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1. Introdução:
Prova é todo elemento ou instrumento previsto ou não em lei, capaz de demonstrar
veracidade de algum fato ou de alguma situação jurídica que interessa a solução do litígio.
Normalmente ocorre durante os atos de instrução.
B. Provas ilícitas:
● São provas que foram produzidas em viloação ao ordenamento
jurídico, em desconformidade às normas constitucionais ou
infraconstitucionais;
● Serão desconsideradas provas ilícitas ou as adquiridas de maneira
ilícita - teoria dos frutos envenenados.
C .Prova Emprestada:
● é possível que prova produzida em um processo seja aproveitado em
outro, mas, para tanto, é necessário que tenha sido observado o
contraditória;
● “Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro
processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o
contraditório.”;
● Tem caráter documental, e, segundo entendimento consolidado do STJ, as
partes do processo destino não necessitam ser as mesmas do processo de
origem;
D. Provas de Fora da Terra:
● Prova produzida por um juízo de outra base territorial distinta da base em
que tramita o processo, quando uma prova é produzida através de carta
precatória, é ouvida uma testemunha de outra comarca, por exemplo.
3. Dinâmica Probatória:
Em regra o ônus da prova é estático, é segundo o artigo 373, caput do CPC, vejamos:
Isso porque compete ao demandante o ônus da prova quanto ao fato constitutivo de seu
direito e incumbe ao réu o ônus da prova quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou
extintivo do direito do autor. Destacam-se os incisos do artigo supra:
Contudo o CPC adota a possibilidade do ônus da prova ter caráter dinâmico quando prevê
que a prova deverá ser produzida pela parte que tem maiores condições de produzi-la, não obstando
ser parte requerente ou não da medida. Observa-se o §1° do Art. 373 do CPC, abaixo explicitado:
Portanto, a exceção é que o juiz poderá distribuir ônus da prova de maneira diversa,
normalmente até o saneamento do processo, inclusive, poderá inverter o ônus da prova “ex officio”.
Atente-se, ademais, que existem três espécies de inversão do ônus da prova: a) Convencional
- decorre do acordo de vontade entre as partes, podendo ocorrer antes ou durante o processo, b)
Legal - Prevista em lei; c) Judicial - o juiz inverter a prova no caso concreto.
4. Valoração probatória:
Existem três sistemas de valoração da prova, vejamos:
➢ Sistema Legal /da Prova tarifada - nesse sistema a prova possui valor
predeterminado, ou seja, o legislador define a carga probatória, apenas cabe ao juiz
a aplicação, pode ser observado no artigo 406 do CPC, por exemplo;
“Art. 406. Quando a lei exigir instrumento público como da substância do
ato, nenhuma outra prova, por mais especial que seja, pode suprir-lhe a
falta.”
➢ Sistema da Íntima Convicção - juiz possui ampla liberdade, sendo desnecessário
motivar a sua decisão. É possível, nesse sistema, que o juiz se valha de situações
extra-autos para formar sua convicção. Não é permitido no ordenamento jurídico
brasileiro por violação do artigo 93, IX da CRFB;
➢ Persuasão Racional/Livre Convencimento Motivado - o sistema adotado no Brasil
é o da persuasão racional, onde o juiz apreciará a prova constante dos autos e
indicará as razões de seu convencimento, congruente ao artigo 371 do CPC, para
mais, há de se mencionar que as provas dos autos não são exclusivas, mas
pertencem ao processo em sua totalidade (princípio da comunhão das provas).
“Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente
do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da
formação de seu convencimento.”
O órgão jurisdicional onde esta produção antecipada tramitar não fica prevento para
eventual demanda posterior, segundo o artigo 381, §3° CPC:
Juízo estadual tem competência para produção antecipada de prova requerida em face da
união, de entidade autárquica ou de empresa pública federal, se, na localidade, não houver vara
federal.
● Quando houver fundado receio de que essa prova venha se tornar impossível ou muito difícil
a verificação de certos fatos na pendÊncia da ação (testemunha idosa internada);
● Quando a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocompozição ou outro meio
adequado de solução de conflito;
● Quando o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.
Por fim, faz-se mister expor o inteiro teor do artigo 382, CPC:
a. Ata Notarial:
Ata Notarial é uma ata ou certidão lavrada pelo tabelião. Pode estar representada por uma
imagem ou som que ateste a existência ou modo de existir de determinado fato, consonante ao artigo
384, CPC:
Trata-se de prova pré-constituída, que pode ser comprovada através da forma documental,
todavia, como seu conteúdo é de prova oral, estamos diante a verdadeira prova documentada, e não
de prova documental.
b. Depoimento Pessoal:
O depoimento pessoal é realizado na A.I.J. Se houver urgência poderá ser prestado em sede
de produção antecipada de prova. Ademais, o depoimento pessoal é a colheita em juízo das
declarações de uma das partes principais do processo (demandante ou demandado).
A parte poderá ser recusar a depor em juízo. Neste caso, o juiz deverá interpretar a recusa
como confissão. O mesmo ocorrerá se a parte deixar de comparecer à A.I.J, ou se o depoente deixar
de apresentar respostas ou for evasivo, nestes casos o juiz entenderá que houve confissão, nos
moldes do artigo 386, CPC:
e.