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: 1
Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região
Partes:
RECORRENTE: DENISE BARROS DA COSTA
ADVOGADO: ADENILDO MENDES DA SILVA TAVARES
ADVOGADO: ADENIA ALVES LINO
ADVOGADO: FABIO DA COSTA E SILVA DE MATOS PAIVA
RECORRIDO: ALIANCE CONSTRUTORA E EMPREENDIMENTOS LTDA - EPP
RECORRIDO: GAZOL COMBUSTIVEIS LTDA
RECORRIDO: PETROX COMERCIAL LTDA
ADVOGADO: FELIPE ARAUJO HARDMAN
ADVOGADO: GILBERTO VIEIRA LEITE NETO
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE
Fls.: 2
PROCESSO: 0000514-56.2017.5.20.0007
CLASSE: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
AUTOR: DENISE BARROS DA COSTA
RÉU: ALIANCE CONSTRUTORA E EMPREENDIMENTOS LTDA - EPP e outros (2)
Não se configurando qualquer hipótese prevista no art. 286 do CPC que justifique a distribuição dirigida
a este órgão julgador em face do(s) processo(s) 0000517-45.2016.5.20.0007, redistribua-se o feito
aleatoriamente.
PROCESSO: 0000514-56.2017.5.20.0007
CLASSE: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
AUTOR: DENISE BARROS DA COSTA
RÉU: ALIANCE CONSTRUTORA E EMPREENDIMENTOS LTDA - EPP e outros (2)
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 20ª REGIÃO
2ª Vara do Trabalho de Aracaju
RTOrd 0000514-56.2017.5.20.0007
AUTOR: DENISE BARROS DA COSTA
RÉU: ALIANCE CONSTRUTORA E EMPREENDIMENTOS LTDA - EPP,
GAZOL COMBUSTIVEIS LTDA, PETROX COMERCIAL LTDA
DESPACHO-PJe
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 20ª REGIÃO
2ª Vara do Trabalho de Aracaju
RTOrd 0000514-56.2017.5.20.0007
AUTOR: DENISE BARROS DA COSTA
RÉU: ALIANCE CONSTRUTORA E EMPREENDIMENTOS LTDA - EPP,
GAZOL COMBUSTIVEIS LTDA, PETROX COMERCIAL LTDA
DESPACHO-PJe
Defere-se o quanto requerido na petição de ID 286c3b4, devendo ser expedido edital para
notificação da reclamada ALIANCE CONSTRUTORA E EMPREENDIMENTOS LTDA - EPP.
Presente o autor, acompanhado do(a) advogado(a), Dr(a). ADENIA ALVES LINO, OAB nº
8939/SE.
Presente o preposto do(a) réu(s) PETROX COMERCIAL LTDA, Sr(a). Luiz da Silveira
Freitas , acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). FELIPE ARAUJO HARDMAN, OAB nº 8545/SE.
Aberta a audiência.
Concedida a palavra à reclamada PETROX COMERCIAL LTDA, esta aduziu que ratifica os
termos de sua CONTESTAÇÃO, juntada virtualmente sob o ID n.º 9fc1afe , acompanhada de diversos
documentos.
Pelo(a) Juiz(a) do Trabalho foi dito que defere a juntada da defesa e dos documentos que a
acompanham, concedendo o PRAZO DE 10 DIAS para o reclamante se manifestar sobre os mesmos, a
contar de 11/09/2017.
PARTES CIENTES de que deverão comparecer para depor, sob pena de confissão, e de que
trarão suas testemunhas independentemente de notificação, sob pena de preclusão.
Juiz do Trabalho
Aberta a audiência.
Sem mais provas a serem produzidas, deu-se por encerrada a instrução processual.
Juíza do Trabalho
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 20ª REGIÃO
2ª Vara do Trabalho de Aracaju
RTOrd 0000514-56.2017.5.20.0007
AUTOR: DENISE BARROS DA COSTA
RÉU: ALIANCE CONSTRUTORA E EMPREENDIMENTOS LTDA - EPP,
GAZOL COMBUSTIVEIS LTDA, PETROX COMERCIAL LTDA
DESPACHO
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 20ª REGIÃO
2ª Vara do Trabalho de Aracaju
RTOrd 0000514-56.2017.5.20.0007
AUTOR: DENISE BARROS DA COSTA
RÉU: ALIANCE CONSTRUTORA E EMPREENDIMENTOS LTDA - EPP,
GAZOL COMBUSTIVEIS LTDA, PETROX COMERCIAL LTDA
SENTENÇA DE CONHECIMENTO
I - RELATÓRIO:
Tendo em vista o pedido de adicional de periculosidade, foi determinada a realização de perícia. O laudo
pericial foi apresentado às fl. 225/236. A autora e a 3ª reclamada se manifestaram, oportunamente (fls.
245/246 e fls. 247/249).
Encerrada a instrução.
II - FUNDAMENTAÇÃO:
Tratando-se de relações de trabalho encerradas antes de 11/11/2017, quando passou a viger a Lei 13.467
/2017, o direito material aplicável é o anterior, em respeito ao dispositivo contido no artigo 5º, XXXVI
da Constituição de 1988, que assegura estabilidade às relações jurídicas.
No que pertine à norma processual, esta tem eficácia imediata, alcançando o processo em curso
mormente contagem de prazos. Contudo, no que tange às denominadas normas híbridas, que repercutem
direta ou indiretamente no direito material, imperioso observar os princípios da segurança jurídica (art.
1º, caput, da Carta Magna de 1988) e do tempus regis actum (arts. 912 e 915 da CLT e 1046 do CPC),
não se aplicando ao caso em tela os institutos da sucumbência processual, inclusive recíproca, e da
gratuidade judiciária, uma vez que a ação foi ajuizada em data anterior à vigência da Lei n.º 13.467
/2017.
PRELIMINARES:
A ação é um direito subjetivo abstrato e autônomo com relação ao direito material por meio dela
postulado. Havendo pertinência subjetiva da ação com relação à segunda acionada, pelo fato de ser
demandada judicialmente na qualidade de responsável subsidiária pelos créditos trabalhistas do autor,
não se pode abortar a ação preliminarmente. Se há ou não tal responsabilidade subsidiária da 2ª
Reclamada, apurar-se-á como prejudicial de mérito, ou seja, questão material (não processual) de cujo
conhecimento depende a apreciação ou não dos pedidos formulados na inicial.
Portanto, não se evidencia nenhuma razão para se excluir a segunda acionada da lide, sem examinar o
mérito da demanda.
MÉRITO:
Declarada a revelia da primeira e da segunda reclamada, ex vi do artigo 844 da CLT, porque embora
notificadas por edital, as mesmas não compareceram à audiência designada para apresentar defesa.
Assim, devem ser considerados verazes os fatos narrados pelo autor, exceto se contestados pelos
litisconsortes, conforme disposto no artigo 345, I do CPC, porque a revelia não causa os efeitos plenos,
nesta hipótese.
GRUPO ECONÔMICO:
Diante da revelia, resta incontroverso que a 1ª e a 2ª reclamada fazem parte de grupo econômico, de
modo que RECONHEÇO a responsabilidade solidária das empreas pelos créditos trabalhistas da autora
durante todo o pacto laboral, com base no artigo 10 e 448 da CLT.
Em sua defesa, a 3ª reclamada aduz que celebrou um contrato de locação do imóvel onde funcionava o
posto (fls.201/204), o que não configura sucessão empresarial. Nega que tenha havido prestação de
serviços da reclamada em seu favor.
ANALISO.
O contrato demonstra que a locação do imóvel se deu em relação ao Sr. Alfeu Alves de Souza, terceiro
estranho à lide, proprietário do imóvel (consoante contrato de fls. 201/204); e que não havia nenhuma
relação com o fundo de comércio anterior, de acordo com o item 1.2 do referido contrato.
Por outro lado, a reclamante não impugnou os documentos, deixando assim de comprovar a sua alegação
de sucessão empresarial.
EQUIPARAÇÃO SALARIAL:
Frente a revelia declarada, reconhece-se o direito à equiparação salarial, nos moldes preconizados na
exordial.
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE:
ANALISO.
Concluiu o perito do juízo que NÃO HAVIA trabalho em condições perigosas, conforme trecho extraído
da fl.228:
"Nas diligências realizadas com a presença das partes no ambiente laboral da reclamante não ficou
evidenciada nenhuma atividade ou exposição da reclamante de modo habitual á área de risco
classificada como periculosa.
Opinamos que a reclamante não desenvolveu de modo habitual nenhuma atividade ou laborou em
edificação localizada em área de risco classificada como periculosa (toda à área de operação,
abrangendo, no mínimo, circulo com raio de 7,5 metros com centro no ponto de abastecimento e o
círculo com raio de 7,5 metros com centro na bomba de abastecimento da viatura e faixa de 7,5 metros
de largura para ambos os lados). Portanto não existe embasamento legal apara classificação do labor
da reclamante como periculoso conforme legislação vigente".
Portanto, ACOLHO as razões expendidas pelo Perito, razão pela qual INDEFIRO o pedido de adicional
de periculosidade.
VALE-ALIMENTAÇÃO:
Não houve pedido concernente a vale-alimentação, na parte dispositiva da inicial. De modo que, para
evitar julgamento extra petita, deixo de apreciar a questão.
VERBAS RESCISÓRIAS:
Incontroversa a ausência de pagamento das verbas rescisórias., como atesta o documento de fl.20 em
anexo. Julgo PROCEDENTE o pedido.
Na disciplina do Novo CPC, o artigo 523 §1º é que prevê o pagamento da multa de 10% sobre o débito,
caso não for pago voluntariamente no prazo de quinze dias após o trânsito em julgado da decisão
condenatória no pagamento de quantia certa. Contudo, este Tribunal fixou entendimento através da
súmula n° 13 pela inaplicabilidade do artigo 475-J do antigo CPC ao processo do trabalho, o que se
mantém para o novel código. De modo que julgo IMPROCEDENTE o pedido em voga.
Devidas as multas dos artigos 467 e 477 da CLT, tendo em vista a ausência de controvérsia e do não
pagamento das verbas rescisórias.
DANOS MORAIS:
A autora pugna pelo pagamento de danos morais em face do atraso do pagamento das verbas rescisórias.
ANALISO.
O descumprimento da norma trabalhista não gera, de per si, o direito à indenização por dano moral ao
empregado. Ainda que se reconheça que haja prejuízo material, quando o serviço é prestado e não
remunerado. O entendimento deste Juízo é no sentido de que mesmo o dano moral que se alega por conta
da ausência do pagamento salarial em dia, ou da ausência da quitação das verbas rescisórias no prazo
legal, depende de prova robusta de que a omissão do empregador repercutiu na esfera não patrimonial do
obreiro. Muito mais se afigura no caso vertente nestes autos que se refere à ausência de pagamento das
verbas rescisórias.
Entendimento contrário seria favorável à banalização do instituto do dano moral, o que se busca evitar
para não contaminar situações em que lesados direitos morais, de forma nítida, porque dizem respeito à
esfera mais íntima do ser humano, e não apenas um mero contratempo ou desgosto decorrente do
convívio social ou das relações de trabalho.
Ademais, o ressarcimento dos prejuízos materiais sofridos pela reclamante serão efetivados em caso de
eventual procedência da reclamatória, com a correção monetária e a aplicação dos juros pertinentes.
HONORÁRIOS PERICIAIS:
Arbitram-se em R$ 1.000,00 (um mil reais) os honorários definitivos do perito técnico, a serem pagos
pela autora, vencido quanto ao objeto da perícia. Em face do deferimento da gratuidade da Justiça ao
autor, a presente verba honorária deverá ser custeada pela UNIÃO FEDERAL, ex vi do Provimento nº 01
/2005 do GP/SECOR do TRT da 20ª Região.
HONORÁRIOS ASSISTENCIAIS:
Nos termos da Súmula nº 219 do C. TST e da Lei nº 5.584/74, são dois os requisitos para a obtenção da
assistência judiciária gratuita: estar o Reclamante assistido pelo Sindicato de sua categoria profissional e
ser beneficiário da justiça gratuita (OJ n. 305 da SDI-I do TST). Neste caso, tanto o Reclamante faz jus
aos benefícios da Justiça Gratuita quanto se encontra assistido pelo Sindicato da sua categoria
profissional (fls. 18/19 e 26), razões pelas quais DEFIRO os honorários assistenciais no percentual de
15% da condenação líquida.
GRATUIDADE DA JUSTIÇA:
Na petição inicial, o(a) reclamante requer os benefícios da Justiça Gratuita, alegando não poder demandar
sem prejuízo do sustento próprio e da sua família, na forma da lei.
Como a ação foi ajuizada antes de 11/11/2017, data da entrada em vigor da Lei nº 13.467/2017, e a lei
processual aplicável é a da prática do ato, neste caso a elaboração da petição inicial, analiso o pedido da
justiça gratuita com as disposições aplicáveis antes da vigência da Reforma Trabalhista de 2017.
De acordo com a evolução jurídica do instituto, no direito positivado, a Lei 7.510, de 04/07/86, alterou a
Lei 1.060/50, passando a constar, no seu artigo 4º, que "a parte gozará da assistência judiciária,
mediante a simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar as
custas do processo e os honorários do advogado, sem prejuízo próprio e de sua família".
Portanto, fica eximido o(a) autor(a) que se declara pobre, na forma da lei, de apresentar declaração
pessoal ou por advogado bastante, sendo aplicável a regra do processo do trabalho, porque garante a
efetividade e o amplo acesso à Justiça, princípios constitucionais hodiernos.
Ademais, o § 1º dispõe ainda que "Presume-se pobre, até prova em contrário, quem afirmar essa
condição, nos termos da lei, sob pena de pagamento até o décuplo das custas judiciais".
De sorte que, considerando o requerimento contido na petição inicial ou atermação, presume-se a sua
miserabilidade na acepção jurídica da palavra, a fim de conceder-lhe a gratuidade da Justiça, ficando
isento(a) das eventuais despesas processuais que lhe incumbir.
Após notável crescimento do montante de embargos declaratórios opostos de forma temerária, fora das
hipóteses legais dos arts. 897-A da CLT e 1022 do NCPC, vem este Juízo concitar e advertir as partes de
que o manejo abusivo de tal recurso implicará em aplicação da multa legal. Este Juízo frisa, ainda, que,
como o recurso ordinário não é de fundamentação vinculada, não cabem embargos para fins de
prequestionamento, e que a aplicação do CPC/2015, de forma supletiva ou subsidiária ao processo do
trabalho, depende de compatibilidade daquele com a principiologia deste (art. 15 NCPC e art. 769 da
CLT); salienta que somente a contradição que enseja os embargos é aquela existente entre os próprios
termos da decisão recorrida, e não entre esta e demais elementos dos autos; que o Juízo não é obrigado a
rebater um a um dos argumentos das partes que não sejam capazes de infirmar a conclusão adotada pelo
julgador (art. 489, § 11º, IV do NCPC), bastando fundamentar a decisão, de acordo com as ressalvas
feitas pelo art. 15 da Instrução Normativa n° 39/2016 do TST.
PARÂMETROS DE LIQUIDAÇÃO:
Os juros de mora deverá ser aplicado sobre os valores já atualizados monetariamente, no entanto, devem
ser aplicados de forma simples, na proporção de 1% (um por cento) ao mês, pro rata die, desde a data do
ajuizamento da ação.
Conforme informação contida no Ofício Circular CSJT GP. SG. n.º 15/2018, de 11/06/2018, o Ministro
do TST, João Batista Brito Pereira, informa que a decisão proferida na Ação Trabalhista 0000479-
60.2011.5.04.0231 ainda depende de trânsito em julgado e que assim, por respeito à segurança jurídica,
recomenda que o índice de correção monetária aplicável à tabela das ações trabalhistas deve continuar
sendo a TR, até o trânsito em julgado da correspondente Reclamação. Observar-se-á a variação salarial
contida nos contracheques ou fichas financeiras do autor acostadas aos autos e deduzir-se-ão os valores
pagos sob mesmo título, para evitar o enriquecimento sem causa do autor.
Os descontos previdenciários e fiscais deverão ser realizados pela reclamada, quando cabíveis, nos
moldes da legislação em vigor.
EXECUÇÃO DE OFÍCIO:
De acordo com a Lei 13.467/2017, caso não haja pagamento espontâneo da condenação no prazo legal,
deverá o credor promover a execução, especificando quais os meios e expedientes legais para se alcançar
o provimento jurisdicional. À exceção do reclamante que estiver desacompanhado de advogado,
exercendo pessoalmente o jus postulandi caso em que a execução será impulsionada oficialmente.
III - CONCLUSÃO:
Posto isto e por tudo mais que dos autos consta, decide este Juízo da Segunda Vara do Trabalho de
Aracaju/SE, REJEITAR a preliminar de ilegitimidade de parte, julgar PARCIALMENTE
PROCEDENTES os pedidos formulados na inicial, a fim de excluir da lide a PETROX, e condenar
solidariamente as demais reclamadas, ALLIANCE CONSTRUTORA e GAZOL COMBUSTÍVEIS, a
pagarem à reclamante, com juros e correção monetária, o valor de R$ 96.646,76 (noventa e seis mil,
seiscentos e quarenta e seis reais e setenta e seis centavos) correspondente às seguintes parcelas:
1) Aviso prévio de 36 dias, saldo de salário (13 dias), 13º salário proporcional; férias
proporcionais, acrescidas de 1/3 e multa de 40% do FGTS
3) Diferenças salariais em razão da equiparação salarial com o funcionário José Fernandes, com
reflexos em INSS, FGTS, multa de 40%, férias, 1/3 de férias, 13º salário e aviso prévio;
5) Multa do art. 467 da CLT. sobre as verbas contidas nos itens 1 e 2 acima.
Liquidação por simples cálculos, conforme planilha que acompanha este julgado, fazendo parte
integrante deste, observadas os pedidos cautelares da reclamada deferidos no item "questões finais".
Honorários periciais no importe de R$ 1.000,00. Como a reclamante ficou vencido no objeto da perícia e
é beneficiário da justiça gratuita, os honorários serão custeados pela União, através de recursos
orçamentários destinados ao Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região, nos termos da Portaria GP
/SECOR Nº 003/2007. Após o trânsito em julgado, a Secretaria da Vara deverá providenciar a requisição
dos recursos para pagamento dos honorários periciais.
Custas processuais pela Reclamada, no importe de R$ 1.994,49 (um mil, novecentos e noventa e quatro
reais e quarenta e nova centavos).
Deve a reclamada reter os valores devido a título de INSS e IR, cabendo a cada um dos litigantes a
responsabilidade pelos percentuais previstos em lei sobre o salário de contribuição (artigo 28 da Lei 8.212
/91), sendo a contribuição previdenciária pelo autor no valor de R$ 3.077,95 e pela reclamada no valor de
R$ 14.946,76.
Prazo legal.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 20ª REGIÃO
2ª Vara do Trabalho de Aracaju
ATOrd 0000514-56.2017.5.20.0007
AUTOR: DENISE BARROS DA COSTA
RÉU: ALIANCE CONSTRUTORA E EMPREENDIMENTOS LTDA - EPP,
GAZOL COMBUSTIVEIS LTDA, PETROX COMERCIAL LTDA
DESPACHO PJe-JT
2- Observe a secretaria que o recurso ordinário de Id 9304179 ainda não foi analisado.
____________________
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 20ª REGIÃO
2ª Vara do Trabalho de Aracaju
ATOrd 0000514-56.2017.5.20.0007
AUTOR: DENISE BARROS DA COSTA
RÉU: ALIANCE CONSTRUTORA E EMPREENDIMENTOS LTDA - EPP,
GAZOL COMBUSTIVEIS LTDA, PETROX COMERCIAL LTDA
DESPACHO PJe-JT
Por encontrar-se em LOCAL IGNORADO nos autos deste processo, o que já tinha sido,
inclusive, objeto de apreciação por este Juízo, expeça-se EDITAL de intimação à reclamada
ALIANCE CONSTRUTORA E EMPREENDIMENTOS LTDA - EPP para que tenha ciência da
sentença de conhecimento. Prazo de lei para interposição de recurso.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 20ª REGIÃO
2ª Vara do Trabalho de Aracaju
ATOrd 0000514-56.2017.5.20.0007
AUTOR: DENISE BARROS DA COSTA
RÉU: ALIANCE CONSTRUTORA E EMPREENDIMENTOS LTDA - EPP,
GAZOL COMBUSTIVEIS LTDA, PETROX COMERCIAL LTDA
DECISÃO PJe-JT
Por tempestivo e conforme, recebo o recurso ordinário de ID 9304179, interposto pela parte
autora.
Decorrido o prazo supra, com ou sem resposta, e sem interposição de recurso adesivo,
encaminhem-se os autos ao Eg. TRT.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 20ª REGIÃO
2ª Vara do Trabalho de Aracaju
ATOrd 0000514-56.2017.5.20.0007
AUTOR: DENISE BARROS DA COSTA
RÉU: ALIANCE CONSTRUTORA E EMPREENDIMENTOS LTDA - EPP,
GAZOL COMBUSTIVEIS LTDA, PETROX COMERCIAL LTDA
DESPACHO PJe-JT
Vista à reclamante e à reclamada Petrox Comercial Ltda das petições e dos respectivos
documentos de Id 6569973 e 05c8e42. Em seguida, remetam-se os autos ao Egrégio TRT
para julgamento do Recurso Ordinário.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 20ª REGIÃO
2ª Vara do Trabalho de Aracaju
ATOrd 0000514-56.2017.5.20.0007
AUTOR: DENISE BARROS DA COSTA
RÉU: ALIANCE CONSTRUTORA E EMPREENDIMENTOS LTDA - EPP,
GAZOL COMBUSTIVEIS LTDA, PETROX COMERCIAL LTDA
DESPACHO PJe-JT
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 20ª REGIÃO
EMENTA
SUCESSÃO EMPRESARIAL. EMPRESA FUNCIONANDO NO MESMO
ENDEREÇO E EXECUTANDO A MESMA ATIVIDADE ECONÔMICA.
REFORMA DA SENTENÇA.Configurado o instituto jurídico da sucessão de
empresas, nos termos previstos nos artigos 10 e 448 da CLT, reconhecida,
inclusive em inúmeras outras demandas que tramitam neste E. Regional, impõe-
se a responsabilidade solidária da sucessora pelos débitos trabalhistas da sucedida.
RELATÓRIO
Recorre ordinariamente DENISE BARROS DA COSTA da sentença proferida pela 7ª Vara do
Trabalho de Aracaju/SE, nos Autos da Reclamação Trabalhista ajuizada em face da PETROX
Os Autos deixaram de ser enviados ao Ministério Público do Trabalho em razão de a causa não
se enquadrar em qualquer das hipóteses previstas no artigo 109, do Regimento Interno deste E. Regional.
Fui designado Redator por ter sido vencido o Exmo. Desembargador Relator Josenildo dos
Santos Carvalho, que, não obstante o brilhantismo de suas considerações, não reconhecia a sucessão
empresarial, tampouco a responsabilidade solidária da Recorrida.
Peço vênia para apontar no presente voto todos os aspectos convergentes relatados pelo
Desembargador Relator.
VOTO
DO CONHECIMENTO DO RECURSO
MÉRITO
Insurge-se a Recorrente em face da sentença que entendeu não restar provada a sucessão
empresarial, pelo fato de existir um contrato de locação de imóvel entre a PETROX COMERCIO LTDA.
e uma pessoa estranha à lide, onde funcionava o porto de combustível.
Argumenta que o Posto Gazol, teria sido adquirido pela Rede Petrox, terceira Demandada,
consoante documentos colacionados aos autos, restando provada, diz, a sucessão de empresas, não sendo
razoável entender que um contrato de locação de imóvel afasta a existência de sucessão trabalhista,
utilizando-se, para tanto, das razões de recorrer de Id 9304179.
Deste modo, pugna pela reforma da decisão, condenando a Petrox Comercial Ltda. de forma
solidária ao pagamento das verbas trabalhistas reconhecidas em sentença.
ANALISO.
Ao exame.
É cediço que o reconhecimento da existência de sucessão empresarial, nos termos dos artigos 10
e 448 da Consolidação das Leis do Trabalho, surgiu na seara trabalhista com o intuito de proteger o
Trabalhador em face de mudanças na propriedade ou estrutura jurídica da Empresa, mantendo-se
incólumes os direitos adquiridos e o contrato de trabalho dos obreiros.
A CLT prevê que "qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa" enseja a sucessão de
empregadores. Porém, o que possibilita a alteração subjetiva, efetivamente, é a mudança do titular da
empresa, seja ele pessoa natural, jurídica ou, até mesmo, ente despersonalizado.
Observa-se, de fato, em relação aos débitos trabalhistas, que houve alteração da figura do
empregador através da assunção das atividades comercias e dos vínculos empregatícios existentes, estes
sob as mesmas condições anteriores de trabalho, mantendo-se a empresa em funcionamento no mesmo
endereço e explorando a atividade econômica sem solução de continuidade, o que comprova a existência
de sucessão empresarial, a ensejar a responsabilidade solidária da empresa PETROX DISTRIBUIDORA
LTDA.
Ainda, procedendo a uma consulta no Sistema Integrado deste Regional-PJe nota-se uma gama
de processos movidos em face da Recorrida, sob o mesmo prisma e já transitados em julgado, nos quais
foi reconhecida a sucessão empresarial, havendo a Recorrida, em alguns processos, procedido com a
quitação de acordos.
Por fim, a primeira Turma desta Corte vem firmando o entendimento de que resta configurada a
sucessão empresarial da Petrox como se infere do julgamento do processo de n° 0001547-
87.2017.5.20.0005 da relatoria de Dra Rita de Cássia Pinheiro Oliveira.
Insurge-se a Recorrente, ainda, em face da Decisão a quo que aplicou a TR como índice de
correção.
Alega que as contas devem ser corrigidas com o índice IPCA-E, e não pela taxa referencial (TR)
aplicada pelo nobre calculista judicial, pois a base legal foi declarada inconstitucional pelo Supremo
Tribunal Federal, utilizando-se, para tanto, dos argumentos trazidos nas razões de recorrer de ID 9304179.
Analisa-se.
A questão envolvendo o índice a ser utilizado para a correção monetária dos débitos trabalhistas
fora decidida na sessão de julgamento do Pleno deste E. Regional, em 02/09/2019, ao tratar da arguição
da constitucionalidade, ou não, do artigo 879, § 7º, da CLT, com redação dada pela Lei n. 13.467/2017,
suscitada na 16ª Sessão Ordinária da 2ª Turma, nos Autos da Reclamação n. 0000699-43.2016.5.20.0003,
assim restando estabelecido, por maioria: "acolher a declaração de inconstitucionalidade para declarar a
inconstitucionalidade da disposição contida no §7º do art. 879 da CLT, quanto à determinação
deatualização dos débitos trabalhistas 'pela Taxa Referencial (TR), divulgada pelo Banco Central do
Brasil, conforme a Lei no 8.177, de 1º de março de 1991' e determinar a utilização do IPCA-E, na
atualização dos débitos trabalhistas, em substituição à TR, respeitando-se a modulação feita pelo próprio
TST, para aplicação do IPCA-E a partir de 25/03/2015; com comunicação imediata da decisão em
incidente de inconstitucionalidade aos juízes de primeiro grau, aos Gabinetes e às Secretarias das Turmas
deste Tribunal, para darem continuidade aos processos sobrestados. Deverá ser encaminhada cópia desta
decisão à Comissão de Uniformização de Jurisprudência para formulação de proposta de edição de
súmula".
Assim, somente a partir de 25/03/2015 é que caberia a aplicação do IPCA-E, devendo o período
anterior a essa data ser corrigido pela TR, com o que é de se dar provimento parcial ao Apelo, no aspecto,
determinando que as contas de liquidação devem observar a aplicação do IPCA-E apenas a partir de 25/03
/2015, devendo ser aplicada a TR para os períodos anteriores.
Destaco, por fim, não obstante o Regional tenha pacificado o tema nos termos alhures, por
obediência judiciária, filio-me a decisão firmada pela Suprema Corte, entendimento este que fico
vencido, determinando a aplicação do IPCA-E como índice de correção monetária, a partir de junho de
2009.
Posto isso, conheço do recurso e, no mérito, dou-lhe parcial provimento para, reconhecer a
sucessão empresarial da Petrox Comercial Ltda. de forma solidária ao pagamento das verbas trabalhistas
reconhecidas em sentença, bem como, para, observando a decisão proferida na sessão de julgamento do
Pleno deste E. Regional, em 02/09/2019, aplicar, nas contas de liquidação, o IPCA-E somente a partir de
25/03/2015, devendo ser aplicada a TR para os períodos anteriores, ressalvando o meu posicionamento
pessoal quanto à matéria. Novas contas de liquidação a serem realizadas na Vara de Origem.
DECISÃO:
anteriores. Novas contas de liquidação a serem realizadas na Vara de Origem, vencido o Exmº.
Desembargador Relator, que não reconhecia a sucessão empresarial.
Desembargador Redator
(...)
Analisa-se.
É cediço que o reconhecimento da existência de sucessão empresarial, nos termos dos artigos 10
e 448 da Consolidação das Leis do Trabalho, surgiu na seara trabalhista com o intuito de
proteger o Trabalhador em face de mudanças na propriedade ou estrutura jurídica da Empresa,
mantendo-se incólumes os direitos adquiridos e o contrato de trabalho dos obreiros.
Não obstante, no caso em apreço, não restou comprovado a existência de sucessão empresarial,
a ensejar a responsabilidade solidária da empresa PETROX DISTRIBUIDORA LTDA., em
relação aos débitos trabalhistas.
Isso porque, dos documentos residentes nos Autos, em especial os contracheques, folhas de
ponto e CTPS, extrai-se que a Reclamante somente trabalhou para a primeira Reclamada, no
período suscitado na Exordial.
Deste modo, não se vislumbrando a sucessão de empregadores aventada pela Autora, tendo em
vista a ausência de prova da transferência da unidade produtiva de uma para a outra, não há que
se falar em responsabilidade solidária da Petrox, devendo ser mantida a Sentença que neste
sentido se posicionou.
Nada a reformar.
Conclusão do recurso
Posto isso, conheço do recurso e, no mérito, dou-lhe parcial provimento para, reconhecer a
sucessão empresarial da Petrox Comercial Ltda. de forma solidária ao pagamento das verbas trabalhistas
reconhecidas em sentença, bem como, para, observando a decisão proferida na sessão de julgamento do
Pleno deste E. Regional, em 02/09/2019, aplicar, nas contas de liquidação, o IPCA-E somente a partir de
25/03/2015, devendo ser aplicada a TR para os períodos anteriores, ressalvando o meu posicionamento
pessoal quanto à matéria. Novas contas de liquidação a serem realizadas na Vara de Origem.
Acórdão
Acordam os Exmos. Srs. Desembargadores da Primeira Turma do Egrégio Tribunal Regional do
Trabalho da 20ª Região, por unanimidade, conhecer do Recurso Ordinário e, no mérito, por maioria, dar-
lhe parcial provimento para, reconhecer a sucessão empresarial da Petrox Comercial Ltda. de forma
solidária ao pagamento das verbas trabalhistas reconhecidas em sentença, bem como, para, observando a
decisão proferida na sessão de julgamento do Pleno deste E. Regional, em 02/09/2019, aplicar, nas contas
de liquidação, o IPCA-E somente a partir de 25/03/2015, devendo ser aplicada a TR para os períodos
anteriores, ressalvando o posicionamento pessoal do Relator quanto à matéria. Novas contas de
liquidação a serem realizadas na Vara de Origem, vencido o Exmº. Desembargador Relator, que não
reconhecia a sucessão empresarial.
Desembargador Redator
(...)
Analisa-se.
É cediço que o reconhecimento da existência de sucessão empresarial, nos termos dos artigos 10
e 448 da Consolidação das Leis do Trabalho, surgiu na seara trabalhista com o intuito de
proteger o Trabalhador em face de mudanças na propriedade ou estrutura jurídica da Empresa,
mantendo-se incólumes os direitos adquiridos e o contrato de trabalho dos obreiros.
Não obstante, no caso em apreço, não restou comprovado a existência de sucessão empresarial,
a ensejar a responsabilidade solidária da empresa PETROX DISTRIBUIDORA LTDA., em
relação aos débitos trabalhistas.
Isso porque, dos documentos residentes nos Autos, em especial os contracheques, folhas de
ponto e CTPS, extrai-se que a Reclamante somente trabalhou para a primeira Reclamada, no
período suscitado na Exordial.
Deste modo, não se vislumbrando a sucessão de empregadores aventada pela Autora, tendo em
vista a ausência de prova da transferência da unidade produtiva de uma para a outra, não há que
se falar em responsabilidade solidária da Petrox, devendo ser mantida a Sentença que neste
sentido se posicionou.
Nada a reformar.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 20ª REGIÃO
Gab. Des. Thenisson Dória
ROT 0000514-56.2017.5.20.0007
RECORRENTE: DENISE BARROS DA COSTA
RECORRIDO: ALIANCE CONSTRUTORA E EMPREENDIMENTOS LTDA - EPP,
GAZOL COMBUSTIVEIS LTDA, PETROX COMERCIAL LTDA
Assinado eletronicamente por: Thenisson Santana Dória - Juntado em: 19/08/2020 12:27:47 - a4ad719
https://pje.trt20.jus.br/pjekz/validacao/20081912253027800000005756300?instancia=2
Número do processo: 0000514-56.2017.5.20.0007
Número do documento: 20081912253027800000005756300
Fls.: 35
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 20ª REGIÃO
EMENTA
EMBARGOS DECLARATÓRIOS DA RECLAMADA. ERRO
MATERIAL. PROVIMENTO PARCIAL. Constatada a ocorrência de
erro material no julgado, merecem provimento os aclaratórios opostos
pela Reclamada, sem, contudo, atribuir-lhes qualquer efeito modificativo.
RELATÓRIO
ADMISSIBILIDADE
MÉRITO
E tal erro é simples de se constatar, eis que o acordão cita empresa diversa da empresa
que está no polo passivo da ação.
Explico.
Vejamos o acordão:
(...)
Como visto, o erro material consiste em citar a empresa "Petrox Distribuidora" como
reclamada, sendo evidente que não participou da lide, nem sequer faz parte do polo
passivo da demanda.
Portanto, resta claro que existe um erro no acordão, devendo ser retificado a empresa
citada, pois se trata de empresas diversas.
DA OMISSÃO/OBSCURIDADE DO JULGADO
Não obstante o brilhantismo que lhe é peculiar, esta Egrégia Corte proferiu acordão
omisso e contraditória nos presentes fólios.
(...)
Com efeito, é obscuro um Acórdão que afirma tal feito, sem ao menos indicar qual
seriam as provas necessárias e suficientes para caracterização da sucessão empresarial,
mormente pelo fato da discussão sobre fatos e provas se encerrarem neste Tribunal, sem
a possibilidade de discussão acerca destas no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho.
É de suma relevância, Excelência, a indicação de com base em quais provas foi formado
um convencimento tão grave, que transfere para pessoa jurídica que não fez parte da
relação processual em sua fase cognitiva.
Acaso não ajam provas e este Tribunal tenha firmado sua conclusão com base apenas
em decisões judiciais anteriores, tal feito, além de equivocado, deve ficar posto do
Acórdão, sob pena de estar-se-á criando nulidade processual por cerceamento de defesa!
É preciso que fique claro: a decisão regional teve por base apenas decisões judiciais
anteriores?
Até mesmo porque, Nobre Desembargador Relator, não se faz crível o reconhecimento
de uma sucessão empresarial com base tão somente em decisões judiciais, até mesmo
porque a prestação de serviços pode ter ocorrido para um ou outro empregado, mas não
em relação aos outros!
Porém, apenas para argumentar, é preciso aduzir: não houve a prestação de serviços
deste obreiro em favor da embargante, nem de nenhum outro, porque não houve a
assunção de atividades sem solução de continuidade!
Não houve!
Esse fato é afirmado sem a existência de NENHUMA prova dos autos, com base em
decisões judiciais anteriores, como se a Petrox Comercial fosse um grande
conglomerado industrial que tivesse sucedido outro.
Tal reconhecimento não pode ser realizado erga omnes, cada caso deve ser analisado de
forma individual! Não é demais lembrar que Sergipe é o menor estado da Federação,
sendo a Embargante uma empresa eminentemente sergipana, não sendo plausível o
reconhecimento de uma sucessão, a grosso modo, como se estivéssemos tratando de
Petrobras-Petromisa.
Isso sem olvidar que o Acórdão sequer se manifestou quanto aos argumentos e
documentos capazes de inferir na conclusão da lide, incorrendo em nulidade processual
na forma do Art. 489 da CLT, sendo este o imóvel alugado a terceiro, APÓS o
encerramento das atividades da GAZOL.
Este documento, por si só, já é suficiente para demonstrar a NÃO continuidade dos
serviços, ou seja, a NÃO solução de continuidade, ao contrário do que diz o Acórdão.
Deste modo, verifica-se que houve omissão/contradição no julgado, uma vez que este
egrégio tribunal não se manifestou acerca dos referidos argumentos, como vimos na
decisão citada, sendo os presentes empachos mais do que necessários, até mesmo para
pré-questionar a matéria e possibilitar a sua discussão em instâncias superiores, nos
moldes da Súmula nº 297 do TST.
(...)
Ao exame.
Observa-se, de fato, em relação aos débitos trabalhistas, que houve alteração da figura
do empregador através da assunção das atividades comercias e dos vínculos
empregatícios existentes, estes sob as mesmas condições anteriores de trabalho,
mantendo-se a empresa em funcionamento no mesmo endereço e explorando a atividade
econômica sem solução de continuidade, o que comprova a existência de sucessão
empresarial, a ensejar a responsabilidade solidária da empresa PETROX
DISTRIBUIDORA LTDA.
Por fim, a primeira Turma desta Corte vem firmando o entendimento de que resta
configurada a sucessão empresarial da Petrox como se infere do julgamento do
processo de n° 0001547-87.2017.5.20.0005 da relatoria de Dra Rita de Cássia Pinheiro
Oliveira.
Analisa-se.
Conclusão do recurso
ACÓRDÃO
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 20ª REGIÃO
GABINETE PROCESSANTE DE RECURSOS
ROT 0000514-56.2017.5.20.0007
RECORRENTE: DENISE BARROS DA COSTA
RECORRIDO: ALIANCE CONSTRUTORA E EMPREENDIMENTOS LTDA -
EPP E OUTROS (3)
RO 0000514-56.2017.5.20.0007
RECURSO DE REVISTA
PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
Tempestivo o Recurso.
Satisfeito o preparo.
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
Assinado eletronicamente por: FABIO TULIO CORREIA RIBEIRO - Juntado em: 20/04/2021 13:21:06 - 0940eba
Fls.: 42
Analiso.
Assinado eletronicamente por: FABIO TULIO CORREIA RIBEIRO - Juntado em: 20/04/2021 13:21:06 - 0940eba
Fls.: 43
Assinado eletronicamente por: FABIO TULIO CORREIA RIBEIRO - Juntado em: 20/04/2021 13:21:06 - 0940eba
Fls.: 44
Aprecio.
Assinado eletronicamente por: FABIO TULIO CORREIA RIBEIRO - Juntado em: 20/04/2021 13:21:06 - 0940eba
Fls.: 45
CONCLUSÃO
Publique-se.
Assinado eletronicamente por: FABIO TULIO CORREIA RIBEIRO - Juntado em: 20/04/2021 13:21:06 - 0940eba
https://pje.trt20.jus.br/pjekz/validacao/21042012094475900000006405121?instancia=2
Número do processo: 0000514-56.2017.5.20.0007
Número do documento: 21042012094475900000006405121
Fls.: 46
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 20ª REGIÃO
GABINETE PROCESSANTE DE RECURSOS
ROT 0000514-56.2017.5.20.0007
RECORRENTE: DENISE BARROS DA COSTA
RECORRIDO: ALIANCE CONSTRUTORA E EMPREENDIMENTOS LTDA -
EPP E OUTROS (3)
Assinado eletronicamente por: FABIO TULIO CORREIA RIBEIRO - Juntado em: 04/05/2021 10:49:41 - 9165825
https://pje.trt20.jus.br/pjekz/validacao/21050409490968200000006503348?instancia=2
Número do processo: 0000514-56.2017.5.20.0007
Número do documento: 21050409490968200000006503348
SUMÁRIO
Documentos
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Id. Documento Tipo
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