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OAB-1ªFASE - EXAME DE ORDEM

Disciplina: Direito Processual Penal


Professor: Helom Nunes
Aula: OVERDOSE

RECURSOS

Fungibilidade Recursal
Art. 579. Salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de um
recurso por outro.
a) ausência de erro grosseiro,
b) boa-fé
c) observação do prazo correto.

No Reformatio in pejus
 A proibição da piora só acontece quando há apenas recurso da defesa.
 Não esqueça No reformatio in pejus indireta. A sentença anulada por recurso exclusivo
da defesa limita a pena dos outros julgamento.

Sumulas do STF
705 - A renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a assistência do defensor,
não impede o conhecimento da apelação por este interposta.
708 - É nulo o julgamento da apelação se, após a manifestação nos autos da renúncia do
único defensor, o réu não foi previamente intimado para constituir outro.

EFEITO EXTENSIVO
Art. 580. No caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em
motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros.

MANDADO DE SEGURANÇA E EFEITO SUSPENSIVO


STJ – Sumula n. 604 “Mandado de segurança não se presta para atribuir efeito suspensivo
a recurso criminal interposto pelo Ministério Público”.

Como funciona a contagem de prazos?


Art. 798,
§ 4o Não correrão os prazos, se houver impedimento do juiz, força maior, ou obstáculo
judicial oposto pela parte contrária.
§ 5o Salvo os casos expressos, os prazos correrão:
a) da intimação;
b) da audiência ou sessão em que for proferida a decisão, se a ela estiver presente a parte;
c) do dia em que a parte manifestar nos autos ciência inequívoca da sentença ou despacho.

Sumula 710 - No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e não da


juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem.

Súmula 310 - Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de
intimação for feita nesse dia, o prazo judicial terá início na segunda-feira imediata, salvo se
não houver expediente, caso em que começará no primeiro dia útil que se seguir.

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RESE x AGRAVO EM EXECUÇÂO


Os incisos
Ceberá Agravo em execução
 XI,
 XII, XVII, XIX a XXIII,
 XXIV

Prazo do agravo em execução? 5 dias (STF – Sumula 700)


Rito do agravo em execução? Mesmo do RESE.

Recebeu a denuncia? Habeas Corpus

Rejeitou a denuncia? Depende


 Procedimento comum – RESE (5 dias)
 Procedimento sumaríssimo (JECRIM) – Apelação (10 dias)

Súmula 707 - Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contra-
razões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de
defensor dativo.

RECURSOS AO FINAL DA PRIMEIRA FASE DO JÚRI


 Pronuncia/Desclassificação – RESE (consoante, consoante).
 Absolvição sumária/impronúncia – APELAÇÃO (vogal, vogal)

Teve fiança? RESE


Concedeu liberdade, revogou prisão, indeferiu pedido prisão? RESE

DECISÃO DENEGATÓRIA DE HABEAS CORPUS?


 Juiz de primeiro grau – RESE
 Tribunal – Recurso Ordinário Constitucional (ROC).

Jurado na lista? RESE no prazo de 20 dias (art. 581 c/c o artigo 586)

QUAL O PEDIDO NA APELAÇÃO DO JURI?


a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; (NOVO JÚRI)
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos
jurados; (REDIMENSONAMENTO DA PENA)
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de
segurança; (REDIMENSONAMENTO DA PENA)
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. (NOVO JÚRI)

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RECURSO CRIMINAIS PRAZO


Apelação 5 dias (+8 razões)
Apelação em contravenção penal 5 dias (+3 dias)
RESE 5 dias (+2 razões)
Embargos infringentes/nulidade 10 dias
Agravo em execução 5 dias
Embargos de Declaração 2 dias (JECRIM: 5 dias)
Correição parcial 5 dias
Resp/RE 15 dias
Carta Testemunhável 48h
Apelação subsidiária* 15 dias
Recurso inominado (JECRIM) 10 dias

Concurso de Agentes na Ação Penal Privada:


 A queixa contra qualquer um dos autores do crime, obrigará o processo à todos.
 A renúncia, em relação a um dos autores do crime, se estenderá à todos.
 O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos.

INQUÉRITO POLICIAL

Conceito
Conjunto de diligências realizadas pela Polícia Judiciária, cuja finalidade . angariar
elementos de prova (prova da materialidade e indícios de autoria), para que o legitimado
(ofendido ou MP) possa ajuizar a a•.o penal.

Assim, o IP possui natureza administrativa.

Características
 Sigiloso - A autoridade policial deve assegurar o sigilo necessário . elucidação do fato
ou o exigido pelo interesse da sociedade. Prevalece o entendimento de que o IP é
sigiloso em relação às pessoas do povo em geral, por se tratar de mero procedimento
investigatório.
 Administrativo - O Inquérito Policial, por ser instaurado e conduzido por uma
autoridade policial, possui n.tido caráter administrativo.
 Inquisitivo (inquisitorialidade) - A inquisitorialidade do Inquérito decorre de sua
natureza pré-processual. Logo, não há acusado, mas apenas investigado.
 Oficioso (Oficiosidade) - A instauração de ofício quando se tratar de crime de ação
penal pública incondicionada.
 Escrito (formalidade) - Todos os atos produzidos no IP deverão ser escritos, e
reduzidos a termo aqueles que forem orais.
 Indisponibilidade - A autoridade policial não pode dispor do IP, ou seja, não pode
mandar arquivá-lo.
 Dispensabilidade – É dispensável para oferecimento da denúncia.

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 Discricionariedade na condução - A autoridade policial pode conduzir a investigação


da maneira que entender mais frutífera, sem necessidade de seguir um padrão pré-
estabelecido
 Contraditório e ampla defesa?
o Em regra, não há.
o É possível a apresentação de razoes e quesitos
o NÃO há direito de requisição
o Previsão expressa de contraditório e ampla defesa:
 Inquérito para decretação de expulsão de estrangeiro
 Inquérito para apuração de falta administrativa (SV n. 05).
 Investigação do MP (art. 7º da Resolução n. 13/2006 – CNMP).

FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL


 De ofício (Portaria)
 Requisição do MP ou Juiz
 Requerimento do Ofendido
 Auto de Prisão em Flagrante.

Denúncia anônima (delatio criminis inqualificada)

O Delegado, quando tomar ciência de fato definido como crime, através de denúncia
anônima, não deverá instaurar o IP de imediato, mas determinar que seja verificada a
procedência da denúncia e, caso realmente se tenha notícia do crime, instaurar o IP.

STF – HC n 106664, relatado pelo ministro Celso de Mello. (27/08/2013) - Por


votação unânime, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aplicou,
nesta terça-feira, jurisprudência da própria Suprema Corte no sentido de admitir a
instauração de inquérito policial e a posterior persecução penal fundados em delação
anônima, desde que a autoridade policial confirme, em apuração sumária e
preliminar, a verossimilhança do crime supostamente cometido. De acordo com
essa jurisprudência, uma vez apurados indícios de possível cometimento de delito,
pode ser instaurada a persecução penal, agora baseada em fatos que se sustentam
independentemente do relato anônimo.

As notícias anônimas ("denúncias anônimas") não autorizam, por si sós, a propositura de


ação penal ou mesmo, na fase de investigação preliminar, o emprego de métodos invasivos
de investigação, como interceptação telefônica ou busca e apreensão. Entretanto, elas
podem constituir fonte de informação e de provas que não podem ser simplesmente
descartadas pelos órgãos do Poder Judiciário.

Procedimento a ser adotado pela autoridade policial em caso de “denúncia anônima”:


1) Realizar investigações preliminares para confirmar a credibilidade da “denúncia”;
2) Sendo confirmado que a “denúncia anônima” possui aparência mínima de procedência,
instaura-se inquérito policial;
3) Instaurado o inquérito, a autoridade policial deverá buscar outros meios de prova que
não a interceptação telefônica (esta é a ultima ratio). Se houver indícios concretos contra
os investigados, mas a interceptação se revelar imprescindível para provar o crime, poderá
ser requerida a quebra do sigilo telefônico ao magistrado.

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STF. 1ª Turma. HC 106152/MS, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 29/3/2016 (Info 819).

O INQUÉRITO POLICIAL

O que a autoridade deve fazer?


 Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservar o das
coisas, at. a chegada dos peritos criminais.
 Apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
criminais.
 Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas
circunstâncias.
 Ouvir o ofendido.
 Ouvir o indiciado (interrogatório em sede policial).
 Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações.
 Determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer
outras perícias

CUIDADO! O exame de corpo de delito é indispensável nos crimes que deixam vestígios.
A confissão não supre. Sua falta só é suprida pela prova testemunhal (exame de corpo de
delito indireto)
 Ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer
juntar aos autos sua folha de antecedentes.
 Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e
social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e
durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu
temperamento e caráter.
 Colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem
alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos,
indicado pela pessoa presa.
 Possibilidade de se proceder a reprodução simulada dos fatos (reconstituição) - Desde
que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.

IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL

REGRA: O procedimento de identificação criminal Só é admitido para aquele que não for
civilmente identificado.

EXCEÇÃO: mesmo o civilmente identificado poder. ser submetido a identificação


criminal, nos seguintes casos:
 Se o documento apresentado contiver rasuras ou indícios de falsificação.
 O documento não puder comprovar cabalmente a identidade da pessoa.
 A pessoa portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes;
 A identificação criminal for indispensável às investigações policiais (precisa de
autorização judicial).
 Constar nos registros policiais que a pessoa j. se apresentou com outros nomes.
 O estado de conservação, a data de expedição do documento ou o local de sua
expedição impossibilitem a perfeita identificação da pessoa.

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COLHEITA DE MATERIAL BIOLÓGICO


 Para determinação do perfil genético,
 Exclusivamente quando isso for indispensável às investigações
 Depende de autorização judicial.
 Deve ser armazenado em bando de dados sigiloso.

ACESSO DA DEFESA AOS AUTOS


Sumula Vinculante n. 14 - É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso
amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório
realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do
direito de defesa.

Lei n. 8906/94 – Art. 7º, XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir
investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer
natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar
peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital;

O advogado é indispensável no interrogastório realizado em sede de inquérito


policial?

PRAZO DO INQÚERITO POLICIAL

REGRA GERAL:
 Indiciado preso: 10 dias
 Indiciado solto: 30 dias

LEI DE DROGAS
 Indiciado preso: 30 dias (+30)
 Indiciado solto: 90 dias

JUSTIÇA FEDERAL
 Indiciado preso: 15 dias (+15)
 Indiciado solto: 30 dias

CRIMES CONTRA A ECONOMIA POPULAR


 Preso ou solto: 10 dias

Indiciamento
 Ato fundamentado por meio do qual a autoridade policial indica a investigação, ou seja,
a autoridade policial centraliza as investigações em apenas um ou alguns dos suspeitos.
 Ato privativo da autoridade policial, mas depende de autorização do Tribunal se o
indiciado for pessoa detentora de foro por prerrogativa de função (STF Ð Inq. 2.411).

Quem é o destinatário do IP?


 Destinatário imediato - O titular da ação penal
 Destinatário mediato - O Juiz.

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ARQUIVAMENTO DO IP (art. 28 do CPP)

Regra - O MP requer o arquivamento e o Juiz.

Se o Juiz discordar? Remete ao PGJ.


O Chefe do MP decide:
 Se concordar com o membro do MP, o Juiz deve arquivar.
 Se concordar com o Juiz, ele próprio ajuíza a ação penal ou designa outro membro
para ajuizar.

Ação penal privada - Os autos do IP serão remetidos ao Juízo competente, onde


aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal (ou serão entregues ao
requerente, caso assim requeira, mediante traslado).

Arquivamento implícito –
 Quando o membro do MP deixar de requerer o arquivamento em relação a alguns fatos
investigados, silenciando quanto a outros.
 Quando o MP requerer o arquivamento em relação a alguns investigados, silenciando
quanto a outros.

STF e STJ não aceitam a tese de arquivamento implícito.


Arquivamento indireto - Quando o membro do MP deixa de oferecer a denúncia por
entender que o Juízo (que está atuando durante a fase investigatória) incompetente para
processar e julgar a ação penal. Não é unânime.

TRANCAMENTO DO IP

Consiste na cessação da atividade investigatória por decisão judicial quando há ABUSO na


instauração do IP ou na condução das investigações, geralmente quando não há elementos
m.nimos de prova.

Decisão de arquivamento de IP faz coisa julgada?


REGRA: Não
CUIDADO: A investigação pode ser reaberta a investigação se de outras provas (provas
novas) a autoridade policial tiver notícia.

Exceções. Nestes casos, o arquivamento do IP faz coisa julgada material:


 Arquivamento por atipicidade do fato
 Arquivamento em razão do reconhecimento de manifesta causa de exclusão da ilicitude
ou da culpabilidade
 Arquivamento por extin•.o da punibilidade

OLHA SÓ: Se o reconhecimento da extinção da punibilidade se deu pela morte do agente,


mediante apresentação de certidão de óbito falsa (o agente não estava morto) é possível
reabrir as investigações

OLHA SÓ! Delegado não arquiva IP

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Ministério Público pode presidir inquérito policial?


NÃO
Lei n. 12830/12 – Art. 2º § 1o Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial,
cabe a condução da investigação criminal por meio de inquérito policial ou outro
procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da
materialidade e da autoria das infrações penais.

AÇÃO PENAL

Conceito
Instrumento pelo qual o Estado exerce o jus puniendi.

Espécies

 PÚBLICA
o INCONDICIONADA
o CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO
 PRIVADA
o EXCLUSIVA
o PERSONALÍSSIMA
o SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA

1. Ação Penal Pública incondicionada


A legitimidade para a iniciativa é do Ministério Público.
Não prazo, salvo o prescricional.

2. Ação Penal Publica condicionada.


Pode ser condicionada à:

a) Requisição do Ministro da Justiça


 Não tem prazo (pode ser oferecida enquanto não extinta a punibilidade)
 Não cabe retratação
 MP não está vinculado à requisição

b) Representação do ofendido:
 Deve ser oferecida dentro de 06 meses, sob pena de decadência (art. 38 do CPP).
 O ofendido poderá se retratar enquanto não for oferecida a denúncia (art. 25 do
CPP).
 É marcada pela informalidade
 É indivisível em reação aos autores do fato.

Tanto a ação penal publica incondicionada quanto à condicionada, possuem as seguintes


características:
a) Obrigatoriedade
b) Oficialidade
c) Indisponibilidade
d) Divisibilidade (cuidado!)

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3. Ação Penal Privada Exclusiva


A legitimidade para início da ação pertence ao ofendido

OLHA SÓ!
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial,
o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente,
descendente ou irmão.

4. Ação Penal Privada Personalíssima


O direito de queixa não passa aos sucessores (nem pode ser exercido pelo representante
legal).

Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento


Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou
ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode
ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou
impedimento, anule o casamento.

5. Ação Penal privada subsidiária da pública


 inércia do MP
 O ofendido passa a ter legitimidade para ajuizar a queixa-crime subsidiária.
 Prazo: 06 (seis) meses, e neste período, a legitimidade é concorrente. (art. 29 do
CPP).

A ação penal privada possui as seguintes características:


 Indivisibilidade
 Oportunidade
 Disponibilidade

Observemos que a ação penal privada subsidiária da pública, não é em sua essência, uma
ação penal privada, mas só alcança esta qualidade em razão da omissão do MP.

Dessa forma, alguns institutos não alcançarão a ação penal privada subsidiária da ´pública,
mas apenas as outras ações penais privadas (exclusiva e personalíssima). Vejamos:

1. RENÚNCIA
 Antes do ajuizamento da ação.
 Expressa ou tácita (Com relação à renúncia tácita, decorrente da não inclusão de algum
dos infratores na ação penal, o STJ firmou entendimento no sentido de que a omissão
do querelante deve ter sido VOLUNTÁRIA, ou seja, ele deve ter, de fato, querido não
processar o infrator).
 Oferecida a um dos infratores a todos se estende
 Não depende de aceitação pelos infratores (ato unilateral)

2. PERDÃO
 Depois do ajuizamento da ação

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 Expresso ou tácito
 processual ou extraprocessual
 Oferecido a um dos infratores a todos se estende
 Depende de aceitação pelos infratores (ato BILATERAL)
 Se um dos infratores não aceitar, isso não prejudica o direito dos demais

3. PEREMPÇÃO (art. 60 do CPP)


Penalidade ao querelante pela negligência na condução do processo

HIPÓTESES DE PEREMPÇÃO:
 O querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos.
 Falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo,
para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 dias, qualquer das pessoas a
quem couber fazê-lo.
 O querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do
processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de
condenação nas alegações finais.
 Quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.

JURISDIÇÃO & COMPETÊNCIA

COMPETÊNCIA MATERIAL
JUSTIÇA FEDERAL: Ler as interpretações do art. 108 e 109 da CRFB.

COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO LOCAL

Regra: Teoria do Resultado


Exceção: Teoria da Atividade
 Crimes tentados
 JECRIM
 Crimes dolosos contra a vida

Quando aplicar a regra da PREVENÇÃO?


 Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou
 Quando incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas
de duas ou mais jurisdições,
 Crimes continuados ou permanentes;
 Quando houver empate na gravidade e no numero de infrações;
 Quando houver despacho de diligência ou prisão, ainda que anterior ao recebimento da
ação penal.

QUANDO A COMPETÊNCIA TERRITORIAL É FIXADA COM BASE NO DOMICÍLIO DO


RÉU?
 Não sendo conhecido o lugar da infração - Será regulada pelo lugar do domicílio ou
residência do réu.
 Se o réu tiver mais de uma residência - Prevenção.
 Se o réu não tiver residência ou for ignorado seu paradeiro - juiz que primeiro tomar
conhecimento do fato.

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 Se for hipótese de crime de ação exclusivamente privada - Poderá o querelante


escolher ajuizar a queixa no lugar do domicílio ou residência do réu, ainda que
conhecido o lugar da infração.

CONEXÃO CONTINÊNCIA

Mais de um crime (infração) UM crime (uma só infração)

Concurso de crimes Concurso de pessoas

Concurso material, crimes continuado Concurso formal/aberratio ictus/criminis

CONEXÃO

Por simultaneidade (ao mesmo tempo)

INTERSUBJETIVA Por concurso (pessoas, liame subjetivo) vários crimes

Por reciprocidade (umas contras as outras)

OBJETIVA Teleológica (assegurar execução)

Consequencial (ocultação, impunidade, vantagem)

INSTRUMENTAL A prova de uma infração influencia na prova da outra.

PROBATÓRIA

CONTINÊNCIA

SUBJETIVA Duas ou mais pessoas pelo mesmo crime

Concurso formal

OBJETIVA Aberratio ictus – art. 73, parte final, do CP

Aberratio criminis- art. 74, parte final, do CP

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COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA PESSOA

QUADRO SINÓTICO DA PRERROGATIVA DE FUNÇÃO


PRESIDENTE DA REPÚBLICA Crime comum - STF
Crime de responsabilidade - SENADO
MEMBROS DO SENADO E DA CÃMARA DOS Crime comum - STF
DEPUTADOS Crime de responsabilidade – Não há
previsão
MEMBROS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES E DO Crimes comuns e de responsabilidade -
TCU STF

GOVERNADOR DO AMAZONAS Crime comum - STJ


Crime de responsabilidade – ALE/AM -
Art. 28, XXI, da Constituição do Estado.

DESEMBARGADORES DOS TJS, TRFS, TRES E Crimes comuns e de responsabilidade -


TRTS STJ

MEMBROS DO(S): TCES, TCMS, MPU QUE Crimes comuns e de responsabilidade -


OFICIEM PERANTE TRIBUNAIS STJ

PREFEITOS Crime comum – TJ


Crime comum federal - TRF
Crime eleitoral - TRE
Crime de responsabilidade próprio - CMM

JUÍZES FEDERAIS Crimes comuns e de responsabilidade –


JUÍZES DO TRABALHO TRF da sua região.
JUÍZES DA JMU

MEMBROS DO MPU Crimes comuns e de responsabilidade -


TRF de sua área de atuação.

JUÍZES ESTADUAIS E DO DF Crimes comuns e de responsabilidade -


MEMBROS DO MPE E DO DF TJ de sua área de jurisdição.
CUIDADO: Em casos de crimes
eleitorais, caberá ao TRF da jurisdição da
autoridade.

O desmembramento de inquéritos ou de ações penais de competência do STF deve ser a


regra geral, admitida exceção nos casos em que os fatos relevantes estejam de tal forma
relacionados, que o julgamento em separado possa causar prejuízo relevante à prestação
jurisdicional. STF. Plenário. Inq 3515 AgR/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em
13/2/2014 (Info 735).

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Cabe apenas ao STF decidir sobre a necessidade de desmembramento de investigações


que envolvam autoridades com prerrogativa de foro. De igual forma, se surgem diálogos
envolvendo autoridade com foro no STF, o juiz que havia autorizado a interceptação não
poderá levantar o sigilo do processo e permitir o acesso às conversas porque a decisão
quanto a isso é também do STF. STF. Plenário. Rcl 23457 Referendo-MC/PR, Rel. Min.
Teori Zavascki, julgado em 31/3/2016 (Info 819).

PRISÕES E MEDIDAS CAUTELARES

O que não posso esquecer sobre as prisões e medidas cautelares?


 Sempre busca um fim;
 Observa a necessidade. Logo, há o rito de aflição que deve ser justificado, em respeito
ao direito fundamental;
 Medidas cautelares podem ser aplicadas de forma isolada ou cumulada;
 O juiz deve sempre ouvir o indiciado ou acusado, ressalvado os casos de urgência ou
de perigo da ineficácia da medida;
 O juiz pode substituir uma medida cautelar por outra, ou pode acrescentar.

SE LIGA! Lei n. 13257/16 - No APF deve constar expressamente a informação


acerca da existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência
e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos,
indicadopela pessoa presa.

LEI DA PRIMEIRA INFÂNCIA (Lei n. 13257/16)


No APF deve constar expressamente a informação acerca da existência de filhos,
respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual
responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. (art. 6º do CPP).

ESPÉCIES DE FLAGRANTE

PRÓPRIO Cometendo, acabou de cometê-la

IMPRÓPRIO Perseguido, logo após,,,

PRESUMIDO Encontrado, logo depois, não foi perseguido, mas está com objetos,
bens, instrumentos.

Flagrante esperado
A autoridade policial toma conhecimento de que será praticada uma infração penal e se
desloca para o local onde o crime acontecerá Iniciados os atos executórios, ou até mesmo
havendo a consumação, a autoridade procede a prisão em flagrante.

Flagrante provocado ou preparado –

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A autoridade instiga o infrator a cometer o crime, criando a situação para que ele cometa o
delito e seja preso em flagrante. Súmula 145 do STF: Não há crime, quando a preparação
do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.

Flagrante forjado
O fato típico não ocorreu, sendo simulado pela autoridade policial para incriminar
falsamente alguém. Pode configurar crime de denunciação caluniosa ou abuso de
autoridade por parte do agente policial

Flagrante diferido (ou retardado)


A autoridade policial retarda a realização da prisão em flagrante, a fim de, permanecendo
na observação, obter maiores informa•.es e capturar mais integrantes do bando.

LEI DA LAVAGEM DE DINHEIRO Mediante autorização judicial (poderão ser


suspensas pelo juiz), ouvido o Ministério
Público.

LEI DE DROGAS MEDIANTE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL e


ouvido o Ministério Público.

LEI DA ORCRIM PREVIAMENTE COMUNICADO ao juiz


competente que, se for o caso, estabelecerá
os seus limites e comunicará ao Ministério
Público.

PRISÃO PREVENTIVA X PRISÃO TEMPORÁRIA

PRISÃO PREVENTIVA PRISÃO TEMPORÁRIA


Artigos 311 ao 316 do CPP Lei n. 7960/89
Em qualquer fase da investigação ou do Apenas na investigação
processo penal,
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL – Decretação pelo Juiz, mediante requerimento
decretação pelo juiz a requerimento do do MP ou representação da Autoridade
MP ou representação da autoridade Policial
policial;
FASE PROCESSUAL – requerimento do Não cabe decretação de ofício.
MP, requerimento do Querelante, do
Assistente de acusação ou decretação
de ofício.
Não há prazo determinado (cláusula Prazo certo
rebus sic stantibus)  Crimes comuns: 5 + 5
 Crimes hediondos e TTT: 30+30
Pressupostos e Requisitos Pressupostos e Requisitos
 Art. 312 do CPP  Art. 1º, (I ou I) + III da Lei n. 7960/89

O advogado só terá direito à prisão em sala de Estado-Maior se estiver no livre exercício


da profissão, o que não é o caso se ele estiver suspenso dos quadros da OAB. Assim,
decretada a prisão preventiva de advogado, este não terá direito ao recolhimento provisório
em sala de Estado Maior caso sua inscrição na ordem esteja suspensa. STJ. 6ª Turma. HC
368.393-MG, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 20/9/2016 (Info 591).

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PROVAS

O Sistema do livre convencimento motivado da prova (ou livre


convencimento regrado, ou livre convencimento baseado em provas ou
persuasão racional) é a regra. O Juiz deve valorar a prova produzida da maneira
que entender mais conveniente, de acordo com sua análise dos fatos
comprovados nos autos.

Exceções:
a) Prova tarifada - Adotada em alguns casos (ex.: necessidade de que a prova
da morte do acusado, para fins de extinção da punibilidade se dá por meio da
certidão de óbito).
b) Íntima convicção - Adotada no caso dos julgamentos pelo Tribunal do Júri.

OLHA SÓ! A prova ilícita por derivação poderá ser utilizada no processo se ficar
comprovado que:
 Não havia nexo de causalidade entre a prova ilícita e a prova derivada
 Embora havendo nexo de causalidade, a derivada poderia ter sido obtida por
fonte independente ou seria, inevitavelmente, descoberta pela autoridade.

ATENÇÃO!!

O art. 400 do CPP prevê que o interrogatório deverá ser realizado como último ato da
instrução criminal.

A partir da publicação do HC 127900/AM (STF), ou seja, do dia 11/03/2016, os


interrogatórios realizados nos processos penais militares, eleitorais e da lei de drogas
devem ser o ultimo ato do processo.
STF. Plenário. HC 127900/AM, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 3/3/2016 (Info 816).
STJ. 6ª Turma. HC 397382-SC, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em
3/8/2017 (Info 609).

PROVAS EM ESPÉCIE

PERÍCIA

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por PERITO OFICIAL,
portador de diploma de curso superior.

§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras
de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem
habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.

§ 2o Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o


encargo.

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Só quem presta compromisso é o perito não-oficial


Se o perito não-oficial não prestar compromisso? Mera irregularidade

§ 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante


e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico. (novidade de 2008)

§ 4o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos exames
e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão.

§ 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia:

I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde
que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados
com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo
complementar;

II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz
ou ser inquiridos em audiência.

§ 6o Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à perícia será
disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na presença de
perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua conservação.

§ 7o Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento


especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de
um assistente técnico.

Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que
examinarem, e responderão aos quesitos formulados.

Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo
ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.

Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.

Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela
evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão
no auto.
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver,
quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a
causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma
circunstância relevante.

Crime que deixa vestígio precisa de exame de corpo de delito.


Confissão não supre (art. 158 do CPP).
Na falta, prova testemunhal (art. 167 do CPP)

A perícia vincula a decisão do juiz?

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Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em
parte.

OLHA SÓ!
O juiz pode negar qualquer requerimento de perícia, salvo o exame de corpo de delito
Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia
requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade.

INTERROGATÓRIO
 Meio de prova, meio de defesa (autodefesa).
 Pode ficar em silêncio, pode até mentir.
 NÃO PODE mentir e ficar em silêncio na primeira parte do interrogatório.
o Se ficar em silêncio? Contravenção – art. 68 da LCP
o Se mentir na identidade? Falsa identidade – artigo 307 do CP
o Se autoimputar crime que não praticou? 341 do CP
o Se imputar o crime a um terceiro que não praticou? Denunciação caluniosa – art.
339 do CP.
 DEFENSOR
o Presença obrigatória
o Entrevista prévia
o Livre escolha

 VIDEOCONFERÊNCIA
o Lembrar que a regra é interrogatório na prisão.
o Intimação de 10 dias para as partes.
o Não serve só para interrogatório.

 ORALIDADE
o Interrogatório do estrangeiro que não fala a língua nacional.
CONFISSÃO
 Divisível
 Retratável
 Insuficiente
 Pode ser extraprocessual.

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PROVA TESTEMUNHAL
 Qualquer pessoa pode depor.
 Oral, não pode ser por escrito, mas pode fazer consultas a apontamentos.

Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se


da obrigação de depor. Poderão, entretanto,
DISPENSADA recusar-se a fazê-lo o ascendente ou
DE descendente, o afim em linha reta, o cônjuge,
DEPOR ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe,
ou o filho adotivo do acusado, salvo quando
não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas
circunstâncias.

Art. 207. São proibidas de depor as


PROIBIDAS pessoas que, em razão de função, ministério,
DE ofício ou profissão, devam guardar segredo,
DEPOR salvo se, desobrigadas pela parte
interessada, quiserem dar o seu testemunho.

Art. 208. Não se deferirá o compromisso a


NÃO PRESTAM que alude o art. 203 aos
COMPROMISSO  doentes e
 deficientes mentais e
 aos menores de 14 (quatorze) anos,
 nem às pessoas a que se refere o art.
206.

BUSCA E APREENSÃO

DOMICILIAR PESSOAL
Art. 240, §1º, do CPP Art. 240, §2º, do CPP

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PROCEDIMENTOS

ORDINÁRIO SUMÁRIO

Prazo para realização de AIJ: 90 dias Prazo para realização de AIJ: 90 dias

Numero de testemunhas: 8 Numero de testemunhas: 5

DiligêncIas? SIM Diligências? NÃO

Alegações finais? Pode converter em Alegações finais? Sempre orais.


memoriais.

Sentença? Oral ou escrita, a depender da Sentença? Sempre oral.


complexidade.

SUMARÍSSIMO

1. Denuncia ou queixa oral na audiência preliminar.

2. Realização de citação, notificação e intimação.

3. AIJ: Tentativa de composição civil, transação penal, defesa oral do réu, recebimento da
denuncia ou queixa, oitiva da vitima, testemunhas de acusação e defesa, interrogatório,
alegações finais orais. Sentença oral.

TRIBUNAL DO JÚRI
 Lembrar que não há absolvição sumária do artigo 397.
 O Acusador fala após a resposta escrita.
 Prazo máximo: 10 dias.
 Não há fase de diligências
 Alegações finais sempre orais.
 Prazo para conclusão da primeira fase: 90 dias.
 Ler os detalhes sobre o desaforamento (artigos 427 e 428)
 Ler a sessão do júri. (art. 422 a 491).

NULIDADES

São os vícios que contaminam determinados atos processuais, praticados sem observância
da forma prevista em lei, podendo levar à sua inutilidade e consequente renovação
(Guilherme Nucci)

SISTEMAS DAS NULIDADES

Sistemas

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• Privatista
• Legalista
• Judicial

SISTEMA PRIVATISTA:
• Fica a critério das partes reclamar a invalidade que só será decretada quando do ato
resultar prejuízo e a parte apontá-la.
• Desse modo, a nulidade dependerá da vontade do interessado.
• No caso de inércia da parte, o órgão judicial não poderá decretá-la

SISTEMA LEGALISTA:
• Adstrição do juiz à dicção da lei.
• É a legislação processual penal que traça os elementos essenciais do ato processual
cuja observância é obrigatória;

SISTEMA JUDICIAL (instrumental):


• Autoriza que o juiz valore a essencialidade do requisito não observado do ato
processual, apesar de, em alguns casos, imponha a necessidade de provocação das
partes
• Classificação de Paulo Rangel

SISTEMAS
• Certeza legal
• Instrumentalidade das formas
• Misto

SISTEMA DA CERTEZA LEGAL:


“é aquele em que o legislador, desconfiado do juiz, diz, expressamente, em quais casos
haverá a aplicação da sanção de nulidade, não dando” a ele “discricionariedade para que
possa perquirir se realmente o ato deva ser invalidado”

SISTEMA DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS,


• “o juiz tem liberdade de decidir se o ato imperfeito deve, realmente, ser declarado
inválido”, ou mesmo não estando previsto no art. 564, o juiz deve investigar se o ato é
atípico e se merece ser invalidado”;

SISTEMA MISTO:
• Mescla dos sistemas da certeza legal e da instrumentalidade das formas
• “o juiz está autorizado a perquirir a lei (se ela diz que o ato é inválido) e, ao mesmo
tempo, investigar se o ato influenciou na verdade substancial ou na decisão da causa,
bem como se do ato imperfeito resultou prejuízo para as partes”.
• Sistema brasileiro (doutrina majoritária)

ESPÉCIES DE NULIDADES
• Nulidades Absolutas
• Nulidades Relativas

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NULIDADES ABSOLUTAS
• Violam normas constitucionais
• Decretadas de ofício pelo Juiz
• Não precluem, nem convalidam
• Independem de prova do prejuízo
• Presunção absoluta

ONDE ESTÃO AS NULIDADES ABSOLUTAS?


• Ver artigo 572 do CPP
• Ver artigo 564, I,II,III, “a”, “b”, “c”, “e”, “f”, “i”, “J”, “k”, “l”, “m”, “n”, “o”, “p” e parágrafo
único.

NULIDADES RELATIVAS
• Violam regras processuais
• Devem ser arguidas pelas partes, no momento oportuno.
• Não podem ser reconhecidas de ofício pelo juiz
• Podem ser convalidadas.
• Exigem demonstração do prejuízo

ONDE ESTÃO AS NULIDADES RELATIVAS?


• Art. 564 , III, alíneas “d”, “e” (2ª parte), “g”, “h” e IV.

PRINCÍPIOS DAS NULIDADES

PREJUÍZO
• Art. 563 do CPP - Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo
para a acusação ou para a defesa.
• Princípio da instrumentalidades das formas
• Pás de nulitté sans grief
• Posicionamento do STF: Necessidade de comprovar prejuízo independente da espécie
de nulidade.

INTERESSE
• Não há nulidade quando foi provocada pela parte - Art. 565, 1ª parte, do CPP.
• Não há nulidade quando a omissão da formalidade so interessa à parte contrária – Art.
565, 2ª parte, do CPP>

RELEVÂNCIA
Art. 566. Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na
apuração da verdade substancial ou na decisão da causa.

CAUSALIDADE
Art. 573, paragrafo primeiro: § 1o A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos
atos que dele diretamente dependam ou sejam conseqüência.

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A declaração da nulidade de um ato causará a dos atos que dele diretamente dependam
ou sejam consequências.
Como decorrência do nexo causal, o juiz deve indicar quais os atos que serao estendidos
pela nulidade – Art. 573, paragrafo 2º, do CPP.

ESPÉCIES DE NULIDADE ABSOLUTA

INCOMPÉTÊNCIA
• incompetência absoluta – nulidade absoluta
• Incompetência relativa – nulidade relativa

Lembrar que...
O reconhecimento da incompetência só anula os atos decisórios. Os atos instrutórios
continuam valendo, após a remessa ao juízo competente.

IMPEDIMENTO e SUSPEIÇÃO

IMPEDIMENTO
- Nulidade absoluta

SUSPEIÇÃO
- Nulidade relativa

E o suborno?
Causa de nulidade absoluta

ILEGITIMIDADE DA PARTE
Nulidade absoluta
• Ilegitimidade ad processum
• Ilegitimidade ad causam

E a ilegitimidade do representante da parte?


Nulidade relativa
Art. 568 do CPP - A nulidade por ilegitimidade do representante da parte poderá ser a todo
tempo sanada, mediante ratificação dos atos processuais.
DEFEITOS NA DENÚNCIA OU QUEIXA

SE IMPEDIR O DIREITO DE DEFESA ?


Nulidade absoluta.

SE DIFICULTAR O DIREITO DE DEFESA?


Nulidade relativa (aditamento – art. 569 -As omissões da denúncia ou da queixa, da
representação, ou, nos processos das contravenções penais, da portaria ou do auto de
prisão em flagrante, poderão ser supridas a todo o tempo, antes da sentença final.

SE FALTAR A REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO?


Nulidade absoluta

EXAME DE CORPO DE DELITO

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Art. 158 do CPP – Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo
de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

Art. 167 do CPP – Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem
desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta

ASSINATURA POR APENAS UM PERITO?


Nulidade relativa

DEFESA TÉCNICA
STF – ENUNCIADO N. 523
No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só
o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.

FALTA DE CITAÇÃO
Art. 570 do CPP
A falta ou a nulidade da citação, da intimação ou notificação estará sanada, desde que o
interessado compareça, antes de o ato consumar-se, embora declare que o faz para o único
fim de argüi-la. O juiz ordenará, todavia, a suspensão ou o adiamento do ato, quando
reconhecer que a irregularidade poderá prejudicar direito da parte.

REALIZAÇÃO DA SESSÃO ou AUDIÊNCIA COM A AUSÊNCIA DO RÉU


Art. 457. O julgamento não será adiado pelo não comparecimento do acusado solto, do
assistente ou do advogado do querelante, que tiver sido regularmente intimado. (Redação
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 1o Os pedidos de adiamento e as justificações de não comparecimento deverão ser, salvo
comprovado motivo de força maior, previamente submetidos à apreciação do juiz
presidente do Tribunal do Júri. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 2o Se o acusado preso não for conduzido, o julgamento será adiado para o primeiro dia
desimpedido da mesma reunião, salvo se houver pedido de dispensa de comparecimento
subscrito por ele e seu defensor.

QUÓRUM PARA INSTAÇÃO DA SESSÃO DO JURI


Art. 463. Comparecendo, pelo menos, 15 (quinze) jurados, o juiz presidente declarará
instalados os trabalhos, anunciando o processo que será submetido a julgamento.

NULIDADES NO JÚRI
• Quórum mínimo para instalação (15) - Art. 463 do CPP
• Conselho de sentença (7) – art. 447 do CPP.
• Comunicabilidade dos jurados.
• Falta de quesito obrigatório – STF. Sumula n. 156: É absoluta a nulidade do julgamento,
pelo júri, por falta de quesito obrigatório.
• Acusação e defesa (ausência/deficiência).

NULIDADES NA SENTENÇA
• Art. 93, IX
• Fundamentação
– Ausência ? Nulidade absoluta
– Sucinta ?

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– Individualização
– Outras nulidades
• Ausência do processamento do recurso de ofício (art. 574):
– Concessão de Habeas Corpus (Presidente/Juiz).
– Absolvição em crimes da saúde publica e economia popular.
– Absolvição sumaria do Júri
– Indeferimento liminar da Revisão criminal.(663)
– Decisão concessiva de reabilitação criminal (746)
• Falta de intimação de ato cabível de recurso.
• Falta de quórum para votação no colegiado

ESPÉCIES DE NULIDADE RELATIVA

VIOLAÇÃO à REGRA DE PREVENÇÃO


STF – SUMULA 706
É relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por prevenção.

FALTA DE INTERVENÇÃO DO MP
Dependerá da espécie de Ação Penal
AÇÃO PÚBLICA =- nulidade absoluta
AÇÃO PRIVADA – nulidade relativa

A AUSÊNCIA DAS TESTEMUNHAS


• Foi intimada?
– Sim – nulidade relativa
– Não – nulidade absoluta (na verdade, adiamento).
• No júri
– Clausula de imprescindibilidade
• Ausência da forma legal do ato
• Revisando a Teoria Geral do Processo

CONVALIDADAÇÃO DAS NULIDADES RELATIVAS


Art. 572. As nulidades previstas no art. 564, Ill, d e e, segunda parte, g e h, e IV, considerar-
se-ão sanadas:
I - se não forem argüidas, em tempo oportuno, de acordo com o disposto no artigo anterior;
II - se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim;
III - se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os seus efeitos.

SE O VICIO NÃO FOR POSSIVEL SUPERAR OU CORRIGIR O VÍCIO?


Art. 573. Os atos, cuja nulidade não tiver sido sanada, na forma dos artigos anteriores,
serão renovados ou retificados.

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SENTENÇA

EMENDATIO LIBELI MUTATIO LIBELI


Art. 383 do CPP Art. 384 do CPP
Não há mudança de fato. MP percebe Fatos novos que urgiram na
instrução e não estão contidos na
denúncia
Quando? Na sentença Quando? Após o encerramento da
instrução probatória.
O juiz dá definição jurídica diversa ao fato Necessidade de nova possibilidade
descrito na denúncia jurídica diversa da contida na denúncia.
Juiz pode aplicar pena mais grave do que Juiz NÃO pode fazer a mutatio libeli. A
aqueça prevista para a definição contida iniciativa, o aditamento é do MP
na denúncia ou queixa
Não há necessidade de dar vista dos Vista para aditamento o prazo de 5 dias.
autos ao MP Em seguida, em 5 dias, cada parte arrola
até 3 testemunhas.
Não há necessidade de aditamento Há necessidade de aditamento. Recusa
do MP? Art. 28 do CPP
É possível na instância recursal É vedada na instância recursal.
Art. 617 do CPP. Súmula n. 453 do STF
Em qualquer Ação Penal. Apenas nas
Ações Penais públicas e na
Ações Penais privadas subsidiárias da
pública

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JULGADOS IMPORTANTES

Não é possível decretar medida de busca e apreensão com base unicamente em “denúncia
anônima (STF. 1ª Turma. HC 106152/MS, Info 819).

Não é possível decretar interceptação telefônica com base unicamente em “denúncia


anônima” (STJ. 6ª Turma. HC 204.778/SP, ).

A vítima de crime de ação penal pública não tem direito líquido e certo de impedir o
arquivamento do inquérito ou das peças de informação. STJ. Informativo 565.

Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime ambiental de caráter transnacional


que envolva animais silvestres, ameaçados de extinção e espécimes exóticas ou protegidas
por compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. STF - Informativo 853.

A interceptação telefônica não pode exceder 15 dias. Contudo, pode ser renovada por igual
período, não havendo restrição legal ao número de vezes para tal renovação, se
comprovada a sua necessidade. STF. 2ª Turma. HC 133148/ES, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, julgado em 21/2/2017 (Info 855).

MEGA IMPORTANTE!!!!

É cabível a aplicação analógica do art. art. 229 do CPC ao processo penal. Se no processo
civil, em que se discutem direitos disponíveis, concede-se prazo em dobro, com mais razão
no processo penal, em que está em jogo a liberdade do cidadão. STF. Plenário. Inq
4112/DF, Informativo 797).

No entanto, não cabe a aplicação subsidiária do art. 229, caput, do CPC/2015 em inquéritos
e ações penais originárias em que os atos processuais das partes são praticados por via
eletrônica e todos os interessados — advogados e membros do Ministério Público — têm
acesso amplo e simultâneo ao inteiro teor dos autos. Incide aqui a regra de exceção do §
2º do art. 229: "§ 2º Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos.
STF. 2ª Turma. Inq 3980 QO/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 7/6/2016 (Info 829).

A não observância da intimação pessoal da Defensoria Pública deve ser impugnada


imediatamente, na primeira oportunidade processual, sob pena de preclusão. (STF -
Informativo 830).

Na colaboração premiada, o Poder Judiciário é convocado ao final dos atos negociais


apenas para aferir os requisitos legais de existência e validade, com a indispensável
homologação. (STF. Plenário. -Info 870).

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OLHA SÓ!

As hipóteses de IMPEDIMENTO O rol das hipóteses de SUSPEIÇÃO é


previstas no art. 252 do CPP EXEMPLIFICATIVO.
constituem rol TAXATIVO.
STJ. 5ª Turma. RHC 69.927/RJ, Rel.
STF. 2ª Turma. HC 94089/SP e STJ. Min. Jorge Mussi, julgado em
5ª Turma. HC 162.491/SC. 28/06/2016.

Súmula 234-STJ: A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória


criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia.

Súmula 448-STF: O prazo para o assistente recorrer supletivamente começa a correr


imediatamente após o transcurso do prazo do MP.

O prazo de 3 dias úteis a que se refere o art. 479 do CPP deve ser respeitado não apenas
para a juntada de documento ou objeto, mas também para a ciência da parte contrária a
respeito de sua utilização no Tribunal do Júri. STJ. 6ª Turma (Info 610).

O incidente de insanidade mental é prova pericial constituída em favor da defesa. Logo,


não é possível determiná-lo compulsoriamente na hipótese em que a defesa se oponha à
sua realização. STF. 2ª Turma. HC 133.078/RJ, (Info 838).

O Ministério Público, ao não ofertar a suspensão condicional do processo, deve


fundamentar adequadamente a sua recusa. Se a recusa do MP foi concretamente motivada
não haverá ilegalidade sob o aspecto formal. STJ. 5ª Turma. RHC 61.132/RS.

É suficiente para que o principio da correlação entre acusação e sentença seja respeitado
que haja a correlação entre o fato descrito na peça acusatória e o fato pelo qual o réu foi
condenado, sendo irrelevante a menção expressa na denúncia de eventuais causas de
aumento ou diminuição de pena. (STF: Informativo n. 882).

Em matéria criminal, não deve ser conhecido recurso especial adesivo interposto pelo
Ministério Público veiculando pedido em desfavor do réu. STJ. (Info 605).

O habeas corpus pode ser empregado para impugnar medidas cautelares de natureza
criminal diversas da prisão. STF. 2ª Turma. HC 147426/AP e HC 147303/AP, (Info 888).

É cabível RESE contra decisão que revoga medida cautelar diversa da prisão. (STJ –
Informativo n. 596).

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