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ORGANIZAÇÃO2017
Amanda Mitre
Marina Lages
Nayara Benatti 12º CAFÉ COM PESQUISA
Ana Luísa Figueiredo Raiane Rosi
Fabiana Andresa Sanane Sampaio
Guilherme Cuoghi Tainá Hermoso
CADERNO DE RESUMOS
Jessica Seabra Yara Bragatto av trabalhador são carlense 400 são carlos sp cafécompesquisa
CADERNO DE RESUMOS
ISBN 978-85-66624-16-8
___________________________________________________________
Bibliotecária responsável pela estrutura de catalogação da publicação de acordo com a
AACR2:
Brianda de Oliveira Ordonho Sígolo - CRB - 8/8229
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Reitor Prof. Tit. Marco Antonio Zago
Vice-Reitor Prof. Tit. Vahan Agopyan
Pró-Reitor Prof. Dr. Carlos Gilberto Carlotti Jr.
Pró-Reitor Adjunto Prof. Dr. Marcio de Castro Silva Filho
7 APRESENTAÇÃO
9 TRABALHOS APRESENTADOS
12 RESUMOS EXPANDIDOS
24 Jessica Seabra
Práticas curatoriais na 27º Bienal de São Paulo: relações com Kassel
28 Soyani Tardiolli
A construção da crítica ao movimento moderno a partir dos casos de
implosão dos conjuntos habitacionais Pruitt-Igoe/EUA (1972) e
Carapicuíba/SP (1991)
60 Marília Reis Sé
Transformações urbanas e processos socioespaciais: práticas e
apropriações do/no espaço urbano
76 Amanda Halda
A forma urbana conjunto habitacional na atuação da CECAP/CDHU em
Ribeirão Preto/SP de 1967 a 2002
APRESENTAÇÃO
Em sua 12ª edição, o Café com Pesquisa contou com nove sessões
totalizando trinta e uma apresentações. Cada sessão foi composta por três a cinco
pesquisadores vinculados ao Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP e contou
com o acompanhamento de ao menos dois componentes da Comissão de
Organização. Por fim, este caderno reúne os resumos de alguns trabalhos
apresentados no ano de 2017, sendo o envio opcional. Portanto, a relação entre
trabalhos apresentados e resumos disponíveis não será a mesma.
TRABALHOS APRESENTADOS
ABRIL19
Barbara Oliveira Silva | Estudo e implementação de solução de realidade aumentada para
visita virtual às dependências do IAU-USP
Elza Luli Miyasaka | Projeto para a Produção de Formas Complexas
Maíra Cristo Daitx | Quando a realidade cruza o imaginário: a aplicabilidade da arquitetura
móvel nas cidades contemporâneas
Maria Julia Stella Martins | Entre-meios: corpo, cidade, performance e meios digitais
MAIO10
Jessica Seabra | Práticas curatoriais na 27ª Bienal Internacional de Artes de São Paulo:
relações com Kassel
Maryá de Sousa Aldrigue | Sob os olhos de quem vê: arquitetura residencial latino-
americana nas publicações do MoMA
Paula Ramos Pacheco | Design (em) aberto: uma investigação sobre movimentos de
ampliação do design
Soyani Tardiolli de Figueiredo | A construção da crítica ao movimento moderno a partir
dos casos de implosão dos conjuntos habitacionais Pruitt-Igoe/EUA (1972) e
Carapicuíba/SP (1991)
JUNHO07
Ana Maria Beraldo | Habitação e Cidade: o Programa Minha Casa Minha Vida em
Sertãozinho (SP)
Aline Gouvêa Leite | Estudo sobre a viabilidade e desempenho de coletor solar com
transmissão de luz em fibra óptica para iluminação natural em ambientes
Esther Encinas Audibert | Gleba Palhano: cidade e mercadoria. A produção de um
fragmento de Londrina
Huana Assanuma Ota de Carvalho | Financeirização e mutações internacionais do
financiamento e da produção da habitação na França e no Brasil
Natália Pauletto Fragalle | London Calling: o papel da cultura e da "criatividade" na
gestão de uma cidade-marca
JUNHO21
Vinícius Gomes de Almeida | A utilização da Tecnologia BIM para a análise do
Desempenho Térmico de Edificações Habitacionais
ArqTeMa | Desenvolvimento de produtos, sistemas e processos construtivos: Estudo da
caracterização técnica de painéis de vedação confeccionados a partir de compósitos
desenvolvidos por meio da reciclagem de resíduos sólidos e seu potencial de aplicação na
construção civil
Gabriela Henriques Camelo | As normativas de projeto para arquitetura hospitalar no
Brasil e no Reino Unido em relação às sistematizações do Evidence-Based Design
10
JULHO05
Marília Reis Sé | Transformações urbanas no Baixo Augusta - SP: um estudo sobre a
apropriação no espaço urbano
Talita Ines Heleodoro | Desenho de Ruas: concepções urbanísticas e significados sociais
Yara Boscolo Bragatto | O edifício “arto” e a casa “véia” - desenvolvimento urbanístico e
cultura urbana na São Paulo de Adoniran Barbosa
AGOSTO02
Amanda Halda | A forma urbana conjunto habitacional na produção da CECAP/CDHU em
Ribeirão Preto/SP de 1967 a 2002
Danilo Brich dos Santos | O papel da COHAB-RP na produção do espaço urbano em
Ribeirão Preto
Janaina Andréa Cucato | As disputas pelo território no espaço urbano de
Votuporanga/SP -Contradições no zoneamento de interesse social (ZEIS), 1996-2012
Maria Cecília Pedro Bom de Lima | Entre conflito e congruência: diálogos possíveis entre
rede hídrica e forma urbana em São Carlos, SP
SETEMBRO13
Ana Luiza Vieira Gonçalves | Remoções e financeirização da cidade contemporânea: o
caso da favela do Moinho
Bárbara Helena Almeida Carmo | O Patrimônio Cultural e sua relação com o espaço
urbano: PCH, Programa Monumenta e PAC-Cidades Históricas
Cristina A. G. Kiminami | Dos pontos aos mapas: mídias locativas e [contra] cartografias
Flávia Marcarine Arruda | Territorialidades ciganas: O acampamento em Macafé (ES)
Guilherme Nelli Zaratine | Agências multilaterais, Estado e capital imobiliário:
reestruturação urbana e remoções forçadas no Município de São José dos Campos – SP
OUTUBRO25
Dyego Digiandomenico | Processo de projeto: pensamento algorítmico, parametrização e
performance
Gabriele do Rosário Landim | Uso de dados no processo de projeto: programação visual e
modelagem de informação
Tássia Borges de Vasconselos | Níveis de computabilidade em processo de projeto:
mapeamento e reflexão sobre ensino de projeto de Arquitetura e Urbanismo em ambiente
digital no Brasil
NOVEMBRO22
Daniela Sarone Fiori | Políticas de habitação social: permanência de tipologias em um
século de experiências - um estudo em São Carlos
11
RESUMOS EXPANDIDOS
13
Orientação
Manoel Antonio Lopes Rodrigues Alves
mra@sc.usp.br
lattes.cnpq.br/7815309672113678
RESUMO
Introdução
A vida em movimento
O espaço em movimento
Figura 3: Primeira versão da MiniMOD. Esta casa foi um protótipo financiado pelo escritório como
forma de teste de um sistema construtivo pensado para ser transportado para locais de difícil
acesso. (Fonte: Leonardo Finotti ©)
Conclusões
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CRARY, J. 24/7 - Capitalismo tardio e os fins do sono. São Paulo: Cosac Naify, 2014.
(Versão digital e-book)
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil Platôs, Capitalismo e Esquizofrenia. São Paulo: Edito-ra
34,1997.
Orientação
Marcelo Tramontano
tramont@sc.usp.br
lattes.cnpq.br/1999154589439118
Introdução
Objetivo
Métodos
- O conceito ciborgue pode contribuir para leituras e estudos das dinâmicas urbanas
contemporâneas na medida em que possibilita a reflexão acerca as relações entre
ambiência digital, corpo e espacialidades?
1Está claro que sistemas móveis e ubíquos irão alterar as ideias fundamentais sobre público e
privado, vida cívica, invisibilidade e agenciamento ambiental (tradução livre).
21
- Ações culturais de intervenção urbana performática mediadas por meios digitais são
capazes de estimular a apropriação e a produção de conhecimento, em especial,
acerca da relação entre corpo, espacialidades, meios digitais e processos
comunicacionais?
Experimentos Práticos
objetivo deste workshop foi, por um lado, problematizar e refletir sobre o conceito
“fronteira”, buscando através das lentes, observar fronteiras físicas, culturais,
materiais e simbólicas que compõem uma cidade. E, por outro, desenvolver
habilidades técnicas de captação de imagem e som e de processos de edição e
composição. Os processos de análise e discussão dos filmes produzidos serão
realizados na etapa final da pesquisa.
Resultados Esperados
- Contribuir para a ampliação dos meios utilizados para a compreensão dos espaços
urbanos em Arquitetura e Urbanismo;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BELTING, Hans. Imagem, mídia e corpo: Uma nova abordagem à Iconologia. Disponível
em: <http://www.revista.cisc.org.br/ghrebh8/artigo.php?dir=artigos&id=belting_1#_ftn7>
CUFF, Dana. Immanent Domain: Pervasive Computing and the Public Realm, Journal of
Architectural education, v.57, n I, p.43-49, 2003.
HARVEY, David. Cidades rebeldes: do direito à cidade à revolução urbana. In: HARVEY, David
et al. Cidades Rebeldes: Passe livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil. São
Paulo: Boitempo Editorial, 2013.
LEFEBVRE, Henri. Da cidade à sociedade urbana. In: LEFEBVRE, Henri. A revolução urbana.
Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999.
MASSEY, Doreen. Pelo espaço: uma nova política da espacialidade. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 2008.
24
Jessica Seabra
jessica.seabra@usp.br
lattes.cnpq.br/1485109054536917
Orientação
Ruy Sardinha Lopes
rsard@sc.usp.br
lattes.cnpq.br/4355973632621156
RESUMO
A pesquisa analisa, através de um viés crítico, a proposta curatorial da 27ª
Bienal de Arte de São Paulo, intitulada “Como viver junto”. Esta bienal é
considerada precursora, estabelecendo e institucionalizando algumas mudanças
curatoriais que já haviam sido apontadas em edições anteriores da Bienal de São
Paulo, como o fim das representações nacionais. É notória também a inserção e um
diálogo com temas e abordagens críticas presentes em um contexto global de
exposições de arte contemporânea, identificadas na pesquisa através da “crítica
institucional”, da “participação” e do fortalecimento das questões educacionais
nesta mostra. Estas mudanças afetaram as edições seguintes da Bienal e são
decorrentes de um contexto sociocultural mais amplo, amparado por uma
conjuntura cultural e econômica local e internacional que envolve questões como
a globalização cultural, mudanças nas políticas culturais e nas relações de mediação
entre artista, obra e público.
2Organização independente que opera como uma plataforma para coletar e difundir informações
sobre as bienais. Mais informações no site.
25
essa visibilidade possibilita a esse tipo de exposição dar vazão a novas práticas
curatoriais e artísticas que reúnem e mesmo imiscuem num mesmo espaço as
esferas da produção e da crítica.
Key words: 27th São Paulo Art Biennial, contemporary art, globalization, curatorship,
institutional critique, participation, educational turn.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALAMBERT, Francisco; CANHÊTE, Polyana. As Bienais de São Paulo: da era dos museus à era
dos curadores (1951-2001). São Paulo: Boitempo, 2004.
BEECH, Dave. Weberian Lessons: Art, Pedagogy and Managerialism. In: O’NEILL, P.; WILSON,
M. Curating and the educational turn. Londres: Open Editions; Amsterdam: De Appel, 2010,
p.47-60
ESCHE, C. et al. (org.) (2014). Catálogo da 31ª. Bienal de São Paulo. São Paulo, Fundação
Bienal de SP.
FRASER, A. O que é crítica institucional? In: Revista Concinnitas, ano 15, vol. 02, nº 24,
dezembro de 2014. Tradução de Daniel Jablonski.
ROGOFF, I. Turning. In: O’NEILL, P.; WILSON, M. Curating and the educational turn. Londres:
Open Editions; Amsterdam: De Appel, 2010.
SPRICIGO, Vinicius. Relato de outra modernidade: contribuições para uma reflexão crítica
sobre a mediação da arte no contexto da globalização cultural. [tese de doutorado] São
Paulo, Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, 2009.
VAN HAL, Marieke. Rethinking the Biennial. Royal College of Art, London, Reino Unido 2010.
Disponível em:
http://researchonline.rca.ac.uk/1350/1/VAN%20HAL%20Marieke%20Thesis.pdf
28
Soyani Tardiolli
soyani_tardiolli@usp.br
lattes.cnpq.br/9360897728073216
Orientação
Eulalia Portela Negrelos
negrelos@sc.usp.br
lattes.cnpq.br/7745281336239073
RESUMO
A produção de habitação social consolidou-se na Europa a partir do século
XIX e, posteriormente, manifestou-se na América do Sul devido aos processos
resultantes da imigração e da expansão do setor industrial, que impulsionaram a
criação de moradias improvisadas de baixo padrão construtivo e condições de
higiene. No Brasil, precisamente na cidade de São Paulo, o intenso crescimento
populacional, segundo Bonduki (1998), desencadeou a primeira crise de habitação,
em que situações críticas ocorreram nos bairros dos trabalhadores, onde não havia
esgoto sanitário e existia o risco significativo de contaminação através da água. O
debate em torno da questão da habitação tentou incorporar os conceitos de
unidade, infraestrutura urbana e serviços e colocá-los em prática na produção
habitacional dessa época, o que não foi efetivado.
A necessidade de fornecer casas a todos em condições de higiene e
salubridade e permitindo diferentes ‘Standards’ de vida constitui um
dos maiores problemas a enfrentar. O urbanismo moderno é de início
um urbanismo habitacional, quer pela importância do alojamento e
da área habitacional quer porque estes temas conduzirão até a
invenção de novas tipologias construtivas: o bloco, a torre, o
conjunto (LAMAS, 1993, p.300).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
JENCKS, Charles. The new paradigm in architecture: the language of postmodernism. Yale
University Press, 2002.
Orientação
Carlos Alberto Ferreira Martins
cmartins@sc.usp.br
lattes.cnpq.br/7689101674915215
RESUMO
alguns países da região, se voltando para reflexões que vão além dos limites
nacionais, situando nossa produção em um debate ampliado sobre a América.
Cabe ressaltar que essa hipótese de pesquisa não procura afirmar uma
possível ausência de convergências ou semelhanças de soluções projetuais e
contextos, sobretudo político-econômicos, entre os países agrupados sob o rótulo
de "latino-americanos". Apenas pretendemos ressaltar que para conhecer a fundo
sua produção - e esse trabalho não esgota essa intenção - é necessário escapar das
ideias pré-estabelecidas e consolidadas, e compreender além da imagem de
homogeneidade dessa arquitetura que foi (e provavelmente, com algumas
exceções, ainda é) apresentada para dentro e fora de suas fronteiras.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMARAL, Aracy A. Textos do Trópico de Capricórnio: artigos e ensaios (1980-2005).
Circuitos de arte na América Latina e no Brasil. São Paulo: Editora 34, 2006. v. 2.
BERGDOLL, Barry; COMAS, Carlos Eduardo; LIERNUR, Jorge Francisco; DEL REAL,
Patricio. Latin America in construction: architecture 1955-1980. New York: MoMA, 2015.
BRUAND, Yves. Arquitetura Contemporânea no Brasil. 4. ed. São Paulo: Perspectiva, 2003.
CARRANZA, Luis; LARA, Fernando Luis. Modern Architecture in Latin America: Art,
Technology and Utopia. Austin: University of Texas Press, 2014.
DEL REAL, Patricio. Building a Continent: the idea of Latin American Architecture in the
early Postwar. New York: Columbia University, 2012.
GOODWIN, Philip L. Brazil Builds: architecture new and old 1652-1942. New York: The
Museum of Modern Art, 1943.
HITCHCOCK, Henry-Russell. Latin American Architecture since 1945. New York: MoMA,
1955.
LIERNUR, Jorge Francisco. "The South American Way". Block, Buenos Aires, n.4, p. 23-41,
dez. 1999.
MARTINS, Carlos Alberto Ferreira. Arquitetura e Estado no Brasil: elementos para uma
investigação sobre a constituição do discurso moderno no Brasil; a obra de Lucio Costa
1924/1952. 1987. 182 f. Dissertação (Mestrado em História Social) – Faculdade de Filosofia,
Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1987.
MINDLIN, Henrique E. Arquitetura moderna no Brasil. Tradução: Paulo Pedreira. 2. ed. Rio
de Janeiro: Aeroplano/IPHAN, 2000.
MONTANER, Josep Maria. Arquitetura e crítica na América Latina. São Paulo: Romano
Guerra, 2014.
35
SEGRE, Roberto. América Latina, fim de milênio: raízes e perspectivas de sua arquitetura.
São Paulo: Studio Nobel, 1991.
Orientação
David Moreno Sperling
sperling@sc.usp.br
lattes.cnpq.br/9764445070503572
RESUMO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOLTANSKI, Luc; CHIAPELLO, Eve. O Novo Espírito do Capitalismo. São Paulo: Martins
Fontes, 2009.
FOSTER, Hal. Design and Crime: And Others Diatribes. London: Verso, 2002.
HATCH, Mark. The Maker Movement Manifesto: Rules for Innovation in the New World of
Crafters, Hackers, and Tinkerers. New York: McGrawHill Education, 2014.
ISAACS, Ken. How to build your own living structures. New York: Crown Publishers, 1974.
MOE, Kiel. Automation takes command. In: CORSER, R. (Ed.). Fabricating Architecture:
Selected Readings in Digital Design and Manufacturing. New York: Princeton Architectural
Press, 2010. p. 152–167.
PAPANEK, Victor. Design for the Real World: Human Ecology and Social Change, New
York, Pantheon Books. 1971.
PAPANEK, Victor; HENNESSEY, James. Nomadic furniture: how to build and where to buy
lightweight furniture that folds, collapses, stacks, knocks-down, inflates or can be thrown
away and re-cycled. New York, Pantheon Books. 1973.
VAN HOLM, Eric Joseph. What are Makerspaces, Hackerspaces, and Fab Labs? 2014.
Disponível em: <http://ssrn.com/abstract=2548211>. Acesso em 04 out. 2016.
Orientação
Cibele Saliba Rizek
cibelesr@sc.usp.br
lattes.cnpq.br/0540870380815135
RESUMO
Para uma breve contextualização, o município que hoje, com uma população
de 506,7 mil habitantes é a quarta maior cidade do Sul do país e a segunda maior
do Estado do Paraná (PERFIL, 2013), foi construído a partir de um pré-projeto em
1932. O projeto era parte do processo de colonização dirigido pela Companhia de
Terras Norte do Paraná, que conectava a região às atividades econômicas de São
Paulo no contexto histórico do café. Aliando esse fator à expansão das atividades
urbanas, advindas de investimentos locais e à oferta de infraestrutura, a cidade se
inseriu rapidamente em uma dinâmica econômica e social e acelerou seu
crescimento populacional, físico-territorial e de oferta de bens e serviços à
população. Os anos que se seguiram foram assinalados por um crescimento urbano
ao redor desse núcleo planejado, mas já na década de 1950 começaram a se
consolidar as zonas leste, oeste e norte da cidade e surgiram os primeiros edifícios
verticais, no intuito de traduzir ao observador a modernidade contida na gênese da
cidade nova. A ocupação efetiva da zona sudoeste inicia-se somente após a
inauguração do Shopping Center Catuaí em 1990, o primeiro grande centro de
compras da região norte do Paraná. Segundo Alcantara (2015), o empreendimento
foi parte de uma estratégia imobiliária que agregava interesses de diferentes
agentes para valorizar uma extensa área localizada entre o Centro Principal e o
Shopping. O espaço originou-se da fazenda Palhano, propriedade dos irmãos
Palhano com 1.200 alqueires, e até então, era composto por pequenas chácaras de
uso residencial e cultivo de hortaliças e cereais. Os incorporadores, atraídos pelo
potencial de desenvolvimento vertical, lotes grandes, proximidades do centro,
facilidade de acesso, vista proporcionada pela topografia – região alta, permite
visualização de todo o skyline da cidade –, proximidade do Lago Igapó,
proximidade do Shopping Catuaí e da Universidade Estadual de Londrina, puseram
em prática seu projeto de tornar a área uma região nobre da cidade (FRESCA,
2002; YAMAKI, 2003; OURA, 2007; TOWS, MENDES, VERCEZI, 2010).
41
5Conceito tratado por Silva e Carvalho em “Ecoville e Gleba Palhano: Uma análise da produção do
espaço urbano a partir dos edifícios de alto padrão” (Arquitextos, São Paulo, ano 13, n. 154.02,
Vitruvius, mar. 2013).
44
Keywords: Real estate market; Urban Fragment; Daily life; Logic of the Condominium;
Privatization of public space.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALCANTARA, D. M. A atuação seletiva do mercado imobiliário em cidades médias. Revista
Ra’e Ga. Curitiba, v.33, p.120-141, Abr. 2015.
BRENNER, N.; MARCUSE, P.; MAYER, M. An Introduction. In: ________.(Org.). Cities For
People, Not For Profit. London: Routledge, 2012. p. 1-10.
________. Os Limites do Capital. Tradução de Magda Lopes. São Paulo, SP: Boitempo,
2013. 592p. Título original: The Limits to Capital [1982].
Orientação
Ruy Sardinha Lopes
rsard@sc.usp.br
lattes.cnpq.br/4355973632621156
RESUMO
A presente pesquisa pretende refletir, a partir do conceito de “cidade
criativa”, sobre o processo de construção e gestão de uma cidade-marca e os seus
consequentes impactos nas políticas urbanas. Para tanto, toma-se como estudo de
caso a cidade de Londres, capital do país pioneiro na implementação do discurso
da “criatividade” em suas políticas públicas e grande centro de poder e controle
global na virada do século XXI. Neste sentido busca-se compreender o que tal
cidade representa e explica sobre o capitalismo contemporâneo, inserida em um
processo de reprodução, extensão e transformação do sistema neoliberal.
Procura-se evidenciar, primeiramente, o papel significativo da urbanização
no sistema capitalista, funcionando como um importante meio de absorção de
excedente de capital (HARVEY, 2014) através do investimento em grandes projetos
que não apenas transformam as infraestruturas urbanas, como também produzem
novos estilos de vida, com novos produtos e necessidades. Isso se mostra evidente
a partir da crise avassaladora pelas quais passavam as economias dos países ditos
desenvolvidos na década de 70, com o esgotamento do modelo fordista de
produção e a transição para o que Harvey (1989) chamou de estágio de
“acumulação flexível” do capitalismo, caracterizado pela superação da rigidez
fordista, pela internacionalização da economia, por uma maior velocidade na
circulação de mercadorias, por um consumo ampliado não mais apenas de bens,
mas também de serviços e por uma aceleração da acumulação de capital, gerando
mudanças na relação capital-trabalho e uma adesão desenfreada a
comportamentos competitivos (HARVEY, 1994; SÁNCHEZ, 2010).
Tais mudanças estavam ainda ligadas a um reposicionamento do papel do
Estado – que parecia se afastar das políticas de matriz keynesiana que marcaram
sobretudo a recuperação das economias no pós-guerra – que passa a agir não mais
como um “obstáculo” ao processo de acumulação, mas sim como um facilitador e
coordenador de tal processo7 (HARVEY, 2006), intervindo de forma ativa a partir
9
Em 1994, o então Primeiro Ministro Australiano Paul Keating, utilizou o termo em uma política
cultural que pretendia enfatizar a abertura do país para o mundo, intitulada “Nação Criativa”.
48
política que ficou conhecida como New Labour10, que a “criatividade” foi de fato
acionada como estratégia discursiva alternativa às práticas neoliberais tradicionais
e utilizada como mecanismo para aumentar a competitividade econômica mundial
do Reino Unido11. Por intermédio de profissionais do eixo Austrália – Reino Unido –
Estados Unidos – Canadá, advindos de áreas como urbanismo, economia e
sociologia (sobretudo no campo cultural), não tardou até que essa discussão se
voltasse para o planejamento e a gestão de cidades, dando origem ao termo cidade
criativa, segundo o qual a “criatividade” seria condicionante da forma como o
planejamento urbano e o desenvolvimento econômico deveriam ser abordados
(LANDRY, 2008).
A partir disso, observa-se então, como tais processos se materializaram na
cidade de Londres – onde tais “indústrias” já conformavam o terceiro maior setor
econômico da cidade, principalmente devido ao seu status de “cidade global”, que
a ligava aos setores financeiros e de serviços, além de sua história, seu prestígio
cultural e sua infraestrutura – através de deslocamentos de políticas públicas em
direção aos setores “criativos”. Neste sentido, uma importante manobra realizada
pelo governo Blair foi a instauração, em 2000, da Greater London Authority (GLA):
o novo poder executivo da cidade, que passou a centralizar novamente as
atividades até então realizadas no âmbito dos distritos londrinos12, sob o comando
do também trabalhista Ken Livingstone. Dessa forma, com a reconfiguração política
e econômica do país, aliada aos atributos culturais já existentes na cidade, Londres
se privilegiou, na virada do século XXI, com o auge do movimento Cool Britannia13,
de um forte interesse público e privado em investir em um processo de
reconstrução da sua imagem, identificando-a como mais próxima dos novos valores
contemporâneos – que priorizavam a diversidade, a inovação, a globalização – com
10Mais ligada a uma posição política de centro, tal proposta apresentava o compromisso de
melhorar o dinamismo do mercado, fazendo uma crítica às práticas conservadoras dos governos
anteriores que, segundo o New Labour, eram “liberais” ao implementarem políticas que ainda
apresentavam uma importante dimensão de autorregulação do mercado (PHILPOT, 2013). Neste
sentido, Blair propunha um papel mais forte para os governos locais, o fim da licitação competitiva,
uma maior participação da comunidade e uma maior integração entre os fundos de regeneração
urbana (COLOMB, 2007), implementando políticas não tão ligadas ao welfare state, mas sim a uma
maior abertura econômica que promovesse e integrasse o país em um contexto global, explorando
questões como a diversidade cultural e a inovação tecnológica. Contudo, é possível enxergar nas
práticas políticas de Blair uma certa continuidade das ações iniciadas pelos governos anteriores,
uma vez que o New Labour só se configurou em decorrência da virada neoliberal iniciada por
Thatcher na década de 80 e as suas principais reformas foram mantidas.
11
O recém criado Departamento de Cultura, Mídia e Esporte do governo Blair realizou uma análise
para identificar as tendências econômicas globais e compará-las às contas do Reino Unido,
verificando assim quais seriam as vantagens competitivas nacionais. A partir dessa análise, foram
identificados treze setores de grande potencial para a economia britânica, chamados indústrias
criativas, os quais possuíam um potencial para riqueza e criação de empregos através da geração e
exploração da propriedade intelectual.
12
Em 1979, com a vitória de Thatcher como Primeira Ministra, promoveu-se uma mudança na
legislação que aboliu, em nome da racionalidade operativa e da concentração de custos (LEVY,
1997), o Greater London Council (Conselho da Grande Londres): organização que coordenava o
poder local em toda a área londrina, descentralizando o poder municipal, que foi redistribuído aos
33 distritos (ou boroughs) de Londres. Tal mudança, ao mesmo tempo, fortaleceu o poder estatal
sobre a cidade, com uma grande parte das atribuições dos órgãos extintos transferidas a entidades
que escapavam do controle publico, principalmente por serem lideradas por pessoas não-eleitas
(LEVY, 1997). Com isso, as políticas-chave de atuação em Londres passaram a ficar a cargo do
governo central.
13
O termo Cool Britannia é uma alusão à canção patriótica Rule, Britannia!, do século XVI, associada
às forças armadas do país e aos valores tradicionais, e refere-se ao movimento de renascimento
cultural do Reino Unido na década de 90, inspirado diretamente na cultura pop dos anos 60, com o
surgimento de novas importantes figuras na cena musical, nas artes visuais e na moda, elevando
novamente o status do país enquanto importante polo produtor e exportador de “cultura jovem”.
49
14O conceito de marketing tem sua origem ainda na primeira metade do século XX, apresentando
como mote a inversão da lógica tradicional de venda de produtos que consiste em produzir primeiro
e depois convencer o consumidor a realizar a compra. O objetivo do marketing, desenvolvido ao
longo do século, centrou-se em tornar a venda supérflua (DRUCKER 1954, apud KOTLER,
ARMSTRONG, 2008) ao se concentrar na compreensão e antecipação das necessidades e dos
desejos dos clientes em potencial de modo a obter lucro não a partir das características físicas do
produto (valor de uso), mas a partir da satisfação dos consumidores (valor percebido).
50
15O consultor norte-americano Richard Florida cunhou o termo “classe criativa” para designar os
profissionais totalmente engajados nas atividades criativas (artistas, designers, arquitetos) e as
pessoas que trabalham em uma ampla gama de indústrias intensivas em conhecimento (como
serviços financeiros, setores de alta tecnologia, profissionais legais e de saúde, bem como gerentes
de negócios). Florida (2011) aponta a necessidade de se proporcionar as condições necessárias para
se atrair essa população de “talento móvel” considerada por ele como motor de transformação
urbana, através de investimentos para a criação de um ambiente urbano propício ao estilo de vida
dessas pessoas, com uma ampla oferta cultural e ênfase na diversidade.
16Logo após a realização do referendo popular em junho de 2016, a Prefeitura de Londres lançou a
campanha #LondonIsOpen, no intuito de comunicar ao mundo – e sobretudo aos investidores
internacionais – que a cidade continua aberta a novos negócios, valorizando a “criatividade” e a
“diversidade” (https://www.london.gov.uk/about-us/mayor-london/londonisopen)
51
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARANTES, Otília B. F. “Uma estratégia fatal: a cultura nas novas gestões urbanas”. In:
DARDOT, Pierre; LAVAL, Christian. A nova razão do mundo: ensaios sobre a sociedade
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http://www.theguardian.com/uk/2012/jul/16/london-2012-olympics-marketing-capital
Acesso em: 01/07/2015.
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branding-do-london-986 Acesso em: 01/07/2015.
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52
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Design Capital Helsinki 2012. Dissertação de Mestrado. Turku School of Economics, Turku:
2012.
SÁNCHEZ, Fernanda. A reinvenção das cidades para um mercado mundial. 2.ed. Chapecó:
Argos, 2010.
53
Orientação
Miguel Antônio Buzzar
mbuzzar@sc.usp.br
lattes.cnpq.br/2534049526509532
RESUMO
nas eleições presidenciais de 2002, tais mudanças não ocorreram da forma como
era esperado, a vitória de Lula representou uma acomodação de interesses através
do que foi denominado por André Singer (2012) como "reformismo fraco", por meio
de um programa de reformas gradual e cauteloso, comprometido com o respeito
às instituições de mercado e a manutenção da estabilidade macroeconômica.
Keywords: socio-spatial inequality; Program Minha Casa Minha Vida; urban planning;
Sertãozinho-SP.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
IANNI, Octávio. Origens Agrárias do Estado Brasileiro. São Paulo: Brasiliense, 2005.
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VILLAÇA, Flávio. Espaço intra-urbano no Brasil. São Paulo: Stúdio Nobel: FAPESP, 1998.
Documentos:
Plano Local de Habitação de Interesse Social de Sertãozinho-SP, 2011.
57
Orientação
Kelen Almeida Dornelles
kelend@sc.usp.br
lattes.cnpq.br/4576117054220288
RESUMO
17CBIC. O Brasil adota novos Padrões de Qualidade para Construção de Casa e Apartamentos. 2014.
Disponível em:
<http://www.cbic.org.br/sites/default/files/Lan%C3%A7amento%20do%20Guia%20Orientativo%20
da%20Norma%20de%20Desempenho.pdf > Acesso em 01 jun. 2015
59
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA. Balanço Energético Nacional 2017: Ano base 2016.
Rio de Janeiro: EPE, 2017.
Marília Reis Sé
marilia.se@usp.br
lattes.cnpq.br/5549917592207160
Orientação
Manoel Rodrigues Alves
mra@sc.usp.br
lattes.cnpq.br/7815309672113678
RESUMO
I O habitar contemporâneo
Além disso, o espaço urbano encontra-se cada vez mais mediado por lógicas
privadas de produção, conformação e de uso, as quais implicam necessariamente
na (re)significação da noção de espaço público assim como do privado. A condição
contemporânea do habitar, portanto, encontra-se mediada por tendências de
“dissolução” ou “sufocamento” dos lugares em detrimento a espaços urbanos cada
vez mais indefinidos e homogêneos, caracterizados muito mais pelo intercâmbio
de mercadorias e expressões de mobilidade do que por expressões culturais
apoiadas na identidade e na memória, por exemplo. Para Cacciari (2011), “no cabe
duda alguna de que el territorio donde vivimos constituye un desafío radical a todas
las formas tradicionales de la vida comunitaria. El es real.” (p. 35).
18O Baixo Augusta é uma porção de território localizada na região central da cidade de São Paulo -
Brasil, entre duas centralidades, a partir da teoria de Centralidade Em São Paulo (Frúgoli Jr., 2000):
o próprio Centro Histórico (centralidade única até a década de 1960) e a Avenida Paulista (principal
centralidade econômica durante década de 1970). A denominação Baixo Augusta como é conhecida
hoje, no entanto, não tem reconhecimento político-administrativo, ainda que recentemente tenha
sido incluída no Google Maps®, em 2015. Baixo Augusta tem como principal referência para ser
nomeado a Rua Augusta e a diferenciação entre dois trechos: “Alta” e “Baixa”. Especialmente a
partir dos anos 2000, ocorre uma nova valorização imobiliária da região como um todo desde o
centro até as imediações da Avenida Paulista e reversão do esvaziamento do centro que passa
novamente a receber novos moradores e frequentadores. Antes reconhecida como área
“decadente” e local de prostituição, a região passa a receber novos estabelecimentos voltados ao
entretenimento noturno e atraindo, sobretudo jovens, de “diversas tribos urbanas” atuantes na vida
noturna da região. A dissertação de Mestrado de Felipe Pissardo, intitulada A RUA APROPRIADA:
Um Estudo Sobre As Transformações E Usos Urbanos Na Rua Augusta (SÃO PAULO, 1891-2012)
(2013) aborda algumas questões relativas à área.
19A Alameda de Hércules é um importante espaço público da cidade de Sevilha que se localiza no
Casco Histórico, na região central. Originalmente construída no século XVI como um jardim público
de 480m de extensão, um dos primeiros da Europa, passou por inúmeras transformações em sua
história. Focando-se em período mais recente, desde a década de 1970 o espaço passou por
mudanças mais significativas em sua forma física, usos e público frequentador. Reconhecida como
área de prostituição muito menos notável, e mais delimitada a alguns lugares específicos,
atualmente é referencial pelo entretenimento noturno pela grande oferta de bares e restaurantes em
funcionamento e constantemente “em renovação”. No ano de 2008, foram concluídas as últimas
obras de remodelação urbanística da área, as quais lhe atribuíram sua forma atual. O processo de
uso intenso se manteve ainda que com a “chegada” de novos atores que habitam/frequentam a
área, seja de modo assíduo ou eventual. O livro Como nació, creció y se resiste a ser comido el gran
pollo de la Alameda: una docena de años de lucha social en el barrio de la Alameda, Sevilla (2006)
coordenado por Santiago Barber, Victoria Frensel e María José Romero trabalha diversas questões
relativas à área.
63
busque tornar visíveis aspectos e processos que não dizem respeito somente a
contextos urbanos particulares, mas que também permitam a abordagem da
problemática da cidade contemporânea.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HARVEY, D., Watchsmuth, D. (2012). What is to be done? And who the hell is going to do
it? In N. Brenner, P. Marcuse & M. Mayer. Cities for people, not for profit. London:
Routledge,
LAVAL, C., Dardot, P. (2013). La nueva razón del mundo. Barcelona: Editorial Gedisa.
NETTO, V. (2012) A urbanidade como devir do urbano. In D. Aguiar & V. Netto (orgs.),
Urbanidades. (pp. 33-60). Rio de Janeiro: Folio Digital
Orientação
Luciana Bongiovanni Martins Schenk
lucianas@sc.usp.br
lattes.cnpq.br/3384491853267540
RESUMOS
Rua e urbanidade
O quarto perfil de rua está muito mais relacionado a uma ideia do que a uma
forma ou a um desenho de uma só tipologia de rua. Trata-se de pensar a rua como
um espaço público importante para a vitalidade da cidade.
atividades rotineiras. Por isso criticava a rua moderna, que servia apenas ao tráfego
de veículos e também o planejamento urbano de Robert Moses, que rasgava a
cidade para a construção de autoestradas de circulação de veículos motorizados.
Nas cidades tradicionais este espaço seria o lugar tanto do trânsito de pedestres,
quanto das brincadeiras das crianças, da sociabilidade, da arborização, da
segurança do espaço urbano entre outros. Para isso, bastava que a rua tivesse 10 a
12 metros de largura, não mais. Ruas mais largas, como as modernas, privilegiariam
apenas o carro e sua velocidade.
cultural, o espaço livre público adquire uma importância notável como lócus que
abriga e suscita o livre desenvolvimento dessa urbanidade.
Keywords: streets; street design; urban morphology; city and urbanism history.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Orientação
Ruy Sardinha Lopes
rsard@sc.usp.br
lattes.cnpq.br/4355973632621156
RESUMO
Mas a metrópole do progresso também era desigual, e por vezes cruel. Com
a chegada de tantos imigrantes para a capital, consequentemente nem todos
conseguiam habitações minimamente decentes, e muitos de amontoavam em
cortiços e ocupações irregulares. Para as comemorações do IV Centenário da
cidade, por exemplo, foi construído o Parque do Ibirapuera, grande centro de lazer
e cultura da cidade, mas que para tal implantação, precisou desmanchar uma
ocupação que havia no lugar, e muitas famílias ficaram sem ter onde morar. O
progresso avassalador e rápido também não se importava com o modo como as
73
Nesse cenário complexo e ambíguo surge uma figura que ficou famosa nos
rádios da cidade, e posteriormente, adquiriu destaque nacional: Adoniran Barbosa.
Ele nasceu como João Rubinato em 1911 no interior de São Paulo, e era filho de
imigrantes italianos. Foi para a capital ainda jovem, e embora muito incentivado
pelo seu pai, que não queria ter filhos desocupados, nunca foi muito adepto do
trabalho pesado. Teve várias ocupações ao longo da vida, mas em todas elas
sempre dava “seu jeito”, fosse surrupiando bolinhos das marmitas que entregava,
seja fingindo que sabia ser garçom para comer de graça nas festas. Fato é que
Rubinato cresceu e se interessou por trabalhar no rádio. Queria ser cantor e ficar
famoso, mas até alcançar tal objetivo, trilhou um caminho cheio de decepções.
Foi por conta de uma decepção que achou melhor mudar de nome: agora
era Adoniran Barbosa. Ia cantar nos programas de calouros, até ser chamado em
um deles e começar a integrar o elenco fixo de uma famosa rádio da capital. Mais
pra frente conheceu grandes parceiros de trabalho e de vida, entre eles, os
Demônios da Garoa, que gravavam grande parte das composições de Adoniran, e
Osvaldo Moles, diretor, roteirista - e tantas outras funções criativas – da rádio
Record, grande parceiro de Adoniran, e para quem escrevia notórios textos de
personagens que Adoniran executava com maestria. Eram tipos paulistanos, como
judeus comerciantes, italianos motoristas, malandros moradores das malocas, entre
tantos outros que fizeram com que Adoniran conquistasse seu espaço e sua fama
no rádio.
Iracema (1956)
Você foi pra assistência, Iracema / O chofer não teve culpa, Iracema
/ Paciência, Iracema. Paciência.
Mas o narrador busca se consolar e dizer que não há nada a se fazer, nem
mesmo se revoltar com o motorista que a atropelou, pois afinal ele “[...] não teve
culpa, Iracema [...]”. Talvez o momento em que a culpa do motorista é retirada seja
o mais icônico e possível de se traçar uma analogia com a modernidade. Ao dizer
que o motorista não teve culpa, e quem era a única responsável era a própria
“vítima”, subverte-se a posição de culpa e a modernidade avassaladora surge na
figura do motorista, enquanto que os que habitam a metrópole são os únicos
responsáveis por não acompanhá-la.
Não se trata de uma visão contraditória da cidade, nem tão pouco pretende
desmistificar os ideais considerados “homogêneos”, mas sim dar luz e voz a outras
maneiras de apreensão da cidade, olhando de baixo pra cima, sempre com os pés
no chão do cotidiano, ouvidos e olhos bem atentos e aquele leve saudosismo de
uma cidade que não existe mais.
REFERËNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAMPOS JUNIOR, Celso de. Adoniran - uma biografia. São Paulo: Globo, 2010.
FRITH, Simon. “Music and Identity.” In: Questions of Cultural Identity, por Stuart HALL e
Paul DU GAY. Londres: SAGE Publications, 1996.
GAMA, Lúcia Helena. Nos Bares da Vida. São Paulo, SP: SENAC, 1998.
MORAES, José Geraldo Vinci de. Metrópole em sinfonia: história, cultura e música popular
na São Paulo dos anos 30. São Paulo: Estação Liberdade, 2000.
Amanda Halda
amanda.halda@usp.br
lattes.cnpq.br/4314200292346376
Orientação
Eulalia Portela Negrelos
negrelos@sc.usp.br
lattes.cnpq.br/7745281336239073
RESUMO
20
Produção Habitacional da CDHU. Disponível em: <http://www.cdhu.sp.gov.br/producao-
new/producao-habitacional.asp?Pag=producao-
habitacional&DestHab=1&municipio=412&Nome=RIBEIRAO%20PRETO>.
Acesso em: 15 dez. de 2017.
79
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BONDUKI, N. G. Os pioneiros da habitação social. Volume 1 – Cem anos de política pública
no Brasil. São Paulo: Editora Unesp: Edições Sesc São Paulo, 2012.
CROSTA, P. P. Casas para o povo: uma visão sobre seus espaços. São Carlos: EESC-USP,
2000.
Orientação
Eulalia Portela Negrelos
negrelos@sc.usp.br
lattes.cnpq.br/7745281336239073
RESUMO
21Intitulada
“As disputas pelo território no espaço urbano e Votuporanga-SP - Contradições no
zoneamento de Interesse Social (ZEIS), 1996-2012”, 2015.
22Votuporanga
teve seu primeiro Plano Diretor aprovado em 1971, subsidiado a partir das práticas e
das proposições desenvolvidas na Prefeitura Municipal de Votuporanga, influenciados pelo IBAM,
financiados inicialmente, com recursos oriundos do FIPLAN - Fundo de Financiamento de Planos de
Desenvolvimento Local Integrado, no período do SERFHAU.
82
Contudo, as ZEIS de que se trata aqui, são aquelas apenas descritas e não
gravadas pela Lei n. 106/2007 que segundo sua categorização, são subdivididas
em ZEIS 01 e ZEIS 02, cujo artigo 108 assim nos coloca:
Art. 108 - A Zona Especial de Interesse Social pode ser classificada nas
seguintes categorias:
Figura 4 Imagens dos Loteamentos Vila Residencial Bortoloti; Vila Residencial Morini II e Vila
Residencial Orlando Nogueira Cardoso.
Fonte: Autoria, 2012 a 2016.
Constata-se desta forma, que as ZEIS têm a estereotipia que permeia seu
processo de implantação desmontada pelo processo de mercantilização e com o
passar do tempo, nem se percebe que ali originalmente, era um lugar
disponibilizado para o interesse social, pois agora a paisagem se mescla,
combinando as representações dos valores, das várias origens socioeconômicas
dos indivíduos que nela habitam.
Keywords: Special Zone of Social Interest; Peripheral expansion; Real Estate Market; Urban
legislation.
23Como é o caso do Bairro Marão, um dos metros quadrados mais caros do município, conforme se
constatou durante a pesquisa.
86
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMORE,Caio Santo; SHIMBO Lúcia Zanin; RUFINO, Maria Beatriz Cruz. (Org.). Minha casa...
e a cidade? Avaliação do programa minha casa minha vida em seis estados brasileiros. Rio
de Janeiro: Letra Capital, 2015.
LEPETIT, Bernard. Por uma nova história urbana. Tradução: Cely Arena. São Paulo: USP,
2001.
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(Org.). A produção capitalista da casa (e da cidade) no Brasil industrial. São Paulo: Alfa-
Omega, 1979. v. 1.
Orientação
Luciana Bongiovanni Martins Schenk
lucianas@sc.usp.br
lattes.cnpq.br/3384491853267540
RESUMO
Introdução e objetivos
Metodologia e resultados
no tecido urbano foi a construção das avenidas marginais nos Córregos Gregório,
Monjolinho e Tijuco Preto (LIMA, 2008).
Figura 3 categorias
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARTALINI, Vladimir. A trama capilar das águas na visão cotidiana da paisagem. São
Paulo: REVISTA USP, n. 70, p. 88-97, junho/agosto 2006. Disponível em
<https://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/13534/15352> Acesso em: 14 ago.2017.
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DARDEL, Eric (1952). O homem e a terra: natureza da realidade geográfica. São Paulo:
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DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix (1980). Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia, vol. 1. Rio
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GORSKI, Maria Cecília B. Rios e cidades: ruptura e reconciliação. São Paulo: Senac, 2010.
LIMA, Renata. P. Limites da legislação e do (des) controle da expansão urbana: São Carlos
(1857-1977). São Carlos: EduFSCar, 2008.
MCHARG, Ian (1969). Design with Nature. Jonh Wiley & Sons Inc., 1992.
SCHENK, Luciana B. M.; PERES, Renata. B.; FANTIN, Marcel. A Revisão do Plano Diretor da
Cidade de São Carlos e as Novas Formas Urbanas em Curso. In: X Colóquio QUAPÁ - SEL,
Forma Urbana Contemporânea Brasileira: Espaços Livres, Produção e Apropriação, 2015,
Brasília. X Colóquio QUAPÁ - SEL, Forma Urbana Contemporânea Brasileira: Espaços
Livres, Produção e Apropriação, 2015.
Orientação
Cibele Saliba Rizek
cibelesr@sc.usp.br
lattes.cnpq.br/0540870380815135
RESUMO
Esse estudo se insere em uma discussão que vai muito além do que ele
mesmo trata. A relação entre todos os elementos que se envolvem para tecer a
história de uma comunidade pobre, no centro de uma grande cidade como São
95
Paulo, lutando para se manter em uma localidade que apresenta diversos riscos e
potencialidades, tanto para a comunidade como para o poder público e a iniciativa
privada. A história da Favela do Moinho se insere na disputa por um modelo de
Estado, na discussão sobre direito à cidade, no entrave entre interesses públicos e
privados, na eficiência – ou não – do Estatuto das Cidades e em diversas outras
questões mencionadas – e frequentemente pouco trabalhadas ao longo desse um
ano de pesquisa.
O trabalho abre espaço para análise do que foi feito no âmbito de políticas
públicas na cidade de São Paulo, não só no que diz respeito a regularização
fundiária e remoções, mas também com relação a pessoas em situação de rua,
usuários de drogas, políticas de diminuição de risco, relação entre Estado e polícia.
Trabalhar, articular e aprofundar todos esses elementos não foi uma tarefa fácil e
nem conclusiva, entretanto a tomada de consciência de todos esses elementos foi
de extrema importância para uma mínima compreensão de como os processos se
dão na cidade de São Paulo, estimulando a continuidade do processo de pesquisa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MARICATO, Ermínia. Para entender a Crise Urbana. São Paulo: Expressão Popular, 2015.
ROLNIK, Raquel. Guerra dos lugares: a colonização da terra e da moradia na era das
finanças. São Paulo: Boitempo. 2015.
97
Orientação
Sarah Feldman
sarahfel@sc.usp.br
lattes.cnpq.br/3933100104810939
RESUMO
Optou-se por estudar Ouro Preto por entender que a esfera municipal
emerge como ponto crucial para a viabilização das ações concretas e o
estabelecimento dos mecanismos de definição da ação prática e esta pode ser
entendida como uma cidade representativa nesse sentido. Estudamos, então, a
relação entre a Prefeitura Municipal, o instituto estadual de preservação em Minas
Gerais (IEPHA) e o IPHAN no que se refere à visão integrada de planejamento e
patrimônio nas realidades de intervenção territorial. Nesse sentido, em 2006, em
um processo discutido e entendido como exemplar, o governo local rearticulou a
Secretaria Municipal de Cultura e Patrimônio (SMCP), transformando-a em
Secretaria de Patrimônio e Desenvolvimento Urbano (SMPDU), consolidando um
entendimento de integração que havia sido solidificado na Declaração de
Amsterdam e que vinha sendo cada vez mais debatido no Brasil. Além disso, em
decorrência dos frutos já conhecidos dos programas de preservação encampados
na cidade, estão sendo estudados os processos que levaram à criação dos setores
de execução de projetos e outras de unidades vinculadas à administração
municipal, no âmbito do Programa Monumenta.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LEPETIT, Bernard. Por uma nova história urbana. Seleção de textos, revisão crítica,
prefácio e apresentação Heliana Angotti-Salgueiro; Tradução Cely Arena. 2. ed. rev. São
Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2016.
Cartas Patrimoniais
ESCRITÓRIO DOS MUSEUS DA SOCIEDADE DAS NAÇÕES. Carta de Atenas. Atenas: 1931.
Disponível em:
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ICOMOS. The Burra Charter. Burra, Austrália, 1980. Disponível em: <
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CB/ICOMOS. Declaração de São Paulo. São Paulo, 1989. Disponível em: <
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IPHAN. Declaração de São Paulo II. São Paulo, 1996. Disponível em:
http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Declaracao%20de%20Sao%20Paulo
%201996.pdf >. Acesso em 15 abr. 2017.
103
Orientação
David Moreno Sperling
sperling@sc.usp.br
lattes.cnpq.br/9764445070503572
RESUMO
24
Foto AS8-14-2383- Realizada em 24 de dezembro de 1968
25
Foto foto AS17-148-22727 (Blue Marble) Realizada 7 de dezembro de 1972
26 “The internet is the vector of a new geography - not only because it conjures up virtual realities,
but also because it shapes our lives in society transforms our cities, and shifts our perception along
with the ground beneath our feet. Networks have become the dominant structures of cultural,
economic and military Power. Yet this Power remains largely invisible.” (HOLMES, 2006, p. 20)
105
momento foram apresentados: Ushahidi, Arriving in Berlim, nós por nós, entre
outros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FARMAN, Jason; Mapping the digital empire: Google Earth and the process of postmodern
cartography. Sage Journals- New Media & Society - vol.12, 2010.
HARLEY, J.B. Text and Contexts in the interpretation of Early Maps. LAXTON,
Paul.(Ed.).The New Nature of Maps. Baltimore. The Johns Hopkins University Press,
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27“the prospect of raising public awareness on various issues such as process of map-making, location
and precise positioning, the ability to form social networks in the urban grid, survaillance, the tracking
of human bodies or objects or how all these issues affect people choices and everyday life.”
(PARASKEVOPOULOU; CHARITOS; RIZOUPOULOS, 2008, p. 2)
106
SMITH, C.D. Prehistoric Maps and the History of Cartography: An Introduction. In HARLEY,
J.B.; WOODWARD, D. (Ed.). The History of Cartography – vol.1 Cartography in Prehistoric,
Ancient, and Medieval Europe and the Mediterranean. Chicago: University of Chicago
Press, 1987. V1. P.45-49
WOOD, Denis. Rethinking The Power of Maps. New York: The Guildford Press, 2012.
Orientação
Carlos Roberto Monteiro de Andrade
candrade@sc.usp.br
lattes.cnpq.br/1617988034944297
RESUMO
Por conta das controvérsias no uso desse conceito, alguns autores consideram
adequado que este termo só se mencionasse ao nomadismo que fosse pastoril, uma
vez que a raiz etimológica se refere a essa atividade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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peripatetic peoples in the Middle East, Africa, and Asia. Greenwood Publishing Group,
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VEKERDI, Jozsef. The Gypsies and the Gypsy problem in Hungary. Hungarian Studies
Review, v. 15, n. 2, p. 13-26, 1988.
112
Orientação
David MorenoSperling
sperling@sc.usp.br
lattes.cnpq.br/0359360551958223
Co-orientação
Cláudio Toledo
claudio@icmc.usp.br
lattes.cnpq.br/0359360551958225
RESUMO
Figura 1 SEQ Figura \* ARABIC 1: Algoritmo descrito em programação textual (Design Script) e
programação visual (DynamoBIM).
Fonte adaptado de Modelab - DynamoPrimer http://dynamoprimer.com/index.html
28Do original em inglês: “Terms, concepts, and processes that are seen as inconceivable,
unpredictable, or simply impossible by a human designer can be explored, implemented, and
developed into entirely new design strategies within the digital world. Instead, what is happening is
the use of computers as marketing tools of strange forms whose origin, process, or rationale of
generation is entirely unknown and so they are judged on the basis of their appearance often
utilizing mystic, cryptic, or obfuscating texts for explanation. In the last two decades, architecture
has transformed from a manually driven tool-based design and practice profession to a computer-
driven form-based design and global practice. This transformation, while impressive, has not yet
reached its full potential. Partially because of the lack of computational education of architects or
the plethora of confusing literature on digital design, there is hardly any bright examples of using
computers in their full potential as design tools.”
114
29 Do original em inglês: “[…] users tend to adopt the modeling techniques that they know are a good bet for the
particular CAD tool they are using, instead of focusing on the modeling techniques that better solve the design
problem they have.”
30 Do original em inglês: “[…] compromising your design intentions to fit the limitations of an existing parametric
model.”
115
Neste sentido:
31Do original em inglês: “A programming language is a formal medium for expressing ideas and not
just a way to get a computer to perform operations. This means that programming languages should
match the human thinking process, which includes the ability to combine simple ideas to form
compound ones and the ability to abstract complex ideas so that they become more general (Locke,
1690).”
32Do original em inglês: “Various academics have called for a stronger link betweenresearch and
practice, Kvan (2004) suggested benefits in strengthening links between research and practice in
computer aided design. Martens et al. (2007) recommend that architects need to engage with
software and emphasise the importance of research in computers and design.”
116
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AISH, R. First Build Your Tools. Inside Smartgeometry: Expanding the Architectural
Possibilities of Computational Design, v. 9781118522, p. 36–49, 2013.
]<http://cumincad.scix.net/cgi-bin/works/Show?_id=cf2011_p075>.
LEITÃO, A.; FERNANDES, R.; SANTOS, L. Pushing the Envelope: Stretching the Limits of
Generative Design. Knowledge-based Design - Proceedings of the 17th Conference of the
Iberoamerican Society of Digital Graphics SIGRADI. Valparaiso, Chile, p. 235–238, 2013.
Disponível em: <www.proceedings.blucher.com.br/article-details/pushing-the-envelope-
stretching-the-limits-of-generative-design-14129>.
Orientação
David Moreno Sperling
sperling@sc.usp.br
lattes.cnpq.br/0359360551958223
RESUMO
Este estudo tem interesse nas interações realizadas por meio do ambiente
digital no âmbito da produção do ambiente didático em arquitetura, desta forma, a
primeira interação, estabelecida no papel e que não requer a utilização do ambiente
digital, não foi abordada neste momento.
D. Inclusão dos artigos: A partir dos artigos selecionados, após a leitura de título e
resumo, foi realizada uma leitura completa dos artigos, sendo incluídos apenas os
que cumprissem especificamente os critérios anteriormente citados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KOLAREVIC, B.: Architecture in the digital age: Design and manufacturing. Abingdom,
Oxon: Taylor & Frances (2003).
OXMAN, R.: Theory and design in the first digital age. DESIGN STUDIES 27. Londres:
Elsevier (2006).
WEBSTER, J. and WATSON, J.T.: Analyzing the past to prepare for the future: writing a
literature review. MIS Quarterly & The Society for Information Management, v.26, n.2,
pp.13-23, 2002.
Orientação
Eulalia Portela Negrelos
negrelos@sc.usp.br
lattes.cnpq.br/7745281336239073
RESUMO
Embora não tenha se tornado uma política habitacional efetiva devido à falta
de uma estratégia e de um órgão forte de construção de habitações em nível
nacional, aprodução de moradias dos anos de 1940 e 1950 se destacou devido à
sua qualidade de projeto que definiu “novas tipologias de ocupação do espaço
urbano e tendências urbanísticas inovadoras” (BONDUKI, 2014, p.50). Muito
influenciada pela arquitetura moderna, grande parte da produção habitacional
desse período foi projetada por arquitetos modernistas que se preocupavam em
proporcionar um lugar favorável ao modo de vida operário, além de se atentar-se
à implantação de equipamentos sociais, de recreação e espaços livres de uso
comum, e de propor uma experimentação de novos tipos de materiais construtivos,
aliando racionalidade, modernidade e viabilidade econômica. (SOUZA, 2007)
125
Para estudo de caso, foram escolhidos o Conjunto São Carlos III – Vila Felícia
(1987), de responsabilidade da PROHAB (Progresso e Habitação São Carlos), criada
em 1985, para lidar com a política habitacional do município; e o Conjunto São
Carlos V – Arnon de Melo (1996), de responsabilidade da COHAB RibeirãoPreto.
Foi possível perceber, através do estudo feito neste trabalho, que a trajetória
da política habitacional brasileira é marcada por alterações no modo de intervenção
do Estado que, sem êxito na redução do déficit habitacional, produziu de forma
maciça (com algumas exceções) cidades desiguais, colocando a população mais
pobre nas piores condições urbanas, nas franjas da cidade, em conjuntos
habitacionais com o mínimo de infra-estrutura e sem equipamentos de lazer,
educação e saúde, e com transporte público precário que não atende às exigências
de uma população que depende dos serviçospúblicos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NEGRELOS,E.P.HabitaçãoSocialpós–1964nomunicípiodeSãoPaulo.Contribuiçõesao
debatesobreomodernoeaproduçãodacidade.XISEMINÁRIODEHISTÓRIADACIDADE E DO
URBANISMO: IDEIAS TEM LUGAR? Espírito Santo,2010.
Orientação
Manoel Rodrigues Alves
mra@sc.usp.br
lattes.cnpq.br/7815309672113678
RESUMO
Introdução
Metodologia
Resultados e discussão
Para o segundo caso, aponta-se as quadras 204 sul e 404 sul (esta em menor
medida), com modificações nos usos e também na implantação nos terrenos,
executados para a criação de empreendimentos comerciais e de serviço, com
caráter mais formal e voltado para o público com maior poder aquisitivo. Estas
quadras demonstraram pouca vitalidade urbana e características de espacialidades
análogas aos condomínios fechados. O alto padrão das edificações, a preocupação
com a segurança de forma pervasiva e invasiva (com presença ativa de equipes de
segurança), a ausência de moradores no espaço público, tendo como atores
majoritariamente trabalhadores da construção civil e do comércio local e
empregadas domésticas, indicam uma atmosfera autosegregadora dos moradores
e avessa aos conflitos possíveis no espaço público.
133
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o trabalho de campo notou-se que nas quadras mais ricas, alvo da
fetichização e valorização imobiliária, os espaços privados e públicos estão
condicionados a processos de homogeneização e pasteurização de diversas
dimensões da vida, passando por um empobrecimento das relações sociais no
espaço público, atravessados pelo medo urbano e a dificuldade de lidar com
alteridades, bem como da reprodução de paradigmas arquitetônicos - que incluem
aparatos de segurança, muros e cercas elétricas. Nas demais quadras observa-se
(em medida) a reprodução do paradigma das formas arquitetônicas de casas
muradas, contrapondo-se à um quadro de autênticas práticas sociais no espaço
público, apesar de este, em muitos casos, ser precário ou desprovido de
características relacionadas ao fomento da vitalidade urbana, como por exemplo a
presença de mobiliário urbano adequado e calçadas contínuas e acessíveis. No
primeiro caso, as alterações de uso do solo, formas de ocupação dos lotes e mesmo
bem-feitorias no espaço público das quadras, foram gestos programados, do
empenho do empresariado a favor do consumo. No segundo caso, nota-se que as
principais alterações de uso do solo, formas de ocupação dos lotes, alterações de
estruturas espaciais como ruas e quarteirões e adaptações realizadas nos espaços
públicos decorrem das necessidades e desejos que emergem a partir do cotidiano
e das apropriações nestes espaços.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARMONA, M. et al. Public spaces, urban spaces: the dimension of urban design.
Routledge, London, 2010.
REIS, Patrícia Orfila Barros dos. Modernidades tardias no cerrado: discursos e práticas na
história de Palmas-TO (1990—2010). Tese (Doutorado em História). Instituto de Filosofia e
Ciências Sociais, UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2011
Orientação
Miguel Antonio Buzzar
mbuzzar@sc.usp.br
lattes.cnpq.br/2534049526509532
RESUMO
O Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) foi lançado em 2009 pelo
governo federal com objetivo de aquecer a atividade da construção civil, como
resposta declarada à crise econômica global e com a promessa inicial de construir
um milhão de casas e destiná-las inclusive aos mais necessitados. No início do
programa as críticas já identificavam os possíveis conflitos urbanos, sociais e
econômicos que iam ser produzidos através do “pacote habitacional”. Os impactos
urbanísticos negativos, já vivenciados no BNH, foram adiantados nas falas de Rolnik
e Nakano (2009), e a maior preocupação era na proporção que esses erros iam se
repetir devido à grande escala do programa. Ferreira (2012) relata que o impulso
da construção civil causado pelo lançamento do programa desenfreou em todo
país uma “euforia construtiva”, desencadeando a construção de novos bairros em
áreas distantes e sem acesso a urbanização, alinhando centenas de casas idênticas
e minúsculas, ou enfileirando torres habitacionais com sofrível padrão construtivo
e urbanístico, causando, consequentemente, grande impacto negativo nas cidades
e quem vive nelas.
O Jardim Azaleias não teve tanta repercussão no cenário local, pois seguiu a
lógica popular que vinha sido desenvolvidas pelas gestões municipais, já o Parque
Resedás impactou por ter sido uma experiência única. Em números isso significa a
movimentação de cerca de 7 milhões de reais para o conjunto do PMCMV -
Entidades e 78 milhões de reaia para o PMCMV - Empresas, portanto o Resedás
teve um montante onze vezes maior que o Azaleias. Em percentuais a modalidade
Empresas destinou valores maiores à infraestrutura, devido ao relevo íngreme da
gleba, cerca de 80% à construções das unidades e 0,6% a legalização, o que
resultou um valor final de 85mil reais por habitação para dados de financiamento,
já os da modalidade Entidades teve quase totalidade dos recursos para as
edificações, com pouco percentual para legislação e baixa infraestrutura resultado
valores de unidades entre 34 e 38 mil reais. Independente dos fundos envolvidos
para cada conjunto é importante evidenciar que preço definido para unidade
habitacional do maior conjunto é cerca de 55% superior ao menor. São quantias
desproporcionais se for levado em conta que houve apenas um ano de diferença
entre as datas de aprovações dos empreendimentos de cada modalidade.
Verificou-se que essa diferença de preços das unidades não representou ganhos
em qualidade construtiva, mesmo que não tenha sido avaliada à fundo, tanto os
moradores quanto as visitas de campo mostram o contrário, as habitações do
Jardim Azaleias são superiores em materiais, sistema construtivo,
dimensionamento e flexibilidade do projeto arquitetônico. Portanto, esse
superfaturamento ao valor do metro quadrado não beneficiou o usuário e
<http://www.habitacao.sp.gov.br/casapaulista/programas_habitacionais_casa_paulista.aspx >
Acesso em: 08 de março de 2016.A integração entre os programas federais e estaduais é um dos
principais focos de ação da Casa Paulista. A proposta é complementar os recursos de investimento
e subsídios necessários para a produção de moradias de qualidade nos municípios paulistas com
grande demanda habitacional.
139
favoreceu a margem de lucro das empresas e/ou outras instituições que possam
ter sido envolvidas nesse processo, permitindo assim que o Estado repasse fundos
públicos ao setor privado, seguindo as regras e o poder do capital.
Keywords: Housing Policy, Housing Program Minha Casa Minha Vida, Social Housing,
PMCMV- Entidades e PMCMV- Empresas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGUIAR, A. N. Habitação de Interesse Social em São João da Boa Vista. Assessor do Setor
de Habitação de São João da Boa Vista. Depoimento [ago. 2015]. Entrevista concedida à
tese.
ARANTES, P. F.; FIX, M. Como o governo Lula pretende resolver o problema da habitação.
Brasil de fato, São Paulo, 31 jul. 2009.
BORGES, A. S. O Programa Minha Casa Minha Vida em São João da Boa Vista. Gerente da
Filial Caixa Piracicaba. Depoimento [mar. 2016]. Entrevista concedida à tese.
CUNHA, G. R. de. O Programa Minha Casa Minha Vida em São José do Rio Preto/SP:
Estado Mercado, Planejamento Urbano e Habitação. Tese (Doutorado em Arquitetura e
Urbanismo) – Instituto de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São
Carlos, 2014.
JESUS, P. M. de. Programa Minha Casa Minha Vida Entidades no Município de São Paulo.
Tese (Doutorado em Geografia) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas,
Universidade de São Carlos, São Paulo, 2015.
Orientação
Carlos Roberto Monteiro de Andrade
candrade@sc.usp.br
lattes.cnpq.br/1617988034944297
RESUMO
Devido aos problemas administrativos o local foi vendido, passando por uma
série de proprietários que se alteraram em pequenos intervalos de tempo sem se
preocupar com o crescimento do local, resultando na degradação do sítio.
Para essa pesquisa foram analisadas três cartas, selecionadas por seu
pioneirismo, aproximação com os teóricos anteriores e destaque na discussão
desse tema, entre elas temos a Carta de Atenas (1931), a Carta Italiana de Restauro
(1932) e a Carta de Veneza (1964), sendo apresentadas a seguir apenas a primeira
e a última que tiveram mais destaque internacional.
As propostas de Luís Saia podem ser lidas com o olhar do restauro crítico,
pois em suas intervenções ele observa as possibilidades de cada elemento,
designando ações diferentes para determinadas partes da construção. Esse caráter
multifacetado que ele apresenta é uma forma do arquiteto-restaurador se adequar
as diferentes realidades existentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao47/materia03/.
Acesso em: 25 abril 2014.
GEAMPAULO, Victor Lordani. Engenho São Jorge dos Erasmos: aproximações acerca da
morte e da vida no complexo açucareiro vicentino (séculos XVI-XVII). São Paulo, 2013.
KÜHL, B. M. (org.) — Gustavo Giovannoni. Textos escolhidos. São Paulo: Ateliê Editorial,
col. Artes&Ofícios, 2013. [Cf. GIOVANNONI: 1931.]
RUSKIN, John. Le sette lampade dell'architettura. Milano: Jaca Book, 1981, 2007.