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Curso: Direito Período: 4° turma: turno: vespertino

Disciplina: Direito Processual Civil II


Professor: Rafael de Oliveira Lins Data: 04.12.2020
Paulo Henrique S. Carneiro 131826
Aluno(a):______________________________ matrícula:___________ Nota:_____________

2ª PROVA DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL II


– DO PROCEDIMENTO COMUM -
2º SEMESTRE DE 2020

“Agnus Dei, qui tollis peccata mundi”

1 QUESTÃO

Depois de ter sofrido um acidente automobilístico, Luís Hamilton ajuizou ação civil
contra Sebastião Vequel, apresentando a devida ação civil de conhecimento para
condenar o réu em futuro pedido de indenização civil. Descobre-se que Vequel estava
bêbado quando assumiu o volante no dia fatídico do acidente, gerando a também a
ação penal por crime de trânsito, oferecida por denúncia feito pelo Ministério Público
após representação de Hamilton.

Após Luís ter a ação civil indenizatória regularmente processada e com audiência de
instrução e julgamento já em andamento, antes da decisão final, o autor peticionou nos
autos informando que foi proferida sentença criminal e com trânsito em julgado, na
qual o juiz criminal ao reconhecer materialidade e autoria, condenou o réu Sebastião,
então condutor do veículo, a pena privativa de liberdade. Ouvido acerca da petição do
autor conforme o artigo 10, caput, do Código de Processo Civil, o réu requereu o
processamento regular do feito ante o argumento de que as responsabilidades são
independentes e que a prova necessária ao processo civil pode ser diferente daquela
necessária ao processo penal.

Considerando o desenvolvimento regular do processo, e que não é mais necessário o


processo cognitivo por parte do juízo cível, qual deliberação deverá ser tomada pelo
magistrado da ação cível?
O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a
respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda
que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
2 Segundo o Código de Processo Civil vigente, NÃO é correto afirmar:

a) A desnecessidade de produção de prova autoriza o juiz a julgar antecipadamente


o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito.

b) A confissão judicial faz prova contra o confidente, comunicando-se aos


litisconsortes o que disser respeito a esses

Não adianta assistir, não adianta observar, se você não se mexer, as coisas não mudar, e até a
esperança vai cansar de esperar (poema: Sempre Haverá Esperança - Poesia que transforma
– Bráulio Bessa)
c) A produção antecipada da prova é admitida no caso em que o prévio
conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.

d) Na contestação, a reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com


terceiro.

3. Em relação à prova, considere:

I. O ônus da prova pode ser atribuído de modo diverso pelo juízo, desde que o faça por
decisão fundamentada, e que as peculiaridades da causa reflitam em impossibilidade ou
excessiva dificuldade em cumprir o encargo a que se incumbiu a parte, caso em que
deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.

II. Não é permitido ao juízo proceder à inquirição de especialista sobre ponto


controvertido da causa que demande especial conhecimento científico ou técnico, sob
pena de violação aos direitos do consumidor.

III. O perito pode ser substituído apenas se lhe faltar conhecimento técnico ou
científico.

IV. Mesmo em razão de enfermidade, a testemunha que estiver impossibilitada de


comparecer à audiência, mas não de prestar depoimento, será inquirida na sede do juízo.

a) II E III
b) I E III


c) II E IV
d) III E IV
e) I

4. De acordo com o Código de Processo Civil, as partes têm o direito de empregar todos
os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste
Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir
eficazmente na convicção do juiz. Então, referente à produção de prova pelas partes,


é CORRETO afirmar que nos casos

a) de prova testemunhal, caberá ao advogado da parte informar ou intimar a


testemunha, por ele arrolada, do dia, da hora e do local da audiência
designada, dispensando-se a intimação do juízo; a intimação deverá ser
realizada por carta com aviso de recebimento.
b) de prova produzida por ata notarial, a existência e o modo de existir de
algum fato podem ser atestados ou documentados de ofício ou a

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– Bráulio Bessa)
requerimento do interessado, mediante a ata lavrada pelo escrivão da
serventia ou pelo tabelião.
c) de prova por documento eletrônico, a sua utilização no processo
convencional independerá de sua conversão à forma impressa e da
verificação de sua autenticidade, na forma da lei.
d) em que a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a
autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito, a
produção antecipada da prova não será admitida.

5. Em relação às provas,

a) as provas no sistema processual civil pátrio obedecem a uma hierarquia


de valores, tendo a confissão como a de maior valor e a prova
testemunhal como a de menor valor.
b) caberá ao juiz, desde que requerido pelas partes, determinar as provas


necessárias ao julgamento do mérito, indeferindo por despacho as
diligências inúteis ou procrastinatórias.
c) preservado o direito de não propor prova contra si própria, incumbe à
parte comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for perguntado;
colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for
considerada necessária; e praticar o ato que lhe for determinado.
d) a distribuição diversa do ônus da prova é possível, por acordo das partes,
desde que tenha ocorrido durante o processo e não torne excessivamente
difícil a uma parte o exercício do direito.
e) a produção antecipada da prova, na qual não se julga o mérito da causa,
previne a competência do juízo para a ação que venha a ser proposta.

6. Segundo o disposto no Código de Processo Civil, relativamente à força probante dos


documentos:

I. O documento público faz prova não só da sua formação, mas também dos fatos que o
servidor declarar que ocorreram em sua presença.

II. Quando a lei exigir instrumento público como da substância do ato, as partes
interessadas podem suprir-lhe a falta mediante declaração expressa nos autos.

III. As declarações constantes do documento particular escrito e assinado ou somente


assinado presumem-se verdadeiras em relação ao signatário e ao destinatário.

IV. A nota escrita pelo credor em qualquer parte de documento representativo de


obrigação, ainda que não assinada, faz prova em benefício do devedor.

É correto o que se afirmar em:

a) Apenas III e IV.


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– Bráulio Bessa)
○b) Apenas I e IV.
c) Apenas II e III.
d) Apenas I, II e IV.

7. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação. Sobre o tema, assinale a


alternativa correta.

a) O juiz poderá determinar a realização de nova perícia quando a matéria


não estiver suficientemente esclarecida, sendo que a segunda perícia
substitui a primeira.
b) Quando a perícia for inconclusiva ou deficiente, o juiz poderá reduzir a
remuneração inicialmente arbitrada para o trabalho.
c) O juiz não poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e
na contestação, apresentarem, sobre as questões de fato, pareceres
técnicos ou documentos elucidativos que ele considerar suficientes.
d) As partes podem, de comum acordo, escolher o perito, indicando-o
mediante requerimento, desde que a causa possa ser resolvida por
julgamento antecipado do mérito.
e) Os assistentes técnicos, assim como os peritos, estão sujeitos a
impedimento ou suspeição.

8 Analise as seguintes afirmativas.

I. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser atestados ou


documentados, a requerimento do interessado, mediante ata lavrada por
tabelião.
II. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito
que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu
convencimento.
III. Para provar a verdade dos fatos, as partes têm o direito de empregar todos
os meios legais, bem como os moralmente legítimos, desde que
especificados expressamente no Código de Processo Civil.
IV. É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos,
quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou
para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos.

○Nos termos do Código de Processo Civil, são corretas as afirmativas


a.
b.
c.
I, II e IV, apenas
I, II, III e IV.
I e II, apenas.
d. III e IV, apenas.

9. De acordo com as normas e princípios contidos no Código de Processo Civil e no


Código Civil Brasileiro, analise as afirmativas a seguir.
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I. A sentença que extingue o processo, sem resolução do mérito, por falta de
legitimidade ou de interesse processual, não obsta a que a parte proponha de novo a
ação, desde que corrigido o vício.
II. A existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada, que leva à
extinção do processo sem resolução do mérito, pode ser conhecida de ofício pelo juiz.
III. O autor pode, com o consentimento do réu, desistir da ação após a prolação da
sentença.
IV. O reconhecimento da prescrição e da decadência é decisão de mérito e pode se dar
de ofício pelo juiz, independentemente de requerimento da parte, salvo no caso da
decadência convencional.

Estão corretas as afirmativas

○a)
b)
c)
d)
I, II, III e IV.
I, II e IV, apenas
III e IV, apenas.
I, II e III, apenas.

10. Frederico Barbosa é dono de uma rede de hostels que servem como dormitórios
para inúmeras pessoas que passam pela cidade de Manaus City apenas para trabalhar
ou fazer turismo. Diego Maratona, em visita a cidade de Fred, passa duas semanas
num dos hostels e, ao terminar a diária, alega não ter fundos financeiros suficientes no
momento, mas que em breve vai saldar a dívida.

Passados dois anos após esta situação, Fred cobra novamente Diego que consegue um
último prazo de pagamento a ser realizado dentro de um ano e meio. Novamente
esgotado este prazo, o devedor não paga e credor, e Fred contrata um advogado para
apresentar uma ação de cobrança do aluguel não pago por Dieguito.

Depois de devidamente ocorridos os trâmites legais da petição inicial, e sendo a


audiência de conciliação e mediação infrutífera, é concedido o prazo de 15 (quinze)
úteis para Diego apresentar a devida resposta do réu a situação em que figura no polo
passivo desta lide.

Diego observa que na petição inicial o autor peticionou de forma confusa o pedido na
redação da peça, pois não foi individualizado os valores que Diego realmente devia,
tornando-o indeterminada tais quantias, embora os valores fossem facilmente
liquidados, conforme o contrato da diária, anexo na petição inicial pelo próprio autor.

Na mesma seara, o agente demandado percebe que o valor da causa da ação não está
de acordo com a soma pecuniária corrigida com juros e atualização monetária, fora
outras penalidades contratuais envolvidas, estando um valor pretendido sem
justificativa legal plausível.

Diego observa também que o contrato anexado pelo autor, existe uma cláusula
compromissória que poderia levar o processo a ser julgado por um tribunal arbitral,
disposição que foi devidamente aceita e rubricada entre as partes na época da
assinatura do contrato.
Não adianta assistir, não adianta observar, se você não se mexer, as coisas não mudar, e até a
esperança vai cansar de esperar (poema: Sempre Haverá Esperança - Poesia que transforma
– Bráulio Bessa)
O réu toma ciência que o autor dono de tantas propriedades, requisitou justiça gratuita
por se autodenominar “pobre” para efeitos legais e judiciais, não podendo arcar com
as custas de um processo judicial sem prejuízo do próprio sustento.

Destarte, como última observação do réu, lendo a narrativa dos fatos alegados pelo
autor, entende que o demandante tinha ciência da dívida há mais de três anos atrás e
só agora se manifestou na via judicial para cobrar a dívida presente na respectiva ação
de cobrança.

Considerando as informações acima, você na condição de advogado de Diego,


responda os seguintes quesitos:

a. Qual resposta do réu deverá ser apresentada, e quais teses de defesa poderão ser
levantadas em favor do réu contra a pretensão e o direito alegado pelo autor?
Explique e justifique.
Execução, porque o credor tem que executar o devedor,
porque a norma fala em responsabilidade do devedor
com os seus bens, para satisfazer o direito do credor, e
regra é que, nestes casos, o credor pode executar o
devedor e o responsável em litisconsórcio, mas nada
impede a escolha pelo credor em acionar um ou outro.

Não adianta assistir, não adianta observar, se você não se mexer, as coisas não mudar, e até a
esperança vai cansar de esperar (poema: Sempre Haverá Esperança - Poesia que transforma
– Bráulio Bessa)

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