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PROCESSUAIS
Profª Andréa Grandini Tessaro
C
CONCEITO
L Relaciona-se com o objeto.
A Iniciativa: inicia a relação processual. Ex: Petição inicial.
Desenvolvimento: movimentação do processo. Ex: dilações, alegações,
S provas.
S Conclusão: Decisões do magistrado ou dispositiva das partes. Ex:
renúncia, sentença, desistência.
I
F
I
C
A
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Relaciona-se às pessoas do processo.
à Atos das partes: Atos praticados pelas partes e seus advogados.
O Atos do juiz: Despachos, decisões interlocutórias e sentenças.
Atos dos Auxiliares da Justiça: atos do escrivão, elaboração de estudo
social.
ATOS DAS PARTES
A maioria dos atos das
partes são praticados pelo
advogado, salvo quando:
Em regra, os efeitos
imediatos, ou seja, nõa ::
dependem de homologação Postular em causa
do juiz, salvo nas hipóteses própria, nas hipóteses
previstas em lei. previstas em lei.
Nos atos de caráter
Ex: petição inicial, contestação,
personalíssimo. Ex:
agravo, apelação.
depoimento pessoal da
autor e do réu,
depoimento especial.
Dos atos em geral Art. 190. Versando o processo sobre direitos que
admitam autocomposição, é lícito às partes
plenamente capazes estipular mudanças no
Art. 188. Os atos e os termos processuais
procedimento para ajustá-lo às especificidades da
independem de forma determinada, salvo
causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes,
quando a lei expressamente a exigir,
faculdades e deveres processuais, antes ou durante
considerando-se válidos os que, realizados
o processo.
de outro modo, lhe preencham a finalidade
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz
essencial.
controlará a validade das convenções previstas
Ou seja, mesmo que o ato seja realizado fora
neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos
da forma prescrita em lei, se ele atingiu o
casos de nulidade ou de inserção abusiva em
objetivo, esse ato será válido.
contrato de adesão ou em que alguma parte se
INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS
encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.
NEGÓCIOS PROCESSUAIS
NEGÓCIOS PROCESSUAIS
O Código de Processo Civil permite o juiz ampliar os prazos peremptórios nas seguintes
hipóteses:
1. Em caso de processo tramitando em comarcas de difícil transporte, por até 60 dias (art. 222,
caput)
2. Em caso de calamidade pública, podendo a ampliação do prazo ultrapassar 60 dias (art. 222, §
2º);
3. Quando ocorre evento alheio à vontade da parte e que a impediu de praticar o ato por si ou por
mandatário. (art. 223, § 1º)
4. Para adequar os prazos às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à
tutela do direito. (art. 139, VI)
Exemplo de alteração do prazo peremptório
Imagine que o país está assolado por uma pandemia e um Município está em quarentena.
E a Vara em que tramita o seu processo físico - com um recurso urgente a ser apresentado-
está localizada em uma comarca deste Município. Neste caso, evidentemente de calamidade
pública, é muito provável que seu prazo seja ampliado largamente, por mais de 60 dias,
inclusive. (art. 222, § 2º)
Além disso, os prazos peremptórios podem ser reduzidos também.
Para isso, é necessário que o juiz tenha a anuência das partes. (art. 222, § 1º)
O prazo pode ser alterado, mas não é dever do juiz fazê-lo e permitir o exercício do ato fora do prazo.
Tanto que, diariamente, nos Tribunais do país inteiro, muitas pessoas perdem o prazo, recorrem e têm seu
recurso negado. Por isso, não é possível contar com a mudança de prazo, principalmente caso não
tenha apresentado a comprovação de tempestividade.
Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.
Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, independentemente
de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa.
§ 1º Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e que a impediu de praticar o ato por si ou por
mandatário.
§ 2º Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe assinar.
Exemplos de prazos peremptórios
Prazo dilatório é aquele que, apesar de fixado em lei, pode ser alterado com maior
facilidade.
Essa flexibilidade ocorre porque o prazo dilatório diz respeito, mais especificamente, ao
interesse particular da parte.
O CPC não estabelece claramente quais são os prazos dilatórios, assim como acontece
em relação aos prazos peremptórios.
Mas a doutrina define que os seguintes prazos se encaixam nessa categoria:
1. Juntar documentos;
2. Arrolar testemunhas;
3. Realizar diligências determinadas pelo juiz;
4. Prazo de suspensão do processo por convenção das partes (art. 313, II, CPC/2015)
5. Prazos dos juízes e dos serventuários de justiça (art. 235, CPC/2015)
Como funciona a negociação processual de prazos?
A capacidade que cada tipo de prazo possui, conforme sua natureza peremptória ou dilatória, de
ser alterado conforme a convenção das partes. Partindo disso, vimos que os prazos peremptórios
são mais rígidos que os dilatórios.
Mas e se dissermos que até mesmo os peremptórios podem ser definidos pelas partes no início
do processo?
A convenção entre as partes como forma de alteração dos prazos, segue a ideia que discutimos sobre o
Código de Processo Civil: determinar mecanismos para o uso instrumental do direito processual.
É importante esclarecer que o art. 191 do CPC determina a capacidade de alteração dos prazos
processuais.
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais,
quando for o caso.
§ 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos
excepcionais, devidamente justificados.
Para negociarmos nossos prazos processuais, é necessário seguir as seguintes condições:
1. Nas causas sobre direitos que • Quando dissemos que os prazos somente
podem ser definidos pelas partes “nas causas
comportem autocomposição (CPC, art. sobre direitos que comportem
190, caput) autocomposição”, significa que:
3. Caso não haja nulidade ou alguma • Nesse sentido, o principal requisitos para a
parte em manifesta condição de autocomposição e, portanto, para a negociação dos
prazos, é que o direito material objeto da
vulnerabilidade (CPC, art. 190, parágrafo pretensão seja disponível.
único);
• Ou seja, em regra, os prazos podem ser
4. Observância dos princípios da boa-fé, estipulados caso os direitos sejam, por exemplo,
patrimoniais.
eticidade, entre outros.