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CAMPUS CAMPOS-CENTRO
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN GRÁFICO
BANCA EXAMINADORA
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RESUMO
A cada dia que passa, mais empresas buscam novas maneiras de inovar. O
processo de inovação consiste em recriar modelos de negócios e construir mercados
inteiramente novos que vão ao encontro de necessidades humanas não atendidas,
sobretudo para selecionar e executar as ideias certas, trazendo-as para o mercado.
Inovar não é uma tarefa fácil, realizar esse processo no meio empresarial significa
buscar novas soluções para os processos, com o passar do tempo, empresas
passaram a perceber que já não bastava oferecer apenas superioridade ou
excelência como vantagem mercadológica, no cenário de competição global, inovar
é uma necessidade para se manter vivo. Com isso, foi buscado novos caminhos para
a inovação que se criou o que hoje é conhecido como “Design Thinking” uma
abordagem focada no usuário que vê multidisciplinaridade, colaboração e caminhos
que levam a soluções inovadoras para negócios.
With each passing day, more companies are looking for new ways to innovate.
The innovation process consists of recreating business models and building entirely
new markets that meet unmet human needs, above all to select and execute the right
ideas, bringing them to market. Innovating is not an easy task, carrying out this process
in the business environment means seeking new solutions for processes. Over time,
companies began to realize that it was no longer enough to simply offer superiority or
excellence as a marketing advantage, in the global competition scenario, innovating
is a necessity to stay alive. With this, new paths for innovation were sought, creating
what is now known as “Design Thinking”, a user-focused approach that sees
multidisciplinary, collaboration and paths that lead to innovative solutions for business.
Keywords: Design Thinking; innovation; business.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Nome da figura ------------------------------------------------------------------n°pg
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
2.1. DEFINIÇÃO DO DESIGN THINKING SEGUNDO OS PRINCIPAIS AUTORES
CONSULTADOS
2.2. EVOLUÇÃO DO DESIGN THINKING
2.3. INOVAÇÃO
2.4 A INOVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
3. ESTRUTURA DA PESQUISA
3.1 METODOLOGIA
3.2 EMPRESAS QUE UTILIZAM O DESIGN THINKING EM SEUS PROCESSOS
3.3 MAPEAMENTO DOS PROCESSOS JÁ UTILIZADOS PELAS EMPRESAS
3.4. ABORDAGEM COM AS EMPRESAS
4. CONCLUSÃO
4.1 PESQUISA 3
4.2 RESULTADOS OBTIDOS
3.6 RESULTADOS FINAIS DAS PESQUISAS
5. REFERENCIAS
1. INTRODUÇÃO
De acordo com Nitzsche (2012), a utilização do Design Thinking possibilita uma nova
forma de resolver os problemas identificados e, com isso, o avanço em pesquisas
associadas a problemática, ou seja, tem-se a facilidade de visualizar soluções do tipo
inovadoras e também rentáveis do ponto de vista técnico.
Conforme Bonini e Sbragia (2011) o design thinking consiste em uma abordagem
colaborativa de resolução de problemas, centrada no usuário, que gera inovação
através de iteração e práticas criativas. Corroborando com esta visão, Bukowitz
(2013) afirma que o design thinking consiste em uma abordagem de solução de
problemas, que utiliza ferramentas de criatividade e conceitos de diversas disciplinas
para encontrar uma solução.
O design thinking é um processo contínuo de reformulação da empresa a partir do
ponto de vista do cliente, ou seja, o processo de geração de ideias envolve agentes
externos à empresa (usuário, fornecedores, parceiros e etc.), para estimular,
aprimorar e refinar as ideias (Liedtka, 2011; Fraser, 2012).
Cardon e Leonard (2010) por sua vez, asseguram que o design thinking alcança
soluções inovadoras por meio da compreensão do contexto em que um projeto de
inovação é desenvolvido. Os autores definem o termo como uma ferramenta que visa
a compreensão, visualização e descrição de problemas complexos para, através da
criatividade, auxiliar no desenvolvimento de soluções para tais problemas.
Bukowitz (2013) apresenta uma visão similar à dos autores, alegando que o estudo
do contexto contribui para compreender o verdadeiro problema, que pode ser
redefinido, para que sejam geradas ideias de soluções inovadoras condizentes com
a realidade do mercado. Ao desenvolver uma inovação, é preciso que ela seja
tecnologicamente viável, condizente com a estratégia de negócios da empresa,
convertida em valor para o cliente e em oportunidade de mercado para a empresa
(Brown, 2008).
De acordo com Cooper, Junginger e Lockwood (2010), o Design Thinking é uma
ferramenta que auxilia a projetar estados futuros, idealizar por meio do processo de
design, assim como desenvolver e/ou criar produtos, serviços e experiências reais.
Na ótica de Melo e Abelheira (2015), o termo Design Thinking pode ser definido como:
[...] uma metodologia que aplica ferramentas do design para solucionar problemas
complexos. Propõe o equilíbrio entre raciocínio associativo, que alavanca a inovação,
e o pensamento analítico, que reduz os riscos. Posiciona as pessoas no centro do
processo, do início ao fim, compreendendo a fundo suas necessidades. Requer uma
liderança ímpar, com habilidade para criar soluções a partir da troca de ideias entre
perfis totalmente distintos. (MELO; ABELHEIRA, 2015, p. 15). Entretanto, entende-se
também por Design Thinking, um método que tem comportamento criativo e prático
quando utilizado para resolução de gargalos ligados a concepção de projetos, que
tem sido investida por diversas organizações. Tudo com o objetivo de buscar
implementar inovação nos negócios e/ou processos, por meio dos produtos e serviços
(GRANDO, 2011).
2.1 EVOLUÇÃO DO DESIGN THINKING
A evolução do Design Thinking ao longo do tempo é um processo influenciado por
diversos fatores, incluindo necessidades dos usuários, avanços tecnológicos e
transformações socioeconômicas. Durante o processo de evolução, ocorreram alguns
marcos importantes que ajudaram a implementar a trajetória.
O Design Thinking tem suas raízes nos campos do design e da engenharia, onde a
abordagem centrada no usuário e o pensamento criativo sempre foram fundamentais.
O design centrado no usuário emergiu como uma disciplina distinta nas décadas de
1970 e 1980, influenciando as primeiras manifestações do que mais tarde seria
chamado de Design Thinking.
A IDEO, uma renomada empresa de design e inovação, desempenhou um papel
fundamental na popularização do Design Thinking nas últimas décadas. Além disso,
a d.school da Universidade de Stanford, fundada por David Kelley, ajudou a formalizar
e disseminar os princípios e práticas do Design Thinking por meio de programas
educacionais e projetos de pesquisa.
Nas últimas duas décadas, o Design Thinking expandiu-se para além dos campos
tradicionais do design e da engenharia, sendo adotado por organizações em uma
variedade de setores, incluindo negócios, saúde, educação e governo. Essa
disseminação ampla reflete o reconhecimento crescente do valor do Design Thinking
como uma abordagem para a inovação e a resolução de problemas complexos. Ao
longo do tempo, o Design Thinking evoluiu para incorporar uma variedade de métodos
e ferramentas complementares, incluindo técnicas de pesquisa etnográfica,
prototipagem rápida, storytelling e visual thinking. Essa diversificação de abordagens
permite uma maior flexibilidade e adaptação às necessidades específicas de cada
contexto e desafio.
2.2. INOVAÇÃO
Para Jong e Vermeulen (2003) grande parte dos conceitos de inovação envolvem o
termo desenvolvimento refletido pela implementação de algo novo, porém, eles
chamam a atenção de que ter uma ideia configura-se como uma condição necessária
para tal, e que esta não deve ser intitulada desta forma até o momento da sua
efetivação. Uma das primeiras definições do termo inovação foi tratada no Manual de
Oslo em 1997, onde, de acordo com o documento: Uma inovação é a implementação
de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado, ou um
processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método organizacional nas
práticas de negócios, na organização do local de trabalho, ou nas relações externas
(MANUAL DE OSLO, 1997, p.55).
Para Pinheiro et al. (2011), a ação de inovar é caracterizada por transformar ideias
em valor, onde, caso o valor não seja percebido não se trata de uma inovação. Os
autores ainda citam que a mesma refere-se a soluções que impactam a vida dos
indivíduos que são atingidos por esta, ajudando-os a viverem melhor e a resolverem
os vários problemas e/ou limitações mais complexas presentes no cotidiano. Assim
sendo, após a difusão da inovação, tem-se a formação da cultura de inovação, que
de acordo com Dobni (2008, p. 540) é definida como: [...] um contexto
multidimensional que inclui a intenção de ser inovativo, a
infra-estrutura que dá suporte à inovação, comportamento de nível operacional
necessários a influenciar o mercado e a orientação de valor e o ambiente para
implementar a inovação
A inovação nas organizações é um ponto que merece muita atenção, pois no mundo
dos negócios contemporâneo, especialmente em um contexto de mudanças rápidas
e intensa competição. A capacidade de inovar não apenas permite que as empresas
se adaptem às novas demandas do mercado, mas também as posiciona para liderar
e prosperar em seus setores.
Essa busca por novas tecnologias pode ser entendida como inovação, tanto nas
áreas de serviços e produtos quanto na parte organizacional da empresa. Tidd,
Bessant e Pavitt (2005) explicam que essa inovação é alavancada pela habilidade de
criar e manter relações, detectar as oportunidades e saber aproveitar delas o máximo
possível, visando sempre alcançar o sucesso da empresa com resultados cada vez
mais positivos. A prática da inovação dentro de uma empresa pode determinar seu
crescimento e sucesso em determinado ramo, colaborando para a expansão em sua
estrutura financeira ou física.
Este trabalho propõe uma análise detalhada do emprego do design thinking como
ferramenta estratégica em empresas brasileiras. Para tanto, realizamos um
levantamento minucioso de três empresas nacionais que adotam o design thinking
em seus processos organizacionais. O objetivo inicial foi mapear os procedimentos já
implementados nessas empresas, visando compreender como o design thinking é
aplicado em suas práticas cotidianas. Utilizando mapas mentais e organogramas,
buscamos visualizar e compreender a estrutura e a dinâmica dos processos
identificados.
Além disso, para avaliar os resultados e benefícios percebidos com a aplicação do
design thinking, nas pesquisas feitas anteriormente, empregamos a coleta de opiniões
de empresas regionais, por meio de formulários de pesquisa específicos. Essa
abordagem permitirá comprovar empiricamente os ganhos e as vantagens
proporcionadas por essa metodologia. Os dados coletados serão analisados
utilizando gráficos e informações detalhadas para uma interpretação aprofundada dos
resultados obtidos.
3. ESTRUTURA DA PESQUISA
NATURA
O seu ideal: melhorar o mundo de dia para dia, oferecendo a cada um a possibilidade
de se sentir melhor consigo próprio e com as pessoas que estão à sua volta – o bem
estar bem. Construir um mundo melhor, é também oferecer a possibilidade de fazer
parte dele, de contribuir para esse novo futuro, e é nisso que a educação desempenha
um papel tão importante para a Natura.
Desde 2012, a maior multinacional brasileira de cosméticos é parceira do Media Lab
do Massachusetts Institute of Technology (MIT), centro de pesquisa referência em
inovação, design e tecnologia.
HAVAIANAS
A ideia para o produto foi inspirada nas Zori, sandálias japonesas feitas de palha de
arroz ou madeira lascada e que são usadas com os quimonos. Em 8 de junho de
1962, foram lançadas as sandálias brasileiras feitas de borracha. O primeiro modelo
é o mais tradicional: branco com tiras e laterais da base azuis. Não possuíam um
atrativo visual, porém, eram demasiado baratas. Com o fator preço favorecendo o
mercado, em menos de um ano a Vespasiano produzia mais de 13 mil pares por dia.
Ainda, foi realizada uma série de brainstorms para realizar os croquis e os protótipos
das bolsas, etapas essenciais do design thinking. Foram testados diferentes materiais
e formatos até que fosse encontrado um modelo alinhado ao espírito de Havaianas.
A bolsa estreou no SPFW de 2008 e foi lançada mundialmente em 2009.
UberEATS
Uber Eats é uma plataforma de entrega de refeições e alimentos online. O Uber Eats
fazia originalmente parte do serviço de motorista do Uber, mas depois se tornou um
aplicativo e um serviço autônomo. É uma das primeiras extensões de produto da Uber
Technologies Inc., a plataforma de tecnologia que conecta motoristas e passageiros,
e usa a rede existente para fornecer refeições em minutos. O serviço faz parceria com
restaurantes locais em cidades selecionadas em todo o mundo e permite que os
clientes encomendem comida usando um aplicativo para smartphone.
NATURA
UberEats
Design Thinking unido a técnicas modernas, atuais que se conectam com o que há
de mais atual e ao mesmo tempo levam às soluções imediatas.
Parte da estratégia da UberEats era aproveitar técnicas de design thinking, como a
pesquisa etnográfica, para criar empatia com o usuário e, por meio da prototipagem,
construir soluções em torno de seus produtos que atendessem às necessidades dos
clientes.
Eles foram a campo entender a reação dos seus clientes em tempo real, em diversas
cidades diferentes. Seus pesquisadores e designers levaram maquetes e protótipos
para restaurantes e veículos de entrega para as casas das pessoas para testar o seu
serviço.