 1 5
prescrição . ( q u i n z e) di a s .
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO 0U DE
MEDIAÇÃO
( A R T. 3 3 4 D O N C P C )

Art. 334 . Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o


caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de
conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 ( trinta) dias ,
devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.

 Novidade integral pro movida pelo CPC/ 2 015

 A citação do réu será em regra para comparecer à


audiência de conciliação e mediação e não, como no
CPC/ 73 , para apresentar contestação.

 Finalidade – celeridade e efetividade na prestação


jurisdicional.

 Quem é o conciliador ou mediador? Pessoa, de


preferência não o juiz, que atuará necessariamente na
audiência de conciliação ou de mediação, observando
o disposto no CPC, bem como as disposições da lei de
organização judiciária.
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO 0U DE
MEDIAÇÃO
( A R T. 3 3 4 D O N C P C )

 Pode haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à


mediação? Sim, não podendo exceder a 2 ( dois) meses da data de realização da
primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes.

 Como será feita a intimação do autor para a audiência? Na pessoa de seu


advogado.

 Quando a audiência não será realizada?


I - se ambas as partes ma nifes ta rem, expres s a mente, desinteresse na composição
consensual; II - quando não se admitir a a u to co mpo s içã o .

 Como as partes manifestam seu desinteresse na audiência? O autor


deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na a utocomposiçã o , e o réu deverá
fazê- lo, por petição , apresentada com 10 ( dez) dias de antecedência , contados da data
da audiência.

 Se houver litisconsórcio todos deverão manifestar o desinteresse na


realização da audiência? Sim!
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO 0U DE
MEDIAÇÃO
( A R T. 3 3 4 D O N C P C )

 Qual a consequência para o não comparecimento injustifi cado das


partes na audiência? Será considerado ato atentatório à dignidade da justiça e
será sancionado com multa de até 2 % da vantagem econômica pretendida ou do valor
da causa , revertida em favor da União ou do Estado .

É necessária a constituição de advogado para audiência? Sim , as partes


devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos .

A parte poderá constituir representante? Sim , por meio de procuração


específi ca , com poderes para negociar e transigir.

Se a autocomposição for obtida qual será o procedimento? Se r á


r e du z i da a te r m o e h o m o l o g a da p o r s e nt e nç a , t í tu l o
c o n s t it u in d o cumprido no próprio processo. e xe c u t ivo a
ser
A pauta das audiências de conciliação ou
de mediação será organizada de modo a
respeitar o intervalo mínimo de 20
( vinte) minutos entre o início de uma e o
início da seguinte.
REAÇÕES DO
RÉU
( ART S. 33 5 A 34 6 DO NC PC )

Ao ser citado como o réu


poderá se comportar?

Inércia – revelia

Contestação ( defesa indireta e direta)
 Reconvenção
 Requerer o desmembramento do
 litisconsórcio ( a r t . 1 1 3 , § 2 º , C P C )
 Denunciar a lide ( a r t . 1 2 6 , C P C )
 Chama r ao processo ( a r t . 1 3 1 , C P C )
Requerer a falsidade de documento
 apresentada pelo
autor

( ar t . 430 , CPC)
Requerer a exibição de documento ou coisa e m face do autor/
e ou terceiro ( ar ts 397 e 401 , C PC )
Reconhecer a procedência do pedido ( ar t . 487 , II I , “ a”, C PC ) –
com
redução de metade dos honorários advocatícios ( art. 90 , § 4 º , CPC)
CONTESTAÇÃO
( ART S. 33 5 A 34 2 DO NC PC )

O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15


(quinze) dias, cujo termo inicial será a data:
I.- da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando
qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição;
II.- do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação
apresentado pelo réu;
III.- de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos.

• Prazo
• Princípio da eventualidade (art. 336, NCPC)
• Princípio da impugnação específica (art. 341, NCPC)
• Preliminares e prejudiciais de mérito (art. 337, NCPC)
• Substituição do réu (art. 338, NCPC)
• Nomeação à autoria??? (art. 339, NCPC)
• Arguição de incompetência absoluta e relativa (art.
340, NCPC)
RECONVENÇÃO ( A R T. 3 4 3 D O N C P
C)

Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar


pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da
defesa.

§ 1o Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado,


para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2o A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame
de seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção.
§ 3o A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro.
§ 4o A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro.
§ 5o Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular
de direito em face do substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face
do autor, também na qualidade de substituto processual.
§ 6o O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer
contestação.
REVELIA
( ART S. 34 4 A 34 5 DO NC
PC )

Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras
as alegações de fato formuladas pelo autor.

Art. 345. A revelia não produz o efeito Art. 346. Os prazos contra o revel que não tenha
mencionado no art. 344 se: patrono nos autos fluirão da data de publicação
I.- havendo pluralidade de réus, algum deles do ato decisório no órgão oficial.
contestar a ação; Parágrafo único. O revel poderá intervir no
II.- o litígio versar sobre direitos processo em qualquer fase, recebendo-o no
indisponíveis; estado em que se encontrar.
III.- a petição inicial não estiver acompanhada de
instrumento que a lei considere indispensável à
prova do ato;
IV.- as alegações de fato formuladas pelo autor
forem inverossímeis ou estiverem em
contradição com prova constante dos autos.
DAS PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES E DO
SANEAMENTO
( A R T S . 3 47 A 3 5 3 D O N C P
C)
Findo o prazo para a contestação, o juiz tomará,
conforme o caso, as providências preliminares :

Da Não Incidência dos Das Alegações do Réu


Efeitos da Revelia Do Fato
Impeditivo, Se o réu alegar qualquer das
Se o réu não contestar a Modifi cativo ou m a t é r i a s p re l i m i n a re s ( a rt .
a ç ã o , o j u i z , ve r i f i c a n d o a Extintivo do 3 3 7 , NCPC)), o juiz
i n o c o r rê n c ia do e f e i t o da determinará a o i t i va do a u to r
Direito do Autor
r e ve l i a , o r d e n a r á q u e o n o p r a z o de 1 5 ( q u i n z e) di a s ,
a u t o r e sp e c i fi que as provas Se o réu alegar fato pe r mi ti ndo - l h e a
que pretenda produzir, se i mp e d i ti v o , pr o duç ã o de pr o v a .
ainda n ã o a s t i v e r i n d i c a d o . mod i fi c a ti v o ou
Ve r i f i c a n do a e xi s tê n c i a
extintivo do direito do
Ao réu revel será l íci ta a de irregu la rida des ou de vícios
autor, este será
p r o du ç ã o de p r o va s , s a n á ve i s , o j u i z d e t e r m i n a r á
ouvido no prazo de
contrapostas às alegações s u a correção em prazo nunca
1 5 ( q u i n z e) di a s ,
do a u to r, d e s d e q ue s e f a ç a superior
p er m i t in do - lh e o
representar nos autos a tempo ju i z a pr o du ç ã o de C u m p r i d a s aas 3 p0
r o (vtirdi ênnt ac i)a d
s ias .
de praticar os atos prel iminares o u não hav
pr o va . endo necessidade delas , o
processuais i ndi s p e ns áve i s a
juiz
e s s a p ro d u ç ã o . prof er i rá julgamento
conforme o estado do processo
DO JULGAMENTO CONFORME O
ESTADO DO PROCESSO
( A R T S . 3 5 4 A 3 57 D O N C P
C)
Extinção do Processo
Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 485 e 487 , incisos II e III , o juiz
proferirá sentença . E a decisão que disser a respeito a apenas parcela do processo , será
impugnável por agravo de instrumento .

Julgamento Antecipado do Julgamento Antecipado


Mérito Parcial do
O juiz julgará antecipadamente o
Mérito
pedido , proferindo sentença
com resolução de mérito , O juiz decidirá parcialmente o
mérito quando um ou mais dos
quando:
pedidos formulados ou parcela
I.- não houver necessidade de deles:
produção de outras provas;
II. - o réu for revel, ocorrer o I - mostrar- se
efeito incontroverso; II - estiver em
previsto no art. 344 e não houver condições de imediato julgamento,
requerimento de prova, na forma do nos termos do
DO JULGAMENTO CONFORME O ESTADO
DO PROCESSO
( A R T S . 3 5 4 A 3 57 D O N C P C )

Do Saneamento e da Organização do Processo

O juiz, em decisão de saneamento e de organização do processo:

I. - resolver as questões processuais pendentes, se houver;


II.- delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade
probatória, especifi cando os meios de prova admitidos;
III. - defi nir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373;
IV.- delimitar as questões de direito relevantes para a decisão
do mérito;
V. - designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento.
DO JULGAMENTO CONFORME O
ESTADO DO PROCESSO
( A R T S . 3 5 4 A 3 57 D O N C P C )

 Realizado o saneamento, as partes têm o direito de pedir e scla r e c ime ntos ou


solicitar ajustes, no prazo comum de 5 ( cinco) dias, fi ndo o qual a decisão se torna
estável.

 As partes podem apresentar ao juiz, para homologação, delimitação consensual das


questões de fato e de direito, a qual, se homologada, vincula as partes e o juiz.

 Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz


designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes,
oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou
esclarecer suas alegações.

 Caso tenha sido determinada a produção de prova testemunhal, o juiz fi xará prazo
comum não superior a 15 ( quinze) dias para que as partes apresentem rol de
testemunhas. E O número de testemunhas arroladas não pode ser superior a 10
( dez), sendo 3 ( três), no máximo, para a prova de cada fato.

 O juiz poderá limitar o número de testemunhas levando em conta a complexidade


da causa e dos fatos individualmente considerados.

 Caso tenha sido determinada a produção de prova pericial, o juiz deve observar o
calendário para sua r e a liz a çã o. E as pautas deverão ser preparadas com intervalo
mínimo de 1 ( uma) hora entre as audiências.
FASE
PROBATÓRIA
( ART S. 3 58 A 4 8 4 DO
NCP C)
Audiência de Instrução e Julgamento
 Abertura
O art. 139, VI do NCPC confere ao juiz o poder, além de dilatar
 Instrução e Debates prazos processuais, de modificar a ordem de produção das provas.
 Julgamento
Distribuição dinâmica do ônus da prova: prevista no art. 373 § 1º
do NCPC, será admitida desde que não gere encargo excessivo para
a parte.

Provas A prova emprestada foi positivada, devendo respeitar


o contraditório, nos termos do art. 372 do NCPC.
 Da Produção Antecipada da Prova
Os dados representados por imagem ou som gravados em arquivos
 Da Ata Notarial eletrônicos poderão constar da ata notarial (art. 384 do NCPC).
 Do Depoimento Pessoal
Foi implementada também a prova técnica simplificada, para
 Da Confissão questões de menor complexidade, na qual a prova pericial poderá
 Da Exibição de Documento ou Coisa ser substituída pela inquirição de profissional perito na área (art.
464 do NCPC).
 Da Prova Documental
 Dos Documentos Eletrônicos Se for produzida prova pericial, poderá ser consensual em casos
passíveis de resolução por auto composição e com partes capazes:
 Da Prova Testemunhal as partes poderão indicar juntas um mesmo perito, que substitui,
 Da Prova Pericial para todos os efeitos, o que seria nomeado pelo juiz (art. 471 do
NCPC).
 Da Inspeção Judicial
SENTENÇA E COISA JULGADA
( ART S. 485 A 508 DO NC PC)
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e
despachos.
§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o
pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase
cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
§ 2o Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se
enquadre no § 1o.
§ 3o São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de
ofício ou a requerimento da parte.
§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de
despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando
necessário.
Art. 488.
Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais. resolverá o mérito sempre que a decisão
Desde que possível,
for favorável à parte a quem aproveitaria
o juiz
eventual pronunciamento nos termos do
art. 485.
 Princípio da primazia do julgamento do mérito
 Princípio da adstrição
 Elementos da sentença
 Motivação dos atos judiciais
SENTENÇA E COISA JULGADA
( A RT S . 4 8 5 A 5 0 8 D O N C P C )
 Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a
decisão de mérito não mais sujeita a recurso.

 Não fazem coisa julgada: I - os motivos, ainda que importantes para determinar o
alcance da parte dispositiva da sentença; II - a verdade dos fatos, estabelecida como
fundamento da sentença.

 Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas relativas à mesma


lide, salvo: I - se, tratando-se de relação jurídica de trato continuado, sobreveio
modificação no estado de fato ou de direito, caso em que poderá a parte pedir a revisão do
que foi estatuído na sentença; II - nos demais casos prescritos em lei.

 A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando
terceiros.

 É vedado à parte discutir no curso do processo as questões já decididas a cujo respeito


se operou a preclusão.

 Transitada em julgado a decisão de mérito, considerar-se-ão deduzidas e


repelidas todas as alegações e as defesas que a parte poderia opor tanto ao
acolhimento quanto à rejeição do pedido.
Considerações Gerais sobre
as
TUTELAS PROVISÓRIAS
(arts. 294 à 311 do NCPC)
TUTELA PROVISÓRIA

URGÊNCIA EVIDÊNCIA

Incidental

CAUTELAR ANTECIPADA

Antecedente Incidental Antecedente Incidental


Características das
TUTELAS
PROVISÓRIAS
• Requerimento da parte - em regra, sendo a tutela satisfativa e a tutela
cautelar, tutelas de direito, a sua obtenção pela parte está condicionada à
existência de um pedido (princípio da demanda, arts. 2º e 141 do
NCPC).
• A tutela provisória pode ser concedida sem a oitiva da parte contrária
(art. 9º, parágrafo único, incisos I e II do NCPC).
• Recurso cabível - contra decisão que nega, concede ou posterga
indevidamente a apreciação do pedido de tutela provisória: Agravo de
Instrumento (art. 1.015, I, NCPC). Se for concedida na sentença caberá:
Apelação (art. 1.013, §5º, NCPC).

• Despesas processuais - a tutela provisória incidental independe de


pagamento de custas.

• A tutela provisória quando concedida, conserva a sua eficácia na


pendência do processo, mas pode ser a qualquer momento, revogada ou
modificada.
Características das
TUTELAS
PROVISÓRIAS
•A tutela provisória conservará a sua eficácia inclusive durante
suspensão
a do processo, salvo decisão em contrário.
• Adequação da técnica executiva para efetivação da tutela provisória - o
juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para
efetivação da tutela provisória (art. 8º e art. 139, inc. IV, NCPC).

• Fundamentação clara e precisa - a decisão que conceder, negar,


modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz deverá motivar de modo
claro e preciso seu convencimento (art. 93, IX, CF; art. 489, NCPC).

• Competência para apreciação do pedido de tutela provisória - ao juízo


da causa, ou ao juiz competente do processo principal, quando a tutela
provisória for antecedente.

• Competência para apreciação do pedido de tutela provisória nos


recursos - ressalvada disposição especial, do Tribunal competente para
examinar o mérito do recurso.
•Antecipada •Cautelar
at ória
Satisfativ
a autel
Ac

Tutel Tutel
P
a rovisória de P
a rovisória de
Urgência Urgência
Probabilidade de
Direito
Requisitos para a concessão da
tutela cautelar ou antecipada
(art. 300 do NCPC)
P
e
r
i
g
o
d
Características das tutelas de urgência

•Antecedente ou Incidental
•Caução (art. 300, §1º, NCPC)
•Liminar (art. 300, §2º, NCPC)
•Audiência de justificação prévia
•Perigo de irreversibilidade da tutela
antecipada (art. 300, §3º, NCPC)
•Responsabilidade civil (art. 302, NCPC)
Formas de efetivação da Tutela Cautelar

Arresto

Tutela de
Arrolamento de
Sequestro Bens
Urgência
Cautelar
art. 301, NCPC

Registro de protesto contra


alienação de bem e qualquer outra
medida idônea para asseguração
do direito
Procedimento (arts. 303 e 304 do NCPC)

Tutela Antecipada ANTECEDENTE

Nos casos em que a urgência for contemporânea à


propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se
ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do
pedido de tutela final, com a exposição da lide, do
direito que se busca realizar e do perigo de dano
ou do risco ao resultado útil do processo.
A tutela antecipada concedida de forma antecedente torna-se
estável se da decisão que a conceder não for interposto o
respectivo recurso e o processo será extinto:

a tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista,


reformada ou invalidada por decisão de mérito;

qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que


foi concedida a medida estabilizada, para instruir a petição inicial da ação
que visa a sua revisão, reforma ou invalidação, sendo prevento o juízo em
que a tutela antecipada foi concedida;

o direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada,


extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que
extinguiu o processo;

a decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a


estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a
revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das
partes.
Procedimento (arts. 305 a 310 do NCPC)

Tutela Cautelar ANTECEDENTE

A petição inicial da ação que visa à prestação de


tutela cautelar em caráter antecedente indicará a
lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito
que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o
risco ao resultado útil do processo.
A TUTELA DE EVIDÊNCIA será concedida,
independentemente da demonstração de perigo de dano ou
de risco ao resultado útil do processo, quando:
• ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito
protelatório da parte;

• as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e


houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula
vinculante (nesse caso o juiz poderá decidir liminarmente);

• se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do


contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto
custodiado, sob cominação de multa (nesse caso o juiz poderá decidir
liminarmente);

•a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos


constitutivos
fatos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar
dúvida razoável.
Sua melhor citação que reflete sua
abordagem... "É uma pequena
etapa para o homem, um salto
gigante para a humanidade."

– NEIL ARMSTRONG

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