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1.1. – Empregador
os profissionais liberais;
as instituições de beneficência;
as associações recreativas;
outras instituições sem fins lucrativos.
1.2. – Empregado
Considera-se empregado toda pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a
empregador, sob dependência deste e mediante salário.
pessoalidade;
serviço não eventual;
subordinação jurídica e hierárquica;
pagamento de salário.
A pessoa física que exerce habitualmente, e por conta própria, atividade profissional remunerada
e/ou presta, sem relação de emprego, serviço remunerado de caráter eventual a empresas e/ou
pessoas físicas.
Principais características:
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Como essas situações são transitórias, a empresa, ao invés de admitir novos empregados, poderá
lançar mão do trabalho temporário, visto ser esse pessoal treinado para o exercício da função de
que a empresa necessita, evitando perda de tempo na seleção e treinamento dos empregados e,
ainda, por ser este procedimento menos oneroso.
Note-se que a princípio a empresa tomadora de serviço não tem, com esse procedimento, outra
despesa que não o valor contratado com a agência de emprego.
Será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva que proíba a contratação do mesmo pela
empresa tomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição.
Nota: Deverá ser efetuado registro na CTPS pela empresa de trabalho temporário. Referida
anotação será feita na parte destinada a “Anotações Gerais”, podendo conter os seguintes dizeres:
“O titular desta Carteira de Trabalho presta serviço temporário, de conformidade com a Lei n.º
6.019/74 e Decreto n.º 73.841/74, conforme contrato escrito em separado”; data e assinatura do
empregador ou seu representante legal.
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contrato firmado com o trabalhador, bem como a comprovação do respectivo recolhimento das
contribuições previdenciárias.
Notas:
1. A Portaria n.º 66/74, no item 6 (com a redação da Portaria n.º 02/96), determina que o
período total com a prorrogação não poderá exceder a 6 (seis) meses. As dúvidas na aplicação
dessa Portaria serão dirimidas pela Secretaria das Relações do Trabalho.
2. A Instrução Normativa n.º 100/92 dispõe sobre o registro das empresas de Trabalho
Temporários.
1.6. – Estagiário
Estágio é o período de tempo em que o estudante exerce sua profissão, enquanto ainda estuda,
com a finalidade de aprimoramento dos ensinamentos teóricos ministrados na escola.
A Lei n.º 6.494/77, com redação da Lei n.º 8.859/94, regulamentada pelo Decreto n.º 87.497/82,
estabelece normas sobre o estágio de estudante de ensino superior, de cursos profissionalizantes
do ensino médio, (antigo 2º grau), e de supletivo, hoje denominado Educação Profissional e
Educação de Jovens e Adultos, conforme a Lei n.º 9.394 – LDB promulgada em 20.12.1996.
1.6.1. – Características:
a) Instrumento Jurídico
Para que o estágio fique caracterizado e definido é necessária a existência de instrumento jurídico,
firmado entre a instituição de ensino e pessoas jurídicas de direito público e privado, reexaminado
periodicamente, no qual estejam acordadas todas as condições de realização daquele estágio,
inclusive transferência de recursos à instituições, quando for o caso.
A realização do estágio curricular não acarreta vínculo empregatício de qualquer natureza,
devendo, contudo, constar da CTPS, na parte destinada as anotações gerais, o termo de
compromisso firmado entre o estudante e a parte concedente (empresa).
O comprovante da existência desse vínculo, exigível pela autoridade competente, será constituído
de termo de compromisso, a ser celebrado entre o estudante e a parte concedente do estágio
(empresa) com interveniência da instituição de ensino, devendo mencionar, necessariamente, o
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instrumento jurídico a que se vincula (firmado entre a instituição de ensino e pessoas jurídicas de
direito público e privado).
b) Seguro de Acidentes
c) Bolsa de Treinamento
Sendo ou não remunerado, o estágio não cria o vínculo de emprego entre empresa e estagiário e,
em decorrência, este não deverá ser registrado nos livros ou fichas de registro de empregados,
nem constará de quadros de horários, folhas de pagamento, cadastro de admitidos e demitidos,
etc.
Como se viu, dentre as atribuições de competência da instituição de ensino, está a de dispor sobre
a carga horária, duração de estágio curricular, sendo que, no tocante à duração, não poderá ser
inferior a um semestre letivo.
Quanto aos encargos sociais, sobre o pagamento realizado ao estagiário (estágio remunerado)
haverá apenas incidência do Imposto de Renda na Fonte, quando o valor pago ultrapassar ao
mínimo de isenção prevista na tabela de rendimentos do trabalho assalariado.
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1.8.1. – Carteira de Trabalho e Previdência Social
Na admissão de empregado é indispensável que a empresa exija a Carteira de Trabalho e
Previdência Social para proceder as anotações referentes ao Contrato de Trabalho (art. 13 da
CLT).
Dados do Empregador:
Razão Social;
Endereço completo;
CGC;
Ramo de atividade.
Dados do Empregado:
cargo do empregado;
Data de admissão;
Número do registro na ficha/livro;
Remuneração, seja qual for a forma de pagamento e
circunstâncias especiais se houver;
Carimbo e assinatura da empresa.
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na data-base da categoria profissional correspondente;
na época do gozo das férias;
por ocasião do afastamento por doença e/ou acidente do trabalho;
a qualquer tempo por solicitação do empregado;
na rescisão do contrato de trabalho.
Observação:
As anotações, bem como as atualizações da Carteira de Trabalho e Previdência Social poderão
ser feitas mediante o uso de etiquetas gomadas, autenticadas pelo empregador ou seu
representante legal.
O empregador está obrigado a efetuar o registro de seus empregados tão logo os mesmos iniciem
a prestação de seus serviços. Esse registro poderá ser feito em livro ou fichas.
O livro ou ficha de registro de empregados deverá conter as seguintes informações:
Referência Legal: Legislação aplicável, art. 13 e 56 da CLT e Portaria n.º 3626/91 do MTPS, com
as alterações da Portaria MTPS nº 3.024/92.
Autenticação
Os livros ou fichas de registro deverão ser autenticados junto à DRT ou por outros órgãos
autorizados.
Quando o lote de fichas ou o livro estiver se esgotando, deverão ser autenticadas novas fichas ou
livros com numeração subsequente, devendo a empresa apresentar a ficha mestra do lote anterior
ou o livro.
As empresas que estiverem iniciando as suas atividades terão o prazo de 30 dias para
autenticação, a partir da admissão do primeiro empregado.
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1.9.2. – Centralização dos Documentos
A empresa poderá utilizar controle único e centralizado dos documentos, sujeitos à inspeção do
trabalho, salvo quanto ao registro de empregados, registro de horário de trabalho e livro de
inspeção do trabalho, que deverão permanecer em cada estabelecimento.
1.10. – Contrato de Trabalho
É o instrumento usado para ratificar a relação de emprego existente, sendo emitido em duas vias
de igual teor, onde obrigatoriamente consta:
Dados do empregado:
nome completo e endereço;
salário e forma de pagamento;
cargo;
horário e local de trabalho;
vigência do contrato (prazo máximo de 90 dias), após – prazo indeterminado.
Dados do empregador:
Razão Social;
Número do CGC;
Endereço completo.
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Em nosso entendimento, a prorrogação indiscriminada do contrato de experiência é inaceitável. Ao
analisar-se a origem do disciplinamento legislativo do contrato de experiência, conclui-se,
inexoravelmente, pela inaplicabilidade do artigo 451 da CLT quanto à possibilidade de prorrogação.
Com efeito, referido dispositivo legal regula somente os outros contratos de prazo determinado,
que não os de experiência, porque este apenas surgiu como forma de contrato a prazo com o
Decreto-Lei nº 229, de 28.2.1967.
Mesmo que assim não fosse, por mais um motivo seria inadmissível a prorrogação indiscriminada
do contrato de experiência, em vista do disposto no artigo 452 da CLT, que considera por prazo
indeterminado todo contrato que suceder, dentro de seis meses, a outro por prazo determinado,
salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de
certos acontecimentos.
A Legislação Trabalhista é regida em grande parte pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
que foi instituída pelo Decreto Lei nº 5.452 de 1º de maio de 1943, pelo Presidente Getúlio Vargas.
O referido Decreto Lei foi publicado no DOU de 09/08/43, vigorando a partir de 10 de novembro de
1943.
Também podemos citar a Constituição Federal de 1988, a qual trouxe muitas inovações no âmbito
do trabalho, como o reconhecimento da igualdade entre os homens e as mulheres, redução da
jornada de trabalho de 48 para 44 horas semanais, entre outras.
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da Lei, outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, bem como os litígios que tenham
origem no cumprimento de suas próprias sentenças, inclusive coletivas.
Assim, para se ver apreciada uma lide pela Justiça do Trabalho, é necessário que entre as partes
exista o elo da relação de emprego.
Todavia, há caso específico em que, embora não exista a vinculação empregatícia, a competência,
para apreciar e julgar, será da Justiça do Trabalho. Trata-se dos dissídios resultantes dos contratos
de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice.
A Justiça do Trabalho é competente também para apreciar os dissídios resultantes do trabalho
doméstico.
As questões relativas a acidentes do trabalho são da competência da Justiça Comum, dos
Estados, dos Territórios e do Distrito Federal.
As ações movidas contra a Previdência Social, relativas a benefícios pleiteados pelos segurados,
por sua vez, são tratadas pela Justiça Federal, salvo se esta não se encontrar instalada na
localidade, caso em que será competente a Justiça Comum Estadual.
De resto, cumpre ressaltar, ainda, que conforme se disse anteriormente, a relação de emprego
existente entre as partes é condição necessária à apreciação da lide pela Justiça do Trabalho.
Assim sendo, as controvérsias resultantes do trabalho autônomo, cuja caracterização se dá pela
inexistência da referida relação, são dirimidas pela Justiça Ordinária. As controvérsias relacionadas
com os trabalhadores avulsos, desde 05.10.88, competem à Justiça do Trabalho, tendo em vista
que passaram a ter assegurados direitos trabalhistas idênticos aos trabalhadores com vínculo
empregatício permanente - CF/88, art. 7º XXXIV.
Referência Legal: CF/88, art. 114; CLT, arts. 643, parág. 2º, e 652, “a”, III; Lei nº 5.010/66, arts.
10, I, 13, I, e 15, III, e Decreto nº 71.885/73, art. 2º, parágrafo único.
A composição do TRT varia de acordo com a Região, havendo em todas elas, no entanto, juizes
togados e juizes classistas, representantes de empregados e empregadores.
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3) Varas do Trabalho - Antigas Juntas de Conciliação e Julgamento (JCJ)
Órgão de primeira instância da Justiça do Trabalho. A Jurisdição de cada Vara do Trabalho
abrange todo o território da Comarca em que estiver situada.
Referência Legal: CLT, art. 628, parágrafos 1º e 2º, Decreto nº 90.880/85, art. 7º; e Portarias
MTPS nº 3.158/71 e Mtb nºs 3.035/85 e 402/95
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Os agentes de inspeção utilizam-se de formulário próprio denominado “Notificação para
Apresentação de Documentos” para indicar os documentos necessários à realização da inspeção.
Por meio desse documento, a empresa é notificada para que apresente os documentos indicados,
no dia e hora ali estabelecidos.
Convenção coletiva de trabalho é o acordo de caráter normativo pelo qual dois ou mais sindicatos
representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho
aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho.
É facultado aos sindicatos representativos de categorias profissionais celebrarem acordos coletivos
com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica que estipulem condições de
trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das empresas acordantes às relações de trabalho.
As Federações e, na falta destas, as Confederações representativas de categorias econômicas ou
profissionais, podem celebrar convenções coletivas de trabalho para reger as relações das
categorias a elas vinculadas, inorganizadas em sindicatos, no âmbito de suas representações.
Os sindicatos só podem celebrar convenções ou acordos coletivos de trabalho por deliberação de
Assembléia Geral especialmente convocada para esse fim, consoante o disposto nos respectivos
estatutos, dependendo a validade da mesma do comparecimento e votação, em primeira
convocação, de 2/3 (dois terços) dos associados da entidade, se tratar de convenção, e dos
interessados, no caso de acordo, e, em segunda, de 1/3 (um terço) dos mesmos.
As convenções e os acordos devem ser celebrados por escrito, sem emendas nem rasuras, em
tantas vias quantos forem os sindicatos convenentes ou as empresas acordantes, além de uma
destinada a registro.
As convenções e os acordos entram em vigor 3 (três) dias após a data de sua entrega no órgão
referido anteriormente.
Não é permitido estipular duração de convenção ou acordo superior a 2 (dois) anos.
O processo de prorrogação, revisão, de denúncia ou revogação total ou parcial de convenção ou
acordo é subordinado, em qualquer caso, à aprovação de Assembléia Geral dos sindicatos
convenentes ou partes acordantes.
2.5. – Salário
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regulamentação, foi fixado o salário profissional mínimo que os empregados habilitados para
exercer aquelas profissões, deverão perceber. Alguns exemplos dessas profissões são médicos,
dentistas, engenheiros etc.
2.5.4. – Tarefeiro
É o salário resultante das tarefas produzidas em determinado tempo.
Essa modalidade de salário pressupõe fixação de preço ou tarifa por unidade produzida e o
resultado mínimo produzido em determinado tempo.
Em conseqüência da economia de tempo, atribui-se vantagem ao empregado, que pode consistir
em:
2.6. – Remuneração
2.6.2. – Adicionais
É o acréscimo salarial, em função das condições mais penosas em que o trabalho é prestado.
Os adicionais previstos na legislação trabalhista são em decorrência de:
Outros adicionais podem ser convencionados entre as partes (empregador e empregado), através
de convenção, acordo ou dissídio coletivo. Dentre estes, podem-se destacar o adicional de tempo
de serviço (anuênios, quinquênios etc.) e o adicional de função.
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Trabalho, registrado no MTb. Tal perícia poderá ser solicitada pela própria empresa, ou então por
meio do sindicato da categoria profissional respectiva.
Os empregados que trabalham em condições perigosas fazem jus ao adicional de 30% do
respectivo salário contratual, excluídas as gratificações, prêmios ou participações nos lucros da
empresa.
Contudo, somente fará jus ao adicional o empregado que tiver contato permanente com explosivos
ou inflamáveis.
Referido adicional integra o salário do empregado para todos os efeitos legais, tais como FGTS,
pagamento de hora extra, adicional noturno, férias, 13º salário, etc.
O direito à periculosidade cessa com a eliminação do risco à integridade física do empregado.
A Lei nº 7.369/85 estendeu o adicional de periculosidade aos trabalhadores do setor de energia
elétrica, desde que expostos a situação de risco.
Base de Cálculo
O trabalho executado nestas condições assegura ao empregado a percepção do adicional
incidente sobre o salário mínimo, equivalente a:
40% para insalubridade de grau máximo;
20% para insalubridade de grau médio;
10% para insalubridade de grau mínimo.
2.6.3. – Gorjeta
É a remuneração que o empregado recebe de terceiros, isto é, de clientes. Os estabelecimentos
que adotam este tipo de pagamento são bares, hotéis, motéis, restaurantes, lanchonetes etc.
A gorjeta pode ser espontânea ou compulsória.
Gorjeta espontânea é a importância dada pelo cliente diretamente ao empregado.
Gorjeta compulsória é aquela importância cobrada pela empresa, do cliente, como adicional na
nota de despesa.
Para fins de integração na remuneração do empregado e recolhimento dos encargos sociais, o
valor da gorjeta compulsória é o “quantum” determinado nas notas, rateado entre os empregados.
Se espontânea, obedece ao valor constante da tabela estimativa.
Os sindicatos das categorias profissionais, por dificuldade em estipular o total percebido pelo
empregado a título de gorjeta espontânea, têm determinado valores estimativos através de acordo,
convenção ou dissídio coletivo.
A cobrança compulsória da taxa de serviço pela empresa a exclui da aplicação da tabela
estimativa, salvo se esta for superior à importância ganha pelo empregado no rateio.
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ao mesmo para todos os efeitos legais.
2.6.5.1. – Despesas de Viagens a Serviço (quando o empregado utiliza seu próprio veículo)
O empregado que usa veículo próprio no desempenho de suas atividades pode ter reembolsadas
as despesas tais como combustíveis, lubrificação, lavagem, reparos etc., através dos pagamentos
por quilometragem rodada, reembolso de despesas e contrato de comodato modal.
Quilometragem rodada - é o valor previamente estipulado pela empresa por quilômetro rodado.
Esse valor tem por finalidade ressarcir os gastos com combustível e desgaste do veículo do
empregado.
O entendimento quanto à sua natureza jurídica não é pacífico, uma vez que existem os que o
consideram como indenização, outros como salário e, ainda, aqueles que afirmam revestir-se de
características de diárias para viagem.
2.6.6. – Abonos
É um valor concedido pelo empregador por mera liberalidade ou através de acordo, convenção ou
dissídio coletivo e ainda, por força de dispositivo legal.
O abono integra a remuneração para todos os efeitos legais, salvo se houver legislação dispondo o
contrário.
O pagamento mensal de salários efetua-se, o mais tardar, até o 5º (quinto) dia útil do mês
subseqüente ao vencido. Caso a empresa efetue o pagamento através de cheque, deve-se
assegurar ao empregado:
Tratando-se de quinzenalista ou semanalista, o pagamento do salário deve ser efetuado até um dia
após o vencimento. Na contagem dos dias será incluído o sábado, excluindo-se o domingo e os
feriados, inclusive os municipais. (Instrução Normativa nº 01, de 07.11.89 - DOU de 13.11.89).
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de trabalho. Há casos em que as empresas fazem contratos com os bancos e usufruem da
instalação de Postos Bancários dentro de suas dependências.
2.10.1. – Beneficiários
São beneficiários do Vale-Transporte os empregados definidos no art. 32 da CLT, o empregado
doméstico, trabalhador temporário, trabalhador em domicílio, o sub-empreiteiro, atletas
profissionais e servidores públicos da União, do Distrito Federal e suas autarquias.
2.10.2. – Benefício
O Vale-Transporte constitui benefício que o empregador antecipará ao trabalhador para utilização
efetivo em despesas de deslocamento residência - trabalho e vice-versa, devendo ser fornecido
através de recibo.
2.10.8. – Custeio
O Vale-Transporte será custeado da seguinte forma:
pelo beneficiário, na parcela equivalente a 6% (seis por cento) de seu salário básico ou o valor
real do benefício, levando-se em consideração o menor valor;
pelo empregador, no que exceder a parcela referida no item anterior.
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2.10.9. – Base de Cálculo
Para determinação da base de cálculo será considerado:
Na admissão e demissão, a base de cálculo será proporcional aos dias trabalhados. Quando o
empregado recebe remuneração fixa mais comissões, a base de cálculo será a parte fixa acrescida
da parte variável.
O Vale-Transporte não tem natureza salarial, nem se incorpora à remuneração do empregado para
qualquer fim.
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justa causa.
A suspensão não é facilmente aceita pelo empregado, que, geralmente ajuiza reclamação
trabalhista, pleiteando a sua anulação, o que evidentemente implicará o comparecimento do
empregador à Justiça a fim de provar a procedência da suspensão em razão do ato praticado pelo
empregado.
Esclareça-se que a caracterização da justa causa independe da aplicação de suspensão, pois em
alguns casos as advertências bastam para a dispensa do empregado.
O art. 482 da CLT elenca os motivos que autorizam a dispensa por justa causa, sendo que dentre
os motivos citados, como já comentamos anteriormente, alguns autorizam a despedida imediata
dada a gravidade do ato faltoso, enquanto que outros exigem para sua caracterização a reiteração
do procedimento.
Exemplo:
Falta Grave – Apropriação de dinheiro da empresa, ou seja, ato cometido contra o patrimônio do
empregador (letra “a”, art. 482 da CLT) que constitui ato de improbidade.
Falta Leve – Atrasos na entrada ao serviço que se traduz pela negligência ou falta de interesse na
prestação dos serviços. (letra “e”do art. 482 da CLT).
Atualidade da punição: a sanção ao empregado deve ser imediata ao ato faltoso. A demora na
aplicação da penalidade pode caracterizar o perdão tácito do empregador.
Evidente que em se tratando de causas complexas, é admitido o decurso de certo período de
tempo, destinado à apuração dos fatos ocorridos, assim como das responsabilidades.
Unicidade da pena: a falta cometida pelo empregado enseja ao empregador o direito de
aplicar, apenas, uma determinada penalidade. Assim, não se pode aplicar uma advertência e,
depois, uma suspensão, por uma única falta cometida.
Por outro lado, nada impede que ao aplicar a sanção o empregador faça referência a penalidades
anteriormente aplicadas, para se caracterizar a reiteração do ato faltoso.
Proporcionalidade: entre a penalidade e a falta cometida deve haver proporcional idade, isto é,
o empregador deverá, usando o bom senso, verificar, diante da falta cometida, qual é a dosagem
de pena merecida pelo empregado. São causas que devem ser levadas em conta: a condição
pessoal do empregado (grau de instrução, por exemplo), o passado funcional (o empregado nunca
cometeu faltas), os motivos que determinaram a prática da falta etc.
Observe-se que o rigor excessivo na aplicação da sanção ou o emprego de meios vexatórios
(advertir o empregado, humilhando-o na presença de colegas ou clientes, por exemplo) implicam
falta grave pelo empregador (letra “b” do art. 483 da CLT), ensejando rescisão indireta do contrato
de trabalho.
prazo de duração da suspensão pode ser, no máximo, de 30 dias corridos. Quando superar
esse limite, ensejará da mesma forma a rescisão do contrato de trabalho, com justa causa, pelo
empregado (art. 474 da CLT).
Por fim, não se admite as penalidades pecuniárias (multa) salvo em relação aos atletas
profissionais.
Havendo a recusa, sem justo motivo, por parte do empregado, em receber a comunicação da
penalidade, o empregador ou quem o estiver representando, deverá ler ao empregado o teor da
comunicação na presença de duas testemunhas. Após a leitura, inserirá no rodapé da
comunicação, a seguinte observação: “ em virtude da recusa do empregado em dar ciência do
recebimento desta comunicação, seu conteúdo foi lido por mim, na sua presença e na das
testemunhas abaixo, em (data)”. Segue-se a assinatura do enunciador da penalidade e das
testemunhas.
O empregado que, ao receber a comunicação, praticar agressão física ou verbal contra o
responsável pela entrega, praticará ato faltoso, que ensejará sua dispensa por justa causa.
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O empregado estável somente pode ser dispensado por falta grave, devidamente apurada em
juízo. Para ajuizamento do inquérito judicial, o empregador poderá suspender das funções o
empregado estável, por prazo ilimitado. Mas deverá, dentro de 30 dias a contar da suspensão,
propor a competente ação na Justiça do Trabalho.
A despedida do empregado, no entanto, só se torna efetiva após o julgamento do inquérito em que
fique comprovada a procedência da acusação. Não usando da faculdade de suspensão, o
empregador deverá ajuizar o inquérito de imediato.
Se a Justiça do Trabalho não reconhecer a falta grave, determinará a reintegração do empregado
nas funções. Neste caso, devem ser pagos os salários do período de afastamento. Se entender
desaconselhável a reintegração, a Justiça do Trabalho poderá convertê-la em indenização em
dobro.
CAPÍTULO 3 – CÁCULO DE HORAS
A marcação de ponto pelo sistema manual é feita em livro de ponto ou em folha individual, sendo
geralmente utilizada para empregados de condição e função mais elevadas. As empresas poderão
adotar sistemas alternativos de controle de jornada de trabalho ( Portaria Mtb-1 120 de
08/11/1995).
Estão desobrigados da marcação de ponto aqueles que ocupam cargos de confiança, bem como
os que trabalham em serviços essencialmente externos e que não estão sujeitos a horário.
O art. 62 da CLT determina a referida exclusão exigindo que a condição da execução de cargo de
confiança ou do trabalho externo seja explicitamente anotadas na CTPS e na Ficha ou Livro de
Registro de Empregados.
O horário de trabalho constará de quadro, conforme modelo aprovado pelo Ministério do Trabalho,
e afixado em lugar bem visível; contudo, a empresa que adotar registros manuais, mecânicos ou
eletrônicos, individualizados de controle de horário de trabalho, contendo a hora de entrada e
saída, bem como a pré assinalação do período de repouso ou alimentação, fica dispensada do uso
de quadro de horário.
Esclareça-se que a Portaria nº 3.626/91 permite a substituição do quadro de horário pelo cartão de
ponto, desde que conste do mesmo horário de entrada e saída e os intervalos para descanso.
Quanto à marcação de ponto do horário destinado às refeições (intervalos na jornada), o art. 74, §
2º, da CLT, tornou facultativa tal anotação, desde que referidos intervalos sejam pré-assinalados
no próprio cartão.
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3.7. – Transferência de Horário
Para facilitar o cálculo de horas extras, faltas, atrasos, adicional noturno e de DSR, é
imprescindível que saibamos converter as horas normais em horas centesimais. Veja exemplo
abaixo:
0,30 minutos (+)
0,30 minutos
(=) 0,60 minutos ou seja, 1 (uma) hora.
Para conversão de horas normais para centesimais, basta dividir o número que está após a
vírgula por 6 (seis), lembrando que o resultado também é um múltiplo de 6 (seis), conservando-se
a hora inteira (cheia). Vejamos:
0,30 minutos 6 = 0,50 minutos centesimais
0,30 minutos 6 = 0,50 minutos centesimais
0,60 minutos 1,00 hora
H. Normais H. Centesimais
8,48 dividir 48 min por 6 = 8,80 = 1 dia de trabalho em horas
8,48 dividir 48 min por 6 = 8,48 = 1 dia de trabalho em horas
16,96 17,60 = 2 dias de trabalho em horas
Portanto, é ressaltada a importância da hora centesimal para quaisquer cálculos, sejam eles para
cálculos de horas acumuladas ou para pagamento de valores. Para facilitar a conversão, segue
tabela abaixo:
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Se o empregado trabalhar em horas suplementares, por meio de acordo de prorrogação de horas,
as mesmas serão pagas com adicional de 50% sobre o valor da hora normal (CF Cap. II – art. 7º
; XVI).
Ressalvamos a possibilidade da existência de percentual superior ao fixado pela CF por meio de
contrato, acordo ou convenção coletiva.
O pagamento do trabalho realizado em dia de repouso será efetuado em dobro, salvo se for
determinado outro dia de folga.
Esclarecemos que a expressão “em dobro” significa valor das horas trabalhadas no repouso,
acrescido do valor do repouso incluso na remuneração do empregado, ou por cumprimento integral
da jornada semanal (conforme o caso).
Os adicionais por trabalho noturno e extraordinário, bem como a quantidade de horas corres-
pondentes, devem vir destacados (discriminados à parte) nos recibos de pagamento a fim de que
possam servir de prova de efetivo pagamento, afastando a ocorrência do mencionado “salário
complessivo”.
Notas:
1) Os valores apurados em função dos coeficientes acumulados têm a finalidade exclusiva de
facilitar os cálculos pelas empresas, ou mesmo, como forma alternativa para confirmação dos
critérios legais, não devendo, entretanto, serem mencionados nos recibos de pagamento dos
empregados.
2) Há quem entenda que, no cálculo do valor das horas extras noturnas, os adicionais noturno
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e extraordinário devem ser apurados separadamente para não ocorrer a cumulatividade, ou seja,
adicional sobre adicional.
Importante
Salário complessivo - Nulidade da cláusula contratual
“Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender en-
globadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador.”
Inicialmente, temos que saber em quantos dias da semana o empregado prestará serviços, qual o
período de refeição e descanso e qual o horário de entrada, para definir-mos a jornada total.
Exemplo:
Um empregado deve trabalharar de segunda a sexta-feira, entrar as 7h00m e parar 1 hora para
refeição e descanso.
Vejamos:
Se a jornada de trabalho é de 44 horas semanais e o empregado trabalhará de segunda a sexcta-
feira (05 dias por semana), devemos dividir 44 horas por 5 dias.
44 horas 5 dias = 8,80 horas (centesimais), ou 8h48m, que devem ser cumpridas diariamente.
Sendo assim, temos:
Mediante acordo individual ou coletivo, convenção coletiva ou sentença normativa, poderá haver
compensação de horas dos empregados maiores, do sexo masculino ou feminino.
Todavia, tratando-se de menores de 18 (dezoito) anos, a compensação somente poderá ser feita
mediante a assistência do sindicato da categoria profissional à qual pertencer o empregado.
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Entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de l1 horas consecutivas para
descanso. Este intervalo entre jornadas deve ser contado do término da jornada de um dia ao início
da jornada seguinte. Além desse descanso, será assegurado a todo empregado um descanso
semanal remunerado (DSR) de 24 horas consecutivas, o qual deverá coincidir, preferencialmente,
com o domingo, no todo ou em parte.
Por outro lado, independente desses descansos destinados ao repouso, a legislação obriga a
concessão de intervalos variáveis para alimentação do trabalhador, dependendo da duração do
trabalho.
Notas:
1º) Somente o Ministério do Trabalho (MTb), ouvida a Secretaria de Segurança e Medicina do
Trabalho (SSMT), poderá reduzir o intervalo mínimo de 1 hora, devendo, contudo, remunerar a
hora reduzida com pelo menos 50% sobre o valor da hora normal de trabalho.
2º) A Convenção Coletiva do Trabalho poderá, em casos especiais, ampliar o intervalo máximo de
2 horas. (Art. 71 da CLT com a redação da Lei nº 8.923/94, que acrescentou o § 40 e a Portaria n º
3.118/89, que normatiza os pedidos de autorização).
1 - Empresas Autorizadas
As empresas que, por exigências técnicas, executam serviços nesses dias, têm, em caráter
permanente, permissão para o trabalho em dias de repouso. Para tanto, a atividade da empresa
deverá estar relacionada no Quadro Anexo ao Decreto n º 27.048/49
22
autorizado, o qual não dever exceder de 60 (sessenta) dias.
O empregado que for admitido no decorrer da semana fará jus ao DSR integral. Tratando-se,
porém, de rescisão contratual, caso o último dia do aviso prévio trabalhado recaia em qualquer dia
da semana, o empregado perderá o DSR.
O intervalo entre jornadas deverá ser adicionado ao descanso semanal remunerado. Portanto, o
intervalo de 11 horas acrescido das 24 horas de DSR deverá totalizar 35 horas de paralisação no
trabalho.
Quando o feriado recair em domingo ou dia de repouso durante a semana, para os que trabalham
em regime de escala de revezamento, o pagamento do DSR corresponderá a um só dia, não
sendo cumulativas as remunerações.
Conforme artigo 473 da CLT, o empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo
do salário:
23
Também são previstas as faltas legais no artigo 131 da CLT:
Com relação aos empregados horistas, diaristas e semanalistas, os mesmos têm direito ao
repouso, caso trabalhem integralmente durante toda a semana, isto é, desde que tenham cumprido
sua jornada semanal. Assim, faltando ou atrasando injustificadamente perderão a remuneração do
DSR.
3.20.1. – Mensalista
Já nos casos de mensalista e quinzenalista, a matéria é polêmica quanto ao desconto ou não do
DSR quando estes empregados faltam ao serviço sem justificativa legal. Assim sendo, há os que
entendem que o DSR dos mensalistas e quinzenalistas já se encontra incluso no salário dos
mesmos e, mesmo que não cumpram sua jornada semanal integralmente, não perderão o DSR.
Entretanto, há os que entendem que, independentemente de ser horista, diarista, mensalista etc.,
caso não cumpra integralmente a jornada semanal, o empregado perderá o DSR.
24
Decreto n 98.813, de 10.01.90, já se sujeitavam as entidades filantrópicas ao recolhimento dos
depósitos para o FGTS.
serviço militar;
por motivo de licença para tratamento de saúde, até quinze dias;
acidente do trabalho;
licença- maternidade;
depósito é obrigatório quando o trabalhador passar a exercer cargo de diretoria, gerência ou
outro cargo de confiança imediata do empregador.
Conceito de empregador - Estão incluídos os fornecedores ou tomadores de mão-de-obra.
Assim, o trabalhador temporário tem direito ao FGTS.
Estão excluídos os eventuais, autônomos, servidores públicos civis e militares sujeitos a
regime jurídico próprio.
Trabalhador doméstico poderá ter acesso ao regime do FGTS - dependerá de lei.
4.2.1. – Histórico
O objetivo da Seguridade Social é assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à
assistência social. Ela é regida pelo princípio de Justiça de que todo homem tem direito à proteção
contra os riscos de vida.
Historicamente, a primeira data de que se tem notícia da preocupação do homem com relação ao
infortúnio é 1.344. É desse ano o primeiro contrato de seguro marítimo, surgindo mais tarde a
cobertura contra os riscos de um incêndio. Nos tempos modernos, em 1.844, aparecem as
primeiras formas de seguro social, não obrigatório, no Império Austro-húngaro e na Bélgica,
adquirindo o sentido de obrigatoriedade em 1.833, na Alemanha de Bismarck.
No Brasil, o marco inicial da Previdência Social surge com a Lei nº 4.682, de 24 de janeiro de 1923.
Essa Lei chamou-se Eloy Chaves e dispõe sobre a instituição das primeiras caixas de
aposentadoria, restrita sua proteção a determinadas categorias profissionais, como os ferroviários,
inicialmente. Ainda na década de 20, o seguro social estende-se aos empregados das empresas
de navegação.
Com a criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, em 1930, por toda essa década a
Previdência se consolidaria no País com a constituição de numerosos institutos - IAPC, IAPB, IAPI,
IAPM e IAPETEC -, estendendo sua proteção aos comerciários, bancários, industriários, marítimos
e trabalhadores em transportes e cargas. Essa proteção era custeada pela contribuição do
segurado, do empregador e da União.
Com a Lei Orgânica da Previdência Social nº 3.807, de 26 de agosto de 1960, foi padronizado o
sistema assistencial. Ela ampliou os benefícios e dela surgiram os seguintes auxílios: auxílio-
natalidade, funeral e reclusão, e ainda estendeu a área de assistência a outras categorias
profissionais.
Por meio do Decreto-lei nº 72, de novembro de 1966, houve a unificação de todos os antigos
25
institutos com a criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), efetivamente
implantado a 2 de janeiro de 1967.
A Lei nº 6.439, de 1º de setembro de 1977, instituiu o Sistema Nacional de Previdência e
Assistência Social (SINPAS). Tinha como objetivo a reorganização da Previdência Social.
O SINPAS destinava-se a integrar as atividades de Previdência Social, Assistência Médica,
Assistência Social e de gestão Administrativa, Financeira e Patrimonial, executadas em cada uma
das entidades vinculadas ao Ministério da Previdência e Assistência Social. Era dividido entre as
seguintes entidades:
I. Instituto Nacional de Previdência Social - INPS -, com a competência de conceder e manter
os benefícios e outras prestações em dinheiro.
II. Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social - INAMPS -, com a
competência de prestar assistência médica.
III. Fundação Legião Brasileira de Assistência - LBA -, com a competência de prestar assistência
social à população carente.
IV. Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor - FEBEM -, com a competência de promover a
execução da política nacional do bem-estar do menor.
V. Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social - DATAPREV.
VI. Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social - IAPAS -, com a
competência de promover arrecadação, fiscalização e cobrança das contribuições e demais
recursos destinados à Previdência e Assistência Social.
26
Social, incidente sobre a folha de salários. Ao Departamento da Receita Federal - DRF -, do
Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento, continua cabendo a competência sobre as
demais contribuições sociais”(Exposição de Motivos nº 040, de 25.4.91).
Segundo a nova Lei, os valores de salário-de-contribuição devem ser reajustados na mesma época
e com os mesmos índices de reajustamento dos benefícios.
Cabe ressaltar que a nova Lei penaliza o descumprimento das responsabilidades das empresas e
dos indivíduos em relação às contribuições sociais. São vários os instrumentos que elevam as
multas e discriminam os crimes por sonegação fiscal, falsidade ideológica e estelionato.
Ao Conselho Nacional da Seguridade Social, recém-criado com a nova Lei, compete estabelecer
as diretrizes gerais e políticas de integração entre as áreas que compõem a Seguridade Social. A
ele também cabe acompanhar e avaliar a gestão econômica, financeira e social dos recursos e
aprovar e submeter ao Presidente da República os programas anuais e plurianuais.
saúde;
previdência;
assistência social
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contribuitivo
e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e
atenderá, nos termos da lei, a:
I. cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;
II. proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III. proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV. salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;
V. pensão por morte de segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e
dependentes.
27
cálculo dos benefícios considerando-se os salários-de-contribuição, corrigidos
monetariamente;
preservação do valor dos benefícios;
previdência complementar facultativa, custeada por contribuição adicional.
4.2.3.1. – Saúde
Cabe ao Estado reduzir o risco de doença e de outros agravos. Cabe também ao Estado garantir o
acesso universal e igualitário a ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
A organização das atividades de saúde obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes:
28
I. do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, á
pessoas física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou faturamento;
c) o lucro;
II. do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição
sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o
art. 201;
III. sobre a receita de concursos de prognósticos.
§ 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade
social, constarão dos respectivos orçamentos, não integrando ao orçamento da União.
§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos
órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e
prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de
seus recursos.
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema de seguridade social, como estabelecido em lei
não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou
creditícios.
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da
seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido
sem a correspondente fonte de custeio total.
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos
noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes
aplicando o disposto no art. 150, III, “b”.
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência
social que atendam às exigências estabelecidas em lei.
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os
respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem
empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma
alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos
da lei.
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de
cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica ou da utilização intensiva de mão-de-obra.
§ 10º A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações
de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, observada a
respectiva contrapartida de recursos.
§ 11º É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de que tratam os
incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar.”
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“Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no
art. 23, é de:
I. vinte por cento (20%) sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a
qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados que lhe prestem serviços, destinadas a
retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a
forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços
efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos
termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença
o
normativa (Redação dada pela Lei n 9.528, de 10/12/97)
II. para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de
incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, conforme dispuser o
regulamento, nos seguintes percentuais, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no
decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos:
a) um por cento (1%) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes
do trabalho seja considerado leve;
b) dois por cento (2%) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja
considerado médio;
c) três por cento (3%) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja
considerado grave.
§1º No caso de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento,
caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito
imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de
arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de
capitalização, agentes autônomos de seguros privados e de crédito e entidades de previdência
privada abertas e fechadas, além das contribuições referidas neste artigo e no art. 23, é devida a
contribuição adicional de dois e meio por cento (2,5%) sobre a base de cálculo definida no inciso I
deste artigo.
§2º Não integram a remuneração as parcelas de que trata o §9º do art. 28.
§3º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social poderá alterar, com base nas estatísticas
de acidentes do trabalho, apuradas em inspeção, o enquadramento de empresas para efeito da
contribuição a que se refere o inciso II deste artigo, a fim de estimular investimentos em prevenção
de acidentes.
§4º O Poder Executivo estabelecerá, na forma da lei, ouvido o Conselho Nacional da
Seguridade Social, mecanismos de estímulo às empresas que se utilizem de empregados
portadores de deficiências física, sensorial e/ou mental com desvio do padrão médio.
§5º O disposto neste artigo não se aplica à pessoa física de que trata a alínea ‘a‘ do inciso V
do art. 12 desta Lei (parágrafo acrescentado pela Lei n 8.540, de 22/12/92).
§6º A contribuição empresarial da associação desportiva que mantém equipe de futebol
profissional destinada à Seguridade Social, em substituição à prevista nos incisos I e II deste
artigo, corresponde a cinco por cento (5%) da receita bruta, decorrente dos espetáculos
desportivos de que participem em todo território nacional em qualquer modalidade desportiva,
inclusive jogos internacionais, e de qualquer forma de patrocínio, licenciamento de uso de marcas
e símbolos, publicidade, propaganda e de transmissão de espetáculos desportivos.
§7º Caberá a entidade promotora do espetáculo a responsabilidade de efetuar o desconto de
cinco por cento (5%) da receita bruta decorrente dos espetáculos desportivos e o respectivo
recolhimento ao INSS, no prazo de até dois dias úteis após a realização do evento.
§8º Caberá à associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional informar à
entidade promotora do espetáculo desportivo todas as receitas auferidas no evento, discriminando-
as detalhadamente.
§9º No caso de a associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional receber
recursos de empresa ou entidade, a título de patrocínio, licenciamento de uso de marcas e
30
símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos, esta última ficará com a
responsabilidade de reter e recolher o percentual de cinco por cento (5%) da receita bruta
decorrente do evento, inadmitida qualquer dedução, no prazo estabelecido na alínea ‘b’, inciso I, do
art. 30 desta Lei.
§10ºNão se aplica o disposto nos §§ 6º ao 9º às demais associações desportivas, que devem
contribuir na forma dos incisos I e II deste artigo e do art. 23 desta Lei.
§11ºO disposto nos §§ 6º ao 9º aplica-se à associação desportiva que mantém equipe de futebol
profissional e que se organize na forma da Lei n 9.615, de 24/03/98.”
“Art. 23. As contribuições a cargo da empresa provenientes do faturamento e do lucro, destinadas
à Seguridade Social, além do disposto no art. 22, são calculadas mediante a aplicação das
seguintes alíquotas:
I. dois por cento (2%) sobre sua receia bruta, estabelecida segundo o disposto no §1º do art.
1º do Decreto-lei n 1.940, de 25/05/82, com a redação dada pelo art. 22, do Decreto-lei n 2.397,
de 21/12/87, e alterações posteriores;
II. dez por cento (10%) sobre o lucro líquido do período-base, antes da provisão para o
Imposto de Renda, ajustado na forma do art. 2 da Lei n 8.034, de 12/04/90.
§1º No caso das instituições citadas no §1º do art. 22 desta Lei, a alíquota da contribuição
prevista no inciso II é de quinze por cento (15%).
§2º O disposto neste artigo não se aplica às pessoas de que trata o art. 25.
31
ordenados, salários, honorários, percentagens, comissões, vencimentos etc.;
ajudas de custo, diárias e outras vantagens, exceto quando pagas por cofres públicos;
férias, salário-maternidade, gratificações, adicionais, abonos, gorjetas, prêmios etc.;
pagamento pela empresa a terceiro, de aluguel do imóvel ocupado pelo empregado;
verbas para representação ou despesas, necessárias ao exercício do cargo, função ou
emprego;
quaisquer outros proventos ou vantagens pagos sob qualquer título e forma contratual.
4.3.1. – Dependentes
Como dependentes entende-se:
Cada cônjuge poderá deduzir seus dependentes, sendo vedada a dedução concomitante de um
mesmo dependente na determinação da base de cálculo mensal.
Para fins de desconto do imposto na fonte, os beneficiários deverão informar à fonte pagadora os
32
dependentes que serão utilizados na determinação da base de cálculo. No caso de dependentes
comuns, a declaração deverá ser firmada por ambos os cônjuges.
Fica vedada a dedução de dependentes que aufira rendimento tributável no curso do mês de
apuração.
Serão abatidos da renda da esposa os encargos relativos a todos os dependentes do casal,
quando a renda do marido não ultrapassar o limite de isenção do imposto.
Da mesma forma, compete à esposa abater de sua renda o encargo relativo a todos os
dependentes do casal, quando considerada cabeça do casal, nos termos da lei civil, quando o
marido:
Consideram-se também como dependentes, desde que vivam sob a dependência econômica do
contribuinte, os parentes afins, no mesmo grau e condições daqueles aos quais se equiparam,
como: sogro, sogra (equiparados aos pais) etc.
A fim de comprovar a existência de dependentes, o empregado deve firmar, perante a empresa, a
“Declaração de Dependentes para fins de IR”, que deverá ser conservada pela empresa para efeito
de fiscalização. Os dados contidos nessa declaração serão de inteira responsabilidade do
empregado.
4.3.3. – Recolhimento
O recolhimento do IRF sobre os rendimentos do trabalho assalariado é feito por meio do DARF,
com código da receita 0561, em duas vias.
Fatos Geradores ocorridos a contar de 01.01.92 consoante o disposto na Lei nº 8.383, de 30.12.91,
os recolhimentos referentes ao Imposto de Renda Retido na Fonte observam os seguintes prazos:
33
até o 3 dia útil da semana subseqüente à de ocorrência dos fatos geradores, nos casos de IR
sobre rendimentos do trabalho.
Estão também sujeitos à incidência do Imposto de Renda na Fonte os rendimentos auferidos pela
prestação de serviço sem vinculação empregatícia. Integram tais rendimentos as importâncias
pagas ou creditadas por pessoa jurídica a pessoa física, a título de comissões, honorários,
gratificações, corretagens, direitos autorais ou remuneração por qualquer outro serviço prestado,
bem como os rendimentos pagos ou creditados a vendedores, viajantes comerciais, corretores ou
representantes comerciais. Calculados de acordo com a tabela progressiva unificada, ou seja, a
mesma aplicada aos rendimentos do trabalho assalariado.
A retenção é feita no ato do pagamento ou do crédito e os prazos de recolhimento são os mesmos
previstos anteriormente. O recolhimento é feito por meio do DARF, em duas vias, utilizando-se o
código da receita 0588.
Pode ocorrer que a mesma pessoa preste serviço duas ou mais vezes durante o mesmo mês a
uma determinada empresa. Neste caso, tendo em vista que a tabela progressiva diz respeito a
rendimentos mensais, a empresa somará todos os rendimentos do mês para verificação do
imposto a reter.
34
CAPÍTULO 5 – CÁCULO DE FÉRIAS
5.1. – Apuração
Todo empregado fará jus a férias anuais, obedecendo à escala abaixo, que leva em consideração
as faltas injustificadas do empregado nos 12 meses que constituem o período aquisitivo.
A interrupção da prestação de serviços pelos motivos acima mencionados deverá ser anotada na
CTPS e no Livro ou Ficha de Registro dos Empregados. Quando o empregado retornar aos
serviços, iniciar-se-á um novo período aquisitivo.
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Neste caso, a remuneração em dobro será acrescida do terço constitucional - Enunciado do TST nº
81.
Excepcionalmente, o período de férias poderá ser fracionado em dois períodos, um dos quais não
poderá ser inferior a 10 dias. Tratando-se de procedimento excepcional, fica evidente a obrigação
de a empresa justificar o fracionamento em dois períodos, o que poderá ocorrer a pedido do
trabalhador ou por necessidade da empresa.
Os empregados menores de 18 anos e maiores de 50 anos deverão gozar suas férias em um único
período, sendo, portanto, vedado o fracionamento, inclusive em se tratando de férias coletivas.
O empregado menor estudante tem direito de fazer coincidir suas férias com as férias escolares.
Nesta situação, inclui-se o menor aprendiz que deverá ter seu período de gozo coincidente com as
férias do SENAC ou do SENAI.
Quando os membros de uma mesma família prestarem serviços ao mesmo empregador, poderão
solicitar suas férias em um mesmo período. Entretanto, esta possibilidade depende da vontade do
empregador, que poderá negá-la se a ausência destes empregados resultar em prejuízos para os
serviços.
Deve-se considerar, finalmente, que a época da concessão das férias será sempre a que melhor
consulte os interesses do empregador, ressalvada a hipótese do estudante menor.
A concessão de férias será participada por escrito ao empregado, com antecedência mínima de 30
dias, devendo o interessado tomar ciência do recebimento da participação.
As férias deverão ser pagas com base no salário da época em que foram concedidas.
Se, eventualmente, ocorrerem reajustes salariais na empresa, com início de vigência durante
as férias do empregado, este fará jus ao complemento do valor por ocasião da concessão.
Salário por hora, com jornada variável: apura-se a média aritmética do número de horas do
período aquisitivo, aplicando-se o valor da remuneração à data da concessão.
Salário por tarefa: apura-se a média aritmética da produção, dentro do período aquisitivo,
aplicando-se no resultado o valor da tarefa na data da concessão.
Salário por comissão: apura-se a média percebida pelo empregado, dentro dos 12 (doze)
meses que antecedem a data da concessão das férias.
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5.9. – Adicionais / Cômputo
Devem integrar o salário para efeito de pagamento das férias. Se, na época da concessão, o valor
pago a título de adicional não for o mesmo do período aquisitivo, ou se os pagamentos não tiverem
sido uniformes, deverá ser apurada a média duodecimal percebida naquele período, após a
atualização das importâncias pagas, mediante incidência dos percentuais de reajustes salariais
supervenientes.
O pagamento das férias e do abono, se for o caso, deverá ser feito até 2 (dois) dias antes de o
empregado entrar em férias.
Quando o empregado faz horas extras, as mesmas também são consideradas para os cáculos de
férias, levando-se em consideração a média duodecimal, conforme exposto no último exemplo
deste capítulo (pg XX)
O empregado não poderá entrar em gozo de férias sem que apresente ao empregador sua Carteira
de Trabalho e Previdência Social, para as anotações regulares, devendo referidas anotações
serem feitas na Ficha ou no Livro de Registro de Empregados.
Nossa legislação permite ao empregado, quando não concedidas as férias no período legal,
pleitear na Justiça do Trabalho a marcação de suas férias, oportunidade em que o Juiz determinará
através de sentença a época de gozo das mesmas.
O não cumprimento pela empresa implicará o pagamento ao empregado de 5% do salário mínimo,
por dia de atraso que ultrapassar a data determinada pelo Juiz para o início das férias.
Cópia da decisão da Justiça do Trabalho será enviada ao Ministério do Trabalho, para que a
empresa seja autuada administrativamente.
Empregado em gozo de férias não pode prestar serviços a outro empregador, salvo se obrigado a
fazê-lo em virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com aquele.
5.13.1. – Conceito
Podem ser concedidas a todos os empregados da empresa ou a determinados estabelecimentos
ou setores.
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empresa deve:
comunicar à DRT as datas de início e fim das férias com antecedência mínima de 15 dias, indi-
cando quais os setores ou estabelecimentos atingidos;
enviar, ao sindicato representante da categoria profissional, cópia da comunicação feita à DRT
no mesmo prazo;
afixar, nos locais de trabalho, aviso da medida tomada.
Exemplo:
Quando foram concedidas as coletivas, o direito adquirido do empregado era de apenas 15 dias
(30 dias:12 x 6 meses).
Remuneração
15 dias - férias proporcionais acrescidas de 1/3 (vide item 22.3.2)
05 dias - licença remunerada
20 dias - total de férias coletivas/licença remunerada
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aquele que tiver direito a 30 dias de férias poderá optar por descansar todo o período, ou apenas
durante 20 dias, recebendo os 10 dias restantes (1/3 de 30 dias) em pecúnia.
O abono deverá ser requerido pelo empregado, por escrito, até 15 dias antes do término do
período aquisitivo. Após esse prazo, a concessão do abono ficará a critério do empregador.
5.14.3. – Penalidades
Os infratores aos dispositivos relativos a férias são punidos com multa, por empregado em situação
irregular.
Aplica-se multa em dobro nos seguintes casos:
reincidência;
embaraço ou resistência à fiscalização;
emprego de artifício ou simulação objetivando fraudar a lei.
RECIBO DE FÉRIAS
39
RECIBO DE FÉRIAS
RECIBO DE FÉRIAS
40
Mês Hora Extra 50% Hora Extra 100%
De posse dos valores totais, transformamos as horas extras em horas normais, atribuindo-lhes os
devidos percentuais:
Total 306,40
RECIBO DE FÉRIAS
41
CAPÍTULO 6 – CÁCULO DO 13º SALÁRIO
A Constituição Federal, Capítulo II - Dos Direitos Sociais, dispõe em seu art. 7 inciso VIII, que os
trabalhadores urbanos e rurais, inclusive os domésticos, fazem jus ao “décimo terceiro salário com
base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria”.
A gratificação de Natal (13º salário), instituída pela Lei nº 4.090/62, é devida a todo empregado e
aos trabalhadores avulsos, independentemente da remuneração a que fizerem jus.
Esta gratificação corresponde a 1/12 da remuneração devida em dezembro ao empregado, por
mês de serviço, entendido como tal a fração igual ou superior a 15 dias.
O 13º salário é pago em duas parcelas: a primeira entre os meses de fevereiro e novembro e a
segunda, até 20 de dezembro.
Nota : Não há incidência de encargos (INSS e IR) sobre a primeira parcela do 13 º, apenas o
recolhimento do FGTS.
Exemplos:
a) mensalista que percebe o salário de R$ 600,00 : 2 = R$ 300,00 (1ª parcela)
Nestes casos, o cálculo da 1ª parcela do 13º salário será feito na forma do exemplo anterior,
considerando-se, porém, 1/12 do salário mensal por mês de serviço, a partir da admissão, até o
mês de outubro, sendo que as frações iguais ou superiores a 15 dias serão tidas como mês
integral.
Após a apuração do 13º salário integral, deduz-se o valor pago por ocasião da 1ª parcela.
Exemplo:
Empregado que tem o salário mensal de R$ 1500,00 e recebeu a primeira parcela do 13 no mês
de novembro.
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(-) INSS s/ 13 Salário 138,09
(-) IRRF s/ 13 Salário 69,28
(-) 1ª Parcela do 13º Salário 750,00
Nota: O recolhimento do FGTS deve ser feito com base no valor do 13 º total ( - ) o valor da primeira
parcela, pois conforme ítem 7.1.2., o recolhimento da primeira parcela já deve ser considerado.
No cálculo do 13º salário integral, são considerados, nos casos de salário variável, para apuração
da média salarial, os valores recebidos até o mês de novembro. Isto se justifica, pois nessa
ocasião é impossível saber o valor devido a esse título (comissão) no mês de dezembro.
Assim, até o 5º dia útil de janeiro do ano seguinte deve-se efetuar o ajuste da diferença que
eventualmente tenha ocorrido no cálculo do 13º salário. Para tanto, a empresa recalculará a média
salarial desses empregados, computando-se, agora, o valor percebido no mês de dezembro.
Se a diferença encontrada for favorável ao empregado, deverá ser paga até aquela data. Caso
contrário, o valor será descontado.
O acerto até 5º dia útil decorre da Lei nº 7.855/89, muito embora o regulamento do 13º salário men-
cione o 10º dia de janeiro do ano seguinte.
Para os empregados admitidos no curso do ano, adota-se idêntico critério dos exemplos citados
atribuindo-se, porém, 1/12 por mês de serviço ou fração igual ou superior a 15 dias dentro do mês
civil, a partir da admissão até 31.12. Nestes casos, tratando-se de salário variável, a média será
apurada no período compreendido entre a admissão até o mês de novembro.
Tratando-se de acidente do trabalho, a empresa deverá pagar 13º salário integral, isto é, as
ausências decorrentes de acidente do trabalho não reduzem o cálculo do 13º salário. Contudo, se
o INSS pagou o abono anual, existe entendimento no sentido de que caberá à empresa pagar tão-
somente a diferença entre o abono anual recebido e o 13º salário, evitando-se, assim, a
duplicidade de pagamento.
No caso de convocação para prestação do serviço militar obrigatório, o empregado não faz jus ao
13º salário correspondente ao período de afastamento.
Nota: Quando do pagamento do 13º salário na rescisão do contrato de trabalho, não haverá
incidência do INSS sobre a parcela calculada sobre o aviso prévio indenizado (Dec. N.º 612/92 -
art. 37, § 9º)
43
CAPÍTULO 7 – CÁCULO DE RESCISÃO CONTRATUAL
7.1.1. – Finalidade
A relação de emprego se estabelece, em regra mediante acordo bilateral denominado contrato de
trabalho. Contrato de trabalho é, portanto, um acordo espontâneo firmado entre empregador e
empregado, em razão do qual este se obriga a prestar trabalho em caráter permanente e habitual,
mediante pagamento de salário e subordinação hierárquica.
Ocorrendo rescisão de contrato de trabalho, por manifestação de vontade de ambas as partes
(bilateral), teremos configurado um distrato. Se a rescisão ocorrer por iniciativa de uma das partes,
teremos:
O aviso prévio é necessário nos contratos de trabalho firmados por prazo indeterminado, inclusive
os dos trabalhadores rurais. É necessário tanto para o empregado demitido, que precisa procurar
outro emprego, como para o empregador, que precisa de um substituto para o lugar do empregado
demissionário.
Nota: Havendo recusa do empregado em receber o aviso, a empresa deve solicitar a duas
pessoas que assinem como testemunhas. Esse procedimento é legal e o prazo corre normalmente.
Pode-se também enviar o aviso prévio por intermédio de telegrama com Aviso de Recebimento ou,
ainda, por carta com AR (Aviso de Recebimento).
Empregado Rural
Durante o prazo do aviso, se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador rural, o empregado
tem direito a 1 dia por semana, sem prejuízo do salário integral, para procurar outro emprego.
44
o valor da tarefa vigente à época da rescisão.
7.1.6. – Reconsideração
É facultado à parte notificada aceitar ou não a reconsideração. Em caso afirmativo ou continuando
a prestação de serviço após o término do prazo de aviso prévio, o contrato continuará a vigorar,
como se o aviso prévio não tivesse sido dado. Posteriormente, mediante novo aviso o contrato
será rompido.
Ilmo ( a ). Sr. ( a ).
«NOME»
Prezado ( a ) Senhor ( a ).
Vimos pela presente comunicar-lhe que, não sendo mais necessários os seus serviços à nossa
Empresa, ficam os mesmos dispensados a partir desta data.
V. Sa. deverá comparecer no dia «DATA_HOMOL» às «HORA_HOMOL» horas, no
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel de São Paulo, sito a Rua Direita, 152 - Centro
- São Paulo/SP, para receber suas verbas rescisórias.
Atenciosamente,
Ciente:
«NOME»
45
7.1.9. – Modelo – Pedido de Demissão
À
Cia. Paulista de Papel S/A
Através desta venho solicitar meu pedido de demissão a esta conceituada empresa, a qual faço
parte do quadro de funcionários desde 06 de fevereiro de 1995.
O motivo que me leva a tal decisão é de ordem particular, pelos quais peço também a V. Sa. o
obséquio de dispensarem-me do cumprimento do período de 30 ( trinta ) dias de Aviso Prévio
previsto em lei, dando-me assim saída a partir de hoje.
Sendo só para o momento, desde já agradeço.
Atenciosamente,
«NOME»
46
7.1.10. – Modelo – Demissão por Justa Causa
«NOME»
Setor: «LOCAL DE TRABALHO»
Cia. Paulista de Papel S/A, vem pela presente informá-la que seu contrato de trabalho fica
rescindido a partir desta data;
Ademais, salientamos que os motivos que ensejaram a presente medida, em relação a V. Sa., se
enquadram nos exatos termos do Art. 482 , alínea “a ” ( improbidade ) da Consolidação das
Leis do Trabalho;
Portanto, fica designada a data de XX / XX / XX, às XX:00 horas, a fim de receber seus haveres
rescisórios, no Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel de São Paulo, sito a Rua
Direita, 152 - Centro - São Paulo/SP.
Sem mais, solicitamos sua assinatura, dando ciência na cópia anexa.
Atenciosamente.
Cia. Paulista de Papel S/A
Ciente e de acordo:
«NOME»
TESTEMUNHAS:
1) _______________________
2) _______________________
47
7.2. – Tabela de Verbas Rescisórias
VERBAS RESCISÓRIAS
SALDAVIS FÉRIAS 13º FGTS I
O O S N
A D
EXTINÇÃO / MOTIVO D P L E
E R Á N
SALÁ É R I
R V I Z
I I O A
O O Ç
S Ã
O
ART.
4
7
9
V P A 8 M
E R D % U
N O I L
C P C M T
I O I Ê A
D R O S
A C N D D
S I A A E
Extinção Antecipada do Contrato à Prazo
Determinado Sem Previsão de Aviso
Prévio
Por iniciativa do empregador
48
Com justa causa
Antes de completar 1 ano de sim não não não não não sim não não
serviço......................
Após 1 ano de sim não sim não sim não sim não não
serviço............................................
(*) Quando houver cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão, na sua utilização,
aplicar os princípios da rescisão dos contratos a prazo indeterminado, inclusive com direito
ao aviso prévio.
... continuação
VERBAS RESCISÓRIAS
SALDAVIS FÉRIAS 13º FGTS I
O O S N
A D
EXTINÇÃO / MOTIVO D P L E
E R Á N
SALÁ É R I
R V I Z
I I O A
O O Ç
S Ã
O
ART.
4
7
9
V P A 8 M
E R D % U
N O I L
C P C M T
I O I Ê A
D R O S
A C N D D
S I A A E
Pedido de demissão
Antes de completar 1 ano de sim não Nã não não não sim não não
serviço...................... (**) o
Após 1 ano de sim não Sim sim sim sim sim não não
serviço............................................ (**)
49
Extinção do contrato por motivo de
falecimento do empregado
(**) No pedido de demissão é devido o aviso prévio pelo empregado sob pena de desconto
do valor correspondente, pelo empregador, das verbas rescisórias.
7.3. – Homologação
Operada a rescisão do contrato de trabalho do empregado, devem ser obedecidas pela empresa
as formalidades legais no que tange ao documento que representa o acerto final e definitivo de
contas com o empregado.
No caso de contar o empregado menos de ano de serviço, o acerto final de contas não depende de
homologação, podendo ser feito no próprio local de trabalho, contudo, contando o empregado mais
de ano de serviço, o pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão de contrato de
trabalho, por ele firmado, só será válido quando feito a homologação junto aos órgãos
competentes.
Transcrevemos a seguir, o art. 477 da CLT, que disciplina as formalidades a serem observadas
quando do acerto final de contas decorrente da rescisão do contrato de trabalho.
50
7.3.1. – Órgãos Competentes
São competentes para assistir ao empregado na rescisão do contrato de trabalho, cuja vigência
tenha ultrapassado o período de 1 ano, o Sindicato da respectiva categoria profissional, a
autoridade do Ministério do Trabalho, ou, na falta destes, o representante do Ministério Público ou
defensor, onde houver, e o Juiz de Paz, na falta ou impedimento das autoridades anteriormente
descritas.
Das Partes
No ato de homologação, as partes deverão estar presentes na figura do empregador e do
empregado.
Todavia, o empregador, não podendo comparecer, poderá ser representado por um preposto
credenciado, e o empregado, excepcionalmente, poderá ser representado por um procurador com
poderes especiais (procuração pública).
Na hipótese de o empregado ser menor de idade, será obrigatória a presença e assinatura do pai
ou da mãe ou, ainda, do responsável legal, que deverá comprovar essa qualidade.
Caso se trate de empregado menor ou analfabeto, obrigatoriamente, o pagamento deverá ser feito
em moeda corrente.
Observação:
Regra geral, na rescisão antecipada do contrato de trabalho por prazo determinado o empregador
tem 10 (dez) dias para efetuar o pagamento das verbas rescisórias. Todavia, se faltarem menos de
10 (dez) dias para o término do contrato, o pagamento deverá ser efetuado no 1º dia útil após o
término do referido contrato.
7.3.4. – Informações Adicionais
Na hipótese de a rescisão contratual ocorrer por justa causa, a homologação só será efetivada
quando o empregado expressamente reconhecer, perante o agente homologador, a falta praticada.
Os órgãos competentes não procederão à homologação se a dispensa de empregados ocorrer nos
seguintes casos:
da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até o quinto mês após o parto;
do empregado eleito para cargo de direção da CIPA, desde o registro de sua candidatura até
um ano após o final do mandato;
51
do empregado sindicalizado, a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou
representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato;
dos demais empregados com garantia de emprego por força de acordo, convenção coletiva,
sentença coletiva, sentença normativa ou lei;
durante o período de interrupção ou suspensão do contrato de trabalho.
Nota: Vide íntegra das Instruções Normativas nº 2/92 e 2/94, do Enunciado TST nº 330, da
Portaria nº 3.821/90, e da Circular nº 5/90.
7.4. . – Seguro-Desemprego
7.4.1. – Finalidade
O programa do seguro-desemprego tem por objetivo promover assistência financeira temporária ao
trabalhador desempregado em virtude de despedida sem justa causa e, ainda, auxiliar o mesmo na
busca de novo emprego, podendo, a esse efeito, promover a sua reciclagem profissional.
7.4.1.1. – Habilitação
Somente fará jus ao seguro-desemprego o trabalhador despedido sem justa causa que comprovar:
Nota: A Lei nº 8.669, de 30.06.93, dispensou até 31.12.93 a exigência do requisito acima.
7.4.3. – Pagamento
O benefício será recebido pessoalmente pelo segurado, no domicílio bancário por ele indicado,
mediante a apresentação dos seguintes documentos: CTPS, PIS/ PASEP, CD, Termo de Rescisão
do Contrato de Trabalho e Documento de levantamento do FGTS.
Cabe ao agente pagador conferir os critérios de habilitação e registrar o pagamento da parcela na
CTPS.
7.4.3. – Suspensão
O pagamento do benefício será suspenso nas seguintes situações:
52
admissão do trabalhador em novo emprego;
início de percepção de benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto o auxí-
lio acidente e o abono de permanência em serviço;
início de percepção de auxílio-desemprego.
7.4.4. – Cancelamento
O benefício será cancelado por dois anos, dobrando-se na reincidência, caso haja a recusa por
parte do trabalhador desempregado em aceitar outro emprego condizente com a sua qualificação e
remuneração anterior, bem como se comprovada a fraude visando a percepção indevida do
benefício e por morte do segurado.
53
Base IRRF s/ Saldo de Salário 59,81
Base INSS s/ 13º Salário Indenizado (Empregado) 964,99
Base INSS s/ 13º Salário Indenizado (Empresa) 964,99
Base IRRF s/ 13º Salário Indenizado 929,69
Base IRRF s/ Férias Indenizadas 2.912,21
Base FGTS s/ Saldo de Salários 64,33
Base FGTS s/ 13º Salário (Indenizado + Proporcional) 1.125,82
Base FGTS s/ Aviso Prévio 1.930,00
O FGTS será reclhido junto `a Caixa Econômica Federal na Guia de Recolhimento Rescisório do
FGTS e Informações à Previdência Social – GRFP, ou Guia de Recolhimento Rescisório – GRR
(caso a empresa tenha o Sistema Informatizado fornecido pela CEF). O demitido fará o saque do
valor depositado juntamente com o saldo do FGTS, apresentando para tal as guias acima citadas,
a CTPS e o TRCT devidamente autenticado pelo órgão homologador.
54
CAPÍTULO 8 – FOLHA DE PAGAMENTO
8.1. – Obrigatoriedade
“A empresa é obrigada a:
Desta forma, serão lançados mensalmente na folha de pagamento todos os créditos a que o
empregado faz jus, em razão da prestação de serviços.
A remuneração paga ao empregado deverá discriminar todas as verbas que a compõem, ou seja,
salário, horas extras, adicional noturno, adicional de periculosidade, insalubridade, considerando
que a legislação trabalhista proíbe o chamado salário complessivo, isto é, aquele que engloba
vários direitos legais ou contratuais do empregado. Nesse sentido, manifestou-se o Tribunal
Superior do Trabalho, por meio do Enunciado nº 91:
“Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender
englobadamente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador.”
Competência : Setembro/1999
Empregado : João José da Silva
Registro nº : 005584
Nº dependentes p/ IR: 01
Nº dependentes p/ SF:00
Salário Mensal : R$ 1930,00
Horas extras 50% 15,00
Horas extras 100% 8,00
Faltas / Atrasos 8,80
Folha de Pagamento
55
30 dias Salário 1.930,00
15,00 Hora Extra 50% 197,38
8.00 Hora Extra 100% 140,36
7,70 Adicional DRS s/ Horas Extras 67,54
INSS s/ Salário 138,09
IRRF s/ Salário 198,25
8,80 Faltas / Atrasos 77,19
A empresa deverá descontar de seus empregados a contribuição previdenciária que incidirá sobre
a remuneração efetivamente paga ou creditada no mês, recolhendo o produto no dia 02 do mês
seguinte ao da competência, prorrogado o prazo para o primeiro dia útil subseqüente se o
vencimento cair em dia em que não haja expediente bancário.
O desconto será efetuado mediante a aplicação das alíquotas apontadas pela Previdência Social,
de forma não cumulativa, sobre o salário-de-contribuição, de acordo com tabela divulgada pela
Previdência Social, PG XXXX.
56
Federação, deverá preencher o formulário referente a cada um, separadamente, com os dados
suficientes à identificação e localização do estabelecimento que teve movimentação de
empregados.
8.5.4. – Preenchimento
O formulário deverá ser preenchido conforme as instruções impressas no anverso da sua 2ª via,
sendo que para o preenchimento das informações inerentes aos “códigos e títulos ocupacionais” e
“códigos e títulos de atividades econômicas” deverão ser utilizadas as informações constantes da
Estrutura Agregada da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) – VIDE TABELAS – PG xxxx
e da Classificação de Atividades Econômicas - IBGE, VIDE TABELAS – PG xxxx divulgadas,
respectivamente, conforme Portaria nº 03, de 23.01.92, do Secretário Nacional do Trabalho, e
Resolução nº 54, de 19.12.94, do IBGE.
O CAGED também poderá ser entregue em disquete, onde a exatidão das informações serão
checadas por um validador.
57
CAPÍTULO 9 – TABELAS
Deduções :
OBSERVAÇÕES:
IRRF será recolhido à Receita Federal através do DARF – Documento de Arrecadação das
Receitas Federais.
A data do recolhimento é no terceiro dia útil da semana subsequênte ao fato gerador, ou seja
no terceiro dia da semana seguinte à operação.
OBSERVAÇÕES:
O recolhimento à Previdência será feito na GPS – Guia da Previdência Social, com vencimento
do dia 02 de cada mês.
58
9.4. – Tabela de Incidência de Encargos
Nota:
59
sindicato da respectiva categoria profissional, a fim de certificar-se
do correto procedimento a ser adotado nessa questões.
02 Adicionais (insalubridade, periculosidade, noturno, transferência e Sim Sim Sim
de função)
60
alínea "b" do parág. 8º do art.28 também da Lei nº 8.212/91, no
Projeto de Lei de Conversão nº 13/97, que culminou na Lei nº
9.528/97. Assim, com base nesse vetos não há, ate o presente
momento, uma posição oficial dos órgãos previdenciários no que
tange à incidência previdenciária ou não sobre a parcela do 13º
salário proporcional relativo ao período do aviso prévio
indenizado.
3º) O valor integral do 13º salário submete-se ao IR no ato da sua
quitação (no mês de dezembro ou por ocasião da rescisão do
contrato de trabalho), separadamente dos demais rendimentos
pagos ao beneficiário no mês, podendo ser feitas no rendimento
bruto todas as deduções permitidas para fins de determinação da
base de cálculo do imposto (RIR/94 - art. 654).
08 Comissões Sim Sim Sim
09 Diárias para viagem
Não Não Não
a) até 50% do salário
Sim Sim Sim
b) superiores a 50% do salário (sobre o total)
Notas:
1ª) A Isenção do IR beneficia, exclusivamente, as diárias, não
superiores a 50% do salário, destinadas ao pagamento de
despesas de alimentação e pousada, por serviço eventual realizado
em município diferente do da sede de trabalho (RIR/94 - art. 40,
XII, e PN CST Nº 10/92).
2ª) A incidência do IRRF (Letra "b") não se aplica à hipótese de
reembolso de despesas condicionado à prestação de contas
mediante apresentação dos documentos comprobatórios dos
gastos realizados, porque esse tipo de reembolso não caracteriza
rendimento para quem o recebe.
3ª) Para fins previdenciários, tanto a Lei nº 8.212/91 como seu
regulamento (Decreto nº 2.173/97), estabelecem o limite de 50%
em função da remuneração mensal do empregado e não do seu
salário.
10 Estagiários (admitidos na forma das Leis nº 6.494/77 e 8.859/94) Não Não Sim
11 Férias Normais gozadas na vigência do contrato de trabalho Sim Sim Sim
(inclusive o terço constitucional)
Nota:
O cálculo do IR efetua-se em separado do salário, computando-se o
valor das férias, acrescido abonos previstos no inciso XVIII do art.
7º da Constituição Federal e no art. 143 da CLT (RIR/94, art. 634).
12 Férias em dobro na vigência do contrato de trabalho Sim Sim Sim
(1º) (2º) (3º)
(CLT, art. 137)
Notas:
1ª) Lembra-se que, com base no art. 28, parág. 9º, alínea "d", da
Lei nº 8.212/91, na redação dada pela Lei nº 9.528/97, ficou
definido que não integram o salário-de-contribuição "as
importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo
adicional constitucional, inclusive o valor correspondente à dobra da
remuneração de férias de que trata o art. 137 da CLT".
61
2ª) o valor correspondente à dobra da remuneração das férias não
integra a remuneração para efeito de incidência do FGTS (IN SFT
nº 03/96 – Parte II, ítem 2, "q"). A base de cálculo é a
remuneração simples.
3ª) Na base de cálculo do IRRF computa-se o total pago,
efetuando-se as deduções cabíveis (dependentes, contribuição ao
INSS e pensão judicial).
13 Férias Iindenizadas Pagas na Rescisão Contratual Não Não Sim
(simples, em dobro e proporcionais)
Notas:
1ª) Aos trabalhadores urbanos, rurais e Domésticos assegura-se o
"gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a
mais do que o salário normal" (CF, art. 7º XVII e XXXXIV e
parágrafo único). Quanto às incidências, o referido terço
constitucional não integra o salário-de-contribuição Quando pago
em rescisão contratual, conforme conclui-se do disposto no art. 28,
parág. 9º, alínea "d", da Lei nº 8.212/91, na redação dada pela Lei
nº 9.528/97 (veja 1ª 'nota da rubrica do ítem 12). Relativamente ao
FGTS, vale lembrar que o parág. 6º do art. 15 da Lei nº 8.036/90,
inserido pelo art. 22 da Lei nº 9.711/98, prevê que não se incluem
na remuneração, para os fins da Lei nº 8.036/90, as parcelas
elencadas no parág. 9º do art. 28 da Lei nº 8.212/91. Nesse
aspecto, tendo em vista que o adicional de 1/3 de férias pago em
rescisão contratual não sofre a incidência previdenciária, também
não sofrerá a incidência do encargo de FGTS.
2ª) O cálculo do IR efetua-se em separado do salário, computando-
se o valor das férias, acrescido dos abonos previstos no inciso XVII
do art. 7º da CF e no art.143 da CLT (RIR/94, ART. 634).
14 Fretes, carretos ou transporte de passageiros pagos a pessoa Não Não Não
jurídica
15 Fretes, carretos ou transporte de passageiros pagos a pessoa
física autônoma
Notas:
1ª) O rendimento tributável pelo IR corresponderá a 40% do
rendimento bruto pago, quando decorrente do transporte de cargas,
e a 60% do rendimento bruto pago, quando decorrentes do
transporte de passageiros 9RIR/94 - art. 48)
2ª) Até que o MPAS estabeleça os percentuais de que trata o
parág. 4º do art. 25, será utilizada a alíquota de 11,71% sobre o
valor bruto do frete, carreto ou transporte de passageiros (ROCSS,
art. 146).
16 Gorjeta
Sim Sim Sim
a) espontânea (estimativa)
Sim Sim Sim
b) compulsória
17 Gratificações ajustadas ou contratuais Sim Sim Sim
18 Horas extras Sim Sim Sim
19 Indenização adicional (empregado dispensado sem justa causa no Não Não Não
período de 30 dias que antecede a data de sua correção salarial -
Lei n7 7.238/84, art. 9º).
62
20 Indenização por tempo de serviço Não Não Não
21 Indenização do art. 479 da CLT (metade da remuneração devida Não Não Não
até o término do contrato a prazo determinado, rescindido
antecipadamente)
22 Licença-paternidade (CF/88, art. 7º, XIX) Sim Sim Sim
23 Participação nos lucros Não Não Sim
Nota:
Desde que concedida nos termos da MP nº 1.698-51/98 e das Leis
nºs 9.528/97 e 9.711/98, não haverá incidência previdenciária nem
do FGTS sobre a participação no lucros. Somente haverá tributação
na fonte, em separado dos demais rendimentos, como
antecipação do Imposto de Renda devido na declaração de
rendimentos da pessoa física.
24 Prêmios Sim Sim Sim
Nota - Quanto ao IRRF, observar que:
I - os prêmios em bens dados a funcionários ou a representantes
comerciais autônomos, como estímulo à produtividade, sem
sorteio, concurso ou vale-brinde, são considerados
rendimentos do trabalho e submetem-se ao desconto do imposto
mediante aplicação da tabela progressiva, juntamente com os
demais rendimentos pagos ao beneficiário no mês (arts. 633 e 636
do RIR/94 e PN CST nº 93/74);
II - os prêmios distribuídos em bens ou serviços por meio de
concursos ou sorteios de qualquer espécie sujeitam-se à incidência
do imposto, exclusivamente na fonte, à alíquota de 20%, aplicada
sobre o valor de mercado dos bens na data da distribuição
(arts. 63 da Lei nº 8.981/95 e 1º da Lei nº 9.065/95);
III - os prêmios em dinheiro obtidos em loterias, concursos
desportivos ou sorteios de qualquer espécie submetem-se à
incidência do imposto, exclusivamente na fonte, à alìquota
de 30% (art. 740 do RIR/94).
25 Quebra de caixa Sim Ver Sim
Notas
Notas:
1ª) No que concerne à incidência ou não do depósito do FGTS
sobre o valor pago a título de "quebra de caixa", vale ressaltar que
o parág. 6º do art. 15 da Lei nº 8.036/90, na redação dada pelo art.
22 da Lei nº 9.711/98, prevê que "não se incluem na remuneração,
para os fins desta lei, as parcelas elencadas no parág. 9º do art. 28
da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991". Como na relação de
parcelas que não integram o salário-de-contribuição para
fins previdenciários não consta a verba intitulada "quebra de caixa",
há quem entenda que a contrario sensu, tal parcela sujeita-se ao
FGTS. Na esfera administrativa, o Presidente do INSS ao baixar a
Resolução nº 637/98, que trata do manual da Guia de Recolhimento
do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP), confirma sua
incidência, quando paga ao bancário e comerciário (subitem 1.12.1,
rubrica XVII).
Não obstante os comentários acima, vale destacar que antes da
63
citada Lei nº 9.711/98 surgiu a Instrução Normativa nº 03/96, da
Secretaria de Fiscalização do Trabalho, cujo item 2, alínea "i", da
Parte II prevê que não integra a remuneração para efeito da
incidência do FGTS a parcela denominada "quebra-de-caixa,
exceto para bancário (Enunciado nº 247 do TST)". Desta forma,
como não houve até o presente momento qualquer revogação ou
modificação oficial na mencionada IN nº 03/96 por parte do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), órgão competente para a
prática de tais atos, há também quem entenda que a quebra de
caixa não passou, automaticamente, a sofrer incidência do FGTS.
Diante dessa linha de entendimento, observa-se que enquanto não
houver a publicação de um ato oficial do próprio TEM, adaptando
ou revogando a citada IN nº 03/96, recomenda-se, como medida
preventiva, que a empresa ou o interessado consulte
antecipadamente o órgão regional do TEM sobre a incidência ou
não do FGTS sobre aquela parcela.
2º) O Enunciado nº 247 do Tribunal Superior do Trabalho (TST)
dispõe:
"247 - Quebra-de-caixa – Natureza jurídica
A parcela paga aos bancários sob a denominação quebra-de-caixa
possui natureza salarial, integrando o salário do prestador dos
serviços, para os efeitos legais."
26 Retiradas (pro-labore) de diretores-empregados Sim Sim Sim
27 Retiradas (pro labore) de diretores-proprietários (empresários) Sim Não Sim
Nota:
A estes, facultativamente, o regime do FGTS pode ser estendido
(Leis nº 6.919/81) e 8.036/90).
28 Retiradas (pro-labore) de titulares de firma individual (*) Não Sim
(*) Não há ato específico na área previdenciária. Consultar o INSS
local.
29 Salário-família sem exceder o valor legal Não Não Não
30 Salário in natura ( utilidades ) - CLT - art. 458 Sim Sim Sim
Notas:
1ª) Não integra o salário-de-contribuição nem constitui base de
cálculo para a incidência do FGTS e INSS a parcela in natura
recebida pelo empregado de acordo com os programas de
alimentação (PAT) aprovados pelo TEM, nos termos da Lei nº
6.321/76 (Lei nº 8212/91, art. 28, parág. 9º, 'c' e IN SFT nº 03/96 -
Parte II, item 2, "m").
2º) Sobre habitação fornecida por empresa agroindustrial, veja
incidência na Circular IAPAS/SAF nº 258/86.
3º) Não são considerados como salário os vestuários,
equipamentos e outros acessórios fornecidos ao empregado e
utilizados no local de trabalho para a prestação dos respectivos
serviços (CLT, art. 458, parág. 2º, e Lei nº 8.212/91, art. 28, parág.
9º, "r", na redação da Lei nº 9.528/97).
4º) Os valores correspondentes a transporte, alimentação e
64
habitação fornecidos pela empresa ao empregado contratado para
trabalhar em localidade distante da sua residência em canteiro de
obras ou local que, por força da atividade, exija deslocamento e
estada, observadas as normas específicas estabelecidas pelo TEM,
não integram o salário-contribuição (Lei nº 8.212/91, art. 28, parág.
9º, "m", na redaçào da Lei nº 9.528/97).
5º) O IRRF não incide sobre alimentação, o transporte e os
uniformes ou vestimentas especiais de trabalho, fornecidos
gratuitamente pelo empregador a seus empregados ou mediante
cobrança de preço inferior ao valor de mercado (art. 40, inciso IV,
do RIR/94).
31 Salário-maternidade Sim Sim Sim
32 Saldo de salário Sim Sim Sim
salários atrasados, pagos acumuladamente:
Sim Sim Sim
correspondentes ao ano-base Sim Sim Sim
relativos a exercícios anteriores
Nota:
O desconto do IR sobre rendimentos pagos acumuladamente
efetuase no mês do pagamento, sobre o total dos rendimentos,
diminuido do valor das despesas com ação judicial necessária ao
seu recebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas
pelo contribuinte.
33 Serviços autônomos de prestador inscrito na Previdência Sim Sim Sim
Social
34 Serviços eventuais sem relação de emprego Sim Não Sim
35 Vale Transporte (Lei nº 7.414/85 e Decreto nº 95.247/87) Não Não Não
36 Remuneração indireta (fringe benefits) concedida a diretores, ( 2ª ) ( 2ª ) Sim
administradores, sócios e gerentes e aos assessores dessas
pessoas.
Notas:
1ª) Se a empresa identificar o beneficiário, a remuneração indireta
deve ser adicionada à sua remuneração normal, incidindo o IR,
mediante aplicação da tabela progressiva, sobre o total dos
rendimentos. Caso não seja identificado o beneficiário, a
remuneração indireta sujeita-se à incidência do IR, exclusivamente
na fonte, à alíquota de 25% (art. 61 da Lei nº 8.981/95.
2ª) INSS - Na área previdenciária, o subitem 6.1 da Ordem de
Serviço INSS/DAF nº 151/96 prevê constituírem remuneração do
segurado empresário, dentre outros, para fins de inci
dência, os ganhos habituais, sob a forma de utilidades.
FGTS - Quanto ao FGTS, as empresas sujeitas ao regime de CLT,
que equipararem seus diretores (administradores) não empregados
aos demais trabalhadores, para fins do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço, sujeitam-se ao depósito de 8% da remuneração
devida, incluindo as parcelas de que tratam os arts. 457 e 452 da
CLT (remuneração indireta) Lei nº 8.036/90, arts. 15 e 16.
37 Salário-educação (pagamento de indenização de despesas com Não Não Não
ensino de 1º grau) - convênio – FNDE
Nota:
65
Não há incidência do INSS e do FGTS sobre o valor relativo a plano
educacional que vise à educação básica, nos termos do art. 121 da
Lei nº 9.394/96, e a cursos de capacitação e qualificação
profissionais vinculados às atividades desenvolvidas pela empresa,
desde que não seja utilizado em substituição de parcela salarial e
que todos os empregados e dirigentes tenham acesso a ele (alínea
"t" do § 9º do art. 28 da Lei nº 8.212/91 e § 6º do art. 15 a Lei nº
9.711/98).
38 Importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a Não Não Sim
outras pessoas jurídicas, como remuneração pela prestação de
serviços caracterizadamente de natureza profissional.
Notas:
1ª) O desconto do IR é feito mediante aplicação:
a) da alíquota fixa de 1,5% (Lei nº 9.064/95, art. 6º); ou
b) da tabela progressiva prevista para o desconto do imposto sobre
rendimentos do trabalho (atualmente, as alíquotas progressivas de
15% e 25%), quando a pessoa jurídica prestadora dos serviços for
sociedade civil controlada, direta ou indiretamente, por pessoas
físicas que sejam diretores, gerentes ou controladores da pessoa
jurídica que pagar ou creditar os rendimentos, bem como pelo
cônjuge ou parente de primeiro grau das referidas pessoas (RIR/94
- art. 664).
2ª) Não incide o IR na fonte quando o serviço for prestado por
pessoas jurídicas imunes ou isentas (IN SRF nº 23/86).
3ª) Se a prestação de serviços estiver enquadrada, nos termos da
Ordem de Seviço INSS/DAF nº 203/99, como base de incidência,
reter e recolher 11% do valor bruto na NF ou Fatura, a título de
contribuição para a seguridade social, nos termos do art. 31 da Lei
nº 8.212/91, na redação do art. 23 da Lei nº 9.711/98.
39 Pagamentos ou créditos feitos por pessoas jurídicas a outras Não Não Não
pessoas jurídicas, a título de comissões, corretagem ou qualquer
outra remuneração por representação comercial ou mediação na
realização de negócios civis ou comerciais.
Nota:
A beneficiária dos rendimentos efetua o recolhimento do imposto,
desobrigando-se a fonte pagadora da retenção, nos casos de
comissões e corretagens relativas a:
- colocação ou negociação de títulos de renda fixa; operações
realizadas em Bolsas de Valores e em Bolsas Mercadorias,
distribuição de emissão de valores mobiliários, quando a pessoa
jurídica atuar como agente da companhia emissora; operações de
câmbio; venda de passagens, excursões ou viagens; administração
de cartão de crédito; prestação de serviços de distribuição de
refeições pelo sistema de refeições-convênio e de administração de
convênios (INs SRF nº 153 e 177/87 e IN DRF nº 107/91).
40 Seviços de propaganda e publicidade, pagos ou creditados por Não Não Sim
pessoas jurídicas a agências de propaganda
Nota:
66
A agência de propaganda recolhe o imposto devido na fonte, por
conta e ordem do anunciante observadas as normas contidas na
IN SRF nº 123/92.
41 Importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a Não Não Sim
( 2ª ) ( 1ª )
outras pessoas jurídidicas pela prestação de serviços de limpeza e
conservação de bens imóveis, segurança, vigilância e por locação
de mão-de-obra.
Notas:
1ª) O Imposto de Renda incide à alíquota de 1% (RIR/94 - art. 665).
2ª) Se a prestação de serviços estiver enquadradas nos termos da
Ordem de Serviço/DAF nº 203/99, como base de incidência, reter e
recolher 11% do valor bruto na NF ou Fatura, a título de
contribuição para a seguridade social, nos termos do art. 31 da Lei
nº 8.212/91, na redação do art. 23 da Lei nº 9.711/98.
42 Importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a Não Não Sim
( 3ª )
cooperativas de trabalho, associações e assemelhadas, relativas a
serviços pessoais que lhes forem prestados ou colocados à
disposição por associados destas.
Notas:
1ª) Em relação aos fatos geradores ocorridos a parti de 1º.01.95, o
desconto do imposto deverá ser efetuado à alíquota de 1,5% (art.
64 da Lei nº 8.981/95).
2ª) O imposto retido será compensado pelas cooperativas de
trabalho com aquele que tiver de reter por ocasião do pagamento
dos rendimentos ao associado.
3ª) Se a prestação de serviços estiver enquadrada nos termos da
Ordem de Serviço INSS/DAF nº 203/99 como base de incidência,
reter e recolher 11% do valor do bruto na NF ou Fatura, a título de
contribuição para a seguridade social, nos termos do art. 31 da Lei
nº 8.212/91, na redação do art. 12 da Lei nº 9.711/98.
43 Importâncias pagas a pessoas jurídicas a título de juros e de Não Não Sim
indenização por lucros cessantes decorrentes de sentença judicial
Nota:
O desconto é feito mediante aplicação da alíquota de 5% (art. 60, I,
da Lei nº 8.981/95).
67
CAPÍTULO 10 – GLOSSÁRIO
68
RAIS RELAÇÃO ANUAL DE INFORMAÇÕES SOCIAIS
RBPS REGULAMENTO DOS BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
RH RECURSOS HUMANOS
SEBRAE SERVIÇO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
SENAC SEVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL
SENAI SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL
SESC SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO
SESI SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA
SRF SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
SSMT SECRETARIA DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO
SUS SERVIÇO ÚNICO DE SAÚDE
TRCT TÊRMO DE RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
TRE TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL
TRT TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO
TST TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
UF UNIDADE DA FEDERAÇÃO
§ PARÁGRAFO
INTRODUÇÃO
69
Forças que reformam o ambiente de Recursos Humanos
- Competição internacional
É possível olhar todos os negócios como tendo três recurso principais: Capital, Recursos
Naturais e Recursos Humanos. Devido às semelhanças entre as tecnologias básicas aplicadas,
forçou-se o desenvolvimento de vantagens internacionais competitivas, principalmente pelo cultivo
de Recursos Humanos, por ser o único capaz de gerar sinergia.
70
A abertura dos mercados e a globalização da economia, aliadas aos movimentos de defesa do
consumidor e à disponibilidade de informações acabaram com a tranqüilidade de muitas empresas
que tinham o privilégio dos monopólios e reservas de mercados. Essa conjuntura criou o desafio da
competitividade para muitos dirigentes de organizações e os obrigou a focalizar o planejamento
estratégico em duas prioridades: satisfação do cliente e aumento da produtividade.
Foi assim que muitas empresas redescobriram os dois pilares do sistema Toyota de produção:
aumentar a qualidade do produto ou serviço e eliminar os desperdícios do sistema produtivo. A
eficácia do sistema Toyota de produção, porém, está ligada a um modelo participativo, que
depende de envolvimento e comprometimento de todos os funcionários, não de obediência e
controle.
71
Reflexos sobre os hábitos dos clientes
O conceito de empowerment
Management
System
Educational System
C S C I
UA SW R F
O M P I E O
S T N P
T I ET S R
T R AH P
O SM F I O
E A K E P
N V I F C E
R C U E
T NA T O
O M GC P
I U E
O T L
S N S E
N T
WOOD JR, Thomas. "Remuneração estratégica – A nova Vantagem Competitiva ". São
Paulo, editora atlas , 1999. 2ª edição
SEMLER, Ricardo. "Virando a Própria Mesa". São Paulo, Best Seller, 1988.
EXAME, 13 de Janeiro de 1999 - " Os benefícios estão ficando cada vez mais flexíveis".
EXAME, 7 de Maio de 1997 - " As novidades do mundo global quanto à "remuneração”.
EXAME ESPECIAL: Melhores Empresas para você trabalhar, 25 de Agosto de 1999.
EXAME ESPECIAL: Guia das melhores empresas do Brasil para você trabalhar, 22 de Outubro
de 1997.
BIBLIOGRAFIA
Dutra, Joel Souza. Administração de carreira : uma proposta para repensar a gestão de
pessoas – São Paulo : Atlas, 1996.
LODI, João Bosco, Recrutamento de Pessoal, Editora Pioneira de Administração e Negócios, SP.
PONTES, B.R., Planejamento, Recrutamento e Seleção de Pessoal, LTR Editora, SP.
BIBLIOGRAFIA
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9 - REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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Janeiro: Campus, 1997.
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Evaluating Employee Performance in America’s Largest Companies. Sam Advanced
Management Journal, Volume 59, Number 2, pp. 28-34.
COOPERS & LYBRAND . Mudança Organizacional. São Paulo : Ed. Atlas, 1995
ROBBINS , Stephen P. Comportamento Organizacional. RJ : LTC Editora , 1999
FREITAS , Maria Ester de. Cultura Organizacional . São Paulo : Makron Books , 1991
TRICE , h. m. & Beyer, j. m. The Cultures of Work Organizations . Prentice-Hall, 1993
SEMLER , Ricardo. Virando a Própria Mesa . São Paulo : Best Seller, 1988.
TAVARES, Maria das Graças de Pinho. Cultura Organizacional - Uma Abordagem Antropológica
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EXAME, 25 de Agosto de 1999 "Perfil - Dona Luiza".
EXAME, 3 de Novembro de 1999 "Entrevista: Niall Fitzgerald - Circular, circular, circular".
EXAME, 30 de Junho de 1999 "Entrevista: Noel Tichy - Era uma vez...".
EXAME, 5 de Maio de 1999 "Mercado - Meu sócio americano".
EXAME, 7 de Outubro de 1998 "Reportagem de Capa - A vida depois do Garantia".
EXAME, 9 de Abril de 1997 "Mercados: Empresas - Contra a corrente, graças a Deus".
VEJA, 15 de Março de 2000 "Click de Midas".
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. São Paulo: Markron
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must they be in conflict:? New York: McGraw-Hill, 1974
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos (edição compacta). São Paulo: Atlas, 1998.
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MAIA, Francisco de Assis. BUSSONS José. Avaliação de Cargos e Desempenho
http://www.canalrh.com.br/cargos/index.cfm