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AULA 6
CONTEXTUALIZANDO
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Figura 1 – Modelo Canvas
Recursos Canais
Principais
QUANTO?
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O modelo sugerido pelos idealizadores do Canvas para utilização do
mapa visual acima compreende a seguinte dinâmica:
Se existe uma ideia para um novo negócio ou para um negócio
preexistente, ela deve ser descrita no quadro.
Para preenchê-lo, afixe-o em um local amplo e acessível e prefira o uso
de papeis adesivos ou post its em vez de escrever diretamente na folha do
quadro. Isto possibilitará a contribuição de várias pessoas e a revisão, se
necessário, com a substituição de textos, bem como o reagrupamento de ideais
para cada contexto.
A ordem das perguntas pode ser alterada, mas a sequência geralmente
se inicia pela pergunta “O quê?”. Dê preferência para iniciar com as perguntas
“O quê?” e “Para quem?”.
Se você empregou o modelo para iniciar um negócio, deve mantê-lo
sempre atualizado, pois os negócios são dinâmicos, de modo que é
recomendável sempre revisitar o modelo e fazer os ajustes que se fizerem
necessários. Por exemplo, você desenvolveu um aplicativo voltado para o
mercado jovem, mas, aos poucos, descobriu que o público de uma faixa etária
mais avançada também emprega seu produto ou serviço.
De acordo com Alex Osterwalder, o modelo é essencialmente uma
ferramenta de validação de ideais. Após concluído seu preenchimento, busque
testar suas hipóteses. Para tanto, discuta com pessoas que apresentam
conhecimento na área de atuação de seu negócio, com potenciais.
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(trabalhos em equipes multidisciplinares são comuns nesse conceito).
(2018).
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Endeavor Brasil. Descrevemos a seguir algumas das propostas de Vianna et al
(2011) para a aplicação do Design Thinking na prática.
Na primeira etapa, ocorre o processo de imersão, em que existe uma
forte atividade de observação, pesquisa e experimentação. Nesta etapa, busca-
se compreender um problema.
Na segunda etapa, ocorre a “ideação”, em que são realizadas, de maneira
individual ou coletiva, ações para criação intensiva de ideais.
Na terceira etapa, realiza-se o processo de prototipação, em que as
ideais selecionadas são testadas e, por fim, implementadas.
Cada uma destas etapas pode empregar diferentes técnicas para chegar
ao resultado proposto. Discutiremos algumas delas na sequência.
A primeira etapa de imersão compreende duas subfases chamadas de
imersão preliminar e imersão em profundidade.
Na imersão preliminar, toma-se contato com o problema ou a
oportunidade em reuniões realizadas com a equipe demandante do projeto.
Paralelamente, realiza-se uma pesquisa de caráter exploratório sobre o tema do
projeto para que essas informações compreendam seu contexto. Outra
modalidade de pesquisa, chamada de Pesquisa Desk, também deve ser
realizada para avaliar tendências relativas ao tema do projeto.
Na fase de imersão em profundidade, o que se busca é compreender as
demandas do potencial cliente que será atendido: busca-se responder desde às
perguntas sobre o que pensam, falam, fazem, utilizam, até seus conhecimentos,
sonhos e sentimentos. Para isso, são empregadas diversas técnicas para coleta
de informações diretas com pessoas-chave escolhidas para o processo:
entrevistas, observações anotadas em cadernos de sensibilização e sessões
generativas ou grupos focais que constituem dinâmicas de grupo específicas
para estimular os indivíduos a relatarem suas experiências e vivências. Os
resultados da imersão são expressos por meio de modelos conceituais, como
“personas” que representam, por exemplo, diferentes perfis de potenciais
clientes; blueprints, que constituem esquemas visuais (matrizes) e representam
todas as interações que o cliente travará com o produto ou serviço; e, ainda,
mapas conceituais.
Concluída esta etapa de imersão, para servir de base para a fase de
idealização, as principais informações obtidas na imersão são sintetizadas e
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registradas em cartões impressos. Facilitarão a consulta e o manuseio das
informações.
Estes cartões podem ser afixados em diagramas de afinidades para
facilitar sua interpretação posterior, de acordo com os temas relacionados.
Na etapa de ideação, como o próprio nome indica, são empregadas
técnicas para o desenvolvimento de ideais para geração de oportunidades. Após
o estímulo do processo, as melhores opções devem ser selecionadas. Entre as
técnicas empregadas estão o processo de brainstorming, espaços de cocriação.
As ideais são registradas em um modelo de “cardápio de ideais” e, por fim,
analisadas em uma matriz de retorno x inovação. O evento de brainstorming
busca estimular a geração de ideais pelo grupo e a cocriação geralmente é
realizada por meio de um encontro organizado na forma atividades em grupo,
com o propósito de estimular a criação de soluções inovadoras para determinado
problema. A seleção das ideais passa, após seu registro, por uma análise em
uma matriz, que contempla o grau de retorno x o grau de inovação. As ideais
mais bem posicionadas na matriz, de acordo com a avaliação da equipe, serão
selecionadas.
Na fase de prototipação, são testadas e validadas as ideias. Caso se trate
de uma oportunidade de negócio relacionada a um produto, por exemplo,
dinâmicas com o emprego de desenho ou de modelos de representação com
brinquedos de encaixe podem ser adotados. Podem ser usados, ainda, recursos
mais sofisticados, como laboratórios de prototipação de produtos. Encenações
dramáticas também podem ser realizadas para simular situações como a
prestação de serviços e o atendimento ao cliente.
A fase de implantação é descrita também, mas extrapola o processo de
Design Thinking. Alcançar esta etapa é desfecho do processo. Logicamente, um
(mas não apenas este) dos aspectos que possibilitarão avaliar se o processo de
desenvolvimento da ideia foi bem-sucedido é se sua implementação ocorrer de
forma satisfatória.
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TEMA 3 – MÉTODOS ÁGEIS
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entregas contínuas do produto proposto. As entregas normalmente são
realizadas em ciclos com prazos definidos, chamados de Sprint.
O cliente demandante, que será o proprietário do produto, denominado
em inglês de Product Owner, aponta as funcionalidades a serem desenvolvidas
e que ficam em um artefato chamado de Product Backlog. As funcionalidades do
produto ou serviço devem estar priorizadas por valor de negócio.
Para iniciar os trabalhos, a equipe responsável pelo desenvolvimento de
produto realiza uma reunião de planejamento denominada Sprint Planning.
Nesta ocasião, o Product Owner apresenta para a equipe os itens mais
prioritários das funcionalidades demandadas para o produto e a equipe seleciona
aquelas que farão parte do desenvolvimento Sprint Backlog. Em um segundo
momento da reunião, a equipe detalhará e definirá como serão desenvolvidos os
itens do Sprint Backlog.
De acordo com a Stackify (2017), o desenvolvimento dos itens
selecionados deve ocorrer em um período de duas a quatro semanas. O
acompanhamento do progresso diário do desenvolvimento é realizado por meio
de reuniões chamadas de Daily, com 15 minutos de duração em média. A
reunião final para apresentação da solução ao cliente é denominada Review
Meeting e tem o propósito de não só apresentar a solução do item desenvolvido,
mas avaliar o que pode ser melhorado para o próximo Sprint, ou seja, a próxima
seleção de funcionalidades da lista do cliente, que será escolhida para o
desenvolvimento.
Os projetos sob o modelo Scrum adotam um responsável que deve se
comprometer com o resultado e as cobranças da equipe.
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proximidade afetiva, religiosa e de parentesco. Já as relações de caráter
associativo são direcionadas pelos interesses individuais, que podem ser
alcançados por meio das interações com grupos e outros indivíduos. Podemos
exemplificar as relações de trabalho, as relações sindicais e as cooperativas.
Portanto, mesmo em um mundo interconectado por tecnologias da
informação e comunicação, sabe-se as estratégias colaborativas existem há
séculos e são uma constante em nossa sociedade.
Além disso, as organizações, sejam elas empresas ou outros tipos de
organizações, como o Estado, e de caráter voluntário, também realizam
estratégias de cooperação. Alianças estratégicas entre empresas, parcerias
público-privadas entre o Estado e empresas privadas ou mesmo parcerias entre
organizações não governamentais (ONGs) também fazem parte da nossa
realidade. É possível vislumbrar, segundo Boehs (2006), uma grande variedade
de modelos de parcerias entre organizações.
Neste sentido, é necessário ter em mente que quaisquer tipos de relações
colaborativas pressupõem interações entre grupos e indivíduos. Estas
interações podem conduzir aos resultados esperados pelas partes, ou seja, de
maneira que cada um dos envolvidos na cooperação saia ganhando com a
relação, do contrário, pode resultar em algum conflito. Para tanto, grande parte
das relações colaborativas estabelecem meios de garantir um mínimo de
previsibilidade, a fim de que as expectativas das partes envolvidas não sejam
frustradas (Boehs, 2006). Você pode pensar as relações colaborativas na forma
de ciclos de interação, em que geralmente podem ser identificadas três principais
fases no relacionamento. Na primeira, as partes se conhecem e criam
expectativas iniciais sobre a contraparte, ou seja, o possível parceiro. Na
segunda, são estabelecidos acordos, seja de modo informal ou por meio de
processos formalizados, como a assinatura de um contrato de negócios ou de
trabalho, por exemplo. Na terceira etapa, encerra-se a parceria, seja de modo
benéfico para as partes ou de modo litigioso. Quando um projeto de parceria e
colaboração se encerra entre dois indivíduos ou organizações, de modo positivo
para ambas as partes, elas podem resolver dar continuidade no processo
colaborativo. Portanto, ao pensar dessa forma, seja no contexto das relações
sociais, seja entre empresas, ou, ainda, no ambiente virtual da internet, tenha
como recomendação sempre estabelecer parcerias com alguém que você
acabou de conhecer, evitando incorrer em grandes riscos ou dispender muitos
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recursos. Quando a interação demonstrar que sua contraparte é confiável, aí sim
você deve investir recursos e tempo, intensificando tais relações.
As estratégias colaborativas podem se estabelecer de várias formas,
como dito anteriormente. Podem estar baseadas em contratos ou em
expectativas informais estabelecidas entre pessoas. Podem se estabelecer
também no ambiente virtual da internet, à medida que você concede informações
a outras pessoas e empresas na internet, ou, ainda, quando aprova termos e
condições de provedores de serviços, por exemplo.
Agora que discutimos o processo colaborativo, vamos debater alguns
conceitos bastante difundidos atualmente, mas que podem gerar algum tipo de
confusão a respeito de estratégias colaborativas no contexto em que vivemos,
ou seja, no contexto imerso do uso de tecnologias de informação e comunicação.
Desde o surgimento da Internet, diversas práticas colaborativas têm se
consolidado. A própria ferramenta, surgida para a efetivação de práticas
colaborativas no âmbito militar nos Estados Unidos, acabou se difundindo na
sociedade civil inicialmente entre profissionais da área acadêmica e, depois,
para toda a sociedade. Na década de 1990, século XX, era possível identificar
como uma das práticas mais comuns na internet a troca de mensagens e
conteúdo de informação entre universitários e profissionais de especialidades
específicas. Atualmente, com a adoção comercial da Internet, as práticas
colaborativas se difundiram ainda mais com a emergência das redes sociais e
dos serviços pagos. As empresas têm estimulado a adoção da Internet por meio
de plataformas que permitem práticas colaborativas, a fim de promover ações de
publicidade e contratação de outros serviços vinculados às ferramentas que
permitem os mais variados tipos de serviços colaborativos. Por fim, o celular,
multiplicador das possibilidades de uso da Internet, veio potencializar ainda mais
as alternativas de tecnologias de informação que possibilitam estratégias
colaborativas entre pessoas e empresas. Os serviços de contratação e
prestação de serviços alternativos aos táxis, às ferramentas de avaliação de
serviços de empresas em tempo real, à contratação de serviços de locação
individual de imóveis em concorrência aos serviços tradicionais de hotelaria são
exemplos evidentes de serviços pagos que representam novas estratégias de
colaboração entre prestadores de serviços e consumidores do mundo real, que
transacionam suas parcerias no mundo virtual por meio de plataformas
tecnológicas de interação.
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As atividades colaborativas, atualmente, assumem um papel importante
no processo de inovação e modelagem de novos negócios. Vimos até aqui que
em processos de Design Thinking são desenvolvidas atividades em grupo, com
o objetivo de rever processos, responder a problemas buscando soluções
inovadoras. Estas atividades também são classificadas como cocriação, em que
um grupo se organiza com o objetivo de resolver problemas e projetos
específicos.
Atividades colaborativas orientadas por objetivos pontuais costumam ser
diferentes do que se costuma chamar de “gestão colaborativa”.
De acordo com Camargo (2016), é possível identificar, dentro das
organizações, modos de orientar diversos processos de gestão por meio de
formas colaborativas, em oposição à realização destes processos sob a
orientação de uma autoridade ou liderança única.
Ainda segundo a autora, atividades como planejamento, atendimento ao
consumidor, gestão de projetos e orçamentos podem ser orientadas de forma
colaborativa. De fato, existem inúmeras iniciativas entre organizações e na
sociedade civil que evidenciam tais práticas. No entanto, é preciso estar atento
ao fato de que tais condições não necessariamente se tornaram uma tendência
entre as organizações tradicionais. Assim, diversas podem ser as vantagens na
adoção da gestão colaborativa, tais como o enriquecimento de iniciativas de
brainstorming, maiores chances de aprendizado e obtenção de conhecimento. A
autora alega, ainda, o potencial para a participação igualitária nas decisões e a
rapidez nos processos de mudança. Quanto a estes dois itens (decisões e
rapidez) há que se tomar cuidado ao afirmar que a gestão colaborativa possa
ser, de fato, uma vantagem. Muitas vezes, a falta de direcionamento no processo
colaborativo pode justamente atrasar o processo decisório por falta de consenso
e, com isso, afetar a rapidez necessária para processos de mudança.
Por fim, destacamos o conceito de economia colaborativa. De acordo com
o Sebrae, a economia colaborativa compreende todo tipo de iniciativa, seja no
âmbito individual ou entre organizações e indivíduos, em que se busca o
compartilhamento de recursos visando benefícios mútuos. Já citamos as
plataformas de internet relacionadas a serviços de transporte e hotelaria. No
entanto, tais iniciativas não se restringem apenas ao âmbito da Internet.
Iniciativas colaborativas que preveem a troca de serviços entre artistas
(fotógrafos, por exemplo, e profissionais da saúde ou construção, como dentistas
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e engenheiros), modelos de negócio de lojas colaborativas, em que o dono de
um espaço cede o local para comercialização de diversos proprietários. Em
parceria, ambos saem ganhando. Há inúmeras possibilidades de modelos de
negócio colaborativos e a internet tem auxiliado pessoas a identificarem
potenciais parceiros. Plataformas de negócios específicas que aproximam estes
potenciais parceiros têm sido cada vez mais difundidas, de maneira que, a cada
dia, novas delas são criadas.
Portanto, o universo é vasto e promissor no âmbito das iniciativas
colaborativas. É preciso ter em mente que as iniciativas de colaboração
envolvem processos interativos que demandam relações de confiança entre os
parceiros. Pensar nesse processo como uma dinâmica cíclica de conhecer o
parceiro, firmar acordos e encerrar ou perpetuar parcerias pode ser útil na
manutenção do processo colaborativo a longo prazo.
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Reconstrução de fronteiras de mercado;
Foco no panorama concorrencial, não nos números;
Atuação além da demanda atual;
Definição da sequência estratégica;
Superação das principais barreiras organizacionais;
Introdução da execução da estratégia.
TROCANDO IDEIAS
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NA PRÁTICA
FINALIZANDO
Até aqui foi uma longa jornada! Falar e exemplificar ideais, modelos,
conceitos sobre os fundamentos da gestão nos trazem um repertório enorme de
ferramentas que podem ser empregadas tanto no âmbito pessoal quanto no
profissional, que atua em um ambiente de negócios.
É preciso ter em mente que, seja qual for nossa área de atuação, sempre
teremos de lidar com aspectos de gestão de recursos, gestão de
relacionamentos e gestão de rotinas, e isso independentemente do ambiente,
que pode ser doméstico, familiar, profissional empresarial, público ou no âmbito
do voluntariado.
Um profissional com formação em gestão deve ser ainda mais cobrado
pela sua capacidade de utilizar ferramentas adequadas em busca de resultados
e eficiência e, acima de tudo, respeitando sempre princípios éticos. Nos dias
atuais, no contexto político e econômico em que vivemos, não basta mais a
busca pela eficiência a qualquer custo. É preciso refletir e agir com coerência,
sabendo respeitar aspectos da limitação de recursos que exigem ações
sustentáveis e o bem comum por meio de ações que demonstrem princípios
éticos e transparência.
Portanto, desejamos que você explore ao máximo estas ferramentas que
lhe apresentamos: teste-as, reavalie-as, pesquise novas práticas e revise-as
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sempre em favor da busca pelo aperfeiçoamento. As práticas atuais estão aí
para serem aperfeiçoadas e reinventadas!
Boa sorte!
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REFERÊNCIAS
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