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SUM. 704-STF - Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo
legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de
função de um dos denunciados. Nos casos em que um réu comum (que não possui foro por
prerrogativa de função) for julgado em conjunto com uma autoridade que tem tal prerrogativa
(portanto seu processo será remetido para o tribunal competente para julgar a autoridade),
não haverá violação ao princípio do juiz natural.
O principio do Juiz Natural é o principio que impede a criação de tribunais de
exceção.
DICA - Princípio do contraditório: vem do latim " audiatur et altera pars" que significa : que a
outra parte seja também ouvida.
DICA - A autoridade policial deverá obrigatoriamente informar Jurandir acerca de seu direito
ao silêncio. Assim, a prova produzida deve ser considerada ilícita pois restou violado o direito
do preso ao silêncio e à não autoincriminação, nos termos do Art. 5º, inciso LXIII, da
Constituição do Brasil de 1988.
A não comunicação ao acusado de seu direito de permanecer em silêncio é causa de nulidade
relativa, cujo reconhecimento depende da comprovação do prejuízo.
O direito de permanecer em silêncio não se estende aos dados qualificativos.
a) Ficar em silêncio, recusando-se a responder as perguntas sobre os fatos pelos quais ele está
sendo acusado.
Obs1: diferentemente das testemunhas, o réu não tem o dever de dizer a verdade porque tem o
direito constitucional de não se auto incriminar. Logo, o réu, ao ser interrogado e mentir, não
responde por falso testemunho (art. 342 do CP).
Obs2: o direito de mentir não permite que impute falsamente o crime a terceira pessoa
inocente. Caso isso ocorra responderá por denunciação caluniosa (art. 399, CP).
Art. 5°, LXIII da CRFB/88: O preso será informado de seus direitos, entre os quais o de
permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado.
Previsto em:
1. CF/88;
2. Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos - Art. 143, g;
3. Convenção Americana sobre Direitos Humanos Art. 8°, §2°, g.DICA – A doutrina
aponta que a prorrogação da interceptação deve ocorrer antes de terminar o prazo
da interceptação em vigor. Ex: o prazo de interceptação termina em 14/07. Se houver
pedido de prorrogação, este deverá ser decidido até esta data. Caso a prorrogação
somente seja determinada em 21/07, os diálogos interceptados neste período de 5 dias
(do dia 15/07 a 20/07) ficarão “descobertos” e serão considerados como prova
ilícita, devendo ser desentranhados dos autos (vide STJ HC 152.092/RJ, Die
28/06/2010). Não existe a possibilidade do juiz conferir uma decisão retroativa
validando este período “descoberto” tendo em vista que a autorização judicial deverá
ser prévia ao ato de interceptação ou sua continuidade.
Diante disso, quando uma informação for conseguida após o prazo expirado, não poderá
integrar o processo pois deriva de uma prova obtida por meios ilícitos. TEORIA DAS
ÁRVORES ENVENENADAS
DICA – É nula a sentença condenatória fundamentada exclusivamente em elementos colhidos
em inquérito policial. Pois devem ser avaliadas sob o contraditório.
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos
informativos colhidos na investigação(no caso o inquérito policial), ressalvadas as provas
cautelares, não repetíveis e antecipadas.
O Juiz pode formular sua decisão com base APENAS nas provas produzidas no
inquérito policial:
- Se for condenar o réu: NÃO.
- Se for absolver o réu: SIM.
DICA – No que diz respeito à interpretação extensiva, admitida no Código de Processo Penal,
existe uma norma que regula o caso concreto, porém sua eficácia é limitada a outra hipótese,
razão por que é necessário ampliar seu alcance, e sua aplicação não viola o princípio
constitucional do devido processo legal.
Súmula 522-STJ: A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica,
ainda que em situação de alegada autodefesa.
DICA - Em relação à lei processual penal o CPP brasileiro adota a teoria do isolamento dos
atos processuais, ao estabelecer que a lei nova será aplicada imediatamente, inclusive aos
processos em curso, mas somente aos atos futuros, sem prejuízo da validade dos atos
processuais já praticados sob a vigência da lei anterior (art. 2º do CPP).
DICA - EFEITO REPRISTINATÓRIO - ocorre quando uma norma que revoga outra é
declarada inconstitucional. Nesse caso, a decisão que reconhece a inconstitucionalidade da
norma revogadora pode estabelecer o retorno da lei revogada.
REPRISTINAÇÃO:
DICA – quando influencia no direito a liberdade do agente tem-se uma norma que regula em
matéria HIBRIDA e portanto utiliza-se da retroatividade da lei penal mais benéfica
Súmula 704, do STF - não viola o princípio do juiz natural atração processual por continência
ou conexão se um dos corréus gozar de prerrogativa de foro.
PROCEDIMENTOS DE INVESTIGAÇÃO PRELIMINARES(IP). AÇÃO
PENAL.
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos
informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas
A denúncia anônima não tem valor jurídico a embasar a instauração de inquérito policial.
JURISPRUDÊNCIA - Sendo o ato de indiciamento de atribuição exclusiva da autoridade
policial, não existe fundamento jurídico que autorize o magistrado, após receber a denúncia,
requisitar ao Delegado de Polícia o indiciamento de determinada pessoa. (HC 115015,
Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, julgado em 27/08/2013, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-179 DIVULG 11-09-2013 PUBLIC 12-09-2013)
JURISPRUDÊNCIA - INQUÉRITO POLICIAL. VÍCIOS. "Eventuais vícios concernentes ao
inquérito policial não têm o condão de infirmar a validade jurídica do subsequente processo
penal condenatório. As nulidades processuais concernem, tão somente, aos defeitos de ordem
jurídica que afetam os atos praticados ao longo da ação penal condenatória" (STF, 1ª Turma, rel.
Min. Celso de Mello. DJU, 04/10/1996, p. 37100)".
Dica – A justa causa é o lastro probatório mínimo que dá suporte aos fatos narrados na peça
inicial da acusação. Esse suporte probatório mínimo se relaciona com os indícios de autoria,
existência material de conduta típica (materialidade delitiva) e alguma prova de
antijuridicidade e culpabilidade.
Dica – Ação penal pública incondicionada, PRINCIPIOS
Dica : Decadência tem prazo hibrido, portanto conta-se como se penal fosse, incluindo-se o
dia de começo e excluindo o ultimo dia.
DICA – Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido
os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
É só lembrar do caso "Goleiro Bruno" que foi julgado e condenado pela morte de Eliza Samudio
sem nunca terem encontrado o corpo.
O Homicídio trata-se de crime que deixa vestígios e o exame de corpo de delito é essencial.
Preferencialmente a perícia deve ser feita de modo direto, ou seja, sobre o próprio corpo do
delito. Não sendo possível, permite-se a perícia indireta, feita a partir do depoimento das
testemunhas.