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A P R E S E N TA Ç Ã O :
EVANDRO MELO
CURSO DE DIREITO
SER EDUCACIONAL – DIREITO DAS COISAS E-Mail: evandroj_melo@hotmail.com l Phone: +55 81 99126-9992
DA EXTINÇÃO DO CONTRATO
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CAUSAS ANTERIORES OU
CONTEMPORÂNEAS À FORMAÇÃO DO
• CONTRATO
As causas anteriores ou contemporâneas à formação do contrato são: a) defeitos
decorrentes do não preenchimento de seus requisitos subjetivos (capacidade das partes
e livre consentimento), objetivos (objeto lícito, possível, determinado ou
determinável) e formais (forma prescrita em lei), que afetam a sua validade,
acarretando a nulidade absoluta ou relativa (anulabilidade); b) implemento de cláusula
resolutiva, expressa ou tácita; e c) exercício do direito de arrependimento
convencionado.
• A propósito, preleciona Messineo, que o contrato pode estar sujeito à eventualidade de
não produzir o seu efeito em virtude do comprometimento de sua execução de
diversas maneiras. Trata-se dos casos de nulidade e de anulabilidade e, sob outro
aspecto, da rescindibilidade e da ineficácia. São todas hipóteses que extinguem o
contrato tal como surgiu e que, portanto, encontram sua origem em circunstâncias ou
fatos concomitantes com o seu surgimento. Isto as distingue de outro grupo de
vicissitudes do contrato, que têm sua raiz em circunstâncias ou fatos supervenientes.
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• A nulidade absoluta decorre de ausência de elemento essencial do ato, com transgressão a preceito de ordem
pública, impedindo que o contrato produza efeitos desde a sua formação (ex tunc).
• Tratando-se de vício originário, verificado na fase genética da obrigação, e sendo o caso de ineficácia em sentido
amplo (ato nulo é ineficaz), o pronunciamento da nulidade pode ser requerido em juízo a qualquer tempo, por
qualquer interessado, podendo ser declarada de ofício pelo juiz ou por promoção do Ministério Público (CC, art.
168).
• Se a hipótese for de nulidade parcial, só quanto a ela poderá ser exercido o direito (art. 184). Quando cabível a
conversão (art. 170), a procedência do pedido extintivo de nulidade será apenas parcial, devendo o juiz declarar
qual o negócio jurídico que subsiste.
• A anulabilidade advém da imperfeição da vontade: ou porque emanada de um relativamente incapaz não assistido
(prejudicando o interesse particular de pessoa que o legislador quis proteger), ou porque contém algum dos vícios
do consentimento, como erro, dolo, coação etc. Como pode ser sanada e até mesmo não arguida no prazo
prescricional, não extinguirá o contrato enquanto não se mover ação que a decrete, sendo ex nunc os efeitos da
sentença. Malgrado também contenha vício congênito, é eficaz até sua decretação pelo juiz.
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CLÁUSULA RESOLUTIVA. O
ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL DO
• CONTRATO
Na execução do contrato, cada contraente tem a faculdade de pedir a resolução, se o outro não cumpre as
obrigações avençadas. Essa faculdade pode resultar de estipulação ou de presunção legal.
• Quando as partes a convencionam, diz-se que estipulam a cláusula resolutiva expressa ou pacto comissório
expresso, cuja origem remonta à lex commissoria romana, que protegia o vendedor contra o inadimplemento do
comprador. Naquela época, sendo as prestações independentes, o vendedor, que confiara no comprador, estava
sujeito a perder a coisa sem receber o preço, vindo daí a utilidade da cláusula.
• Na ausência de estipulação, tal pacto é presumido pela lei, que subentende a existência da cláusula resolutiva.
Neste caso, diz-se que é implícita ou tácita.
• Em todo contrato bilateral ou sinalagmático presume-se a existência de uma cláusula resolutiva tácita, autorizando
o lesado pelo inadimplemento a pleitear a resolução do contrato, com perdas e danos. O art. 475 do Código Civil
proclama, com efeito:
• “A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o
cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos”.
• O contratante pontual tem, assim, ante o inadimplemento da outra parte, a alternativa de resolver o contrato ou
exigir-lhe o cumprimento mediante a execução específica (CPC, art. 497). Em qualquer das hipóteses, fará jus à
indenização por perdas e danos.
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CLÁUSULA RESOLUTIVA. O
ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL DO
•CONTRATO
O adimplemento substancial do contrato, todavia, tem sido reconhecido, pela
doutrina, como impedimento à resolução unilateral do contrato. Sustenta-se que a
hipótese de resolução contratual por inadimplemento haverá de ceder diante do
pressuposto do atendimento quase integral das obrigações pactuadas, ou seja, do
incumprimento insignificante da avença, não se afigurando razoável a sua extinção
como resposta jurídica à preservação e à função social do contrato (CC, art. 421).
• Ressalta Jones Figueirêdo Alves que “a introdução da boa-fé objetiva nos contratos,
como requisito de validade, de conclusão e de execução, em regra expressa e norma
positivada pelo art. 422 do Novo Código Civil, trouxe consigo o delineamento da
teoria da substancial performance como exigência e fundamento do princípio
consagrado em cláusula geral aberta na relação contratual. É pela observância de tal
princípio, notadamente aplicável aos contratos massificados, que a teoria se situa
preponderante, como elemento impediente ao direito de resolução do contrato, sob a
inspiração da doutrina de Couto e Silva”
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DIREITO DE ARREPENDIMENTO
• Quando expressamente previsto no contrato, o arrependimento autoriza qualquer das partes a rescindir
o ajuste, mediante declaração unilateral da vontade, sujeitando-se à perda do sinal, ou à sua devolução
em dobro, sem, no entanto, pagar indenização suplementar.
• Configuram-se, in casu, as arras penitenciais, previstas no art. 420 do Código Civil.
• O direito de arrependimento deve ser exercido no prazo convencionado ou antes da execução do
contrato, se nada foi estipulado a esse respeito, pois o adimplemento deste importará renúncia tácita
àquele direito.
• O Código de Defesa do Consumidor concede a este o direito de desistir do contrato, no prazo de sete
dias, sempre que a contratação se der fora do estabelecimento comercial, especialmente quando por
telefone ou em domicílio, com direito de devolução do que pagou, sem obrigação de indenizar perdas e
danos (art. 49). Trata-se de caso especial de arrependimento, com desfazimento do contrato por ato
unilateral do consumidor. O fundamento encontra-se na presunção de que, por ter sido realizado fora
do estabelecimento comercial, o contrato não foi celebrado com a reflexão necessária.
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RESOLUÇÃO
RESILIÇÃO
DISTRATO E QUITAÇÃO
RESCISÃO
• Entre nós, o termo rescisão é usado como sinônimo de resolução e de resilição. Deve ser empregado, no entanto,
em boa técnica, nas hipóteses de dissolução de determinados contratos, como aqueles em que ocorreu lesão ou que
foram celebrados em estado de perigo.
• A lesão é defeito do negócio jurídico que se configura quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por
inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação assumida pelo outro
contraente (CC, art. 157). É, assim, o prejuízo resultante da enorme desproporção existente entre as prestações de
um contrato, no momento de sua celebração, determinada pela premente necessidade ou inexperiência de uma das
partes.
• Dois são os casos em que se admite a rescisão: a) quando o contrato é celebrado em estado de perigo e em
condições iníquas; b) quando acarreta uma lesão sofrida por uma das partes, determinada por uma situação de
necessidade que a impulsionou a concluí-lo.
• No seu conceito, a lesão consiste na desproporção ou desequilíbrio entre a prestação executada ou prometida pela
parte e a que deve receber (que é de menor extensão): desproporção que decorre do estado de necessidade em que
se encontrava, que foi o motivo determinante do negócio e do qual se aproveitou a contraparte para obter
vantagem.
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RESCISÃO
• Código Civil brasileiro de 2002 não exige, para a caracterização da lesão, a atitude maliciosa do outro contratante,
denominada “dolo de aproveitamento”. A preocupação do legislador, demonstrada no art. 157, foi apenas proteger
o lesado, e não punir o contratante favorecido. Pode o vício existir ainda que este, ao realizar o negócio, não
tivesse ciência da situação de premente necessidade daquele. O atual diploma considera a lesão um vício do
consentimento, que torna anulável o contrato (art. 178, II). Faz, porém, uma ressalva: não se decretará a anulação
do negócio “se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do
proveito” (art. 157, § 2º).
• Privilegia, assim, o princípio da conservação dos contratos.
Obrigado
E-mail: evandroj_melo@hotmail.com
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