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DIREITO PROCESSUAL PENAL APLICADO

Lupa
4a aula
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Exercício: CCJ0175_EX_A4_201707088691_V1 30/10/2019

Aluno(a): FERNANDA CORREIA DE ANDRADE SILVA 2019.3 EAD

Disciplina: CCJ0175 - DIREITO PROCESSUAL PENAL APLICADO 201707088691

1a Questão

Em uma ação penal o Ministério Público, durante a instrução, junta documento em língua estrangeira. Intimada a defesa
especificamente sobre o documento, esta silencia. No momento de requerer diligências do art. 402 do Código de Processo Penal,
Ministério Público e defesa nada requerem. Oferecidas alegações finais orais, o Ministério Público vale-se do documento em língua
estrangeira para pedir a condenação. A defesa, por sua vez, produz eficiente defesa sem fazer referência ao documento em língua
estrangeira. Concluso para sentença, considerando o documento em língua estrangeira, o juiz deverá

ordenar o desentranhamento do documento já que em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua
portuguesa e não foi providenciada a sua tradução em momento oportuno.
apreciar livremente a prova produzida, inclusive quanto ao documento em língua estrangeira, uma vez que a sua tradução
não é obrigatória.
determinar a conversão do julgamento em diligência para que seja providenciada a tradução do documento por tradutor
público, ou, na falta, por pessoa idônea a ser nomeada pelo juízo, independentemente da solução ser condenatória ou
absolutória, ou ainda do uso do documento nesta solução.
resolver pela conversão do julgamento em diligência para que o Ministério Público e a defesa juntem cada um a sua versão
em língua portuguesa do documento em língua estrangeira.
decidir pela conversão do julgamento em diligência para que seja providenciada a tradução do documento por tradutor
público, ou, na falta, por pessoa idônea a ser nomeada pelo juízo, apenas se for condenar o acusado e valer-se do
documento para tanto.
Respondido em 30/10/2019 09:40:20

2a Questão

Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com uma faca, causando- lhe sérias lesões no ombro direito. O promotor de justiça
ofereceu denúncia contra Joaquim, imputando-lhe a prática do crime de lesão corporal grave contra Pedro, e arrolou duas
testemunhas que presenciaram o fato. A defesa, por sua vez, arrolou outras duas testemunhas que também presenciaram o fato. Na
audiência de instrução, as testemunhas de defesa afirmaram que Pedro tinha apontado uma arma de fogo para Joaquim, que, por
sua vez, agrediu Pedro com a faca apenas para desarmá-lo. Já as testemunhas de acusação disseram que não viram nenhuma arma
de fogo em poder de Pedro. Nas alegações orais, o Ministério Público pediu a condenação do réu, sustentando que a legítima defesa
não havia ficado provada. A Defesa pediu a absolvição do réu, alegando que o mesmo agira em legítima defesa. No momento de
prolatar a sentença, o juiz constatou que remanescia fundada dúvida sobre se Joaquim agrediu Pedro em situação de legítima
defesa. Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta.

O ônus de provar a situação de legítima defesa era da acusação. Assim, como o juiz não se convenceu completamente da
ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu.
Permanecendo qualquer dúvida no espírito do juiz, ele está impedido de proferir a sentença. A lei obriga o juiz a esgotar
todas as diligências que estiverem ao seu alcance para dirimir dúvidas, sob pena de nulidade da sentença que vier a ser
prolatada.
O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. Assim, como o juiz não se convenceu completamente da
ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu.
O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. No caso, como o juiz ficou em dúvida sobre a ocorrência de
legítima defesa, deve absolver o réu.
Nenhuma das alternativas.
Respondido em 30/10/2019 09:40:32

3a Questão

A liberdade probatória não é absoluta na esfera processual penal considerando que se contrapõe a ela a prova proibida. Assim, no
âmbito da relativização dos direitos fundamentais o ordenamento jurídico:

permite a quebra do sigilo telefônico quando autorizado pelo Delegado de Polícia;


reconhece a ineficácia dos efeitos da prova ilícita por derivação;
sempre admite a prova ilícita a favor da acusação para autorizar o magistrado à prolação de sentença condenatória
considerando que os interesses do Judiciário sobrepõem as garantias individuais.
não reconhece a garantia da reserva da jurisdição como meio legal para a quebra do sigilo telefônico;
não admite a aplicação do princípio da proporcionalidade dos valores contrastantes;
Respondido em 30/10/2019 09:40:54

Explicação: o conteúdo da assertiva verdadeira justifica a sua exatidão.

4a Questão

O interrogatório judicial:

por ser ato privativo do Juiz de Direito e personalíssimo do acusado não se constitui em meio de prova e meio de defesa;
quando prestado no momento processual devido não está sujeito a arguição de nulidade pelo advogado do réu considerando
que o interrogatório judicial não tem força para produzir qualquer efeito condenatório;
não permite o contraditório por ser ato privativo do magistrado inadmitindo, pois, qualquer intervenção das partes
processuais;
não admite a preclusão temporal;
não pode ser prestado em segundo grau de jurisdição.
Respondido em 30/10/2019 09:41:17

Explicação: A inexistência de preclusão temporal vem reconhecida no caderno processual penal.

5a Questão

Sobre o ônus da prova é CORRETO afirmar que:

somente cabe à defesa


é uma obrigação das partes
somente cabe ao Ministério Público
é a responsabilidade de provar aquilo que alega
somente cabe ao juiz
Respondido em 30/10/2019 09:41:42

Explicação:

Nos termos do art. 156 do CPP a prova da alegação incumbirá a quem a fizer.

6a Questão

À primeira vista, pode parecer estranho pensar em ônus da prova na execução penal. A questão do ônus da prova nada mais é do
que a necessidade de uma solução para a dúvida do juiz, que normalmente aparece nos processo em que se pleiteia uma tutela de
conhecimento. (...) Na execução penal esta atividade será basicamente a submissão do condenado à expiação da pena. Na pena
privativa de liberdade haverá a privação de tal direito durante o tempo fixado na sentença condenatória transitada em julgado. Na
pena restritiva de direitos, a constrição de outros direitos do acusado e mesmo da própria liberdade. Na pena de multa haverá
restrição do patrimônio. Contudo, não se pode negar que, durante a execução da pena, muitas vezes, o juiz é chamado a exercer
atividade tipicamente cognitiva¿ (BADARÓ, Gustavo Henrique Righi Ivahy. Ônus da prova no processo penal. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2003, p. 406/407). Não se desconhece que ao longo do cumprimento da pena, pode surgir uma série de incidentes da
execução, em relação aos quais o juiz será chamado a decidir. E, sempre que um juiz é chamado a decidir, não há como afastar a
possibilidade de que um fato relevante para a decisão não tenha sido suficientemente comprovado. Assim, quanto ao ônus da prova
na execução penal, não havendo qualquer disciplina específica para a resolução da dúvida sobre o fato relevante em sede de
execução penal:

a decisão judicial deve ser tomada segundo o favor rei, enquanto princípio geral informativo do processo pena
seria possível, tecnicamente, afirmar que o ônus da prova do fato constitutivo caberia ao autor, ainda que nas hipóteses de
instauração ex officio do processo;

aplica-se a regra geral do art. 156 do CPP, segundo a qual o ônus da prova do fato constitutivo incumbe a quem alega;
o ônus da prova deverá ser repartido entre os sujeitos processuais, devendo o juiz usar seus poderes gerais para solucionar
suas dúvidas;
o ônus da prova deverá ser repartido entre os sujeitos processuais, devendo o problema ser resolvido segundo a regra do
interesse processual.
Respondido em 30/10/2019 09:42:04

Explicação:

GABARITO:C - a decisão judicial deve ser tomada segundo o favor rei, enquanto princípio geral informativo do processo penal;

O princípio do favor rei, é também conhecido como princípio do favor inocentiae, favor libertatis, ou in dubio pro reo, podendo ser
considerado como um dos mais importantes princípios do Processo Penal, pode-se dizer que decorre do princípio da presunção de
inocência.
O referido princípio baseia-se na predominância do direito de liberdade do acusado quando colocado em confronto com o direito de
punir do Estado, ou seja, na dúvida, sempre prevalece o interesse do réu. O mencionado princípio deve orientar, inclusive, as regras
de interpretação, de forma que, diante da existência de duas interpretações antagônicas, deve-se escolher aquela que se apresenta
mais favorável ao acusado.
No processo penal, para que seja proferida uma sentença condenatória, é necessário que haja prova da existência de todos os
elementos objetivos e subjetivos da norma penal e também da inexistência de qualquer elemento capaz de excluir a culpabilidade e a
pena."

7a Questão

De acordo com o Código de Processo Penal, quanto ao interrogatório judicial, assinale a afirmativa INCORRETA.

O mudo será interrogado oralmente, devendo responder às perguntas por escrito, salvo quando não souber ler e escrever,
situação em que intervirá no ato, como intérprete e sob compromisso, pessoa habilitada a entendê‐lo.
O juiz, por decisão fundamentada, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência, desde que
a medida seja necessária para reduzir os custos para a Administração Pública.
O silêncio do acusado não importará confissão e não poderá ser interpretado em prejuízo da defesa, mesmo no caso de
crimes hediondos.
Nihil
A todo tempo o juiz poderá, atendendo pedido fundamentado das partes, ou mesmo de ofício, proceder a novo
interrogatório, mesmo quando os autos já se encontrarem conclusos para sentença.
Respondido em 30/10/2019 09:42:34

8a Questão

O Juiz de Direito da comarca de Dourados-MS ao receber determinado processo penal para a prolação da sentença de mérito
verificou a necessidade em colher depoimento de pessoa não arrolada pelas partes considerando que os fatos colocados em debates
não se apresentavam perfeitamente esclarecidos. Nesta hipótese:

o valor da prova acusatória prevalece sobre a prova da defesa. Diante disto, referida conclusão deve nortear a liberdade do
magistrado quando do julgamento de mérito.
por ser o magistrado mero espectador do processo não pode o mesmo quebrar a sua imparcialidade na busca de prova
necessária ao esclarecimento do fato penal;
na hipótese de proceder na colheita da prova em espécie e a mesma servir de base para a condenação há entendimento
uniforme e previsto em Súmula Vinculante que sendo a sentença condenatória a mesma será tida como nula de pleno
direito;
é legalmente vedado ao magistrado produzir prova não requerida pelas partes que compõem a relação processual;
o compromisso do magistrado é com o núcleo do princípio da verdade real e, como tal, tem liberdade na colheita da prova
mesmo não requerida pelas partes em contenda.
Respondido em 30/10/2019 09:42:59

Explicação: O próprio fundamento da alternativa tida como verdadeira.

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