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PARADOXO DA CORTE
PARADOXO DA CORTE
Uma luz no fim do túnel: a
Surpreendi-me com a notícia de acórdão do
inconstitucionalidade da Súmula
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, de autoria da
401/STJ
jornalista Giselle Souza, publicada na prestigiosa
revista Consultor Jurídico, sob o título "Decisões PARADOXO DA CORTE
em processos idênticos devem ser coerentes, diz Sucessão do credor no processo de
TJ-RJ". recuperação judicial
https://www.conjur.com.br/2015-jan-20/paradoxo-corte-nao-possivel-formar-precedente-judicial-materia-fato 1/5
24/09/2021 ConJur - Não é possível formar-se precedente judicial sobre matéria de fato
Ressalte-se, por outro lado, que o precedente judicial, vale dizer, a anterior
decisão, tem valor para o julgamento de caso futuro análogo somente quando
encerra uma determinada tese jurídica sobre matéria de direito. Assim, a guisa
de exemplo, nos julgamentos dos Recursos Especiais 1.312.972-RJ e
1.068.836-RJ, referentes à interpretação da Súmula 301 do Superior Tribunal
de Justiça, restou decidido que a negativa de submissão ao exame de DNA, por
si só, sem qualquer outro indício de prova, não implica procedência do pedido
de reconhecimento da paternidade; nos julgamentos dos Recursos
Especiais 1.472.945-RJ e 1.430.763-SP, referentes à interpretação do
artigo 1.829, I, do Código Civil, assentou-se que o cônjuge casado sob o
regime de separação convencional de bens ostenta a condição de herdeiro
necessário, que concorre com os descendentes do falecido independentemente
do período de duração do casamento; no julgamento do Agravo Regimental no
Recurso Especial 1.091.416-RJ, que decidiu pela não incidência do ICMS nos
contratos de afretamento de embarcação, por não se enquadrarem na hipótse
prevista no artigo 2º, II, da Lei Complementar 87/96.
Assim sendo, não se pode considerar que o anterior julgamento, acerca de uma
questão cujo fato constitutivo do direito do autor restou comprovado, possa
influir na decisão a ser proferida em futura demanda, gerada da mesma
situação fática. E isso, simplesmente porque no sucessivo processo é possível
que o autor não consiga produzir prova convincente do fato deduzido na
petição inicial. E, assim, a sentença julgará improcedente o pedido. Diante de Leia mais
tal situação, que é sempre indesejada, a parte derrotada na segunda demanda
sempre lamentará o ocorrido, lançando toda sua ira ao julgador; ou mesmo um
leigo poderá criticar a divergência de julgados. Todavia, esta circunstância não
é tão incomum e tampouco impressiona quem é versado em direito, visto que o NEXT VIDEO IN 3 CANCEL
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24/09/2021 ConJur - Não é possível formar-se precedente judicial sobre matéria de fato
Mais tarde, a viúva e outros dois filhos ajuizam sucessiva ação de indenização,
cujo pedido foi julgado improcedente em grau de apelação, uma vez que
reconhecida a culpa exclusiva da vítima. Em seguida, o acórdão proferido pela
4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em embargos
infringentes, por paradoxal que possa parecer, asseverou o seguinte: “Como
dizem os embargantes, ‘existindo vínculo de similitude entre as causas de
forma que o direito material seja o mesmo discutido em duas demandas,
impende ao julgador considerar a decisão transitada em julgado ao apreciar a
autra, idêntica, resguardando assim a garantia de julgamentos uniformes
fulcrada nos princípios da segurança jurídica e economia processual, alicerces
norteadores das decisões jurisidicionais por comando constitucional,
prevenindo a iniquidade’. É bem verdade que a coisa julgada no processo
anterior não tem eficácia neste; entretanto, há de haver coerência na solução
das lides. O contrário traria perplexidade aos jurisdicionados e maior
despretsígio ao já desprestigiado Judiciário... Assim posta a questão, data
venia do ilustre condutor do voto majoritário, entendo que a referida sentença
de procedência merece ser repristinada, na íntegra, inclusive quanto ao valor da
verba indenizatória por danos morais, a fim mesmo de evitar decisões
conflitantes, como acima ressaltado...”.
Leia mais
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24/09/2021 ConJur - Não é possível formar-se precedente judicial sobre matéria de fato
José Rogério Cruz e Tucci é advogado, diretor e professor titular da Faculdade de Direito da
USP e ex-presidente da Associação dos Advogados de São Paulo.
COMENTÁRIOS DE LEITORES
11 comentários
Acredito que a tese jurídica sobre a matéria de direito decidida anteriormente deve
ser observada em demandas análogas. Todavia, a questão fática é recheada de
peculiaridades e deve ser provada a valorada caso a caso. O dano moral decorrente
de um mesmo evento pode impactar as pessoas de forma diferente. Essa valoração, a
meu sentir, deve ser feita casuisticamente observando as peculiaridades e provas
coligidas aos autos.
Ressalte-se, por outro lado, que o precedente judicial, vale dizer, a anterior decisão,
tem valor para o julgamento de caso futuro análogo somente quando encerra uma
determinada tese jurídica sobre matéria de direito.
Faz-me rir.
Qualquer um que entra num debate e se pronuncia acerca do que outra pessoa disse Leia mais
ou escreveu, só pode fazer isso a partir de um juízo de valor sobre o conteúdo do
discurso alheio. Então, sim, tenho, como todos, a pretensão de fazer esse juízo de
valor para levar o debate adiante. Do contrário, será um diálogo de surdos.
https://www.conjur.com.br/2015-jan-20/paradoxo-corte-nao-possivel-formar-precedente-judicial-materia-fato 4/5
24/09/2021 ConJur - Não é possível formar-se precedente judicial sobre matéria de fato
Discordo. Mas isso é irrelevante. Na verdade, por trás desse seu juízo entendo haver
mais uma tentativa de ataque “ad hominem” que para mim é desprezível.
Então, tenha mais dignidade e admita as coisas como são e não queira fazer parecer
nos seus comentários picantes algo que suas ações contradizem.
A seção de comentários de cada texto é encerrada 7 dias após a data da sua publicação.
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