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Relações de Trabalho V
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RELAÇÕES DE TRABALHO V
d) liberdade de recusa ao serviço ofertada, sem possibilidade de que o fato gere punições
contratuais.
O trabalhador autônomo possui autonomia, inclusive para recusar o serviço oferecido.
Ex.: professor trabalha como autônomo para um curso de pós-graduação. O curso pede
que o professor dê uma aula em um dia específico. O professor pode dizer que não poderá
dar a aula em virtude de questões pessoais. Não há consequências.
No entanto, em virtude de previsão contratual, pode haver situação que envolva algum
tipo de penalidade para a recusa de aulas, ainda que não seja comum acontecer na prática.
Não é uma exigência, portanto, o item d. No caso do profissional que não é autônomo, a
recusa poderia, inclusive, ser motivo de demissão por justa-causa por insubordinação.
e) como organizador de sua atividade, o trabalhador autônomo assume os riscos da sua
atividade econômica.
O tomador de serviços não tem que arcar por gastos a mais, por exemplo, que o prestador
teve que fazer por má gestão do trabalho. No entanto, é possível ter em contrato a previsão
de valores mínimos variáveis para não correr risco pela atividade, ainda que não seja normal.
f) trabalhador autônomo, como regra, pode se fazer substituir na prestação de serviços.
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Ex.: o motorista de van escolar pode se fazer substituir por outro, porque tem autonomia
na sua prestação de serviços. No entanto, é possível ter uma cláusula de infungibilidade, em
que há a obrigação de o profissional autônomo fazer a prestação do serviço sem contratar
outro, ainda que o normal seja a substituição.
DIRETO DO CONCURSO
1. (2013/ TRT - 8ª REGIÃO-PA e AP/JUIZ DO TRABALHO) Acerca da relação de trabalho
e relação de emprego, assinale a resposta CORRETA:
O trabalhador autônomo distingue-se do empregado, quer em virtude da ausência de
subordinação jurídica ao tomador dos serviços no contexto da prestação do trabalho,
quer também em face da ausência em seu vínculo com o tomador do elemento da pes-
soalidade. Assim, havendo cláusula de rígida pessoalidade neste liame, desnatura o
contrato autônomo, ainda que persista a ausência da subordinação jurídica.
ANOTAÇÕES
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COMENTÁRIO
O requisito do trabalho autônomo é a ausência de subordinação. Ter a possibilidade de
substituir é uma característica, que pode ser afastada por cláusula de infungibilidade.
TRABALHO AVULSO
Essa lógica decorreu do fato de que era preciso trazer para dentro da formalidade trabalha-
dores que estavam prestando serviços de maneira informal. O que acontecia era que a pres-
tação de serviço ocorria por um tempo pequeno, ficando de fora de um regime de proteção.
Ex.: um navio chegava cheio de mercadoria ao Brasil e era necessário contratar uma
pessoa jurídica para descarregar o navio. A pessoa jurídica contratava 50 pessoas por 7
dias. Na prática, algumas empresas não efetivavam a contratação formal dos trabalhadores.
O legislador resolveu criar uma nova espécie de trabalho para fazer o controle da prestação
de serviço para assegurar direitos aos trabalhadores.
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A lógica do trabalho avulso é ter um tomador e um trabalhador avulso. Geralmente, o tra-
balhador avulso presta serviço para vários tomadores de serviços. O intermediário foi criado
para ficar entre os tomadores e o trabalhador avulso. O intermediador pode ser o sindicato
ou o órgão gestor de mão de obra – Ogmo. Há uma igualdade de direitos entre o trabalhador
avulso e o trabalhador com vínculo empregatício permanente na Constituição.
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2. Espécies
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3. Igualdade de direitos
CF:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social:
XXXIV – igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o tra-
balhador avulso.
(...) B) RECURSO DE REVISTA. TRABALHADOR AVULSO. HORAS EXTRAS E INTERVALO IN-
TRAJORNADA. DOBRA DE TURNOS. É cediço que o art. 7º, XXXIV, da CF assegura igualdade de
direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. Assim,
não há cogitar que as condições peculiares pertinentes ao trabalhador avulso são incompatíveis
com as garantias constitucionais mínimas asseguradas aos trabalhadores, tais como a jornada es-
pecial do turno ininterrupto de revezamento, as horas extras e o intervalo intrajornada (CF, art. 7º,
XIV e XVI), especialmente ante o caráter cogente de tais direitos, constituindo medidas de prote-
ção, higiene e segurança do trabalho. Recurso de revista conhecido e parcialmente provido” (RR-
1001143-95.2016.5.02.0444, 8ª Turma, Relatora Ministra Dora Maria da Costa, DEJT 04/10/2019).
(...) RECURSO DE REVISTA DO OGMO. VALE TRANSPORTE. TRABALHADOR AVULSO. ÔNUS
DA PROVA. O entendimento pacífico deste c. Corte Superior, consubstanciado na Súmula n. 460
do c. TST, é no sentido de que incumbe ao empregador o ônus de comprovar que o empregado
não satisfaz os requisitos indispensáveis à concessão do vale-transporte. Ademais, este c. Tribunal
Superior também já pacificou seu entendimento no sentido de que o trabalhador avulso faz jus ao
vale-transporte, tendo em vista que o artigo 7º, XXXIV, da Constituição Federal assegura a igual-
dade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
Precedentes. Recurso de revista de que não se conhece. (ARR - 713-44.2014.5.09.0022, Relatora
Desembargadora Convocada: Cilene Ferreira Amaro Santos, Data de Julgamento: 22/08/2018, 6ª
Turma, Data de Publicação: DEJT 24/08/2018)
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137 da CLT, tendo em vista as características próprias do trabalho avulso, em que há recrutamento
diário em nova escala de trabalho para operadores portuários diversos. Precedentes desta C. Corte.
Recurso de revista de que não se conhece. (ARR - 1871- 10.2014.5.09.0322, Relatora Desembar-
gadora Convocada: Cilene Ferreira Amaro Santos, Data de Julgamento: 05/09/2018, 6ª Turma, Data
de Publicação: DEJT 14/09/2018)
20m
Ex.: uma indústria está precisando carregar 50 caminhões, durante 20 dias. Ela decide
entrar em contato com o sindicato, que terá contato com trabalhadores avulsos.
Lei 12.023/09:
Obs.: em termos práticos, o tomador do serviço paga o sindicato que, por sua vez, paga o
trabalhador avulso.
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Lei 12.023/09:
Deveres do Sindicato
Lei 12.023/09:
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Há muito mais pessoas querendo prestar serviços do que vagas de trabalho. Por isso, é
preciso ser elaborada uma escala de trabalho para dizer quem e quando irá trabalhar.
Art. 8º As empresas tomadoras do trabalho avulso respondem solidariamente pela efetiva remune-
ração do trabalho contratado e são responsáveis pelo recolhimento dos encargos fiscais e sociais,
bem como das contribuições ou de outras importâncias devidas à Seguridade Social, no limite do
uso que fizerem do trabalho avulso intermediado pelo sindicato.
35m Art. 9º As empresas tomadoras do trabalho avulso são responsáveis pelo fornecimento dos Equipa-
mentos de Proteção Individual e por zelar pelo cumprimento das normas de segurança no trabalho.
GABARITO
1. e
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor José Gervásio Meireles.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES
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