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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região

Recurso Ordinário - Rito Sumaríssimo


0000321-46.2023.5.08.0207
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Relator: WALTER ROBERTO PARO

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 13/07/2023


Valor da causa: R$ 38.887,71

Partes:
RECORRENTE: JOEL PEREIRA PARAIBANO
ADVOGADO: DAVI IVA MARTINS DA SILVA
RECORRIDO: VIACAO POLICARPOS LTDA - EPP
ADVOGADO: RAMON BATISTA DO REGO
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE
Fls.: 2

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 8ª REGIÃO
8ª VARA DO TRABALHO DE MACAPÁ
ATSum 0000321-46.2023.5.08.0207
RECLAMANTE: JOEL PEREIRA PARAIBANO
RECLAMADO: VIACAO POLICARPOS LTDA - EPP

DECISÃO

Não se configurando qualquer hipótese prevista no art. 286 do CPC que


justifique a distribuição dirigida a este órgão julgador em face do(s) processo(s)
0000539-11.2022.5.08.0207,
0000661-24.2022.5.08.0207,
redistribua-se o feito ao próximo juízo em que haja processo com possível prevenção na ordem da data de
distribuição.

MACAPA/AP, 31 de março de 2023.

AMANDA REGINA DA CRUZ AMARAL QUADROS


Assessor

Assinado eletronicamente por: VALTERNAN PINHEIRO PRATES FILHO - 03/04/2023 09:20:10 - 86a9f17
https://pje.trt8.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=23033113212409700000015656249
Número do processo: 0000321-46.2023.5.08.0207 ID. 86a9f17 - Pág. 1
Número do documento: 23033113212409700000015656249
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 8ª REGIÃO
4ª VARA DO TRABALHO DE MACAPÁ
ATSum 0000321-46.2023.5.08.0207
RECLAMANTE: JOEL PEREIRA PARAIBANO
RECLAMADO: VIACAO POLICARPOS LTDA - EPP

DECISÃO

Não se configurando qualquer hipótese prevista no art. 286 do CPC que


justifique a distribuição dirigida a este órgão julgador em face do(s) processo(s) 0000549-
55.2022.5.08.0207, redistribua-se o feito ao próximo juízo em que haja processo com possível prevenção na
ordem da data de distribuição.

MACAPA/AP, 04 de abril de 2023.

MARIO NAZARENO LOPES ROCHA FILHO


Assessor

Assinado eletronicamente por: JADER RABELO DE SOUZA - 10/04/2023 09:10:51 - aa4d18b


https://pje.trt8.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=23040414071437000000015656258
Número do processo: 0000321-46.2023.5.08.0207 ID. aa4d18b - Pág. 1
Número do documento: 23040414071437000000015656258
Fls.: 4

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 8ª REGIÃO
2ª VARA DO TRABALHO DE MACAPÁ
ATSum 0000321-46.2023.5.08.0207
RECLAMANTE: JOEL PEREIRA PARAIBANO
RECLAMADO: VIACAO POLICARPOS LTDA - EPP

DECISÃO

Não se configurando qualquer hipótese prevista no art. 286 do CPC que


justifique a distribuição dirigida a este órgão julgador em face do(s) processo(s) 0000578-
08.2022.5.08.0207, redistribua-se o feito ao próximo juízo em que haja processo com possível prevenção na
ordem da data de distribuição.

MACAPA/AP, 14 de abril de 2023.

STEPHANIE CAROLINE COELHO CASTRO


Servidor

Assinado eletronicamente por: NUBIA SORAYA DA SILVA GUEDES - 14/04/2023 14:11:44 - d010c59
https://pje.trt8.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=23041412122120100000015656264
Número do processo: 0000321-46.2023.5.08.0207 ID. d010c59 - Pág. 1
Número do documento: 23041412122120100000015656264
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 8ª REGIÃO
6VTMacapá
ATSum 0000321-46.2023.5.08.0207
RECLAMANTE: JOEL PEREIRA PARAIBANO
RECLAMADO: VIACAO POLICARPOS LTDA - EPP

ATA DE AUDIÊNCIA

Na presente data de 24/05/2023, o(a) Juiz(a) da 6ª Vara do Trabalho de


Macapá, Dr(a). ODAISE CRISTINA PICANCO BENJAMIM MARTINS, determinou que se
apregoassem as partes para apreciação das parcelas trabalhistas elencadas na inicial.

A presente sessão iniciou-se às 10:15, por videoconferência (híbrida)


via aplicativo Zoom.

A magistrada bem como os secretários de audiências encontram-se


presencialmente no Fórum Trabalhista de Macapá, enquanto as partes e os
patronos, de modo virtual por meio do link zoom.

Presente a parte autora JOEL PEREIRA PARAIBANO, pessoalmente,


acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). RAFAEL TEIXEIRA BEZERRA, OAB
14356/PA.
Presente a parte ré VIACAO POLICARPOS LTDA - EPP, representado(a) pelo(a)
preposto(a) Sr.(a) ANTONIO LIMA NUNES, acompanhado(a) de advogado(a)
JOÃO MARCELO VIEIRA SERRA, OAB/AP 41785A .

REJEITADA A PRIMEIRA PROPOSTA DE CONCILIAÇÃO.

O RECLAMADO CONTESTA A AÇÃO ATRAVÉS DA PEÇA ANEXADA À


TRAMITAÇÃO SOB O ID Nº 20d70e4, CUJO ACESSO ORA É LIBERADO.

Com a contestação houve a juntada de diversos documentos sobre os


quais a parte autora requer e o juízo defere o prazo de 02 (dois) dias para apresentar
manifestação, independentemente do encerramento da instrução. Sem oposição da
parte contrária.

ALÇADA FIXADA NO VALOR DADO A CAUSA NA INICIAL.

Considerando que se trata de matéria que reclama o exame de prova


documental, o Juízo dispensa a oitiva de partes, que não arrolam testemunhas. Sem
oposição.

As partes não têm outras provas a produzir.

Fica encerrada a instrução processual.

Assinado eletronicamente por: ODAISE CRISTINA PICANCO BENJAMIM MARTINS - Juntado em: 24/05/2023 15:14:18 - 1505fc1
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Razões finais orais remissivas.

Conciliação final rejeitada.

Fica designado o dia 22/06/2023, para publicação da sentença.

A presente ata serve como ATESTADO DE COMPARECIMENTO a todas


as pessoas que estiveram aqui presentes, para todos os efeitos legais, não podendo
sofrer penalidades ou desconto em seus salários pela ausência ao serviço, nos
termos do Art. 822, da CLT.

Cientes os presentes.

Audiência encerrada às 10h20. Nada mais.

6ª VARA DO TRABALHO DE MACAPÁ. Endereço: Rua Tocantins, s/n,


Rodovia Norte-Sul (atrás da Justiça Federal), bairro Infraero, Macapá/AP, CEP:68908-
058. Endereços eletrônicos:vt6macapa.sec@trt8.jus.br/Telefone/Whatsapp: (96) 4009-
6408 - BALCÃO VIRTUAL: https://meet.google.com/rig-yrhe-xop (Atendimento dias
úteis das 8h às 13h)

ODAISE CRISTINA PICANCO BENJAMIM MARTINS


Juiz(a) do Trabalho

Ata redigida por RODRIGO GOMES DOS SANTOS, Secretário(a) de Audiência.

Assinado eletronicamente por: ODAISE CRISTINA PICANCO BENJAMIM MARTINS - Juntado em: 24/05/2023 15:14:18 - 1505fc1
https://pje.trt8.jus.br/pjekz/validacao/23052413313543100000037789199?instancia=1
Número do processo: 0000321-46.2023.5.08.0207
Número do documento: 23052413313543100000037789199
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 8ª REGIÃO
6ª VARA DO TRABALHO DE MACAPÁ
ATSum 0000321-46.2023.5.08.0207
RECLAMANTE: JOEL PEREIRA PARAIBANO
RECLAMADO: VIACAO POLICARPOS LTDA - EPP

PROCESSO N°: 0000321-46.2023.5.08.0207

RECLAMANTE: JOEL PEREIRA PARAIBANO

RECLAMADAS: VIACAO POLICARPOS LTDA - EPP

RITO SUMARÍSSIMO

SENTENÇA DE MÉRITO

1- RELATÓRIO

Dispensado o relatório, por se tratar de processo sob o rito


sumaríssimo, a teor do previsto no art.852-I da CLT.

2 – FUNDAMENTAÇÃO

MÉRITO

2.1- INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

O reclamante informa ter sido admitido pela reclamada, em


04.12.2017, para exercer a função de motorista, tendo sido demitido sem justa causa
no dia 17.07.2022.

Alega que a reclamada reiteradamente atrasou seus salários, o


que restou comprovado nos autos do processo 0000180-89.2021.5.08.2009, em trâmite
neste juízo (6ª Vara do Trabalho de Macapá).

Destaca que a sentença proferida naqueles autos reconheceu o


seu direito aos salários dos períodos de agosto até dezembro de 2020, agosto e
setembro de 2022, bem como 13º salário e férias.

Assinado eletronicamente por: ODAISE CRISTINA PICANCO BENJAMIM MARTINS - Juntado em: 16/06/2023 12:46:46 - 7870d44
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Por conseguinte, afirma que deixou de receber os salários de


maio até julho de 2022, sendo obrigado a buscar judicialmente o reconhecimento da
rescisão indireta do contrato, o que se deu no processo 539-11.2022.5.08.0207, em
trâmite na 8ª Vara do Trabalho de Macapá.

Diante desse histórico de atraso nos salários, alega ter sofrido


danos de natureza moral, eis que se viu impossibilitado de assumir seus compromissos
financeiros, razão pela qual postula a condenação dos reclamados ao pagamento de
indenização, no valor de R$ 30.000,00.

A reclamada contesta o pedido, asseverando que os salários


eram pagos regularmente, admitindo apenas eventual atraso por 2 ou 3 dias.

Ressalta que o autor não comprovou os prejuízos de natureza


moral sofridos, não sendo devida a indenização pleiteada por mera suposição de danos

Analiso.

A indenização decorrente de dano moral é prevista na


Constituição da República, no seu art. 5º, incisos V e X, segundo o qual "é assegurado o
direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material,
moral ou à imagem"; "são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem
das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação".

No caso em espécie, discute-se a ocorrência de danos morais


em virtude dos reiterados atrasos nos salários, admitidos pela reclamada.

Além de confessados, os atrasos também foram reconhecidos


nos processos 0000180-89.2021.5.08.2009 e 539-11.2022.5.08.0207, conforme
sentença proferida no primeiro e acordo homologado neste último.

No meu entender, apesar de se tratar de situação delicada e


com potencialidade para gerar dano na esfera moral do trabalhador, o direito à
indenização pressupõe a demonstração de constrangimento perante terceiros e
sofrimento à vítima, a tal ponto de causar-lhe abalos psicológicos e emocionais graves
o suficiente para caracterizar a lesão extrapatrimonial.

Em suma, há necessidade de ocorrência de situação objetiva


que demonstre a ocorrência de constrangimento pessoal, da qual se pudesse extrair a
hipótese de abalo dos valores inerentes à honra do reclamante.

Sobre os atrasos nos pagamentos de salários, assim entendeu a


8ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho:

Assinado eletronicamente por: ODAISE CRISTINA PICANCO BENJAMIM MARTINS - Juntado em: 16/06/2023 12:46:46 - 7870d44
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"RECURSO DE REVISTA. INDENIZAÇÃO POR


DANO MORAL. ATRASO NO PAGAMENTO DOS SALÁRIOS. Incabível
o deferimento da indenização por danos morais apenas pelo fato
do atraso no pagamento dos salários, porquanto do acórdão
regional não se verifica a ocorrência de nenhuma situação objetiva
que demonstre a ocorrência de constrangimento pessoal, da qual
pudesse se extrair a hipótese de abalo dos valores inerentes à
honra do reclamante, em especial, porque o próprio Regional
acentua que não há prova de que o reclamante tenha sofrido os
prejuízos materiais alegados. Precedentes. Recurso de revista
conhecido e provido"

Processo: RR - 29900-05.2007.5.04.0662 -
Fase Atual:

Numeração antiga: RR - 299/2007-662-04-


00.0

Número no TRT de Origem: RO-29900/2007-


0662-04.00

Órgão Judicante: 8ª Turma

Relator: Ministra Dora Maria da Costa

Recorrente(s): SEMEATO S.A. - INDÚSTRIA E


COMÉRCIO

Advogado : Dr. Valmor Albani

Recorrido(s): LEANDRO PAIMELL

Advogado : Dr. Manoel Fermino da Silveira


Skrebsky

Advogado : Dr. Ubirajara Wanderley Lins


Júnior

In casu, não restou demonstrada, nem sequer aventada


qualquer situação fática específica capaz de gerar danos de natureza moral.

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Os prejuízos financeiros são incontestes, contudo, ao alegar


danos de natureza moral, caberia ao autor demonstrar também o abalo à esfera de
bens não patrimoniais, como a honra, imagem, saúde mental e psicológica, o que não
ficou demonstrado nos autos.

Com efeito, meras alegações, sem respaldo no conjunto


probatório, são insuficientes para autorizar o deferimento da indenização pleiteada e,
no caso dos autos, não foram demonstrados danos morais passíveis de reparação,
pelo que julgo improcedente o pedido de indenização por danos morais.

2.2 – FERIADOS

Alega o reclamante que trabalhou em diversos feriados sem a


respectiva folga ou pagamento em dobro, conforme demonstram suas folhas de ponto.

Nesse sentido, afirma ter trabalhado nos seguintes feriados:

“A título de exemplo, no ano de 2018, o


reclamante trabalhou nos seguintes feriados 19/03/2018 (Dia do
Padroeiro de Macapá – São José), 01/05/2018 (Dia do Trabalhador),
07/09/2018 (Independência do Brasil), 13/09/2018 (Criação do
Território Federal do Amapá), 12/10/2018 (Nossa Senhora de
Aparecida), 02/11/2018 (Finados), 15/11/2018 (Proclamação da
República) e 20/11/2018 (Consciência Negra). Em relação ao ano de
2019, o reclamante laborou nos seguintes feriados 01/01/2019
(Confraternização Universal), 19/03/2019 (Dia do Padroeiro de
Macapá – São José), 21/04/2019 (Tiradentes), 01/05/2019 (Dia do
Trabalhador), 13/09/2019 (Criação do Território Federal do Amapá),
12/10/2019 (Nossa Senhora de Aparecida) e 25/12/2019 (Natal). No
tocante ao ano de 2020, o reclamante trabalhou nos seguintes
feriados 01/01/2020 (Confraternização Universal), 04/02/2020
(Aniversário de Macapá), 19/03/2020 (Dia do Padroeiro de Macapá
– São José), 07/09/2020 (Independência do Brasil), 13/09/2020
(Criação do Território Federal do Amapá), 12/10/2020 (Nossa
Senhora de Aparecida), 02/11/2020 (Finados), 15/11/2020
(Proclamação da República), 20/11/2020 (Consciência Negra) e 25
/12/2020 (Natal). Com relação ao ano de 2021, o reclamante
laborou nos seguintes feriados 01/01/2021 (Confraternização
Universal), 04/02/2021 (Aniversário de Macapá), 19/03/2021 (Dia do
Padroeiro de Macapá – São José), 21/04/2021 (Tiradentes), 07/09
/2021 (Independência do Brasil), 13/09/2021 (Criação do Território
Federal do Amapá), 12/10/2021 (Nossa Senhora de Aparecida) e 15
/11/2021 (Proclamação da República). Por fim, quanto ao ano de

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2022, o reclamante laborou nos seguintes feriados 04/02/2022


(Aniversário de Macapá), 21/04/2022 (Tiradentes) e 01/05/2022 (Dia
do Trabalhador).”

Com essas alegações, pede o pagamento em dobro de todos os


feriados trabalhados acima, com seus reflexos em 13º salário, férias, FGTS e aviso
prévio.

A reclamada contesta o pedido, aduzindo que as folhas de


ponto demonstram que o reclamante gozava as folgas semanais e as decorrentes do
trabalho em feriados.

Acrescenta que concedia folgas nos feriados em decorrência da


redução da circulação de sua frota de ônibus.

Examino.

Sobre o assunto, entendo que os feriados civis e religiosos estão


regulamentados pela lei 9.093/95 e, segundo o referido diploma, são feriados civis: os
declarados em lei federal; a data magna do Estado fixada em lei estadual; os dias de
início e término do ano do centenário do município, fixados em lei municipal. Os
religiosos, por sua vez, são fixados por lei municipal e não podem superar a
quantidade de quatro feriados anuais, incluída neste quantitativo a Sexta-feira da
Paixão.

Destarte, assiste direito o autor aos feriados civis nacionais, ao


feriado estadual referente à Data Magna do Estado do Amapá e aos feriados religiosos,
desde que previstos em lei municipal.

Nesse sentido também vem entendendo o TST sobre a matéria,


senão veja:

“Autoridade Tribunal Superior do Trabalho.


2ª Turma

Título Acórdão do processo Nº RR - 607-


52.2011.5.18.0082

Data 03/09/2014

Ementa RECURSO DE REVISTA. FERIADO.


PAGAMENTO EM DOBRO. CARNAVAL. CORPUS CHRISTI. AUSÊNCIA
DE PREVISÃO EM LEI FEDERAL E EM LEI MUNICIPAL. Discute-se o
pagamento em dobro dos dias em que o reclamante trabalhou no

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carnaval e no de corpus christi. No caso, o Tribunal Regional


entendeu que, sendo o direito costumeiro fonte formal autônoma
do Direito do Trabalho, deve ser reconhecida como válida a
suspensão do trabalho no carnaval e no dia de corpus christi ,
diante da sua prática reiterada, uniforme e geral. Acresceu que a
suspensão do trabalho naquelas datas é fato notório, que
independe de prova. Porém, os arts. 1.º e 2.º da Lei 9.093/95
dispõem, respectivamente, que são feriados civis os declarados em
lei federal e feriados religiosos os declarados em lei municipal.
Nesse contexto, embora exista a tradição em vários municípios
estabelecendo o não expediente nas empresas, a legislação não
trata o carnaval como feriado. Quanto ao dia de corpus christi,
infere-se da tese regional não haver lei municipal definindo-o
como feriado. (grifo nosso) Precedente desta Turma. Recurso de
revista conhecido e provido.”

Destarte, não assiste direito o autor aos feriados estaduais,


salvo o referente à Data Magna do Estado do Amapá, que ocorre todo dia 13 de
setembro, enquanto os feriados municipais estão restritos aos religiosos, cabendo ao
autor comprovar a vigência de lei dispondo sobre a matéria, a teor do previsto no art.
376 do CPC/2015, o que não ficou demonstrado nos autos.

Desta sorte, não faz jus o reclamante aos feriados estaduais de


São José (19.03) e da Consciência Negra (20.11), pelo que julgo improcedente o
pagamento em dobro desses feriados.

Em relação aos feriados municipais, faz jus apenas aos


religiosos, desde que comprovados por lei municipal, não se inserindo o Aniversário de
Macapá (04.02) nesses parâmetros.

Assim, julgo improcedente o pedido de pagamento em dobro


pelo trabalho no Dia do Aniversário de Macapá.

Sendo devidos os demais feriados vindicados, passo à sua


análise.

Averiguando os cartões de ponto, verifiquei que o autor


trabalhou em todos os feriados mencionados na inicial, sem gozar da respectiva folga
compensatória.

Não foi efetuada a juntada de parte do cartão de ponto de


outubro de 2019, não sendo possível averiguar o labor no feriado do dia 12.10.2019.

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Contudo, incumbia à reclamada fazer a juntada de toda a folha


de frequência do autor, não tendo a parte se desincumbido desse ônus probatório,
pelo que se presume verdadeiro o labor no dia 12.10.2019.

Pelo exposto, julgo procedente o pedido de pagamento em


dobro pelo labor nos seguintes feriados: 2018 - 01.05, 07.09, 13.09, 12.10, 02.11, 15.11;
2019 – 01.01, 21.04, 01.05, 13.09, 12.10 e 25.12; 2020 – 01.01, 07.09, 13.09, 12.10, 02.11,
15.11, 25.12; 2021 – 01.01, 21.04, 07.09, 13.09, 12.10, 15.11; 2022 – 21.04, 01.05.

Julgo procedentes os reflexos em aviso prévio, férias, 13º salário


e FGTS.

2.3- GRATUIDADE DA JUSTIÇA

A teor do disposto no §3º do art.790 da CLT, é facultado aos


juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância
conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto
a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40%
(quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência
Social.

A despeito do teto acima, também assiste direito aos benefícios


da justiça gratuita a parte que comprovar a hipossuficiência de recursos, conforme
prescreve o §4º do art.790 da CLT.

Por oportuno, esclareço que, nos termos prescritos na Portaria


MPS/MF Nº 26/2023, o limite máximo do benefício a ser concedido pelo Regime Geral
de Previdência Social é de R$ 7.507,49, atualmente.

Dentro desse quadro normativo em vigor, assiste direito aos


benefícios da justiça gratuita o empregado que receber salário igual ou inferior a R$
3.002,99 ou a parte que comprovar a hipossuficiência de recursos, conforme o disposto
no §4º do art.790 da CLT.

No caso vertente, ficou demonstrado que a remuneração


pactuada entre as partes foi inferior ao teto previsto no §4º do art.790 da CLT, o que
evidencia, na espécie, a incapacidade financeira do reclamante, pelo que lhe concedo
os benefícios da justiça gratuita.

2.4- HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS

A partir das alterações promovidas pela lei 13.467/2017, em


vigor desde 11.11.2017, os honorários advocatícios, no processo trabalhista, passaram

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a ser devidos com a simples sucumbência. Nesse sentido, transcrevo o disposto no art.
791-A da CLT:

“Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue


em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência,
fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15%
(quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da
sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível
mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 1o Os honorários são devidos também


nas ações contra a Fazenda Pública e nas ações em que a parte
estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua
categoria. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 2 o Ao fixar os honorários, o juízo


observará: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

I - o grau de zelo do
profissional; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

II - o lugar de prestação do
serviço; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

III - a natureza e a importância da


causa; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

IV - o trabalho realizado pelo advogado e o


tempo exigido para o seu serviço. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)

§ 3o Na hipótese de procedência parcial, o


juízo arbitrará honorários de sucumbência recíproca, vedada a
compensação entre os honorários. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)

§ 4o Vencido o beneficiário da justiça


gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro
processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações
decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva
de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois
anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as
certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de

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insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade,


extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do
beneficiário. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

§ 5o São devidos honorários de


sucumbência na reconvenção. “

Entretanto, no tocante ao beneficiário da justiça gratuita, o


Pleno deste Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região se reuniu em
10.02.2020 e declarou a inconstitucionalidade do parágrafo quarto do artigo 791-A da
CLT, conforme se observa em trecho do julgamento:

“Destarte, enquanto o Supremo Tribunal


Federal não julga em definitivo a ADIN que tem por objeto, dentre
outros, a declaração de inconstitucionalidade do §4º, art. 791-A da
CLT, inafastável a necessidade de submissão da questão ao
Plenário desta Corte, nos termos previstos nos artigos 23, 103 e
180 do Regimento Interno, uma vez que aquela Suprema Corte
Constitucional, em sede de Reclamações Constitucionais, tem
cassado os efeitos das decisões proferidas por órgãos fracionários
que afastam a incidência da norma celetista, por violação a Súmula
Vinculante nº 10 (cláusula de reserva de plenário), como ocorreu
nos autos da Reclamação 34.997/PARÁ.

Com estes fundamentos, voto pela


inconstitucionalidade do parágrafo quarto do art. 791-A da CLT,
incluído pela Lei nº 13.467/17, por violação aos princípios e
garantias fundamentais consagrados no artigo 1º, III (princípio da
dignidade da pessoa humana), artigo 5º, caput (princípio da
igualdade), artigo 5º, XXXV (princípio de amplo acesso à jurisdição)
e artigo 5º, LXXIV (garantia fundamental da assistência jurídica
integral e gratuita) da Constituição Federal em vigor. Tudo
conforme os fundamentos. (grifo nosso)

3. CONCLUSÃO

ISTO POSTO,

ACORDAM OS MAGISTRADOS DO PLENO DO


TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA OITAVA REGIÃO, À
UNANIMIDADE, ADMITIR O INCIDENTE DE ARGUIÇÃO DE
INCONSTITUCIONALIDADE; NO MÉRITO, SEM DIVERGÊNCIA,
ACOLHÊ-LO PARA DECLARAR A INCONSTITUCIONALIDADE DO

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PARÁGRAFO QUARTO DO ART. 791-A DA CLT, INCLUÍDO PELA LEI


Nº 13.467/17, POR VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS E GARANTIAS
FUNDAMENTAIS CONSAGRADOS NO ARTIGO 1º, III (PRINCÍPIO DA
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA), ARTIGO 5º, CAPUT (PRINCÍPIO
DA IGUALDADE), ARTIGO 5º, XXXV (PRINCÍPIO DE AMPLO ACESSO À
JURISDIÇÃO) E ARTIGO 5º, LXXIV (GARANTIA FUNDAMENTAL DA
ASSISTÊNCIA JURÍDICA INTEGRAL E GRATUITA) DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL EM VIGOR. TUDO CONFORME OS FUNDAMENTOS. “

Desta sorte, em observância ao disposto no inc.V do art.927 do


CPC/2015, sigo o entendimento sufragado pelo Pleno deste Egrégio Tribunal Regional
do Trabalho da 8ª Região e declaro a inconstitucionalidade do §4º do art.791-A da CLT,
pelo que considero indevidos honorários sucumbenciais à parte beneficiária da justiça
gratuita.

Pelos fundamentos expostos, não são devidos honorários por


parte do autor, eis que beneficiário da justiça gratuita, porém condeno a reclamada ao
pagamento de honorários sucumbenciais, no percentual de 5% sobre o valor da
condenação em pecúnia.

2.5- DOS JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA

No julgamento das ADCs 58 e 59, bem como das ADIs 5867 e


6021, o STF, em sessão plenária, conferiu interpretação conforme ao art.879, §7º e 899,
§4º, ambos da CLT, para fixar os índices do IPCA-E e Taxa Selic sobre as condenações
judiciais e depósitos recursais nos processos trabalhistas, conforme se depreende de
ementa do julgado, in verbis:

“Decisão: O Tribunal, por maioria, julgou


parcialmente procedente a ação, para conferir interpretação
conforme à Constituição ao art. 879, § 7º, e ao art. 899, § 4º, da CLT,
na redação dada pela Lei 13.467 de 2017, no sentido de considerar
que à atualização dos créditos decorrentes de condenação judicial
e à correção dos depósitos recursais em contas judiciais na Justiça
do Trabalho deverão ser aplicados, até que sobrevenha solução
legislativa, os mesmos índices de correção monetária e de juros
que vigentes para as condenações cíveis em geral, quais sejam a
incidência do IPCA-E na fase pré-judicial e, a partir da citação, a
incidência da taxa SELIC (art. 406 do Código Civil), nos termos do
voto do Relator, vencidos os Ministros Edson Fachin, Rosa Weber,
Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio. Por fim, por maioria,
modulou os efeitos da decisão, ao entendimento de que (i) são
reputados válidos e não ensejarão qualquer rediscussão (na ação

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em curso ou em nova demanda, incluindo ação rescisória) todos os


pagamentos realizados utilizando a TR (IPCA-E ou qualquer outro
índice), no tempo e modo oportunos (de forma extrajudicial ou
judicial, inclusive depósitos judiciais) e os juros de mora de 1% ao
mês, assim como devem ser mantidas e executadas as sentenças
transitadas em julgado que expressamente adotaram, na sua
fundamentação ou no dispositivo, a TR (ou o IPCA-E) e os juros de
mora de 1% ao mês; (ii) os processos em curso que estejam
sobrestados na fase de conhecimento (independentemente de
estarem com ou sem sentença, inclusive na fase recursal) devem
ter aplicação, de forma retroativa, da taxa Selic (juros e correção
monetária), sob pena de alegação futura de inexigibilidade de
título judicial fundado em interpretação contrária ao
posicionamento do STF (art. 525, §§ 12 e 14, ou art. 535, §§ 5º e 7º,
do CPC) e (iii) igualmente, ao acórdão formalizado pelo Supremo
sobre a questão dever-se-á aplicar eficácia erga omnes e efeito
vinculante, no sentido de atingir aqueles feitos já transitados em
julgado desde que sem qualquer manifestação expressa quanto
aos índices de correção monetária e taxa de juros (omissão
expressa ou simples consideração de seguir os critérios legais),
vencidos os Ministros Alexandre de Moraes e Marco Aurélio, que
não modulavam os efeitos da decisão. Impedido o Ministro Luiz
Fux (Presidente). Presidiu o julgamento a Ministra Rosa Weber
(Vice-Presidente). Plenário, 18.12.2020 (Sessão realizada por
videoconferência - Resolução 672/2020/STF)."

Por conseguinte, o Supremo Tribunal Federal acolheu embargos


de declaração nos autos da ADC 58 para determinar a incidência do IPCA-E na fase pré-
judicial e da Taxa Selic desde o ajuizamento da ação, dirimindo, portanto, quaisquer
dúvidas a respeito da incidência dos juros moratórios de 1% desde o ajuizamento da
ação trabalhista, senão veja:

“Decisão: (ED-terceiros) O Tribunal, por


unanimidade, não conheceu dos embargos de declaração opostos
pelos amici curiae, rejeitou os embargos de declaração opostos
pela ANAMATRA, mas acolheu, parcialmente, os embargos de
declaração opostos pela AGU, tão somente para sanar o erro
material constante da decisão de julgamento e do resumo do
acórdão, de modo a estabelecer “a incidência do IPCA-E na fase pré-
judicial e, a partir do ajuizamento da ação, a incidência da taxa

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SELIC (art. 406 do Código Civil)”, sem conferir efeitos infringentes,


nos termos do voto do Relator. Impedido o Ministro Luiz Fux
(Presidente). Plenário, Sessão Virtual de 15.10.2021 a 22.10.2021.”

Cumpre esclarecer que a Taxa Selic engloba a atualização


monetária e os juros moratórios, restando afastados, portanto, os antigos juros
moratórios de 1% desde o ajuizamento da ação trabalhista, ora defendidos pela
exequente.

Nesse sentido, esclareceu o Ministro Alexandre de Moraes, em


decisão proferida nos autos da Reclamação 46.023:

“Verifica-se que o juízo reclamado seguiu os


parâmetros indicados no julgamento da ADC 58, da ADC 59, da ADI
6021 e da ADI 5867 (Rel. Min. GILMAR MENDES) quanto à
determinação dos índices de atualização monetária aplicáveis à
espécie. Ou seja, determinou a incidência do IPCAE na fase pré-
judicial e, a partir da citação, a incidência da taxa SELIC (art. 406 do
Código Civil), na linha do que expressamente firmado no referido
julgamento desta CORTE. 5 Entretanto, o ato reclamado, além
disso, determinou o pagamento de juros de mora equivalentes aos
índices de poupança, a partir do ajuizamento da ação, nos termos
do artigo 39, §1º, da Lei 8.177/91 e do artigo 883 da CLT. Alega o
reclamante que a autoridade da decisão proferida por esta
Suprema Corte foi manifestamente vilipendiada, eis que a r.
sentença, ora atacada, determinou, além da aplicação da SELIC,
como estabeleceu esta e. Corte, a incidência de juros de mora,
fundamentando sua decisão na aplicação dos artigos 39, §1º, da Lei
8.177/91, e 883, da CLT (doc. 1, fl. 12). No ponto, assiste razão ao
reclamante. A decisão proferida por esta CORTE no julgamento
conjunto da ADC 58, ADC 59, ADI 6021 e ADI 5867 (Rel. Min.
GILMAR MENDES) conferiu interpretação conforme à Constituição
ao art. 879, § 7º, e ao art. 899, § 4º, da CLT, na redação dada pela
Lei 13.467 de 2017, no sentido de que à atualização dos créditos
decorrentes de condenação judicial e à correção dos depósitos
recursais em contas judiciais na Justiça do Trabalho deverão ser
aplicados, até que sobrevenha solução legislativa, os mesmos
índices de correção monetária e de juros que vigentes para as
condenações cíveis em geral, quais sejam a incidência do IPCA-E na
fase pré-judicial e, a partir da citação, a incidência da taxa SELIC
(art. 406 do Código Civil). Ocorre que, ao determinar também o
pagamento de juros de mora equivalentes aos índices de

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poupança, a partir do ajuizamento da ação, o ato reclamado viola,


em parte, o quanto assentado pelo referido julgado. Isso porque a
taxa SELIC é um índice composto, isto é, serve a um só tempo
como indexador de correção monetária e também de juros
moratórios, nos termos do art. 406 do Código Civil (Quando os
juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa
estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão
fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do
pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional). Assim, a
determinação conjunta de pagamento de juros de mora,
equivalentes aos índices da poupança, e de atualização monetária
pela taxa SELIC, como consta do ato ora reclamado - implica em
violação ao quanto decidido na ADC 58, ADC 59, ADI 6021 e ADI
5867 (Rel. Min. GILMAR MENDES). (grifo nosso) 6 Diante do
exposto, com base no art. 161, parágrafo único, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, CONHEÇO PARCIALMENTE
da presente reclamação e, nessa parte, JULGO PROCEDENTE o
pedido para cassar a decisão reclamada somente no que
determinada a incidência de juros de mora equivalentes aos
índices de poupança, a partir do ajuizamento da ação. Por fim, nos
termos do art. 52, parágrafo único, do Regimento Interno do
Supremo Tribunal Federal, dispenso a remessa dos autos à
Procuradoria-Geral da República Publique-se. Brasília, 1º de março
de 2021. Ministro ALEXANDRE DE MORAES Relator ”

Diante desses parâmetros, determino a correção monetária da


presente condenação judicial com a utilização do índice do IPCA-E na fase pré-judicial e
da Taxa Selic, a contar do ajuizamento da peça de ingresso.

Conforme também exposto, a Taxa Selic compreende a correção


monetária e os juros moratórios, não havendo que se falar, portanto, em acréscimo de
juros de 1% desde o ajuizamento da ação.

2.6- DOS DESCONTOS FISCAIS E PREVIDENCIÁRIOS

Tendo em vista o disposto no art. 114, VIII, da CF/88, os


descontos previdenciários e fiscais deverão ser calculados, recolhidos e comprovados
pela reclamada, perante esta Justiça Especializada, na forma e prazo legais, respeitadas
as legislações vigentes aplicáveis, inclusive no tocante aos limites de isenção e
deduções por dependentes econômicos.

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Ressalto que a reclamada deverá comprovar os recolhimentos


fiscais, acaso incidentes, nos termos do artigo 46 da Lei n.º 8.541/92, e do Provimento n.
º 01/96 da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho, atentando, ainda, para o fato de
que não haverá incidência do imposto de renda sobre juros de mora, a teor do
disposto na Orientação Jurisprudencial 400 da SDI-I do C. Tribunal Superior do
Trabalho.

2.7- DO CUMPRIMENTO DA SENTENÇA

Nos termos dos artigos 832, § 1º, e 652, d, da CLT, e


considerando que a sentença é líquida, não havendo a interposição de recurso, a
reclamada deverá pagar o valor da condenação, no prazo de 48 horas, após o trânsito
em julgado, sob pena de acréscimo de 10% sobre o valor da condenação.

Em caso de interposição de recurso, após o trânsito em julgado


e atualização da dívida, a reclamada deverá ser intimada, por intermédio de seu
advogado habilitado, por meio de publicação no DEJT, para pagar a dívida atualizada,
no prazo de 48 horas, sob pena de aplicação de multa no percentual de 10%.

Em caso de inadimplemento no prazo acima, proceder-se-á o


imediato bloqueio bancário ou penhora de bens.

2.8- DA LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA

A planilha de cálculo, constando o valor individualizado de cada


uma das parcelas deferidas nesta decisão, segue em anexo e passa a integrar a mesma
para todos os fins de direito.

3. CONCLUSÃO

ANTE O EXPOSTO, DECIDE A MM. 06ª VARA DO TRABALHO DE


MACAPÁ, NA RECLAMAÇÃO TRABALHISTA AJUIZADA POR JOEL PEREIRA PARAIBANO EM
FACE DE VIAÇÃO POLICARPOS LTDA – EPP, NO MÉRITO, JULGAR PARCIALMENTE
PROCEDENTES OS PEDIDOS ELENCADOS NA INICIAL, CONDENANDO A RECLAMADA A
PAGAR AO RECLAMANTE O MONTANTE DE R$ 5.936,29, A TÍTULO DE:

* FERIADOS EM DOBRO E REFLEXOS EM AVISO PRÉVIO, FÉRIAS,


13º SALÁRIO, FGTS.

JUROS, CORREÇÃO MONETÁRIA E DEMAIS PARÂMETROS


LIQUIDATÓRIOS, CONFORME FUNDAMENTAÇÃO, TUDO NO LIMITE DOS CÁLCULOS
AUTORAIS. CONCEDO AO AUTOR OS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA. CONDENO A

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RECLAMADA AO PAGAMENTO DE HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS, NOS TERMOS DA


FUNDAMENTAÇÃO. JULGO IMPROCEDENTES OS DEMAIS PEDIDOS POR FALTA DE
AMPARO FÁTICO E LEGAL, TUDO NOS TERMOS DA
FUNDAMENTAÇÃO. CONSIDERANDO QUE A SENTENÇA É LÍQUIDA, NÃO HAVENDO A
INTERPOSIÇÃO DE RECURSO, A RECLAMADA DEVERÁ PAGAR O VALOR DA
CONDENAÇÃO, NO PRAZO DE 48 HORAS, APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO, SOB PENA
DE ACRÉSCIMO DE 10% SOBRE O VALOR DA CONDENAÇÃO. EM CASO DE
INTERPOSIÇÃO DE RECURSO, APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO E ATUALIZAÇÃO DA
DÍVIDA, A RECLAMADA DEVERÁ SER INTIMADA, POR INTERMÉDIO DE SEUS ADVOGADOS
HABILITADOS, POR MEIO DE PUBLICAÇÃO NO DOJT, PARA PAGAR A DÍVIDA
ATUALIZADA, NO PRAZO DE 48 HORAS, SOB PENA DE APLICAÇÃO DE MULTA NO
PERCENTUAL DE 10%. EM CASO DE INADIMPLEMENTO NO PRAZO ACIMA, PROCEDER-
SE-Á O IMEDIATO BLOQUEIO BANCÁRIO OU PENHORA DE BENS. CUSTAS PELA
RECLAMADA NO VALOR DE R$-150,84, CALCULADAS SOBRE O MONTANTE DE
R$-7.541,77, VALOR DA CONDENAÇÃO, INCLUÍDO O INSS PATRONAL. ANTE A
ANTECIPAÇÃO DA PUBLICAÇÃO DESTA DECISÃO, NOTIFIQUEM-SE AS PARTES PARA
CIÊNCIA. NADA MAIS.

MACAPA/AP, 16 de junho de 2023.

ODAISE CRISTINA PICANCO BENJAMIM MARTINS


Juíza do Trabalho Titular

Assinado eletronicamente por: ODAISE CRISTINA PICANCO BENJAMIM MARTINS - Juntado em: 16/06/2023 12:46:46 - 7870d44
https://pje.trt8.jus.br/pjekz/validacao/23061608412017800000038143807?instancia=1
Número do processo: 0000321-46.2023.5.08.0207
Número do documento: 23061608412017800000038143807
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 8ª REGIÃO
6ª VARA DO TRABALHO DE MACAPÁ
ATSum 0000321-46.2023.5.08.0207
RECLAMANTE: JOEL PEREIRA PARAIBANO
RECLAMADO: VIACAO POLICARPOS LTDA - EPP

DECISÃO PJe–JT

Considerando os termos da certidão de Id fd0cee3, informando


os pressupostos de admissibilidade recursal, encaminhar os autos ao E. TRT 8ª Região,
eis que preenchidos os pressupostos de admissibilidade do recurso ordinário
interposto pelo reclamante.

MACAPA/AP, 12 de julho de 2023.

ENIO BORGES ARAUJO CAMPOS


Juiz do Trabalho Substituto

Assinado eletronicamente por: ENIO BORGES ARAUJO CAMPOS - Juntado em: 12/07/2023 21:56:59 - 1969a18
https://pje.trt8.jus.br/pjekz/validacao/23071209441098700000038554604?instancia=1
Número do processo: 0000321-46.2023.5.08.0207
Número do documento: 23071209441098700000038554604
Fls.: 23

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 8ª REGIÃO

Gab. Des. Walter Paro

PROCESSO nº 0000321-46.2023.5.08.0207 (RORSum)

RECORRENTE: JOEL PEREIRA PARAIBANO


Advogado: Davi Iva Martins da Silva

RECORRIDAS: VIAÇÃO POLICARPOS LTDA - EPP


Advogado: Ramon Batista do Rego

RELATOR: DESEMBARGADOR WALTER ROBERTO PARO

OBJETO: Recurso Ordinário do Reclamante: Indenização por danos morais. Honorários sucumbenciais.

Julgamento:

CERTIDÃO DE JULGAMENTO

"CERTIFICO QUE, APRESENTADO ESTE PROCESSO PARA JULGAMENTO, A E.


4ª TURMA DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA OITAVA REGIÃO DECIDIU,
UNANIMEMENTE, CONHECER DO RECURSO ORDINÁRIO INTERPOSTO PELO
RECLAMANTE, POIS PREENCHIDOS OS PRESSUPOSTOS LEGAIS DE ADMISSIBILIDADE. NO
MÉRITO, POR MAIORIA DE VOTOS, VENCIDA, EM PARTE, A EXCELENTÍSSIMA
DESEMBARGADORA DO TRABALHO SULAMIR PALMEIRA MONASSA DE ALMEIDA, DA
R-LHE PARCIAL PROVIMENTO PARA, REFORMANDO EM PARTE A R. DECISÃO
RECORRIDA, CONDENAR A RECLAMADA AO PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO POR DANO
MORAL PELA MORA SALARIAL NO VALOR DE R$ 2.000,00 (DOIS MIL REAIS); E MAJORAR
O PERCENTUAL DOS HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS PARA 10% (DEZ POR CENTO) SOBRE
O MONTANTE DA CONDENAÇÃO. EM VIRTUDE DA ALTERAÇÃO, CUSTAS PELA
RECLAMADA, MAJORADAS PARA R$ 200,00, CALCULADAS SOBRE O NOVO VALOR DA
CONDENAÇÃO QUE ORA SE ARBITRA EM R$ 10.000,00. MANTIDA A R. DECISÃO
RECORRIDA EM TODOS OS SEUS DEMAIS TERMOS.TUDO CONFORME OS SEGUINTES

Assinado eletronicamente por: WALTER ROBERTO PARO - 09/08/2023 10:16:45 - f97eb90


https://pje.trt8.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=23071410300556600000015666230
Número do processo: 0000321-46.2023.5.08.0207 ID. f97eb90 - Pág. 1
Número do documento: 23071410300556600000015666230
Fls.: 24

FUNDAMENTOS: INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL PELO ATRASO DE SALÁRIOS E


NÃO RECOLHIMENTO DO FGTS E INSS. QUANTUM INDENIZATÓRIO. O reclamante não se
conforma com a decisão de improcedência do pedido de indenização por dano moral postulada em
virtude do atraso no pagamento dos salários, do não recolhimento do FGTS e do INSS. Aduz que a
inadimplência da empregadora no que tange à inobservância dos deveres trabalhistas, sem dúvida, causa
prejuízo moral ao autor e violam a sua dignidade, pois ele fica exposto a uma insegurança financeira e
impedido de honrar os seus compromissos com seus fornecedores. Pugna, assim, pela reforma da
sentença, a fim de que se condene a recorrida ao pagamento de reparação pelo alegado dano moral
sofrido. Decido. Inicialmente, destaco que os depósitos do FGTS e os recolhimentos do INSS não se
revertem em proveito imediato ao empregado durante o pacto laboral, mas sim, em situações
excepcionais previstas em lei. E não havendo prova nos autos de danos causados ao reclamante pela
ausência de tais recolhimentos, mantenho indeferimento da indenização por danos morais nesse aspecto.
Em relação ao atraso no pagamento de salários, reputo que tal falta contratual, por si só, já caracteriza a
ilicitude capaz de ensejar abalo moral, diante da angústia do trabalhador por não receber de forma regular
a contraprestação pela força de trabalho despendida em prol do empregador. Analisando o presente feito,
verifico que a reclamada em contestação (ID 20d70e4) admitiu atrasos no pagamento do salário do
obreiro, sendo tal fato inclusive reconhecido em processos anteriormente aforados nesta Justiça
Especializada (nºs 0000180-89.2021.5.08.2009 e 539-11.2022.5.08.0207). Nesse passo, comprovada a
conduta ilícita da reclamada capaz de ensejar o abalo moral ao reclamante, impõe-se a sua
responsabilidade pela reparação pretendida, nos termos dos arts. 186 e 927 do Código Civil. Dou
provimento neste ponto. QUANTUM INDENIZATÓRIO. Para a quantificação da indenização pelos
danos morais, o julgador deve considerar os princípios da proporcionalidade e razoabilidade, levando-se
em conta os seguintes parâmetros: a) arbitramento com moderação e razoabilidade; b) proporcionalidade
ao grau de culpa; c) proporcionalidade ao nível sócio-econômico da vítima; d) proporcionalidade ao
poder econômico da reclamada; e, por fim, e) atenção à realidade e às circunstâncias do caso concreto,
valendo-se da experiência e do bom senso. Assim, com base no sistema avaliativo e, levando em
consideração a situação vivenciada pelo reclamante, como acima exposto, fixo a indenização por danos
morais no importe de R$2.000,00 (dois mil reais), valor que atende muito bem a situação do caso
concreto, de forma adequada, proporcional e pedagógica e está de acordo com a jurisprudência desta e. 4ª
Turma. Pelo exposto, dou provimento parcial ao recurso da reclamante para, reformando em parte a r.
decisão recorrida, condenar a reclamada ao pagamento da indenização por dano moral pela mora salarial
no valor de R$2.000,00 (dois mil reais). FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS. Nas
razões recursais o reclamante pugna pela reforma da sentença recorrida para que seja majorado o
percentual deferido a título de honorários sucumbenciais em favor do seu patrono, de 5% para 15%. Deci
do. Na hipótese dos autos, o juízo singular fixou em 5% os honorários sucumbenciais. Contudo, os
precedentes desta e. 4ª Turma são no sentido de fixar em 10% os honorários sucumbenciais. Diante do
exposto, por disciplina judiciária, dou provimento parcial ao recurso para fixar em 10% os honorários
de sucumbência a serem suportados pela reclamada, a incidir sobre o valor da condenação em pecúnia. F
UNDAMENTOS DA DIVERGÊNCIA PARCIAL SUSCITADA PELA EXCELENTÍSSIMA
DESEMBARGADORA DO TRABALHO SULAMIR PALMEIRA MONASSA DE ALMEIDA: DA
NO MORAL ATRASO SALÁRIO. Divirjo do nobre Relator quanto à parcela de indenização por
danos morais, dando provimento ao recurso da reclamada neste ponto, para excluir a parcela da

Assinado eletronicamente por: WALTER ROBERTO PARO - 09/08/2023 10:16:45 - f97eb90


https://pje.trt8.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=23071410300556600000015666230
Número do processo: 0000321-46.2023.5.08.0207 ID. f97eb90 - Pág. 2
Número do documento: 23071410300556600000015666230
Fls.: 25

condenação. Entendo, que o atraso no pagamento de salário não gera, por si só, o direito ao pagamento
de indenização por danos morais. Além disso, o descumprimento de obrigação trabalhista a cargo do
empregador possibilita, à parte lesada, o direito de ingressar com a demanda judicial requerendo a
reparação desse direito, mas essa circunstância não vincula a ocorrência de um dano moral. Neste
sentido, cito o seguinte precedente desta E. Turma: "RECURSO ORDINÁRIO. DANO MORAL POR
ATRASO NO PAGAMENTO DE SALÁRIOS. INDEVIDO. O inadimplemento por parte da
empregadora, em relação ao atraso no pagamento de salários e verbas rescisórias, não dá ensejo às
reparações daí decorrentes. A hipótese vertente não propicia, de forma automática e ampla, o direito ao
trabalhador de ser indenizado por suposto dano moral. Ademais, insta destacar que, no presente caso,
houve a condenação da reclamada ao pagamento das verbas rescisórias, inclusive com aplicação das
multas dos artigos 477 e 467 da CLT, de forma que já houve reparação da lesão experimentada pelo
reclamante. Sentença mantida. (TRT da 8ª Região; Processo: 0000784-39.2019.5.08.0203 ROT; Data: 02
/03/2021; Órgão Julgador: 4ª Turma; Relator: ALDA MARIA DE PINHO COUTO)."

Sala de Sessões da Quarta Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da Oitava


Região.

wrp/2

Assinado eletronicamente por: WALTER ROBERTO PARO - 09/08/2023 10:16:45 - f97eb90


https://pje.trt8.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=23071410300556600000015666230
Número do processo: 0000321-46.2023.5.08.0207 ID. f97eb90 - Pág. 3
Número do documento: 23071410300556600000015666230
SUMÁRIO
Documentos

Data da
Id. Documento Tipo
Assinatura

86a9f17 03/04/2023 09:20 Decisão Decisão

aa4d18b 10/04/2023 09:10 Decisão Decisão

d010c59 14/04/2023 14:11 Decisão Decisão

1505fc1 24/05/2023 15:14 Ata da Audiência Ata da Audiência

7870d44 16/06/2023 12:46 Sentença Sentença

1969a18 12/07/2023 21:56 Decisão Decisão

f97eb90 09/08/2023 10:16 Acórdão Acórdão

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