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PROCEDIMENTO COMUM

 P.C & P.D

O processo civil se molda à noção de procedimento, isto é, do meio em que a tutela


jurisdicional dos direito será prestada.

Tutela Jurisdicional é a proteção do Estado quando provocado por meio de um processo


gerado em razão de lesão ou ameaça a um direito material.

A prestação da tutela jurisdicional se dá mediante ao Procedimento comum & Procedimentos


diferenciados.

Quando há litígio entre as partes há a jurisdição contenciosa – a T. J. é prestada mediante ao


procedimento comum.

Não mais existe bipartição do procedimento comum, (anteriormente dividido em sumário e


ordinário), sendo atualmente o procedimento comum apenas um só. Os procedimentos
diferenciados foram introduzidos pelo legislador com a finalidade de contemplar as
especificidades que os particularizavam.

Ademais o CPC art. 139, permite que o magistrado flexibilize o procedimento, caso as partes
de comum acordo queiram adaptar este, por meio de negócios processuais. (CPC art. 190)

O P.C. aplica-se subsidiariamente aos demais procedimentos, salvo disposição extravagante,


inexistindo disposição especial, emprega-se o procedimento comum para a prestação de tutela
jurisdicional.

 Estrutura do P.C

O órgão pode conhecer e executar, além de poder proteger as partes por meio de
pronunciamento definitivos e provisórios.

No código de Buzaid (Foi um dos principais elaboradores do Código de Processo Civil de 1973),
O P.C ordinário tinha apenas a tarefa de conhecer das alegações e decidir a controvérsia
(através da sentença). Qualquer outra atividade deveria ser buscada.

P.C -> AÇÃO -> PETIÇÃO INICIAL -> CITAÇÃO DA(O) RÉ(U) -> AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO ->
DEFESA (CONTESTAÇÃO) – 15 dias úteis após ausência de autocomposição.

O magistrado com a finalidade de organizar o processo e proporcionar as condições adequadas


para a produção de provas e para a decisão da causa fazer o saneamento do processo.

Normalmente as provas são colhidas após organização do processo, as decisões prolatadas no


procedimento comum no 1º de jurisdição podem ser controladas mediante recursos para o 2º
e consequentemente estas podem ser prolatadas por novos recursos para o STF ou STJ.

No P.C o magistrado pode praticar atos de conhecimento e atos de execução.

 Alterações no procedimento (negócios processuais)

O magistrado a qualquer tempo, para a tentativa de conciliação

 Fases / Estágio P.C


Perspectiva Horizontal: O P.C está estruturado em sua versão mais abrangente em duas
grandes fases: a fase de conhecimento e a fase de cumprimento. (denominadas pela natureza
preponderante de suas atividades)

A fase de conhecimento compreende 4 estágios: Postulação, Organização, instrução e decisão


da causa, havendo prolação de sentença condenatória genérica, há um quinto estágio
chamado liquidação, que é voltado à obrigação

Postulação: destina-se à oitiva de ambas as partes, o autor expõe o seu caso mediante o
exercício do direito de ação, e o réu defende-se exercendo o direito de defesa. Ambas as
partes postulam, o autor pedindo a procedência do pedido e o réu a improcedência do
mesmo, mediante à contestação, e ademais pode fazer um pedido de tutela jurisdicional
mediante reconvenção (ação do réu contra o autor feita na contestação), cabendo ainda na
fase postulatória, caso cabível, a tentativa de solução consensual, antes do exercício do direito
de defesa, mediante à audiência de conciliação e mediação.

Pode ocorrer, mesmo depois de emendada a petição inicial, o seu indeferimento, ou julgar
esta liminarmente improcedente o pedido, sendo nesses casos extinto o processo sem
resolução de mérito, ou com a resolução do mérito

Organizatório: tem função de preparar a causa para instrução em julgamento, sendo


retrospectiva e prospectiva, pois tanto visa aferir óbices e vícios processuais que impediriam o
julgamento do mérito, com a finalidade de sanear a causa, e de delimitar as alegações de fato
litigiosas, para guiar a produção de provas e distribuição do ônus das provas. Ocorrendo por
escrito ou por despacho saneador, ou oralmente em audiência.

Podendo em consequência da colheita de provas ser necessária à extinção do processo no


todo ou em parte, ou até mesmo julgar imediatamente o mérito no todo ou em parte.

Instrutório: destina-se à produção da prova, notadamente, prova: oral, pericial, inspeção


judicial, visto que a prova documental acompanha as postulações iniciais das partes, sendo o
caso o juiz pode determinar audiência de instrução e julgamento para sua colheita, pode ser
necessária também a produção antecipada da prova seja colhida em momento diverso do
previsto em ordem do procedimento.

Decisório: é onde o magistrado decide o caso levado a juízo. A decisão do caso pode levar à
extinção do processo sem resolução do mérito ou à extinção do processo ou da fase de
conhecimento com resolução do mérito.

A tutela jurisdicional pode ser autossuficiente, onde o pronunciamento judicial é suficiente


(declaratória e constitutiva);

A tutela jurisdicional pode não ser autossuficiente, onde o pronunciamento judicial não é
suficiente, logo é necessário a submissão ao cumprimento de sentença (condenatória,
executiva ou mandamental).

Obs: Prolatada uma sentença condenatória genérica, pode se iniciar o quinto estágio da
liquidação da obrigação, que tem o objetivo de apontar o valor exato que é devido ao
demandante em função do seu pedido.

Seguindo para a fase de cumprimento, desenvolve-se um único estágio destinado à prática de


atos executivos ou em três estágios: postulação, instrução e satisfação da obrigação.
Perspectiva Horizontal: O P.C está estruturado verticalmente também em duas fases: fase
ordinária e fase extraordinária.

fase ordinária: Tem por função viabilizar a prolação de uma decisão justa e adequada e
tempestiva efetivação e está confinada aos juízes de 1º grau e os Des. De 2º grau que
compõem as cortes da justiça.

fase extraordinária: tem por função possibilitar a formação de precedentes e está confinada
aos ministros das cortes supremas.

Aula 1
Inicia com a ação requerendo -> sentença de mérito.

Processo de conhecimento é o processo que o juiz faz a cognição, também é conhecido como
processo de sentença, pois no P.C a tutela jurisdicional é UMA SENTENÇA DE MÉRITO.

Sentença de mérito é a cerne do processo, mérito é a questão de direito material, o juiz decide
se há existência e extensão do direito pleiteado no pedido.

Litígio conflito de interesses; contenda, pendência.

O P.C de conhecimento finda ao passo que o magistrado dá uma sentença de mérito.

Tipos de pedido na ação de conhecimento:

*Imediato – pedido direto, pretensão processual que se deseja, tipo de sentença que se busca.
EX; Pedido de inv. de paternidade -> Sentença declaratória

*Mediato – pedido , que diz respeito ao mundo dos fatos, o que se busca na vida prática.
EX; Uma indenização, pensão declaração.

O pedido no processo transforma uma pretensão de direito matéria -> pretensão de direito
processual.

O processo sincrético denota as mudanças proporcionadas pelo cpc/15 que fazem que a fase
de cumprimento de sentença seja unida a ação de conhecimento.

Processo é procedimento, é o instrumento pelo qual o estado exerce a jurisdição. É uma


sequencia de atos coordenados com um fim, que é a realização da jurisdição.

O P.C cumpre a função denominada generalidade, referencialidade e subsidiariedade.

Adaptações do P.C

P.D – ope legis

Por iniciativa judicial – ope judicis

Por iniciativa das partes – negócios processuais

Instâncias

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