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BLOCO 4
Bloco V
Art. 3º-C, o juiz das garantias abrange todas infrações penais, exceto as de menor
potencial ofensivo.
Juiz das garantia nos tribunais: O ministro Tofolli entendeu que a colegialidade
supre a necessidade do Juiz das Garantias, por resguardar a imparcialidade. Data
máxima vênia, a doutrina diverge do Ministro. O juiz das garantia deve ser aplicado
nos processos nos tribunais.
Juiz das garantias do Tribunal do Juri: Novamente o Ministro tofolli entendeu que o
veredicto fica a cargo de um órgão coletivo, o que garante a imparcialidade, ou
seja, é desnecessário o juiz das garantias.
Todavia, novamente, a doutrina entende que aplica-se o juiz das garantias.
Ministério Público das Garantias: Não existe, o melhor promotor para atuar na fase
judicial, é aquele que atuou na fase investigatória.
Não apensamento dos autos que compões as matérias de comp. Do juiz das garantias,
aos autos do processo enviados ao juiz de instrução e julgamento: O inquérito ainda
fará parte do processo? A teor da lei do juiz das garantias, o inquérito devem
ficar acautelados não serão apensados aos juiz do processo, salvo provas
irrepetíveis, medidas de obtenção de provas ou de sua antecipação. O inquérito
ficará de posse do juiz das garantias, à disposição do MP e da defesa.
Impedimento para a atuação do juiz das garantias: Além das causas de impedimentos
normais, aplica-se o art. 3º - B.
‘Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o cumprimento das regras para o
tratamento dos presos, **impedindo o acordo ou ajuste de qualquer autoridade com
órgãos da imprensa para explorar a imagem da pessoa submetida à prisão, sob pena de
responsabilidade civil, administrativa e penal.**
AULA IV BLOCO 1
AÇÃO PENAL
Direito de ação penal: Basicamente deve-se raciocinar com a jurisdição, que é uma
função do estado, de dizer o jurisdição de forma exclusiva. Por isso, o Estado
criou a ação penal para que as partes exerçam o seu direito.
Não confundir o direito de ação com a ação propriamente dita. A ação é um ato
jurídico, ou seja, a iniciativa de buscar seu direito no Judiciário. Além disso, da
inicio ao processo penal.
De igual modo, não se pode confundir com o mérito propriamente dito, ou seja, com o
direito material que se afirma ter quando exercido o direito de ação. O direito de
ação é abstrato, pois independe do conteúdo que se afirma perante a jurisdição.
O Direito de ação é tratado, tanto pelo CP, quanto pelo CPP, isso repercute no
direito intertemporal. Se faz relevante, no sentido que as leis processuais são
prontamente aplicadas, enquanto a lei penal mais gravosa não retroage.
Ex: Ação penal no crime de estelionato: Anteriormente era um crime de ação penal
pública incondicionada, contudo o pacote anti-crime tornou a ação penal pública
condicionada a representação, sujeita ao prazo decadencial de 6 meses. A decadência
é causa extintiva da punibilidade. Aplica-se, in caso, a retroatividade da lex
mellius.
As condições da ação é uma categoria criada pela TGP com o objetivo de identificar
determinada espécie de questão submetida a congnição judicial. Funciona como uma
questão relacionada a um dos elementos da ação - partes, pedido, causa de pedir -
que estaria em uma zona intermediária entres questões de mérito e de
admissibilidade.
Para uma primeira corrente as condições da ação foram abolidas pelo novo CPC. De
todo modo, o órgão jurisdicional ainda tem de examinar a legitimidade, o interesse
de agir e a possibilidade jurídica do pedido. Tais questões devem ser examinadas ou
como questões de mérito (possibilidade e legitimação ordinária) ou como
pressupostos processuais de validade - a legitimidade ad causam é requisito de
admissibilidade subjetivo relacionado às partes, ao passo que o interesse de agir é
requisito objetivo extrínseco positivo. (Fred Diddier Jr)
A segunda corrente (Gajardoni) defende que não houve a extinção das condições da
ação, elas continuam a ser apreciadas pelo juiz como condição autônoma a ser
apreciada pelo Magistrado.
E no processo penal? Essa categoria continuar válida, uma vez que, o CPP é
explícito em relação a matéria, como se v6e em seu art. 395.
BLOCO 2
1) GENÉRICAS: Deveram estar presentes em toda ação penal. São elas, legitimidade ad
causam, interesse de agir, a possibilidade jurídica do pedido* e a justa causa*.
Quanto as duas últimas há controvérsias.
BLOCO 3
Diante do Novo CPC, a possibilidade jurídica deixou de trata-lá como condição ação.
A doutrina defende que a possibilidade jurídica confunde-se com o próprio mérito. O
Magistrado deve enfrenta-lá como improcedência liminar do pedido, já que as mesmas
não taxativas (art. 332, do CPC).
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da
citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:
O novo CPC, exige que a questão se amolde àquelas citadas e que dispense fase
instrutória.
LEGITIMIDADE DE AGIR
Legitimidade ativa no processo penal. Em regra, não ações penais públicas compete
ao MP, titular da ação penal, propor a causa, todavia, na ação penal privada caberá
à vítima, ou, pelos cônjuges, ascendentes, descendentes e irmãos. Não se pode
olvidar da ação penal privada subsidiária da pública dada a desídia do órgão
ministerial.
INTERESSE DE AGIR
Bloco V
Temos como exemplo da lei de juizados criminais, que passou a exigir representação
para o crime de lesão corporal leve.
Aula V, Bloco I
- 1) Personalíssima: só pode ser ofertada pelo ofendido por meio de seu advogado.
Não haverá sucessão processual. Seu direito não será estendido a seus sucessores.
Atualmente há apenas uma hipótese: Art. 236, CP - induzimento a erro essencial e
ocultação de impedimento.
- 2) exclusivamente privada: Essa espécie é a regra em sede de ação penal privada;
nessa hipótese há sucessão processual.
- 3) ação penal subsidiária da pública.
Bloco 3
- princípios específicos:
Bloco 5
==STJ: (...) É firme o entendimento desta Corte, nas hipóteses de crimes sexuais,
que a representação da ofendida ou de seu representante legal prescinde de rigor
formal, sendo suficiente a demonstração inequívoca da parte interessada de que seja
apurada e processada. In caso, tal como anotado no parecer ministerial, a narração
da violência sexual efetuada pela vítima à autoridade policial e reproduzida em
juízo, ostentando riqueza de detalhes, bem se presta a substituir a reclamada
representação, que deve ter aqui relevada sua indispensabilidade.==
RETRATAÇÃO DA REQUISIÇÃO: uma primeira corrente entende não ser cabível, mas a
doutrina majoritária compreende ser cabível até o oferecimento da denúncia, à
semelhança da representação.
AULA 9
Conexão: pode ser compreendida como o nexo, a dependência recíproca que dois ou
mais fatos delituosos guardam entre si, recomendando a união de todos eles em um
mesmo processo penal, perante o mesmo órgão jurisdicional, a fim de que este tenha
uma perfeita visão das provas.
CONTINÊNCIA: Quando uma demanda esta inserida na outra, em face de seus elementos,
partes, pedido e causa de pedir.
A) subjetiva: duas ou mais pessoas foram acusadas pela mesma infração; o delito é
único.
B) objetiva/por cumulação: se aplica nos casos de concurso formal de crimes,
aberratio ictus, aberratio delict.
AULA 10 - PROVAS
2) distinção de provas por meios ilícitos e por meios ilegítimos (Pietro novolone)
- Prova ilegítima: é aquela que viola uma norma de direito processual. É produzida
dentro do processo. Trata-se de fenômeno endoprocessual.
Ex: Art. 479. Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a
exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima
de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte. **CPP** Trata-se de
nulidade absoluta.
Obs: Parte da doutrina defende que a prova ilegítima pode ser produzida fora do
processo, como no exame de corpo de delito. Sua consequência é a nulidade absoluta
ou relativa. A depender do caso pode vislumbrar-se uma mera irregularidade.
BLOCO 2
Obs:
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas
ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou
legais. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não
evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas
puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.
(Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
- O próprio CPP diz que se a prova ilícita for juntada ao o processo, futuramente o
magistrado decidirá no sentindo de desentranha-lá. Que espécie de decisão é esta?
Quanto antes o juiz conhecer da prova ilícitas, deverá interlocutoriamente sua
exclusão dos autos, sob pena de nulidade dos atos processuais praticados após sua
juntada.
- Obs: Caberá RESE contra a decisão que anular o processo em parte ou
integralmente.
- Obs: Cabe apelação quando se questione, apenas, a parte da decisão que trata da
prova reconhecidamente nula.
- Obs: E se o juiz negar o desentranhamento? Nesse cabe a impetração de Habeas
Corpus.
- ==O parágrafo 3º do art. Deixa claro que se não houver mais prazo para recurso da
decisão de desentranhamento, haverá a destruição das provas a ser acompanhada pelas
partes.==
Obs: A nova lei de abuso de autoridade também passou a tutelar as provas ilícitas.
Não trata da prova ilegítima e deve ser afastada sob pena de analogia in mallem
partem. Aplica-se a parte investigatória, bem como na judicial. Figura-se crime.
Obs: o art. 157, caput, faz menção à prova ilícita, entendo àquelas que violam
normas constitucionais e legais.
1a) corrente: o caput deve ser aplicado extensivamente abrangendo normas de direito
material, bem como normas de direito processual. Trata-se de corrente minoritária.
2a corrente) POR HORA MAJORITÁRIA, defende que p dispositivo deve se aplicar apenas
as normas de direito material.
- Essa ideia nasceu no parágrafo 4º do art. 157 do CPP, o que seria uma causa de
impedimento do juiz que teve contato com a prova ilícita. Contudo esse dispositivo
foi devidamente vetado, contudo o mesmo teor voltou no parágrafo 5º.
==§ 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível não poderá
proferir a sentença ou acórdão.== (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vide ADI 6.298) (Vide ADI 6.299) (Vide ADI 6.300) (Vide ADI 6.305)
- a causar estranheza esse dispositivo não foi vetado. Contudo, o Ministro FUX
suspendeu sua eficácia. O ministro entendeu que o dispositivo traz violação ao juiz
natural, ou seja, não é dado a ninguém escolher o juiz que irá julga-lo. Esse
dispositivo permitiria a violação do juiz.
BLOCO 3
TEORIA DA PROVA ILÍCITA POR DERIVAÇÃO - TEORIA DOS FRUTOS DA ÁRVORE ENVENENADA-
ILICITUDE DA PROVA POR REVERBERAÇÃO: vez por outra a ilicitude de uma prova
contamina as demais provas, havendo um nexo causal entre elas.
Conceito: são os meios probatórios que, não obstante produzidos validamente em
momento posterior, encontram-se afetados por vício da ilicitude originária, que a
elas transmite em virtude do nexo causal.
A TEORIA DOS FRUTOS DA ÁRVORE ENVENENADA tem origem no direito americano no caso no
caso silverthorne Lumber co vs US. (1920)
Essa teoria vêm sendo usado pelo STF há muitos anos.
Positivou-se a teoria no parágrafo primeiro do art. 157, do CPP.
1) teoria da fonte independente: nesse caso não há nexo causal entre a prova
primária (ilícita) e a secundária.
Se o órgão da persecução penal demonstrar que obteve, legitimamente, novos
elementos de informação a partir de uma prova autônoma de prova, que não guarde
qualquer relação de dependência, nem decorra da prova originalmente ilícita, com
esta mantendo vínculo causal, tais dados probatórios são admissíveis, porque não
contaminados pela mácula da ilicitude originária.
- Essa teoria tbm tem origem no direito norte-americano. Essa teoria passou a ser
adotada no art. 157, parágrafo primeiro, co CPP. Aos olhos da doutrina, além da
fonte independente, o legislador positivou a teoria da prova inevitável.
BLOCO IV
3) LIMITAÇÃO DA MANCHA PURGADA/LIMITAÇÃO DA TINTA DILUÍDA: Como as outras possui
origem no direito norte-americano, Wong vs USA ( 1963), invasão ilegal do
domicílio, sem mandato.
- Conceito: não se aplica a teoria da prova ilícita por derivação se o nexo causal
entre a prova primária e a secundária for atenuada em virtude do decurso temporal,
de circunstâncias supervenientes na cadeia probatória, da menor relevância da
ilegalidade ou da vontade de um dos envolvidos em colaborar com a persecução penal.
Nesse caso, apesar de já ter havido a contaminação cd um determinado meio de prova
em face da ilicitude ou ilegalidade da situação que o gerou, um acontecimento
futuro expurga, afasta, elide esse vício, permitindo-se, assim, o aproveitamento da
prova inicialmente contaminada.
OBS: busca e apreensão em casa geminada e boa-fé dos policiais (precedente do STJ).
No cumprimento do mandado os policiais, de boa-fé, cumpriram o mandado
desconhecendo haver casas geminadas, não há nulidade.
- TEORIA DA SERENDIPIDADE: essa estranha palavra significa algo como sair em busca
de uma coisa e descobrir outra ou outras, às vezes até mais valiosas e relevantes.
Essa terminologia decorre do inglês "==serendipity==", onde tem o sentido de
descobrir coisas por acaso.
5) Teoria do encontro fortuito e a busca e apreensão em escritórios de advocacia
( o escritório é considerado casa; se o crime guardar relação com a advocacia, o
mandado deve ser acompanhado por representante da OAB), tudo isso encontra-se
presente no Estatuto da OAB.
- Crime achado: aquele encontrado de modo casual. Segundo o STF, crime achado é a
infração penal desconhecida e não investigada até o momento em que se descobre o
delito.
BLOCO V
- ÔNUS DA PROVA.
- CONCEITO DE ÔNUS: Nada mais é que um imperativo do próprio interesse. Fala-se de
algo que lhe é permitido fazer, mas cujo o descumprimento não gera ilicitude, por
isso diferencia-se de um dever ou obrigação. O ônus é uma vantagem do ordenamento
jurídico.
==ÔNUS DA PROVA: é o encargo que as partes têm de provas as afirmações por elas
formuladas ao longo do processo. Resulta sua inatividade em uma situação de
desvantagem perante o direito.==
2. Espécies:
A) ônus objetivo: Esse ônus tem como destinatário o Juiz, sendo uma regra de
julgamento a ser aplicado em caso de dúvida razoável. Lembrando que o juiz não pode
se valer do "non liquet". Não se esquecer do in dúbio pro reo.
B) subjetivo: é aquele que recai sobre as partes de provar aquilo que ela afirmou,
sob pena de desvantagem.
AULA XI
SISTEMAS DE AVALIAÇÃO DA PROVA: relação entre a prova produzida em juízo e o
magistrado.
BLOCO 2
==TERMINOLOGIA DA PROVA==
- Fontes de prova são todas pessoas ou coisas que possuem algum conhecimento do
fato delituoso. Derivam do fato delituoso em si, independentemente da existência de
processo, sendo que sua introdução no feito se dá através dos meios de prova.
- meio de provas: atividade endoprocessual com a presença do juiz e das partes,
quando as fontes de prova serão introduzidas no processo.
- meio de obtenção de prova: cuida-se de procedimento investigatório, geralmente
realizado fora do processo, com o objetivo de identificar fontes de prova. São
procedimentos investigatórios realizados por autoridade, que não há do juiz. Ex:
busca domiciliar.
- Os meios de obtenção se subdividem, em meio ordinários e extraordinários:
Ordinários são aqueles que podem ser usadas para qualquer delito, já os
extraordinários, são utilizadas para crimes mais graves, se caracterizando pela
dissimulação e surpresa. Temos como exemplo, o agente infiltrado. Também são
conhecidas como técnicas especiais de investigações.
==INDÍCIOS==
Obs: Pode-se condenar alguém com base em indícios? Quando usado como prova
semiplena não autoriza a condenação. A probabilidade por ela gerada não supera o in
dubio pro reo. Todavia, como prova indireta é possível a condenação, uma vez que os
indícios podem plurais, coesos e podem gerar um juízo de certeza.
Bloco IV
Obs: Não precisam ser objeto de prova no processo penal: os fatos notórios
(conhecimento público geral); os fatos axiomáticos e intuitivos (verdade evidente);
fatos inúteis ou irrelevantes; presunções legais, cujas espécies são as: a)
absolutas, que não admitem prova em sentido contrário, como a inimputabilidade dos
menores; b) presunção relativa/ iures tantum, é aquela que admite prova em sentido
contrário, produzindo uma forma de inversão do ônus da prova.
Obs: O magistrado pode indeferir a prova? A teor do parágrafo primeiro do art. 400,
do CPP, o Juiz poderá indeferir as provas consideradas irrelevantes, desde que o
fundamente.
- ==PROVA EMPRESTADA:==
BLOCO
V
- Distinção entre prova nominada e inominada; prova típica e atípica; prova anômala
e prova irritual:
C) prova anômala: é aquela utilizada para fins diversos daqueles que lhe são
próprios, ou seja, daqueles previstos em lei. Em outras palavras, existe o meio de
prova legalmente previsto para colheita de prova, contudo, deixa-se de lado esse
meio de prova para se valer de outro com finalidade diversa. Ex: Juiz que solicita
a substituição da oitava de testemunha, por uma declaração lavrada em cartório. O
que não se permite, já que a mera declaração, ainda que registrada, uma vez que
impede-se o contraditório e a ampla defesa.
A depender do caso, a produção de prova anômala pode gerar nulidade, seja absoluta,
seja relativa.
- Até o pacote anticrime esse conceito era trabalhado pela doutrina e eventuais
julgados.
- O pacote anticrime inseriu a cadeia de custódia no CPP.
- Conceito: funciona como a documentação formal de um procedimento destinado a
manter e documentar **a história cronológica de uma evidência**, evitando-se,
assim, eventuais interferências internas e externas capazes de colocar em dúvida o
resultado da atividade probatória. Fundamenta-se no princípio da autenticidade da
prova. Ex: É preciso ter certeza que a droga apreendida com o criminoso, é a mesma
guardada pela polícia.
STJ: No sentido de que a autenticação de uma prova é um dos métodos que assegura
ser o item apresentado aquilo que se afirma ele ser, denominado pela doutrina como
princípio da mesmidade.
- Coleta dos vestígios: deverá ser realizada preferencialmente por perito oficial.
- os recipientes deverão ser lacrados por lacres, para manter sua individualidade.
- centrais de custódia: institutos de criminalísticas.
2a corrente: trata-se de prova ilegítima a ser resolvida pela teoria das nulidades,
a serem sopesadas pelo Magistrado.
BLOCO 2
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias
relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante;
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos
do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência
injustificada à ordem judicial; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
IX - monitoração eletrônica.
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B) como instrumento cautelar para o acusado que estava em liberdade plena, quando
se revelar necessário;
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da
prisão preventiva:
(...)\
§ 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de
antecipação de cumprimento de pena ou como decorrência imediata de investigação
criminal ou da apresentação ou recebimento de denúncia. (Incluído pela Lei
nº 13.964, de 2019)
BLOCO 3
Obs: a prisão preventiva deve ser aplicada como ultima ratio. Art.282, parágrafo
sexto, do CPP:
Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas
observando-se a:
§ 6º A prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua
substituição por outra medida cautelar, observado o art. 319 deste Código, e o não
cabimento da substituição por outra medida cautelar deverá ser justificado de forma
fundamentada nos elementos presentes do caso concreto, de forma individualizada.
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
3) prima ratio: quando necessária a tutela cautelar, dever-se-à optar pelas medidas
cautelares diversas das prisão. A cautelar é admitida em crimes apegados com pena
privativa de liberdade. (283, parágrafo primeiro, CPP)
Súmula 717 do STF: Não impede a progressão do regime de execução da pena, fixada em
sentença não transitada em julgado, o fato de o réu se encontrar em prisão
especial.
Obs; A doutrina exige, apenas, que a sentença tenha transitado em julgado para
acusação, à luz do princípio do non reformatio in perus.
JURISDICIONALIDADE
VEDAÇÃO DA PRISÃO CAUTELAR "EX LEGE" (DECORRENTE DA LEI): Essa espécie de prisão é
determinada pelo próprio legislador, independentemente da análise de sua
necessidade pelo juiz competente. Geralmente, isso ocorre a depender da gravidade
do delito. O CPP, no passado, dispunha nesse sentido.
A doutrina e as Cortes Superiores entendem que essa espécie de prisão viola a regra
de tratamento do princípio da presunção de inocência. Temos como exemplo o art. 44,
da lei de drogas, que veda a liberdade provisória com ou sem fiança, além de
sursis, graça, indulto e anistia. Ou seja, a manutenção da prisão em flagrante era
obrigatória.
PORÉM, o STF desde o HC 104.339, admite liberdade provisória sem fiança para crimes
hediondos ou equiparados, como tráfico de drogas.
CABE AO JUIZ DECIDIR SE A PRISÃO É OU NÃO NECESSÁRIA.
Súmula 697 STF: A proibição de liberdade provisória nos processos por crimes
hediondos não veda o relaxamento da prisão processual por excesso de prazo.
BLOCO 5
- art. 282, parágrafo, do CPP: o dispositivo permite que o juiz de ofício permite
que o juiz poderá revogar ou substituir uma cautelar, ou ainda, redecreta-lá quando
presente motivos.
- a doutrina entende que quando a lei fala em atuação de ofício não se aplica a
nova aplicação de cautelar.
AULA XIII
- É valido não apenas a prisão cautelar, mas também as demais cautelares, ou seja,
a decisão que a decreta deve ser motivada e fundamentada, como exige a própria CF,
em seus artigos 5º e 93º. Analisar o art. 315 do CPP. A doutrina e o próprio CPP
adota o princípio da contemporaneidade, segundo o qual os motivos que justificam a
decisão deverão se contemporâneos a ela.
- ==A teor do parágrafo segundo, art. 315 do CPP, não considera como
fundamentamentada:==
==IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese,
infirmar a conclusão adotada pelo julgador; (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019) (Vigência)==
OBS: fundamentação per relationem ou aliunde: ocorre qdo o juiz traz para si uma
decisão anterior ou uma manifestação das partes, para justificar/motivar seu
decisium. Evidente que essa espécie de relação gera a nulidade da decisão. Há outra
corrente, defende a possibilidade, desde que a manifestação usada como
justificativa pelo magistrado esteja fundamentada, o que é óbvio.
BLOCO 2
- FASE INVESTIGATÓRIA:
2) requerimento do MP;
3) requerimento do ofendido/querelante nas ações penais privadas; O CPP fala de
querelante, o que pode conduzir ao entendimento segundo o qual o pedido só poderia
ser feito na fase processual, mas esse não é o entendimento da doutrina. O
querelante pode aportar requerimento na fase investigatória.
4) requerimento do acusado/defensor: Qual seria o interesse do acusado? Cita-se
como exemplo o pedido de cautelares diversas da prisão para substituir eventual
preventiva ou prisão em flagrante.
- FASE PROCESSUAL
1) requerimento do MP;
2) requerimento do querelante na ação penal privada;
3) requerimento do assistente da acusação (vítima que se habilita no processo, em
crime de ação penal pública);
4) requerimento do acusado/defensor.
BLOCO 3
Obs: Trata-se de sequencia obrigatória a ser seguida pelo Juiz? Não, o legislador
quis, in casu, ofertar opções diversas ao Magistrado.
Obs: O decreto preventivo, nos termos do parágrafo único do art. 312, o Magistrado
deve, segundo a primeira corrente, observar as hipóteses previstas no art. 313, que
trata as hipóteses que admitem a prisão preventiva. Outra corrente, entende que não
há necessidade. Cuida-se de corrente majoritária.
BLOCO 4
- A doutrina trabalha com a ideia de que compete ao juízo onde tramita o processo.
Aplica-se, in casu, o esgotamento de instância.
- Doutra senda, a jurisprudência entende que essa exigência vale apenas até o fim
do processo do conhecimento.
RECURSOS ADEQUADOS:
Súmula n. 604 do STJ: O mandado de segurança não se presta para atribuir efeito
suspensivo a recurso criminal interposto pelo MP.
EM FAVOR DA DEFESA:
Para uma primeira corrente, a detração não é possível por ausência de previsão
legal.
Uma segunda posição, defende sua possibilidade: a) quando houver semelhança entre a
cautelar e a pena definitiva, temos como exemplo o julgado do STJ:
- A Terceira Seção do STJ concluiu em recente julgado que é possível considerar o
tempo submetido à medida cautelar de recolhimento noturno, aos finais de semana e
dias não úteis, supervisionados por monitoramento eletrônico, com o tempo de pena
efetivamente cumprido, para detração da pena. HC 455.097.
- ==E quando não houver homogeneidade entre a cautelar e a pena definitiva:==
- Uma primeira corrente compreende que não é cabível.
- Outra corrente entende ser cabível, utilizando-se de legi ferenda de critério
semelhante a remição.
PRISÃO
- Espécies:
A) prisão em flagrante: há quem diga que ela é uma espécie de medida pré-cautelar,
dada sua conversão em preventiva;
B) prisão preventiva;
C) prisão temporária;
BLOCO VI
==Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24
(vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover
audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro
da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz
deverá, fundamentadamente:==
OBS: A audiência pode ser realizada por videoconferência? Em regra, não é possível.
A ideia da audiência de custódia é a presença entre o preso e o juiz. Contudo, em
situações excepcionais isso seria possível, como no caso da pandemia do COVID.
AULA XIV
Obs: hipóteses realizadas sem a exibição imediata do mandado: art. 287 e 299 do
CPP, o mandado nessas hipóteses não precisam ser apresentado de imediata, basta que
o mandado já tenha sido expedido.
Outra hipótese é a captura do réu evadido.
Obs: não necessidade de ordem de prisão nas transgressões militares, nos crimes
propriamente militares, e ainda, nos casos de Estado de Defesa e Estado de Sítio.
B) flagrante facultativo: é o flagrante que pode ser efetuado por qualquer pessoa
do povo; essas pessoas poderão efetuar a prisão, cuida-se de faculdade, concedida a
sociedade. Aquele que efetue a prisão em flagrante está protegido pelo exercício
regular de direito.
BLOCO II
Obs: Iter crimini: 1) cogitação; 2) atos preparatórios, em regra não são puníveis,
salvo, por exemplo, a organização criminosa; 3) atos de execução, nessa fase o
direito penal passa a intervir. Nesse momento, há cometimento da infração penal; 4)
consumação do delito.
SÚMULA n. 145 do STF: "Não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia
torna impossível sua consumação"
BLOCO III
I) Flagrante nas várias espécies de crimes, como nos permanentes que se prolongam
no tempo. (Art. 303 CPP); nos crimes habituais, que exigem uma prática reiterada do
crime. Nesse caso, uma corrente é contrária ao flagrante, pois não é possível
verificar a habitualidade, porém a corrente majoritária defende a possibilidade de
flagrância.
________________ // ___________
A) captura:
- emprego de força: é possível desde que o faça de maneira moderada usando os meios
necessários.
- instrumentos de menor potencial ofensivo: são instrumentos que não causam lesão
permanente, como o gás de pimenta.
- uso de algemas:
- ==Súmula Vinculante n. 11, STF: Só é lícito o uso de algemas em casos de
resistência e de fundado receio de fuga ou perigo à integridade física própria ou
alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por
escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da
autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se referem sem
prejuízo da responsabilidade civil do Estado.==
C) lavratura dos casos de prisão em flagrante: O réu poderá livrar-se solto quando
o delegado impor fiança quando a pena máxima for inferior a 4 anos.
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por
seu interrogatório policial;
==CONVALIDAÇÃO JUDICIAL DA PRISÃO EM FLAGRANTE==
C) concessão de liberdade provisória com ou sem fiança, bem como cumulada ou não
com as cautelares diversas da prisão.
BLOCO IV
- HIPÓTESES DE ADMISSIBILIDADE:
B) PREVENTIVA: as hipóteses estão previstas no artigos 313 do CPP, vale dizer, que
não é necessário somar os incisos para decreta-lá:
==I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a
4 (quatro) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).==
==II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em
julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no
2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).==
==§ 1º Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a
identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para
esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a
identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida.==
Vejam, que a lei fala em crime, ou seja, não cabe preventiva em contravenções.
Observe que o inciso segundo não fala do quantum de pena, ou seja, basta que o réu
seja reincidente específico em outro crime doloso.
A preventiva no paragrafo primeiro do art. 313, do CPP, também se aplica aos crimes
culposos, uma vez que é necessária a identificação do infrator.
BLOCO 5
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo
único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, de 1940)
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223,
caput, e parágrafo único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, de 1940)
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo
único); (Vide Decreto-Lei nº 2.848, de 1940)
Obs: cabe, ainda que não previsto, como nos casos de estupro de vulneráveis, uma
vez que considerado crime hediondo.
Obs: no caso de crime hediondos e equiparados, o prazo da prisão é de 30 dias,
prorrogável.
Obs: deve-se demonstrar o fummus comissi delict e o preiculum libertatis.
==Prisão preventiva.==
- exige a presença do fummus comissi delict (plausibilidade do direito do punir) e
do periculum libertatis, como previsto no art. 312, CPP. Quanto a existência do
delito se faz um grau de maior de probabilidade.
- periculum libertatis: É o perigo que a permanência do acusado em liberdade
poderá causar a aplicação da lei, para investigação e instrução, bem como para
segurança da coletividade.
1) garantia da ordem pública: A primeira corrente diz que essa hipótese não tem
natureza cautelar, sendo quase inconstitucional, cuida-se de posição minoritária.
Uma corrente entende que a prisão preventiva existe para impedir a reiteração
delituosa, independentemente da primariedade, ou, bons antecedentes. Outra corrente
defende que garantia da ordem pública seria o risco de reincidência somado ao
clamor social. A posição que prevalece é a segunda.
STF: O clamor público, ainda que se trate de crime hediondo, não constitui fator de
legitimação da privação cautelar da liberdade.
--------------------
PRISÃO TEMPORÁRIA E SEUS PRESSUPOSTOS: O STF decidiu ser necessário a presença dos
seguintes requisitos cumulativos:
OBS:
- Súmula n. 21, STJ: Pronunciado o réu, fica superada a alegação do
constrangimento ilegal por excesso de prazo na instrução;
- Súmula n. 52, STJ: Encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de
constrangimento por excesso de prazo;
- Súmula n. 64, STJ: Não constitui constrangimento ilegal por excesso de prazo na
instrução provocada pela defesa;
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AULA 6
- Prazo da temporária:
- 5 dias prorrogável por igual periodo;
- crimes hediondos ou equiparados, 30 dias, prorrogável por igual período;
- São prazos do direito penal.
- expirado o prazo, o réu deve ser solto, sendo desnecessário alvará de
soltura.
PRISÃO PREVENTIVA
OBS:
- Súmula n. 21, STJ: Pronunciado o réu, fica superada a alegação do
constrangimento ilegal por excesso de prazo na instrução;
- Súmula n. 52, STJ: Encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de
constrangimento por excesso de prazo;
- Súmula n. 64, STJ: Não constitui constrangimento ilegal por excesso de prazo na
instrução provocada pela defesa;
Quanto a súmula 64 do STJ, ela se justifica pelo princípio de que ninguém pode se
beneficiar da própria torpeza.
==PRISÃO DOMICILIAR==
- Já era prevista na Lei de Execução Penal, mas a partir de 2011, a prisão
domiciliar foi introduzida no CPP, mas as duas não se confundem. A primeira decorre
de sentença condenatória transitada em julgado. A segunda cuida-se de prisão
cautelar. Assim diz o CPP:
- Para os tribunais superiores, não basta a debilidade, mas também, que não haja
tratamento disponível no sistema carcerário.
- imprescíndivel aos cuidados especiais de pessoa menor de 06 anos ou com
deficiência; Obs: é necessário comprovar o réu deve produzir prova idônea desses
requisitos.
- gestante;
OBS: STJ ... Tráfico ilícito de entorpecentes. Paciente em estágio avançado de
gravidez. Pedido de substituição da preventiva por domiciliar. Ausência de prévia
manifestação das instancias precedentes. Dupla supressão de instancia. Superação.
Preenchimento dos requisitos do art. 318 do CPP. Concessão da ordem (...)
- mulher com filho de até 12 anos incompletos;
- homem, caso seja o único, responsável pelos cuidados do filho com até 12 anos
incompletos
AULA XV - BLOCO I
==FINALIDADE DA CITAÇÃO==
Bloco 2
AULA 2
- a real é aquela feita pela pessoa do acusado, essa é a regra. Ela pode ser feita
por mandado, precatória, carta de ordem ou carta rogatória.
- ficta/pressumida: trabalha-se com uma presunção de que o acusado tomou
conhecimento da citação, o que ofende a segurança jurídica e põe em risco a ampla
defesa. Temos a citação por edital e a citação por hora certa.
==CITAÇÃO PESSOAL==, feita na pessoa do acusado. Não pode ser realizada na pessoa
do representante legal ou do advogado. No caso da pessoa jurídica a citação poderá
ser feito na pessoa do representante.
- Citação imprópria: recai sobre pessoas que possuem doenças mentais, há quem
advogue que mesmo esse indivíduo deve ser citado pessoalmente. Outrossim, a segunda
corrente defende que se adote o CPC e cite o deficiente na pessoa do curador.
==Restrições à citação==
Bloco 3
- Citação por precatória: ocorre quando o acusado reside em comarca diversa, fora
do território da jurisdição.
Os requisitos são os mesmos da citação por mandado.
- Carta precatória itinerante: é uma carta que fica circulando, em busca do
acusado. Se o oficial de justiça certificar que o réu se oculta para não ser
citado, adotar-se-á a ==citação por hora certa==.
- CITAÇÃO DOS MILITARES: para não prejudicar a hierarquia e a disciplina, a citação
se fará por intermédio do comando ou chefia do respectivo serviço, porém, ainda
assim, será citado pessoalmente, só que na presença única de seu comandante. O CPM,
acertadamente, reza que mediante requisição do comando ou da chefia, o militar é
chamado para receber a citação, dando-lhe a contrafé.
- CITAÇÃO DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO: É citado pessoalmente; se houver necessidade de
comparecimento em juízo, seu chefe deverá ser comunicado.
==BLOCO 4==
A) acusado em lugar inacessível: esta hipótese não esta prevista no CPP, a doutrina
entende que se aplica subsidiariamente o CPC, especificamente no seu art. 256.
Comunidade dominado pelo tráfico não pode ser considerada lugar inacessível, in
casu, o oficial de justiça deve requisitar apoio policial.
OBS: os pressupostos para aplicação do art. 366 são: a) citação do réu por edital;
b) não apresentação de resposta à acusação;
- a teor do art. 225 do CPP, a parte deve provar que a testemunha padece de
enfermidade greve ou velhice, com o receio que com o transcurso do tempo não
poderão ser ouvidas. Essa corrente é majoritária.
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o
juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o
caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312.
(Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
- Aquele que se oculta para não ser citado, o será por hora certa, na forma do CPC.
- O citado por hora certa não tem o benefício da suspensão do processo e da
prescrição, in casu, será nomeado defensor dativo.
- A citação por hora certa se dá na forma do art. 252, do CPC, e, os requisitos
são: o réu tenha sido procurado por duas vezes e houver suspeita de ocultação.
Nesse caso, o próprio oficial de justiça providenciará a citação por hora certa.
Prevalece na doutrina, que essa espécie de citação é constitucional.
OBS: a regra do artigo citado trata do inicio do prazo, mas a contagem do prazo
obedece regra diversas, com efeito, quanto à contagem do prazo, há de se lembrar
que o dia do começo não é computado, incluindo-se, porém o do vencimento. Ademais,
o prazo que terminar em feriado ou domingo, considerar-se-á prorrogado até o dia
útil imediato.
OBS: Súmula 710 STF: No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação e
não da juntada aos autos do mandato ou da precatória.
OBS: intimação e notificação por hora certa: é cabível, a teor do art. 370 CPP.
OBS: o magistrado é obrigado a conceder prazo para marcar a audiência: Súmula 431
STJ - É nulo o julgamento de recurso criminal, na segunda instancia, sem previa
intimação, ou publicação da pauta, salvo em Habeas Corpus, a não ser que haja
pedido de sustentação oral.
PROCEDIMENTO COMUM.
1- PROCESSO E PROCEDIMENTO:
- obs: apenas a fase recursal não experimentou musanças nos últimos tempos.
Bloco 2
Obs: crimes tipificados no estatuto do idoso, cuja pena máxima não seja
superior a 4 anos.
- Uma primeira corrente defendeu que houve a criação de um novo conceito de
infração de menor potencial ofensivo.
- a posição dominante, compreende que aplica-se o procedimento sumarissímo,
como colocou o próprio STF. A lógica é que o procedimento, em questão, é o mais
célere, ao menos em tese.
- quando a pena for superior a dois anos e inferior a 4 anos, competirá ao
juiz singular julgar, utilizando-se do procedimento dos juizados.
- quando a pena for superior a 4 anos, será competente o juiz singular,
aplicando-se o procedimento comum ordinário.
- crimes previstos na lei das organizações criminosas e os conexos: aplica-se
o procedimento ordinário, independentemente da pena.
- A lei das organizações criminosas não veda a aplicação da lei dos juizados.
Permitindo a aplicação de transação penal, suspensão condicional do processo.
Bloco 3
*** ==Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com
todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos
quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol
das testemunhas.==***
- falta de justa causa: entende-se por justa causa, segunda a primeira corrente,
seria um lastro probatório mínimo para a instauração de processo penal. A segunda
corrente entende que por justa causa seria a soma de tipicidade, punibilidade e
viabilidade (fundados indícios de autoria). Essa segunda corrente é isolada;
- No processo penal não há espaço para acusações temerárias.
BLOCO V
- Súmula n. 709 STF: salvo quando nula a decisão de primeiro grau, o acórdão
que provê o recurso contra a rejeição da denúncia vale, desde logo, como seu
recebimento.
- ==RECEBIMENTO DA ACUSATÓRIA.==
- juízo positivo de admissibilidade.
- para muitos esse momento significa o inicio do processo penal.
- Citação do acusado
- Reação defensivo à peça acusatória:
- a extinta defesa prévia: existente antes de 2008, quando o acusado
era citado era, em síntese, arrolar testemunha.
- Defesa Preliminar: também chamada de resposta preliminar, ocorre no
momento procedimental anterior ao juízo de admissibilidade da peça acusatória. O
seu precípuo objetivo é convencer o juiz quanto a rejeição da peça acusatória,
apontando ao juiz causas que ensejem sua rejeição. Essa espécie de defesa não está
prevista no procedimento ordinário. O prazo varia, conforme o procedimento legal.
Encontra-se prevista em alguns procedimentos especiais, como: lei de drogas;
procedimento originário dos Tribunais; JECRIM (em audiência e oralmente); crimes de
responsabilidade de prefeitos e vereadores; art. 514 do CPP, nos crimes
afiançáveis. O artigo citado está inserido no capítulo que cuida do procedimento
dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, sendo aqueles
relacionados à função. Esse procedimento não se aplica ao particular. Atualmente,
não há crimes funcionais inafiancáveis;
OBS: são crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, são aqueles
previstos no art. 312 e 326 do CP. A entes delitos a doutrina vêm adicionando os
novos crimes de abuso de autoridade. Atualmente, ainda que o delito tenha pena
mínima superior a dois anos, é possível fiança. Depois da Lei 12.403, todos os
crimes funcionais passaram a ser afiançáveis.
O STJ entende que o procedimento especial do CPP, só se aplica aos crimes
funcionais típicos.
Não se aplica, de igual forma, se a denúncia atribui crime funcional e um crime
comum, ao acusado.
==Bloco 2==
- Desnecessidade de observância da defesa preliminar, quando a denúncia estiver
instruída por inquérito policial:
- STF: Entende que a defesa preliminar do art. 514, é indispensável, mesmo quando a
denúncia vier instruída por inquérito policial.
Bloco 3
A teor do CPP:
Á luz do parágrafo segundo, ainda que o acusado citado, não responda, o juiz deverá
nomeará defensor dativo para fazê-lo.
==REVELIA==.
==Causas==:
OBS; não confundir com a absolvição sumária prevista no art. 415 do CPP, que trata
do procedimento do júri. Três aspectos as diferenciam:
1) momento procedimental: a do procedimento comum ocorre antes da instrução do
processo; já a do procedimento do júri ocorre ao final da primeira fase do júri, ou
seja, depois da instrução probatória, perante ao juiz sumariante.
- ==DESIGNAÇÃO DA AUDIÊNCIA:==
- prazo pra designação: ordinário (60 dias); sumário (30 dias) ;
- esse é o prazo máximo, o mínimo seria, a teor do CPC, de 5 dias. Aplicação
analógica.
Bloco 5
==Bloco 6==
FASE DE DILIGÊNCIAS:
Anteriormente eram feitas por escrito, agora, em regra, devem ser feitas oralmente,
após o interrogatório do acusado.
- Em regra, são orais, não empecilho no entanto que sejam apresentadas por
escritos.
AULA XVIII