ATOrd 0100042-88.2017.5.01.0202 1grau

Fls.
: 1
Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região
Ação Trabalhista - Rito Ordinário

0100042-88.2017.5.01.0202
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Processo Judicial Eletrônico
Data da Autuação: 12/01/2017

Valor da causa: R$ 40.000,00
Partes:
RECLAMANTE: EDSON XAVIER FILHO
ADVOGADO: JOSÉ SOLON TEPEDINO JAFFÉ
RECLAMADO: ASAP LOG - LOGISTICA E SOLUCOES LTDA.
ADVOGADO: ANA GABRIELA BURLAMAQUI DE CARVALHO VIANNA
RECLAMADO: Via S.A
ADVOGADO: ANA GABRIELA BURLAMAQUI DE CARVALHO VIANNA
ADVOGADO: THIAGO MAHFUZ VEZZI
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Fls.: 2
2ª VARA DO TRABALHO DE DUQUE DE CAXIAS
TERMO DE AUDIÊNCIA RELATIVO AO PROCESSO 0100042-88.2017.5.01.0202
Em 27 de março de 2017, na sala de sessões da MM. 2ª VARA DO TRABALHO DE DUQUE

DE CAXIAS/RJ, sob a direção da Exmo(a). Juíza RAQUEL RODRIGUES BRAGA, realizou-se audiência
relativa a AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO número 0100042-88.2017.5.01.0202 ajuizada por
EDSON XAVIER FILHO em face de VVLOG LOGISTICA LTDA..
Às 14h25min, aberta a audiência, foram, de ordem da Exmo(a). Juíza do Trabalho,

apregoadas as partes.
Presente o autor, acompanhado do(a) advogado(a), Dr(a). NATALIA SOARES BARBOSA,

OAB nº 197558/RJ.
Presente o preposto dos réus VVLOG LOGISTICA LTDA. e VIA VAREJO S/A, Sr(a).
LUDMILA LORENÇÃO, CPF 151.449.117-65, acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). ALINE
REIS DE ABREU, OAB nº 196778/RJ.
Inconciliáveis.
Contestações dos réus recebidas, retirando-se o sigilo das peças em audiência.
O valor da causa fora fixado em R$40.000,00.
Ante o caráter meramente conciliatório da pauta, cuja notificação fora neste sentido, impõe-se
o adiamento do feito.
Defere-se prazo para manifestações sobre defesa e documentos até a próxima audiência.
Próxima audiência: 24/04/2017 às 14h e 30min, mantidas as determinações iniciais.
A parte que desejar a notificação de suas testemunhas, em 10 dias, deverá apresentar o rol,
com o número do CPF, sob pena de trazê-las independentemente de notificação, diligenciando na
hipótese de devolução das notificações ou qualquer eventualidade, em tempo hábil para a realização da
audiência, sob pena de perda da prova.
Ciente os presentes.
E, para constar, eu, Leandro Lima Dias, Secretário de Audiências, lavrei a presente ata, que
segue devidamente assinada.
Encerrada às 14:26h.
RAQUEL RODRIGUES BRAGA
Assinado eletronicamente por: RAQUEL RODRIGUES BRAGA - 28/03/2017 16:33:23 - 5896840

https://pje.trt1.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17032814154183300000050768891
Número do processo: 0100042-88.2017.5.01.0202 ID. 5896840 - Pág. 1
Número do documento: 17032814154183300000050768891
Fls.: 3
Juíza do Trabalho
Assinado eletronicamente por: RAQUEL RODRIGUES BRAGA - 28/03/2017 16:33:23 - 5896840

Número do processo: 0100042-88.2017.5.01.0202 ID. 5896840 - Pág. 2
Fls.: 4
2ª VARA DO TRABALHO DE DUQUE DE CAXIAS
Em 24 de abril de 2017, na sala de sessões da MM. 2ª VARA DO TRABALHO DE DUQUE

DE CAXIAS/RJ, sob a direção do Exmo(a). Juiz MATEUS CARLESSO DIOGO, realizou-se audiência
relativa a AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO número 0100042-88.2017.5.01.0202 ajuizada por
EDSON XAVIER FILHO em face de VVLOG LOGISTICA LTDA..
Às 14h36min, aberta a audiência, foram, de ordem do Exmo(a). Juiz do Trabalho, apregoadas

as partes.
Presente o autor, acompanhado do(a) advogado(a), Dr(a). NATALIA SOARES BARBOSA,

OAB nº 197558/RJ.
Presente o preposto dos réus VVLOG LOGISTICA LTDA. e VIA VAREJO S/A, Sr(a).
LUDMILA LORENÇÃO, CPF 151.449.117-65, acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a). VIVIANE
GUIMARAES MATOS, OAB nº 109529/RJ.
Recusada a conciliação.
Tendo em vista a duplicidade das contestações juntadas, requerem as reclamadas a exclusão

da contestação de id 6e36652, sem objeção da parte contrária.
Contestações dos réus recebidas e retirado o sigilo neste ato.
Valor da causa fora fixado pela petição inicial.
Prova documental preclusa.
Manifestando-se sobre a defesa e documento, a parte autora: “Requer a aplicação do art. 400
do novo CPC e da Súmula 338 do TST pela não juntada dos controles de frequência, haja vista que a
própria contestação afirma que o reclamante era sujeito ao controle de jornada.”
DEPOIMENTO DO AUTOR: que trabalhava das 2h às 17h; que dormia as 20h e

acordava 1h; que tinha intervalo de apenas 20 a 30 minutos; que entre 2h e 5h fazia conferência de
mercadorias e carregamento de caminhão; que iniciava a sua rota as 5h entregando mercadorias até as
14/15h; que depois retornava ao depósito e descarregava mercadorias que havia carregado nas lojas, o
que ocorria até as 17h; que trabalhava com motorista Cristiano e outro ajudante de nome Isaías; que
desde a admissão sempre fez carregamento e descarregamento e conferencia de produtos; que
trabalhava normalmente de segunda a sábado e um domingo por mês; que em maio, outubro, novembro
e dezembro trabalhava em três domingos; que trabalhou em todos os feriados; que trabalhava em lojas
localizadas na rua, raramente em shoppings; que a partir das 5h a reclamada já disponibilizava
conferentes nas lojas para receber os produtos; que abastecia uma loja por dia.
DEPOIMENTO DA PREPOSTA RÉU: que o reclamante era ajudante interno e fazia

carregamento e descarregamento de produtos; que desconhece o horário de trabalho do reclamante;
que o reclamante também fazia conferencia de produtos.
Assinado eletronicamente por: MATEUS CARLESSO DIOGO - 24/04/2017 16:52:58 - ea43f84

Número do processo: 0100042-88.2017.5.01.0202 ID. ea43f84 - Pág. 1
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Inquirida(s) uma testemunha(s) indicada(s) pela parte autora.
Declaram as partes não terem mais provas a produzir.
Razões finais orais remissivas.
Recusada a última proposta conciliatória.
Adiado sine die parasentença.
Cientes os presentes.
E, para constar, eu, Leandro Lima Dias, Secretário de Audiências, lavrei a presente ata, que
segue devidamente assinada.
Encerrada às 15:11h.
MATEUS CARLESSO DIOGO
Juiz do Trabalho
Depoimento da testemunha indicada pelo(a) autor(a)
NOME: CRISTIANO MAXIMINO DE ALBUQUERQUE
PROFISSÃO: MOTORISTA
ESTADO CIVIL: SOLTEIRO
RG: 100416343IFP/RJ
CPF: 078.662.197-45
ENDEREÇO: RUA HENRIQUE BERNADELE, LT 10, QD 81, IMBARIE, VILA EMA,

DUQUE DE CAXIAS, RJ
Advertido(a), compromissado(a) e inquirido(a), disse: que foi admitido pela reclamada em

15/06/2015; que está afastado do trabalho desde 10/2016; que sua função era a de motorista de
caminhão; que o reclamante era ajudante, como também o colega Isaías; que trabalhava das 2h às 17h,
com intervalo de 20/30 minutos; que trabalhava de segunda a sábado e um domingo por mês; que
trabalhava em todos os feriados, exceto 01/05, 25/12 e 01/01; que de 02h as 5h fazia conferência e
carregamento de caminhão; que as atividades na loja encerravam as 14h; que entre 16 e 17 horas
faziam descarregamento de mercadorias enviadas pela loja até o depósito; que atendiam uma loja por
dia; que de sua casa ate o depósito leva em torno de 20 minutos; que o reclamante também fazia
conferência desde sua admissão; que os horários de início e fim da jornada eram corretamente
anotados; que o recibo do registro de horário era emitido ,em média, epenas três vezes por mês; que a
reclamada não possibilitava a conferência dos horários considerados; que o depósito conta com duas
máquinas para marcação de ponto.

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Nada mais disse nem lhe foi perguntado. Encerrado.
O depoente leu e ratificou os termos do depoimento prestado.

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PODER JUDICIÁRIO FEDERAL

JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 1ª REGIÃO
2ª Vara do Trabalho de Duque de Caxias
Avenida Brigadeiro Lima e Silva, 1576, 3º andar, Jardim Vinte e Cinco de Agosto, DUQUE DE CAXIAS - RJ -
CEP: 25071-182
tel: (21) 27714363 - e.mail: vt02.dc@trtrio.gov.br
PROCESSO: 0100042-88.2017.5.01.0202
CLASSE: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
RECLAMADO: VVLOG LOGISTICA LTDA. e outros
SENTENÇA PJe-JT
RELATÓRIO
Edson Xavier Filhoajuíza ação trabalhista em face de VVLog Logística Ltda. (Pontocred
Negócios de Varejo Ltda.)e Via Varejo S.A., em 12/1/2017. Alega que foi admitido pela reclamada
VVLog em 17/72015, tendo sido despedido sem justa causa em 2/6/2016. Postula os pedidos arrolados
nos itens 1 a 14 do petitório. Dá à causa o valor de R$ 40.000,00.
A reclamada VVLog apresenta defesa escrita (ID. c75cf5c). Pugna pelo julgamento de
improcedência da ação. Requer, ainda, sejam observados os critérios de apuração de juros e correção
monetária que indica, bem como a compensação dos valores já pagos ao reclamante.
Juntam-se documentos. São tomados os depoimentos das partes e é inquirida uma

testemunha.
Sem mais provas, a instrução é encerrada. Razões finais remissivas. Inexitosas as propostas
de conciliação.
É o relatório.
FUNDAMENTAÇÃO
Assinado eletronicamente por: MATEUS CARLESSO DIOGO - 25/04/2017 18:39:14 - 3e64838

Número do processo: 0100042-88.2017.5.01.0202 ID. 3e64838 - Pág. 1
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1. Responsabilidade das reclamadas (item 2)
Alega o reclamante que as reclamadas integram o mesmo grupo econômico. Postula seja
reconhecida a responsabilidade solidária das reclamadas.
É incontroverso, por não contestado, que as reclamadas integram o mesmo grupo

econômico.
Destarte, com fulcro no parágrafo 2o do art. 2o da CLT, reconheço a responsabilidade

solidária das reclamadas perante os créditos eventualmente reconhecidos ao reclamante na presente ação,
e acessórios.
2. Acúmulo de funções (item 9)
Sustenta o reclamante que foi admitido para laborar na função de ajudante de logística; que
a partir do terceiro mês de trabalho passou a fazer também as atividades de conferente; que jamais
recebeu remuneração pelo exercício da função de conferente; que o salário de conferente é R$ 2.500,00.
Pede o pagamento de 1 piso salarial da função de conferente por cada mês de serviço prestado.
A reclamada VVLog diz que o reclamante foi admitido para exercer a função de logística;
que o reclamante nunca exerceu atividades estranhas à sua função; que não possui quadro de carreira
homologado pelo Ministério do Trabalho ou plano de cargos e salários; que o reclamante recebeu salário
correspondente à função desempenhada.
Em seu depoimento, o reclamante afirma que sempre fez a conferência de produtos:
Depoimento do reclamante: "(...); que desde a admissão sempre fez carregamento e

descarregamento e conferencia de produtos; (...)".
A reclamada admite que o reclamante fazia carregamento e descarregamento, bem como

conferência de produtos:
Depoimento da reclamada: "que o reclamante era ajudante interno e fazia

carregamento e descarregamento de produtos; (...); que o reclamante também fazia
conferencia de produtos".
Concluo, portanto, que, desde a admissão, o reclamante, além do carregamento e

descarregamento, fez conferência de produtos.

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No entanto, entendo que tal é insuficiente para gerar à reclamante direito a acréscimo
salarial.
Primeiro, porque a legislação brasileira, salvo raras exceções não configuradas no

particular, não prevê salário por funções.
Segundo, porque o fato de ser previsto em contrato o desempenho da função de ajudante de

logística nada diz a respeito das atividades que deveriam ser desempenhadas pelo empregado. Uma
desses "ajudas" pode ser exatamente a conferência de produtos.
Terceiro, porque não houve qualquer alteração das atividades ao longo do pacto laboral,
tendo o reclamante realizado todas elas desde a admissão, o que afasta a hipótese de alteração contratual
unilateral, vedada pelo art. 468 da CLT.
E quarto, porque quando o empregado está realizando uma atividade, por óbvio, não realiza
a outra, não havendo falar em acréscimo prejudicial de trabalho.
Rejeito o pedido.
3. Jornadas laboradas (itens 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 10)
Diz o reclamante que trabalhava das 2h às 17h, com 30 minutos de intervalo, de segunda-
feira a sábado e em um domingo por mês; que em maio, outubro, novembro e dezembro laborava em três
domingos por mês; que trabalhou em todos os feriados, exceto 25 de dezembro, 1o de janeiro e 1o de
maio; que as horas extras não eram pagas corretamente; que "não desfrutava do intervalo intrajornada,
pois, tão logo ingeriam a refeição retornavam à sua rotina"; que o intervalo interjornada de 11 horas não
era observado; que as horas laboradas em domingos e feriados não eram pagas em dobro. Postula o
pagamento de horas extras; de intervalos intrajornada e interjornada não gozados; de "diferenças de
férias, abono de férias, 13º salário, depósitos do FGTS, aviso prévio, multa de 40% do FGTS e repouso
semanal remunerado referentes à integração da jornada extraordinária, do intervalo intrajornada e
interjornada, com adicional de 50% na remuneração"; de domingos e feriados laborados, em dobro; de
"diferenças de férias, abono de férias, 13º salário e depósitos do FGTS, aviso prévio, multa de 40% do
FGTS e repouso semanal remunerado referentes à integração dos domingos e feriados trabalhados na
remuneração durante todo o contrato de trabalho"; e de adicional noturno.
A reclamada VVLog sustenta que o reclamante trabalhava de segunda-feira a sábado, com

intervalo para refeição de 1 a 2 horas; que a jornada alegada pelo reclamante é falsa; que os seus
empregados têm registros idôneos de jornada; que o próprio reclamante marcava seus cartões-ponto; que
as horas extras eram pagas ou compensadas; que quando o reclamante trabalhou em domingos e feriados,
estes foram pagos ou compensados; que o reclamante não trabalhou em horário noturno.
a) Horários efetivamente laborados

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Em virtude da regra expressa no parágrafo 2º do art. 74 da CLT e de seu dever de

documentação, é ônus do empregador trazer aos autos os registros de horário do empregado,
entendimento que foi consolidado pelo TST no item I da Súmula 338. No entanto, não foram trazidos aos
autos os registros de horário do reclamante, o que faz presumir pela veracidade das jornadas alegadas na
inicial.
No entanto, cumpre limitar estas jornadas, tendo em vista a prova oral:
Depoimento do reclamante: "que trabalhava das 2h às 17h; que dormia as 20h e

acordava 1h; que tinha intervalo de apenas 20 a 30 minutos; que entre 2h e 5h fazia
conferência de mercadorias e carregamento de caminhão; que iniciava a sua rota as
5h entregando mercadorias até as 14/15h; que depois retornava ao depósito e
descarregava mercadorias que havia carregado nas lojas, o que ocorria até as 17h;
(...); que trabalhava normalmente de segunda a sábado e um domingo por mês; que
em maio, outubro, novembro e dezembro trabalhava em três domingos; que
trabalhou em todos os feriados; que trabalhava em lojas localizadas na rua,
raramente em shoppings; que a partir das 5h a reclamada já disponibilizava
conferentes nas lojas para receber os produtos; que abastecia uma loja por dia".
Depoimento da testemunha convidada a depor pelo reclamante, Cristiano

Maximino de Albuquerque: "que foi admitido pela reclamada em 15/06/2015; que
está afastado do trabalho desde 10/2016; que sua função era a de motorista de
caminhão; que o reclamante era ajudante, como também o colega Isaías; que
trabalhava das 2h às 17h, com intervalo de 20/30 minutos; que trabalhava de
segunda a sábado e um domingo por mês; que trabalhava em todos os feriados,
exceto 01/05, 25/12 e 01/01; que de 02h as 5h fazia conferência e carregamento de
caminhão; que as atividades na loja encerravam as 14h; que entre 16 e 17 horas
faziam descarregamento de mercadorias enviadas pela loja até o depósito; que
atendiam uma loja por dia; que de sua casa ate o depósito leva em torno de 20
minutos; (...)".
Assim, fixo como laboradas pelo reclamante as seguintes jornadas:
- das 2h às 17h, com 30 minutos de intervalo, de segunda-feira a sábado e um domingo por

mês, exceto nos meses de maio, outubro, novembro e dezembro, quando eram trabalhados três domingos
por mês;
- houve trabalho nos feriados, exceto 25 de dezembro, 1o de janeiro e 1o de maio.
b) Compensação de horas e horas extras
Considerando as jornadas de trabalho acima reconhecidas, é certo que havia a prestação

habitual de horas extras, pois sempre extrapoladas as 8 horas diárias e 44 horas semanais de trabalho,
sem qualquer compensação.

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Assim, era devido ao reclamante o pagamento de todas as horas extras laboradas.
No entanto, não há, nos autos, prova de pagamento destas horas extras.
Faz jus o reclamante, portanto, ao pagamento de horas extras.
c) Adicional noturno
Como reconhecido, o reclamante trabalhava em horário legalmente considerado noturno

(das 2h às 5h).
No entanto, não há, nos autos, prova de pagamento do respectivo adicional.
Faz jus, portanto, ao pagamento do adicional noturno.
d) Intervalo previsto no art. 71 da CLT
De acordo com as jornadas de trabalho fixadas, o reclamante sempre gozava de intervalo

inferior ao mínimo de 1 hora previsto no caput do art. 71 da CLT (30 minutos).
Faz jus o reclamante, portanto, ao pagamento, com adicional de 50%, dos períodos de
intervalo intrajornada irregularmente não usufruídos (30 minutos por dia de trabalho), nos termos do
parágrafo 4º do art. 71 da CLT.
Registro que, ao contrário do item I da Súmula 437 do TST ("A não concessão ou a
concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados
urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele
suprimido"), entendo que é devido ao empregado que não goza do intervalo integralmente apenas os
minutos faltantes para que a hora mínima de intervalo fosse completada. Entender o contrário nada mais
é que tratar de forma igual trabalhadores submetidos a situações diferentes, em ofensa ao princípio da
isonomia: aquele que, por exemplo, gozou 45 minutos de intervalo faria jus à mesma parcela que aquele
que gozou de apenas 15 minutos. Além disso, tal regra estimularia maus empregadores a não conceder
intervalo algum, na medida em que pagariam o mesmo valor pela supressão de todo o intervalo ou de
apenas 15 minutos.
e) Intervalo previsto no art. 66 da CLT
O art. 66 da CLT determina que entre duas jornadas de trabalho deve haver um descanso de
11 horas consecutivas.
Como o reclamante trabalhava das 2h às 17h, entre duas de suas jornadas só havia 9 horas
de intervalo.
Faz jus o reclamante, portanto, ao pagamento dos períodos trabalhados em prejuízo aos
intervalos previstos no art. 66 da CLT, por aplicação analógica do § 4º, do art. 71, da CLT.

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f) Domingos e feriados laborados
Como reconhecido, o reclamante trabalhou em vários domingos e feriados sem folga

compensatória.
No entanto, não há, nos autos, prova de pagamento das horas laboradas nestes dias em
dobro.
Faz jus o reclamante, portanto, ao pagamento das horas laboradas em domingos e feriados,
sem folga compensatória, em dobro.
g) Conclusão
Tendo em vista o acima exposto, condeno as reclamadas a pagarem ao reclamante, com

base nos horários de trabalho acima reconhecidos, observados os critérios de cômputo previstos no art.
73 e seus parágrafos da CLT: a) horas extras, assim consideradas aquelas excedentes à 8a diária e/ou 44a
semanal, com adicional de 50%, e reflexos em férias acrescidas de 1/3, 13o salários, aviso prévio,
repousos semanais remunerados; b) adicional noturno de 20% incidente sobre as horas laboradas entre 2h
e 5h; c) remuneração relativa aos intervalos irregularmente gozados (30 minutos por dia de trabalho),
com adicional de 50%, e reflexos em férias acrescidas de 1/3, 13o salários, aviso prévio, repousos
semanais remunerados; d) períodos trabalhados em prejuízo aos intervalos previstos no art. 66 da CLT,
com adicional de 50%, e reflexos em férias acrescidas de 1/3, 13o salários, aviso prévio, repousos
semanais remunerados; e e) horas laboradas em domingos e feriados, sem folga compensatória, em
dobro, e reflexos em férias acrescidas de 1/3, 13o salários, aviso prévio, repousos semanais remunerados.
Determino às reclamadas, ainda, que procedam ao depósito, na conta vinculada do

reclamante, dos reflexos de horas extras, da remuneração relativa aos intervalos intrajornada
irregularmente gozados, dos períodos trabalhados em prejuízo aos intervalos previstos no art. 66 da CLT
e das horas laboradas em domingos e feriados, sem folga compensatória, em FGTS acrescido de 40%.
Registro, em atenção à defesa, que o art. 71, § 4º, da CLT, é expresso ao determinar que "Qu
ando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador,
este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo cinqüenta
por cento sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho" (grifou-se), restando inequívoco
que a lei atribui à parcela natureza remuneratória. Ademais, esse é o entendimento jurisprudencial
pacífico, consolidado no item III da Súmula 437 do TST.
Para fins de liquidação, registro que, na apuração do valor-hora deve ser considerado: a) o
divisor 220, tendo em vista que o reclamante estava sujeito à carga horária de 44 horas semanais; b) o
entendimento jurisprudencial consolidado na Súmula 264 do TST: "A remuneração do serviço
suplementar é composta do valor da hora normal, integrado por parcelas de natureza salarial e
acrescido do adicional previsto em lei, contrato, acordo, convenção coletiva ou sentença normativa"; c)
os dias efetivamente laborados; e d) a evolução salarial do contrato.

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4. Abono pecuniário (item 11)
Alega o reclamante que "faz jus o reclamante ao percebimento do abono pecuniário de sua
categoria, na a importância de R$ 1.000,00 (hum mil reais)" (sic); que "este pagamento será feito em
duas parcelas iguais de R$ 500,00 (quinhentos reais) cada, sendo a primeira em setembro/2015 e a
segunda em março/2016, juntamente com o pagamento dos salários dos respectivos meses, conforme
CCT em anexo". Pede o pagamento do abono pecuniário.
A reclamada VVLog diz que não é aplicável a convenção coletiva de trabalho trazida com a
inicial; que é filiada ao Sindicato dos Empregados no Comércio Varejista, por ele sendo representada.
Não foi juntada aos autos qualquer norma coletiva.
Assim, por não comprovado que as normas coletivas aplicáveis na relação entre as partes
preveem o pagamento de abono pecuniário, ônus que incumbia ao reclamante (art. 818 da CLT e art. 373
do CPC), rejeito o pedido.
5. Multa do art. 477 da CLT (item 12)
Sustenta o reclamante que a rescisão contratual foi realizada fora do prazo legal. Postula o
pagamento da multa prevista no art. 477 da CLT.
Não há, nos autos, prova de que as verbas rescisórias do reclamante tenham sido pagas no
prazo legal, ônus que incumbia à reclamada (art. 818 da CLT e art. 373 do CPC).
Destarte, condeno as reclamadas a pagarem ao reclamante a multa prevista no art. 477, § 8º,
da CLT.
6. Contribuições previdenciárias e imposto de renda
Sobre as parcelas deferidas, exceto férias indenizadas acrescidas de 1/3, multa do art. 477 da
CLT e FGTS acrescido de 40%, incidem contribuições previdenciárias.
Autorizo, com fulcro no art. 114, inciso VIII, da Constituição Federal, art. 43 da Lei 8.212
/91 e art. 46 da Lei 8.541/1992, a retenção da cota do reclamante das contribuições previdenciárias e do
imposto de renda incidentes sobre a condenação.
Determino às reclamadas que recolham estes valores, bem como a cota patronal das
contribuições previdenciárias, na forma da lei, observado o entendimento consolidado nos itens II e III da
Súmula 368 do TST, e comprovem o recolhimento nos autos.

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7. Justiça gratuita (item 1)
O reclamante junta aos autos declaração de que não tem condições de suportar as custas do
processo sem prejuízo de sua subsistência (ID. 6f28361), motivo pelo qual, com fulcro no parágrafo 3º
do art. 790 da CLT, defiro o benefício da justiça gratuita.
8. Honorários advocatícios (item14)
De acordo com o posicionamento jurisprudencial consolidado no item I da Súmula 219 do

TST, do qual compartilho, "Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários
advocatícios não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente: a)
estar assistida por sindicato da categoria profissional; b) comprovar a percepção de salário inferior ao
dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem
prejuízo do próprio sustento ou da res-pectiva família (art.14, § 1º, da Lei nº 5.584/1970). (ex-OJ nº 305
da SBDI-I)".
No caso, não há, nos autos, prova de que o reclamante esteja assistido pelo sindicato de sua
categoria, motivo pelo qual rejeito o pedido de pagamento de honorários advocatícios.
Rejeito, ainda, o pedido de pagamento de indenização equivalente aos honorários

contratuais acordados entre o reclamante e seu advogado. No processo do trabalho a parte pode valer-se
do jus postulandi. Assim, se opta por contratar advogado, deve arcar com as despesas dessa contratação,
não podendo a parte contrária ser onerada.
9. Juros e correção monetária (item 13)
Juros e correção monetária devem incidir sobre as parcelas deferidas, na forma da lei
vigente à época da liquidação e pagamento.
Incabível, portanto, a definição de critérios específicos quanto a tal matéria em sede de

sentença de conhecimento. Assim, tenho por prejudicado o exame sobre os critérios propostos pela
reclamada VVLog.
10. Compensação requerida pela reclamada VVLog

Fls.: 15
Rejeito o pedido de compensação, por não configurados os requisitos previstos nos arts. 368
e 369 do CCB: recíproca existência de créditos e débitos da mesma natureza entre as partes, líquidos e
vencidos.
DISPOSITIVO
Ante o exposto, nos termos da fundamentação, julgo PROCEDENTES EM PARTE os

pedidos formulados por Edson Xavier Filhoem face de VVLog Logística Ltda.e Via Varejo S.A. para:
1) CONDENAR as reclamadas, solidariamente, a pagarem ao reclamante, com juros e correção
monetária, na forma da lei, autorizados os descontos previdenciários e fiscais cabíveis, observados os
critérios fixados na fundamentação, as seguintes parcelas: a) horas extras, com adicional de 50%, e
reflexos em férias acrescidas de 1/3, 13o salários, aviso prévio, repousos semanais remunerados; b)
adicional noturno de 20% incidente sobre as horas laboradas entre 2h e 5h; c) remuneração relativa aos
intervalos irregularmente gozados (30 minutos por dia de trabalho), com adicional de 50%, e reflexos em
férias acrescidas de 1/3, 13o salários, aviso prévio, repousos semanais remunerados; d) períodos
trabalhados em prejuízo aos intervalos previstos no art. 66 da CLT, com adicional de 50%, e reflexos em
férias acrescidas de 1/3, 13o salários, aviso prévio, repousos semanais remunerados; e) horas laboradas
em domingos e feriados, sem folga compensatória, em dobro, e reflexos em férias acrescidas de 1/3, 13o
salários, aviso prévio, repousos semanais remunerados; e f) multa prevista no art. 477, § 8º, da CLT; e 2)
DETERMINAR às reclamadas, solidariamente, que procedam ao depósito, na conta vinculada do
reclamante, dos reflexos de horas extras, da remuneração relativa aos intervalos intrajornada
irregularmente gozados, dos períodos trabalhados em prejuízo aos intervalos previstos no art. 66 da CLT
e das horas laboradas em domingos e feriados, sem folga compensatória, em FGTS acrescido de 40%.
Após o comprovação do depósito do FGTS, expeça a Secretaria alvará para saque do

mesmo.
Sobre as parcelas deferidas incidem contribuições previdenciárias, exceto em férias

indenizadas acrescidas de 1/3, multa do art. 477 da CLT FGTS e respectivo acréscimo de 40%.

Fls.: 16
As reclamadas deverão comprovar nos autos o recolhimento das contribuições

previdenciárias (inclusive da cota patronal) e do imposto de renda incidentes sobre as parcelas deferidas
ao reclamante.
Defiro ao reclamante o benefício da justiça gratuita.
Condeno as reclamadas ao pagamento de custas fixadas em R$ 600,00, incidentes sobre o

valor de R$ 30.000,00, provisoriamente arbitrado à condenação.
Cumpra-se após o trânsito em julgado.
Sentença publicada nos autos eletrônicos concomitantemente ao ato de sua assinatura.
Intimem-se as partes.
DUQUE DE CAXIAS, 25 de Abril de 2017
MATEUS CARLESSO DIOGO

Juiz do Trabalho Substituto

Fls.: 17

CEP: 25071-182
PROCESSO: 0100042-88.2017.5.01.0202
DECISÃO PJe-JT
Vistos etc.
Por satisfeitos os pressupostos de admissibilidade, recebo o Recurso Ordinário interposto pelas rés.
Aos recorridos, em contrarrazões, no prazo de 08 dias.
Após, subam os autos ao E. TRT com nossas homenagens.
DUQUE DE CAXIAS , 1 de Junho de 2017
Assinado eletronicamente por: LAIS RIBEIRO DE SOUSA BEZERRA - 01/06/2017 18:15:55 - 2c2ece5
Número do processo: 0100042-88.2017.5.01.0202 ID. 2c2ece5 - Pág. 1
Fls.: 18

CEP: 25071-182
PROCESSO: 0100042-88.2017.5.01.0202
DECISÃO PJe-JT
Vistos etc.
Por satisfeitos os pressupostos de admissibilidade, recebo o Recurso Ordinário Adesivo interposto pelo
autor.
Aos recorridos, em contrarrazões, no prazo de 08 dias.
Após, subam os autos ao E. TRT com nossas homenagens.
DUQUE DE CAXIAS , 27 de Junho de 2017
RAQUEL RODRIGUES BRAGA
Juiz(a) Titular de Vara do Trabalho
Assinado eletronicamente por: RAQUEL RODRIGUES BRAGA - 28/06/2017 15:43:54 - af1588e

Número do processo: 0100042-88.2017.5.01.0202 ID. af1588e - Pág. 1
Fls.: 19
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO
6ª Turma
PROCESSO nº 0100042-88.2017.5.01.0202 (RO)

RECORRENTE: EDSON XAVIER FILHO, VVLOG LOGISTICA LTDA., VIA VAREJO S/A
RECORRIDO: EDSON XAVIER FILHO, VVLOG LOGISTICA LTDA., VIA VAREJO S/A
RELATOR: ANGELO GALVAO ZAMORANO
EMENTA
JORNADA. HORA EXTRA. NÃO APRESENTAÇÃO DE
REGISTRO. SÚMULA 338 DO TST. É ônus do empregador que conta
com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na
forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos
controles de freqüência gera presunção relativa de veracidade da jornada
de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário, na forma do
entendimento consolidado na símula 338 do TST.
RELATÓRIO
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de RECURSO ORDINÁRIO em que são

partes: VVLOG LOGISTICA LTDA, VIA VAREJO S/A e EDSON XAVIER FILHO, como
Recorrentes e, OS MESMOS , como Recorridos.
RECORREM ORDINARIAMENTE A 1ª E 2ª RECLAMADAS E O

RECLAMANTE, de forma adesiva, em face da r. sentença id. 3e64838, proferida pelo MM Juízo da 2ª
VT/DUQUE DE CAXIAS (da lavra do Juiz MATEUS CARLESSO DIOGO), que julgou procedentes
em parte os pedidos narrados na petição inicial.
RELATÓRIO
A 1ª RECLAMADA ( VVLOG LOGISTICA LTDA), pretende a reforma do julgado

para afastamento das condenações ao pagamento de horas extras pelo labor extraordinário e pela
supressão dos intervalos intrajornada e interjornada, bem como o afastamento da condenação ao
pagamento de multa do art. 477 da CLT, revisão de parâmetros de juros e correção monetária, postulando
Assinado eletronicamente por: ANGELO GALVAO ZAMORANO - 07/03/2018 14:36:30 - be73b3d

Número do processo: 0100042-88.2017.5.01.0202 ID. be73b3d - Pág. 1
Fls.: 20
ainda o afastamento do benefício da gratuidade de justiça concedido ao autor, conforme razões recursais
de id. a3bc358.
A 2º RECLAMADA (VIA VAREJO S/A), em suas razões de id. 6440674, postula a

reforma da sentença para o afastamento de sua responsabilidade solidária e da multa do art. 477 da CLT.
O RECLAMANTE (EDSON XAVIER FILHO), aderindo ao recurso das reclamadas,

pretende a reforma do julgado para a procedência do pedido de acumulo de função e condenação das
reclamadas ao pagamento de honorários advocatícios.
A reclamante apresentou suas contrarrazões ao id. bd26631, manifestando-se pela

manutenção do julgado.
As reclamadas não apresentaram contrarrazões, apesar de devidamente intimadas.
Autos não remetidos ao Ministério Público, na forma do artigo 85 do RI - TRT - 1ª Região.
É o relatório.
FUNDAMENTAÇÃO
DO CONHECIMENTO
Recursos tempestivos (ids. bd4bcd5 e ).
Regular a representação ( 1ª reclamada - id.8904e36; 2ª reclamada - id. dccc566; e

reclamante id. 6a914e6).

Fls.: 21
Preparo efetuado (1ª reclamada - ids. 65c22a8 e 9ec913c; 2ª reclamada - ids. 817321e e
1fdeff2)
Não houve recolhimento de custas pela reclamante, pois não houve condenação da parte
nesse sentido.
CONHEÇO do recurso porque preenchidos os pressupostos legais de

admissibilidade, salvo quanto à irresignação da 1ª reclamada em relação ao benefício da
gratuidade de justiça concedido ao reclamante.
MÉRITO
DAS INSURGÊNCIAS COMUNS ÀS RECLAMADAS
DA JORNADA
Considerando a não apresentação dos controles de jornada do reclamante, o juízo de

primeiro grau condenou a 1ª reclamada ao pagamento de horas extras pelo labor em sobrejornada e pela
supressão dos intervalos intrajornada e interjornada e pagamento em dobro dos dias laborados nos fins de
semana sob os seguintes fundamentos:
"(...)
Tendo em vista o acima exposto, condeno as reclamadas a

pagarem ao reclamante, com base nos horários de trabalho acima
reconhecidos, observados os critérios de cômputo previstos no art. 73
e seus parágrafos da CLT: a) horas extras, assim consideradas aquelas
excedentes à 8a diária e/ou 44a semanal, com adicional de 50%, e
reflexos em férias acrescidas de 1/3, 13o salários, aviso prévio,
repousos semanais remunerados; b) adicional noturno de 20%
incidente sobre as horas laboradas entre 2h e 5h; c) remuneração

Fls.: 22
relativa aos intervalos irregularmente gozados (30 minutos por dia de

trabalho), com adicional de 50%, e reflexos em férias acrescidas de 1
/3, 13o salários, aviso prévio, repousos semanais remunerados; d)
períodos trabalhados em prejuízo aos intervalos previstos no art. 66
da CLT, com adicional de 50%, e reflexos em férias acrescidas de 1
/3, 13o salários, aviso prévio, repousos semanais remunerados; e e)
horas laboradas em domingos e feriados, sem folga compensatória,
em dobro, e reflexos em férias acrescidas de 1/3, 13o salários, aviso
prévio, repousos semanais remunerados.
Determino às reclamadas, ainda, que procedam ao depósito, na

conta vinculada do reclamante, dos reflexos de horas extras, da
remuneração relativa aos intervalos intrajornada irregularmente
gozados, dos períodos trabalhados em prejuízo aos intervalos
previstos no art. 66 da CLT e das horas laboradas em domingos e
feriados, sem folga compensatória, em FGTS acrescido de 40%.
Registro, em atenção à defesa, que o art. 71, § 4o, da CLT, é

expresso ao determinar que "Quando o intervalo para repouso e
alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo
empregador, este ficará obrigado a remunerar o período
correspondente com um acréscimo de no mínimo cinqüenta por cento
sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho" (grifou-se),
restando inequívoco que a lei atribui à parcela natureza remuneratória.
Ademais, esse é o entendimento jurisprudencial pacífico, consolidado
no item III da Súmula 437 do TST.
Para fins de liquidação, registro que, na apuração do valor-hora

deve ser considerado: a) o divisor 220, tendo em vista que o
reclamante estava sujeito à carga horária de 44 horas semanais; b) o
entendimento jurisprudencial consolidado na Súmula 264 do TST: "A
remuneração do serviço suplementar é composta do valor da hora
normal, integrado por parcelas de natureza salarial e acrescido do
adicional previsto em lei, contrato, acordo, convenção coletiva ou
sentença normativa" ; c) os dias efetivamente laborados; e d) a
evolução salarial do contrato."
Pretende a 1ª reclamada a reforma da sentença, alegando, em síntese, a falsidade da

jornada apontada pelo reclamante e que houve condenação em dobro em relação ao intervalo
intrajornada, afirmando também que nas poucas ocasiões que houve labor em feriados estes dias foram
devidamente remunerados.
A 2ª reclamada, ao seu turno, afirma que não merecem prosperar as condenações ao

pagamento de horas extras, uma vez que baseadas apenas nos fatos alegados na inicial.

Fls.: 23
Sem razão.
É ônus do empregador realizar o registro da frequência de seus empregados, conforme

disposto no art. 74 da CLT. No mesmo sentido, é o entendimento consolidado da súmula 338 do TST, in
verbis:
"Súmula nº 338 do TST
JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA

(incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 234 e 306 da SBDI-
1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez)

empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art.
74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles
de freqüência gera presunção relativa de veracidade da jornada
de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. (ex-
Súmula nº 338 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)
II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que

prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em
contrário. (ex-OJ nº 234 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)
III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída

uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da
prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador,
prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. (ex-OJ
nº 306 da SBDI-1- DJ 11.08.2003)
Com a ausência dos registros de frequncia, presume-se verdadeira a jornada alegada na

inicial, admitindo-se prova em contrário, todavia a parte reclamada não produziu nenhuma prova capaz
de invalidar as jornadas do reclamante.
Ademais, a testemunha inquirida, que laborou diretamente com o reclamante, confirmou a

jornada declinada na inicial, conforme se observa da transcrição que segue:
"Advertido(a), compromissado(a) e inquirido(a), disse: que foi

admitido pela reclamada em 15/06/2015; que está afastado do
trabalho desde 10/2016; que sua função era a de motorista de
caminhão; que o reclamante era ajudante, como também o colega
Isaías; que trabalhava das 2h às 17h, com intervalo de 20/30 minutos;
que trabalhava de segunda a sábado e um domingo por mês; que
trabalhava em todos os feriados, exceto 01/05, 25/12 e 01/01; que de
02h as 5h fazia conferência e carregamento de caminhão; que as
atividades na loja encerravam as 14h; que entre 16 e 17 horas faziam

Fls.: 24
descarregamento de mercadorias enviadas pela loja até o depósito;

que atendiam uma loja por dia; que de sua casa ate o depósito leva em
torno de 20 minutos; que o reclamante também fazia conferência
desde sua admissão; que os horários de início e fim da jornada eram
corretamente anotados; que o recibo do registro de horário era emitido
,em média, epenas três vezes por mês; que a reclamada não
possibilitava a conferência dos horários considerados; que o depósito
conta com duas máquinas para marcação de ponto."
Quanto à alegação de dupla condenação ao pagamento de intervalos intrajornada e

interjornada, já estarem inseridos no pedido de pagamento de horas extras é descabido, por decorrentes
de fatos diversos, conforme adequadamente especificado na sentença.
Pelo exposto, neste particular, nego provimento a ambos os recursos.
DA MULTA DO ART. 477, § 8º DA CLT
O juízo de primeiro grau entendeu pelo não multa do art. 477, § 8º, nos seguintes termos:
"Sustenta o reclamante que a rescisão contratual foi realizada

fora do prazo legal. Postula o pagamento da multa prevista no art. 477
da CLT.
Não há, nos autos, prova de que as verbas rescisórias do

reclamante tenham sido pagas no prazo legal, ônus que incumbia à
reclamada (art. 818 da CLT e art. 373 do CPC).
Destarte, condeno as reclamadas a pagarem ao reclamante a

multa prevista no art. 477, § 8o, da CLT.
Irresignadas aduzem as reclamadas que não merecem prosperar o entendimento do juízo

de primeiro grau, sendo incabível a condenação da multa.
Sem razão.

Fls.: 25
Não constam nos autos o comprovante de pagamento das verbas rescisórias dentro do
prazo legal.
Assim, considerando que o pagamento é fato extintivo do direito do reclamante, caberia a

empregadora a apresentação do recibo de pagamento nos termos do art. 818 da CLT e art. 373, II do CPC.
Ante o exposto, neste particular, mantém-se.
DO RECURSO DA 1ª RECLAMADA
DOS JUROS E CORREÇÃO
Sobre a questão decidiu o juízo de origem:
"Juros e correção monetária devem incidir sobre as parcelas

deferidas, na forma da lei vigente à época da liquidação e pagamento.
Incabível, portanto, a definição de critérios específicos quanto a

tal matéria em sede de sentença de conhecimento. Assim, tenho por
prejudicado o exame sobre os critérios propostos pela reclamada
VVLog."
Irresignada, a 1ª reclamada pretende a reclamada dos parâmetros de correção e juros da

condenação

Fls.: 26
Com razão.
Sobre o tema, o TST fixou o seguinte posicionamento na súmula 381:
"Súmula nº 381 do TST
CORREÇÃO MONETÁRIA. SALÁRIO. ART. 459 DA CLT

(conversão da Orientação Jurisprudencial nº 124 da SBDI-1) - Res.
129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
O pagamento dos salários até o 5º dia útil do mês subseqüente ao

vencido não está sujeito à correção monetária. Se essa data limite for
ultrapassada, incidirá o índice da correção monetária do mês
subseqüente ao da prestação dos serviços, a partir do dia 1º. (ex-OJ nº
124 da SBDI-1 - inserida em 20.04.1998)
Dessa forma, por ocasião da liquidação do julgado deverão ser observados os parâmetros
de juros e correção monetária ex vi legis, com aplicação da Orientação Jurisprudencial nº 124 da SDI do
TST, convertida na Súmula nº 381, da mesma Suprema Corte Trabalhista (época própria é o 5º dia do
mês subseqüente).
Ante o exposto, neste particular, dou provimento ao recurso para, reformando a sentença,
determinar a aplicação do critério de correção monetária constante da súmula 381 do C. TST e juros
conforme OJ. 124 da SDI-I.
DO RECURSO DA 2ª RECLAMADA
DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
O juízo de piso condenou a 2ª reclamada de forma solidárias nas condenações impostas a

1ª reclamada, sob os seguintes fundamentos:

Fls.: 27
"Alega o reclamante que as reclamadas integram o mesmo

grupo econômico. Postula seja reconhecida a responsabilidade
solidária das reclamadas.
É incontroverso, por não contestado, que as reclamadas

integram o mesmo grupo econômico.
Destarte, com fulcro no parágrafo 2o do art. 2o da CLT,

reconheço a responsabilidade solidária das reclamadas perante os
créditos eventualmente reconhecidos ao reclamante na presente ação,
e acessórios."
Postula a 2ª reclamada a reforma do julgado sob a alegação de condenação sem provas da

constituição de grupo econômico entre as reclamadas, baseando-se apenas nas alegações constantes da
inicial, pretendendo também o afastamento da multa do art. 477 da CLT por alegação de caráter
personalíssimo da punição.
Sem razão.
Cabe a parte ré o ônus da impugnação especificada, sob pena de tornar incontroversos os

fatos alegados pelo reclamante, nos termos do art. 341 do CPC.
Dessa forma, considerando que não houve contestação específica, incontroversa a

alegação de existência de grupo econômico entre as partes.
Também não prospera a alegação de não ser responsabilizada pelo pagamento de multa do
art. 477 da CLT, por ser esta condenação de natureza pessoal, uma vez que tal verba decorre da relação
empregatícia mantida entre reclamante e a 1ª reclamada e, considerando o reconhecimento de grupo
econômico, houve benefício da 2ª reclamada pelos serviços prestados pelo reclamante.
Pelo exposto, neste particular, nego provimento ao recurso.

Fls.: 28
RECURSO DA RECLAMANTE
DO ACUMULO DE FUNÇÕES
Em relação ao pedido de adicional em virtude de acumulação de funções, o juízo singular

julgou improcedente nos seguintes termos:
"Sustenta o reclamante que foi admitido para laborar na função

de ajudante de logística; que a partir do terceiro mês de trabalho
passou a fazer também as atividades de conferente; que jamais
recebeu remuneração pelo exercício da função de conferente; que o
salário de conferente é R$ 2.500,00. Pede o pagamento de 1 piso
salarial da função de conferente por cada mês de serviço prestado.
A reclamada VVLog diz que o reclamante foi admitido para

exercer a função de logística; que o reclamante nunca exerceu
atividades estranhas à sua função; que não possui quadro de carreira
homologado pelo Ministério do Trabalho ou plano de cargos e
salários; que o reclamante recebeu salário correspondente à função
desempenhada.
Em seu depoimento, o reclamante afirma que sempre fez a

conferência de produtos:
Depoimento do reclamante: "(...); que desde a admissão sempre

fez carregamento e descarregamento e conferencia de produtos; (...)".
A reclamada admite que o reclamante fazia carregamento e

descarregamento, bem como conferência de produtos:

Fls.: 29
Depoimento da reclamada: "que o reclamante era ajudante

interno e fazia carregamento e descarregamento de produtos; (...); que
o reclamante também fazia conferencia de produtos".
Concluo, portanto, que, desde a admissão, o reclamante, além

do carregamento e descarregamento, fez conferência de produtos.
No entanto, entendo que tal é insuficiente para gerar à

reclamante direito a acréscimo salarial.
Primeiro, porque a legislação brasileira, salvo raras exceções

não configuradas no particular, não prevê salário por funções.
Segundo, porque o fato de ser previsto em contrato o

desempenho da função de ajudante de logística nada diz a respeito das
atividades que deveriam ser desempenhadas pelo empregado. Uma
desses "ajudas" pode ser exatamente a conferência de produtos.
Terceiro, porque não houve qualquer alteração das atividades ao

longo do pacto laboral, tendo o reclamante realizado todas elas desde
a admissão, o que afasta a hipótese de alteração contratual unilateral,
vedada pelo art. 468 da CLT.
E quarto, porque quando o empregado está realizando uma

atividade, por óbvio, não realiza a outra, não havendo falar em
acréscimo prejudicial de trabalho.
Rejeito o pedido."
Insurge-se o reclamante contra o julgado alegando que, conforme evidenciado nos autos,
eram exercidas funções diversas das quais para a qual foi contratado, acumulando as funções de ajudante
de logística e conferente.
Sem razão.

Fls.: 30
O acúmulo de função gerador de diferenças remuneratórias é aquele que provoca um

desequilíbrio entre os serviços exigidos do empregado e a contraprestação salarial inicialmente pactuada,
levando ao enriquecimento sem causa do empregador.
Para a configuração do acúmulo de função, as tarefas acumuladas devem ser

incompatíveis com aquela para a qual foi contratado o trabalhador, bem como com a sua condição
pessoal. Assim, há que estar provado um desequilíbrio qualitativo ou quantitativo entre as funções
inicialmente combinadas entre empregado e empregador, quando então este passa a exigir daquele,
concomitantemente, outros afazeres alheios ao contrato inicial, sem a devida contraprestação.
No caso dos autos, negado pela reclamada o fato constitutivo das pretensões que lhe foram
dirigidas, era do reclamante o ônus, nos termos dos artigos 818, da CLT e 373, I, do CPC.
Por mais que na prova oral o reclamante tenha demonstrado a prática das tarefas apontadas
em sua inicial, coaduno com o entendimento do juízo de primeiro grau, que tais atividades são
perfeitamente compatíveis com a função de ajudante de logística para a qual foi contratado.
Sobre a questão vale a transcrição do disposto no art. 456 da CLT que assim dispõe:
"Art. 456. A prova do contrato individual do trabalho será

feita pelas anotações constantes da carteira profissional ou por
instrumento escrito e suprida por todos os meios permitidos em
direito.
Parágrafo único. A falta de prova ou inexistindo cláusula

expressa e tal respeito, entender-se-á que o empregado se obrigou
a todo e qualquer serviço compatível com a sua condição pessoal."
(Grifamos)
Nesse caso, entendo que as atividades alegadas pelo autor estão de acordo com o contrato
celebrado, não havendo falar em responsabilidades qualitativa e/ou quantitativamente diversas das que
foi contratado.

Fls.: 31
Ante o exposto, mantém-se.
DOS HONORÁRIOS
Os honorários advocatícios são indevidos nesta Justiça Especializada, salvo quando

preenchidos os requisitos da Lei 5.584/70, o que não ocorreu no presente caso.
Com relação ao pagamento dos honorários contratuais, com suporte no art. 389 do Código
Civil, trata-se de mera argumentação com a finalidade de desvirtuar o sistema instituído pela Lei 5584
/70. Assim, considerando a especialidade da sistemática trabalhista, tenho por não incidente a norma em
comento, no caso específico, com fundamento no art. 2º, §2º da LINDB.
Pelo exposto, neste particular, nego provimento ao recurso.
DO PREQUESTIONAMENTO
Tendo este Relator adotado tese explícita acerca dos temas suscitados e sabendo-se que o
Juiz não está obrigado a refutar todos os argumentos das partes, desde que fundamente o julgado, nos
termos do que dispõe os artigos 371 e 489, ambos do CPC, artigo 832, da CLT e artigo 93,IX, da CRFB
/88, tem-se por prequestionados os dispositivos legais invocados pela parte, como preconizado no inciso
I, da Súmula nº 297 do Col. TST.
Ante o exposto, CONHEÇO os Recursos Ordinários interpostos pelos RECLAMADAS e

pelo RECLAMANTE, salvo quanto à impugnação a gratuidade de justiça e, no mérito, NEGO
PROVIMENTO aos recursos do 2º reclamado e do reclamante e DOU PARCIAL PROVIMENTO ao

Fls.: 32
recurso da 1ª reclamada para, reformando a sentença, determinar a aplicação do critério de correção

monetária constante da súmula 381 do C. TST e juros conforme OJ. 124 da SDI-I, por ocasião da
liquidação do julgado. Tudo na forma da fundamentação supra.
ACORDAM,que, em sessão realizada nesta data, sob a Presidência do Desembargador

Federal do Trabalho Marcos Cavalcante, com a presença do Ministério Público do Trabalho, na pessoa
da Ilustre Procuradora Dra. Teresa Cristina D'Almeida Basteiro, e dos Excelentíssimos Desembargadores
Paulo Marcelo de Miranda Serrano e Angelo Galvão Zamorano, Relator, resolveu a 6ª Turma, por
unanimidade, CONHECER os Recursos Ordinários interpostos pelos RECLAMADAS e pelo RECLA
MANTE, salvo quanto à impugnação a gratuidade de justiça e, no mérito, NEGAR PROVIMENTO
aos recursos do 2º reclamado e do reclamante e DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso da 1ª
reclamada para, reformando a sentença, determinar a aplicação do critério de correção monetária
constante da súmula 381 do C. TST e juros conforme OJ. 124 da SDI-I, por ocasião da liquidação do
julgado. Tudo na forma da fundamentação do voto do Desembargador Relator.
Rio de Janeiro, 27 de fevereiro de 2018.
ANGELO GALVÃO ZAMORANO
DESEMBARGADOR FEDERAL DO TRABALHO
Relator
az4/sm/DRS

Fls.: 33
TRT - RO - 0100042-88.2017.5.01.0202
RECURSO DE REVISTA
Lei 13.015/2014
Recorrente(s): VVLOG LOGÍSTICA LTDA. E OUTRO
Recorrido(a)(s): EDSON XAVIER FILHO
PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
Tempestivo o recurso.
Regular a representação processual.
Satisfeito o preparo.
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA/SUBSIDIÁRIA / GRUPO ECONÔMICO.
Alegação(ões):
- contrariedade à(s) Súmula(s) nº 331 do Tribunal Superior do Trabalho.
- violação do(s) artigo 5º, inciso II, da Constituição Federal.
- violação d(a,o)(s) Consolidação das Leis do Trabalho, artigo 2º, §2º; artigo 818; Código Civil, artigo
265; Código de Processo Civil, artigo 373, inciso I.
Consignou o Regional:
"Cabe a parte ré o ônus da impugnação especificada, sob pena de tornar incontroversos os fatos
alegados pelo reclamante, nos termos do art. 341 do CPC.
Dessa forma, considerando que não houve contestação específica, incontroversa a alegação de
existência de grupo econômico entre as partes."
Nos termos em que prolatada a decisão, não se verificam as violações e contrariedade apontadas.
Assinado eletronicamente por: FERNANDO ANTONIO ZORZENON DA SILVA - 11/06/2018 17:09:45 - b75857d
Número do processo: 0100042-88.2017.5.01.0202 ID. b75857d - Pág. 1
Fls.: 34
Salienta-se, por oportuno, não se vislumbrar no julgado qualquer vulneração às regras de distribuição do
ônus probatório, pelo que incólume a literalidade dos dispositivos aplicáveis à espécie.
DURAÇÃO DO TRABALHO / HORAS EXTRAS.
DURAÇÃO DO TRABALHO / INTERVALO INTERJORNADAS.
DURAÇÃO DO TRABALHO / INTERVALO INTRAJORNADA.
DURAÇÃO DO TRABALHO / REPOUSO SEMANAL REMUNERADO E FERIADO / TRABALHO

AOS DOMINGOS.
DURAÇÃO DO TRABALHO / ADICIONAL NOTURNO.
RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO / VERBAS RESCISÓRIAS / MULTA DO ARTIGO

477 DA CLT.
Alegação(ões):
- violação do(s) artigo 7º, inciso XIII, da Constituição Federal.
- violação d(a,o)(s) Consolidação das Leis do Trabalho, artigo 59, §2º; artigo 66; artigo 71; artigo 73;
artigo 74, §2º; artigo 477; artigo 818; Código de Processo Civil, artigo 373, inciso I; artigo 400; Lei nº
11603/2007, artigo 1º; artigo 3º; artigo 6º.
- divergência jurisprudencial.
O exame detalhado dos autos revela que o v. acórdão regional, no tocante aos temas recorridos, está
fundamentado no conjunto fático-probatório até então produzido. Nesse aspecto, a análise das violações
apontadas importaria o reexame de todo o referido conjunto, o que, na atual fase processual, encontra
óbice inarredável na Súmula 126 do TST.
Salienta-se, por oportuno, não se vislumbrar no julgado qualquer vulneração às regras de distribuição do
ônus probatório, pelo que incólume a literalidade dos dispositivos aplicáveis à espécie.
No mais, o aresto transcrito para o confronto de teses não se presta ao fim colimado, por se revelar
inservível, porquanto não contemplado na alínea "a" do art. 896 da CLT. No mesmo sentido é o
entendimento consubstanciado na Orientação Jurisprudencial 111 da SDI-I do TST. Pode ser, ainda,
enquadrado na categoria de inservível, por não adequado ao entendimento consagrado na Súmula 337 do
TST.
DURAÇÃO DO TRABALHO / INTERVALO INTRAJORNADA / NATUREZA JURÍDICA DA

PARCELA / REPERCUSSÃO.
Verifica-se a ausência de prequestionamento em relação ao tema, o que atrai a aplicação da Súmula 297
do TST. Nesse aspecto, portanto, inviável o pretendido processamento.
CONCLUSÃO
NEGO seguimento ao recurso de revista.
Publique-se e intime-se.
Rio de Janeiro, 11 de junho de 2018.
Fls.: 35
FERNANDO ANTONIO ZORZENON DA SILVA
Desembargador Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região
/gbc/2086
Fls.: 36
CEJUSC-CAP 2º GRAU
Em 06 de agosto de 2018, na sala de sessões do CEJUSC-CAP 2º GRAU/RJ, sob a direção

da Exmo(a). Desembargadora ROSANA SALIM VILLELA TRAVESEDO, realizou-se audiência relativa
a RECURSO ORDINÁRIO número 0100042-88.2017.5.01.0202 ajuizada por EDSON XAVIER FILHO
em face de VIA VAREJO as E VVLOG LOGISTICA LTDA.
Às 14h36min, aberta a audiência, foram, de ordem da Exmo(a). Desembargadora do

Trabalho, apregoadas as partes.
Presente a parte autora, representada pela estagiária Joana Vieira da nascimento, CPF
134.648.037-08.
Presente a parte ré, representada por seu(sua) preposto(a), Sr(ª) Lana da Silva Pereira
Loureiro, CPF 148.321.897-00, assistido(a) pelo(a) Dr.(ª) Eduardo Doria Franco Fraga, OAB/RJ 205607.
Por inviável a conciliação, devolvam-se os autos para prosseguimento.
ROSANA SALIM VILLELA TRAVESEDO
Desembargadora do Trabalho
Ata redigida por Lucia Martins Fernandes, Secretário(a) de Audiência.
Assinado eletronicamente por: ROSANA SALIM VILLELA TRAVESEDO - 07/08/2018 14:38:29 - 18e4966
Fls.: 37
TRT - RO - 0100042-88.2017.5.01.0202
Despacho
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA
Agravante(s): VVLOG LOGISTICA LTDA.
Agravado(s): EDSON XAVIER FILHO, VIA VAREJO S/A
I - Mantenho o despacho.
II - Intime(m)-se o(s) agravado(s) para cumprimento do item VI da IN 16 do Colendo
Tribunal Superior do Trabalho.
III - Remetam-se os autos ao Colendo Tribunal Superior do Trabalho.
Em 12 de Fevereiro de 2019.
JOSÉ DA FONSECA MARTINS JUNIOR

Desembargador Presidente do
Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região
MDAIRR
Assinado eletronicamente por: JOSE DA FONSECA MARTINS JUNIOR - 12/02/2019 16:12:48 - f804a10
Número do processo: 0100042-88.2017.5.01.0202 ID. f804a10 - Pág. 1
Fls.: 38
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0100042-88.2017.5.01.0202
RECLAMADO: VVLOG LOGISTICA LTDA., Via S.A
Vistos etc
Tendo em vista o trânsito em julgado, dou início à fase de

liquidação de sentença.
Intime(m)-se a(s) reclamadas para apresentar os cálculos de

liquidação, no prazo de 8 dias, observando-se as decisões proferidas nos autos, em
conformidade com os parâmetros fixados por este Juízo (abaixo), no que couber, sob
pena de preclusão.
Apresentados os cálculos, intime-se a parte autora para,

querendo, impugná-los no mesmo prazo (08 dias), devendo apresentar, em caso de
divergência, especificamente, a indicação dos itens e valores objeto da discordância,
sob pena de preclusão, na forma do art. 879 § 2º da CLT.
Faculta-se à parte Autora a apresentar os cálculos, em caso de

inércia da parte Ré, conforme previsão no § 1º-B, do art. 879, da CLT.
Decorrido o prazo, com ou sem impugnação, remeta-se o

presente processo à Contadoria para verificação e atualização dos cálculos
apresentados, se for o caso.
PARÂMETROS DE LIQUIDAÇÃO:
Os cálculos deverão observar os seguintes parâmetros:
1 – apresentação de demonstrativo com os valores históricos

apurados mês a mês, com dedução do INSS.
2 - apresentação de demonstrativo do crédito do INSS,

contendo a discriminação e o somatório, mês a mês, dos valores históricos relativos à
cota previdenciária do Reclamante e da Reclamada.
3 - a cota previdenciária do Reclamante deve ser apurada

conforme legislação vigente em suas épocas próprias, com indicação das alíquotas
Assinado eletronicamente por: ROBSON GOMES RAMOS - Juntado em: 30/03/2022 12:08:36 - f95d09c
Fls.: 39
utilizadas, observado o teto de contribuição e, quando for o caso, o recálculo do INSS

considerando, com base na recomposição salarial, os valores já recolhidos e a
diferença ainda devida. A cota previdenciária da reclamada deve ser apurada com
exclusão da parcela "terceiros".
4 - apresentação de demonstrativo com a atualização do crédito

principal e do INSS de acordo com a súmula 381/TST, utilizando e indicando, mês a
mês, época própria referente ao 1º dia do mês subsequente ao da prestação de
serviços, observando-se os termos do julgado.
5 - a atualização do INSS deverá ser efetuada, de acordo com a

Súmula 66 deste E.TRT 1ªRegião;
6 - efetuar cálculo de IRRF conforme IN 1127/11 da Receita

Federal, indicando o percentual tributável e o número de meses de competência com
parcelas tributáveis, tomando como base o valor atualizado, sem juros.
7 - apresentar resumo final discriminando o valor líquido

atualizado com correção monetária, nos termos da coisa julgada, e o valor do principal
com juros, bem assim a data do cálculo de atualização.
DUQUE DE CAXIAS/RJ, 30 de março de 2022.
ROBSON GOMES RAMOS

Juiz do Trabalho Titular
Assinado eletronicamente por: ROBSON GOMES RAMOS - Juntado em: 30/03/2022 12:08:36 - f95d09c
https://pje.trt1.jus.br/pjekz/validacao/22033008284306300000150421944?instancia=1
Número do processo: 0100042-88.2017.5.01.0202
Fls.: 40
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0100042-88.2017.5.01.0202
RECLAMADO: VVLOG LOGISTICA LTDA., Via S.A
DESPACHO PJe
Tendo em vista a comunicação eletrônica do CEJUSC informando

o interesse da parte ré em conciliar, determino a remessa dos autos ao Centro
Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de Disputas da Capital - CEJUSC-CAP de
1º grau para inclusão em pauta de conciliação.
DUQUE DE CAXIAS/RJ, 05 de maio de 2022.
ROBSON GOMES RAMOS

Juiz do Trabalho Titular
Assinado eletronicamente por: ROBSON GOMES RAMOS - Juntado em: 05/05/2022 12:27:59 - 19eb8c0
Fls.: 41
PODER JUDICIÁRIO
CEJUSC JT de 1º Grau
ATOrd 0100042-88.2017.5.01.0202
RECLAMADO: VVLOG LOGISTICA LTDA. E OUTROS (2)
ATA DE AUDIÊNCIA
Aberta a audiência, registra-se que este processo foi indicado para ser
incluído em pauta na VI SEMANA NACIONAL DE CONCILIAÇÃO TRABALHISTA 2022.
O CEJUSC agradece a participação e a colaboração das partes e

advogados(as).
“CONCILIAR PARA RECOMEÇAR”
Presente a parte autora EDSON XAVIER FILHO, pessoalmente,

acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). JULIANA LOGATO BONFIM, OAB
211640/RJ.
Ausente a parte ré VVLOG LOGISTICA LTDA. e ausente seu(a) advogado

(a).
Presente a parte ré Via S.A, representado(a) pelo(a) preposto(a) Sr.(a)

Regina Alexandra Souza Silva, acompanhado(a) de seu(a) advogado(a), Dr(a). Mariusa
Bispo dos Santos, OAB 193045/SP.que deverá regularizar representação e assistência
em 5 dias.
A reclamada apresentou a proposta de R$ 75.000,00 bruto que não

foi aceita pelo autor que apresentou a contraproposta de R$.80.000,00 brutos
Inviável a conciliação, retornem os autos à Vara do Trabalho de

origem.
As partes acompanharam a edição da presente ata não apresentando

impugnação.
Encerramento: 12h07min
ROBERTO DA SILVA FRAGALE FILHO

Juiz(a) do Trabalho
Assinado eletronicamente por: ROBERTO DA SILVA FRAGALE FILHO - Juntado em: 25/05/2022 17:57:02 - 82a2b07
Fls.: 42
Ata redigida por ANA CRISTINA FEITOSA CARVALHO, Secretário(a) de Audiência.
Assinado eletronicamente por: ROBERTO DA SILVA FRAGALE FILHO - Juntado em: 25/05/2022 17:57:02 - 82a2b07
Fls.: 43
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0100042-88.2017.5.01.0202
RECLAMADO: ASAP LOG - LOGISTICA E SOLUCOES LTDA., Via S.A
DESPACHO PJe-JT
Vistos etc.
Fica intimado o autor para apresentar meios válidos para

prosseguimento da execução, no prazo de 30 dias, sendo certo que se pretendida a
reiteração dos que já manejados, deverá o exequente apresentar um mínimo de prova
que justifique a providência.
Registre-se, desde já, que requerimentos meramente

indicativos, ou seja, sem validade presumida ou aparente, não serão praticados e,
portanto, tidos como inexistentes.
Decorrido o prazo sem manifestação, remetam-se os autos ao

arquivo provisório.
Ultrapassado o prazo prescricional previsto no art. 11-A, da CLT,

voltem conclusos para Sentença.
DUQUE DE CAXIAS/RJ, 17 de março de 2023.
CAMILA LEAL LIMA

Juíza do Trabalho Titular
Assinado eletronicamente por: CAMILA LEAL LIMA - Juntado em: 17/03/2023 14:58:07 - 1b004fd
Certificado por TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1A. REGIAO:02578421000120
Fls.: 44
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0100042-88.2017.5.01.0202
DESPACHO PJe
Razão assiste ao autor em seu petitório de #id:4fd149f.
Reconsidero o comando de #id:1b004fd e determino a remessa

dos autos à Contadoria para verificação dos cálculos apresentados pelas partes.
Intimem-se.
DUQUE DE CAXIAS/RJ, 02 de maio de 2023.
CAMILA LEAL LIMA

Assinado eletronicamente por: CAMILA LEAL LIMA - Juntado em: 02/05/2023 20:59:42 - 239782a
Certificado por TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1A REGIAO:02578421000120
Fls.: 45
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0100042-88.2017.5.01.0202
DESPACHO PJe
Vistos etc.
Ante o requerimento de #id:9010550 , encaminhem-se os autos

ao Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de Disputas de Duque de
Caxias ( CEJUSC - DUQUE DE CAXIAS ) para inclusão em pauta de conciliação.
DUQUE DE CAXIAS/RJ, 27 de agosto de 2023.
CAMILA LEAL LIMA

Assinado eletronicamente por: CAMILA LEAL LIMA - Juntado em: 27/08/2023 21:59:08 - 32429e7
Fls.: 46
PODER JUDICIÁRIO
CEJUSC-JT 4.0/Duque de Caxias
ATOrd 0100042-88.2017.5.01.0202
CONCLUSÃO
Diante da manifestação da parte autora - por meio do ID

23b27e4, contrária à inclusão do processo em pauta de conciliação/mediação, faço os
autos conclusos.
CLARICE MARTINS PATRIZI
CEJUSC-JT/DC
DESPACHO PJe
Diante da regra prevista no art. 2 º, II, do Anexo II, da Resolução

n. 174/2016, do CSJT – princípio da autonomia da vontade – bem como em
atendimento à efetividade e celeridade processual, devolvam-se os autos ao juízo de
origem, para apreciação e prosseguimento.
Destaco, contudo, que o CEJUSC continua à disposição das

partes e da Vara do Trabalho de origem para designação de sessão de mediação ou
conciliação caso as partes assim desejarem.
DUQUE DE CAXIAS/RJ, 04 de setembro de 2023.
CAMILA LEAL LIMA

Juíza do Trabalho Coordenadora do CEJUSC-JT
Assinado eletronicamente por: CAMILA LEAL LIMA - Juntado em: 04/09/2023 22:33:43 - 33ceadc
Fls.: 47
PODER JUDICIÁRIO
ATOrd 0100042-88.2017.5.01.0202
DECISÃO PJe
Vistos etc.
Homologo os cálculos da 2a ré de ID c641069 para fixar a

condenação no valor total de R$ 75.823,35, observadas a Instrução Normativa nº 1500
/2014 da SRF e a Súmula 17, deste E. TRT.
Considerando que o depósito recursal tem por finalidade

garantir o cumprimento da decisão judicial e assegurar o recebimento das verbas
salariais de natureza alimentar para o trabalhador, determino a expedição de alvará à
parte autora pelos depósitos recursais existentes nos autos.
Intimem-se as partes para ciência, sendo ainda:
1) A parte autora, nos termos do § 6º art. 3º do Ato Conjunto 3

/2020 do TRT/RJ, para que, querendo, em 05 (cinco) dias, venha com a indicação de
seus dados bancários ou de seu patrono, com a devida comprovação quanto à
titularidade da conta, a fim de que a liberação de seu crédito apurado nos autos ocorra
mediante transferência diretamente para sua conta bancária ou do seu advogado, com
poderes específicos para o ato.
2) As rés para pagamento da diferença ainda devida, no prazo

previsto no artigo 880, da CLT, sob pena de se ativar o convênio SISBAJUD.
CAMILA LEAL LIMA

Assinado eletronicamente por: CAMILA LEAL LIMA - Juntado em: 11/09/2023 14:49:03 - 6a53ac0
SUMÁRIO
Documentos
Data da
Id. Documento Tipo
Assinatura
5896840 28/03/2017 16:33 Ata da Audiência Ata da Audiência
ea43f84 24/04/2017 16:52 Ata da Audiência Ata da Audiência
3e64838 25/04/2017 18:39 Sentença Sentença
2c2ece5 01/06/2017 18:15 Decisão Decisão
af1588e 28/06/2017 15:43 Decisão Decisão
be73b3d 07/03/2018 14:36 Acórdão Acórdão
b75857d 11/06/2018 17:09 Decisão Decisão
18e4966 07/08/2018 14:38 Ata da Audiência Ata da Audiência
f804a10 12/02/2019 16:12 Despacho Despacho
f95d09c 30/03/2022 12:08 Despacho Despacho
19eb8c0 05/05/2022 12:27 Despacho Despacho
82a2b07 25/05/2022 17:57 Ata da Audiência Ata da Audiência
1b004fd 17/03/2023 14:58 Despacho Despacho
239782a 02/05/2023 20:59 Despacho Despacho
32429e7 27/08/2023 21:59 Despacho Despacho
33ceadc 04/09/2023 22:33 Despacho Despacho
6a53ac0 11/09/2023 14:49 Decisão Decisão

ATOrd 0100042-88.2017.5.01.0202 1grau

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Fls.

Ação Trabalhista - Rito Ordinário

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 12/01/2017

2ª VARA DO TRABALHO DE DUQUE DE CAXIAS

TERMO DE AUDIÊNCIA RELATIVO AO PROCESSO 0100042-88.2017.5.01.0202

Em 27 de março de 2017, na sala de sessões da MM. 2ª VARA DO TRABALHO DE DUQUE

Às 14h25min, aberta a audiência, foram, de ordem da Exmo(a). Juíza do Trabalho,

Presente o autor, acompanhado do(a) advogado(a), Dr(a). NATALIA SOARES BARBOSA,

Contestações dos réus recebidas, retirando-se o sigilo das peças em audiência.

O valor da causa fora fixado em R$40.000,00.

Próxima audiência: 24/04/2017 às 14h e 30min, mantidas as determinações iniciais.

RAQUEL RODRIGUES BRAGA

Assinado eletronicamente por: RAQUEL RODRIGUES BRAGA - 28/03/2017 16:33:23 - 5896840

Assinado eletronicamente por: RAQUEL RODRIGUES BRAGA - 28/03/2017 16:33:23 - 5896840

2ª VARA DO TRABALHO DE DUQUE DE CAXIAS

TERMO DE AUDIÊNCIA RELATIVO AO PROCESSO 0100042-88.2017.5.01.0202

Em 24 de abril de 2017, na sala de sessões da MM. 2ª VARA DO TRABALHO DE DUQUE

Às 14h36min, aberta a audiência, foram, de ordem do Exmo(a). Juiz do Trabalho, apregoadas

Presente o autor, acompanhado do(a) advogado(a), Dr(a). NATALIA SOARES BARBOSA,

Tendo em vista a duplicidade das contestações juntadas, requerem as reclamadas a exclusão

Contestações dos réus recebidas e retirado o sigilo neste ato.

Valor da causa fora fixado pela petição inicial.

Prova documental preclusa.

DEPOIMENTO DO AUTOR: que trabalhava das 2h às 17h; que dormia as 20h e

DEPOIMENTO DA PREPOSTA RÉU: que o reclamante era ajudante interno e fazia

Assinado eletronicamente por: MATEUS CARLESSO DIOGO - 24/04/2017 16:52:58 - ea43f84

Inquirida(s) uma testemunha(s) indicada(s) pela parte autora.

Declaram as partes não terem mais provas a produzir.

Razões finais orais remissivas.

Recusada a última proposta conciliatória.

Adiado sine die parasentença.

MATEUS CARLESSO DIOGO

Depoimento da testemunha indicada pelo(a) autor(a)

NOME: CRISTIANO MAXIMINO DE ALBUQUERQUE

ESTADO CIVIL: SOLTEIRO

ENDEREÇO: RUA HENRIQUE BERNADELE, LT 10, QD 81, IMBARIE, VILA EMA,

Advertido(a), compromissado(a) e inquirido(a), disse: que foi admitido pela reclamada em

Assinado eletronicamente por: MATEUS CARLESSO DIOGO - 24/04/2017 16:52:58 - ea43f84

Nada mais disse nem lhe foi perguntado. Encerrado.

O depoente leu e ratificou os termos do depoimento prestado.

Assinado eletronicamente por: MATEUS CARLESSO DIOGO - 24/04/2017 16:52:58 - ea43f84

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL

Juntam-se documentos. São tomados os depoimentos das partes e é inquirida uma

Assinado eletronicamente por: MATEUS CARLESSO DIOGO - 25/04/2017 18:39:14 - 3e64838

1. Responsabilidade das reclamadas (item 2)

É incontroverso, por não contestado, que as reclamadas integram o mesmo grupo

Destarte, com fulcro no parágrafo 2o do art. 2o da CLT, reconheço a responsabilidade

2. Acúmulo de funções (item 9)

Em seu depoimento, o reclamante afirma que sempre fez a conferência de produtos:

Depoimento do reclamante: "(...); que desde a admissão sempre fez carregamento e

A reclamada admite que o reclamante fazia carregamento e descarregamento, bem como

Depoimento da reclamada: "que o reclamante era ajudante interno e fazia

Concluo, portanto, que, desde a admissão, o reclamante, além do carregamento e

Assinado eletronicamente por: MATEUS CARLESSO DIOGO - 25/04/2017 18:39:14 - 3e64838

Primeiro, porque a legislação brasileira, salvo raras exceções não configuradas no

Segundo, porque o fato de ser previsto em contrato o desempenho da função de ajudante de

3. Jornadas laboradas (itens 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 10)

A reclamada VVLog sustenta que o reclamante trabalhava de segunda-feira a sábado, com

a) Horários efetivamente laborados

Assinado eletronicamente por: MATEUS CARLESSO DIOGO - 25/04/2017 18:39:14 - 3e64838

Em virtude da regra expressa no parágrafo 2º do art. 74 da CLT e de seu dever de

No entanto, cumpre limitar estas jornadas, tendo em vista a prova oral: