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Feito e organizado por especialistas em direito e em concursos, o Norte Legal é um material de Leis
Anotadas | Cejurnorte Concursos | projetado com o intuito de otimizar seu estudo, seja ele regular, seja
de reta final. O "NL" tem sido fundamental nos estudos de centenas de concurseiros, que, assim como
você, precisam recorrer a várias fontes de estudo na hora resolver questões e revisar temas específicos
do edital.
Não há contraditório.
Juiz com ampla iniciativa probatória (chamada gestão de provas), na investigação e no processo.
SISTEMA ACUSATÓRIO Iniciativa probatória exclusiva das partes e juiz como terceiro imparcial e passivo na coleta da prova. Vigora
o Princípio Dispositivo, por isso em nenhuma fase o juiz pode produzir prova de ofício.
(ADOTADO
Como exemplo do papel do juiz na produção de prova, temos o art. 212 do CPP (método de questionamento
EXPRESSAMENTE
das testemunhas) conhecido como exame direto e cruzado. Antes de 2008, cabia ao juiz a formulação de
NO BRASIL, NO perguntas. Atualmente, as perguntas são feitas diretamente pelas partes, cabendo ao magistrado a atuação
ART.3º-A DO CPP) residual.
Art. 3º-A. O processo Art. 212, CPP. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não admitindo o juiz
penal terá estrutura aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem na repetição de
acusatória, vedadas a outra já respondida.
iniciativa do juiz na fase Acusado é sujeito de direitos.
de investigação e a
substituição da atuação Vigora a publicidade e oralidade do julgamento.
probatória do órgão de Presença de contraditório.
acusação. (Incluído
Na fase investigatória, juiz só intervém se for provocado.
pela Lei nº 13.964, de
2019) Princípio da busca da verdade (ou verdade processual) - prova deve ser produzida com contraditório.
Conforme seu art. 129, I, a CF adotou este sistema, outorgando ao MP a titularidade da ação penal pública.
1a fase: Inquisitorial, com instrução escrita e secreta, sem acusação e, por isso, sem contraditório.
SISTEMA MISTO OU 2a fase: Acusatório. Acusador apresenta acusação, réu se defende e Juiz julga, vigorando, em regra, a
FRANCÊS publicidade e a oralidade.
Quando o CPP entrou em vigor, prevalecia que o sistema nele previsto era o misto. Porém, com o advento
da CF, que prevê de maneira expressa a separação das funções de acusar e defender, adotou-se o Sistema
Acusatório.
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS E PROCESSUAIS CONSTITUCIONAIS
CADH CF
Art. 8o, §2o: Toda pessoa acusada Art. 5o (...), LVII – ninguém será
de um delito tem direito a que se considerado culpado até o trânsito em
presuma sua inocência, enquanto julgado de sentença penal condenatória.
não for legalmente comprovada a
sua culpa.
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE
INOCÊNCIA (DUDH) OU PRESUNÇÃO Aqui, aplica-se o princípio pro homine, segundo o qual havendo tratamento diferenciado na
DE NÃO CULPABILIDADE (CF) legislação internacional e na interna, deve prevalecer o que for mais benéfico ao acusado. Nesse
caso, será a CF.
No dia 07/11/2019, o STF, ao julgar as ADCs 43, 44 e 54), afirmou que o cumprimento da pena
somente pode ter início com o esgotamento de todos os recursos. Assim, é proibida a execução
provisória da pena.
Atenção: No que tange à execução provisória da pena no Tribunal do Júri, a 1a Turma do STF já
vinha decidindo no sentido de que a condenação a uma pena igual ou superior a 15 anos de
reclusão autorizava a execução provisória da pena. O Pacote Anticrime positivou esse
entendimento no art. 492, I, do CPP, o que, segundo a doutrina, é um dispositivo de
constitucionalidade questionada, uma vez que se admite a execução provisória de uma decisão
de um juiz de 1º grau.
Para este princípio, ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo. Veda- se a
autoincriminação.
CADH CF
Artigo 8o - Garantias judiciais Art. 5o, LXIII - o preso será informado de seus
direitos, entre os quais o de permanecer
2. Toda pessoa acusada de um delito
calado, sendo-lhe assegurada a assistência
tem direito a que se presuma sua
da família e de advogado;
inocência, enquanto não for
legalmente comprovada sua culpa.
PRINCÍPIO DO NEMO TENETUR SE Durante o processo, toda pessoa tem
DETEGERE direito, em plena igualdade, às
seguintes garantias mínimas:
OBS2. ADVERTÊNCIA. Nos termos do art. 5o, LXIII da CF, o cidadão deve ser,
obrigatoriamente, informado do seu direito ao silêncio, sob pena de nulidade. Perceba
que a não observância de tal dever PODE acarretar a ilicitude das provas. Sobre o tema,
temos um julgado recente (11/05/2021) do STJ:
OBS2: O STJ entende que o raio-x é prova não invasiva, de modo que
pode ser realizado mesmo contra a vontade do indivíduo. (HC
149.146/SP)
3) Crime do art. 305 do CTB (afastar-se do local do acidente)? Não viola o referido
princípio.
Art. 305, CTB. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à
responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída: Penas - detenção, de seis
meses a um ano, ou multa.
Dever legal de interrupção imediata do interrogatório quando o imputado optar pelo exercício do
direito ao silêncio
Com o advento da Nova Lei de Abuso de Autoridade, passou a ser crime de abuso de autoridade
o prosseguimento de interrogatório, policial ou judicial, de imputado que decidiu exercer o seu
direito ao direito.
Art. 15. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem prossegue com o interrogatório:
Respaldado constitucionalmente pelo art. 5o, LV da CF, impõe que às partes (acusação e defesa)
devem ser dadas a possibilidade de influir no convencimento do magistrado, oportunizando-se
a participação e manifestação sobre os atos que constituem a evolução pessoal. O contraditório
abrange o direito de produzir prova, o direito de alegar, de se manifestar, de ser cientificado,
dentre outros.
O princípio do contraditório é formado por dois elementos, quais sejam: direito à informação e
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO direito à participação. Vejamos:
Exemplo:
Diferença entre o contraditório para a prova (real) e contraditório sobre a prova (diferido).
Deve ser assegurada a ampla possibilidade de defesa, lançando-se mão dos meios e recursos
disponíveis a ela inerentes (art. 5o, LV da CF/88).
Divide-se em:
d) HC.
3) A falta de defesa técnica ou quando 4) A Nova Lei de Abuso de Autoridade passou
feita por profissional irregular gera a criminalizar a conduta de privar que o
nulidade absoluta. Nesse sentido: indivíduo se sente ao lado de seu defensor e de
Súmula nº 523, STF - No processo com ele comunicar-se durante a audiência.
penal, a falta da defesa técnica
constitui nulidade absoluta, mas a sua Art. 20. Impedir, sem justa causa, a entrevista
deficiência só o anulará se houver pessoal e reservada do preso com seu
prova de prejuízo para o réu. advogado:
Assim, quando o Juízo das Execuções decretar a regressão de regime sem que o condenado
seja assistido por defensor durante PAD instaurado para apurar falta grave, há de se reconhecer
a nulidade do feito, haja vista a violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa.
Ampla defesa e execução penal: A ampla defesa deve ser assegurada no processo de execução
penal, conforme entendimento sumulado do STJ.
Cuidado: No caso de transferência de presos para presídios federais (Lei 11.671/2008), em regra,
será necessário observar a ampla defesa. Contudo, em situações excepcionais, devidamente
fundamentadas pelo magistrado, o contraditório poderá ser diferido.
PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA
Súmula nº 639 do STJ: “ Não fere o contraditório e o devido processo decisão que, sem ouvida
prévia da defesa, determine transferência ou permanência de custodiado em estabelecimento
penitenciário federal.
Julgado Novo (Info 720, STJ) – 26/11/2021: Se a defesa técnica teve pleno acesso aos autos da
ação penal, anexos e mídias eletrônicas, a negativa de ingresso de notebook na unidade prisional
para que o custodiado visualize as peças eletrônicas não configura violação do princípio da ampla
defesa.
Entenda o julgado: A garantia constitucional à ampla defesa, prevista no art. 5º, LV, da CF, envolve
a defesa em sentido técnico (defesa técnica), realizada pelo advogado, e a defesa em sentido
material (autodefesa), por meio de qualquer atividade defensiva desenvolvida pelo próprio
acusado, em especial durante seu interrogatório. Contudo, no caso, a restrição ao ingresso de
notebook na unidade prisional justificava-se pelo risco de ofensa à segregação prisional.
Ademais, tal restrição não representava obstáculo à ampla defesa, pois as peças processuais
relevantes ou de interesse poderiam ter sido impressas e levadas ao preso. Frise-se que,
embora o custodiado tenha formação jurídica, sua defesa técnica está sendo patrocinada por
advogados habilitados nos autos, os quais tiveram pleno acesso aos autos da ação penal, anexos
e mídias eletrônicas. Portanto, assegurado à defesa técnica amplo acesso à integralidade dos
elementos probatórios encartados nos autos, já estando o custodiado ciente das imputações
descritas na denúncia, não há falar em nulidade processual.
É o direito que o acusado possui de conhecer antecipadamente o juiz que irá julgar eventual
crime praticado. Está ligado à imparcialidade.
Impede a criação casuística de tribunais após-fato, para apreciar determinado caso. Ou seja, o
magistrado encarregado de colher a prova deve ser o mesmo que julgará, uma vez que teve
contato direto com as partes e testemunhas.
PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL Previsão legal: art. 5o, XXXVII e LIII, ambos da CF.
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
Descontaminação do julgado: Encontra-se prevista no art. 157, §5o do CPP, incluído pelo Pacote
Anticrime. Vejamos:
Art. 157, § 5o O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível não poderá
proferir a sentença ou acórdão. (Incluído pela Lei no 13.964, de 2019) (Eficácia Suspensa)
1) Crimes dolosos contra a vida praticados por militares, ainda que em serviço, contra
civis. Todos os processos que estivessem em 1ª instância deviam ser remetidos ao
Júri, salvo se já houver sentença de mérito, caso em que o processo deve permanecer
na justiça de origem;
2) Tráfico internacional de drogas cometido em comarca em que não há vara federal. Pelo
art. 27, da revogada Lei 6.368/76, a competência era da justiça estadual comum, quando
PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL
no local não houvesse vara da JF. Contudo, a nova Lei de Drogas determinou que a
competência será da JF, mesmo que não haja vara federal na cidade, os autos devem
ser remetidos para a comarca mais próxima. Os processos em andamento foram
remetidos à JF.
Segundo o entendimento dominante, a especialização de varas NÃO viola a CF, tendo em vista
que se trata de desdobramento do poder de auto-organização do Poder Judiciário.
A publicidade dos atos processuais é a regra, o sigilo pode ser admissível quando a defesa da
intimidade ou o interesse social o exigirem, sem prejuízo do interesse público à informação
(artigos 5o, LX e 93, IX da CF/88) ou se dá publicidade do ato puder ocorrer escândalo,
inconveniente grave ou perturbação da ordem (artigo 792, §1o do CPP).
Em relação ao inquérito policial, por se tratar de fase pré-processual, é regido pelo princípio da
sigilação. Contudo, assegura-se ao advogado a consulta aos autos correspondentes (súmula
vinculante 14 do STF).
▪ Liberdade Provisória.
Predomínio da Prisão Privativa de Liberdade. Marco no BR: Lei dos Juizados Criminais.
▪ Exceção: submissão ao
Tribunal Penal Internacional.
Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á DESDE LOGO, sem for o caso,
prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei decretar prisão
anterior. preventiva, nos
termos do
LEI PROCESSUAL NO TEMPO disposto no art.
312. (Norma
Trata-se do Princípio da APLICAÇÃO IMEDIATA (DESDE processual
LOGO) ou sistema de ISOLAMENTO DOS ATOS PROCESSUAIS híbrida, não pode
No processo penal, não vigora o princípio da retroatividade retroagir)
benéfica ou irretroatividade, como no direito penal.
Lei Processual Penal (benéfica ou maléfica) é aplicada de NÃO CONFUNDA OS INSTITUTOS
pronto, exceto se norma for HÍBRIDA ou HETEROTÓPICA
(prevalece o aspecto penal). Para que uma lei processual penal entre em
vigor, basta que seja aprovada pelo
▪ Esse artigo (DESDE LOGO) é aplicado a depender da espécie Congresso Nacional, sancionada pelo
de norma processual. NÃO CONFUNDA!!! VIGÊNCIA Presidente da República, publicada no Diário
Oficial. Superado eventual período de vacatio
NORMA NORMA NORMAS
legis, inicia-se sua vigência
GENUINAMENTE PROCESSUAL PROCESSUAIS
PROCESSUAL MISTA ou HETEROTÓPICAS Compatibilidade com a CF e com as
HÍBRIDA Convenções Internacionais sobre Direitos
VALIDADE
Cuida de DUPLA NATUREZA Humanos.
procedimentos, NATUREZA – ÚNICA (penal ou
atos, técnicas do uma parte penal processual), e
processo. e outra parte não dupla. Tópico ENUNCIADO I DA I JORNADA DE DIREITO E PROCESSO
processual. vem de “lugar”. PENAL (10 a 15 de agosto de 2020)
Hétero de
Aplicada
“trocado”.
imediatamente. Admite a A norma puramente processual tem eficácia a partir da data
retroatividade, se de sua vigência, conservando-se os efeitos dos atos já
benéfica ao réu. É quando a praticados. Entende-se por norma puramente processual
Lei nova não
“norma está no aquela que regulamente procedimento sem interferir na
retroage nem
diploma errado”. pretensão punitiva do Estado. A norma procedimental que
mesmo para Exemplo: art. 366
Normas penais modifica a pretensão punitiva do Estado deve ser considerada
beneficiar o réu. do CPP que foi
no CPP, ou norma de direito material, que pode retroagir se for mais
alterado pela Lei
normas benéfica ao acusado.
9.271/96, não
Exemplo: extinção processuais no
tendo aplicação
do processo por CP. Art. 3o A lei processual penal ADMITIRÁ INTERPRETAÇÃO
retroativa.
novo júri trazido EXTENSIVA e APLICAÇÃO ANALÓGICA, bem como o suplemento
pela Lei dos PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO.
Admite-se a
11.689/2008. Art. 366 Se o
retroatividade se
acusado, citado
benéfica ao réu. LEI PROCESSUAL PENAL ADMITE
por edital, não
comparecer,
nem constituir Intérprete amplia o conteúdo da lei.
advogado,
ficarão
suspensos o Ex1: Suspeição do Juiz se aplica aos
processo e o INTERPRETAÇÃO Jurados.
curso do prazo EXTENSIVA Ex2: Hipóteses de RESE.
prescricional,
podendo o juiz
Entenda: a norma existe. Só que o
determinar a
Legislador disse menos do que deveria e
produção
deixou de contemplar situações
antecipada das
semelhantes.
provas
consideradas
urgentes e, se
Autointegração da lei para suprir Art. 3º-A. O processo penal terá ESTRUTURA ACUSATÓRIA,
lacunas. Não é método de interpretação. vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a
substituição da atuação probatória do órgão de acusação.
IX - determinar o trancamento do inquérito policial quando não XVII - decidir sobre a homologação de acordo de não persecução
houver fundamento razoável para sua instauração ou penal ou os de colaboração premiada, quando formalizados
prosseguimento; durante a investigação;
XII – JULGAR o HC impetrado ANTES do OFERECIMENTO DA XVIII - outras matérias inerentes às atribuições definidas
DENÚNCIA; no caput deste artigo.
XIII - determinar a instauração de incidente de insanidade 1º O preso em flagrante ou por força de mandado de prisão
mental; provisória será encaminhado à presença do juiz de garantias no
prazo de 24 HORAS, momento em que se realizará audiência com Ministério Público, PRORROGAR, uma ÚNICA VEZ, a DURAÇÃO
a presença do Ministério Público e da Defensoria Pública ou de DO INQUÉRITO por ATÉ 15 DIAS, após o que, se ainda assim a
advogado constituído, vedado o emprego de videoconferência. investigação não for concluída, a prisão será imediatamente
relaxada.
# Jurisprudência Correlata
Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange todas as
infrações penais, EXCETO as de MENOR POTENCIAL OFENSIVO,
A audiência de custódia, no caso de mandado de prisão e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa na forma do
preventiva cumprido fora do âmbito territorial da jurisdição Art. 399 deste Código.
do Juízo que a determinou, deve ser efetivada por meio da
condução do preso à autoridade judicial competente na
localidade em que ocorreu a prisão. Não se admite, por ABRANGÊNCIA DA Todas as infrações penais,
ausência de previsão legal, a sua realização por meio de COMPETÊNCIA DO JG EXCETO as IMPO.
videoconferência, ainda que pelo Juízo que decretou a Com o RECEBIMENTO DA
custódia cautelar. (Info 663, STJ, 2019). DENÚNCIA/QUEIXA.
CESSAÇÃO DA
COMPETÊNCIA DO JG Após, até mesmo eventuais
OBS1: após esse julgado, o CNJ aprovou resolução proibindo
questões pendentes serão
a realização de audiência de custódia por videoconferência.
decididas pelo juiz da instrução e
Segundo o Min. Dias Toffoli, “audiência de custódia por
julgamento.
videoconferência não é audiência de custódia e não se
equiparará ao padrão de apresentação imediata de um preso
a um juiz, em momento consecutivo a sua prisão, estandarte, § 1º RECEBIDA a DENÚNCIA ou QUEIXA, as QUESTÕES
por sinal, bem definido por esse próprio CNJ quando fez PENDENTES serão decididas pelo JUIZ DA INSTRUÇÃO E
aplicar em todo o país as disposições do Pacto de São José JULGAMENTO.
da Costa Rica.”
JUIZ DAS Atua a partir da instauração de
GARANTIAS investigação criminal até o
OBS2: considerando a pandemia mundial (Covid-19), o CNJ
recebimento da peça acusatória.
aprovou a Resolução 357/2020, permitindo a audiência de
custódia por videoconferência quando não for possível a
realização, em 24 horas, de forma presencial. Além disso, JUIZ DA Atua a partir do recebimento da peça
também prevê a possibilidade de o MP propor acordo de não INSTRUÇÃO E acusatória.
persecução penal (ANPP) nas hipóteses previstas no artigo JULGAMENTO
28-A do CPP.
OBS3: no dia 28/06/2021, o Min. Nunes Marques concedeu SOBRE O JUIZ DAS GARANTIAS
parcialmente liminar na ADI 6841 (liminar essa que foi
referendada por maioria do STF, no dia 1-7-2021), Nova espécie de competência
suspendendo os efeitos da expressão "vedado o emprego de funcional (distribuída de acordo
NATUREZA JURÍDICA
videoconferência", prevista no art. 3-B, § 1º, do CPP, inserido com a função ou com a matéria
pelo Pacote Anticrime, de modo a permitir a realização das apreciada pelo órgão) por fase do
audiências de custódia por videoconferência, enquanto processo.
perdurar a pandemia de Covid-19, conforme art. 19, da
Resolução n. 329/2020, CNJ, na redação que lhe foi dada pela Imparcialidade do magistrado,
Resolução n. 357/2020, CNJ, na forma do art. 10, § 3°, Lei n. princípio supremo do processo,
9.868/99, bem como no art. 21, V, do RISTF. segundo o qual o juiz não pode ter
FUNDAMENTO interesse (direito ou indireto) no
OBS4: Recentemente, no dia 10/11/2021, o STJ (Info 714) resultado do processo.
entendeu que não se mostra razoável, para a realização da
audiência de custódia, determinar o retorno de investigado à AFINAL, COM O
localidade em que ocorreu a prisão quando este já tenha sido ADVENTO DO PACOTE
transferido para a comarca em que se realizou a busca e ANTICRIME, O QUE O
apreensão. Para aprofundamento nesse julgado, remetemos JUIZ PODERÁ FAZER NADA! Só pode agir mediante
o leitor ao art. 310 do presente projeto. DE OFÍCIO NA FASE provocação.
INVESTIGATÓRIA?
POLÍCIA JUDICIÁRIA
PREPARATÓRIA: fornece elementos de informação para que o titular da ação penal possa
ingressar em juízo, além de acautelar meios de prova que poderiam desaparecer com o decurso
FUNÇÕES
do tempo.
PROCEDIMENTO Fornecer elementos de informação para o titular da ação penal ingressar em juízo. É o objetivo
PREPARATÓRIO final do IPL, consagrando a justa causa, nos termos do art. 395, III do CPP.
PROCEDIMENTO INDISPONÍVEL Instaurado o IPL, Delegado não pode arquivar. Só o Juiz pode, a pedido do MP (Arquivamento pelo
MP está temporariamente suspenso).
Todas as peças do IPL serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste
caso, rubricadas pela autoridade.
PROCEDIMENTO ESCRITO
OBS: Pode-se usar um sistema audiovisual, nos termos no art. 405, 1o, CPP e da Lei nº 11.719/08. No
entanto, o investigado precisa ter ciência que está sendo gravado.
Traz a ideia de que não é obrigatória a observância do contraditório e nem da ampla defesa.
Contraditório é diferido.
O Estatuto da OAB (art. 7, XXI) prevê nulidade absoluta para os casos em que o interrogatório ou
depoimento é feito sem a presença do advogado. Para Renato Brasileiro, não se trata de nulidade
(sanção aplicada a atos processuais defeituosos), mas sim de ilegalidade.
O STF entende que essa previsão não impõe ao Delegado um dever de intimar previamente o
PROCEDIMENTO INQUISITÓRIO advogado constituído para os atos de investigação. Embora constitua prerrogativa do advogado
apresentar razões e quesitos no curso de investigação criminal, daí não se pode extrair direito
subjetivo de que se intime a defesa previamente e com a necessária antecedência quanto ao
calendário de inquirições a ser definido pelo Delegado. Ademais, ainda que o direito não tenha
sido observado, para o reconhecimento da suposta “nulidade” é necessário comprovar o
prejuízo.
Todavia, uma vez presente o advogado, esse possui o direito de acompanhar o seu cliente.
PROCEDIMENTO TEMPORÁRIO PRESO: 10 dias para conclusão, podendo ser prorrogado por mais 15 dias, nos termos do art. 3o-B,
§2o do CPP (eficácia suspensa).
TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O ACESSO DO ADVOGADO AOS AUTOS DO IPL.
COTEJANDO A SÚMULA VINCULANTE Nº 14 COM O ART. 7º, XIV DO ESTATUTO DA OAB, À LUZ DO ENTENDIMENTO DO STF
Súmula Vinculante no 14: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova (informação)
que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária (atribuições
investigatórias – Autoridade Policial, MP), digam respeito ao exercício do direito de defesa.
Art. 7o, XIV do Estatuto da OAB - Art. 7º São direitos do advogado: [...] examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir
investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que
conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital;
▪ Advogado pode examinar autos em qualquer instituição responsável por conduzir investigações (Autoridade Policial ou MP).
▪ Acesso contempla apenas as informações já documentadas (a exemplo de um termo de depoimento de testemunha já ouvida), mas
não as diligências em andamento (a exemplo de uma escuta telefônica, que, caso ele tivesse acesso, perderia a eficácia).
▪ Advogado NÃO precisa de PROCURAÇÃO para ter acesso ao IPL, salvo os casos de segredo de justiça (a exemplo dos crimes sexuais).
▪ Mesmo que investigação criminal tramite em segredo de justiça, investigado pode ter acesso amplo aos autos, inclusive a eventual
relatório de inteligência financeira do COAF, sendo permitido, contudo, que se negue o acesso a peças que digam respeito a dados de
terceiros protegidos pelo segredo de justiça. Essa restrição parcial NÃO VIOLA a SV 14, pois é excessivo o acesso de um dos
investigados a informações, de caráter privado de diversas pessoas, que não dizem respeito ao direito de defesa dele. (Info 964, STF).
▪ O MP pode escolher quais elementos obtidos na busca e apreensão serão utilizados pela acusação; no entanto, o material restante
deve permanecer à livre consulta do acusado, para o exercício de suas faculdades defensivas. Realizada a busca e apreensão, apesar
de o relatório sobre o resultado da diligência ficar adstrito aos elementos relacionados com os fatos sob apuração, deve ser assegurado
à defesa acesso à integra dos dados obtidos no cumprimento do mandado judicial. É a aplicação do Princípio da comunhão da prova.
Essa é a ratio essendi da SV 14. O MP juntou aos autos apenas aquilo que entendeu necessário para a imputação ministerial. Logo, é
evidente que o acusado tem o direito de saber se, no restante do material apreendido, existe mais algum elemento que interesse à sua
defesa. O órgão responsável pela acusação não pode ter a prerrogativa de escolher o material que irá ser disponibilizado ao réu, como
se a ele pertencesse a prova. Na verdade, as fontes e o resultado da prova são de interesse comum de ambas as partes e do juiz. (Info
692, STJ. 2021)
▪ Terceiros que tenham sido mencionados pelos colaboradores podem obter acesso integral aos termos dos colaboradores para
viabilizar, de forma plena e adequada, sua defesa, invocando a SV 14? SIM, desde que estejam presentes os requisitos positivo e
negativo.
a) REQUISITO POSITIVO: o acesso deve abranger somente documentos em que o requerente é de fato mencionado como tendo
praticado crime (o ato de colaboração deve apontar a responsabilidade criminal do requerente); e
b) REQUISITO NEGATIVO: o ato de colaboração não se deve referir a diligência em andamento (devem ser excluídos os atos
investigativos e diligências que ainda se encontram em andamento e não foram consubstanciados e relatados no inquérito ou na ação
penal em tramitação). (Info 978, STF).
▪ Na delação premiada, o delatado possui o direito de ter acesso às declarações prestadas pelos colaboradores que o incriminem,
desde que já documentadas e que não se refiram à diligência em andamento que possa ser prejudicada. (Info 965, STF)
▪ Não há violação da SV 14 (direito do defensor de ter amplo acesso aos elementos de prova já documentados) se os elementos de
prova estão disponíveis nos autos para partes (áudios interceptados foram juntados ao IPL e sempre estiveram disponíveis para as
partes, inclusive na forma digitalizada).
Exceção: Na Lei de Organizações Criminosas, o juiz pode decretar o sigilo da investigação, só permitindo o acesso com sua prévia
autorização.
▪ MANDADO DE SEGURANÇA
▪ Configuração do crime de ABUSO DE AUTORIDADE pela Autoridade policial. (Art. 32 da Lei 13.869/2019)
▪ Alguns doutrinadores sustentam que o §4o, do art. 2o, da Lei 12.830/2013 (Lei da investigação criminal conduzida pelo delegado de
polícia) consagra o princípio do delegado natural:
§ 4º O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado (chamar para si) ou redistribuído
(manda para outro delegado) por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público ou nas
hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação que prejudique a eficácia da investigação.
▪ O delegado de polícia não é dotado de inamovibilidade (garantia do Juiz, Promotor, Defensor), podendo, portanto, ser removido com
a devida fundamentação. (§5o do art. 2o, da Lei 12.830/2013)
CRIME MILITAR DE
COMPETÊNCIA DA NÃO. É o que ocorre dentro das forças armadas e do exército brasileiro. A investigação se dá por meio do
JUSTIÇA MILITAR DA chamado IPM (inquérito policial militar).
UNIÃO
CRIME MILITAR NÃO. É o que ocorre dentro do quartel da PM, por exemplo. Quem vai investigá-lo é a própria polícia
ESTADUAL militar/corpo de bombeiros, o comandante vai designar um encarregado.
CRIME ELEITORAL A atribuição é, em tese, da polícia federal. Todavia, o TSE entende que as investigações poderão ser feitas pela
polícia civil, quando não houver delegacia da PF na cidade.
SIM, salvo se o crime for dotado de repercussão interestadual ou internacional e houver previsão legal,
situação em que a investigação será feita pela PF.
CRIME COMUM
Cuidado: As atribuições da PF são mais amplas que a competência criminal da Justiça Federal.
O princípio da RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO SE APLICA ao IPL. Mesmo sendo impróprio (réu solto), o prazo não pode ser prorrogado
ad eternum.
OBS: A Nova Lei de Abuso de Autoridade criminalizou a conduta de estender injustificadamente a investigação (art. 31).
Vícios do IPL são ENDOPROCEDIMENTAL (Endo de DENTRO do PROCEDIMENTO. Não contaminam a ação penal).
Não se pode opor suspeição à Delta, mas ele DEVE se declarar suspeito (de ofício), se ocorrer motivo legal.
Elementos de informação, isoladamente considerados, não podem fundamentar uma sentença. Mas, não devem ser desprezados durante fase
judicial, podendo se somar à prova produzida em juízo para auxiliar na formação da convicção do Juiz.
Trancamento do IPL: Medida de natureza excepcional, que será determinada pelo juiz das garantias (art. 3o-B, IX do CPP - ainda com eficácia
suspensa) somente sendo possível quando:
4) Ausência de manifestação da vontade da vítima nos crimes de ação privada ou pública condicionada.
VÍCIOS NULIDADES
Eventuais ilegalidades ocorridas no IPL não contaminam processo penal subsequente, SALVO em se tratando de prova ilícita.
Exemplo: uma prisão em flagrante que não é comunicada ao juiz, enseja o relaxamento, tendo em vista que se trata de ilegalidade.
Contudo, não irá contaminar o processo penal.
POLÍCIA OSTENSIVA (ADMINISTRATIVA) POLÍCIA JUDICIÁRIA
Relacionada à segurança, visando impedir a prática de atos Visa auxiliar a Justiça. Por isso, o STF chama de “polícia judiciária”,
lesivos à sociedade. seja em auxílio ao Poder Judiciário fazendo cumprir suas ordens
ou investigando e apurando infrações penais.
É realizada pela Polícia Militar. É exercida pela Polícia Civil e pela Polícia Federal.
TCO IPL
O juiz deve intervir apenas quando necessário, e desde que seja A prova deve ser produzida na presença do juiz, física ou remota
provocado neste sentido. O juiz não é dotado de iniciativa acusatória, (vídeoconferência).
deve ficar distante, cabendo ao MP e à polícia a investigação.
Durante o curso do processo, o juiz não é mais dotado de
iniciativa probatória, nos termos do art. 3o-A do CPP (eficácia
suspensa ainda).
Finalidade: úteis na decretação das medidas cautelares e auxiliar na Finalidade: auxiliar na formação da convicção do juiz.
formação da opinio delicti.
CONCEITO Atribuir a alguém provável autoria e participação em determinada infração penal, saindo de um juízo de
possibilidade para um de probabilidade. A grosso modo, é apontar para uma pessoa como provável
autora ou partícipe do delito.
PREVISÃO LEGAL ART. 2O, §6º DA LEI Nº 12.830/2013: O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato
fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e
suas circunstâncias.
MOMENTO Desde a lavratura do auto da prisão em flagrante (APF) até o relatório final do IPL.
ATO VINCULADO Presentes os elementos informativos apontando na direção do investigado, não resta ao Delegado outra
opção senão seu indiciamento.
EXCLUSIVIDADE NA Ato exclusivo da fase investigatória. Iniciada a ação penal, não mais é possível indiciar.
INVESTIGAÇÃO
PRIVATIVIDADE Obs: não é possível que o juiz, o MP ou uma CPI requisitem ao delegado de polícia o indiciamento de
alguém. O que se pode requisitar é a instauração de um IPL.
É a cassação de anterior indiciamento. Admitido pela jurisprudência, quando ausente qualquer elemento
de informação quanto ao envolvimento do agente no crime, ou se feito em momento extemporâneo (ex:
DESINDICIAMENTO após o recebimento da denúncia). Nesses casos, é cabível a impetração de HC a fim de sanar o
contrangimento ilegal.
Obs. Pelo princípio da simetria, entende-se que o Delegado também pode desincidiar (se retratar).
3a Exceção: Autoridades com Foro por Prerrogativa de Função não podem ser indiciadas sem prévia
autorização do ministro-relator ou desembargador relator, dependendo do caso concreto. (STF)
INCONSTITUCIONALIDADE Em 20/11/2020, o STF declarou a inconstitucionalidade do artigo 17-D da Lei de LD (Lei 9.613/1998) que
DO ARTIGO 17-D DA LEI DE determina o afastamento de servidores públicos de suas funções em caso de indiciamento por crimes
LAVAGEM DE DINHEIRO de lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores. (ADI 4911)
EXTRAPROCESSUAIS Traz o estigma social, sobretudo pela publicidade do ato dado pela mídia.
CÓGIGO DE PROCESSO PENAL - DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941.
Parcela da doutrina entenda que a parte do inciso II que fala da ▪ De ofício (portaria);
requisição do magistrado não foi recepcionada, por violar o
sistema acusatório. ▪ Auto de prisão em flagrante (APF);
COGNIÇÃO Delegado toma conhecimento do III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do
COERCITIVA fato pela apresentação do preso em fato e suas circunstâncias;
flagrante.
#Jurisprudência Correlata
É a denúncia anônima.
TEORIA DA PERDA DE UMA CHANCE: Quando a acusação não
DELATIO CRIMINIS Por si só, não serve para instaurar produzir todas as provas possíveis e essenciais para a
ANÔNIMA OU IPL. Antes, Delegado deve verificar elucidação dos fatos, capazes de, em tese, levar à absolvição do
INQUALIFICADA a procedência das infos. réu ou confirmar a narrativa acusatória caso produzidas, a
condenação será inviável, não podendo o magistrado condenar
com fundamento nas provas remanescentes. (STJ, 5ª turma,
DELATIO CRIMINIS Qualquer do povo comunica o julgado em 14/12/2021).
SIMPLES crime. Ex: BO.
IV - ouvir o ofendido;
DELATIO CRIMINIS Representante nos crimes de ação
POSTULATÓRIA penal pública condicionada à V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do
representação. disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o
respectivo termo ser assinado por 2 TESTEMUNHAS que Ihe
tenham ouvido a leitura;
▪ É constitucional a Portaria GP 69/2019, por meio da qual o VII - determinar, se for caso, que se proceda a EXAME DE CORPO
Presidente do STF determinou a instauração do Inquérito nº DE DELITO e a QUAISQUER OUTRAS PERÍCIAS;
4781, para apurar a existência de fake news denunciações
caluniosas, ameaças e atos que podem configurar crimes VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo
contra a honra e atingir a honorabilidade e a segurança do STF, datiloscópico, SE POSSÍVEL, e fazer juntar aos autos sua folha de
de seus membros e familiares. (Info 982, STF) antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista Art. 10. O IPL deverá terminar no prazo de 10 DIAS, se o indiciado
individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente,
estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar
outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu a ordem de prisão, ou no prazo de 30 DIAS, quando estiver solto,
temperamento e caráter. mediante fiança ou sem ela.
Cuidado: Há quem entenda que ele está obrigado a pelo menos ▪ Expedição da portaria (na
a ir ao local. instauração de ofício).
▪ Recebimento dos docs pelo
Delegado NÃO precisa de autorização judicial.
Delegado (na instauração por
Requisito: não contrariar a moralidade ou ordem pública. requisição).
#MNEMÔNICO: “ACUSADO/INVESTIGADO/SUSPEITO NÃO É CUIDADO: Prazo da prisão (temporária, por exemplo) não se
OBRIGADO A COMPARECER NO ‘BARE’” (Não cabe condução confunde com prazo para conclusão do IP.
coercitiva)
A Acareação
E Exame datiloscópioco.
§ 2o No relatório poderá (e não deverá) a autoridade indicar Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do
testemunhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar Art. 158 e 159 do Código Penal e no Art. 239 do ECA, o membro do
onde possam ser encontradas. MINISTÉRIO PÚBLICO ou o DELEGADO DE POLÍCIA poderá
requisitar, de QUAISQUER ÓRGÃOS do PODER PÚBLICO ou de
EMPRESAS DA INICIATIVA PRIVADA, DADOS E INFORMAÇÕES
# Comentários
CADASTRAIS da VÍTIMA ou de SUSPEITOS.
Exceção: Na Lei de Drogas (Art. 52, I), o Delegado é obrigado a ▪ Condição análoga à de escravo
explicar as razões que o levaram a classificação do delito,
quantidade e indícios que classifiquem o indiciado como usuário ▪ Extorsão mediante Sequestro
ou traficante.
▪ Sequestro relâmpago
§ 1o Para os efeitos deste artigo, SINAL significa POSICIONAMENTO § 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com ausência
DA ESTAÇÃO DE COBERTURA, SETORIZAÇÃO E INTENSIDADE DE de nomeação de defensor pelo investigado, a autoridade
RADIOFREQUÊNCIA. responsável pela investigação deverá intimar a instituição a que
estava vinculado o investigado à época da ocorrência dos fatos,
§ 2o Na hipótese de que trata o caput, o SINAL: para que essa, no prazo de 48 HORAS, indique defensor para a
representação do investigado.
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de qualquer
natureza, que dependerá de autorização judicial, conforme § 3º Havendo necessidade de indicação de defensor nos termos do
disposto em lei; § 2º deste artigo, a defesa caberá preferencialmente à Defensoria
Pública, e, nos locais em que ela não estiver instalada, a União ou
II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel celular a Unidade da Federação correspondente à respectiva competência
por período não superior a 30 DIAS, renovável por uma única vez, territorial do procedimento instaurado deverá disponibilizar
por igual período; profissional para acompanhamento e realização de todos os atos
relacionados à defesa administrativa do investigado.
III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, será
necessária a apresentação de ordem judicial. § 4º A indicação do profissional a que se refere o § 3º deste artigo
deverá ser precedida de manifestação de que não existe defensor
§ 3o Na hipótese prevista neste artigo, o INQUÉRITO POLICIAL público lotado na área territorial onde tramita o inquérito e com
DEVERÁ SER INSTAURADO no prazo máximo de 72 HORAS, atribuição para nele atuar, hipótese em que poderá ser indicado
contado do registro da respectiva ocorrência policial. profissional que não integre os quadros próprios da Administração.
§ 4o Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 HORAS, a § 5º Na hipótese de não atuação da Defensoria Pública, os custos
autoridade competente requisitará às empresas prestadoras de com o patrocínio dos interesses dos investigados nos
serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem procedimentos de que trata este artigo correrão por conta do
imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, orçamento próprio da instituição a que este esteja vinculado à
informações e outros – que permitam a localização da vítima ou época da ocorrência dos fatos investigados.
dos suspeitos do delito em curso, com imediata comunicação ao
juiz. § 6º As disposições constantes deste artigo se aplicam aos
servidores militares vinculados às instituições dispostas no art. 142
da Constituição Federal, desde que os fatos investigados digam
ENUNCIADO I DA I JORNADA DE DIREITO E PROCESSO
respeito a missões para a Garantia da Lei e da Ordem.
PENAL (10 a 15 de agosto de 2020)
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do
autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a inquérito (ação penal privada) serão remetidos ao juízo
autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, SE de competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu
outras provas tiver notícia. representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir,
mediante traslado.
A partir de hoje, você não precisará recorrer a várias fontes de estudo na hora de estudar,
resolver questões e revisar temas específicos.
O Norte Legal, como se nota, além de destacar os dispositivos mais importantes para
concursos, torna evidente (ao bater os olhos) prazos, termos mais cobrados, pegadinhas e,
melhor de tudo, explica detalhes que não têm na letra fria da lei. E
Confira no plataformacejurnorte.com.br/cursos/norte-legal
tudo que tem disponível e aproveite para baixar outros
arquivos como este.
O cenário do estudo para concursos caminha para máxima
competitividade entre os candidatos, e a leitura da lei, sem
dúvida, é um "calo" para muitos - são tantas informações e
detalhes quase que impossíveis de serem gravadas - , é aí
que surge a necessidade de se utilizar de materiais didáticos
estratégicos.
www.plataformacejurnorte.com.br
@cejurnorteconcursos