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PROCESSO CIVIL II

Aula 1 – 06/03/2023

- Modelo Constitucional de Processo;

- Juízo natural;
 Competência

Objeto de estudo – Processo de cognição (conhecimento).

A posição do autor é de favorecimento pré-cognitivo.

- PRETRIAL: todas as vezes que for propor uma demanda, fazer um estudo prévio do caso.
1. Análise financeira: analisar o custo do processo;
2. Análise de risco probatório: consigo provar o que estou alegando?

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3. Análise de risco jurisprudencial;
4. Análise mais especializada – doutrina,

Aula 2 – 09/03/2023

A fase de cognição tem o intuito de formar uma decisão declaratória (sentença) passível
de ser revista através de recursos analisados em 2 grau de jurisdição.

- A fase cognitiva em 1 grau de jurisdição consiste em uma troca de arrazoados escritos


(Petição Inicial, Réu é chamado para autocomposição, não havendo acordo, Réu resposta, fase
357 saneamento. Juiz analisa se há algum vício (manda corrigir ou encerra o processo). Não
havendo vício, juiz ou julga ou determina a produção de provas (indicando quais provas,
apresentando o que é duvidoso, contravertido), além disso o Juiz determina o que é
importante do ponto de vista jurídico. Ex) aplica-se tal súmula nesse caso? Sem surpreender
as partes, deixando que as partes discutam se cabe ou não tal aplicação, submetendo o tema ao
contraditório (vide art. 10 e 481 do CPC).

Ou seja, juiz decide se continua a instrução ou já julga. A instrução (sentido de produção e


provas) se manifesta em diversos momentos, a exemplo da apresentação de provas
documentais e documentadas junto à petição inicial. Não há aquela divisão estanque de fase
postulatória, instrutória, saneamento. Da mesma forma, o saneamento.

Se necessário, há produção de provas orais na Audiência de Instrução. Ex) depoimento do


perito oficial; depoimento pessoal – objetivo de extrair uma confissão da arte contraria;
testemunha. Pode ocorrer nela, o julgamento.

Esse procedimento não é apenas cognitivo (de conhecimento), pode ocorrer com outros
instrumentos processuais, como a tutela provisória de urgência antecipatória (antecipa a força
executória de uma decisão). Por isso é chamado de procedimento sincrético, pois ocorre
outros tipos de procedimento, a exemplo desse mencionado executório. Há concomitância de
atividade processuais, se necessário.

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A própria Antecipação de tutela pode ocorrer no início, no meio do processo e até na
sentença, nessa última diante da apresentação de Apelação (tipo de recurso) que gera o efeito
de suspender a eficácia executiva da decisão da sentença. A antecipação pode ocorrem em
qualquer momento do processo.

Se o juiz na sentença conceder uma tutela antecipada, nos termos do art. 1012, paragrafo
primeiro, inciso V do CPC, a sentença que confirma ou defere a antecipação de tutela permite
que ocorra a interposição de Apelação que não terá efeito suspensivo, ou seja, haverá
cumprimento provisório de sentença – sentença com executividade imediata.

A Cognição pode ser horizontal e vertical. A vertical por sua vez, pode ser sumária ou
exauriente.

 A cognição sumária nasce com a característica de dar subsídio uma decisão não ser
definitiva, uma vez que essa é baseada em verossimilhança. Em regra as tutelas
antecipadas são dadas nesse processo de cognição. Não da pra falar que toda
cognição ocorrida no início é sumária.
↳ O sistema de precedentes, dentro dos seus vários efeitos, permitiu a cognição exauriente
ainda que no início do processo. A Tutela antecipada de evidência trabalha com a ideia de
exauriencia cognitiva, art. 311, situações nas quais o autor demonstra que se encontra em um
plano que seu caso está numa hipótese em que já há exauriência de cognição, uma vez que já
foram julgados casos muitos semelhantes ou iguais ao seu.

 A cognição exauriente é exatamente o contrário, o processo de conhecimento se


exauriu, tudo que podia ser conhecido, o foi, o que permite uma decisão mais
estável. A cognição exauriente é a cognição das sentenças.

Aula 3 – 13/03/2023
O processo de cognição vertical é chamado de cognição sumária ou exauriente.

No plano horizontal, a cognição pode ser plena ou parcial, o que diz respeito à extensão
da cognição – se pode discutir qualquer matéria (plena) – a exemplo da contestação, onde o
Réu pode alegar o que ele quiser - ou se a lei limita o tipo de matéria que pode ser discutida

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(parcial) – a exemplo dos recursos aos Tribunais superiores, onde a discussão neles não se
pode discutir argumentos fáticos e de provas.
 1 grau de jurisdição permite a cognição plena, o que não significa que o sujeito irá
de fato discutir tudo. No 2 grau também, a depender da impugnação.

No cumprimento de sentença, há possibilidade de impugnação de cumprimento, abrindo um


novo processo cognitivo. Essa cognição que ocorre na fase de cumprimento é uma cognição
parcial, pois o devedor não pode alegar qualquer matéria de defesa, apenas sobre a execução,
valor, etc.

→ A sentença é proferida em cognição plena e exauriente.

A posição de Réu é gerar controvérsias, como Autor, pedidos bem fundamentados.

Como o Réu, além de responder, se contrapor, se necessário o Réu pode ajuizar uma outra
ação contra o Autor – chamada Reconvenção – ação contra o Autor no mesmo processo.
Ambas ações devem ser julgadas na mesma sentença, sob pena de nulidade, uma vez que as
ações ocorrem de maneira simultânea. Assim, podem ter duas ações tramitando em um
processo simultâneo. Petição única de contestação e reconvenção.

Quando o autor pede, ele estabelece o processo para congruência da sentença – limite de
julgamento pelo juiz. Se o Réu pede mais, o juiz tem aumentado sua extensão de julgamento.

Pelo art. 329, após contestação, a discussão está estreitada.

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- Primeira linha da petição: competência.

 Princípio do Juízo Natural: I) Não é possível, no ordenamento jurídico brasileiro,


criar um tribunal de exceção – não se pode criar um juízo posteriormente à
ocorrência dos fatos – com finalidade própria, o que viola a imparcialidade, pois o
julgamento de tribunais criados pós fato já nascem com o intuito de ou penalizar
ou não penalizar alguém, aprioristicamente.
o Assim, a partir do art. 102, a CR estabeleceu um conjunto de Órgãos
ordinários, para permitir a consecução da garantia do Juízo Natural,
competentes a cada tipo de julgamento.
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o Inciso LIII, art. 5, CR: Todo Cidadão tem direito a julgamento por Órgão
competente – nenhum órgão do judiciário brasileiro possui jurisdição
ilimitada. A competência sofreu um abalo com a pandemia.

Aula 4 – 16/03/2023

 Juízo natural → Competência – Art 5, LIII.

- O órgão tem ou não competência para julgar a causa?

1) Justiça comum ou especializada?


2) Se é comum, federal (taxada) ou estadual (residual)?
3) Analisar “de cima para baixo” (STF, STJ, 2 grau e 1 grau).
Obs: só falo em distribuição quando tem dois ou mais órgãos coma mesma função e
jurisdição. O registro é mais comum. A distribuição e o registro tornam prevento
aquele juízo. Isso significa que está fixado o juízo natural.

CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO DE COMPETÊNCIA

Absoluta: em razão da matéria discutida (ratione matérias) ou da pessoa (ratione personae),


ou da função. Buscam o bom funcionamento da jurisdição.

Relativa: em razão do território (ratione loci). Valor, em regra1.

- NEGOCIABILIDADE -

Critérios de fixação de competência absoluta não admitem qualquer flexibilização pelas


partes. A competência absoluta busca o bom funcionamento da jurisdição pode ser fixada em
razão da matéria discutida (competência do STF ou STJ, por exemplo) ou em razão da pessoa
(autor, réu).

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O juizado especial utiliza o critério do valor também. As leis posteriores sobre juizado especial federal (Lei n.
10.259/2001) e da fazenda pública (Lei n. 12.153/2009) tornaram essa competência em absoluta. O juizado
especial estadual é relativa, permite um fórum shopping – escolher se vai pro especial o pro comum.

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Já os critérios que fixam a competência relativa são mais flexíveis, a título de exemplo, a
escolha do foro (convenção processual do foro) – competência territorial. O art. 46 fixa a
regra mor da competência territorial. Salvo no caso do art. 47, em que não há flexibilização do
critério territorial.

- DESLOCAMENTO SUPERVENIENTE -

O art. 43 do CPC institui o princípio da perpetuacio jurisdicionis e, assim, em regra, os


critérios de fixação de competência relativa (territorial) não permitem deslocamento. No
entanto, os critérios de competência absoluta permitem em dois casos. – “Determina-se a
competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações
do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou
alterarem a competência absoluta2.”.

- PRORROGAÇÃO DE COMPETÊNCIA E COGNOSCENCIA -

Se a competência é absoluta, deve ser revista pelo juízo de ofício. Já se é relativa, apenas a
pedido das partes. PRORROGAÇÃO DA COMPETÊNCIA

Competência absoluta é improrrogável – se mantém como um vício.

(LER ISSO MELHOR)

Art. 63, parágrafo III, se a cláusula de eleição de foro for considerada abusiva, o juiz poderá,
de ofício declarar a ineficácia da cláusula (exemplo causas consumeristas). Se o juiz não o
fizer, a parte ré pode alegar vício da competência (até mesmo antes da contestação, mas no
máximo até ela). Se ela não fizer, preclui e prorroga a competência.

Aula 5– 20/03/2023

- POTENCIAL NULIDADE –

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A depender do momento desloca, ou não – mudou o critério após a sentença não muda, antes, sim – construção
jurisprudencial.

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Se porventura a ação é proposta por um juízo relativamente incompetente, na contestação
nada foi falado e prorrogou-se a competência – não há mais vício algum.

No caso de vício de competência absoluta, as decisões proclamadas pelo juízo incompetente


podem ser declaradas nulas (art. 64). Isso gera um problema de economia processual.

Código adotou a teoria da translatio juidici, art 64, parágrafo IV, quando ocorrer a prolação
de decisões por juízo absolutamente incompetente esse deve ser declarado incompetente e
remetido para o competente. Esse por sua vez pode escolher anular ou não essas decisões
(devido ao princípio da economia processual).

O juiz da causa analisa a sua competência – princípio da competência sobre a competência – o


próprio juízo onde a causa tramita tem competência para analisar se é competente. Se a parte
ré alega incompetência, juiz suspende o processo e pelo contraditório, chama a outra parte
para se manifestar.

Critério de

(In) Comp. Absoluta (In) Comp. Relativa

Fundamento Interesse Público Interesse Privado

Prorrogação Não Sim

Cognoscível de ofício Sim Não

Permite deslocamento Sim Não


superveniente

Negociável Não Sim

Potencial nulidade Sim Não


Superveniente

Art. 62 – as competências absolutas não podem ser alteradas de modo convencional.

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Art. 64 e seguintes mostram como apresentar vícios de competência. – modificação de
competências relativa por I) conexão de ações por afinidade. II) continência – duas ações são
propostas, uma é mais ampla que a outra (exemplo divórcio e divórcio cumulada com guarda)
art. 57 —> ação contida vai ser extinta sem resolução do mérito por ser menor, caso tenha
sido proposta primeiro.

Observações)

Do ponto de vista normativo, se o juiz se julga ou não incompetente não cabe Recurso
imediato. O STJ estabeleceu um pretendente em que decidiu que contra as decisões
interlocutória que julgam competência cabe recurso imediato (agravo de instrumento), pois a
decisão, de outra maneira seria inócua, Tema 988.

INSS - Parágrafo terceiro do 109 a CR autoriza que se naquele foro houver justiça federal,
tem que ser nela, se não ouvir justiça federal naquele foro, é comarca de justiça estadual
apenas – excepcionalmente que seja na justiça estadual. Mas há um critérios se a sessão
judiciária federal estiver a menos de 70 km, tem que ser proposta na justiça federal –
CRITÉRIO 70km. Se estiver fora e 70 temos uma situação e forum shopping.

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Aula 6 – 23/03/2023

PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS

O elemento fundante do processo não são as obrigações, mas a vinculação das partes à norma
– sujeição do sujeito de direito à norma (ônus processual). Isso porque as obrigações, além de
decorrência da norma - acidentes, muitas vezes são, inclusive, descumpridas e o processo
segue existindo.

Professor não concorda, mas muitos pensadores tratam processo como sinônimo de relação
processual – teoria relacionista.

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Os pressupostos processuais são derivados de uma teoria relacionista, mas é uma categoria
que é precipuamente utilizada pelos juristas há muito tempo.

Os pressupostos servem para verificar se o processo existe e se ele é válido. Nem toda falta
de pressuposto processual desencadeia a extinção do processo devido prolação de uma
sentença terminativa sem resolução do mérito (exemplo do juízo incompetente – juiz
percebe e direciona ao juízo competente), salvo quando isso for absolutamente impossível –
vícios insanáveis. O CPC estabelece, inclusive, o princípio da primazia do julgamento do
mérito —> sempre que possível o juiz deve permitir que o vício seja sanado.

- PRESSUPOSTOS DE EXISTÊNCIA

 SUBJETIVOS
o JUIZ INVESTIDO – quem não tem investidura, não pode julgar (na prática isso
não é observado – estagiário, assessor – mas naturalizamos isso). No Brasil, a
investidura ocorre por meio de provas e títulos - concurso (geralmente) ou
quinto constitucional – art. 94 CR. Hipóteses de juiz sem investidura – exceto a
delegação – são quase nulas.

CAPACIDADE – pessoa ser parte – basta que ela seja pessoa. Até
mesmo nascituros (alimentos gravídicos). Há uma questão: fenômeno de
permitir que entes despersonalizados ajuízem ações e também a ampliação da
personalidade.

 OBJETIVOS
o EXISTÊNCIA DE DEMANDA – existir pretensão resistida.

- REQUISITOS DE VALIDADE

 SUBJETIVOS
o JUÍZO COMPETENTE E JUIZ IMPARCIAL –
Competência —> se o juiz tiver vício de competência, isso pode gerar uma
invalidade processual. Com já visto juiz pode invalidar todas as decisões do
juízo incompetentemente.

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 Art. 66 —> conflito de competência: dois juízos dizem que não são
competentes para uma causa (conflito de competência negativa, mais
comum) ou dois juízos dizem eu são competentes para causa (conflito
de competência positiva).
 Competência vem sofrendo uma mudança muita drástica pelos art. 67 e
69 que estabelece que juízes, mesmo com competências absolutas,
podem se comunicar para cooperarem entre si (cooperação jurídico-
nacional) – relativização à ideia de competência individual de cada juiz.
Há também uma mudança drástica causada pela virada tecnológica.

Imparcialidade —> O primeiro problema é que no Brasil pouco se faz


discussão sobre a imparcialidade objetiva do magistrado (ter a aparência de ser
imparcial) – juiz que tem opinião publica sobre o tema ele não poderia julgar o
caso. Não é o caso do Brasil.

O segundo problema é que em outros sistemas desenvolveu as técnicas de tirar


o juiz quando ele contamina (exemplo da prova ilícita) durante o processo
(enviesado), o que não se faz no Brasil.

No Brasil, não se respeita o requisito da imparcialidade objetiva. , para


a imparcialidade, vige o sistema de controle normativo de hipóteses de
impedimento ou suspeição (1443 e 145 do CPC) – em que o juiz se manifesta
suspeito ou impedido e um outro órgão julga isso.

Aula 7 – 30/03/2023

o CAPACIDADE POSTULATÓRIA E DE ESTAR EM JUÍZO


 Capacidade de estar em juízo (não é a mesma coisa de ter capacidade de ser parte):
verificar se a pessoa pode estar autonomamente em juízo ou se ela precisa ser
representada (incapazes). Art. 70 e seguintes do CPC.

- Pode ser que o incapaz não tenha representante legal (órfão menor), pode ser que a criança
herde alguma ação de seus pais ou necessite ajuizar uma ação em seu nome —> nessa

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Incisos IV eV – Tronco ancestral. Afinidade também vale (cunhado). O primo pode (porque é parente em
quarto grau. Gera impedimento até o tio e o sobrinho.

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hipótese, art. 72, o CPC estabelece a ideia do curador especial – hipóteses (representar um
menor sem tutor ou curador).

Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao:

I - incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele

II - réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não
for constituído advogado.e, enquanto durar a incapacidade;4

O curador oficial tem a prerrogativa de fazer uma defesa por negativa geral (art. 341,
parágrafo único).

Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes
da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se:

Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao
advogado dativo e ao curador especial.

Art. 73: O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação (ser autor) que
verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta
de bens. Litisconsórcio facultativo.

Ter anuência não significa dizer que os dois cônjuges deverão ser partes 5. Anuência: outorga
marital e outorga uxória. Se ele não quiser dar outorga – art. 74.

Ação proposta contra os cônjuges (ação do art. 73, paráramos segundo): ação litisconsorte
passivo unitário. Deve ter os dois cônjuges necessariamente.

Em união estável, parágrafo terceiro do art. 73, apenas quando ela for documentada em juízo.

Art. 76 – hipótese da constatação da incapacidade processual. Nesse caso, o juiz dá a


oportunidade do indivíduo sanar o vício (princípio da primazia do mérito).

Aula 8 – 03/04/2023

 CAPACIDADE POSTULATÓRIA

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Litisconsórcio necessário ativo: caso em que para ação ser viável os dois cônjuges devem propor a ação, a
exemplo da mudança do regime do casamento civil.

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Capacidade de participar do processo sem ter a necessidade de um auxílio técnico para tanto.
Em princípio, está ligada às pessoas com formação jurídica – pessoas com capacidade
postulatória: advogados, ministério público, defensor público.

Autorrepresentação (jus postulandi próprio) à direito brasileiro admite algumas hipóteses de


autorrepresentação: juizado especial (capacidade de ser parte, capacidade de estar em juízo e
capacidade postulatória – concentra os três). O grande problema é que na grande parte das
vezes, não há defesa técnica e efetiva.

Art. 103 e seguintes: habilitação do advogado para exercer a capacidade postulatória.

 Art. 105: cláusula ad juidicia – poderes.

- Sucessão das partes: art. 108 e seguintes. Juiz suspende o processo e ingressa no lugar do
morto o espólio ou os próprios filhos, por exemplo.

 OBJETIVOS
o Intrínsecos
o Extrínsecos
 Ausência de litispendência, perempção e convenção de arbitragem

Pergunta: qual a diferença entre critério de fixação da copetencia em razão da matéria e da


função?

Competencia sobre competência é só para critérios de incompetência absoluta?


Normativamente, não cabe recurso contra decisão interlocutória de declaração de
incompetência. STJ decidiu que cabe recurso imediato – agravo de instrumento. – explicar
isso melhor.

Aula 9 – 10/04/2023

INTERVENÇÃO DE TERCEIROS

 Terceiros: o conceito de terceiros se dá por negação. São todos aqueles que não sejam
partes.

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 Intervenção de terceiros: Quando alguém ingressa como parte, ou até como coadjuvante
da parte, em processo pendente entre outras partes.
 Espécies:
o Assistência (simples e litisconsorcial)
o Denunciação da lide
o Chamamento ao processo
o Incidente de desconsideração da personalidade jurídica
o Amicus curiae

 Em regra, o terceiro vira parte ao intervir na demanda;

 Algumas formas de intervenção são voluntárias e outras são provocadas;

 O terceiro somente intervirá no processo se for da sua vontade. Ele não será obrigado
a integrar a lide processual;

 ASSISTÊNCIA – pode ser simples ou litisconsorcial

Assistente é quem auxilia a parte, o terceiro. Assistido é quem é auxiliado.

o Simples: é um interesse jurídico (não pode ser financeiro ou sentimental) reflexo,


indireto. Terceiro intervirá somente para auxiliar o assistido, porque possui alguma
relação. Tanto réu quanto autor pode ser assistidos – Art. 121 e seguintes do CPC.
Grande exemplo: sublocação.
 Não defende direito próprio, apenas reflexo;
 Decisão afetará o assistente apenas indiretamente;
 Tem que ter interesse jurídico;
 A relação tem que ser com a parte assistida;
 Não pode assumir em face do pedido posição diversa da do assistido.

o Litisconsorcial: aquela em que o terceiro intervirá para defender direito próprio.


Também pode ser direcionada tanto ao autor quanto ao réu. Diferente do assistente
simples, tem um interesse na demanda, mas por alguma razão não foi incluído no
processo. Daí temos uma hipótese de litisconsórcio facultativo – Art. 124.
 Defende direito próprio – exemplo clássico: devedores solidários.
 Decisão afetará o assistente diretamente;

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 Tem que ter interesse jurídico qualificado (tem que ser maior que o da
assistência simples);
 Deve existir uma relação entre o terceiro e o ex adverso da parte assistida.
 Pode assumir, em face do pedido, posição diversa da do assistido.

- Duas perguntas ajudam a identificar a assistência simples e litisconsorcial:

 O assistente tem interesse direto ou pode sofrer só um efeito reflexo?


 O assistente tem relação com o adversário do assistido?

Enquanto não há coisa julgada, é possível intervenção de terceiro. Não há intervenção na


execução  Mas, porque a intervenção é apenas facultativa e dela não depende a eficácia da
sentença (mesmo nos casos de assistência litisconsorcial), o assistente recebe o processo no
estado em que se encontra, sem direito a renovar os atos já praticados pelas partes ou de
promover aqueles que sofreram preclusão por inércia do assistido.

 PROCEDIMENTO

1º terceiro interessado peticiona nos autos;

2º Juiz intima as partes para se manifestarem em 15 dias. A impugnação das partes é restrita e
deve se restringir à falta de interesse jurídico de terceiro.

3º: Juiz decide acerca da possibilidade de assistência

4º: Cabe recurso (agravo de instrumento) contra a decisão.

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 DENUNCIAÇÃO DA LIDE – não é obrigatória, pode aduzir a pretensão em outra ação
autônoma.

Denunciante, parte que provoca o terceiro. Denunciado é a parte (terceiro) que é provocada.

Terceiro é chamado para se responsabilizar pela parte ou indenizá-lo. Sistema pensado para
promover a economia processual.

 Forma de intervenção de terceiros provocada;


 O denunciado (terceiro) tem algum dever de ressarcir o denunciante. Serve para
garantir uma pretensão regressiva;
 Não há solidariedade entre denunciante e denunciado (vez que seria assistência
litisconsorcial).
 Direito de regresso contra terceiro que é exercido por meio da denunciação da lide;
 É uma segunda demanda, eventual, dentro do mesmo processo;

- Não é obrigatória, a pretensão pode ser exercida em ação autônoma;


- A denunciação pode ser realizada tanto pelo autor (na petição inicial) quanto pelo réu (na
contestação).

Rol taxativo  art. 125 do CPC

Exemplo: art. 125, II - seguradora

 O CPC ao tratar do assunto cria uma linha de corte no número de denunciações


possíveis para não criar efeito contrário ao que se pretende quanto à economia
processual.

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 Efeitos:
o O juiz acerta o dever de regresso naqueles próprios autos;
o Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o caso, requerer o
cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da
condenação deste na ação regressiva.

Aula 10 – 13/04/2023

 CHAMAMENTO AO PROCESSO – provocada exclusivamente pelo réu. O devedor


demandado chama para integrar o mesmo processo os coobrigados pela dívida, de modo a
fazê-los também responsáveis pelo resultado do feito; Chamante: réu. Chamados:
Terceiros.

- O chamamento ao processo é cabível, em qualquer espécie de procedimento, no processo de


cognição. Já no processo de execução não é de admitir-se a medida, dado que a finalidade da
execução forçada não é a prolação de sentença, mas apenas a realização do crédito exequente.

- Possibilidades: art. 130  rol taxativo.

DIFERENÇA ENTRE DENUNCIAÇÃO DA LIDE E CHAMAMENTO


- Denunciação da lide: o terceiro interveniente não tem vínculo ou ligação jurídica com a parte
contrária do denunciante na ação principal. A primitiva relação jurídica controvertida no processo
principal diz respeito apenas ao denunciante e ao outro litigante originário (autor e réu). E a relação
jurídica de regresso é exclusivamente entre o denunciante e o terceiro denunciado. A denunciação
pode ocorrer tanto pelo autor quanto pelo réu.
- Chamamento ao processo: o réu da ação primitiva convoca para a disputa judicial pessoa que,
nos termos do art. 130, tem, juntamente com ele, uma obrigação perante o autor da demanda
principal, seja como fiador, seja como coobrigado solidário pela dívida aforada. Vale dizer que só
se chama ao processo quem, pelo direito material, tenho um nexo obrigacional com o autor.
Somente o réu pode chamar o terceiro ao processo.

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 Efeitos:
o A sentença de procedência valerá como título executivo em favor do réu que
satisfizer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor
principal, ou, de cada um dos codevedores, a sua quota, na proporção que lhes
tocar. Em suma: vale como título executivo em favor do chamante, contra
o chamado, para reembolso da parte que lhe couber na dívida comum

 INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA - A pessoa


jurídica possui patrimônio próprio, que não se confunde com o patrimônio do sócio. A
legislação de direito material permite, em situações específicas, a afetação do patrimônio
do sócio para quitação de dívidas da pessoa jurídica
 Art. 50 do CC:
o DESVIO DE FINALIDADE: pessoa jurídica é utilizada para fins diversos dos
quais foi constituída;
o CONFUSÃO PATRIMONIAL: ausência da separação entre o patrimônio da
pessoa jurídica e os de seus sócios.
 Art. 28 do CDC;
 CPC: arts. 133 a 135.
o Características: a) O pedido deve ser feito pela parte ou pelo MP; b) Não é
permitida a desconsideração de ofício, a partir da determinação do juiz; c) O
pedido deve observar os pressupostos da lei relacionada ao direito em debate:
se for o CC, deve seguir os ditames do art. 50; se for o CDC, deve observar o
seu art. 28.

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- Procedimento:

1. Quando é requerido na própria petição inicial:  Pode fazer o pedido na própria petição
inicial da ação, juntando provas. Deverá promover a citação do sócio ou da PJ. Nesse caso
não será necessária a instauração de um incidente específico.

2. Quando é requerido no curso dos autos: Pode ser requerido por simples petição no curso
dos autos, mas nesse caso sua tramitação é em autos apartados (incidente). O sócio ou a PJ
serão citados para apresentar defesa e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 dias, a fim
de cumprir-se a garantia fundamental do contraditório.  Suspende processo principal.

 Atenção: O incidente pode ser instaurado em todas as fases do processo de conhecimento,


no cumprimento de sentença e na execução fundada em título extrajudicial. Principal efeito é
imputar aos sócios ou administradores da empresa a responsabilidade pelos atos fraudulentos
praticados em prejuízo de terceiros. Desta forma, a indenização será assegurada não só pelos
bens da pessoa jurídica como de seus sócios. 

 O CPC permite a desconsideração inversa da personalidade jurídica: art. 133, §2º.


Nela, a pessoa jurídica responde por obrigações do sócio. Possui os mesmos requisitos da
desconsideração direta. 

 AMICUS CURIAE - Amigo da corte ou amigo do tribunal. Função de auxiliar o juiz em


causas relevantes, repercussão social ou cujo objeto seja bastante específico, de modo
que o magistrado necessite de apoio técnico. Sua participação é meramente opinativa a
respeito da matéria objeto da demanda. Sua intervenção é uma forma de aprimoramento
da tutela jurisdicional. Tem a função de melhorar o debate processual e contribuir a uma
decisão mais justa e fundamentada.
 Art. 138: pode também pessoa física.
 A intervenção do terceiro, como amicus curiae, quando realizada espontaneamente, só
pode dar-se por meio de representação por advogado, por ser esta a forma legal
obrigatória de pleitear em juízo. Quando, porém, a iniciativa é do próprio órgão
judicial, que procura obter contribuição técnica para melhor avaliação da causa, não há
como sujeitar o interveniente a se fazer representar por advogado para apresentar a
manifestação requisitada pelo juízo. 

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 O CPC não determinou especificamente os poderes do amicus curiae, mas a
jurisprudência majoritária admite a possibilidade de fazer sustentação oral, apresentar
memoriais e informações. 
 A lei não menciona a possibilidade de interpor recurso, apenas opor embargos de
declaração e recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas
repetitivas.
 O amicus curiae é um colaborador do juízo, razão pela qual se encontra dispensado do
pagamento de custas, despesas e honorários processuais. Entretanto, ressalte-se que ele
poderá ser condenado como litigante de má-fé (art. 79).
 Sua participação pode ser determinada de ofício pelo juiz, solicitada pelas partes ou
pelo próprio amigo do Tribunal.

- Intervenção anômala: Prevista na Lei n. 9.469/1997, art. 5º.

Aula 11 – 17/04/2023

ATOS PROCESSUAIS

- O fato processual é uma mera ocorrência que induz algum efeito processual. Exemplo:
nascimento, morte (art. 313 CPC).

- Os atos fatos processuais dizem respeito a ocorrências que vão gerar impacto no
procedimento.

- Já os atos processuais representam volitivas no curso do procedimento, que pode se dar de


modo unilateral (apresentar defesa), bilateral (desistência da ação, em princípio pode ser
desencadeada de modo unilateral até o transcurso do prazo de resposta ou efetiva resposta)

- Há uma categoria negócios jurídicos processuais: há o típico CPC de 2015 criou uma
clausula geral (não tem conteúdo pré-determinado) segundo a qual as partes,
independentemente da vontade do juiz, em regra, têm faculdade para reestruturar a própria
dimensão do procedimento. Por exemplo, tornar o processo completamente virtual (negócio
jurídico plurilatreal) – Resolução nº 345 do CNJ.

Em regra, negócios jurídicos processuais independem da vontade do juiz. Existem exceções,


como o previsto no art. 357.

Previsão nos arts. 190 e 200.

Pela via da convenção processual, o juiz pode aumentar o prazo (antes do decurso do prazo).

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Mas não é pra qualquer ajuste – existem limites: pode haver um processo em que ocorrerá em
grau único, sem Recursos. Mas não posso acordar que será um processo cujo Recurso irá
direto para o STF.

 Classificação
o Partes
 Unilateral
 Bilateral
 Plurilateral – participação do juiz e até mesmo do judiciário. Estamos
em uma época em que a conencionalidade atinge inclusive a esfera
pública.
o Juiz – pronunciamentos – Art. 203: sentença é o ato do juiz que põe sentença
é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts.
485 e 487 (conteúdo) , põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem
como extingue a execução (efeitos).

Assim, para ser sentença deve ter um conteúdo específico (485 ou 487) e gerar um efeito
específico. Não basta ter o conteúdo, não tendo o efeito, será decisão interlocutória.

Decisão interlocutória é o resto, que tenha conteúdo decisório. Pode ou não caber Agravo de
Instrumento (art. 1.015 do CPC). Tema 988.

Quando o juiz está despachando ele está apenas movimentando o processo, sem prejudicar
parte alguma, é uma decisão sem força decisória, não cabendo recurso algum  deve-se
analisar a sucumbência de prejuízo de gravame. Despacho – o qual não tem teor decisório -
também é por exclusão.

Nos Tribunais nós temos: Acórdãos (2º e Tribunal Superior) – alguns 6 desses acórdãos são
escolhidos pelo Ordenamento para ser mais do que Acórdãos  são chamados de precedentes
– rol do art. 927, III do CPC – escolhe casos criando um padrão decisório modelar que tem
potencial de força obrigatório em casos análogos. Precedentes qualificados vinculam todos os
graus de decisões.

O precedente, no Brasil, proveniente de uma IRDR, ao fim desse julgamento, será formado
um precedente qualificado. Nós sabemos em que casos surgirão um precedente.
6
Nem todo Acórdão é precedente.

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No STJ, Recursos Especiais repetitivos são o mecanismo de formação de precedentes.

O REsp subjetivo, por outro lado, não tem força obrigatória, apenas persuasiva – mero
julgado.

Para a formação de precedentes no STF, há os Recursos Extraordinários julgados pela técnica


de repercussão geral e controle de constitucionalidade.

O ônus argumentativo para petição inicial passa uma análise prévia do sistema de
precedentes.

Sempre tem que comparar o caso com o julgado usado como substrato de base.

Os precedentes dos tribunais superiores são conhecidos como temas, de onde se extrai uma
súmula.

- Acórdão – art. 204  Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais.

o Decisões monocráticas: esse é o comum dos tribunais superiores (art. 1.011). Decisões
monocráticas são proferidas por um julgador sorteado – o Relator. Os vogais são os
dois que seguem o Relator na lista com base na sua antiguidade na Câmara. Decisão
monocrática não forma precedentes. Decisões sobre tutela são sempre monocráticas.
o O relator, por força do art. 932, tem uma série de poderes. Nos tribunais superiores,
mais de 80% dos recursos são julgados monocraticamente.

Art. 357: decisão interlocutória declaratória de saneamento do processo.

Aula 12 – 20/04/2023

 Formas – todo ato processual é constituído por um elemento formal. Cada forma
processual induz um conteúdo que o que imporá do ponto de vista prático e técnico e o que
importa e como aquele processo foi apresentado e se ele atingiu a suas finalidades.
o Hoje temos um formalismo conteudista.
o Regra geral – liberdade (arts. 4º, 188, 276, 277 e 282): princípio da primazia
do julgamento do mérito e o princípio da instrumentalidade das formas – o ato
processual tem que cumprir o papel de ser instrumento, mas ele precisa ser
veiculado sem que haja nenhum limite formal para isso. O que não significa

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que não exista requisitos a serem adotados em alguns atos processuais. Não
invalida o ato simplesmente por não atender à estrutura formal, mas chama ao
processo o objetivo é que o ato alcance a sua finalidade.

Assim, em regra, há liberdade, a qual não é absoluta tendo em vista os requisitos legais
estabelecidos pela lei. O rigor formal não pode inbiir a pratica processual, se for possível
sanear. Isso não quer dizer que no âmbito dos tribunais não há uma tentativa de redução da
massa de recursos a serem julgados em razão de erros formais, tentativa essa que está contra a
ideia principiológica do código. Eles são extremamente rigorosos no que diz respeito às
formalidades – jurisprudência defensiva. Isso está na contra mão do que o CPC diz – prova
disso é o disposto no art. 188, art. 276, art. 277.

 Publicidade atos precessuais são públicos – publicidade ampla e irrestrita.


o Art. 5º, LX e 93, IX CR
o Art. 189

Existem hipóteses de publicidade mitigada, reduzida  processos em segredo de justiça (não


é sigilo, quando nem os interessados têm acesso ao processo). Pode também ser requerido o
segredo de justiça nos casos elencados pelo art. 189.

A tecnologia está mudando a publicidade  excesso altera o comportamento judicial, gera


um problema de privacidade. A publicidade gera uma espetacularização.

 Tempo
o Horário - Presencial – 6h às 20h – art. 212: em autos físicos pode praticar os
atos processuais durante esse período. Atos processuais praticados fisicamente
também. Mas tem que respeitar o expediente forense, caso o expediente for
menor.
o Eletrônico – 213: se o processo tramitar de modo eletrônico, pode praticar até
às 00 horas.
o Recesso e feriado 214 e 1003, §6º
o Prazos próprios e impróprios – Os prazos próprios são direcionados às partes
para que elas realizem os atos processuais que lhe são devidos. Quando eles
não são cumpridos ocorre a preclusão que está prevista no artigo 223 do CPC.
Os impróprios, por outro lado, são os praticados pelo juiz.Se a cientificação é

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feita em uma plataforma de autos eletrônicos: - Lei 11.419/2006: advogado é
cientificado pela plataforma, não imediatamente, tem um prazo de leitura de 10
dias corridos - prazos processuais exclui-se o dia do início e inclui-se o do
final. Tem tribunal que não conta assim e intima de modo definitivo (não tem
prazo de leitura).
 214: recesso forense. Exceção são as tutelas de urgência e os atos no
art. 212, §2º.
 218: juiz pode determinar prazos quando a lei for omissa. Só pode
ampliar, antes do decurso do prazo.
 218, §3º: não tendo previsão legal ou do juiz, o prazo é de cinco dias.
 218, §4º: é possível praticar o ato antes da intimação para tanto, não há
prejuízo.
 220: recesso forense.
 219: prazos processuais são contados só a partir de dias úteis. Observe-
se que feriados locais há um ônus probatório de quem o alega, de
preferência uma norma local do próprio tribunal. Observação: prazos
de direito material (prazo de cumprimento, de modo geral, prazos como
multa de a cada dois dias) são contados em dias corridos.
 223: Preclusão.
 224 - Preclusão7. Deve-se praticar o ato no interregno definido em lei.
No entanto, se não praticar, o espaço de tempo fecha e perde a
oportunidade que o ato processual seja levado a cabo.
 Preclusão lógica: extinção da faculdade de praticar um
determinado ato processual em virtude da não compatibilidade
de um ato com outro já realizado.
 Preclusão consumativa: a impossibilidade de certo sujeito
praticar determinado ato decorre da circunstância de haver ele
praticado um ato anterior que esgotou os efeitos do ato que ele
quer praticar.

 Comunicação
o Citação
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Preclusão do juiz: pro judicato. Decisões contraditórias entre si que quebram com a boa-fé processual. Não há
preclusão temporal para juiz.

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 Eletrônica
 Correio
 Por oficial
 Hora certa
 Edital
o Efeitos: 240

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