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Aula 1 - 14/03
Programa
Bibliografia
Pronúncia
Na primeira fase, o juiz tem 4 opções. Na pronúncia, o juiz tem a possibilidade de se,
convencido da materialidade do fato e de indícios suficientes de autoria ou participação
(elementos de justa causa sobreviveram a primeira fase do contraditório, logo os juízes
naturais podem exercer sua competência constitucionalmente estabelecida), pronunciar
o acusado. Essa decisão de pronúncia é o segundo juízo de admissibilidade que o juiz
profere nesse procedimento (art. 413).
Impronúncia
Absolvição Sumária
Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando:
o I - provada a inexistência do fato - certeza quanto a não ocorrência do fato
material. Se houver dúvida quanto à ocorrência ou não do fato, deve-se realizar
impronúncia. Segura e vigorosa, não tem base mínima que justifique sujeitar ao
tribunal do júri - ausência de elementos mínimos que confiram admissibilidade
daquela causa para ser julgada pelo tribunal do júri.
o II - provado não ser ele o autor ou partícipe do fato - prova de que o acusado
não foi autor ou participe (certeza). Se houver indícios, deve-se pronunciar
(quadro positivo).
Cautela do juiz na decisão de pronúncia: não pode afirmar nada de
maneira categórica em relação à autoridade.
o III - o fato de não constituir infração penal - fato não constituir infração penal
(atipicidade). Fato não se submete à categoria de crime doloso contra a vida.
o IV - demonstrada causa de exclusão do crime - Provada causa de exclusão do
crime. Certeza quanto à configuração dos artigos 23 a 25 do CP.
o V - demonstrada causa de isenção de pena - Prova da causa de isenção de pena
(certeza). Exceção: inimputabilidade por doença mental (art. 26, caput) - art.
415, p. único - única que não pode ser suscitada nesse momento. Se desconfia,
deve tomar cautela redobrada e observar as seguintes situações: (i) processo
será remetido ao tribunal do júri se houver outra tese defensiva (pronúncia) -
i.e. defesa nega autoria do crime - ou (ii) possibilidade de absolvição plena pelo
Conselho de Sentença. Se não houver outra tese defensiva, será aplicada
absolvição com medida de segurança.
Semi-imputável: pronúncia.
Absolvição imprópria: não há punibilidade, mas há grau de
periculosidade que enseja medida de segurança. Não fica livre de
qualquer resposta sancionatória.
o Hipóteses justificantes da absolvição sumária
Sentença de mérito: coisa julgada material - imputação da prática de um crime doloso
contra a vida. Quando o juiz absolve sumariamente, ele enfrenta o mérito da acusação.
Apelação (art. 416): Revogação do "reexame necessário".
o Crime conexo? Juiz enfrenta apenas o crime doloso contra a vida, deve-se
aguardar o prazo recursal para então remeter ao juiz competente.
Desclassificação
Art. 419: existência de crime diverso dos dolosos contra a vida e, portanto, deve ser
remetido para o juiz que seja competente.
Decisão interlocutória - reconhecimento da prática de crime não doloso contra a vida -
afastamento da competência do tribunal do júri.
Certeza ou dúvida - "juiz se convencer"? Dúvida sobre ser ou não um crime doloso
contra a vida. Se tem certeza que não é um crime doloso contra a vida, desclassifica
(pode indicar qual seria o possível tipo penal). É, portanto, uma decisão declinatória de
competência. Se tem dúvida, pronuncia.
Remessa ao juiz competente: observância do contraditório - manifestação das partes
antes do julgamento.
Recurso em sentido estrito (art. 538, II)
Crime conexo - desclassificação afasta também a competência do tribunal do júri para o
conexo. Aguardar o prazo para a interposição do recurso para remeter então ao juiz
competente/julgar caso seja competente. Recurso não tem efeito suspensivo.
Decisão de pronúncia (1ª parte). Tornou preclusa, seja porque não houve interposição
de recurso ou, houve recurso, mas já foi julgado. Não há possibilidade de modificação,
nos termos do artigo 421, p. 1º.
o Procedimento do tribunal do júri seria dividido em 3 partes: Oferecimento da
denúncia - decisão de pronúncia, Atos preparatórios para a sessão plenária do
tribunal do júri e Sessão plenária do tribunal do júri. Mas para o professor, SÃO
APENAS DUAS PARTES.
Tribunal do Júri
o Compartilhamento de funções e competência
o Juiz togado - atribuições, art. 497, CPP
o Jurados: maiores de 18 anos e notória idoneidade. 25 jurados, sorteio de 7 para
composição do conselho de sentença. Alistamento dos jurados (Arts. 425/426,
CPP)
Soberania dos vereditos - sentença, ato final de julgado, apenas
reafirma a posição dos jurados, revelada pelo veredito.
Causas de isenção: impedimento e proibição
Jurados escolhidos para exercer a função durante várias sessões de
julgamentos que se realizarem ao longo de uma reunião periódica. No
dia designado para a primeira sessão, todos estão presentes e dentro
deles, serão sorteados os 7.
o Indicação de entidades - art. 425, p. 2º
Feita pelo juiz presidente
Lista geral (art. 426, caput): publicação até o dia 10 de outubro
Limite depende das normas de organização judiciária. Em SP, é
o provimento 744/200- do Cons. Sup. da Magistratura (34.000
jurados)
Lista definitiva Art. 426, p. 1º. Publicação até o dia 10 de novembro.
Urna geral Art. 426, p. 3º. Nomes válidos para a sessão anual.
Audiência de sorteio: 10/15 dias antes da reunião (art. 433. p. 1º)
Audiência pública com presença do MP, OAB e Defensoria
Pública
25 jurados para a reunião periódica
Urna para o sorteio do Conselho de Sentença
Função
Sessão de julgamento
Verificação das presenças
o Ausência do MP - Adiamento para 1º dia desimpedido (art. 455, caput, CPP)
Se injustificada, deve comunicar ao procurador geral além das medidas
administrativas, designação de novo promotor
o Ausência de advogado do réu
Justificada: adiamento para o 1º dia desimpedido
Injustificada - um único adiamento: se o réu tem defensor constituído
será intimado para constituir novo. Defensoria pública é intimada.
Prazo mínimo de 10 dias para a nova sessão
Comunicação à OAB
o Ausência do réu solto
Realização do julgamento (Art. 457, caput) - inspiração no direito ao
silêncio (OBS. a menos que a ausência seja justificada)
o Ausência do réu preso: adiamento para o 1º dia desimpedido, salvo se houver
pedido de dispensa subscrita pelo defensor e pelo acusado (art. 457, p. 2º, do
CPP)
o Ausência do assistente de acusação
Injustificada: realização do julgamento (art. 457, caput do CPP)
Justificada: possibilidade de adiamento (art. 457, p. 1º do CPP)
o Ausência do advogado do querelante
Injustificada: retomada da ação pelo MP - ação penal privada
subsidiária
Justificada: adiamento da sessão (art. 457, p. 1º do CPP)
o Ausência de testemunha
Arrolada em caráter de imprescindibilidade: (a) suspender os trabalhos
e trabalhar imediata condução (oficial de justiça vai atrás da testemunha
para trazê-la, condução coercitiva)¹; (b) adiamento para o 1º dia
desimpedido e condução coercitiva - novo dia, se a testemunha não
comparecer, será realizado julgamento.
¹: Viável em comarcas menores, pessoas se conhecem - permite que
testemunha seja encontrada.
Conferência da urna e das cédulas para saber quais jurados compareceram ou não
o Chamada dos jurados
o Comparecimento de pelo menos 15 jurados
Pregão
o Art. 463, p. 1º
o Momento das partes apontarem nulidades relativas
o Preclusão das nulidades relativas - art. 571, V
Advertência aos jurados
o Art. 466, caput e parágrafos
Impedimentos, incompatibilidade (art. 448/449)
Incomunicabilidade (art. 466)
Verificação da urna
Sorteio
04/04/2022
Debates em Plenário