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Plano de Aula: TEORIA GERAL DA PROVA

DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ0041


Título
TEORIA GERAL DA PROVA
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
1
Tema
Teoria Geral da Prova
Objetivos
O aluno deverá compreender que o processo objetiva fazer a reconstrução história
dos fatos ocorridos para que se possa extrair as conseqüências do que ficar
demonstrado. O convencimento do julgador é o anseio das partes que litigam em
juízo, que procurarão fazê-lo por intermédio das provas carreadas nos autos. O
estudo dos princípios, conceito, titularidade, finalidade, fonte e meio de prova,
objeto, atividades probatórias, limites, ônus, são as bases da teoria e a sustentação
para as demais aulas.

Estrutura do Conteúdo
Teoria geral da prova no processo penal 1.1 Conceito, finalidade, objeto, fontes,
meios, elementos, natureza, titularidade, princípios, sistemas de apreciação das
provas. 1.2 prova emprestada. 1.3 Limites ao direito à prova. Prova ilícita, ilegítima
e ilícita por derivação. Princípios da proporcionalidade e da razoabilidade em
matéria probatória. 1.4 Sigilo das comunicações. Interceptações telefônicas-Lei nº
9.296/1996.

Aplicação Prática Teórica


(Magistratura Federal / 2 Região) Para provar a sua inocência, o réu subtraiu uma
carta de terceira pessoa, juntando-a ao processo. O juiz está convencido da
veracidade do que está narrado na mencionada carta. Pergunta-se: como deve
proceder o magistrado em face da regra do artigo 5, LVI da Constituição
Federal ? Justifique a sua resposta.

R: Deve aceitar a prova, posto que não existem direitos e garantias


individuais que sejam absolutos. Havendo conflito aparente entre
mandamentos constitucionais, há que se fazer uma ponderação para
decidir qual deles aplicar. Nesse sentido, o direito à liberdade e a
presunção de inocência devem prevalecer sobre o mandamento
constitucional que veda as provas obtidas por meios ilícitos.

Exercício Suplementar
(OAB FGV 2010.2) Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com uma faca,
causando-lhe sérias lesões no ombro direito. O promotor de justiça ofereceu
denúncia contra Joaquim, imputando-lhe a prática do crime de lesão corporal grave
contra Pedro, e arrolou duas testemunhas que presenciaram o fato. A defesa, por
sua vez, arrolou outras duas testemunhas que também presenciaram o fato.
Na audiência de instrução, as testemunhas de defesa afirmaram que Pedro tinha
apontado uma arma de fogo para Joaquim, que, por sua vez, agrediu Pedro com a
faca apenas para desarmá-lo. Já as testemunhas de acusação disseram que não
viram nenhuma arma de fogo em poder de Pedro.
Nas alegações orais, o Ministério Público pediu a condenação do réu, sustentando
que a legítima defesa não havia ficado provada. A Defesa pediu a absolvição do
réu, alegando que o mesmo agira em legítima defesa. No momento de prolatar a
sentença, o juiz constatou que remanescia fundada dúvida sobre se Joaquim
agrediu Pedro em situação de legítima defesa.
Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta.

(A) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. Assim, como o
juiz não se convenceu completamente da ocorrência de legítima defesa, deve
condenar o réu.
(B) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da acusação. Assim, como o
juiz não se convenceu completamente da ocorrência de legítima defesa, deve
condenar o réu.
X (C) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. No
caso, como o juiz ficou em dúvida sobre a ocorrência de legítima defesa,
deve absolver o réu.
(D) Permanecendo qualquer dúvida no espírito do juiz, ele está impedido de proferir
a sentença. A lei obriga o juiz a esgotar todas as diligências que estiverem a seu
alcance para dirimir dúvidas, sob pena de nulidade da sentença que vier a ser
prolatada.

Plano de Aula: TEORIA GERAL DA PROVA II


DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ0041
Título
TEORIA GERAL DA PROVA II
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
2
Tema
Provas em espécie
Objetivos
Após o estudo dos conceitos gerais que norteiam a utilização da prova, nesta
semana passa-se ao estudo dos meios de prova. O aluno deverá compreender e
distinguir os meios indicados no CPP e em outras leis, principalmente a) o
interrogatório e sua natureza jurídica ; a constitucionalidade do interrogatório por
videoconferência; b) compreender o procedimento das perícias como instrumento
de solução da lide; c) a validade, legitimidade e procedimento utilizado para
colheita da prova testemunhal bem como a necessidade de eventuais acareações.

Estrutura do Conteúdo
Meios de Prova 2.1 O interrogatório. O direito ao silêncio. A chamada de co-réu.
Confissão. 2.2 Prova Pericial. O exame do corpo do delito. Conceito. Exame de
corpo de delito direto e indireto. Laudo complementar. Peritos oficiais e peritos
particulares. Exames grafotécnicos. 2.3 Declarações do Ofendido. Valor probatório.
Acareação. Prova documental. 2.4 Prova Testemunhal. Classificação.
Características. Dever de depor. Isenção e proibição. Número legal (nos
procedimentos – ordinário, sumário, sumaríssimo, júri). Sistema de inquirição.
Reconhecimento de pessoa e de coisa. Reconhecimento judicial e extrajudicial.
Aplicação Prática Teórica
(Exame de Ordem) O juiz criminal responsável pelo processamento de determinada
ação penal instaurada para a apuração de crime contra o patrimônio, cometido em
janeiro de 2010, determinou a realização de importante perícia por apenas um
perito oficial, tendo sido a prova pericial fundamental para justificar a condenação
do réu.

Considerando essa situação hipotética, esclareça, com a devida fundamentação


legal, a viabilidade jurídica de se alegar eventual nulidade em favor do réu, em
razão de a perícia ter sido realizada por apenas um perito.
R: Não há nulidade no caso. Com o advento da Lei n.º 11.690/2008, que alterou
dispositivos do Código de Processo Penal, o artigo 159 passou a ter a seguinte
redação:“O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por
perito oficial, portador de diploma de curso superior.

§ 1.º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por duas pessoas idôneas,
portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica,
dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do
exame.”

A inovação legislativa dispensou a antiga exigência de dois peritos no mínimo para


a produção do laudo pericial, pois, com a alteração na redação do art. 159, caput,
basta agora que a perícia seja realizada por "perito oficial".
Tendo sido a expressão empregada no singular, resta clara a intenção do
legislador de se contentar, de agora em diante, com a perícia realizada por
apenas um perito. Nesse contexto, passa a ser regra o que era exceção.

Exercício Suplementar
(Ministério Público – BA/2010) À luz do Código de Processo Penal, deve-se afirmar
que:

a) A prova testemunhal não pode suprir a falta do exame de corpo de delito,


ainda que tenham desaparecidos os vestígios do crime;
b) A confissão será indivisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento
do Juiz de Direito, fundado no exame das provas em conjunto;
c) O ofendido não deve ser comunicado da sentença e respectivos acórdãos
que a mantenham ou modifiquem;
d) As pessoas proibidas de depor em razão da profissão, poderão fazê-lo se,
desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho; neste
caso, porém, não deverão prestar compromisso legal;
x e) Todas as afirmativas estão incorretas.
Plano de Aula: CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS JURISDICIONAIS
DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ0041
Título
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS JURISDICIONAIS
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
3
Tema
Classificação dos Atos Jurisdicionais
Objetivos
O aluno deverá identificar os atos processuais emanados pelo juízo monocrático
bem como colegiado e, também, compreender a diferença entre os procedimentos
de emendatio libelli (Art. 383, CPP) e mutatio libelli (Art. 384, CPP).

Estrutura do Conteúdo
Atos Processuais 3.1 Os atos decisórios: Sentença. Conceito. Sentença absolutória
e condenatória. Requisitos. Sentenças executáveis, não executáveis e condicionais.
Sentenças simples e sentenças subjetivamente complexas. 3.2 Correlação entre
acusação e sentença. Emendatio libelli e mutatio libelli 3.3 Decisões definitivas ou
com força de definitivas 3.4 Decisões interlocutórias simples e mistas.

Aplicação Prática Teórica


Mévio Araújo foi denunciado por crime de apropriação indébita de um computador
de que tinha a precedente posse. No curso da instrução, restou provado que o
computador pertencia a uma entidade central de direito público e que Mévio
desempenhava função por delegação do poder público. A partir daí, o magistrado
entendeu de sentenciar, com adoção do artigo 383, do CPP, concluindo por
condenar Mévio nas penas do artigo 312 c/c art. 327, CP. Inconformada, a defesa
interpôs recurso de apelação sustentando a violação aos princípios do devido
processo legal, do contraditório e da ampla defesa (art. 5, LIV e LV da CF). Com
base nisto, responda: O recurso da defesa deve ser julgado procedente?
Fundamente a sua resposta.

R: No caso ocorre “mutatio libelli”, pois há adição/alteração de fatos. De


acordo com o artigo 384, CPP, ele deveria ter remetido ao MP para o
aditamento da denúncia e posteriormente aberto prazo à defesa, para, assim
proferir sentença.

O recurso da defesa deve prosperar devido a violação dos princípios da


ampla defesa, devido processo legal e correlação.

Exercício Suplementar

(Magistratura/PR-2008) Quanto aos atos jurisdicionais penais, assinale a alternativa


correta:

a) As decisões interlocutórias simples são aquelas que encerram a relação


processual sem julgamento do mérito ou, então, põem termo a uma etapa
do procedimento. São exemplos desse tipo de decisão a que recebe a
denúncia ou queixa ou rejeita pedido de prisão preventiva;
b) As decisões interlocutórias mistas não se equiparam as decisões
interlocutórias simples, pois as primeiras servem para solucionar questões
controvertidas e que digam respeito ao modus procedendi, sem contudo
trancar a relação processual. Enquanto que as decisões interlocutórias
simples trancam a relação processual sem julgar o meritum causae;
c) A decisão que não recebe a denúncia é terminativa de mérito, por isso não
pode ser considerada decisão interlocutória mista;
x d) As decisões interlocutórias simples servem para solucionar
questão controvertida e que diz respeito ao modus procedendi, sem
contudo trancar a relação processual; as interlocutórias mistas, por
sua vez, apresentam um plus em relação àquelas: elas trancam a
relação processual sem julgar o meritum causae.

Plano de Aula: ATOS DE COMUNICAÇÃO PROCESSUAL


DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ0041
Título
ATOS DE COMUNICAÇÃO PROCESSUAL
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
4
Tema
Atos de Comunicação Processual
Objetivos
O aluno deverá conhecer todas as formas de comunicação processual previstas em
lei e na doutrina, principalmente no que tange às modificações oriundas da Lei
11719/08 (Reforma parcial do CPP).

Estrutura do Conteúdo
Comunicação dos Atos Processuais 4.1 Citação. Conceito. Formas de citação.
Espécies. Revelia. Efeitos. 4.2 Intimação. Notificação. Conceito. Finalidade. Formas.
Contagem do prazo.

Aplicação Prática Teórica


Proposta ação penal aonde se imputa a prática de crime de estupro a réu preso em
outra unidade da federação, o juiz natural, analisando a inicial, recebe a mesma e
determina a citação do denunciado para que o mesmo compareça a audiência de
interrogatório designada para 30 dias após. A citação foi realizada considerando
que o réu está em local incerto e não sabido, aplicando assim a Súmula 351, STF.
Na data marcada, o réu não comparece e o juiz decreta a revelia, nomeando
Defensor Público para defesa. Com base nisto, responda: O procedimento
utilizado pelo juiz encontra-se em compasso com o ordenamento jurídico?
Fundamente a sua resposta.
R = Com base no artigo 353 do CPP, a citação do réu preso em outra
unidade da federação deveria ter sido feito por carta precatória, pois o réu
encontrava-se preso, portanto não estava em local incerto e não sabido.
Ainda de acordo com art. 360 do CPP, o réu, quando preso, deverá ser
citado pessoalmente.

Exercício Suplementar

Com relação ao tema CITAÇÕES, assinale a alternativa incorreta:

a) No processo penal, o réu que se oculta para não ser citado poderá ser citado
por hora certa, na forma estabelecida no Código de Processo Civil;
x b) Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, a citação far-
se-á por carta ou qualquer meio hábil de comunicação;
c) Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado,
ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional;
d) O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado
pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo
justificado;
e) A citação do militar dar-se-á por intermédio do chefe do respectivo serviço,
respeitando assim à hierarquia militar bem como a inviolabilidade do
quartel.

Plano de Aula: PROCEDIMENTOS I


DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ0041
Título
PROCEDIMENTOS I
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
5
Tema
Procedimento Comum Ordinário e Sumário
Objetivos
O aluno deverá reconhecer, em cada infração penal, qual o procedimento que
deverá ser utilizado bem como compreender a diferença entre os procedimentos
comum ordinário e sumário.
Estrutura do Conteúdo
Distinção entre processo e procedimento. Embasamento Constitucional: Princípio do
Devido Processo Legal. Procedimento Comum Ordinário - Estrutura; diferenças para
o procedimento comum sumário.

Aplicação Prática Teórica


Em denúncia pela prática de crime de homicídio culposo, que teve como
base da materialidade o laudo de exame cadavérico, a acusada é citada e
apresenta resposta através de seu advogado constituído, recebendo o juiz a
inicial após esta fase. Como a acusada residia em outro estado da
federação, o juiz expediu carta precatória para que a mesma fosse
interrogada. Cumprido a precatória, designou audiência de instrução e
julgamento que teve a participação de advogado dativo, ante a ausência da
defesa, apesar de devidamente intimada e, ao final, o juiz condena a
acusada considerando as provas testemunhais sobre a materialidade e
autoria. Intimada da sentença, a acusada interpõe recurso argüindo
nulidade do procedimento a partir do recebimento da inicial. Com base nisto
responda: O argumento da defesa deve ser julgado procedente?
Fundamente a sua resposta, apontando eventuais violações à
princípios constitucionais:
R: Com advento da lei 7.719/08 que alterou o procedimento
comum no CPP, reforcou a ideia de que o interrogatório funciona
tambem como meio de defesa, a reforma inserida no art. 400
CPP, fixou regras para a colheita de prova testemunhal, devendo
o interrogatorio ser realizado no final da AIJ, sob pena de
nulidade absoluta.

Exercício Suplementar

(OAB-FGV) Em processo sujeito ao rito ordinário, ao apresentar resposta escrita, o


advogado requer a absolvição sumária de seu cliente e não propõe provas. O juiz,
rejeitando o requerimento de absolvição sumária, designa audiência de instrução e
julgamento, destinada à inquirição das testemunhas arroladas pelo Ministério
Público e ao interrogatório do réu. Ao final da audiência, o advogado requer a oitiva
de duas testemunhas de defesa e que o juiz designe nova data para que sejam
inquiridas. Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta.

(A) O juiz deve deferir o pedido, pois a juntada do rol das testemunhas de defesa
pode ser feita até o encerramento da prova de acusação.
(B) O juiz não deve deferir o pedido, pois o desmembramento da audiência una
causa nulidade absoluta.
X (C) O juiz só deve deferir a oitiva de testemunhas de defesa arroladas
posteriormente ao momento da apresentação da resposta escrita se ficar
demonstrado que a necessidade da oitiva se originou de circunstâncias ou
fatos apurados na instrução.
(D) O juiz deve deferir o pedido, pois apesar de a juntada do rol de testemunhas da
defesa não ter sido feita no momento correto, em nenhuma hipótese do processo
penal, o juiz deve indeferir diligências requeridas pela defesa.
Plano de Aula: PROCEDIMENTOS II
DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ0041
Título
PROCEDIMENTOS II
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
6
Tema
Procedimento Sumaríssimo (Lei n. 9.099/95)
Objetivos
O aluno deverá entender os princípios informadores nos Juizados Especiais
Criminais e compreender a fase preliminar do rito sumaríssimo, com seus institutos
despenalizadores. Ultrapassada a fase preliminar, o aluno deverá entender a fase
de instrução e julgamento, bem como os recursos cabíveis.

Estrutura do Conteúdo
Conceito de infração de menor potencial ofensivo. Competência e causas
declinadoras. Fase Policial - Termo Circunstanciado. Audiência Preliminar -
Composição Civil e Transação Penal. Audiência de Instrução e Julgamento - atos
processuais formadores desta fase. Execução da Pena. Recursos - Apelação,
Embargos de Declaração, Recurso Extraordinário, Turmas Recursais e sua
composição.

Aplicação Prática Teórica


Daniele Duarte, fazendeira de vultosas posses, em virtude de uma viagem de longa
data que fará para o exterior, resolve deixar, no terreno de seu vizinho Sandro
Santos , sem o conhecimento deste, 2 (dois) cavalos da raça Mangalarga para que
o vizinho os cuidasse. Todavia, Sandro Santos percebeu que os referidos animais
acabaram danificando toda sua coleção de orquídeas raras, gerando assim evidente
prejuízo econômico. Ante o exposto, Sandro comunicou o fato à autoridade policial
circunscricional e uma vez lavrado o termo respectivo, foi encaminhado ao Juizado
Criminal competente. Durante a primeira audiência, e presentes ambas as partes,
não foi possível a conciliação entre as mesmas. Com base nos fatos apresentados,
responda, de forma justificada: No caso em tela, é possível o oferecimento de
transação penal ?

R: O crime em tela e o do art. 164 do CP (introducao ou


abandono de animais em propriedade alheia); crime este cuja a
acao penal sera privada. Assim, a discursao no presente caso se
limita a possibilidade de cabimento de transacao penal nos
crimes de acao penal privada. Embora haja entendimento
minoritario no sentido de interpretar literalmente o art. 76 da lei
9.099/95, o entendimento majoritario e pela aplicacao analogica
do referido artigo ao crimes que se procede mediante queixe,
pois a faculdade de transacionar em materia penal, se estende
ao ofendido titular da queixa crime, pois somente a ele caberia
transacionar em materia penal, devendo o MP, nesses casos
somente opinar.

Exercício Suplementar
Sobre o procedimento dos Juizados Especiais Criminais, considere as seguintes
assertivas:

I. A transação penal poderá ser ofertada em relação aos delitos cuja pena
máxima não seja superior a 2 (dois) anos, e a suspensão do processo nos delitos
cuja pena mínima for igual ou inferior a 1 (um) ano.
II. Segundo entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal, admite-se a
suspensão condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena
mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a
um ano.
III. Embora se aplique o procedimento previsto na Lei no 9.099/95 aos crimes
previstos no Estatuto do Idoso nas hipóteses em que a pena máxima privativa de
liberdade não ultrapasse a 4 (quatro) anos, a transação penal e a suspensão do
processo não lhes são aplicáveis.
Quais estão corretas?

a) I;

b) I e II;

c) III;

x d) I e III;

e) II e III

Plano de Aula: PROCEDIMENTOS III


DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ0041
Título
PROCEDIMENTOS III
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
7
Tema
Procedimentos especiais dos crimes contra a honra, dos crimes praticados por funcionários públicos e
dos crimes contra a propriedade intelectual (imaterial)
Objetivos
O aluno deverá identificar quais os procedimentos a serem utilizados nos crimes
contra a honra, contra a propriedade imaterial e naqueles praticados por
funcionário público.

Estrutura do Conteúdo
Procedimento dos crimes contra a honra – Aplicação subsidiária (incidência da lei
9099/95); possibilidade do pedido de explicações em juízo; Exceção da Verdade e
de Notoriedade do Fato; Procedimento dos crimes contra a propriedade imaterial –
Prova pericial necessária; prazo para oferecimento da ação privada; Procedimento
dos crimes praticados por funcionário público – Aplicabilidade ou não da Súmula
330, STJ.

Aplicação Prática Teórica


Gisela Mocarsel está sendo processada por crime de calúnia praticado na presença
de várias pessoas (artigo 138 c/c 141 III, ambos do CP). O ofendido / querelante,
regularmente intimado para audiência de conciliação (artigo 519 CPP), não
comparece de forma injustificada. Pergunta-se: a) Qual a consequência da referida
ausência injustificada do querelante? B) E se a ausência fosse da querelada ?

A: R: Para o entendimento majoritario da doutrina a ausencia do


querelante de forma injustificada importara em extincao da punibilidade
pela perempcao (art.60 III CPP). Em sentido contrario, ha entendimento
de que o nao comparecimento do querelante demonstra o seu
desenteresse em buscar a reconciliacaodesejando assim a continuacao
do processo.

B: R: A querelada , a nao comparecer a audiencia de reconciliacao,


demonstra o seu desenteresse em fazer acordo. Neste caso devera
prosseguir a acao penal, sem qualquer sancao para o querelado.

Exercício Suplementar

Sobre os crimes contra a propriedade intelectual, assinale a opção INCORRETA:

A) Nos crimes contra a propriedade imaterial de ação penal de iniciativa


privada, o exercício do direito de queixa será precedido da medida cautelar
de busca, apreensão e perícia dos objetos que constituem o corpo de delito;
B) O exame de corpo de delito constitui verdadeira condição de procedibilidade;
C) Nos crimes de ação privativa do ofendido, não será admitida a queixa com
fundamento em apreensão e em perícia, se decorrido o prazo de 15 dias,
após a homologação do laudo;
X D) Quando encerradas todas as diligências pertinentes, os autos
deverão ser conclusos ao juiz para homologação do laudo.

R: Procedimento dos crimes contra a honra – Aplicação subsidiária


(incidência da lei 9099/95); possibilidade do pedido de
explicações em juízo; Exceção da Verdade e de Notoriedade do
Fato; Procedimento dos crimes contra a propriedade imaterial –
Prova pericial necessária; prazo para oferecimento da ação
privada; Procedimento dos crimes praticados por funcionário
público – Aplicabilidade ou não da Súmula 330, STJ.

Plano de Aula: PROCEDIMENTOS IV


DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ0041
Título
PROCEDIMENTOS IV
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
8
Tema
Procedimento no Tribunal do Júri - Primeira Fase (Juízo de Admissibilidade)
Objetivos
O aluno deverá entender o desenvolvimento do judicium accusationis, explicitando
o cabimento de cada uma das decisões judiciais finalizadoras do juízo de acusação.

Estrutura do Conteúdo
Princípios constitucionais do Tribunal do Júri - Sigilo das Votações e Soberania dos
Veredictos. Competência para julgamento dos crimes dolosos contra a vida e crimes
conexos. Procedimento Bifásico – Juízo de Admissibilidade (Pronúncia, Impronúncia
e Absolvição Sumária)

Aplicação Prática Teórica


(OAB) Caio, professor do curso de segurança no trânsito, motorista extremamente
qualificado, guiava seu automóvel tendo Madalena, sua namorada, no banco do
carona. Durante o trajeto, o casal começa a discutir asperamente, o que faz com
que Caio empreenda altíssima velocidade ao automóvel. Muito assustada, Madalena
pede insistentemente para Caio reduzir a marcha do veículo, pois àquela velocidade
não seria possível controlar o automóvel. Caio, entretanto, respondeu aos pedidos
dizendo ser perito em direção e refutando qualquer possibilidade de perder o
controle do carro. Todavia, o automóvel atinge um buraco e, em razão da
velocidade empreendida, acaba se desgovernando, vindo a atropelar três pessoas
que estavam na calçada, vitimando-as fatalmente. Realizada perícia de local, que
constatou o excesso de velocidade, e ouvidos Caio e Madalena, que relataram à
autoridade policial o diálogo travado entre o casal, Caio foi denunciado pelo
Ministério Público pela prática do crime de homicídio na modalidade de dolo
eventual, três vezes em concurso formal. Realizada Audiência de Instrução e
Julgamento e colhida a prova, o Ministério Público pugnou pela pronúncia de Caio,
nos exatos termos da inicial.

Na qualidade de advogado de Caio, chamado aos debater orais, responda aos itens
a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal
pertinente ao caso: a) Qual (is) argumento (s) poderia (m) ser deduzidos em
favor de seu constituinte? ; b) Qual pedido deveria ser realizado? ; c) Caso
Caio fosse pronunciado, qual recurso poderia ser interposto e a quem a
peça de interposição deveria ser dirigida?

A: Incopetencia do juizo, uma vez que, Caio praticou homicidio culposo,


pois agiu com culpa conciente, na medida que, embora tenha previsto
resultado, acreditou que o evento nao fosse ocorrer em razao de sua
pericia.

B: Pedido de desclassificacao, da imputacao para homicidio culposo e


declinio da competencia, conforme previsao do art. 419 CPP.

C: Cabera recurso. em sentido estrito (art. 581, IV CPP). A peticao sera


enderecada ao proprio juiz que denunciou o acusado e as razoes serao
enderecadas ao tribunal

Exercício Suplementar

(OAB) Assinale a alternativa CORRETA à luz da doutrina referente ao Tribunal do


Júri.
a) São princípios que informa o Tribunal do Júri: a plenitude de defesa, o sigilo
das votações, a soberania dos veredictos e a competência exclusiva para
julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
x b) A natureza jurídica da pronúncia (em que o magistrado se
convence da existência material do fato criminoso e de indícios
suficientes de autoria) é de decisão interlocutória mista não
terminativa;
c) O rito das ações de competência do Tribunal do Júri se desenvolve em duas
fases: judicium causae e judicium accusacionis. O judicium accusacionis se
inicia com a intimação das partes para indicação das provas que pretendem
produzir e tem fim com o trânsito em julgado da decisão do Tribunal do Júri;
d) Alcançada a etapa decisória do sumário da culpa, o juiz poderá exarar
quatro espécies de decisão, a saber: pronúncia, impronúncia, absolvição
sumária e condenação.

Plano de Aula: PROCEDIMENTOS V


DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ0041
Título
PROCEDIMENTOS V
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
9
Tema
Procedimento no Tribunal do Júri - Segunda Fase (Juízo de Mérito)
Objetivos
Ultrapassado o judicium accusationis, o aluno deverá compreender o procedimento
a ser adotado no julgamento em plenário, principalmente conhecer a forma de
julgar mediante a quesitação e votação.

Estrutura do Conteúdo
Segunda fase da preparação para o julgamento em plenário – apresentação do rol
de testemunhas, atos processuais formadores da instrução em plenário, debates,
questionário e votação. Desaforamento. Formação da lista dos jurados,
impedimentos e recusas dos jurados.

Aplicação Prática Teórica


Antônio foi submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri e condenado por 4X3.
Após o julgamento, descobriu-se que integrou o Conselho de Sentença o jurado
Marcelo, que havia participado do julgamento de Pedro, co-réu no mesmo processo,
condenado por crime de roubo conexo ao delito pelo qual Antônio foi condenado.
Pergunta-se: Qual a defesa que poderá ser apresentada pelo Defensor de Antônio
em eventual recurso interposto? Justifique a sua resposta:

R: A defesa podera alegar a nulidade do julgamento, com base na


sum.206 do STF. Ainda que se considere que essa nulidade seja relativa,
no caso apresentado a nulidade sera absoluta porque o reu foi condenado
por 4x3 e o prejuizo ficou evidente. Desta forma, nao pode servir no
conselho quem tiver tomado parte, como jurado, em julgamento anterior,
inclusive de co-reu.

Exercício Suplementar

(Magistratura/RS/2009) Acerca de processo e julgamento dos crimes dolosos contra


a vida, assinale a assertiva CORRETA:

A) Diante das respostas aos quesitos, os jurados condenaram o acusado por


homicídio doloso qualificado. Ao proferir a sentença condenatória e fixar a
pena, o magistrado não poderá reconhecer as agravantes que não foram
objeto dos quesitos;
X B) Poderá haver recusa ao serviço do Júri, fundada em convicção
religiosa, filosófica ou política;
C) Os jurados poderão perguntar diretamente ao ofendido e às testemunhas,
sem a intermediação do Juiz Presidente do Tribunal do Júri;
D) Em um processo onde o réu foi pronunciado por homicídio consumado e
tráfico de entorpecentes, após terem os jurados afastado o dolo direto e o
dolo eventual, na votação dos quesitos acerca do homicídio consumado,
serão questionados sobre o delito conexo de tráfico de entorpecentes;
E) Durante os debates, no plenário do Tribunal do Júri, aos jurados é vedado,
mesmo por intermédio do juiz-presidente, pedir ao promotor de justiça que
indique a folha do processo onde se encontra o depoimento da testemunha a
que está fazendo referência em seu pedido de condenação.

Plano de Aula: TEORIA GERAL DOS RECURSOS


DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ0041
Título
TEORIA GERAL DOS RECURSOS
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
10
Tema
Teoria Geral dos Recursos
Objetivos
Na teoria geral dos recursos, o aluno compreenderá que existem pressupostos a
serem observados para o oferecimento dos recursos previstos em lei, bem como os
prazos respectivos e a forma determinada. Deverá aprender a utilizar os
instrumentos corretos para impugnação das decisões judiciais.

Estrutura do Conteúdo
Recursos – Conceito, fundamento constitucional, pressupostos objetivos e
subjetivos, efeitos, princípios: reformatio in pejus, reformatio in pejus indireta e
reformatio in mellius.

Aplicação Prática Teórica


(Ministério Público – PR / 2008) Tício foi condenado à pena privativa de liberdade
de 06 (seis) anos de reclusão por violação ao artigo 157, parágrafo 2, incisos I e II
do Código Penal. Da sentença condenatória, Tício foi intimado em 09/05/2008
(sexta-feira), oportunidade em que manifestou o interesse de não recorrer da
decisão condenatória. O advogado de Tício, defensor devidamente constituído, fora
intimado da decisão condenatória em 08/05/2008 (quinta-feira). No dia
16/05/2008, o advogado de Tício interpôs recurso de apelação. O recurso é
tempestivo ou não? Justifique a sua resposta.

R: Conforme entendimento do STF, em observancia ao principio


constitucional da ampla defesa, a intimacao deve ser feita em face do
reu e tambem de seu defensor contituido, contando-se o prazo a partir
daquela que ocorreu em ultimo lugar. Assim, no caso em tela, se a ultima
intimacao se deu em 09/05 (sexta feira), o prazo final para o oferecimento
da apelacao '' cinco dias'' seria em 16/05 ( sexta feira), sendo portanto
tempestivo o recurso.

Exercício Suplementar

Quantos aos recursos em geral, dispõe o Código de Processo Penal, dentre outras
hipóteses, que

a) no caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos


réus, se fundado em motivo de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará
aos outros;
b) excetuando-se dentre outros o da sentença que denegar habeas corpus,
hipótese em que deverá ser interposto, de ofício, pelo juiz, os recursos serão
voluntários;
x c) salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela
interposição de um recurso por outro e se o juiz, desde logo,
reconhecer a impropriedade do recurso interposto pela parte,
mandará processá-lo de acordo com o rito do recurso cabível; (Art:
579)
d) a qualquer tempo, o Ministério Público poderá desistir de recurso que haja
interposto;
e) interposto por termo o recurso, o escrivão, sob pena de suspensão por 05 a
60 dias, fará conclusos os autos ao juiz, até o quinto dia seguinte ao último
do prazo.

Plano de Aula: RECURSOS EM ESPÉCIE I


DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ0041
Título
RECURSOS EM ESPÉCIE I
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
11
Tema
Recurso em Sentido Estrito - Artigo 581, CPP
Objetivos
O aluno deverá refletir sobre a taxatividade ou não das causas elencadas no artigo
581, CPP, analisando os prazos para a interposição do recurso bem como os efeitos
existentes (suspensivo, devolutivo, regressivo e extensivo).

Estrutura do Conteúdo
Recurso em sentido estrito – taxatividade ou não do rol do artigo 581,CPP; prazos,
legitimidade, efeitos (juízo de retratação).

Aplicação Prática Teórica


(OAB) Pedro, almejando a morte de José, contra ele efetua disparo de arma de
fogo, acertando-o na região toráxica. José vem a falecer, entretanto, não em razão
do disparo recebido, mas porque, com intenção suicida, havia ingerido dose letal de
veneno momentos antes de sofrer a agressão, o que foi comprovado durante
instrução processual. Ainda assim, Pedro foi pronunciado nos termos do previsto no
artigo 121, caput, do Código Penal. Na condição de Advogado de Pedro:

I. indique o recurso cabível;


R: Recurso em sentido estrito (art. 581,{4 CPP) . Prazo de interposicao 5
dias.
II. o prazo de interposição;
R: 5 DIAS.
III. a argumentação visando à melhoria da situação jurídica do defendido.
R; Desclasificacao do crime consumado para tentado, ja que a acao de
Pedro nao deu origem a morte de Jose. Cuida-se de hipotese de com
causa a absolutamente independente pre existente '' art. 13 CP''.
Indique, ainda, para todas as respostas, os respectivos dispositivos legais.

Exercício Suplementar

(Magistratura PR – 2010) Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho


ou sentença:

I. Que pronunciar ou impronunciar o réu;


II. Que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição;
III. Que absolver sumariamente o réu;
IV. Da decisão que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e
seguimento para o juízo ad quem.

Dadas as assertivas acima, escolha a alternativa CORRETA:

a) Apenas a assertiva I está correta;


x b) Apenas a assertiva II está correta;
c) Apenas as assertivas I e IV estão corretas;
d) Todas as assertivas estão corretas.
Plano de Aula: RECURSOS EM ESPÉCIE II
DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ0041
Título
RECURSOS EM ESPÉCIE II
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
12
Tema
Apelação - Artigo 593, CPP
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de identificar os pressupostos objetivos e subjetivos para
interposição da apelação; compreender os prazos e efeitos do recurso. Também
deverá utilizar as terminologias adequadas (conhecimento, provimento, apelante,
apelado, juízo a quo e ad quem).

Estrutura do Conteúdo
Cabimento do recurso de apelação (hipóteses do artigo 593, CPP e 82, Lei
9.099/95). Legitimidade. Prazo para interposição e apresentação das razões.
Efeitos da interposição do recurso. Apelação limitada (tantum devolutum quantum
appellatum). Prequestionamento (Súmula 282, STF). Apelação da decisão do
Tribunal do Júri (a soberania dos veredictos; hipóteses de cabimento; Súmula 713,
STF).

Aplicação Prática Teórica


Em 11/1/2008, Celso foi preso em flagrante pela prática do crime previsto no artigo
213, CP. Regularmente processado, foi condenado a uma pena de 6 anos de
reclusão, em regime inicialmente fechado. Somente a defesa recorreu da decisão e,
logo após a interposição do recurso, Celso fugiu da prisão. Considerando essa
situação hipotética, mencione a) qual foi o recurso interposto pela defesa
(mencionar também dispositivo legal pertinente) e b) qual a possibilidade de
conhecimento e julgamento do recurso interposto em face da fuga de Celso.

R:A) Foi interposto apelacao, da sentenca cabe apelacao. Art. 593 CPP.

R:B) Apos a reforma do cod de processo penal, que revogou o art. 594 e
595 do CPP, nao e hipotese de desercao o fato do acusado fugir apos a
interposicao do recurso, isto porque estaria ofendendo o prinncipio da
presuncao de inocencia, do devido processo legal e da ampla defesa, no
qual somente se admite a prisao preventiva quando presente os
requisitos do art. 312 do CPP.

Exercício Suplementar

(Magistratura DF/2007) Técio, submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri de


Brasília, foi condenado, por incursão no artigo 121, § 2º, II, do Código Penal
(homicídio qualificado por motivo fútil), à pena privativa de liberdade mínima, vale
dizer, de 12 (doze) anos de reclusão. Com fundamento no artigo 593, III, "d", do
Código de Processo Penal, interpôs recurso de apelação para uma das Turmas
Criminais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, limitando-se a sustentar que a
decisão dos jurados, no que concerne ao motivo fútil, foi manifestamente contrária
à prova dos autos. A posição prevalente é a de que, reconhecendo que,
efetivamente, a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos,
que não ampara o motivo fútil, a Turma Criminal:

X a) deve dar provimento ao recurso para anular o julgamento,


determinando a submissão de Técio a novo julgamento pelo Tribunal
do Júri. E desse novo julgamento, em que poderá Técio ser
novamente condenado pelo Tribunal do Júri por homicídio
qualificado por motivo fútil, não se admitirá, pelo mesmo motivo,
segunda apelação;

b) deve dar provimento ao recurso para anular o julgamento, determinando a


submissão de Técio a novo julgamento pelo Tribunal do Júri. E desse novo
julgamento, em que poderá Técio ser novamente condenado pelo Tribunal
do Júri por homicídio qualificado por motivo fútil, se admitirá, pelo mesmo
motivo, segunda apelação;

c) deve dar provimento ao recurso para anular a sentença condenatória do juiz


presidente do Tribunal do Júri, determinando que ele profira nova, excluído
o motivo fútil;

d) deve dar provimento ao recurso, excluindo o motivo fútil, desde logo


condenando Técio por incursão no artigo 121, caput, do Código Penal,
homicídio, fixando a pena mínima privativa de liberdade de 6 (seis) anos de
reclusão.

Plano de Aula: RECURSOS EM ESPÉCIE III


DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ0041
Título
RECURSOS EM ESPÉCIE III
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
13
Tema
Embargos Infringentes e de Nulidade. Embargos de Declaração. Carta Testemunhável
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de identificar, através dos casos concretos, qual a decisão
a ser impugnada e qual o recurso cabível em cada hipótese. Ademais, deverá
conhecer os pressupostos objetivos e subjetivos para interposição e também o
procedimento a ser adotado em cada um dos recursos estudados.
Estrutura do Conteúdo
Embargos Infringentes e de Nulidade (Cabimento, Efeitos, Prazos, Legitimidade);
Embargos de Declaração (Cabimento, Efeitos do acolhimento, Efeito da interposição
do recurso e o prazo para outros recursos); Carta Testemunhável (Cabimento).

Aplicação Prática Teórica


Mefistóteles foi condenado a 20 anos de reclusão pela prática de latrocínio. Na
sentença condenatória, o juiz demonstra clara contradição entre as razões de sua
fundamentação com sua decisão, principalmente ao acolher os depoimentos
favoráveis das testemunhas de defesa bem como ao considerar boa a tese de
desclassificação apresentada em alegações finais orais sob o argumento de violação
de princípio constitucional (prova obtida por meio ilícito). Sabendo que a decisão foi
prolatada em AIJ (audiência de instrução e julgamento), dia 03/06/2011 (sexta-
feira), pergunta-se:

a) Qual o instrumento cabível, no caso em tela, para obter o


esclarecimento da contradição?
R: Embargos de declaracao, para afastar a contradicao, previsao legal
art. 382 CPP
b) Qual o último dia para interposição do instrumento citado na questão
anterior?
R: Exclui o dia do comeca, o prazo e de 2 dias, sendo o prazo maximo
07/03 ( comeca na segunda)
c) Sendo uma decisão condenatória, qual a data máxima para
interposição de recurso de apelação, considerando a interposição do
instrumento citado no item a acima?
R:Os efeito dos embargos de declaracao sera interruptivo, aplicando por
analogia o art. 538 do CPC, sendo assim, o prazo do recurso de apelacao
sera utilizado por completo de 5 dias apos a intimacao da decisao que
julgou os embargos de declaracao. ( os embargos de declaracao no
JECRIM, o prazo e de 5 dias, e os efeitos e suspensivo)

Exercício Suplementar

(Juiz – TO/Cespe) Com relação aos embargos infringentes, assinale a opção


CORRETA:

a) Tais embargos são cabíveis em relação a decisão não unânime proferida em


habeas corpus.;
b) Esses embargos têm caráter pro et contra, isto é, podem ser interpostos
pela defesa ou pela acusação, no prazo de 10 dias;
c) A divergência nesses recursos pode ser apurada tanto em relação à
conclusão do voto quanto em relação à sua fundamentação;
x d) O relator e o revisor de tais embargos não podem ter participado
do primeiro julgamento do réu.

Plano de Aula: AÇÕES AUTÔNOMAS DE IMPUGNAÇÃO I


DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ0041
Título
AÇÕES AUTÔNOMAS DE IMPUGNAÇÃO I
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
14
Tema
Revisão Criminal (Artigo 621, CPP)
Objetivos
O aluno deverá compreender a natureza jurídica do instituto estudado, assim como
os pressupostos necessários para interposição e competência para o julgamento.

Estrutura do Conteúdo
Revisão Criminal (Natureza jurídica, objeto, condições para o exercício, formas de
revisão, competência para julgamento, Revisão de decisão não condenatória,
Efeitos da revisão criminal, Revisão e sentença penal estrangeira, Revisão criminal
e a soberania dos veredictos no tribunal do júri).

Aplicação Prática Teórica


Aristóteles foi condenado à pena de 9 anos de reclusão pela prática do crime de
estupro (artigo 213, caput, CP). Após o trânsito em julgado da sentença
condenatória, Aristóteles, através de seu advogado, ajuíza pedido de revisão
criminal da sentença que lhe fora desfavorável, sustentando vício processual
insanável consistente na ausência da intimação de seu então patrono para a
apresentação de resposta preliminar obrigatória (art. 396, CPP). O Tribunal de
Justiça competente acolhe o pleito de revisão criminal, anulando o referido
processo. Nesta hipótese, pergunta-se: Seria juridicamente possível que, após
a anulação, por meio de revisão criminal, do primeiro julgamento de
Aristóteles, seja proferida, em um segundo julgamento pelo juízo de
primeiro grau, sentença condenatória com imposição de sanção penal mais
gravosa do que aquela que lhe fora anteriormente imposta? Justifique a
sua resposta:

R: A vedacao constante no paragrafo unico do art. 626 do CPP,diz respeito


tanto a refortio in pejus como tambem a refortio in pejus indireta, de
sorte que, se depois de declarada nula a setenca em sede de revisao
criminal, por algum vicio insanavel, e vedado que juiz prolate nova
decisao com pena exasperada tendo em vista que seria incabivel revisao
criminal pro societate.

Exercício Suplementar

(CESPE) Assinale a opção correta em relação ao instituto da revisão criminal.

a) O pleito de revisão criminal pode constituir mera reiteração de recurso de


apelação anteriormente interposto pelo condenado;
b) Não cabe revisão criminal para rever sentença proferida contra pessoa que,
em momento posterior, se sabe não ter cometido o crime objeto da
condenação. É parte ilegítima para ajuizá-la a pessoa que tem seu nome
lançado como réu na sentença condenatória proferida com erro na
identificação do agente do delito;
x c) Aplicando-se o princípio da fungibilidade entre o habeas corpus e a
revisão criminal, é possível desconstituir decisão transitada em
julgado por meio de habeas corpus, se verificada a existência de
flagrante ilegalidade;

d) O ajuizamento de revisão criminal obsta a execução da sentença


condenatória transitada em julgado, tendo em vista que o pedido revisional
possui efeito suspensivo.
Plano de Aula: AÇÕES AUTÔNOMAS DE IMPUGNAÇÃO II
DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ0041
Título
AÇÕES AUTÔNOMAS DE IMPUGNAÇÃO II
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
15
Tema
Habeas Corpus (Artigo 647, CPP)
Objetivos
Entender o habeas corpus como remédio constitucional; identificar as hipóteses de
cabimento e reconhecer as conseqüências para o procedimento quando a
autoridade coatora for a) membros do Poder Judiciário, b) membros do Ministério
Público, c) Delegado de Polícia e d) particular.

Estrutura do Conteúdo
Habeas Corpus (Base Legal; Cabimento; espécies; autoridades coatoras; HC e as
transgressões disciplinares militares, HC contra ato de particular; HC para
trancamento de inquérito ou ação penal); Julgamento.

Aplicação Prática Teórica


(OAB) Caio, na qualidade de diretor financeiro de uma conhecida empresa de
fornecimento de material de informática, se apropriou das contribuições
previdenciárias devidas dos empregados da empresa e por esta descontadas,
utilizando o dinheiro para financiar um automóvel de luxo. A partir de comunicação
feita por Adolfo, empregado da referida empresa, tal fato chegou ao conhecimento
da Polícia Federal, dando ensejo à instauração de inquérito para apurar o crime
previsto no artigo 168-A do Código Penal. No curso do aludido procedimento
investigatório, a autoridade policial apurou que Caio também havia praticado o
crime de sonegação fiscal, uma vez que deixara de recolher ICMS relativamente às
operações da mesma empresa. Ao final do inquérito policial, os fatos ficaram
comprovados, também pela confissão de Caio em sede policial. Nessa ocasião, ele
afirmou estar arrependido e apresentou comprovante de pagamento
exclusivamente das contribuições previdenciárias devidas ao INSS, pagamento
realizado após a instauração da investigação, ficando não paga a dívida relativa ao
ICMS. Assim, o delegado encaminhou os autos ao Ministério Público Federal, que
denunciou Caio pelos crimes previstos nos artigos 168-A do Código Penal e 1º, I, da
Lei 8.137/90, tendo a inicial acusatória sido recebida pelo juiz da vara federal da
localidade. Após analisar a resposta à acusação apresentada pelo advogado de
Caio, o aludido magistrado entendeu não ser o caso de absolvição sumária, tendo
designado audiência de instrução e julgamento. Com base nos fatos narrados no
enunciado, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos
apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.

a) Qual é o meio de impugnação cabível à decisão do Magistrado que não


o absolvera sumariamente?
R: Caberia habeas corpus,uma vez que nao ha previsao de recurso contra
a decisao que nao absolvera sumariamente o acusado, sendo cabivel
acao mandamental, conforme estabelece o art. 647 e seguintes do CPP.
No presente caso nao caberia recurso em sentido estrito, uma vez que o
enunciado da questao nao tras qualquer informacao a cerca da
fundamentacao utilizada pelo magistrado, face ao indeferimento
expresso de reconhecimento da extincao da punibilidade em relacao ao
INSS.
b) A quem a impugnação deve ser endereçada?
R: O Habeas corpus devera entrar no TRF da expectiva regiao que o
processo esta tramitando.
c) Quais fundamentos devem ser utilizados?
R: Extincao da punibilidade pelo pagamento do debito, quanto ao. delito,
previsto no art. 168 A. CP,e,apos restanto apenas acusao pertinente, a
sonegacao de tributo de natureza estadual, por ser incopetencia
absoluta, em razao da materia.
A sum. vinculante n. 24 do STF, estabelece que a discusao do pagamento
do tributo na esfera administrativa impede a propositura da acao penal.

Exercício Suplementar

(MP-PR) Sobre habeas corpus, analise as assertivas abaixo e responda

I. O habeas corpus destina-se apenas a proteger a liberdade de locomoção, o


direito de ir e vir, não se presta à tutela de outros direitos.

II. Não cabe habeas corpus para trancamento de inquérito policial, pois não se trata
de direito de locomoção.

III. O habeas corpus requer prova pré-constituída, pois não admite dilação
probatória. Assim, fundamentada na inocência do paciente a ordem de habeas
corpus somente pode ser concedida quando a alegada inocência estiver
comprovada de plano e cabalmente.

IV. O habeas corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa, ainda que sem
capacidade postulatória, ou pelo próprio Ministério Público.

a) Todas estão corretas;


b) Apenas I, II e IV estão corretas;
c) Apenas I, III e IV estão corretas;
d) Apenas II, III e IV estão corretas;
e) Apenas I e II estão corretas.

Plano de Aula: EXECUÇÃO PENAL


DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ0041
Título
EXECUÇÃO PENAL
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
16
Tema
Execução Penal
Objetivos
O aluno deverá entender a execução penal como um novo processo de caráter
jurisdicional e administrativo, com o objetivo de efetivar as disposições da sentença
ou de decisão criminal e oferecer condições para a integração social do condenado
e do internado.
Estrutura do Conteúdo
EXECUÇÃO PENAL: Princípios pertinentes; Juízo Competente; Procedimentos –
Progressão e Regressão de Regime; Anistia e Indulto ; Remição ; Detração Penal;
Exames criminológicos ; Livramento Condicional; Recursos cabíveis (Agravo de
Execução)
Aplicação Prática Teórica
(OAB) Em 22 de julho de 2008, Caio foi condenado à pena de 10 (dez) anos de
reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado, pela prática, no dia 10 de
novembro de 2006, do crime de tráfico de drogas, previsto no artigo 33 da Lei
11.343/2006. Iniciada a execução da sua pena em 7 de janeiro de 2009, a
Defensoria Pública, em 10 de fevereiro de 2011, requereu a progressão do
cumprimento da sua pena para o regime semiaberto, tendo o pedido sido indeferido
pelo juízo de execuções penais ao argumento de que, para tanto, seria necessário o
cumprimento de 2/5 da pena.
Considerando ter sido procurado pela família de Caio para advogar em sua defesa,
responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a
fundamentação legal pertinente ao caso.

a) Qual(is) o(s) meio(s) de impugnação da decisão que indeferiu o pedido


da Defensoria Pública?
R: Agravo em execucao penal. Art. 197 LEP... Prazo 5 dias, sum. 700 STF.
Adota o procedimento do recurso em sentido estrito.
b) Qual(is) argumento(s) jurídico(s) poderia(m) ser usado(s) em defesa da
progressão de regime de Caio?
R: Tendo em vista que a norma que alterou as regras relativas a
progressao de regime possui naturezapenal e e mais gravosa ao reu, nao
pode retroagir de modo a arbacar fatos anteriores. No caso, o delito foi
praticado antes da edicao da lei, devendo, em consequencia, ser aplicada
a fracao de 1/6 para a progressao de regime.

Exercício Suplementar

(Defensor Público – SP) De acordo com a redação dada ao art. 112 da Lei de
Execução Penal pela Lei nº 10.792, de 1º de dezembro de 2003:

a) a pena privativa de liberdade não será mais executada de forma


progressiva;

b) para progredir de regime de cumprimento de pena é necessário, se primário,


cumprir 1/3 e se reincidente, cumprir 1/2 da pena no regime anterior;
x c) para progredir de regime de cumprimento de pena é necessário
cumprir 1/6 da pena no regime anterior e ter bom comportamento
carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento prisional;

d) para progredir de regime de cumprimento de pena, é necessário cumprir 1/3


da pena no regime anterior e ter mérito que indique a progressão;

e) as regras para obtenção de livramento condicional, inclusive os prazos, são


as mesmas que para a obtenção de progressão de regime de cumprimento
de pena.

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