DIREITO PROCESSUAL CIVIL
CAPACIDADE PROCESSUAL
É a capacidade de estar em juízo.
• O menor impúbere (menor de 16
anos) estará representado pelo seus
pais.
• O menor púbere (pessoa entre 16 e 18
anos), estará representado pelo
representante legal.
• Se uma pessoa for interditada, ela
terá um curador. Como essa pessoa
tem uma incapacidade, então a
ação será dela e de seu curador.
CURADOR ESPECIAL
No Brasil, o curador especial é um
curador para o processo em específico, e
essa posição só pode ser ocupada pela
Defensoria Pública.
Exemplo: O curador especial pode
surgir no caso do réu preso revel que não
constituiu advogado, ou seja, é intimado
para apresentar um advogado, mas não
representa, assim a Defensoria Pública que
o representa, agindo como curador especial.
A função típica da Defensoria
Pública é defender os hipossuficientes, ou
seja, aqueles que não conseguem arcar com
os custos de um processo, entretanto, nesses
casos ela vai agir na sua função atípica.
Sem a necessidade de responder
cada detalhe do processo, pois pode
generalizar uma defesa.
O curador especial tem alguns
requisitos diferenciados, como por exemplo:
• Intimação pessoal e prazo
em dobro;
• O defensor não precisa de
procuração.
Outro caso que cabe curador
especial é quando o incapaz, se não tiver
representante legal ou se os interesses deste
colidirem com os daquele, enquanto durar
a incapacidade.
CAPACIDADE PROCESSUAL DAS
PESSOAS CASADAS OU EM UNIÃO
ESTÁVEL
Segundo o art. 73 do CPC, o cônjuge
vai precisar do consentimento do outro para
propor ação sobre direito real imobiliário,
exceto se for casado pelo regime de
separação absoluta de bens, os demais
regimes necessitam desse consentimento.
Ambos são citados na ação.
Em caso de dívida feita a respeito
dos dois, ambos os cônjuges são citados na
ação quando essa dívida for bem da
família.
Nas ações de posse não é necessário
os dois, apenas a quem for ter a posse,
somente é necessário ambos em caso de
composse (posse dupla) ou ato praticado por
ambos.
• União estável comprovada também
vale.
Caso o consentimento não ocorra por
motivos de um dos cônjuges estar entubado,
não querer consentir (sem justo motivo ou
impossível concedê-lo) e for necessário esse
consentimento, é possível conseguir este
judicialmente.
• A falta de consentimento, quando
necessário e não suprido pelo juiz,
invalida o processo.
REPRESENTAÇÃO JUDICIAL
• Condomínio: pode ser autor e pode
ser réu, porque é um ente
despersonalizado. Então, para que
o condomínio esteja em juízo, será
representado pelo síndico;
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• Espólio: pode ajuizar uma ação ou
ser demandado, mas vai estar
representado pelo inventariante.
• Entes públicos e às pessoas
jurídicas de direito público:
o União vai estar
representada judicialmente
pelo advogado geral da
União;
o Estados e Distrito Federal
vão estar representados
pelos procuradores;
o Município por seu prefeito,
procurador ou associação
de representação de
municípios;
• Autarquia e a fundação de direito
público, por quem a lei do ente
federado designar;
• Massa falida, pelo administrador
judicial;
• Herança pelo curador;
• Sociedade e a associação
irregulares e outros entes
organizados sem personalidade
jurídica (empresas que ainda não
registraram os atos constitutivos)
pela pessoa a quem couber a
administração de seus bens;
• Pessoa jurídica estrangeira pelo
gerente, representante ou
administrador de sua filial de
agência ou sucursal aberta ou
instalada no Brasil. Estes são
autorizados pela pessoa
estrangeira a representar ela em
qualquer processo.
Quando o inventariante for dativo, ou
seja, uma pessoa estranha da confiança do
juiz, atendidos os requisitos da idoneidade,
de preferência, um advogado que substituí
o cônjuge ou herdeiros no cargo de
inventariante de uma herança, os
sucessores são chamados para responder o
processo no qual o espólio seja parte.
Em casos de ações contra a União, esta
poderá ser iniciada no lugar que ocorreu ela
ou no Distrito Federal.
Normalmente a ação é onde ocorreu,
entretanto em casos de ações contra a União
ou o Estado, está deve ser feita no foro onde
o réu for domiciliado, no caso a União ou o
Estado.
Atualização do art. 75 do CPC,
parágrafo 5º - Representação judicial do
Município pela Associação de
Representação de Municípios somente
poderá ocorrer em questões de interesse
comum dos Municípios associados e
dependerá de autorização do respectivo
chefe do Poder Executivo municipal.
CAPACIDADE POSTULATÓRIA
Advogados para representar.
Em causas de até 20 salários-
mínimos, não é obrigatório se ter advogado,
acima desse valor, é obrigatório. Porém, se
houver recurso dentro do processo,
independentemente do valor da causa, é
necessário ter a representação de um
advogado.
• O procurador ou AGU não precisa
de procuração, porque tem uma
autorização legal para fazer a
defesa e a tutela dos
hipossuficientes.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS (DE
SUCUMBÊNCIA) – ARTIGO 85 CPC
A parte que perdeu o processo paga
as despesas do processo e os honorários
advocatícios de sucumbência. O cliente do
advogado paga a ele apenas os honorários
advocatícios contratuais.
• Os horários de sucumbem são um
direito do advogado.
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O advogado deverá exibir a procuração têm natureza alimentar, que tem prioridade
no prazo de 15 dias, prorrogável por igual em relação à fila convencional.
período por despacho do juiz. Caso não seja recebido ou citado a
A procuração habilita o advogado a receber, o advogado deve, para essa
praticar todos os atos do processo, exceto os omissão, entrar com o embargo de
chamados declaração. Porém, se o embargo não for
A procuração habilita o advogado a impetrado, ainda é possível uma ação
praticar todos os atos do processo, exceto os autônoma para que os honorários
chamados PODERES ESPECIAIS que devem advocatícios de sucumbência sejam
recebidos.
estar expressos na procuração caso
Na fase de conhecimento, há a petição
necessários, ou seja, se não tiverem
inicial, que vai chegar até a fase da
expressos, não há o que o advogado exigir
sentença. Daí, podem sair os recursos, até
desse poder especial. Esses são: receber
chegar finalmente ao trânsito em julgado.
citação, confessar, reconhecer a
Se o juiz considerar, na sentença, o piso de
procedência do pedido, transigir, desistir,
10%. Nos recursos, pode haver a majoração
renunciar ao direito sobre o qual se funda a
e os honorários chegarem a 20%.
ação, receber, dar quitação, firmar
Na fase de cumprimento de sentença, há
compromisso e assinar declaração de
o requerimento que vai para o juiz, e a parte
hipossuficiência econômica.
executada é intimada para fazer o
A procuração só não vai produzir
pagamento involuntário, geralmente na
efeitos em todas as fases do processo se isso
figura do seu advogado, no prazo de 15
estiver expresso no texto dela.
dias. Se o pagamento não for feito, serão
Basicamente, o vencido deve pagar ao
cobrados honorários advocatícios de 10%
vencedor do processo os honorários
iniciais, que podem chegar, ao longo dessa
advocatícios de sucumbência. É
fase, a 20%.
considerado um pedido implícito, ou seja, se
não for feito, o juiz vai condenar o vencido,
a esse pagamento, de qualquer forma, já SUBSTITUIÇÃO E SUCESSÃO
que está na lei. PROCESSUAL
A base é de 10% a 20% em regra geral,
mas há exceções. Na ação monitória, os
A pessoa que tem o benefício da
honorários são de 5%. Quando há a
gratuidade na Justiça e perder uma ação
exclusão do réu por ser parte ilegítima,
poderá ser condenada ao pagamento das
também há quebra dessa regra e em casos
despesas e dos honorários de sucumbência
contra a Fazenda Pública, variam os
em até 5 anos, ou seja, se for provado que o
valores também.
perdedor do processo tem condições de
Na fase de precatório contra a Fazenda
pagar, esse valor poderá ser cobrado em até
Pública, não se aplica os honorários de
5 anos.
sucumbência, exceto em caso do precatório
tiver impugnação.
Em casos de valores muito baixos, ou LEGITIMIDADE AD CAUSAM
seja, valor inestimável ou irrisório (muito
alto e muito baixo), o juiz pode fixar um 1. LEGITIMIDADE AD CAUSAM ORDINÁRIA
valor de apreciação por equiparação. = Estar na ação em nome próprio, o
Os honorários recebidos da Fazenda autor (mais comum);
Pública: se o recebimento for por
2. LEGITIMIDADE AD CAUSAM
precatórios, o advogado será encaminhado
para uma fila especial, pois os honorários EXTRAORDINÁRIA = Substituído
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processual, ou seja, representado
por autorização expressa (escrita).
O assistente litisconsorcial é uma
modalidade de intervenção de terceiro.
MP pode por ação civil pública,
assim como a Defensoria Pública e podem
ser substitutos processuais.
• O MP pode ajuizar uma ação de
investigação de paternidade contra
o suposto pai. O substituído, nesse
caso, é a criança ou o adolescente: o
MP tem legitimidade ativa para
ajuizar ação de alimentos, em
proveito de criança e adolescente,
independentemente do exercício do
poder familiar dos pais.
Associações constituídas a mais de 1
ano também podem impetrar uma ação civil
pública e são exemplos de substitutos
processuais.
Legitimidade extraordinária =
substituição.
Sucessão = quando há troca das
partes no curso do processo.
SUCESSÃO
Tanto a pessoa quanto o advogado
podem não querer mais trabalhar um com
o outro numa ação, podem revogar o
mandato. Se o cliente não quiser, deve
indicar um substituto. Se o advogado não
quiser continuar, ele renuncia ao mandato
e atua no processo pelos 10 dias seguintes,
devendo ele comunicar ao cliente. Se houver
mais de um advogado na ação, não há a
necessidade dessa comunicação.
SUCESSÃO ENVOLVENDO AS PARTES
Em causa mortis, se o direito for
transmissível, é possível entrar o espólio da
parte que morreu, bem como herdeiros e
sucessores. Se o réu morrer, também é
possível essa sucessão.
• Uma parte entrou com ação
reivindicatória em face de B,
exigindo um objeto. A outra parte
foi citada validamente, mas vendeu
o carro para outra pessoa, que se
torna o terceiro adquirente. O réu
fez alienação de coisa litigiosa, o
que não é permitido segundo o art.
240 do CPC (efeitos da citação
válida). Poderia, então, ser feita
uma troca de réu, que passaria a
ser o terceiro adquirente. Para isso
acontecer, deve haver o
consentimento expresso da parte
autora, que pode, inclusive,
continuar o processo contra o
primeiro réu. Se o processo
continuar contra o réu original, o
terceiro adquirente, como pessoa
interessada, pode pedir para
participar como assistente
litisconsorcial.
IMPEDIMENTO X SUSPEIÇÃO DO
JUIZ
As hipóteses de impedimento são
mais objetivas e mais graves.
As hipóteses de suspeição são mais
subjetivas, abstratas e difíceis de ser
comprovadas.
O impedimento é tão grave que, se não
for alegado durante o curso do processo, ele
pode ser alegado posteriormente.
Quando o autor ou réu descobre que o
juiz é impedido ou suspeito, tem o prazo de
15 para alegar – por meio de petição própria
– o impedimento ou a suspeição. Esse prazo
não é fatal.
Para alegar o impedimento após o
término da ação, pode-se utilizar a ação
rescisória, pois uma das hipóteses de
cabimento da ação rescisória é a decisão ter
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sido proferida por juiz impedido ou
absolutamente incompetente.
• A suspeição não gera o direito de
entrar com ação rescisória, apenas
o impedimento que é mais grave.
Em caso de ser alegado dentro do
processo, sem necessidade de ação
rescisória no caso do impedimento, deve-se
criar uma petição própria tanto para o
impedimento quanto para a suspeição, a
chamada arguição.
Nessa petição, invoca-se a hipótese de
suspeição e impedimento e deve-se provar.
O juiz é o réu desse incidente, o
chamado arguido, e tem 15 dias para se
manifestar.
O juiz pode reconhecer o impedimento
ou a suspeição e remeter o processo para juiz
substituto. Se o juiz não reconhecer, ele tem
15 dias para se manifestar e juntar provas.
O incidente vai para o tribunal ao qual
o juiz está subordinado. No tribunal, há a
figura do relator e será feito o julgamento
do incidente, por meio de um acórdão.
O relator decide se dá ou não efeito
suspensivo, além de encaminhar o processo
para o substituto.
As medidas urgentes são apreciadas
pelo substituto, uma vez que não se pode
permitir que o direito de alguma das partes
venha a perecer.
Hipóteses de impedimentos são:
1. Em que o juiz interveio como
mandatário da parte, oficiou como
perito, funcionou como membro do
Ministério Público ou prestou
depoimento como testemunha;
2. Em que o juiz conheceu em outro
grau de jurisdição, tendo proferido
decisão;
3. Quando nele estiver postulando,
como defensor público, advogado
ou membro do Ministério Público,
seu cônjuge ou companheiro, ou
qualquer parente, consanguíneo ou
afim, em linha reta ou colateral, até
o terceiro grau;
4. Quando for parte no processo ele
próprio, seu cônjuge ou
companheiro, ou parente,
consanguíneo ou afim, em linha
reta ou colateral, até o terceiro
grau;
5. Quando for sócio ou membro de
direção ou de administração de
pessoa jurídica parte no processo;
6. Quando for herdeiro presuntivo,
donatário ou empregador de
qualquer das partes;
7. Em que figure como parte
instituição de ensino com a qual
tenha relação de emprego ou
decorrente de contrato de prestação
de serviços (filho estudar na
escola/curso não vale, pode
normal);
8. Em que figure como parte cliente do
escritório de advocacia de seu
cônjuge, companheiro ou parente,
consanguíneo ou afim, em linha
reta ou colateral, até o terceiro
grau, mesmo que patrocinado por
advogado de outro escritório;
9. Quando promover ação contra a
parte ou seu advogado.
Hipóteses de suspeição são (mais difíceis de
identificar e provar):
1. Juiz é amigo íntimo ou inimigo de
qualquer das partes ou de seus
advogados;
2. O juiz que receber presentes de
pessoas que tiverem interesse na
causa antes ou depois de iniciado o
processo, que aconselhar alguma
das partes acerca do objeto da
causa ou que subministrar meios
para atender às despesas do litígio;
3. Quando qualquer das partes for
sua credora ou devedora, de seu
cônjuge ou companheiro ou de
parentes destes, em linha reta até o
terceiro grau;
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4. Interessado no julgamento do
processo em favor de qualquer das
partes.
Obs.: O impedimento e a suspeição também
podem se referir ao membro do MP e aos
auxiliares da justiça.
COMPETÊNCIA
A competência é feita no momento
da distribuição do processo, na inicial,
sendo irrelevantes as modificações do
estado de fato ou de direito ocorridas
posteriormente, salvo quando suprimirem
órgão judiciário ou alterarem a
competência absoluta, ou seja, mudança
para outro juízo competente.
Por exemplo, após propor uma ação
no domicílio do réu, descobriu-se que ele
mudou de endereço. Essa nova situação
fática não seria suficiente para promover
alterações de competência do processo. Essa
ocorrência não se confunde com uma
mudança de competência absoluta, por
exemplo, com a criação de uma vara
específica e que irá alocar processos
determinados.
A competência pode vir a ser
absoluta ou relativa, sendo:
• Competência absoluta: é uma
competência rígida que somente
pode ser alterada por lei.
• Competência relativa: é mais
flexível, sendo fácil de ser alterada.
Critérios de competência absoluta:
• Matéria (juízo competente):
criminal, civil, trabalhista etc.;
• Pessoa;
• Hierarquia;
• Funcional: Juizado Especial
Federal e Juizado especial da
Fazenda Pública: competência
vai até 60 salários-mínimos e é
absoluta.
Critérios de competência relativa:
• Territorial (foro competente);
• Em razão ao valor da causa.
• Exceção: JEC - Até 40 salários-
mínimos.
• No juizado especial estadual, se
a demanda for de menor
complexidade e corresponder a
até 40 salários-mínimos, é
possível optar pelo Juizado
Especial estadual ou uma vara
cível, havendo uma faculdade.
COMPETÊNCIA TERRITORIAL
ABSOLUTA
Em regra, caso se esteja tratando de
uma ação real imobiliária, reivindicatória
ou de usucapião (possessória), a ação deve
ser proposta no foro onde se situa o bem de
raiz (bem imóvel).
Assim, ações de direito de
propriedade, vizinhança, servidão, divisão
e demarcação de terras e de nunciação de
obra nova, bens imóveis, devem ser
propostas onde está localizado. Em caso de
demais bens imóveis, se for fora da regra
padrão, pode-se optar pelo foro de domicílio
do réu ou pelo foro de eleição.
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A ação fundada em direito pessoal COMPETÊNCIA RELATIVA

ou em direito real sobre bens móveis será
proposta, em regra, no foro de domicílio do
Se a pessoa ajuíza ação em local
réu.
(foro) errado, em regra e por se tratar de
Sendo incerto ou desconhecido o
competência relativa, o juiz não pode
domicílio do réu, ele poderá ser demandado
conhecer tal ocorrência de ofício. Dessa
onde for encontrado ou no foro de domicílio
forma, espera-se que o réu alegue tal fato
do autor.
na preliminar da contestação. Caso não
haja qualquer manifestação do réu, aquele
Em caso de inventário: o foro de
juízo que inicialmente seria incompetente
domicílio do inventário não será atribuído
torna-se competente.
ao local em que o sujeito faleceu, mas sim o
foro de domicílio do autor da herança no
Brasil.
CONEXÃO E CONTINÊNCIA
Se o autor da herança não possuía
domicílio certo, é competente:
1. O foro de situação dos bens
imóveis;
2. Havendo bens imóveis em
foros diferentes, qualquer
destes; Conexão: duas ou mais ações que
3. Não havendo bens imóveis, possuem em comum um ponto de
o foro do local de qualquer interseção/ligação na causa de pedir ou o
dos bens do espólio. próprio pedido, tramitando em locais
A ação em que o ausente for réu será diferentes, o que pode gerar decisões
proposta no foro de seu último domicílio. conflitantes. No intuito de não gerar esse
conflito entre elas, poderá ser solicitada a
A ação em que o incapaz for réu reunião das ações para julgamento
será proposta no foro de domicílio de seu conjunto.
representante (menor de 16 anos) ou Em tese, são ações que por exemplo:
assistente (para maior de 16 e menor que 18 uma de usucapião de uma casa e a outra de
anos). posse da casa, o resultado que é a casa,
Tratando das ações de família, pode gerar um conflito, por isso se reúne as
como: divórcio, dissolução de união estável, duas ações para uma única decisão.
separação e ações que envolvem a anulação
de casamento. Nesses casos, o foro de Continência: há uma ação
domicílio será o do guardião de filho continente e uma outra ação “menor”
incapaz, sendo considerado o último chamada de contida. As partes são as
domicílio conjugal caso não existam filhos mesmas e a causa de pedir será igual, mas
menores. o pedido da ação continente é considerado
maior do que o pedido da ação contida,
Em ações em que se busca algum englobando-a
direito previsto no Estatuto do Idoso, este
idoso que recorre pode ter a ação em seu
domicílio, mas apenas se for ações que
busquem algo do Estatuto do Idoso e seja
maior de 60 anos.