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: 1
Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região
Partes:
RECORRENTE: SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP HOSP CASAS SAUDE RS
ADVOGADO: CAMILA SCHWAMBACH AZEVEDO
ADVOGADO: WANDA ELISABETH DUPKE
ADVOGADO: FERNANDA PALOMBINI MORALLES
ADVOGADO: RENATO KLIEMANN PAESE
RECORRENTE: SINDICATO DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
ADVOGADO: CAMILA SCHWAMBACH AZEVEDO
ADVOGADO: WANDA ELISABETH DUPKE
ADVOGADO: FERNANDA PALOMBINI MORALLES
ADVOGADO: RENATO KLIEMANN PAESE
RECORRENTE: SINDICATO DOS FARMACEUTICOS NO EST DO RIO GRANDE DO SUL
ADVOGADO: CAMILA SCHWAMBACH AZEVEDO
ADVOGADO: WANDA ELISABETH DUPKE
ADVOGADO: FERNANDA PALOMBINI MORALLES
ADVOGADO: RENATO KLIEMANN PAESE
RECORRENTE: SINDICATO DOS TECNICOS DE SEGURANCA DO TRAB DO ESTADO R
ADVOGADO: CAMILA SCHWAMBACH AZEVEDO
ADVOGADO: WANDA ELISABETH DUPKE
ADVOGADO: FERNANDA PALOMBINI MORALLES
ADVOGADO: RENATO KLIEMANN PAESE
RECORRENTE: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
RECORRIDO: SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP HOSP CASAS SAUDE RS
ADVOGADO: CAMILA SCHWAMBACH AZEVEDO
ADVOGADO: WANDA ELISABETH DUPKE
ADVOGADO: FERNANDA PALOMBINI MORALLES
ADVOGADO: RENATO KLIEMANN PAESE
RECORRIDO: SINDICATO DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
ADVOGADO: CAMILA SCHWAMBACH AZEVEDO
ADVOGADO: WANDA ELISABETH DUPKE
ADVOGADO: FERNANDA PALOMBINI MORALLES
ADVOGADO: RENATO KLIEMANN PAESE
RECORRIDO: SINDICATO DOS FARMACEUTICOS NO EST DO RIO GRANDE DO SUL
ADVOGADO: CAMILA SCHWAMBACH AZEVEDO
ADVOGADO: WANDA ELISABETH DUPKE
ADVOGADO: FERNANDA PALOMBINI MORALLES
ADVOGADO: RENATO KLIEMANN PAESE
RECORRIDO: SINDICATO DOS TECNICOS DE SEGURANCA DO TRAB DO ESTADO R
ADVOGADO: CAMILA SCHWAMBACH AZEVEDO
ADVOGADO: WANDA ELISABETH DUPKE
ADVOGADO: FERNANDA PALOMBINI MORALLES
ADVOGADO: RENATO KLIEMANN PAESE
RECORRIDO: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE
Fls.: 3
PROCESSO: 0021592-48.2016.5.04.0020
CLASSE: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
AUTOR: SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP HOSP CASAS SAUDE RS e outros (3)
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
DECISÃO PJe
Não se configurando qualquer hipótese prevista no art. 286 do CPC que justifique a distribuição dirigida
a este órgão julgador em face do(s) processo(s) 0020119-27.2016.5.04.0020, redistribua-se o feito
aleatoriamente.
ADRIANA LEDUR
Juíza do Trabalho
PROCESSO: 0021657-43.2016.5.04.0020
CLASSE: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
AUTOR: SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP HOSP CASAS SAUDE RS
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
DECISÃO PJe-JT
Inclua-se em pauta (para audiência conjunta com o processo principal) no dia 16.02.2017, às 14h47min.
Intimem-se as partes.
Juiz(a) do Trabalho
Assinado eletronicamente por: CAROLINA HOSTYN GRALHA BECK - 15/12/2016 17:51:19 - 78c0295
https://pje.trt4.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16121517511957500000021103211
Número do processo: 0021592-48.2016.5.04.0020 ID. 78c0295 - Pág. 1
Número do documento: 16121517511957500000021103211
Fls.: 5
PROCESSO: 0021900-84.2016.5.04.0020
CLASSE: PROTESTO (191)
REQUERENTE: SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP HOSP CASAS SAUDE RS
REQUERIDO: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
DECISÃO PJe-JT
Juiz(a) do Trabalho
ATA DE AUDIÊNCIA
PROCESSO: 0021592-48.2016.5.04.0008
AUTOR(ES): SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP HOSP CASAS SAUDE RS
RÉU(RÉ): HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
Presente o representante sindical do(a) autor(es) SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP
HOSP CASAS SAUDE RS, Sr(a). JOSÉ SOARES, acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a).
FERNANDA PALOMBINI MORALLES, OAB nº 36321/RS.
Presente o preposto do(a) réu(ré), Sr(a). Jefferson Wagner, acompanhado(a) do(a) advogado(a),
Dr(a). Patrícia de Azevedo Bach Radin, OAB nº 58484/RS.
CONCILIAÇÃO REJEITADA.
DEFESA: escritas, com documentos, dispensada a leitura, sem impugnação quanto à forma.Vist
a ao(à) autor(es) por 20 dias, a contar de 01/03/2017.
Assinado eletronicamente por: CAROLINA HOSTYN GRALHA BECK - 16/02/2017 16:47:02 - a9880fd
https://pje.trt4.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17021615205770100000021103239
Número do processo: 0021592-48.2016.5.04.0020 ID. a9880fd - Pág. 1
Número do documento: 17021615205770100000021103239
Fls.: 7
Nada mais.
CAROLINA HOSTYN GRALHA
Juíza do Trabalho
Autor(es) Réu(ré)
Hermano Zanotta
Diretor(a) de Secretaria
Assinado eletronicamente por: CAROLINA HOSTYN GRALHA BECK - 16/02/2017 16:47:02 - a9880fd
https://pje.trt4.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17021615205770100000021103239
Número do processo: 0021592-48.2016.5.04.0020 ID. a9880fd - Pág. 2
Número do documento: 17021615205770100000021103239
Fls.: 8
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO
8ª VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE
RTOrd 0021592-48.2016.5.04.0020
AUTOR: SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP HOSP CASAS SAUDE
RS, SINDICATO DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO
SUL, SINDICATO DOS FARMACEUTICOS NO EST DO RIO GRANDE DO
SUL, SINDICATO DOS TECNICOS DE SEGURANCA DO TRAB DO
ESTADO R
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
Vistos, etc.
Assinado eletronicamente por: CAROLINA HOSTYN GRALHA BECK - 20/02/2017 17:35:45 - 0f3a6d7
https://pje.trt4.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17021814415488600000021103242
Número do processo: 0021592-48.2016.5.04.0020 ID. 0f3a6d7 - Pág. 1
Número do documento: 17021814415488600000021103242
Fls.: 9
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO
8ª VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE
RTOrd 0021592-48.2016.5.04.0020
AUTOR: SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP HOSP CASAS SAUDE
RS, SINDICATO DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO
SUL, SINDICATO DOS FARMACEUTICOS NO EST DO RIO GRANDE DO
SUL, SINDICATO DOS TECNICOS DE SEGURANCA DO TRAB DO
ESTADO R
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
Vistos, etc.
Assinado eletronicamente por: JORGE FERNANDO XAVIER DE LIMA - 21/03/2017 16:55:22 - 70a068a
https://pje.trt4.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=17032115430099200000021103247
Número do processo: 0021592-48.2016.5.04.0020 ID. 70a068a - Pág. 1
Número do documento: 17032115430099200000021103247
Fls.: 10
Presente o representante legal do autor SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP HOSP
CASAS SAUDE RS, Sr(a). José Luciano da Silva Soares, acompanhado(a) do(a) advogado(a), Dr(a).
FERNANDA PALOMBINI MORALLES, OAB nº 36321/RS.
SENTENÇA: sem outras provas, encerra-se a instrução. Razões finais orais e remissivas.
Conciliação novamente recusada. Publicação de sentençaem secretaria, sine die. DISPOSIÇÕES FINAIS
: cientes os presentes, que firmam a seguir. Ata juntada no ato. Audiência encerrada às 14h09min.
FABRICIO LUCKMANN
Juiz do Trabalho
PROCESSO: 0021355-16.2017.5.04.0008
CLASSE: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
AUTOR: SINDICATO DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
DECISÃO PJe-JT
Juiz(a) do Trabalho
PROCESSO: 0021359-53.2017.5.04.0008
CLASSE: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
AUTOR: SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP HOSP CASAS SAUDE RS
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
DECISÃO PJe-JT
Juiz(a) do Trabalho
PROCESSO: 0021360-38.2017.5.04.0008
CLASSE: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
AUTOR: SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP HOSP CASAS SAUDE RS
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
DECISÃO PJe-JT
Juiz(a) do Trabalho
PROCESSO: 0021362-08.2017.5.04.0008
CLASSE: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
AUTOR: SINDICATO DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
DECISÃO PJe-JT
Juiz(a) do Trabalho
PROCESSO: 0021364-75.2017.5.04.0008
CLASSE: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
AUTOR: SINDICATO DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
DECISÃO PJe-JT
Juiz(a) do Trabalho
PROCESSO: 0021365-60.2017.5.04.0008
CLASSE: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
AUTOR: SINDICATO DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
DECISÃO PJe-JT
Juiz(a) do Trabalho
PROCESSO: 0021366-45.2017.5.04.0008
CLASSE: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
AUTOR: SINDICATO DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
DECISÃO PJe-JT
Juiz(a) do Trabalho
PROCESSO: 0021367-30.2017.5.04.0008
CLASSE: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
AUTOR: SINDICATO DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
DECISÃO PJe-JT
Juiz(a) do Trabalho
PROCESSO: 0021368-15.2017.5.04.0008
CLASSE: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
AUTOR: SINDICATO DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
DECISÃO PJe-JT
Juiz(a) do Trabalho
PROCESSO: 0021370-82.2017.5.04.0008
CLASSE: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
AUTOR: SINDICATO DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
DECISÃO PJe-JT
Juiz(a) do Trabalho
PROCESSO: 0021372-52.2017.5.04.0008
CLASSE: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
AUTOR: SINDICATO DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
DECISÃO PJe-JT
Juiz(a) do Trabalho
PROCESSO: 0021373-37.2017.5.04.0008
CLASSE: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
AUTOR: SINDICATO DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
DECISÃO PJe-JT
Juiz(a) do Trabalho
PROCESSO: 0021376-89.2017.5.04.0008
CLASSE: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
AUTOR: SINDICATO DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
DECISÃO PJe-JT
Juiz(a) do Trabalho
PROCESSO: 0021378-59.2017.5.04.0008
CLASSE: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
AUTOR: SINDICATO DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
DECISÃO PJe-JT
Juiz(a) do Trabalho
PROCESSO: 0021379-44.2017.5.04.0008
CLASSE: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
AUTOR: SINDICATO DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
DECISÃO PJe-JT
Juiz(a) do Trabalho
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO
8ª VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE
RTOrd 0021592-48.2016.5.04.0020
AUTOR: SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP HOSP CASAS SAUDE
RS, SINDICATO DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO
SUL, SINDICATO DOS FARMACEUTICOS NO EST DO RIO GRANDE DO
SUL, SINDICATO DOS TECNICOS DE SEGURANCA DO TRAB DO
ESTADO R
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
VISTOS, ETC.
SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP HOSP CASAS SAUDE RS, SINDICATO
DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, SINDICATO DOS
FARMACEUTICOS NO EST DO RIO GRANDE DO SUL e SINDICATO DOS TECNICOS DE
SEGURANCA DO TRAB DO ESTADO R ajuízam ação trabalhista coletiva, na condição de
substitutos processuais, em 21/10/2016 contra HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE.
Após exposição fática, postulam o pagamento das verbas constantes da inicial. Requerem, ainda, o
pagamento de honorários assistenciais e a concessão do benefício da assistência judiciária gratuita. Dão à
causa o valor de R$ 35.500,00.
São juntados documentos. Na audiência, sem mais provas, é encerrada a instrução, com
razões finais remissivas. As propostas conciliatórias, oportunamente formuladas, não lograram êxito.
É o relatório.
ISTO POSTO:
I - PRELIMINARMENTE
Analiso.
[...]
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive
em questões judiciais ou administrativas;..."
Tal norma legal confere legitimidade aos sindicatos para a defesa dos direitos e interesses
individuais homogêneos definidos no artigo 81, III, da Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor),
como sendo os decorrentes de origem comum, ou seja, aqueles cuja titularidade diz respeito a uma
coletividade de empregados representados pelo sindicato, abrangendo ou não toda a categoria. Assim, via
de regra, é válida a substituição processual pelo sindicato para a defesa dos interesses e direitos
individuais da categoria.
Acresça-se a isso, ainda, o fato de que, no próprio pedido de letra "c" da inicial, os sindicatos
já referem que o pagamento da Remuneração Variável é feito "conforme o cumprimento de metas
estabelecidas". Veja-se que, após a análise individual acerca da adesão ou não ao PCS, impõe-se a
análise acerca do efetivo alcance das metas estabelecidas, por cada um dos empregados (ou ex-
empregados) optantes do PCS. E veja-se: a análise acerca do alcance de metas, além de ser feita em
relação a cada um dos empregados optantes do PCS, deve ser feita, também, para cada um dos meses de
contrato de cada um dos empregados.
Embora os direitos vindicados nesta ação sejam de origem comum, a sua análise depende da
verificação da situação de cada um dos empregados da reclamada. Além disso, ressalto novamente que
não há conhecimento da quantidade e de quais trabalhadores seriam alcançados com eventual
deferimento dos pedidos formulados na presente ação.
Vale destacar, ainda, que são quatro os sindicatos-autores da presente demanda, o que
aumenta significativamente o número de casos a ser analisados, um a um, no intuito de verificar acerca
da adesão ao PCS e, posteriormente, acerca do alcance das metas mês a mês.
Diante da situação dos autos, curial lembrar que a Constituição Federal assegura a todos o
direito ao acesso à justiça (art. 5º, XXXV), todavia, a norma sob enfoque não pretende apenas garantir o
mero acesso ao Poder Judiciário, mas a efetividade das decisões judiciais, e, em se tratando desta Justiça
Especializada, com a observância dos princípios norteadores do processo do trabalho.
In casu, conquanto os fatos alegados na prefacial sejam de origem comum, a apreciação dos
direitos pretendidos depende da análise da situação funcional e salarial de cada um dos empregados da ré.
A matéria em análise já foi apreciada, com muita propriedade, pelo Exmo. Juiz Cláudio
Scandolara nos autos do processo nº 0020205-54.2015.5.04.0821, em trâmite na Vara do Trabalho de
Alegrete. Por compartilhar do seu entendimento e por se adequar ao presente caso, peço permissão ao
ilustre magistrado para reproduzir excerto da sentença lá prolatada.
Na espécie, num primeiro momento, deve ser definido em qual dos três grupos se
enquadra o pedido. Observo não se tratar de direitos difusos, nem coletivos, o que faz
com que sejam de natureza homogênea ou heterogênea.
[...]
Neste contexto, a mais Alta Corte Trabalhista - Colendo TST esclarece que há
situações que dependem de análise concreta, específica e particular de cada caso, cito:
Por tais motivos, entendo que a solução adequada para o caso é a extinção do processo sem
resolução do mérito, por falta de pressuposto de desenvolvimento válido e regular no processo e por
ausência de capacidade postulatória, com fulcro no art. 485, IV e VI, do CPC.
Ainda que cabível a condenação em honorários advocatícios nas causas em que o Sindicato
atue como substituto processual (Súmula nº 219, III, TST), diante da improcedência da presente
demanda, não há falar em pagamento de honorários.
Incabível também a concessão do benefício da justiça gratuita (art. 790, §3º, da CLT), porque
nesta Justiça Especializada é destinado a pessoas físicas, e sua concessão a pessoa jurídica necessita de
prova robusta de miserabilidade, o que não ocorre no caso em apreço.
FABRICIO LUCKMANN
Juiz do Trabalho Substituto
PROCESSO: 0021491-13.2017.5.04.0008
CLASSE: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO (985)
AUTOR: SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP HOSP CASAS SAUDE RS
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
DECISÃO PJe-JT
Juiz(a) do Trabalho
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO
8ª VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE
RTOrd 0021592-48.2016.5.04.0020
AUTOR: SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP HOSP CASAS SAUDE
RS, SINDICATO DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO
SUL, SINDICATO DOS FARMACEUTICOS NO EST DO RIO GRANDE DO
SUL, SINDICATO DOS TECNICOS DE SEGURANCA DO TRAB DO
ESTADO R
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
Termo de Conclusão
Camila Cunha
Analista Judiciária
Recebo o recurso ordinário interposto pelo reclamante ID 98b02ce, 1fb2440 e 71861fc, por
tempestivo, pela regularidade da representação processual e por comprovado o recolhimento das custas.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO
8ª VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE
RTOrd 0021592-48.2016.5.04.0020
AUTOR: SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP HOSP CASAS SAUDE
RS, SINDICATO DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO
SUL, SINDICATO DOS FARMACEUTICOS NO EST DO RIO GRANDE DO
SUL, SINDICATO DOS TECNICOS DE SEGURANCA DO TRAB DO
ESTADO R
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
Recebo o recurso ordinário adesivo interposto pela reclamada (ID a13d5db), por tempestivo e pela
regularidade da representação processual. Desnecessário o preparo diante da sentença de extinção do
processo, sem resolução de mérito.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO
Identificação
PROCESSO nº 0021592-48.2016.5.04.0020 (RO)
RECORRENTE: SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP HOSP CASAS SAUDE RS, SINDICATO
DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, SINDICATO DOS
FARMACEUTICOS NO EST DO RIO GRANDE DO SUL, SINDICATO DOS TECNICOS DE
SEGURANCA DO TRAB DO ESTADO R
RECORRIDO: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
RELATOR: EMILIO PAPALEO ZIN
EMENTA
ACÓRDÃO
Intime-se.
RELATÓRIO
Diante da sentença que julgou extinta ação, sem resolução do mérito (ID bcfbfd6), as partes interpõem
recursos ordinários.
O hospital reclamado (ID a13d5db), por sua vez, pela via adesiva, requer o direito a honorários
assistenciais.
É o relatório.
FUNDAMENTAÇÃO
REGISTRO INICIAL
A presente decisão observa dispositivos legais vigentes anteriormente à edição da Lei nº 13.467, que
entrou em vigor em 11-11-2017, considerando o período debatido entre as partes.
LEGITIMIDADE ATIVA
Os sindicatos, atuando por meio de substituição processual, postulam que o hospital recorrido volte a
pagar a remuneração variável, atrelada à adesão ao novo Plano de Cargos e Salários da empresa. Dizem
que, ao ser divulgado o novo Plano, foi dito que somente receberiam remuneração variável aqueles
trabalhadores que aderissem ao mesmo. Referem que a decisão recorrida entendeu que a matéria exige
análise da situação individual de cada trabalhador, tratando-se de direito heterogêneo. Contudo,
invocando o disposto no art. 8º, III, da CF, aduzem que o STF tem entendimento pacificado acerca da
representatividade ampla dos sindicatos na prerrogativa de substituto processual. No mesmo sentido,
sustentam ser o entendimento do TST. Afirmam que a causa de pedir e o pedido são os mesmos para
todos os substituídos, qual seja, pagamento de remuneração variável, a contar do ano de 2015, conforme
as regras dos acordos coletivos de trabalho. Buscam o reconhecimento a legitimidade de todos os
sindicatos recorrentes para afastar o comando de extinção do feito sem resolução e determinar o retorno
dos autos à origem para apreciação do mérito.
Com razão.
O art 8º, III, da CF, ampliou a atuação dos sindicatos na condição de substitutos processuais. Logo, a
melhor exegese do referido preceito legal é de que há ampla representação da categoria profissional pelo
respectivo sindicato para a defesa de interesses individuais ou coletivos da categoria por meio da
substituição processual, independentemente da outorga de poderes pelos empregados substituídos ou da
condição de associado. Cumpre ressaltar, por oportuno, que o entendimento jurisprudencial
consubstanciado na Súmula nº 310 do TST foi revisto por limitar as hipóteses de substituição processual.
No presente caso, os sindicatos autores, que representam todos os empregados do Hospital de Clínicas de
Porto Alegre, postulam o seguinte (IDc3e629f):
b)
A toda evidencia configura-se direito coletivo ou individual homogêneo a possibilitar a substituição, uma
vez que se estende de igual modo a todos os substituídos submetidos às mesmas circunstâncias fáticas, ou
seja, supressão da remuneração variável, a partir de adesão ao novo Plano de Cargos e Salários.
Mesmo que a apuração dos valores tenha que se dar de forma individualizada, a apreciação da pretensão
não exige análise pormenorizada de cada um dos contratos de trabalho, visto que se trata de norma
prevista anteriormente em regulamento de todos os empregados do hospital.
Apelo provido para reconhecer a legitimidade ativa dos sindicatos para autores para atuarem em nome
dos empregados da reclamada representados por eles, para cobrança de valores a serem apurados em
liquidação de sentença e determinar o retorno dos autos à origem para análise do mérito do pedido.
Resta, por fim, prejudicado o recurso quanto à gratuidade da justiça aos sindicatos, bem como o recurso
adesivo da reclamada, quanto aos honorários advocatícios.
Relator
VOTOS
PARTICIPARAM DO JULGAMENTO:
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO
Identificação
PROCESSO nº 0021592-48.2016.5.04.0020 (RO)
RECORRENTE: SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP HOSP CASAS SAUDE RS, SINDICATO
DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, SINDICATO DOS
FARMACEUTICOS NO EST DO RIO GRANDE DO SUL, SINDICATO DOS TECNICOS DE
SEGURANCA DO TRAB DO ESTADO R, HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
RECORRIDO: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE, SINDICATO DOS TECNICOS DE
SEGURANCA DO TRAB DO ESTADO R, SINDICATO DOS FARMACEUTICOS NO EST DO RIO
GRANDE DO SUL, SINDICATO DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL,
SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP HOSP CASAS SAUDE RS
RELATOR: EMILIO PAPALEO ZIN
EMENTA
ACÓRDÃO
Intime-se.
RELATÓRIO
O demandado opõe embargos declaratórios contra decisão proferida pela Turma, alegando contradição
no julgado, quanto ao reconhecimento da legitimidade ativa dos sindicatos para a presente ação coletiva
(ID c37538a).
É o relatório.
FUNDAMENTAÇÃO
O reclamado embarga de declaração o acórdão pupblicado e afirma que a remuneração variável nunca
esteve presente em algum de seus regulamentos, nem houve supressão a partir da adesão ao novo Plano
de Cargos e Salários, mas foi satisfeita apenas quando de sua previsão em acordos coletivos firmados
posteriormente à vigência do novo PCS. Sustenta que a situação constitui contradição e deve ser
esclarecida.
[...] O art 8º, III, da CF, ampliou a atuação dos sindicatos na condição de substitutos
processuais. Logo, a melhor exegese do referido preceito legal é de que há ampla
representação da categoria profissional pelo respectivo sindicato para a defesa de
interesses individuais ou coletivos da categoria por meio da substituição processual,
independentemente da outorga de poderes pelos empregados substituídos ou da condição
de associado. Cumpre ressaltar, por oportuno, que o entendimento jurisprudencial
consubstanciado na Súmula nº 310 do TST foi revisto por limitar as hipóteses de
substituição processual.
Mesmo que a apuração dos valores tenha que se dar de forma individualizada, a
apreciação da pretensão não exige análise pormenorizada de cada um dos contratos de
trabalho, visto que se trata de norma prevista anteriormente em regulamento de todos os
empregados do hospital.
Apelo provido para reconhecer a legitimidade ativa dos sindicatos para autores para
atuarem em nome dos empregados da reclamada representados por eles, para cobrança
de valores a serem apurados em liquidação de sentença e determinar o retorno dos autos
à origem para análise do mérito do pedido.
Resta, por fim, prejudicado o recurso quanto à gratuidade da justiça aos sindicatos, bem
como o recurso adesivo da reclamada, quanto aos honorários advocatícios.
Assim, o argumento apresentado pelo Hospital refere-se ao mérito da demanda coletiva, conforme o
pedido acima transcrito. Não há, pois, contradição na afirmação sobre o debate em tela referir-se a um
direito coletivo, ou a um direito individual homogêneo, pois se estende a todos os substituídos
submetidos às mesmas circunstâncias fáticas.
Inobstante o entendimento sobre o acerto ou não da decisão da Turma, é evidente que inexiste
contradição. A decisão embargada contém tese explícita sobre as razões de decidir, de acordo com o
inciso IX do art. 93 da CF/88. A leitura do acórdão não dá margem a interpretações dúbias, dispensando
qualquer esclarecimento complementar.
Provimento negado.
Relator
VOTOS
PARTICIPARAM DO JULGAMENTO:
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO
8ª VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE
RTOrd 0021592-48.2016.5.04.0020
AUTOR: SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP HOSP CASAS SAUDE
RS, SINDICATO DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO
SUL, SINDICATO DOS FARMACEUTICOS NO EST DO RIO GRANDE DO
SUL, SINDICATO DOS TECNICOS DE SEGURANCA DO TRAB DO
ESTADO R
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
VISTOS, ETC.
É o relatório.
ISTO POSTO:
I - CONSIDERAÇÃO INICIAL
SUSPENSÃO DO PROCESSO
1. PRESCRIÇÃO.
O que se depreende, portanto, das manifestações dos autores nos autos, é que a pretensão ora
formulada se baseia na promessa da reclamada de que a adesão dos empregados ao novo PCS
possibilitaria o recebimento adicional anual de até 1,5 salários para cada empregado. Tentam fazer crer
os autores que o único motivo da adesão dos empregados ao novo PCS foi a promessa de possível
pagamento de remuneração variável, no importe de 1,5 salários anuais, o que não prospera, na medida em
que os próprios autores reconhecem, na manifestação de ID. a2005bd, que a remuneração variável não
era a única vantagem do novo PCS: "as entidades profissionais destacam que o hospital reclamado expre
ssamentegarantiu que aqueles trabalhadores que aderissem ao novo plano teriam, entre outros benefícios
, a garantia de recebimento de uma 'Remuneração Variável', desde que atendidos os indicadores e metas"
. Isso se constata facilmente analisando o quadro de benefícios colacionado pela parte autora na petição
inicial e na manifestação acima citada, onde se verifica que a adesão ao novo plano permitiria também
aos empregados a ascensão vertical, além da horizontal, já instituída anteriormente. O que a explanação
objetiva demonstrar é que, em que pese não se desconhecer do dissabor que este tipo de frustração
ocasiona, os empregados, em verdade, eram detentores de mera expectativa de direito quanto ao
recebimento de um pagamento adicional anual de 1,5 salários. Este direito jamais se incorporou aos
contratos de trabalho, não configurando, portanto, alteração contratual lesiva. E não houve tal
incorporação de direito aos contratos, porque efetivamente a remuneração variável foi instituída na
reclamada, mas por meio de Acordo Coletivo de Trabalho.
Ressalto que atualmente está suspensa a aplicação da Súmula nº 277 do TST,nos termos da
medida cautelar deferida nos autos do processo STF-ADPF Nº 323/DF. De outra parte, para esclarecer a
respeito da não incorporação dos direitos implementados por meio de negociação coletiva ao contrato de
trabalho dos substituídos, faço uso da lição de Vólia Bomfim Cassar, cujo entendimento enquadra-se
perfeitamente ao caso em comento:
[...]
vigência temporária. Assim, quando a empresa estiver bem, com boa lucratividade,
os trabalhadores podem obter maiores vantagens, quando seus lucros estiverem
pequenos ou comprometidos, os benefícios serão reduzidos e, ainda, quando
atravessar dificuldades financeiras, alguns direitos legais poderão ser
flexibilizados (reduzidos). Também sob este ponto de vista, não se justifica a
incorporação definitiva das cláusulas normativas aos contratos de trabalho, pois
impediria as empresas de se adaptar às realidades econômicas em épocas de crise.
(...)
No caso em apreço, ainda, a supressão da remuneração variável não se deu meramente por
opção do empregador que passava por dificuldade financeira. No ano de 2015, a reclamada foi
expressamente impedida de manter ou implementar novo Programa de PLR, conforme ofício SEI nº 3355
/2015-MP, do Ministério do Planejamento, Organização e Finanças (ID. 4a93e55). O impedimento foi
incontroversamente comunicado aos empregados por meio de "Comunicado Institucional", enviado
através da intranet a todos os "Usuários do HCPA", na data de 27 de agosto de 2015 (ID. c3e629f - Pág.
8; ID. 4fbf7c2).
Diante de todo o exposto, indefiro os pedidos de letras "b" e "c" da petição inicial.
Ainda que cabível a condenação em honorários advocatícios nas causas em que o Sindicato
atue como substituto processual (Súmula nº 219, III, TST), diante da improcedência da presente
demanda, não há falar em pagamento de honorários.
Incabível também a concessão do benefício da justiça gratuita (art. 790, §3º, da CLT), porque
nesta Justiça Especializada é destinado a pessoas físicas, e sua concessão a pessoa jurídica necessita de
prova robusta de miserabilidade, o que não ocorre no caso em apreço.
4. HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA.
Apenas para evitar eventual alegação de omissão, registro que, no caso em apreço, não são
devidos honorários de sucumbência, considerando que a demanda foi ajuizada anteriormente à vigência
da Lei nº 13.467/17 e não há de se exigir das partes obrigações que não eram exigíveis à época do
ajuizamento da presente demanda, sob pena de violação ao princípio da segurança jurídica e à garantia de
não surpresa, bem como ao princípio da causalidade, uma vez que a expectativa de custos e riscos é
aferida no momento da propositura da ação.
Conquanto o instituto estar inserido nas regras processuais, é inegável a natureza híbrida dos
honorários advocatícios, ressaltando o viés de direito material (v.g. art. 22, Lei n. 8.906/94). Portanto,
também por esse motivo, considerando o caráter bifronte do instituto, afasta-se a aplicação de honorários
advocatícios no caso em apreço.
Por ser equiparada à Fazenda Pública, já que empresa pública que presta serviços de saúde, e
não visa fins lucrativos, a reclamada goza de isenção do pagamento das custas, dispensa do depósito
recursal, justiça gratuita e isenção da cota patronal do INSS, além da impenhorabilidade dos bens e
execução por precatório ou RPV. Nesse sentido, os julgados que seguem, no âmbito do TRT gaúcho:
Tendo em conta a equiparação com a Fazenda Pública, deve ser observado o teto
remuneratório, consoante artigo 37, XI, da CF e entendimento da OJ nº 399 da SDI-1 do TST.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO
8ª VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE
ATOrd 0021592-48.2016.5.04.0020
AUTOR: SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP HOSP CASAS SAUDE
RS, SINDICATO DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO
SUL, SINDICATO DOS FARMACEUTICOS NO EST DO RIO GRANDE DO
SUL, SINDICATO DOS TECNICOS DE SEGURANCA DO TRAB DO
ESTADO R
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
VISTOS, ETC.
Os autores SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP HOSP CASAS SAUDE RS e
outros, opõem embargos de declaração à sentença. Entendem que a decisão apresenta erro material,
porquanto condenados a recolher custas novamente.
É o relatório.
ISTO POSTO:
ERRO MATERIAL.
Os autores entendem que deve ser sanado erro material existente no julgado, porquanto condenados
a recolher custas novamente. Entendem que "considerando-se que as custas já foram pagas pelos
autores, necessário que seja sanado o erro material constante na r.decisão, a fim de que conste que as
custas já foram recolhidas pelos sindicatos embargantes".
Nos termos dos artigos 897-A da CLT e 1.022 do NCPC, os embargos de declaração visam sanar
omissão, contradição, obscuridade ou erro material verificados na sentença ou no acórdão.
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO
8ª VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE
ATOrd 0021592-48.2016.5.04.0020
AUTOR: SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP HOSP CASAS SAUDE
RS, SINDICATO DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO
SUL, SINDICATO DOS FARMACEUTICOS NO EST DO RIO GRANDE DO
SUL, SINDICATO DOS TECNICOS DE SEGURANCA DO TRAB DO
ESTADO R
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
em 25/11/2019
Analista Judiciário
Vistos...
Recebo o recurso ordinário interposto pelo reclamante ID. a0c54fa, por tempestivo e pela regularidade da
representação processual.
Assinado eletronicamente por: ENY ONDINA COSTA DA SILVA - 27/11/2019 08:53:54 - d19e917
https://pje.trt4.jus.br/segundograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=19112614171194200000044865014
Número do processo: 0021592-48.2016.5.04.0020 ID. d19e917 - Pág. 1
Número do documento: 19112614171194200000044865014
Fls.: 53
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO
8ª VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE
ATOrd 0021592-48.2016.5.04.0020
AUTOR: SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP HOSP CASAS SAUDE RS,
SINDICATO DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL,
SINDICATO DOS FARMACEUTICOS NO EST DO RIO GRANDE DO SUL,
SINDICATO DOS TECNICOS DE SEGURANCA DO TRAB DO ESTADO R
RÉU: HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
em 10/01 / 2020
Analista Judiciário
Vistos…
Recebo o Recurso Adesivo, interposto pela reclamada, intime-se o reclamante para, querendo,
contraminutá-lo no prazo de 8 dias.
Assinado eletronicamente por: MARINA DOS SANTOS RIBEIRO - Juntado em: 14/01/2020 16:45:17 - 37fc763
https://pje.trt4.jus.br/pjekz/validacao/20011017495237600000076731159?instancia=1
Número do processo: 0021592-48.2016.5.04.0020
Número do documento: 20011017495237600000076731159
Fls.: 54
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 4ª REGIÃO
Identificação
PROCESSO nº 0021592-48.2016.5.04.0020 (ROT)
RECORRENTE: SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP HOSP CASAS SAUDE RS, SINDICATO
DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, SINDICATO DOS
FARMACEUTICOS NO EST DO RIO GRANDE DO SUL, SINDICATO DOS TECNICOS DE
SEGURANCA DO TRAB DO ESTADO R, HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
RECORRIDO: SIND PROF ENF TEC DUCH MAS EMP HOSP CASAS SAUDE RS, SINDICATO
DOS ENFERMEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, SINDICATO DOS
FARMACEUTICOS NO EST DO RIO GRANDE DO SUL, SINDICATO DOS TECNICOS DE
SEGURANCA DO TRAB DO ESTADO R, HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE
RELATOR: EMILIO PAPALEO ZIN
EMENTA
ACÓRDÃO
SINDITEST/RS, restando prejudicado o apelo quanto aos honorários advocatícios. Por unanimidade,
NEGAR PROVIMENTO ao recurso adesivo do réu, HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE.
Intime-se.
RELATÓRIO
Diante da sentença que julgou improcedente a ação, as partes interpõem recursos ordinários (IDs
33184e0 e 12d5b8a).
O hospital reclamado, pela via adesiva, insurge-se alegando ausência de interesse difuso ou individual
homogêneo, ou de pressuposto válido para o desenvolvimento do processo, ilegitimidade ativa,
descabimento de ação plúrima e honorários advocatícios.
É o relatório.
FUNDAMENTAÇÃO
REGISTRO INICIAL
A presente decisão observa dispositivos legais vigentes anteriormente à edição da Lei nº 13.467, que
entrou em vigor em 11-11-2017, considerando o período debatido entre as partes.
PRELIMINARMENTE
Por meio de recurso adesivo, o Hospital reclamado apresenta três tópicos, a saber, "ausência de interesse
difuso ou individual homogêneo - ausência de pressuposto para desenvolvimento do processo",
"ilegitimidade ativa e ausência de interesse processual de empregados que já não estão mais laborando no
reclamado, aqueles que vierem a ser empregados no curso da demanda, ou que não aderiram ao plano,
bem como os contratados já na vigência do plano" e "descabimento de ação plúrima".
Contudo, o tema já foi objeto de análise da Turma, em julgamento anterior, que afastou tanto a alegação
de ilegitimidade ativa, como de debate da natureza do direito pleiteado, ou daqueles que comporiam o
polo ativo da demanda.
[...] O art 8º, III, da CF, ampliou a atuação dos sindicatos na condição de substitutos
processuais. Logo, a melhor exegese do referido preceito legal é de que há ampla
representação da categoria profissional pelo respectivo sindicato para a defesa de
interesses individuais ou coletivos da categoria por meio da substituição processual,
independentemente da outorga de poderes pelos empregados substituídos ou da condição
de associado. Cumpre ressaltar, por oportuno, que o entendimento jurisprudencial
consubstanciado na Súmula nº 310 do TST foi revisto por limitar as hipóteses de
substituição processual.
Mesmo que a apuração dos valores tenha que se dar de forma individualizada, a
apreciação da pretensão não exige análise pormenorizada de cada um dos contratos de
trabalho, visto que se trata de norma prevista anteriormente em regulamento de todos os
empregados do hospital.
Logo, resta precluso o debate, motivo por que não merece ser conhecido o apelo, no aspecto.
Os temas apresentados pelo Hospital quanto, por exemplo, aos empregados que já não estão trabalhando,
ou daqueles que virão a ser já foram objeto de análise na anterior decisão da Turma. Os casos
individuais, se deferida a demanda, serão individualmente analisados em liquidação de sentença. Logo, a
temática já precluiu e não pode ser mais enfrentado.
Não conheço, pois, do recurso adesivo do hospital reclamado nos pontos mencionados, por preclusão.
Os sindicatos alegam que o objetivo da presente demanda não é a ilegalidade do Plano de Cargos e
Salários. Também, sustentam que não manifestaram que a remuneração variável constou no regramento
do PSC do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Referem que seu objetivo é que seja garantido aos
empregados do HCPA os benefícios que lhe foram prometidos quando da campanha de adesão do PCS.
Argumentam que o Hospital garantiu que os trabalhadores que aderissem ao PCS teriam, dentro outros
benefícios, uma "remuneração variável", desde que atendidos os indicadores e as metas. Invocam a
propaganda utilizada pelo Hospital para a adesão ao PCS, por meio de um "Guia do Novo Plano de
Cargos e Salários". Questionam a possibilidade de o empregador suprimir o direito à remuneração
variável mediante a formalização de um acordo coletivo anual, em que são ajustados os critérios, após
vincular tal parcela à adesão de um novo plano de cargos e salários. Aduzem que, decorridos três anos de
negociação entre o hospital e os sindicatos, em que foram ajustadas todas as regras referentes à
"Remuneração Variável", informaram aos trabalhadores que 2014 foi o último ano de pagamento da
remuneração variável (documento de ID a248cd2). Mencionam que o hospital garantiu a "Remuneração
Variável" aos trabalhadores que aderiram ao PSC apenas nos anos de 2012, 2013 e 2014, frustrando a
expectativa de que receberiam desde que aderissem ao novo PCS e atingissem as metas negociadas, a
cada ano, por meio da formalização de Acordos Coletivos de Trabalho. Requerem, pois, a reconsideração
da decisão recorrida, já que houve, por parte do hospital recorrido, a garantia do direito ao recebimento
de uma remuneração variável àqueles trabalhadores que aderissem ao novo PCS, o que acabou sendo
frustrado a contar do ano de 2015.
Sem razão.
Trata-se de ação coletiva ajuizada pelos sindicatos na condição de substitutos processuais dos
empregados do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, em que postulam o pagamento da remuneração
variável nos moldes daquelas previstas nos ACTs dos anos de 2012, 2013 e 2014, para serem aplicadas
também para os anos de 2015 e seguintes, sustentando que a adesão dos empregados ao novo PCS
baseou-se na promessa da reclamada de possível percepção anual de até 1,5 salários adicionais a título de
remuneração variável.
Por se tratar de uma parcela instituída por meio de acordo coletivo - e não de regulamento - não é
passível de ser exigida da forma como pretendem os sindicatos autores.
Ainda, observo, na linha do decidido na sentença, que o motivo por que o Hospital deixou de pagar a
parcela não decorreu de sua vontade, mas de diretriz do Ministério do Trabalho e Emprego. Por meio do
Ofício de ID f889ebe, com data de 2012, é possível verificar que a Superintendência do mencionado
órgão entendeu que matéria regulada na forma de remuneração variável no PCS, em verdade, constituía
participação nos lucros e resultados, com regulamentação por meio da Lei 10.101/00:
Assim, mantenho a sentença no sentido de que o Hospital, de boa-fé, já que impedido de implementar o
pagamento da remuneração variável por meio do PCS, o fez mediante negociação com os Sindicatos
profissionais de seus empregados. Assim, ocorreu por meio dos acordos coletivos.
Cito, ainda, o Ofício do Ministério do Planejamento, do ano de 2015, em que o Hospital foi impedido de
pagar ou implementar novo Programa de PLR (ID 4a93e55):
Art. 5º. A participação de que trata o art. 1o desta Lei, relativamente aos trabalhadores
em empresas estatais, observará diretrizes específicas fixadas pelo Poder Executivo.
Diante da natureza do Hospital de Clínicas, a exigir aprovação do Ministério setorial para implementação
da mencionada remuneração variável, não houve como mantê-la, por expressa disposição do Poder
Executivo, por meio do Ministério do Planejamento.
Assim, ausente qualquer ilícito por parte do hospital, não há como prover o apelo dos sindicatos.
Nego provimento.
HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS
O Hospital busca o direito a honorários sucumbenciais, na forma da Súmula 219, III, do TST.
Sem razão.
No caso, apesar da improcedência da demanda, a Súmula 219 do TST, invocada nas razões de apelo, é
adotada apenas para deferir honorários em favor do Sindicato.
Ademais, o Sindicato autor não está postulando direito próprio, mas direito alheio, atuando como
substituto processual de trabalhadores da categoria que representa. Dessa forma, incide a regra do art. 18
da Lei da Ação Civil Pública, reproduzida no art. 76 do Código de Defesa do Consumidor, que isenta o
sindicato do pagamento das despesas processuais, o que inclui os honorários sucumbenciais.
Nego provimento.
Relator
VOTOS
PARTICIPARAM DO JULGAMENTO:
Data da
Id. Documento Tipo
Assinatura