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CONTRATOS ESPECIAIS DE TRABALHO

Teletrabalho ( Home Office)

Conceito:

Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências


do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua
natureza, não se constituam como trabalho externo.

Não-descacterização:

O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específicas


que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de
teletrabalho.  

Resumindo: O fato dele ir fazer alguma tarefa especifica que exija a presença dele na empresa,
não descaracteriza o regime de teletrabalho. É aceitável que, eventualmente, o empregado
seja solicitado a comparecer à empresa para realizar atividades específicas, como reuniões,
treinamentos, eventos ou outras tarefas que exijam a presença física.

Anotação na carteira de trabalho:

A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do


contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo
empregado.  

Alteração do regime de teletrabalho:

 Para alterar o regime de presencial para teletrabalho precisa mútuo acordo entre as
partes, registrado em aditivo contratual.
 De teletrabalho para presencial é unilateralmente pelo empregador com aditivo
contratual, garantido prazo mínimo de 15 dias para transição.

Equipamentos de trabalho:

As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos


equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho
remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em
contrato escrito.  

Resumindo: as regras sobre quem é responsável por comprar, cuidar ou fornecer os


equipamentos tecnológicos e a infraestrutura necessários para o trabalho remoto, além de
reembolsar as despesas feitas pelo empregado, serão estabelecidas em um contrato por
escrito.
SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DO TRABALHO

O contrato de trabalho pode ficar paralisado em decorrência de diversas situações, todavia


temos que algumas situações estaremos diante da suspensão e em outras da interrupção dos
efeitos do contrato de trabalho

Suspensão:

É a paralização temporária e total dos efeitos do contrato de trabalho, bem como o tempo de
serviço não é contado a favor do empregado no tempo em que o contrato estiver suspenso.

a) Faltas injustificadas (Art. 4º. c/c art. 131, IV – CLT);

b) período de auxílio-doença (Art.60 da Lei 8.213/1991),

c) aposentadoria por invalidez, (Art. 475 – CLT);

d) Suspensão disciplinar, (Art. 474 – CLT);

e) Greve (Art. 7º da Lei 7.783/1989);

f) Prisão provisória do empregado.

Interrupção:

É a paralização temporária e parcial dos efeitos do contrato de trabalho, bem como o tempo de
serviço é contado a favor do empregado no tempo em que o contrato estiver interrompido.

Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: 

I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente,


descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social,
viva sob sua dependência econômica; 

(denominada de licença nojo)

II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento;

para professor é 09 dias, conf. Art. 320 §3º. CLT)

(denominada de licença gala)

III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana;

(essa licença é denominada de licença paternidade)

Art. 10. Até que seja promulgada a lei complementar a que se refere o art. 7º, I, da
Constituição:

§ 1º Até que a lei venha a disciplinar o disposto no art. 7º, XIX, da Constituição, o prazo da
licença paternidade a que se refere o inciso é de cinco dias.

Prorroga por 15 (quinze) dias a duração da licença paternidade, nos termos desta Lei, além dos
5 (cinco) dias estabelecidos no § 1º do ADCT
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue
devidamente comprovada; 

V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei
respectiva;

VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na


letra “c” do art. 65 da Lei 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar);

VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para
ingresso em estabelecimento de ensino superior;

VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo;

IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade


sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja
membro

X - até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o
período de gravidez de sua esposa ou companheira;

XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta médica.

XII - até 3 (três) dias, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de realização de exames
preventivos de câncer devidamente comprovada

Principais outros casos de interrupção:

a) Férias (art. 7º, XVII da CF/88 c.c. art. 129 da CLT);

b) Feriados (art. 1º. Da Lei 605/1949);

c) Repouso Semanal Remunerado (Art. 7º. XV, CF/88);

d) Primeiros 15 dias de afastamento por motivo de doença ou acidente de trabalho (art. 60


§3º. Da Lei 8.213/1991);

e) Aborto comprovado por atestado (art. 395 – CLT);

f) Lockout (art. 17, Parágrafo único, da Lei 7.783/1989)

Resumo:

Suspensão do as atividades do empregado e as obrigações do empregador são interrompidas


por um período determinado. Durante a suspensão, o empregado não realiza o trabalho e o
empregador não é obrigado a pagar o salário. No entanto, alguns direitos, como benefícios
previdenciários, podem ser mantidos durante esse período. A suspensão pode ser motivada
por situações como férias coletivas, licença não remunerada, suspensão disciplinar, entre
outros.

Interrupção do contrato de trabalho: A interrupção do contrato de trabalho ocorre quando há


uma pausa temporária nas atividades, mas o empregado continua recebendo o salário.
Durante a interrupção, o contrato de trabalho permanece válido, mas as atividades podem ser
temporariamente paralisadas por motivos como férias, licença-maternidade, licença-
paternidade, afastamento por doença ou acidente de trabalho.

SUJEITOS DO CONTRATO DE TRABALHO ( EMPREGADOR E EMPREGADO)

EMPREGADOR:

Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da


atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço

EMPREGADOR É QUEM:

a) ADMITE: contrata, pactua, ajusta com o trabalhador.

b) REMUNERA: é quem paga, diretamente ou não, em pecúnia ou em utilidades pela


contraprestação do serviço prestado.

c) ASSUME OS RISCOS DA ATIVIDADE ECONÔMICA: deverá arcar com os riscos decorrentes da


ativação da empresa no mercado.

d) DIRIGE A PRESTAÇÃO DO SERVIÇO: Atribuindo o Poder de Direção (Poder Diretivo),


consistente no poder:

 De elaboração da técnica;
 Disciplinar; e
 De Punições.

Empregador por equiparação:

Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os


profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras
instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados

a) PROFISSIONAIS LIBERAIS: são profissionais liberais aqueles que exercem sua profissão
(atividade econômica) mediante conclusão de curso superior em alguma área profissional,
como por exemplo são os médicos, dentistas, advogados, engenheiros entre outros.

b) INSTITUIÇÕES DE BENEFICÊNCIA: as entidades que atuam em filantropias, ou seja, que


praticam caridade na prestação de assistência a crianças, pessoas idosas, a enfermos, a
pessoas solitárias, entre outras. Ex: APAE, AACD, etc.

c) ASSOCIAÇÕES RECREATIVAS/ESPORTIVAS: aqueles que atuam na prática de esportes, lazer,


entretenimento, também são considerados empregadores. Serão empregadores
independentemente se possuírem atletas profissionais ou amadores.

d) INSTITUIÇÕES SEM FINS LUCRATIVOS: Essas são pessoas que não tem como objeto o lucro
em suas atividades, como os sindicatos, as associações, as cooperativas, condomínios, etc..
Grupo econômico do empregador:

Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica
própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo
guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis
solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.   

 O grupo econômico forma duas espécies de SOLIDARIEDADE:

- SOLIDARIEDADE ATIVA

solidariedade ativa ocorre quando as empresas de um grupo econômico trabalham em


conjunto para alcançar um objetivo comum ou para realizar uma determinada atividade. Nesse
caso, as empresas do grupo compartilham recursos, conhecimentos, tecnologias, clientes,
entre outros, para obter benefícios mútuos. Isso significa que as empresas do grupo cooperam
e colaboram entre si, agindo de forma conjunta para atingir os objetivos do grupo como um
todo.

- SOLIDARIEDADE PASSIVA.    

A solidariedade passiva, por outro lado, refere-se à responsabilidade conjunta das empresas do
grupo econômico pelos deveres e obrigações legais. Isso significa que, quando uma das
empresas do grupo descumpre uma obrigação legal, como pagamento de salários ou
indenizações trabalhistas, as demais empresas do grupo também podem ser responsabilizadas
por essa dívida. Em outras palavras, se uma empresa do grupo não cumprir suas obrigações
legais, as demais empresas do grupo podem ser chamadas a arcar com essa responsabilidade
financeira.

Não caracterização de grupo econômico:

Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a
configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de
interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes

Não basta a mera identidade de sócios para que reste caracterizado o grupo econômico. A
nova regra requer a comunhão de interesses, demonstração de interesse integrado e atuação
conjunta das empresas que pertençam ao mesmo conglomerado econômico.

Com base nesse novo entendimento, para que haja responsabilidade solidária entre as
empresas em decorrência da existência de grupo econômico, os empregados deverão
comprovar que, de fato, as empresas possuem interesse comum e atuação conjunta.

Terceirização:

Terceirização é o ato pelo qual uma empresa transfere para um terceiro (outra empresa) a
responsabilidade pela execução de um serviço. Nesse sentido temos que a empresa
TOMADORA como sendo aquela que se favorece da terceirização, e a empresa TERCEIRIZADA
(empresa interposta), que é aquela que executa os serviços.
Sucessão de empregadores:

A sucessão de empregadores também conhecida como sucessão trabalhista ou sucessão de


empresas, consubstancia uma espécie de alteração subjetiva do contrato de trabalho, no polo
do empregador.

É a alteração subjetiva no contrato individual de trabalho em que ocorre a transferência


definitiva ou provisória, total ou parcial, da unidade econômico-jurídica da empresa sucedida
para a sucessora.

Resumindo: A sucessão de empregadores acontece quando uma empresa é substituída por


outra no controle ou na propriedade de um negócio, mas os contratos de trabalho dos
funcionários continuam em vigor. Em termos simples, é como quando uma empresa é vendida
ou ocorre uma fusão entre duas empresas

Art. 10 - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos
por seus empregados.

Art. 448 - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os


contratos de trabalho dos respectivos empregados.

Art. 448-A.  Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e


448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os
empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor.          

Parágrafo único.  A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar
comprovada fraude na transferência

A empresa sucessora assume todos os direitos e dívidas trabalhistas em sua integralidade.

EMPREGADO:

Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a
empregador, sob a dependência deste e mediante salário.

Requistos:

a) Pessoa Física: Somente pode ser empregado a pessoa física (natural), de modo que Pessoa
Jurídica não pode ser enquadrada como empregado. O contrato que terá a Pessoa Jurídica será
um contrato civil/comercial e não contrato de trabalho.

Exceção: PEJOTIZAÇÃO (PJ).

A jurisprudência e a doutrina vem entendendo que a Pejotização é fraude aos direitos


trabalhistas, e vem admitindo o vínculo de emprego.

b) Pessoalidade: O serviço deve ser prestado necessariamente pela pessoa do empregado e


não ser transferido a terceiros. É o empregado que é titular da prestação de serviço. Portanto
deve ser prestado de maneira pessoal. O vínculo de emprego somente ocorrerá se o
empregado utilizar de sua própria força para o trabalho e não de terceiros. O trabalho é feito
intuito personae, ou seja, deve prestar o serviço pessoalmente.

Caso o empregado transferir a terceiro ele está sendo um terceirizado, não empregado.
c) Não Eventualidade – (Habitualidade): O presente item não se caracteriza somente pela
diariedade do serviço prestado, mas sobretudo pela expectativa que o empregador tem
pertinente ao retorno do empregado ao local de labor. Assim, havendo essa expectativa, estará
caracterizada a habitualidade. Trata-se do compromisso do empregado em ir trabalhar para o
empregador, não importa se 01 ou 05 dias na semana.

d) Dependência – (Subordinação)

Como preleciona o doutrinador Sérgio Pinto Martins, o termo subordinação vem do latim sub
ordine, ou seja, estar sob ordens. Temos, assim, três espécies de subordinação para a
caracterização do item em tela:

d.1) Hierárquica: É a mais comum e consiste na relação de subordinação do empregado ao


comando do seu empregador. Certos autores denominam esse tipo de subordinação como
sendo de dependência jurídica, pois a própria lei, a própria norma jurídica já afirma que o
empregado é subordinado ao empregador.

d.2) Técnica: Diz respeito à supervisão técnica do trabalho, podendo ser equipada a um
determinado controle de qualidade. Tal subordinação decorre da hierárquica, eis que o
próprio empregador é quem determina/emite um ordem ao empregado para que analise a
conclusão do seu trabalho.

d.3) Econômica: Tal dependência não se refere a pagamento, mas sim a dependência
econômica do empregado refere-se a estrutura econômica gerada pelo empregador frente ao
empregado.

As subordinações acima não são cumulativas, mas sim alternativas, na medida em que estando
presentes ao menos uma delas, já encontramos a subordinação como elemento da
identificação do empregado.

e) Salário – Onerosidade: É o requisito que traz a onerosidade, o custo pela prestação de


serviço do empregado ao empregador. O serviço deve possuir um custo e o empregador deve
remunerar o empregado deste serviço prestado. Não há vinculo de emprego entre o
empregador e o trabalhador voluntário por ausência desse requisito. Basta apenas a promessa
de uma contraprestação financeira para que o empregado cumpra este requisito.

Modo simple de lembrar: SHOPP

S- Subordinação

H- Habitualidade (não eventualidade)

O- Onerosidade (salario)

P- Pessoa fisica

P- Personalidade

Lembrando que precisa das 5 para ser considerado empregado.


RELAÇÃO DE TRABALHO

Relação de trabalho é toda relação entre pessoas físicas ou jurídicas no qual há a prestação de
serviço uma para a outra. Seja a prestação de serviço por autônomo, por profissional liberal,
por representante comercial, por empresa terceirizada, etc.

VÍNCULO DE EMPREGO / VÍNCULO EMPREGATÍCIO / RELAÇÃO DE EMPREGO.

A relação de emprego, por sua vez, é aquela protegida pelas regras da CLT quando presentes os
seguintes requisitos:

 pessoa física, pois a pessoa jurídica prestadora de serviços não pode ser considerada
empregada;
 O trabalho deve ser prestado pessoalmente pelo empregado;
 o trabalho tem de ser prestado de forma não-eventual, pois trabalho eventual não
consolida uma relação de emprego a ser protegida pela CLT;
 trabalho subordinado, pois o empregado, no exercício de seu mister, cumpre ordens de
seu empregador;
 existência de contraprestação, posto que o trabalho prestado de forma voluntária, sem
pagamento de salário, também descaracteriza a relação de emprego.

Vínculo empregatício e atividade ilícita do empregador:

É nulo o contrato de trabalho celebrado para o desempenho de atividade inerente à prática do


jogo do bicho, ante a ilicitude de seu objeto, o que subtrai o requisito de validade para a
formação do ato jurídico. 

EMPREGADO DOMESTICO

Art. 1o  Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma
contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família,
no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta
Lei. 

REQUISITOS PARA O EMPREGADO DOMÉSTICO:

a) Serviços contínuos – mais de 02 (dois) dias na semana

A nova lei do doméstico, manteve a continuidade na prestação de serviços para a


caracterização do empregado doméstico, todavia inovou ou determinar que a continuidade de
que caracteriza o empregado doméstico, é aquela na qual o empregado trabalha mais de 02
dias na semana, ou seja, 03 ou mais.
b) Subordinação

O empregado doméstico é também da mesma forma do empregado comum urbano ou rural,


subordinado ao empregador, ou seja, há uma hierarquia entre eles.

c) Onerosidade

Haverá uma contraprestação pelo serviço prestado, ou seja, o serviço prestado pelo
empregado tem um custo econômico para o empregador, em que deverá lhe remunerar pelo
trabalho desempenhado.

d) Pessoalidade

O próprio empregado doméstico é quem precisa prestar o trabalho pessoalmente, não


transferindo a terceiros.

e) Serviços prestados à pessoa ou à família

O serviço deverá ser prestado no âmbito residencial, ou seja, para uma pessoa em especial ou
a prestação de serviço deve ser direcionado à família da empregadora.

f) Sem finalidade lucrativa

Não pode haver qualquer finalidade lucrativa no serviço exercido pelo empregado doméstico,
se isso ficar caracterizado, ele será considerado um empregado comum e não mais um
empregado doméstico.

Especies de empregados domésticos:

 CASEIROS (CUJO IMÓVEL NÃO TENHA FINALIDADE LUCRATIVA);


 ENFERMEIROS;
 MOTORISTAS (CHOFER);
 JARDINEIROS;
 BABÁ;
 GUARDA NOTURNO DE QUARTEIRÃO OU DE CASA;
 CUIDADOR DE IDOSOS;
 ENTRE OUTROS.

JORNADA DE TRABALHO

Jornada de trabalho é o tempo pelo qual o empregado está trabalhando ou a disposição do


empregador.
Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à
disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial
expressamente consignada.

Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período
extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos
previsto no § 1o do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria,
buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições
climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer
atividades particulares, entre outras:         

I - práticas religiosas;              

II - descanso;              

III - lazer;              

IV - estudo;               

V - alimentação;               

VI - atividades de relacionamento social;               

VII - higiene pessoal;                

VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na
empresa.  

DURAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO:

uma jornada normal diária de trabalho em 8 (oito) horas, todavia limitou a jornada semanal
para 44 (quarenta e quatro) as horas.

Duração do trabalho não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada
a compensação de horário e a redução da jornada mediante acordo ou convenção coletiva de
trabalho“

A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não


excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.

JORNADAS REDUZIDAS:

A CLT regulamenta algumas jornadas de trabalho em razão de determinadas profissões. Temos


jornadas especiais, que comparadas com a jornada normal de trabalho de 8 horas por dia, são
consideradas como jornadas reduzidas de trabalho, como por exemplo:

- os bancários: (art. 224 – 06 horas);

- os empregados em serviços de telefonia, telegrafia submarina e subfluvial, de radiotelegrafia


e radiotelefonia (art. 227 – 06 horas);

- os operadores cinematográficos (art. 234 , sendo 5 horas normais durante o funcionamento


cinematográfico e 1 hora extra para limpeza e lubrificação dos aparelhos );
- os jornalistas, jornada de 5 horas (art. 303) podendo ser para 7 horas através de acordo
individual que por meio de cláusula contratual majore o salário (art. 304);

- os professores a CLT limita o trabalho, no mesmo estabelecimento, a 4 aulas consecutivas ou


6 intercaladas

CONTROLE DA JORNADA DE TRABALHO:

Para os estabelecimentos de mais de vinte trabalhadores será obrigatória a anotação da hora


de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a
serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de
repouso

Portanto, estabelecimentos com até 20 (vinte) empregados, tem uma faculdade em manter a
anotação de controles formais de jornada de trabalho.

OBS: Para o empregado doméstico é obrigatório o controle.

HORA EXTRAORDINÁRIA/SUPLEMENTAR 

Hora extraordinária, ou jornada extraordinária/suplementar é aquela jornada que excede a


jornada normal de trabalho.

A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora
normal.                       

Empregados excluídos das horas extras:

1 - Os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de


trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no
registro de empregados;

Obs: Se tiver como controlar a hora extra o empregado tem direito, se não tiver não tem.

MOTORISTA. HORAS EXTRAS. ATIVIDADE EXTERNA. CONTROLE DE JORNADA POR TACÓGRAFO.


RESOLUÇÃO Nº 816/86 DO CONTRAN (DJ 09.12.2003)
O tacógrafo, por si só, sem a existência de outros elementos, não serve para controlar a
jornada de trabalho de empregado que exerce atividade externa.

2 – Gerentes (não pode ter ninguém acima dele)

a) Requisito Subjetivo: poder de mando, de administração de gestão, consistente em tomar


decisões importantes no setor ou na empresa, como admitir, demitir. Ser o empregado de mais
alta hierarquia no setor. (PODER DE MANDO)

b) Requisito Objetivo: receber gratificação de função, com valor superior a 40% do seu salário
efetivo.
OBS: Precisa ter os 2 requisitos para que ele seja excluído de receber horas extras.

Exceção: Gerente Bancário

Art. 224 - A duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas bancárias e Caixa
Econômica Federal será de 6 (seis) horas continuas nos dias úteis, com exceção dos sábados,
perfazendo um total de 30 (trinta) horas de trabalho por semana. 

§ 2º - As disposições deste artigo não se aplicam aos que exercem funções de direção,
gerência, fiscalização, chefia e equivalentes, ou que desempenhem outros cargos de confiança,
desde que o valor da gratificação não seja inferior a 1/3 (um terço) do salário do cargo efetivo.

3 – Empregados em regime de teletrabalho (home office)

OBS: Não pode ter o controle de horários, se tiver o controle tem direito a horas extras.

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