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Direito do Trabalho

Professor: Aline Leporaci

Empregado – Terceirização

Resumo

Direito do Trabalhador Temporário

O art.12, trata dos direitos assegurados ao trabalhador temporário, a alínea A é o que a doutrina chama de
salário equitativo tem direito o trabalhador temporário a receber salário equivalente a aquele salário que
seja pago aos empregados da tomadora que tenham a mesma função ou que façam parte da mesma
categoria que o trabalhador temporário.

Uma pergunta que muitos fazem é aplica se analogicamente esse salário equitativo também para outras
hipóteses de prestação de serviços? Aqui a doutrina se divide, uns entendem que no caso do art.12-A, ele
se aplica especificamente para o trabalhador temporário, tanto que a lei fez questão de frisar isso no art.12,
enquanto que no outro entendimento diz, Mauricio Godinho Delgado, se objeto é evitar discriminação,
quebra do principio da isonomia entre terceirizado e trabalhador direto da tomadora não importa o que o que
titulo esse terceirizado trabalha.

A doutrina e a jurisprudência tem divergência, no caso de uma prova de primeira fase, siga apenas o que
esta na lei, já em uma prova de segunda fase ou em uma prova de sentença já há espaço para demonstrar
maior conhecimento, caso não há nenhum equivoco em defender o elastecimento desse raciocínio.
O § 2 do art.12, traz disposições acerca de acidente no local de trabalho.

§ 2º - A empresa tomadora ou cliente é obrigada a comunicar à empresa de trabalho temporário a


ocorrência de todo acidente cuja vítima seja um assalariado posto à sua disposição, considerando-se local
de trabalho, para efeito da legislação específica, tanto aquele onde se efetua a prestação do trabalho,
quanto a sede da empresa de trabalho temporário.

Ao art.13 aplica se a esses empregados as mesmas hipóteses de recisão por justa causa ou rescisão
indireta

Art. 13 - Constituem justa causa para rescisão do contrato do trabalhador temporário os atos e
circunstâncias mencionados nos artigos 482 e 483, da Consolidação das Leis do Trabalho, ocorrentes entre
o trabalhador e a empresa de trabalho temporário ou entre aquele e a empresa cliente onde estiver
prestando serviço.

No art.14 , tem se as mesmas hipóteses que se aplica ao art.482/483 da CLT.

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Art. 14 - As empresas de trabalho temporário são obrigadas a fornecer às empresas tomadoras ou
clientes, a seu pedido, comprovante da regularidade de sua situação com o Instituto Nacional de
Previdência Social.

O art.16, traz no caso de falência da empresa de trabalho temporário a empresa tomadora tem
responsabilidade solidaria.

Art. 16 - No caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora ou cliente é


solidariamente responsável pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, no tocante ao tempo em
que o trabalhador esteve sob suas ordens, assim como em referência ao mesmo período, pela
remuneração e indenização previstas nesta Lei.

Não se pode elastecer esse entendimento para empresa prestadora de serviços não temporário, o
entendimento é que não há como, é uma responsabilidade diferenciada, como se depende de previsão legal
ou contratual. Então para que haja uma responsabilidade solidária da empresa tomadora é apenas no caso
de falência e apenas na hipótese de terceirização de trabalho temporário.
Indica que haja falência de uma empresa prestadora de serviço não temporário, não há que se falar em
uma responsabilidade solidaria, mantendo a responsabilidade subsidiária.

1) Tribunal Regional do Trabalho / 24ª Região (TRT 24ª) 2017


Cargo: Analista Judiciário - Área Judiciária - Oficial de Justiça e Avaliador / Questão 33
Banca: Fundação Carlos Chagas (FCC)
Nível: Superior
A respeito do trabalho terceirizado como uma forma de relação de trabalho lato sensu, conforme legislação
e entendimento sumulado do Tribunal Superior do Trabalho,

A.a contratação de trabalhadores por empresa interposta no caso de trabalho temporário nos termos da Lei
no 6.019/1974 é regular, não se formando o vínculo diretamente com o tomador dos serviços.
B.a contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, gera vínculo de emprego com os
órgãos da Administração pública direta, indireta ou fundacional.
C.não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância e de conservação e
limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, ainda que ocorra a
pessoalidade e a subordinação direta.
D.o inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade
solidária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, ainda que não tenha participado da relação
processual.
E.a responsabilidade dos entes integrantes da Administração pública direta e indireta pelas obrigações
trabalhistas do trabalhador terceirizado decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas
assumidas pela empresa regularmente contratada.

2) Tribunal Regional do Trabalho / 24ª Região (TRT 24ª) 2017


Cargo: Analista Judiciário - Área Judiciária / Questão 32
Banca: Fundação Carlos Chagas (FCC)
Nível: Superior

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A empresa Ajax Produções contratou os serviços de dois operadores de som para atender à necessidade
transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente, optando pelo regime de trabalho
temporário. Conforme legislação que regula o trabalho temporário,

A.o contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente, com relação a um
mesmo empregado, não poderá exceder de um ano, sujeito a apenas uma prorrogação por igual período.
B.fica assegurada ao trabalhador temporário remuneração equivalente à percebida pelos empregados de
mesma categoria da empresa tomadora ou cliente, calculada à base horária, garantida, em qualquer
hipótese, a percepção do salário mínimo regional.
C.entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente deverá haver obrigatoriamente
contrato escrito, mas entre a empresa de trabalho temporário e cada um dos assalariados colocados à
disposição de uma empresa tomadora o contrato poderá ser verbal.
D.no caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora ou cliente é
subsidiariamente responsável pela remuneração, indenização trabalhista e recolhimento das contribuições
previdenciárias, no tocante ao tempo em que o trabalhador esteve sob suas ordens.
E.a empresa de trabalho temporário poderá cobrar do trabalhador a importância máxima de 2% sobre o
valor do primeiro salário a título de mediação, bem como efetuar os descontos previstos em Lei.

3) Fernanda é contratada pela empresa Master, a título temporário, com base na Lei n. 6.019/74, pelo prazo
certo de 3 meses. Quando do término deste período e ciente de que o empregador não pretende renovar o
contrato, ela informa que se encontra grávida de 6 semanas.
A respeito do caso proposto, de acordo com o entendimento do TST, assinale a afirmativa correta.

A.Fernanda pode ter o contrato extinto porque o pacto foi feito a termo, de modo que no seu implemento a
ruptura se impõe.
B.Fernanda não poderá ser dispensada, pois, em razão da gravidez, possui garantia no emprego, mesmo
sendo o contrato a termo.
C.Fernanda poderá ser desligada porque a natureza jurídica da ruptura não será resilição unilateral, mas
caducidade do contrato.
D.Fernanda não pode ter o contrato rompido, pois em razão da gravidez tem garantia no emprego durante
12 meses.

Gabarito

1) A
2) B
3) B

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