ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003 1grau

Fls.
: 1
Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região
Ação Trabalhista - Rito Ordinário

0154200-31.1992.5.03.0003
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Tramitação Preferencial
- Idoso
- Idoso acima de 80 Anos
Processo Judicial Eletrônico
Data da Autuação: 12/06/1992

Valor da causa: R$ 1.000.000,00
Partes:
AUTOR: SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS FERROVIARIAS DE BELO
HORIZONTE
ADVOGADO: RAMUCE PEREIRA MARQUES
ADVOGADO: JARDEL OLIVEIRA LUCIANO
ADVOGADO: MARIENE DE OLIVEIRA AMARAL MOTTA
ADVOGADO: ETILIANE FRANCA NETTO ZAMBONI
ADVOGADO: KARLA COSTA PINTO
ADVOGADO: KELIANE RODRIGUES SANTANA
ADVOGADO: AMANDA DEBORA OLIVEIRA
ADVOGADO: BRUNA CAMPOS RIBEIRO
ADVOGADO: KAREN RAQUEL DO ESPIRITO SANTO DAFLON
ADVOGADO: LORENA COUTINHO SIMAS
ADVOGADO: ANA CAROLINA PAIVA E SILVA
ADVOGADO: MARIA BEATRIZ VIEIRA MONTEIRO
ADVOGADO: RAPHAEL DIAS GOMES
ADVOGADO: LEANDRO JEFFERSON FERNANDES
ADVOGADO: MARCELO FAGUNDES RODRIGUES
ADVOGADO: ORLANDO JOSE DE ALMEIDA
ADVOGADO: CLAUDEMIR BATISTA HENRIQUE DE SOUZA
ADVOGADO: RITA APARECIDA MARTINS LEITE
ADVOGADO: CAMILLA MARTINS LEITE
ADVOGADO: ROSEANE CAMPOS DE CASTRO MACHADO
ADVOGADO: EBER JOAO SANCHES
ADVOGADO: GISELLE OLIVEIRA MOKDECI
ADVOGADO: RUBEN DE ARIMATEIA RIBEIRO
ADVOGADO: ROSANGELA MUNIZ DE SOUZA MAGALHAES
ADVOGADO: FERNANDA BAHIA FERREIRA
ADVOGADO: ROBERTO CARLOS DUTRA
ADVOGADO: FERNANDO VALADARES ROQUETE
ADVOGADO: CARLOS FERNANDO VALLADARES ROQUETTE
ADVOGADO: VANESSA VIEIRA DE SOUZA MACHADO
ADVOGADO: BRENNO MARTINS SOARES
ADVOGADO: DIEGO CARDOSO DE ARAUJO AMORIM
ADVOGADO: VINICIUS MIOR GAMBOGI
ADVOGADO: EVANDO FERNANDES MOREIRA JUNIOR
ADVOGADO: GUSTAVO DE ASSIS RIOS
ADVOGADO: PAULO VINICIUS MACHADO DE CARVALHO
ADVOGADO: AFRANIO MACHADO JUNIOR
ADVOGADO: ALEXANDRE GONCALVES RODRIGUES DA SILVA
ADVOGADO: ADRIANA DE ARAUJO SILVA
ADVOGADO: Maria Joaquina Valadares da Silva
ADVOGADO: CLAUDIA MAURA DE OLIVEIRA LAGO
ADVOGADO: MARCOS ANTONIO NASCIMENTO SILVA
ADVOGADO: LEONARDO RAFAEL RODRIGUES SANTOS
ADVOGADO: NILMA REGINA SANCHES
ADVOGADO: PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA
ADVOGADO: HUMBERTO MAGNO PEIXOTO GONCALVES
ADVOGADO: PATRICIA TERRA DE SOUZA
ADVOGADO: RAFAEL DE FIGUEIREDO BARATA
ADVOGADO: CESAR PIMENTEL PEREIRA
ADVOGADO: LIVIA MARIA BALBINO
ADVOGADO: CELSO JERONIMO
ADVOGADO: JULIO CESAR DE ALMEIDA MELO
ADVOGADO: DJENANI CRISTINA DOS SANTOS FREITAS
ADVOGADO: GILBERTO CARLOS DA SILVA
ADVOGADO: LUIZ FELIPE RIBEIRO RODRIGUES
ADVOGADO: NELSON DALESE GONCALVES
ADVOGADO: PAULA ROBERTA DE ALMEIDA DIAS
ADVOGADO: JOAO VICTOR FEREIRA BITTENCOURT
ADVOGADO: YARA DA SILVA RODRIGUES
RÉU: UNIÃO FEDERAL (AGU)
ADVOGADO: ENEDINA COSTA CARDOSO
CUSTOS LEGIS: MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO
3ª VARA DO TRABALHO DE BELO HORIZONTE
ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003
AUTOR: SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS FERROVIARIAS DE
BELO HORIZONTE
Vistos os autos.
Convertidos os autos para o meio eletrônico. Os documentos

físicos foram remetidos ao arquivo definitivo.
Recebidos os autos da instância superior para prosseguimento.
Inicialmente, registre-se, conforme já deliberado em diversas

outras oportunidades no presente feito, que o autor da ação é o SINDICATO e, não, os
substituídos, de modo que os sucessivos requerimentos de habilitação de substituídos
apenas tumultuam o feito e dificultam sua tramitação com maior celeridade. A
habilitação é devida, tão somente, na hipótese do art. 687 do CPC, o que não se
verificou no presente caso visto que, como já dito, o autor da ação é o sindicato.
Registra-se a inclusão de prioridade processual na tramitação do

presente feito, nos termos da Lei 10.741/2003 (Estatuto do Idoso).
Em 15/06/2021 foi registrado o trânsito em julgado, mantendo-

se inalterada a decisão proferida pelo Regional em sede de Agravo de Petição em 27/02
/2012, conforme acórdão de lavra da Juíza Convocada Olívia Pinto Coelho (id:e42839c).
Segundo a referida decisão, os cálculos homologados devem ser

retificados nos seguintes termos:
[…] determinar que até a edição da MP n. 353,

de 22.01.2007, que determinou a sucessão da RFFSA
pela União, incidam juros de mora no percentual de
1%, aplicável aos débitos trabalhistas em geral. Após,
há que se limitar o cômputo dos juros de mora ao
percentual de 0,5% a.m. sendo que, a partir de 30/06
/2009, os índices oficiais de juros deverão ser
aqueles aplicados à caderneta de poupança, por
força do disposto no art. 1º-F da Lei 9.494/97, na
redação dada pela Lei 11.960/2009.
Assim, considerando foram homologados os cálculos

apresentados pelo Sindicato Autor, com parecer favorável da Secretaria de Cálculos
Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 12/08/2021 19:06:07 - 84d9be4
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Judiciais deste Regional, conforme id:010665e, intime-se o autor para proceder à

adequação dos cálculos na forma da decisão transitada em julgado, no prazo de 45
dias.
O autor deverá juntar aos autos o resumo dos cálculos, as

planilhas em formato PDF, devidamente nomeadas, observando os termos do
Provimento CR n. 04/2000 e a Resolução CSJT Nº 185, de 24 de março de 2017. As
planilhas eletrônicas para acesso via Excel, LibreOffice Calc ou Google Planilhas,
deverão ser disponibilizadas pelo autor na “nuvem”, com informação do link nos autos
e concessão de acesso a unidade judiciária (varabh3@trt3.jus.br) e à parte contrária,
devendo a AGU informar o endereço de email para tanto, no prazo de até 20 dias.
Após, os autos será aberta vista da atualização dos cálculos para

a União, também pelo prazo de 45 dias, tendo em vista o volume de substituídos,
ocasião em que deverá apontar, se for o caso, eventuais equívocos.
O presente despacho possui força de ofício perante outros

Juízos a fim de propiciar informações sobre a tramitação do presente feito, podendo
ser apresentado por qualquer interessado.
Por fim, considerando o elevado número de substituídos

representados pelo Sindicato Autor, esclareço que pedidos de informações que dizem
respeito aos empregados destinatários dos créditos, bem como requerimentos de
registro de sucessão deverão ser solicitados e repassados diretamente ao autor da
ação. Para este propósito, este Juízo solicita ao autor que informe nos autos os meios
de contato para atendimento dos empregados e herdeiros, no prazo de 10 dias,
preferencialmente endereço de email criado para tal fim.
Intimem-se as partes, por seus procuradores.
BELO HORIZONTE/MG, 12 de agosto de 2021.
MARINA CAIXETA BRAGA

Juiz(a) Titular de Vara do Trabalho
Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 12/08/2021 19:06:07 - 84d9be4
https://pje.trt3.jus.br/pjekz/validacao/21081217265571800000132675037?instancia=1
Número do processo: 0154200-31.1992.5.03.0003
Número do documento: 21081217265571800000132675037
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PODER JUDICIÁRIO
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BELO HORIZONTE
SENTENÇA DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
RELATÓRIO
SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS FERROVIÁRIAS

DE BELO HORIZONTE opôs embargos de declaração ao despacho de Id. 84d9be4,
alegando que está eivado de omissões e obscuridades.
FUNDAMENTOS
Os Embargos de Declaração são conhecidos, posto que opostos

a tempo e modo, estando preenchidas as formalidades legais.
Apreciando a petição da embargante, observo que ela aponta

omissão do Juízo quanto à exclusão de determinados substituídos, em consonância
com a sentença de embargos à execução de Id. 2ce197d, bem como obscuridade
quanto à remissão ao Id 010665 (fl. 6.388 do processo físico), visto que nesse Id não
está a manifestação válida do SLJ, que, na verdade, estaria no Id. 2ce197d (fls. 10002 a
10004 do processo físico).
Pois bem.
Conforme é consabido, cumpre na fase de liquidação/execução

a observância estrita da coisa julgada, o que deverá ser efetivamente realizado pelo
embargante. De toda forma, para evitar dúvidas, esclareço que, nos moldes da
sentença de Id. 2ce197d, não deverão integrar a liquidação, posto que já excluídos, os
substituídos admitidos após abril de 1989, tal como determinado na mencionada
sentença.
Ademais, tem a razão a embargante quanto à remissão

equivocada ao Id. 010665, o que ora corrijo para fazer constatar, no lugar desse, o Id.
2ce197d, mais precisamente folhas 10.002 a 10.004 dos autos físicos, conforme
apontado pelo embargante.
Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 06/09/2021 20:45:30 - 30fef2b
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Portanto, acolho os embargos opostos para aclarar e sanar erro

material.
CONCLUSÃO
Isto posto, o Juízo da 3ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte

resolve admitir e conhecer dos Embargos Declaratórios opostos por SINDICATO DOS
TRABALHADORES EM EMPRESAS FERROVIÁRIAS DE BELO HORIZONTE ao despacho
proferido em Id. 84d9be4, no bojo da ação trabalhista que move em face de UNIÃO
FEDERAL, para julgá-los PROCEDENTES a fim de esclarecer que não serão incluídos na
liquidação os substituídos excluídos na sentença de embargos à execução e para
corrigir erro material naquele a fim de, onde se lê, “Id. 010665”, leia-se, na verdade, “Id.
2ce197d - folhas 10.002 a 10.004 dos autos físicos”, nos termos da fundamentação.
INTIMEM-SE AS PARTES.
BELO HORIZONTE/MG, 06 de setembro de 2021.

Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 06/09/2021 20:45:30 - 30fef2b
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PODER JUDICIÁRIO
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BELO HORIZONTE
RELATÓRIO

DE BELO HORIZONTE opôs embargos de declaração à Sentença de Id. 30fef2b,
alegando a existência de omissão no julgado.
FUNDAMENTOS

O embargante aponta omissão e contradição do Juízo quanto ao

índice de correção e os juros de mora a serem considerados para fins de realização da
atualização dos cálculos.
Com razão.
A fim de se evitar dúvidas quanto ao tema, registro que a

matéria foi assentada quando do julgamento das ADCs nº 58 e 59 pelo Supremo
Tribunal Federal, em 18/12/2020, cujo acórdão foi finalmente publicado em 07/04
/2021, prevendo seu dispositivo o seguinte:
"6. Em relação à fase

extrajudicial, ou seja, a que antecede o ajuizamento
das ações trabalhistas, deverá ser utilizado como
indexador o IPCA-E acumulado no período de
janeiro a dezembro de 2000. A partir de janeiro de
2001, deverá ser utilizado o IPCA-E mensal (IPCA-15
/IBGE), em razão da extinção da UFIR como
indexador, nos termos do art. 29, §3º, da MP 1.973-
67/2000. Além da indexação, serão aplicados os
juros legais (art. 39, caput, da Lei 8.177, de 1991).
Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 30/09/2021 22:45:44 - 21fc3ae
Fls.: 8
7. Em relação à fase judicial,

a atualização dos débitos judiciais deve ser
efetuada pela taxa referencial do Sistema Especial
de Liquidação e Custódia – SELIC, considerando que
ela incide como juros moratórios dos tributos
federais (arts. 13 da Lei 9.065/95; 84 da Lei 8.981
/95; 39, § 4º, da Lei 9.250/95; 61, § 3º, da Lei 9.430
/96; e 30 da Lei 10.522/02). A incidência de juros
moratórios com base na variação da taxa SELIC não
pode ser cumulada com a aplicação de outros
índices de atualização monetária, cumulação que
representaria bis in idem.
8. A fim de garantir
segurança jurídica e isonomia na aplicação do novo
entendimento, fixam-se os seguintes marcos para
modulação dos efeitos da decisão: (i) são reputados
válidos e não ensejarão qualquer rediscussão, em
ação em curso ou em nova demanda, incluindo
ação rescisória, todos os pagamentos realizados
utilizando a TR (IPCA-E ou qualquer outro índice), no
tempo e modo oportunos (de forma extrajudicial ou
judicial, inclusive depósitos judiciais) e os juros de
mora de 1% ao mês, assim como devem ser
mantidas e executadas as sentenças transitadas em
julgado que expressamente adotaram, na sua
fundamentação ou no dispositivo, a TR (ou o IPCA-
E) e os juros de mora de 1% ao mês; ( ii ) os
processos em curso que estejam sobrestados na
fase de conhecimento, independentemente de
estarem com ou sem sentença, inclusive na fase
recursal, devem ter aplicação, de forma retroativa,
da taxa Selic (juros e correção monetária), sob pena
de alegação futura de inexigibilidade de título
judicial fundado em interpretação contrária ao
posicionamento do STF (art. 525, §§ 12 e 14, ou art.
535, §§ 5º e 7º, do CPC.
9. Os parâmetros fixados
neste julgamento aplicam-se aos processos, ainda
que transitados em julgado, em que a sentença não
tenha consignado manifestação expressa quanto
Fls.: 9
aos índices de correção monetária e taxa de juros

(omissão expressa ou simples consideração de
seguir os critérios legais)".
Portanto, o que deve ser analisado é, apenas e tão somente, a

coisa julgada: (a) se ela foi expressa quanto à fixação cumulativa dos juros de mora e
do índice de correção monetária, este comando deve ser respeitado; (b) se a decisão foi
expressa APENAS quanto um ou outro índice (só juros ou só correção), o entendimento
adotado pelo STF possui aplicabilidade imediata. E, a este Juízo cumpre seguir,
rigorosamente, o que foi estabelecido pela Corte Suprema, diante do efeito vinculante
conferido pelo Pretorio Excelso.
No caso em apreço, a sentença proferida em 1º grau de

jurisdição, pelo então Juiz Presidente da 3ª JCJ de BH e atual Ministro do TST, Luis
Philippe Vieira de Mello Filho, estabeleceu, simplesmente, “juros e atualização
monetária na forma da lei”. Na fase de conhecimento, essa foi a única deliberação
sobre o tema.
Posteriormente, após inúmeras idas e vindas na fase de

execução, inclusive com saneamento de nulidades processuais reconhecidas, restou
finalmente decidido, sobre o tema juros e correção monetária, apenas o seguinte:
“até a edição da MP n. 353, de 22.01.2007,

que determinou a sucessão da RFFSA pela União, incidiam juros de
mora no percentual de 1% aplicável aos débitos trabalhistas em
geral. Após há que se limitar o cômputo dos juros de mora ao
percentual de 0,5% a.m. sendo que, a partir de 30.06.2009, os
índices oficiais de juros deverão ser aqueles aplicados à caderneta
de poupança, por força do disposto no art. 1º-F da Lei 9.494/97, na
redação dada pela Lei 11.960/2009”.
O extrato acima foi extraído do acórdão do Egrégio Regional,

proferido em 27/02/2012, que posteriormente transitou em julgado, visto que não foi
modificado pelas decisões posteriores.
Nesse contexto, observo que houve coisa julgada no feito

apenas sobre percentual de juros aplicável, porém não houve nenhuma decisão
expressa sobre o índice de atualização aplicável, o que atrai a aplicação imediata da
deliberação assentada pelo Supremo Tribunal Federal, no bojo das ADCs nº 58 e 59, ou
seja, especificamente no caso em apreço:
Fls.: 10
1- Em relação à fase extrajudicial, ou seja, a

que antecede o ajuizamento da ação, deverá ser utilizado como
indexador o IPCA-E acumulado no período de janeiro a dezembro
de 2000. A partir de janeiro de 2001, deverá ser utilizado o IPCA-E
mensal (IPCA-15/IBGE), em razão da extinção da UFIR como
indexador, nos termos do art. 29, §3º, da MP 1.973-67/2000. Não
incidirão juros em razão do disposto no art. 883 da CLT.
2- a partir da citação, a atualização será

efetuada pela taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e
Custódia – SELIC, considerando que ela incide como juros
moratórios dos tributos federais (arts. 13 da Lei 9.065/95; 84 da Lei
8.981/95; 39, § 4º, da Lei 9.250/95; 61, § 3º, da Lei 9.430/96; e 30 da
Lei 10.522/02), que já abarca os juros e, por isso, não pode ser
cumulada com a aplicação de outros índices.
Portanto, acolho os embargos opostos para sanar a omissão

/contradição, nos termos da fundamentação supra.
CONCLUSÃO

TRABALHADORES EM EMPRESAS FERROVIÁRIAS DE BELO HORIZONTE no bojo da ação
trabalhista que move em face de UNIÃO, para julgá-los PROCEDENTES a fim de
esclarecer que a atualização monetária deverá ser realizada, no presente caso, em
consonância com a decisão proferida pelo STF nas ADCs 58 e 59, incidindo o IPCAe na
fase pré-processual e, a partir da citação, a SELIC (sendo que essa última já abarca os
juros).
Por oportuno, determino que a Secretaria do Juízo exclua, do

processo eletrônico, as manifestações de peticionantes terceiros, ainda que possíveis
substituídos, bem como respectivas solicitações de habilitações, visto que estão
dificultando sobremaneira a manipulação dos autos, acabando por retardar o
andamento do feito. Idêntica medida deverá ser adotada pela Secretaria do Juízo,
quanto aos futuros e eventuais terceiros peticionantes.

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Fls.: 12
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003
BELO HORIZONTE
Vistos etc.
Intime-se a executada para ter vista dos Embargos de

Declaração interpostos pela parte autora, no prazo de 05 dias.
BELO HORIZONTE/MG, 11 de outubro de 2021.
FERNANDA CRISTINE NUNES TEIXEIRA

Juiz(a) do Trabalho Substituto(a)
Assinado eletronicamente por: FERNANDA CRISTINE NUNES TEIXEIRA - Juntado em: 11/10/2021 14:43:18 - 3792fee
Fls.: 13
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003
BELO HORIZONTE
RELATÓRIO

DE BELO HORIZONTE opôs embargos de declaração à Sentença de Id. 21fc3ae,
alegando a existência de omissão e contradição no julgado.
A União manifestou-se em Id. 9f12c71, requerendo a rejeição

dos embargos declaratórios.
FUNDAMENTOS

O embargante aponta omissão e contradição do Juízo quanto ao

índice de correção e os juros de mora a serem considerados para fins de realização da
atualização dos cálculos.
Sem razão, no entanto.
Na sentença embargada, o Juízo deliberou pela aplicação plena

do acórdão proferido em 18/12/2020, pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento
conjunto das ADCs nº 58 e 59 e das ADIs 6.021 e 5.867, publicado em 07/04/2021,
citando o extrato de seu dispositivo, que repito a seguir:
"6. Em relação à fase extrajudicial, ou seja, a que

antecede o ajuizamento das ações trabalhistas, deverá ser utilizado
como indexador o IPCA-E acumulado no período de janeiro a dezembro
de 2000. A partir de janeiro de 2001, deverá ser utilizado o IPCA-E
Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 11/11/2021 12:30:27 - 1fe44dc
Fls.: 14
mensal (IPCA-15/IBGE), em razão da extinção da UFIR como indexador,

nos termos do art. 29, §3º, da MP 1.973-67/2000. Além da indexação,
serão aplicados os juros legais (art. 39, , da Lei 8.177, de 1991).
7. Em relação à fase judicial, a atualização dos

débitos judiciais deve ser efetuada pela taxa referencial do Sistema
Especial de Liquidação e Custódia – SELIC, considerando que ela incide
como juros moratórios dos tributos federais (arts. 13 da Lei 9.065/95; 84
da Lei 8.981/95; 39, § 4º, da Lei 9.250/95; 61, § 3º, da Lei 9.430/96; e 30
da Lei 10.522/02). A incidência de juros moratórios com base na
variação da taxa SELIC não pode ser cumulada com a aplicação de
outros índices de atualização monetária, cumulação que representaria
bis in idem.
8. A fim de garantir segurança jurídica e isonomia

na aplicação do novo entendimento, fixam-se os seguintes marcos para
modulação dos efeitos da decisão: (I) são reputados válidos e não
ensejarão qualquer rediscussão, em ação em curso ou em nova
demanda, incluindo ação rescisória, todos os pagamentos realizados
utilizando a TR (IPCA-E ou qualquer outro índice), no tempo e modo
oportunos (de forma extrajudicial ou judicial, inclusive depósitos
judiciais) e os juros demora de 1% ao mês, assim como devem ser
mantidas e executadas as sentenças transitadas em julgado que
expressamente adotaram, na sua fundamentação ou no dispositivo, a
TR (ou o IPCA-E) e os juros de mora de 1% ao mês; (II) os processos em
curso que estejam sobrestados na fase de conhecimento,
independentemente de estarem com ou sem sentença, inclusive na fase
recursal, devem ter aplicação, de forma retroativa, da taxa Selic (juros e
correção monetária), sob pena de alegação futura de inexigibilidade de
título judicial fundado em interpretação contrária ao posicionamento do
STF (art. 525, §§ 12 e 14, ou art.535, §§ 5º e 7º, do CPC).
9. Os parâmetros fixados neste julgamento

aplicam-se aos processos, ainda que transitados em julgado, em que a
sentença não tenha consignado manifestação expressa quanto aos
índices de correção monetária e taxa de juros (omissão expressa ou
simples consideração de seguir os critérios legais)" (Grifos acrescidos).
Portanto, o Supremo Tribunal Federal, no acórdão acima

destacado, foi claro em frisar que, somente quando a coisa julgada anterior à sua
decisão estabelecesse fixação cumulativa dos juros de mora e do índice de correção
monetária é que ela deveria ser observada, em desprestígio ao novo critério. O Pretorio
Fls.: 15
Excelso estabeleceu, dessa forma, que se a decisão transitada em julgado

anteriormente foi expressa APENAS quanto um ou outro índice (só juros ou só
correção), o novel entendimento do STF possuiria aplicabilidade imediata. E, conforme
decidido na sentença embargada, no caso concreto em exame, apenas havia
deliberação anterior ao citado acórdão do STF, quanto aos juros aplicáveis, mas não
quanto ao índice de atualização. Por consequência, ausente fixação cumulativa nas
decisões transitadas em julgada no presente feito, aplica-se, aqui, de forma imediata o
novo entendimento assentado pelo Supremo Tribunal Federal no bojo das ADCs nº 58
e 59.
Quanto aos índices de atualização aplicáveis anteriormente à

criação da taxa SELIC ou do IPCAe, repiso que o que restou decidido por este Juízo foi a
aplicação, no presente feito, de forma integral e imediata, da decisão proferida com
fincas de repercussão geral, pelo Supremo Tribunal Federal, quando do julgamento
conjunto das ADCs nº 58 e 59 e das ADIs 6.021 e 5.867. E no julgamento dessas a
questão suscitada restou esclarecida quando da prolação do acórdão em sede de
Embargos de Declaração, que assim estabeleceu:
“IV – Inexistência de obscuridade, omissão ou

contradição no acórdão embargado. Em relação às alegações de
obscuridade, omissão ou contradição, apontadas tanto pela Advocacia-
Geral da União quanto pela ANAMATRA, entendo que elas não
procedem, uma vez que as requerentes demonstram mero
inconformismo com a decisão desta Corte. Em relação às supostas
omissões quanto aos índices de correção e juros anteriores à utilização
do IPCA-E e da TAXA SELIC, registro que a questão foi enfrentada pelo
acórdão, devendo o julgador se utilizar do Manual de Orientação de
procedimentos para os cálculos na Justiça Federal”.
Assevero que a decisão com fincas de Repercussão Geral do STF

decidiu pela aplicação, aos débitos trabalhistas, dos índices de atualização aplicáveis
aos débitos cíveis em geral, de onde se extrai a razão para a remissão ao Manual de
Cálculos da Justiça Federal.
O Manual acima destacado encontra-se disponível através do

seguinte endereço eletrônico: https://www.cjf.jus.br/phpdoc/sicom/sicomIndex.php.
Dele se extrai os índices que foram sucedidos pelo IPCAe e pela Selic, com os
respectivos períodos de vigência, conforme se vê de suas folhas 50 a 53 do PDF.
Por todo o exposto, concluo que o embargante pretende, na

verdade, a alteração do entendimento já fixado na sentença embargada, qual seja, de
plena aplicabilidade da decisão de Repercussão Geral sobre o tema (ADC 58 e 59), o
Fls.: 16
que não é viável por intermédio de embargos de declaração.
CONCLUSÃO

TRABALHADORES EM EMPRESAS FERROVIÁRIAS DE BELO HORIZONTE, no bojo da ação
trabalhista que move em face de UNIÃO, para julgá-los IMPROCEDENTES, mantendo
incólume a decisão de aplicação plena, ao presente caso, da decisão proferida pelo
Supremo Tribunal Federal, com fincas de repercussão geral, no bojo das ADCs 58 e 59.
BELO HORIZONTE/MG, 11 de novembro de 2021.

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PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003
BELO HORIZONTE
Vistos etc.
Vista à União dos novos embargos de declaração opostos, pelo

prazo legal.
NATALIA AZEVEDO SENA

Assinado eletronicamente por: NATALIA AZEVEDO SENA - Juntado em: 22/11/2021 18:47:49 - d018235
Fls.: 18
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003
BELO HORIZONTE
RELATÓRIO
SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS FERROVIARIAS

DE BELO HORIZONTE opôs embargos de declaração à decisão de ID. 1fe44dc proferida
no bojo do processo em que contende com UNIÃO FEDERAL, pelas razões que aponta.
Intimada, a União Federal se manifestou em ID. 646F987.
É o relatório.
FUNDAMENTOS
Os Embargos de Declaração são admitidos e conhecidos, posto

que opostos a tempo e modo, estando preenchidas as formalidades legais.
MÉRITO
Omissão
O embargante aponta omissão de manifestação quanto a fatos

e atos processuais, mandamentos da coisa julgada e determinações de julgamentos do
STF que repercutam nos créditos postulados, apontando expressamente o RE870.947,
tema 810, e ADCs 58 e 59, bem como ADIs 6.021 e 5.867 sobre a coisa julgada.
A omissão sanável por meio dos embargos de declaração é

aquela caracterizada pela falta de apreciação de pedido ou questão a respeito da qual
o juízo deveria se manifestar, importando ausência de prestação jurisdicional, o que
não ocorreu.
A literalidade da decisão embargada evidencia que, diante da

ausência de prévia decisão quanto a juros e correção monetária de forma cumulativa, o
juízo entendeu pela aplicabilidade plena e imediata da decisão proferida nas ADCs nº
58 e 59, implicando observância dos parâmetros ali fixados, sem ressalvas, restando,
consequentemente, prejudicados quaisquer outros parâmetros estipulados em
decisões anteriores.
Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 12/01/2022 18:00:51 - 9d5de86
Fls.: 19
A questão, portanto, foi objetivamente apreciada, encerrando-se

a prestação jurisdicional no aspecto.
As razões de embargos evidenciam que o que pretende o

embargante é a revisão dos critérios decisórios, o que importa reanálise do próprio
mérito da questão apontada, sendo inviável, em sede de embargos de declaração, a
modificação do julgado nos moldes pretendidos.
O inconformismo do embargante deve ser veiculado em recurso

próprio.
Considero protelatórios os embargos declaratórios opostos,

para aplicar ao embargante a multa de 0,5% sobre o valor atualizado da causa,
conforme artigo 1.026, parágrafo segundo, do CPC, a se reverter para o FAT.
CONCLUSÃO
Isto posto, resolve o Juízo da 3ª Vara do Trabalho de Belo

Horizonte admitir e conhecer dos Embargos Declaratórios opostos por SINDICATO DOS
TRABALHADORES EM EMPRESAS FERROVIARIAS DE BELO HORIZONTE à decisão
proferida no bojo do processo em que contende com UNIÃO FEDERAL, para julgá-los
IMPROCEDENTES, nos termos da fundamentação.
Aplico ao embargante a multa de 0,5% sobre o valor atualizado

da causa, conforme artigo 1.026, parágrafo Segundo, do CPC, a se reverter para o FAT.
Intimem-se as partes.
BELO HORIZONTE/MG, 12 de janeiro de 2022.

Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 12/01/2022 18:00:51 - 9d5de86
Fls.: 20
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003
BELO HORIZONTE
Vistos etc.
Vista aos agravados, pelo prazo legal.
Após, conclusos.
BELO HORIZONTE/MG, 01 de fevereiro de 2022.

Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 01/02/2022 19:23:50 - be12441
Fls.: 21
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003
BELO HORIZONTE
Vistos e etc.
Por ser próprio e tempestivo, admito o Agravo de Petição

interposto, na forma da lei.
Subam os autos ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 3a.

Região, com as cautelas de praxe e homenagens deste Juízo.

Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 16/02/2022 18:53:59 - 6a7fb73
Fls.: 22
PODER JUDICIÁRIO
GABINETE DE DESEMBARGADOR N. 29
AP 0154200-31.1992.5.03.0003
AGRAVANTE: SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS
FERROVIARIAS DE BELO HORIZONTE
AGRAVADO: UNIÃO FEDERAL (AGU)
Vistos.
Nos moldes do artigo 129, inciso I, alínea "a" do Regimento

Interno deste egrégio Tribunal e do art. 5º da Lei nº 5.584/70, concede-se vista dos
autos ao Ministério Público do Trabalho, para, a seu critério, emitir parecer, no prazo
de 08 dias.
BELO HORIZONTE/MG, 29 de março de 2022.
Maria Cecília Alves Pinto

Desembargador(a) do Trabalho
Assinado eletronicamente por: Maria Cecília Alves Pinto - Juntado em: 29/03/2022 15:30:00 - cabe393
Fls.: 23
PODER JUDICIÁRIO
GABINETE DE DESEMBARGADOR N. 29
AP 0154200-31.1992.5.03.0003
AGRAVANTE: SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS
Vistos, etc.
No que tange aos sucessivos pedidos de substituição

processual, conforme petições de Id d24ee81, 480e8a4, 9f22c65, aa5333d e 2fc02d0,
formulados pelos substituídos, indefiro-os, uma vez que, conforme mencionado pelo d.
juízo a quo no despacho de Id 84d9be4, o autor da ação é o Sindicato e não os
substituídos, não se enquadrando o caso dos autos na hipótese do art. 687 do CPC.
Intimem-se as partes e, após, retornem os autos para inclusão

em pauta de julgamento.
BELO HORIZONTE/MG, 11 de maio de 2022.
Maria Cecília Alves Pinto

Desembargador(a) do Trabalho
Assinado eletronicamente por: Maria Cecília Alves Pinto - Juntado em: 11/05/2022 13:58:21 - 371c7a0
Fls.: 24
PODER JUDICIÁRIO
01ª Turma
PROCESSO nº 0154200-31.1992.5.03.0003 (AP)

AGRAVANTE: SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS FERROVIARIAS DE
BELO HORIZONTE
RELATOR(A): MARIA CECÍLIA ALVES PINTO
EMENTA
AGRAVO DE PETIÇÃO. ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA.

JUROS DE MORA. ADC 58 DO STF. FAZENDA PÚBLICA. ART.
1º-F DA LEI 9.494/1997. Em 18/12/2020, o Pleno do Supremo Tribunal
Federal julgou a ADC 58 e fixou tese vinculante quanto à atualização dos
débitos trabalhistas, determinando a incidência do IPCA-e na fase pré-
judicial, acrescidos os juros previstos no caput do art. 39 da Lei 8.177/91,
nos termos do voto do relator (conforme acórdão publicado em
17.04.2021) e, a partir da citação, a incidência da taxa SELIC (art. 406 do
Código Civil), que engloba correção monetária e juros. Na modulação de
efeitos da decisão, o STF ressalvou que serão preservados os índices
fixados no comando exequendo transitado em julgado. Ficou, ainda,
excluída, de forma expressa, a matéria pertinente aos juros de mora nos
casos de condenações impostas contra a Fazenda Pública. Segundo o voto
do Relator, Ministro Gilmar Mendes, que prevaleceu: "Confere-se
interpretação conforme à Constituição ao art. 879, §7º, e o art. 899, §4º,
da CLT, na redação dada pela Lei 13.467, de 2017, definindo-se que, até
que sobrevenha solução legislativa, deverão ser aplicados à atualização
dos créditos decorrentes de condenação judicial e à correção dos depósitos
recursais em contas judiciais na Justiça do Trabalho os mesmos índices de
correção monetária e de juros vigentes para as hipóteses de condenações
cíveis em geral (art. 406 do Código Civil), à exceção das dívidas da
Fazenda Pública que possui regramento específico (art. 1º-F da Lei 9.494
/1997, com a redação dada pela Lei 11.960/2009), com a exegese
conferida por esta Corte na ADI 4.357, ADI .425, ADI 5.348 e no RE
870.947-RG (tema 810)". MULTA POR EMBARGOS PROTELATÓR
IOS. Não constatado qualquer intuito protelatório por parte da reclamada,
impõe-se a reforma da decisão para afastar a penalidade que lhe foi
imposta na r. sentença de embargos de declaração.
Vistos os autos, relatado e discutido o agravo de petição interposto contra

decisão proferida pelo douto juízo da 3ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte/MG, em que figuram, como
agravantes SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESA FERROVIÁRIA DE BELO
HORIZONTE ecomo agravado UNIÃO FEDERAL (AGU).
Assinado eletronicamente por: Maria Cecília Alves Pinto - 06/06/2022 18:08:45 - bbdd582
https://pje.trt3.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=22051100050176600000151967400
Número do processo: 0154200-31.1992.5.03.0003 ID. bbdd582 - Pág. 1
Fls.: 25
RELATÓRIO
O MM. Juízo da 3ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte/MG, pela r.

decisão de Id 9d5de86, julgou improcedentes os embargos de declaração opostos pelo autor e aplicou ao
embargante multa de 0,5%, sobre o valor atualizado da causa, conforme art. 1.026, §2º do CPC.
Agravo de petição interposto pelo Sindicato-autor (Id 4b5b5d5), versando

sobre juros e correção monetária, bem como pugnando pelo afastamento da multa por embargos
protelatórios.
Contraminuta pela União no Id e2bbf56.
Manifestação do d. MPT no Id 78d925d, no sentido de não haver

necessidade de emissão de parecer circunstanciado, por ausência de interesse público primário.
É o relatório.
VOTO
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
Conheço do agravo de petição interposto pelo Sindicato-autor, por

estarem preenchidos os pressupostos de admissibilidade.
JUÍZO DE MÉRITO
JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA
O agravante insurge-se em face da r. decisão de Id 9d5de86, em que o d.

magistrado de origem julgou improcedentes os embargos de declaração opostos e aplicou multa por
embargos protelatórios à razão de 0,5% sobre o valor atualizado da causa.
Registre-se que o agravante não se conforma, na verdade, com a r. decisão

de Id 21fc3ae que determinou a aplicabilidade imediata da ADC 58, fixando "o IPCAe na fase pré-
processual e, a partir da citação, a SELIC (sendo que essa última já abarca os juros). A referida decisão
foi proferida em sede de embargos de declaração opostos pelo autor, e que, consequentemente, gerou a
oposição de novos embargos de declaração acerca do tema.
O agravante pretende seja retificado o cálculo, de forma que sejam

observadas as decisões já transitadas em julgado (sentença de Id 2ce197d e acórdão de Id e42839c), bem
Fls.: 26
como posteriores decisões do C. STF na ADI 6021 e RE 870947, fixando-se o IPCA-e, a partir da
sucessão trabalhista ocorrida no feito, bem como a Lei nº 9494/97, na redação dada pela Lei nº 11.960
/2009, com fixação de juros de 0,5% a partir da sucessão.
Analiso.
Compulsando os autos, verifica-se que o v. acórdão exequendo (Id

e42839c - pág. 32/33), transitado em julgado, a despeito de não ter fixado expressamente índice de
correção monetária, assim determinou acerca dos juros de mora:
[...] Em se tratando de demanda judicial trabalhista em face a Fazenda Pública, a regra é

a incidência de juros reduzidos, a teor do disposto no art. 1º-F da Lei 9.494/94. Contudo,
na hipótese, a condenação foi imposta originariamente à extinta Rede Ferroviário
Federal, que não usufruía dos privilégios da Fazenda Pública."
[...]
Conheço do agravo e, no mérito, dou-lhe provimento parcial, para determinar que até a
edição da MP n. 353, de 22.01.2007, que determinou a sucessão da RFFSA pela União,
incidam juros de mora no percentual de 1%, aplicável aos débitos trabalhistas em geral.
Após, há que se limitar o cômputo dos juros de mora ao percentual de 0,5% a.m. sendo
que, a partir de 30/06/2009, os índices oficiais de juros deverão ser aqueles aplicados à
caderneta de poupança, por força do disposto no art. 1º-F da Lei 9.494/97, na redação
dada pela Lei 11.960/2009.
Pois bem.
O Supremo Tribunal Federal (STF), na sessão plenária do dia 20 de

setembro de 2017, concluiu o julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 870947, em que se discutiam
os índices de correção monetária e os juros de mora a serem aplicados nos casos de condenações
impostas contra a Fazenda Pública, mantendo o uso do índice de remuneração da poupança, previsto no
art. 1º-F da Lei nº. 9.494/1997, para débitos de natureza não tributária.
Para as causas de natureza tributária, ficou definido que deverá ser usado
o mesmo índice adotado pelo Fisco para corrigir os débitos dos contribuintes, que hoje é a taxa Selic, a
fim de se preservar o princípio da isonomia, sem qualquer modulação de efeitos ((RE 870947 - Número
Único: 0003286-92.2014.4.05.9999 - RECURSO EXTRAORDINÁRIO - Origem: SE - SERGIPE
Relator: MIN. LUIZ FUX - Redator do acórdão: Relator do último incidente: MIN. LUIZ FUX (RE-ED-
ED-segundos).
De acordo com o relator, o ministro Luiz Fux:
O artigo 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada pela Lei 11.960/2009, na parte em
que disciplina os juros moratórios aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é
inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de relação jurídico-tributária, aos quais
devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a Fazenda Pública remunera
seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia (CRFB, art. 5º,
caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos
jurosmoratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é
Fls.: 27
constitucional, permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no artigo 1º-F da Lei

9.494/1997 com a redação dada pela Lei 11.960/2009.
A matéria foi sedimentada no âmbito deste Regional, por meio da Tese

Jurídica Prevalecente n. 12 deste Eg. Regional:
CONDENAÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA (ECT). JUROS DE MORA PREVISTOS

NO ART. 1°-F DA LEI N. 9.494/97. INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL.
CRÉDITO JURÍDICO TRIBUTÁRIO. Aplica-se o índice da caderneta de poupança aos
juros de mora incidentes nas condenações impostas diretamente à Fazenda Pública(ECT)
oriundas de crédito trabalhista, inclusive na hipótese de responsabilidade subsidiária,
conforme art. 1°-F da Lei n. 9.494/97. A decisão proferida pelo Supremo Tribunal
Federal, no julgamento das ADls n. 4.425/DF e 4.357/DF, restringe-se a créditos de
natureza jurídico-tributária. (RA 178/2016, disponibilização: DEJT/TRT3/Cad. Jud. 31
/08/2016, 1º e 02/09/2016).
Posteriormente, no julgamento proferido pelo STF na ADI 5348/DF,

relatora Ministra Carmen Lúcia, foi feita menção expressa às teses de repercussão geral fixadas pelo
Plenário do STF por ocasião do julgamento do RE 870.947, sendo elas transcritas naquele julgado e aqui
reproduzidas (grifos acrescidos):
1) O artigo 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada pela Lei 11.960/2009, na parte
em que disciplina os juros moratórios aplicáveis a condenações da Fazenda Pública, é
inconstitucional ao incidir sobre débitos oriundos de relação jurídico-tributária, aos quais
devem ser aplicados os mesmos juros de mora pelos quais a Fazenda Pública remunera
seu crédito tributário, em respeito ao princípio constitucional da isonomia (CRFB, art. 5º,
caput); quanto às condenações oriundas de relação jurídica não-tributária, a fixação dos
juros moratórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança é
constitucional, permanecendo hígido, nesta extensão, o disposto no artigo 1º-F da Lei
9.494/1997 com a redação dada pela Lei 11.960/2009; 2) O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97,
com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, na parte em que disciplina a atualização
monetária das condenações impostas à Fazenda Públicasegundo a remuneração oficial da
caderneta de poupança, revela-se inconstitucional ao impor restrição desproporcional ao
direito de propriedade (CRFB, art. 5º, XXII), uma vez que não se qualifica como medida
adequada a capturar a variação de preços da economia, sendo inidônea a promover os
fins a que se destina.
Assim, a decisão proferida na ADI 5348/DF foi:
Decisão: O Tribunal, por maioria, julgou procedente o pedido formulado na ação direta
para declarar a inconstitucionalidade do art. 1º-F da Lei nº 9.494/1997, alterado pela Lei
nº 11.960/2009, na parte em que se estabelece a aplicação dos índices da caderneta de
poupança como critério de atualização monetária nas condenações da Fazenda Pública,
nos termos do voto da Relatora, vencido o Ministro Gilmar Mendes. Plenário, Sessão
Virtual de 1.11.2019 a8.11.2019.
Portanto, por força dos julgamentos das ADI 4.357/DF e 5348/DF e do

RE 870947/SE (STF, Tema 810), o credor da Fazenda Pública, para as dívidas de natureza tributária,
conta com correção monetária pelo IPCA-E, acrescidos de juros moratórios (taxa SELIC). O credor
trabalhista da Fazenda Pública, por sua vez, a partir destes julgamentos, conta com a correção monetária
pelo IPCA-E, e o juros, desde o ajuizamento da ação (CLT, 883), estes fixados sobre o índice de
Fls.: 28
remuneração da caderneta de poupança (Lei 9.494/97, 1º-F). Os juros, em qualquer circunstância,

seguem devidos até o pagamento do precatório - excluída a incidência de juros no período de graça
constitucional (CF, 100).
O julgamento das ADCs 58 e 59, em 18/12/2020, pelo Pleno do Supremo

Tribunal Federal, trouxe inovação no critério de atualização dos créditos trabalhistas, oportunidade em
que se fixou a seguinte tese vinculante:
O Tribunal, por maioria, julgou parcialmente procedente a ação, para conferir

interpretação conforme à Constituição ao art. 879, § 7º, e ao art. 899, § 4º, da CLT, na
redação dada pela Lei 13.467 de 2017, no sentido de considerar que à atualização dos
créditos decorrentes de condenação judicial e à correção dos depósitos recursais em
contas judiciais na Justiça do Trabalho deverão ser aplicados, até que sobrevenha solução
legislativa, os mesmos índices de correção monetária e de juros que vigentes para as
condenações cíveis em geral, quais sejam a incidência do IPCA-E na fase pré-judicial e,
a partir da citação, a incidência da taxa SELIC (art. 406 do Código Civil), nos termos do
voto do Relator, vencidos os Ministros Edson Fachin, Rosa Weber, Ricardo
Lewandowski e o Ministro Marco Aurélio, que, preliminarmente, julgava extinta a ação,
sem apreciação da matéria de fundo, ante a ilegitimidade ativa da requerente, e, vencido,
acompanhava, no mérito, o voto divergente do Ministro Edson Fachin.
Por maioria, o Tribunal modulou, ainda, os efeitos da decisão, ao

entendimento de que:
(i) são reputados válidos e não ensejarão qualquer rediscussão (na ação em curso ou em
nova demanda, incluindo ação rescisória) todos os pagamentos realizados utilizando a
TR (IPCA-E ou qualquer outro índice), no tempo e modo oportunos (de forma
extrajudicial ou judicial, inclusive depósitos judiciais) e os juros de mora de 1% ao mês,
assim como devem ser mantidas e executadas as sentenças transitadas em julgado que
expressamente adotaram, na sua fundamentação ou no dispositivo, a TR (ou o IPCA-E) e
os juros de mora de 1% ao mês; (ii) os processos em curso que estejam sobrestados na
fase de conhecimento (independentemente de estarem com ou sem sentença, inclusive na
fase recursal) devem ter aplicação, de forma retroativa, da taxa Selic (juros e correção
monetária), sob pena de alegação futura de inexigibilidade de título judicial fundado em
interpretação contrária ao posicionamento do STF (art. 525, §§ 12 e 14, ou art. 535, §§ 5º
e 7º, do CPC) e (iii) igualmente, ao acórdão formalizado pelo Supremo sobre a questão
dever-se-á aplicar eficácia erga omnes e efeito vinculante, no sentido de atingir aqueles
feitos já transitados em julgado desde que sem qualquer manifestação expressa quanto
aos índices de correção monetária e taxa de juros(omissão expressa ou simples
consideração de seguir os critérios legais), vencidos os Ministros Alexandre de Moraes e
Marco Aurélio, que não modulavam os efeitos da decisão. Impedido o Ministro Luiz Fux
(Presidente). Presidiu o julgamento a Ministra Rosa Weber (Vice-Presidente). Plenário,
18.12.2020 (Sessão realizada por videoconferência - Resolução 672/2020/STF).
Veja-se que a decisão acima transcrita estabeleceu, quanto aos créditos

trabalhistas, "a incidência do IPCA-e na fase pré-judicial e, a partir da citação, a incidência da taxa
SELIC (art. 406 do Código Civil)", incluídos neste índice a correção monetária e também os juros
moratórios, não mais havendo cogitar de incidência de juros de 1% ao mês, ao menos até que sobrevenha
previsão legislativa em sentido contrário.
Contudo, no julgamento das ADCs 58 e 59, em 18/12/2020, foi excluída,

de forma expressa, a matéria pertinente aos juros de mora nos casos de condenações impostas contra a
Fls.: 29
Fazenda Pública. Segundo o voto do Relator, Ministro Gilmar Mendes, que prevaleceu: "Confere-se
interpretação conforme à Constituição ao art. 879, §7º, e o art. 899, §4º, da CLT, na redação dada pela
Lei 13.467, de 2017, definindo-se que, até que sobrevenha solução legislativa, deverão ser aplicados à
atualização dos créditos decorrentes de condenação judicial e à correção dos depósitos recursais em
contas judiciais na Justiça do Trabalho os mesmos índices de correção monetária e de juros vigentes para
as hipóteses de condenações cíveis em geral (art. 406 do Código Civil), à exceção das dívidas da
Fazenda Pública que possui regramento específico (art. 1º-F da Lei 9.494/1997, com a redação dada
pela Lei 11.960/2009), com a exegese conferida por esta Corte na ADI 4.357, ADI .425, ADI 5.348 e
no RE 870.947-RG (tema 810)" - grifos acrescidos.
Assim, mesmo após a decisão adotada pelo Pleno do STF nas ADCs 58 e
59, subsiste um fator de discrímen (distinguishing) acerca dos juros de mora em relação aos entes
públicos, que é consubstanciado na tese de repercussão geral firmada pelo STF no julgamento do RE
870947: "TEMA 810 - Validade da correção monetária e dos juros moratórios incidentes sobre as
condenações impostas à Fazenda Pública, conforme previstos no art. 1º-F da Lei 9.494/1997, com a
redação dada pela Lei 11.960/2009".
Destarte, os juros de mora da Fazenda Pública seguem aplicáveis na

forma disciplinada pelo art. 1º-F da Lei n. 9494/97, com a redação dada pela Lei nº 11.960/09, porque a
natureza da relação jurídica, no caso, é de caráter não tributário, tudo sem prejuízo da correção
monetária, com a incidência do IPCA-e.
Nesse sentido decidiu recentemente o Pleno deste TRT/3ª Região, em

sessão realizada no dia 08.04.2021, processo n. 01655-1989-016-03-00-6-AgR, que teve como relator o
Exmo. Desembargador José Marlon de Freitas, cuja ementa segue abaixo:
EMENTA: FAZENDA PÚBLICA DEVEDORA. CRÉDITO TRABALHISTA

TÍPICO. CRITÉRIOS DE CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA.
ADIs 4357, 4425, 5348, RE 870.947 e ADC 58. Ao crédito trabalhista típico de
responsabilidade da Fazenda Pública aplica-se para fins de apuração da correção monet
ária e juros de mora o entendimento vazado pelo e. STF no julgamento das ADIs 4.357,
4.425, 5.348 e do RE 870.947 (Tema 810), conforme expressamente ressalvado no
julgamento da ADC 58, a teor do item 5 da ementa do r. acórdão publicado em
07.04.2021, verbis:"Confere-se interpretação conforme à Constituição ao art. 879, §7º, e
ao art. 899, §4º, da CLT, na redação dada pela Lei 13.467, de 2017, definindo-se que, até
que sobrevenha solução legislativa, deverão ser aplicados à atualização dos créditos
decorrentes de condenação judicial e à correção dos depósitos recursais em contas
judiciais na Justiça do Trabalho os mesmos índices de correção monetária e de juros
vigentes para as hipóteses de condenações cíveis em geral (art. 406 do Código Civil), à
exceção das dívidas da Fazenda Públicaque possui regramento específico (art. 1º-F da
Lei 9.494/1997, com a redação dada pela Lei 11.960/2009), com a exegese conferida por
esta Corte na ADI 4.357, ADI 4.425, ADI 5.348 e no RE 870.947-RG (tema 810)".
Ante o exposto, em se tratando de débito da Fazenda Pública, a correção

monetária deve se dar pelo IPCA-E, e os juros, desde o ajuizamento da ação (art. 883 da CLT), estes
Fls.: 30
fixados conforme o v. acórdão de Id e42839c, e em conformidade com o tema 810 do C. STF, quais
sejam: "1% ao mês até a edição da MP n. 353, de 22.01.2007, que determinou a sucessão da RFFSA pela
União e, após, limitados ao percentual de 0,5% a.m. sendo que, a partir de 30/06/2009, os índices oficiais
de juros deverão ser aqueles aplicados à caderneta de poupança, por força do disposto no art. 1º-F da
Lei 9.494/97, na redação dada pela Lei 11.960/2009."
Provimento nestes termos.
MULTA POR EMBARGOS PROTELATÓRIOS
Pugna o agravante pela exclusão da multa a que fora condenado em

primeiro grau, no importe de 0,5% sobre o valor atualizado da causa.
Analiso.
Após a leitura dos embargos de declaração opostos pelo autor (Id

19f30a2), não vislumbrei intuito protelatório, uma vez que apenas pretendeu discutir eventual
desconformidade dos cálculos em relação ao comando exequendo, quanto aos juros e correção monetária.
Nesse contexto, com a devida vênia ao entendimento adotado na origem,

entendo inaplicável a multa prevista no art. 1.026, parágrafo único/CPC.
O autor, com a oposição dos embargos, apenas se valeu dos meios legais
existentes para a defesa de seus direitos e interesses, não restando caracterizado intuito protelatório.
Do exposto, confiro provimento ao recurso para excluir da condenação a

multa por embargos considerados protelatórios.
Conclusão
A d. 1ª Turma conheceu do agravo de petição e, no mérito, deu-lhe

provimento para: a) determinar que a correção monetária deve se dar pelo IPCA-E, e os juros, desde o
ajuizamento da ação (art. 883 da CLT), fixados conforme o v. acórdão de Id e42839c, e em conformidade
com o tema 810 do C. STF, quais sejam: "1% ao mês até a edição da MP n. 353, de 22.01.2007, que
determinou a sucessão da RFFSA pela União e, após, limitados ao percentual de 0,5% a.m. sendo que, a
partir de 30/06/2009, os índices oficiais de juros deverão ser aqueles aplicados à caderneta de
poupança, por força do disposto no art. 1º-F da Lei 9.494/97, na redação dada pela Lei 11.960/2009.";
b) excluir da condenação a multa por embargos considerados protelatórios.
Fls.: 31
Custas no importe de R$44,26 (quarenta e quatro reais e vinte e seis

centavos), pela executada, imune.
Acórdão
FUNDAMENTOS PELOS QUAIS,
O Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Região, em Sessão

Ordinária Híbrida da Primeira Turma, hoje realizada, julgou o presente processo e, preliminarmente, à
unanimidade, conheceu do agravo de petição; no mérito, sem divergência, deu-lhe provimento para: a)
determinar que a correção monetária deve se dar pelo IPCA-E, e os juros, desde o ajuizamento da ação
(art. 883 da CLT), fixados conforme o v. acórdão de Id e42839c, e em conformidade com o tema 810 do
C. STF, quais sejam: "1% ao mês até a edição da MP n. 353, de 22.01.2007, que determinou a sucessão
da RFFSA pela União e, após, limitados ao percentual de 0,5% a.m. sendo que, a partir de 30/06/2009, os
índices oficiais de juros deverão ser aqueles aplicados à caderneta de poupança, por força do disposto no
art. 1º-F da Lei 9.494/97, na redação dada pela Lei 11.960/2009."; b) excluir da condenação a multa por
embargos considerados protelatórios. Custas no importe de R$44,26 (quarenta e quatro reais e vinte e
seis centavos), pela executada, imune.
Tomaram parte no julgamento os Exmos. Desembargadores: Maria

Cecília Alves Pinto (Relatora), Adriana Goulart de Sena Orsini (Presidenta) e Luiz Otávio Linhares
Renault.
Participou do julgamento, a Exma. representante do Ministério Público do

Trabalho, Dra. Júnia Castelar Savaget.
Sustentação oral: Advogado Orlando José de Almeida, pelo reclamante.
Julgamento realizado em Sessão Híbrida, em cumprimento à Resolução

TRT3 - GP nº 208, de 12 de novembro de 2021.
Belo Horizonte, 03 de junho de 2022.
Assinatura
MARIA CECÍLIA ALVES PINTO
Relatora
Fls.: 32
pfas/R
Fls.: 33
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003
BELO HORIZONTE
Vistos etc.
Considerando a complexidade e extensão dos cálculos, intime-

se o Sindicato autor para adequação dos cálculos às decisões proferidas, no prazo de
60 dias (art. 104, §5º do PROVIMENTO GERAL CONSOLIDADO DO TRT DA 3ª REGIÃO).
Intime-se a União para ciência.
BELO HORIZONTE/MG, 19 de julho de 2022.
MARCEL LUIZ CAMPOS RODRIGUES

Assinado eletronicamente por: MARCEL LUIZ CAMPOS RODRIGUES - Juntado em: 19/07/2022 09:34:07 - 9dd721e
Certificado por TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3 REGIAO:01298583000141
Fls.: 34
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003
BELO HORIZONTE
Vistos etc.
Retornem-se os autos à SECJ considerando que o link de acesso

e senha foram encaminhados por email em 10/10/2022 e reenviados nesta data.
BELO HORIZONTE/MG, 05 de dezembro de 2022.
LUCIENE TAVARES TEIXEIRA SCOTELANO

Juíza do Trabalho Substituta
Assinado eletronicamente por: LUCIENE TAVARES TEIXEIRA SCOTELANO - Juntado em: 05/12/2022 10:01:14 - 09a73fe
Fls.: 35
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003
BELO HORIZONTE
Vistos etc.
Diante das informações trazidas pela SECJ, id e695ba9, intime-se

o Sindicato autor para apresentar, em até 20 dias, contracheques dos substituídos do
período de julho/1987 a dezembro/1987, numa amostragem total de 52 substituídos,
sendo 26 da ativa e 26 inativos, um por cada letra do alfabeto, inclusive contracheques
de diferenças salariais suplementares recebidas no período, a fim de aferir se já houve
o pagamento do reajuste mencionado na referida promoção.
Esclarece-se que a determinação acima não tem por escopo

verificar compensação, que já é objeto de coisa julgada, mas sim aferir e evitar
duplicidade de pagamento.
Após, retornem os autos à SECJ para manifestação.
As partes serão oportunamente intimadas, após a manifestação

do SECJ.

Juíza Titular de Vara do Trabalho
Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 13/02/2023 14:42:46 - f389f56
Fls.: 36
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003
BELO HORIZONTE
Vistos e etc.
Os Embargos de Declaração são instrumento processual de

cabimento restrito às hipóteses capituladas no artigo 1.022 do CPC, a saber,
contradição, obscuridade, omissão e erro material.
No caso em apreço, não vislumbro quaisquer dessas

modalidades de vício a inquinar o despacho embargado. O que a parte autora
manifesta, em sua petição de id. 96f2ef8, é sua discordância com o despacho exarado,
pretendendo sua reconsideração.
Assim, improcedem os embargos aviados. Por consequência,

conheço dos embargos aviados pelo autor em id. 96f2ef8, em face do despacho de id.
f389f56, e, no mérito, NEGO-LHES PROVIMENTO.
Apreciando a petição de id. 96f2ef8 como pedido de

reconsideração, considero razoável a ponderação do sindicato autor quanto à
dificuldade de localizar substituídos que detenham os contracheques do período de
julho/1987 a dezembro/1987, em razão do decurso do tempo. As demais questões
suscitadas serão oportunamente apreciadas. Logo, revejo parcialmente o despacho de
id. 96f23f8 para eximir o Sindicato autor da apresentação dos documentos em
questão.
Consequentemente, considerando as informações relatadas

pela SECJ em id. e695ba9, reverto para a União o prazo de até 20 dias para apresentar
os documentos elencados no primeiro parágrafo do despacho de id. f389f56.
Ainda em razão das informações relatadas pela SECJ em id.

e695ba9, determino a intimação do MPT para que, caso entenda ser o caso, atue no
feito (art. 83 e 84 da LC 75/93). A Secretaria do Juízo deverá cadastrar o MPT como
terceiro interessado.
Intimem-se as partes e o MPT.
Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 01/03/2023 16:01:49 - 9bb072c
Fls.: 37

Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 01/03/2023 16:01:49 - 9bb072c
Fls.: 38
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003
BELO HORIZONTE
Vistos etc.
Defiro a dilação de prazo solicitada pela reclamada, por 30 dias.
BELO HORIZONTE/MG, 12 de abril de 2023.

Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 12/04/2023 14:08:31 - f6aa2f6
Fls.: 39
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003
BELO HORIZONTE
Vistos etc.
Vista ao Sindicato autor da exceção de pré-executividade oposta

pela União, pelo prazo de 05 dias.

Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 19/05/2023 17:34:07 - 033e10b
Fls.: 40
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003
BELO HORIZONTE
Vistos os autos.
Privilegiando-se o princípio do contraditório e da conciliação,

designo audiência para o dia 07/06/2023 às 13h35, a ser realizada de forma
PRESENCIAL, na sede da 3ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, situada na RUA DOS
GOYTACAZES, 1475, 5º ANDAR, BARRO PRETO.
Intimem-se as partes para comparecimento.
Dê-se ciência ao MPT.

Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 22/05/2023 17:18:32 - fea6666
Fls.: 41
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003
BELO HORIZONTE
Vistos etc.
Mantenho a audiência designada, oportunidade em que será

apreciado o requerimento da União, id 4a20367.
BELO HORIZONTE/MG, 06 de junho de 2023.

Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 06/06/2023 12:23:00 - 9352601
Fls.: 42
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003
RECLAMANTE: SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS
RECLAMADO: UNIÃO FEDERAL (AGU)
ATA DE AUDIÊNCIA
Em 7 de junho de 2023, na sala de sessões da MM. 3ª VARA DO

TRABALHO DE BELO HORIZONTE, sob a direção do(a) Exmo(a). Sr(a). Juiz(a) do
Trabalho MARINA CAIXETA BRAGA, realizou-se audiência relativa à Ação Trabalhista -
Rito Ordinário número 0154200-31.1992.5.03.0003, supramencionada. Registre-se
presença física da Juíza e da Secretária de audiências no Fórum.
Às 14:27, aberta a audiência, foram apregoadas as partes.
Presente a parte autora SINDICATO DOS TRABALHADORES EM

EMPRESAS FERROVIARIAS DE BELO HORIZONTE, representado(a) pelo(a)
representante sindical Sr.(a) Daniel Anderson Stanislao, acompanhado(a) de seu(a)
advogado(a), Dr(a). ORLANDO JOSE DE ALMEIDA, OAB 0050780/MG e Dra. NILMA
REGINA SANCHES OAB/RS 40627/MG.
Presente a parte ré UNIÃO FEDERAL (AGU), representado(a) pelo(a)

calculista Sr.(a) Newton da Silva Arruda, acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr
(a). Andreia Cristiane Serrano, OAB 81873/MG e Dra. Elisa Braga OAB 128464/MG .
Inicialmente, tratou-se das questões pertinentes aos cálculos dos

trabalhadores inativos, afim de se verificar viabilidade de acordo processual quanto
ao tema, sendo que ouvidas ambas as partes, concluiu-se que não há possibilidade
de composição no tópico, visto que o sindicato entende que transmutou-se a
obrigação de extrair comandos em obrigação de pagar, com o que não concorda em
absoluto a União Federal.
Passou-se, então, a tratar da possibilidade de composição quanto aos

cálculos dos trabalhadores ativos, sendo que no ponto ambas as partes noticiaram
que haveria interesse, em teoria, numa composição, porém, sem apresentarem
números. A título de sugestão, o Juízo formulou proposta no sentido de decote de
30% do valor líquido, considerando os cálculos homologados em 25/08/2008, ocasião
em que o total bruto atualizado até 31/07/2008 para os ativos era de
R$171.815.416,31, sendo que a atualização do montante até a época do pagamento
seguirá critérios que eventualmente serão fixados na composição.
Considerando-se as manifestações pendentes de apreciação, é certo

que ainda não há deliberação judicial quanto à atualização de cálculos apresentada
pelo Sindicato. No entanto, sem que haja cunho decisório e no simples intuito de se
Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 07/06/2023 18:28:40 - 5e9ef53
Fls.: 43
avançar nas tratativas conciliatórias, e afim de simulação de atualização do cálculo

homologado em 25/08/2008, o juízo sugere a consideração dos seguintes critérios:
1 observância dos critérios fixados na ADC58 quanto ao índice de

atualização monetária relativamente ao período anterior à existência do IPCA-E,
adoção da Tabela da Justiça Federal, com observância a partir de então do IPCA-E nos
moldes já transitados em julgado;
2 observância da decisão transitada em julgado em 2022 quanto a

critério de juros;
3 observância da atualização pelo mês subsequente ao do

pagamento, nos termos da Súmula 381 do TST.
Ainda no intuito de viabilizar a composição, o Juízo solicita ao SCLJ a

simulação de atualização segundo os critérios ora sugeridos pelo juízo, no prazo de
10 dias, sendo que em seguida será aberta vista às partes afim de que possam levá-
los apenas para negociação.
A partir da concessão da vista, defere-se às partes o prazo de 30 dias

para que manifestem nos autos sobre a possibilidade de composição segundo os
critérios ora sugeridos.
Suspendeu-se.
Audiência encerrada às 15:56h.

Juiz(a) do Trabalho
Ata redigida por DANIELA TAVARES LIMA, Secretário(a) de Audiência.
Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 07/06/2023 18:28:40 - 5e9ef53
Fls.: 44
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003
BELO HORIZONTE
Vistos etc.
A fim de possibilitar a simulação dos cálculos sugeridos pelo

Juízo na ata de audiência id 5e9ef53, intime-se o Sindicato autor para fornecer, no
prazo de 05 dias, link de acesso a arquivo eletrônico referente ao CD-ROM 3, juntado
aos autos físicos às ff. 8579.
Após, retornem-se os autos à SECJ.
BELO HORIZONTE/MG, 21 de junho de 2023.

Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 21/06/2023 15:34:51 - 3adbdf5
Fls.: 45
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003
BELO HORIZONTE
Vistos e etc.
Defiro a dilação de prazo solicitada pela Contadoria, por 15 dias.
BELO HORIZONTE/MG, 18 de julho de 2023.
AUGUSTO PESSOA DE MENDONCA E ALVARENGA

Juiz do Trabalho Substituto
Assinado eletronicamente por: AUGUSTO PESSOA DE MENDONCA E ALVARENGA - Juntado em: 18/07/2023 15:09:08 - 2eeafe4
Fls.: 46
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003
BELO HORIZONTE
Vistos etc.
Intimem-se as partes para, no prazo de 30 dias, se

manifestarem sobre a possibilidade de composição segundo os critérios sugeridos em
ata de audiência e a simulação apresentada pela SECJ.
Ficam as partes cientes que, em caso de discordância, deverão

apresentar contraproposta.
BELO HORIZONTE/MG, 01 de agosto de 2023.

Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 01/08/2023 17:14:26 - cdee229
Fls.: 47
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003
BELO HORIZONTE
Vistos.
Considerando a manifestação do sindicato autor de id:08ef980,

defiro o pedido de suspensão do feito pelo prazo de 60 dias para tentativa de
conciliação entre as partes.
Intimem-se.

Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 19/09/2023 19:32:20 - 8c74462
Fls.: 48
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003
BELO HORIZONTE
Vistos.
Intime-se o sindicato autor para vista do pedido da ré de id:

ae2d49c.

Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 28/09/2023 16:21:12 - f2836b6
Fls.: 49
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003
BELO HORIZONTE
Vistos etc.
Oficie-se ao MM. Juízo 1ª Vara de Família da Comarca de Montes

Claros, com referência aos autos 5022051-10.2021.8.13.0433 informando que o
processo n. 0154200-31.1992.5.03.0003 trata-se de ação interposta pelo Sindicato dos
Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Belo Horizonte contra a União Federal,
com aproximadamente 70 mil substituídos, não havendo nos autos cálculos finais de
liquidação individualizados por substituído.
Dessa forma, não há como saber se GERSON ALVES LUIZ terá ou

não crédito a receber, informação que só pode ser fornecida pela entidade sindical.
Por medida de economia e celeridade, confiro força de OFÍCIO

ao presente despacho, o qual deverá ser remetido via malote digital.
Apresento a V.Exa. protestos de elevada estiva e consideração,

colocando-me à disposição para quaisquer outras informações ou complementação
das ora prestadas.
Retorne-se ao controle de sobrestamento.
BELO HORIZONTE/MG, 30 de outubro de 2023.

Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 30/10/2023 13:31:54 - ab3c807
Fls.: 50
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003
BELO HORIZONTE
Vistos etc.
Oficie-se ao MM. Juízo 1ª Vara da Comarca de Cachoeiras de

Macacu (TJ/RJ), com referência aos autos 0000031-69.1969.8.19.0012, informando que o
processo n. 0154200-31.1992.5.03.0003 trata-se de ação interposta pelo Sindicato dos
Dessa forma, não há como saber se ALMIR FERREIRA DE

MESQUITA terá ou não crédito a receber, informação que só pode ser fornecida pela
entidade sindical.


das ora prestadas.

Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 28/11/2023 15:53:15 - a0fe873
Fls.: 51
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003
BELO HORIZONTE
Vistos etc.
Decorrido o prazo da suspensão solicitada (id 8c74462), intimem-

se as partes para requererem o que entender de direito, no prazo de 05 dias.
Decorrido, in albis, façam os autos conclusos para julgamento

da exceção de pré-executividade (id f5da3d1).

Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 22/01/2024 16:56:41 - 8bdc632
Fls.: 52
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003
BELO HORIZONTE
Vistos etc.
Defiro a prorrogação da suspensão processual para tratativas

conciliatórias, conforme solicitado pelo Sindicato autor, por mais 30 dias.

Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 26/01/2024 18:39:03 - 8df4460
Fls.: 53
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003
BELO HORIZONTE
Vistos etc.
Defiro o novo pedido de suspensão solicitado pelo Sindicato

autor, por mais 30 dias.
Oficie-se ao MM. Juízo 1ª Vara da Comarca de Três Rios (TJ/RJ),

com referência aos autos 0007561-12.2022.8.19.0063, informando que o processo n.
0154200-31.1992.5.03.0003 trata-se de ação interposta pelo Sindicato dos
Dessa forma, não há como saber se AROLDO BENTO DE

MEDEIROS FILHO terá ou não crédito a receber, informação que só pode ser fornecida
pela entidade sindical.


das ora prestadas.

Assinado eletronicamente por: MARINA CAIXETA BRAGA - Juntado em: 18/03/2024 17:39:14 - 38b869a
SUMÁRIO
Documentos
Data da
Id. Documento Tipo
Assinatura
84d9be4 12/08/2021 19:06 Despacho Despacho
30fef2b 06/09/2021 20:45 Sentença Sentença
21fc3ae 30/09/2021 22:45 Sentença Sentença
3792fee 11/10/2021 14:43 Vista embargos de declaração Despacho
1fe44dc 11/11/2021 12:30 Sentença Sentença
d018235 22/11/2021 18:47 Despacho Despacho
9d5de86 12/01/2022 18:00 Sentença Sentença
be12441 01/02/2022 19:23 Despacho vista AP Despacho
6a7fb73 16/02/2022 18:53 Recebimento de Recurso(s) Decisão
cabe393 29/03/2022 15:30 Despacho Despacho
371c7a0 11/05/2022 13:58 Despacho Despacho
bbdd582 06/06/2022 18:08 Acórdão Acórdão
9dd721e 19/07/2022 09:34 Despacho Despacho
09a73fe 05/12/2022 10:01 Despacho Despacho
f389f56 13/02/2023 14:42 Despacho Despacho
9bb072c 01/03/2023 16:01 Sentença Sentença
f6aa2f6 12/04/2023 14:08 dilação de prazo Despacho
033e10b 19/05/2023 17:34 Despacho Despacho
fea6666 22/05/2023 17:18 Designa audiência Despacho
9352601 06/06/2023 12:23 Despacho Despacho
5e9ef53 07/06/2023 18:28 Ata da Audiência Ata da Audiência
3adbdf5 21/06/2023 15:34 Despacho Despacho
2eeafe4 18/07/2023 15:09 Despacho Despacho
cdee229 01/08/2023 17:14 Despacho Despacho
8c74462 19/09/2023 19:32 Decisão suspensão do feito - tentativa de conciliação Decisão
f2836b6 28/09/2023 16:21 Decisão Decisão
ab3c807 30/10/2023 13:31 Ofício_Sobrestamento Decisão
a0fe873 28/11/2023 15:53 Ofício Decisão
8bdc632 22/01/2024 16:56 Despacho Despacho
8df4460 26/01/2024 18:39 Suspensão Decisão
38b869a 18/03/2024 17:39 Ofício_sobrestamento. Decisão

ATOrd 0154200-31.1992.5.03.0003 1grau

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Ação Trabalhista - Rito Ordinário

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 12/06/1992

Convertidos os autos para o meio eletrônico. Os documentos

Recebidos os autos da instância superior para prosseguimento.

Inicialmente, registre-se, conforme já deliberado em diversas

Registra-se a inclusão de prioridade processual na tramitação do

Em 15/06/2021 foi registrado o trânsito em julgado, mantendo-

Segundo a referida decisão, os cálculos homologados devem ser

[…] determinar que até a edição da MP n. 353,

Assim, considerando foram homologados os cálculos

Judiciais deste Regional, conforme id:010665e, intime-se o autor para proceder à

O autor deverá juntar aos autos o resumo dos cálculos, as

Após, os autos será aberta vista da atualização dos cálculos para

O presente despacho possui força de ofício perante outros

Por fim, considerando o elevado número de substituídos

Intimem-se as partes, por seus procuradores.

BELO HORIZONTE/MG, 12 de agosto de 2021.

MARINA CAIXETA BRAGA

SENTENÇA DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS FERROVIÁRIAS

Os Embargos de Declaração são conhecidos, posto que opostos

Apreciando a petição da embargante, observo que ela aponta

Conforme é consabido, cumpre na fase de liquidação/execução

Ademais, tem a razão a embargante quanto à remissão

Portanto, acolho os embargos opostos para aclarar e sanar erro

Isto posto, o Juízo da 3ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte

BELO HORIZONTE/MG, 06 de setembro de 2021.

MARINA CAIXETA BRAGA

SENTENÇA DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS FERROVIÁRIAS

Os Embargos de Declaração são conhecidos, posto que opostos

O embargante aponta omissão e contradição do Juízo quanto ao

A fim de se evitar dúvidas quanto ao tema, registro que a

"6. Em relação à fase

7. Em relação à fase judicial,

aos índices de correção monetária e taxa de juros

Portanto, o que deve ser analisado é, apenas e tão somente, a

No caso em apreço, a sentença proferida em 1º grau de

Posteriormente, após inúmeras idas e vindas na fase de

“até a edição da MP n. 353, de 22.01.2007,

O extrato acima foi extraído do acórdão do Egrégio Regional,

Nesse contexto, observo que houve coisa julgada no feito

1- Em relação à fase extrajudicial, ou seja, a

2- a partir da citação, a atualização será

Portanto, acolho os embargos opostos para sanar a omissão

Isto posto, o Juízo da 3ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte

Por oportuno, determino que a Secretaria do Juízo exclua, do

BELO HORIZONTE/MG, 30 de setembro de 2021.

MARINA CAIXETA BRAGA

Intime-se a executada para ter vista dos Embargos de

BELO HORIZONTE/MG, 11 de outubro de 2021.

FERNANDA CRISTINE NUNES TEIXEIRA

SENTENÇA DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS FERROVIÁRIAS

A União manifestou-se em Id. 9f12c71, requerendo a rejeição

Os Embargos de Declaração são conhecidos, posto que opostos

O embargante aponta omissão e contradição do Juízo quanto ao

Sem razão, no entanto.

Na sentença embargada, o Juízo deliberou pela aplicação plena

"6. Em relação à fase extrajudicial, ou seja, a que

mensal (IPCA-15/IBGE), em razão da extinção da UFIR como indexador,